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Elton Freitas eltonfreitas@cedeplar.ufmg.br Bibliografia: PINDICK, RUBINFELD (2009) Microeconomia, 7a edicão. Pearson – Prent ice Hall , São Paulo. (cap. 2) MICROECONOMIA AULA 2 MICROECONOMIA ¡ Oferta e Demanda ¡ Elasticidades ¡ Controle de Preços ¡ Eficiência de Mercado ¡ Microeconomia (Teoria dos Preços): estuda o comportamento das famílias (consumidores), das empresas (firmas) e os mercados nos quais operam. FUNDAMENTOS DE MICROECONOMIA ¡ Microeconomia estuda a formação de preços no mercado. Basicamente, os preços se formam em dois mercados: Mercado de bens e serviços Mercado dos serviços dos fatores de produção preços dos bens e serviços salários, juros, aluguéis e lucros Remuneração Remuneração coeteris paribus FUNDAMENTOS DE MICROECONOMIA ¡ Expressão latina traduzida como “outras coisas sendo iguais”, é usada para lembrar que todas as variáveis, que não aquela que está sendo estudada, são mantidas constantes. ¡ “tudo o mais constante” ¡ Verifica o efeito de variáveis isoladas, independentemente dos efeitos de outras variáveis. DEMANDA ¡ Mercado: um grupo de compradores e vendedores de um bem ou serviço MERCADO E COMPETIÇÃO ¡ Mercado competitivo: é aquele em que há tanto compradores e vendedores que cada um deles tem impacto insignificante sobre o preço de mercado ¡ Em um mercado perfeitamente competitivo: § Todos os produtos são exatamente os mesmos; § Compradores e vendedores são tão numerosos que nenhum pode afetar o preço de mercado – cada um deles é um tomador de preços ¡ Iremos supor nesta seção que os mercados são perfeitamente competitivos ¡ A quantidade demandada de um bem qualquer é a quantia do bem que os compradores estão dispostos e são capazes de comprar DEMANDA ¡ Teoria da Demanda: baseia-se na teoria do Valor Utilidade Dada uma Renda Dados os Preços de Mercado Demanda um bem ou serviçoConsumidor Maximizando a utilidade (satisfação) que atribui ao bem ou serviço Utilidade Total DEMANDA Utilidade Marginal ¡ Aumenta quanto maior a quantidade consumida ¡ Satisfação adicional (na margem) obtida pelo consumo de mais uma unidade do bem ¡ É decrescente porque o consumidor vai saturando-se desse bem, quanto mais o consome Utilidade Total DEMANDA Utilidade Marginal t mag UU q D = D ¡ Por que a água, sendo mais necessária, é tão barata, e o diamante, que é supérfluo, tem preço tão elevado? DEMANDA Água Diamante Grande Utilidade Total Baixa Utilidade Marginal (encontrada em abundância) Grande Utilidade Marginal (escasso) ¡ Variáveis que afetam a demanda: DEMANDA § Riqueza (e sua distribuição) § Renda (e sua distribuição) § Preço do bem § Preço dos outros bens § Fatores climáticos e sazonais § Propaganda § Hábitos, gostos, preferências dos consumidores § Expectativas sobre o futuro § Facilidades de crédito (disponibilidade, tx. juros, prazos) ¡ Variáveis que afetam a demanda: DEMANDA qdi = f( pi , ps , pc , R, G): Função Geral da Demanda qdi = quantidade procurada (demandada) do bem i pi = preço do bem i ps = preço dos bens substitutos ou concorrentes pc = preço dos bens complementares R = renda do consumidor G = gostos, hábitos e preferências do consumidor Obs.: Para estudar o efeito de cada uma das variáveis, deve-se recorrer à hipótese coeteris paribus. DEMANDA ¡ Lei da Demanda: a afirmação de que, com tudo o mais mantido constante, a quantidade demandada de um bem diminui enquanto o preço dele aumenta. ¡ Relação entre a quantidade demandada e o preço do próprio bem. Função Convencional: Supondo ps , pc , R e G constantes Lei Geral da Demanda0 d i i q p D < D ( )di iq f p= Tudo o mais constante (coeteris paribus), a quantidade demandada de um bem ou serviço varia na relação inversa de seu preço. DEMANDA ¡ Relação entre a quantidade demandada e o preço do próprio bem. ¡ Efeito preço total: § Efeito Substituição: o bem fica mais barato relativamente aos concorrentes, fazendo com que a quantidade demandada aumente. § Efeito Renda: Com a queda do preço, o poder aquisitivo do consumidor aumenta, e a quantidade demandada do bem deve aumentar. DEMANDA ¡ Curva de Demanda – Função Linear qdi = 25 – 0,25pi qdi = a – b.pi ¡ Representa o efeito do preço de um bem sobre a quantidade do bem que os consumidores estão dispostos a comprar e não a compra efetiva (coeteris paribus). ¡ Como o preço e a quantidade demandada têm relação negativa, a curva de demanda se inclina para baixo. DEMANDA ¡ A curva de demanda mostra como o preço afeta a quantidade demandada, as outras coisas mantendo-se iguais. ¡ Essas “outras coisas” são determinantes não-preço de demanda ¡ Mudanças nelas modificam a curva de demanda DEMANDA – MODIFICADORES DA CURVA - RENDA ¡ Relação entre a demanda de um bem e renda do consumidor (R) qdi = f( R ) Supondo pi , ps , pc e G constantes ¡ Em relação à renda dos consumidores, há três situações distintas: DEMANDA – MODIFICADORES DA CURVA - RENDA Bem Normal: tudo o mais constante, um aumento na renda provoca um aumento na quantidade demandada do bem. Preço da carne de 1ª (R$) Qtd. de carne de 1ª (Supondo um aumento na renda do consumidor) D0 D1 DEMANDA – MODIFICADORES DA CURVA - RENDA Bem Inferior: tudo o mais constante, um aumento na renda provoca uma diminuição na quantidade demandada do bem. Ex.: Passagem de ônibus, carne de segunda. Preço da carne de 2ª (R$) Qtd. de carne de 2ª (Supondo um aumento na renda do consumidor) D1 D0 DEMANDA – MODIFICADORES DA CURVA - RENDA Bem de consumo saciado: se aumentar a renda do consumidor, não aumentará a demanda do bem. Ex: demanda de alimentos básicos, como o açúcar, sal, arroz. Preço do arroz (R$) Qtd. de arroz DEMANDA – MODIFICADORES DA CURVA – PREÇOS DOS BENS RELACIONADOS ¡ Relação entre a demanda e preços de outros bens ou serviços Supondo pi , pc , R e G constantes ( )di sq f p= ¡ Em relação à preços de outros bens e serviços, há duas situações distintas: Bem substituto: o consumo de um bem substitui o consumo ou concorrente do outro. DEMANDA – MODIFICADORES DA CURVA – PREÇOS DOS BENS RELACIONADOS Dois bens para os quais, tudo o mais mantido constante (coeteris paribus), um aumento no preço de um deles aumenta a demanda pelo outro. Ex.: Manteiga e margarina. 0 5000 10000 15000 20000 Preço da Coca-cola(R$) 80 60 40 20 Qtd. consumida de Coca-cola (Supondo um aumento no preço do guaraná) D0 D1 DEMANDA – MODIFICADORES DA CURVA – PREÇOS DOS BENS RELACIONADOS Bens complementares, são bens consumidos em conjunto. Supondo pi , ps , R e G constantes 0 10000 20000 30000 40000 Preço do litro de gasolina (R$) 8 6 4 2 Qtd. de litros de gasolina (Supondo um aumento no preço dos automóveis) D0 D1 Bens para os quais o aumento no preço de um dos bens leva a uma redução na demanda pelo outro bem. Ex.: Computador e software. qdi = f( pc ) DEMANDA – MODIFICADORES DA CURVA – HÁBITOS DOS CONSUMIDORES ¡ Relação entre a demanda de um bem e hábitos dos consumidores qdi = f(G ) Supondo pi , ps , pc e R constantes Hábitos, preferências ou gostos (G) podem ser alterados, “manipulados” por propaganda e campanhas promocionais, incentivando ou reduzindo o consumo de bens. DEMANDA – MODIFICADORES DA CURVA – HÁBITOS DOS CONSUMIDORES ¡ Relação entre a demanda de um bem e hábitos dos consumidores 0 5 10 15 20 Preço do Bem (R$) Quantidade adquirida do bem 80 60 40 20 Redução Aumento D1-Cigarro D0 D1-Leite Campanha do tipo “beba mais leite” Desloca p/ direita Campanha do tipo “o fumo é prejudicial à saúde” Desloca p/ esquerda DEMANDA – MODIFICADORES DA CURVA DEMANDA – CURVA DE DEMANDA DE MERCADO ¡ A demanda de Mercado é igual ao somatório das demandas individuais. A cada preço, a demanda de mercado é a soma das demandas dos consumidores individuais. mercado consumidores individuais 1 para i 1,2,3,... n i D d n = = = åDEMANDA – CURVA DE DEMANDA DE MERCADO 0 50 100 150 200 Preço do Bem (R$) 80 60 40 20 Qtd - Consumidor A 0 100 200 300 400 Qtd - Consumidor B DEMANDA – CURVA DE DEMANDA DE MERCADO 0 150 300 450 600 Preço do Bem R$) Total do Mercado 80 60 40 20 DEMANDA ¡ Importante: variações na demanda ¹ variações na quantidade demandada Variações na demanda: dizem respeito ao deslocamento da curva da demanda, em virtude de alterações em ps, pc, R, G (ou seja, mudança na condição coeteris paribus). Variações na quantidade demandada: refere-se ao movimento ao longo da própria curva de demanda, em virtude da variação do preço do próprio bem pi, mantendo as demais variáveis constantes (coeteris paribus). DEMANDA 0 5 10 15 20 Preço do Cigarro (R$) 80 60 40 20 No. Cigarros fumados/dia. Ex.: Imposto que aumenta o preço do cigarro.D 0 5 10 15 20 Preço do Cigarro (R$) 80 60 40 20 No. Cigarros fumados/dia. Ex.: Política de combate ao fumo. DD’ Variação na quantidade demandada Movimento ao longo da curva Variação na Demanda Deslocamento da curva QUESTÕES qdx = 500 – 1,5.px + 0,2.py – 5.R Dados: Pede-se: 1. O bem x é normal ou inferior? Por que? 2. O bem y é complementar ou substituto a x ? Por que ? 3. Supondo ( px = 1 , py = 2 , R = 40 ) qual a quantidade demandada de x ? 4. Se a renda aumentar 50%, coeteris paribus, qual a quantidade demandada de x ? OFERTA ¡ A quantidade ofertada de qualquer bem é a quantidade que os vendedores querem e podem vender. OFERTA ¡ Lei da Oferta: tudo o mais mantido constante, a quantidade ofertada de um bem aumenta quando seu preço aumenta. ¡ Considera-se que os produtores são racionais, já que estão produzindo com o lucro máximo, dentro da restrição de custos de produção. ¡ Variáveis que afetam a Oferta de um bem ou serviço OFERTA ( )0 , , , ,i i fp nq f p p p T M= 0 quantidade ofertada do bem i preço do bem i preço dos fatores e insumos de produção (matéria-prima, mão-de-obra, etc.) preço de outros n bens, substitutos na produção tecnologia metas e i i fp n q p p p T M = = = = = = objetivos do empresário ¡ Função Geral de Oferta OFERTA 0 0i i q p D > D Tudo o mais constante (coeteris paribus), se o preço do bem aumenta, estimula as empresas a produzirem mais. 0 5 10 15 20 Preço do Livro(R$) 80 60 40 20 Quantidade oferecida de livros O OFERTA – MODIFICADORES DA CURVA - PREÇO DO FATOR DE PRODUÇÃO ¡ Relação entre a oferta de um bem e o preço do fator de produção (Pfp) Supondo pi , pn , T, M constantes ( )0i fpq f p= 0 0i fp q p D < D Preço do Fator de produção (pfp). Se o preço do fator mão-de-obra aumenta, diminui a oferta do bem, coeteris paribus, (haverá um deslocamento). O mesmo vale para os demais fatores de produção, como terra, matérias-primas, etc. OFERTA – MODIFICADORES DA CURVA – PREÇO DO FATOR DE PRODUÇÃO 0 5 10 15 20 Preço do Livro(R$) 80 60 40 20 Quantidade oferecida de livros Redução Aumento da oferta. O O’O” a) b) a) Aumento do preço do fator de produção, coeteris paribus, há uma redução na oferta do bem. b) Redução do preço do fator de produção, coeteris paribus, há um aumento na oferta do bem. OFERTA – MODIFICADORES DA CURVA - PREÇO DE OUTROS BENS, SUBSTITUTOS NA PRODUÇÃO ¡ Relação entre a oferta de um bem e preço de outros bens, substitutos na produção (pn) Supondo pi , pfp , T, M constantes Preço de outro bem substituto na produção (pn). Ex.: Se o preço do bem substituto aumenta, e dado o preço do bem (coeteris paribus), os produtores diminuirão a produção do bem, para produzir mais do bem substituto. ( )0i nq f p= 0 0i n q p D < D OFERTA – MODIFICADORES DA CURVA – PREÇO DE OUTROS BENS, SUBSTITUTOS NA PRODUÇÃO a) Aumento do preço do bem substituto, coeteris paribus, há uma redução na oferta do bem. b) Redução do preço do bem substituto, coeteris paribus, há um aumento na oferta do bem. 0 5 10 15 20 Preço do Livro(R$) 80 60 40 20 0 Quantidade oferecida de livros Redução Aumento da oferta. O O’O” a) b) OFERTA – MODIFICADORES DA CURVA - TECNOLOGIA ¡ Relação entre a oferta de um bem e tecnologia (T) Supondo pi , pfp , pn , M constantes Tecnologia (T). Um aumento na tecnologia, coeteris paribus, aumenta a oferta do bem. ( )0iq f T= 0 0iq T D > D OFERTA – MODIFICADORES DA CURVA – TECNOLOGIA a) Aumento da tecnologia, coeteris paribus, há um aumento na oferta do bem. b) Redução da tecnologia, coeteris paribus, há uma redução na oferta do bem. 0 5 10 15 20 Preço do Livro(R$) 80 60 40 20 0 Quantidade oferecida de livros Redução Aumento da oferta. O O’O” b) a) OFERTA – MODIFICADORES DA CURVA - METAS ¡ Relação entre a oferta de um bem e os objetivos e metas do empresário (M) Supondo pi , pfp , pn , T constantes Objetivos e Metas dos empresários. Poderá haver interesse do empresário de aumentar ou reduzir a produção. ( )0iq f M= 0 0iq M D >< D OFERTA – MODIFICADORES DA CURVA - TECNOLOGIA OFERTA – CURVA DE OFERTA ¡ A Oferta de Mercado é igual ao somatório das ofertas das firmas individuais, que produzem um dado bem ou serviço. Obs: a cada preço, a oferta de mercado é a soma das ofertas das firmas individuais. mercado firmas individuais 1 para j 1,2,3,... n j O q n = = = å OFERTA – CURVA DE OFERTA DE MERCADO 0 5 10 15 20 Preço do Bem (R$) 80 60 40 20 Quantidade oferecida pela Firma A O 0 10 20 30 40 Preço do Bem (R$) Quantidade oferecida pela Firma B O OFERTA – CURVA DE OFERTA DE MERCADO 0 15 30 45 60 Preço do Bem (R$) 80 60 40 20 Quantidade oferecida pelo mercado O OFERTA ¡ Importante: variações da oferta ¹ variações da quantidade ofertada Variação da oferta: deslocamento da curva de oferta, em virtude de alterações em pfp, pn, T, M (ou seja, mudança na condição coeteris paribus). Variações na quantidade ofertada: refere-se ao movimento ao longo da própria curva de oferta, em virtude da variação do preço do próprio bem pi , mantendo-se as demais variáveis constantes (coeteris paribus). EQUILÍBRIO DE MERCADO EQUILÍBRIO DE MERCADO ¡ O preço em uma economia de mercado é determinado tanto pela oferta como pela demanda. ¡ O equilíbrio se encontra onde as curvas de oferta e de demanda se cruzam. Ao preço de equilíbrio, a quantidade oferecida é igual a quantidade demandada (quantidade de equilíbrio). 0 5 10 15 20 Preço do Bem 80 60 40 20 Quantidade do Bem. Oferta Demanda Equilíbrio EQUILÍBRIO DE MERCADO Lei da Oferta e da Demanda O preço de qualquer bem se ajusta de forma a equilibrar a oferta e a demanda desse bem (Mecanismo de Preço). Não há excesso de oferta, nem excesso de demanda: quantidade que os consumidores querem comprar = quantidade que os produtores desejam vender EQUILÍBRIO DE MERCADO – EXCESSO DE OFERTA ¡ Situação em que a quantidade oferecida (Ex.: 15 unidades) é maior que a quantidade demandada (Ex.: 5 unidades). 0 5 10 15 20 Preço do Bem 80 60 40 20 Quantidade do Bem. O D Excesso de Oferta Excesso do Bem Fornecedores reduzem preços Mercado atinge o Equilíbrio EQUILÍBRIO DE MERCADO – EXCESSO DE DEMANDA ¡ Situação em que a quantidade demandada (Ex.: 15 unidades) é maior que a quantidade oferecida (Ex.: 5 unidades). Escassez do Bem Fornecedores aumentam preços Mercado atinge o Equilíbrio 0 5 10 15 20 Preço do Bem 80 60 40 20 Quantidade do Bem O D Excesso de Demanda EQUILÍBRIO DE MERCADO Excesso de Demanda Equilíbrio 0 5 10 15 20 Preço do Bem 80 60 40 20 Quantidade do Bem O D Excesso de Oferta EQUILÍBRIO DE MERCADO ¡Três etapaspara analisar mudanças no equilíbrio EQUILÍBRIO DE MERCADO ¡ As pessoas passam a cultivar o hábito de leitura (coeteris paribus). 0 5 10 15 20 Preço do Livro 80 60 40 20 Quantidade de livros O D2 D1 1. O “hábito” aumenta a demanda. A oferta permanece inalterada, pois este determinante não afeta diretamente as livrarias. 2. A curva de demanda se desloca para a direita. 3. O preço e a quantidade são aumentados (novo ponto de equilíbrio). EQUILÍBRIO DE MERCADO ¡ Um terremoto destrói várias editoras. 1. O terremoto afeta a curva de oferta. A curva de demanda permanece inalterada, pois o terremoto não muda diretamente a quantidade demandada pelos compradores. 2. A curva de oferta se desloca para a esquerda (a qualquer preço a quantidade ofertada é menor). 3. O preço aumenta e a quantidade diminui (novo ponto de equilíbrio). 0 5 10 15 20 Preço do Livro 80 60 40 20 Quantidade de livros O’ D O EQUILÍBRIO DE MERCADO ¡ As pessoas passam a cultivar o hábito de leitura e ao mesmo tempo, um terremoto destruindo várias editoras. 1. Ambas as curvas se deslocam. 2. A curva de Demanda se desloca para direita e a de Oferta para a esquerda. 3. Há dois resultados possíveis dependendo da extensão dos deslocamentos das curvas. (a) A quantidade o preço aumentam. 0 5 7 10 15 20 Preço do Livro 80 65 40 20 Quantidade de livros O1 D2 D1 65 O2 1o1o Caso EQUILÍBRIO DE MERCADO ¡ As pessoas passam a cultivar o hábito de leitura e ao mesmo tempo, um terremoto destruindo várias editoras. 1. Ambas as curvas se deslocam. 2. A curva de Demanda se desloca para direita e a de Oferta para a esquerda. 3. Há dois resultados possíveis dependendo da extensão dos deslocamentos das curvas. (b) A quantidade diminui e o preço aumenta. 0 5 7 10 15 20 Preço do Livro 80 65 40 20 Quantidade de livros O1 D2D1 65 O2 1o2o Caso QUESTÕES Dados: qdx = 2 – 0,2.px + 0,03.R qox = 2 + 0,1.px e supondo a renda R = 100, pede-se: a) Preço e quantidade de equilíbrio do bem x. b) Supondo um aumento de 20% da renda, determinar o novo preço e a quantidade de equilíbrio do bem x. Num dado mercado, a oferta e a procura de um produto são dadas, respectivamente, pelas seguintes equações: Qo = 48 + 10.p Qd = 300 – 8.p Onde Qo, Qd e P são respectivamente, quantidade ofertada, quantidade demandada e o preço do produto. Qual será a quantidade transacionada nesse mercado, quando ele estiver em equilíbrio ? PROBLEMAS Explique as seguintes situações com diagramas de oferta e demanda: 1. Sobre a crise atual: “Quadros lembrou da carne bovina para ilustrar o efeito da demanda retraída no país. Os preços do produto, que subiram 0,76% em julho, caíram 1,49% em agosto. “A carne responde muito mais à falta de demanda. O mercado está mais contido e as pessoas trocam a carne bovina por outras proteínas, como carne suína e ovos”, diz Quadros” (Valor Econômico, 17/08/2016) Mostre o que ocorre com a oferta e demanda de carne, e de outras proteínas 2. Sobre a alta do dólar: “Alta do dólar deve provocar aumento da demanda por voos domésticos” (Agência Brasil, 22/10/2015). Mostre o que ocorre com a oferta e demanda por voos internacionais e domésticos 3.Sobre o preço do feijão: “O consumidor vai começar a perceber queda do preço na gôndola com a terceira safra que vai entrar agora no mês de agosto (...). O alimento teve elevação de preço devido a fatores climáticos que afetaram a safra ao longo do primeiro semestre” (Portal Brasil, 07/07/2016). Mostre o que ocorreu no mercado de feijão na safra anterior e o que é esperado para a safra de agosto. ELASTICIDADES ¡ É a alteração percentual em uma variável, dada uma variação percentual em outra, coeteris paribus. CONCEITO ¡ Sinônimo de sensibilidade, resposta, reação de uma variável, em face de mudanças em outras variáveis. ¡ Até agora discutimos a direção em que oferta e demanda se movem, mas qual é a dimensão desse movimento? ¡ Elasticidade-preço da demanda: variação percentual na quantidade demandada, dada a variação percentual no preço do bem, coeteris paribus. ¡ Elasticidade-renda da demanda: variação percentual na quantidade demandada, dada uma variação percentual na renda, coeteris paribus. ¡ Elasticidade-preço cruzada da demanda: variação percentual na quantidade demandada, dada a variação percentual no preço de outro bem, coeteris paribus. ¡ Elasticidade-preço da oferta: variação percentual na quantidade ofertada, dada uma variação percentual no preço do bem, coeteris paribus. TIPOS DE ELASTICIDADES ¡ É uma variação percentual na quantidade demandada, dada uma variação percentual no preço do bem, coeteris paribus. Mede a sensibilidade, a resposta dos consumidores, quando ocorre uma variação no preço de um bem ou serviço. ¡ A Elasticidade-preço da demanda é sempre negativa. Seu valor é expresso em módulo ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA 1 0 1 0 0 % % d i d d d i o i i i pd d ii i i q q q q q q p qE p p pp q p p p - D D D = = = = - DD D ¡ Exemplo: Calcule a Elasticidade-preço da demanda em um ponto específico. P0 = preço inicial = R$ 20,00 P1 = preço final = R$ 16,00 Q0 = quantidade demandada, ao preço p0 = 30 Q1 = quantidade demandada, ao preço p1 = 39 ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA Solução: Variação Percentual (%) Interpretação: para uma queda de 20% no preço, a quantidade demandada aumenta em 1,5 vezes, ou seja, 30%, coeteris paribus. 1 0 0 1 0 0 16 20 0,2 20% 20 39 30 0,3 30% 30 0,3 1,5 1,5 0,2pd pd p pp p p q qq q q E E -D - = = = - = - -D - = = = = = = - ® = - ¡ Problema: O método padrão fornece respostas diferentes dependendo de onde você começa. ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA ¡ De A para B: P aumenta em 25%, Q cai 33%, elasticidade = 33/15 = 1,33 ¡ De B para A: P cai 20%, Q aumenta em 50%, elasticidade = 50/20 = 2,50 ¡ Então, ao invés disso, podemos usar o método de ponto médio. ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA !"#$% '()"# * !"#$% ()(+("# ,$)-$ .é0($ × 100% ¡ O ponto médio é o número intermediário entre os valores inicial e final, a média desses valores ¡ Não importa qual é o valor que você usa no início ou no final – você obtém o mesmo resultado de qualquer forma ¡ Classificação: demanda elástica, inelástica, de elasticidade unitária, perfeitamente elástica e perfeitamente inelástica ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA ¡ Demanda Elástica ( |Epd|>1): significa que uma variação percentual no preço leva uma variação percentual proporcionalmente maior na quantidade demandada. ¡ Classificação: demanda elástica, inelástica, de elasticidade unitária, perfeitamente elástica e perfeitamente inelástica ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA ¡ Demanda Inelástica ( |Epd|<1): significa que uma variação percentual no preço leva uma variação percentual proporcionalmente menor na quantidade demandada. ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA ¡ Demanda de elasticidade unitária ( |Epd|=1 ou Epd=-1): neste caso uma variação percentual no preço, implica na mesma variação percentual na quantidade demandada. ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA ¡ Demanda perfeitamente elástica ( |Epd|= ∞) ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA ¡ Demanda perfeitamente inelástica ( |Epd|=0) ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA ¡ Fatores que afetam: § Disponibilidade de bens substitutos: quanto mais bens substitutos, mais elástica é a demanda, pois dado um aumento de preços, o consumidor tem mais opções para “fugir” do consumo desse bem; § Essencialidade do bem: neste caso, quanto mais essencial é um bem, mais inelástica é a sua demanda, geralmente são bens de consumo saciado, como por exemplo, sal açúcar, passagem de ônibus; ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA ¡ Fatores que afetam: § Importância relativa do bem no orçamento do consumidor: quanto maior o peso do bem no orçamento, mais elástica é a demanda. § Horizonte de tempo: quanto maior o horizonte de tempo, mais elásticaé a demanda, pois um intervalo de tempo maior permite que os consumidores de determinada mercadoria descubram mais formas de substituí-la, quando seu preço aumenta. ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA E RENDA TOTAL ¡ Receita Total à RT = preço unitário X quantidade comprada do bem ¡ O que pode acontecer com a receita total (RT), quando varia o preço de um bem? ¡ Resposta: vai depender da elasticidade-preço da demanda 𝑅𝑇 = 𝑝 7 𝑞 ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA E RENDA TOTAL ¡ Se Epd for inelástica: D% qd < D% p § se p aumentar, qd cairá, e a RT aumentará. § se p cair, qd aumentará, e a RT cairá. ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA E RENDA TOTAL ¡ Se Epd for inelástica: D% qd < D% p § se p aumentar, qd cairá, e a RT aumentará. § se p cair, qd aumentará, e a RT cairá. ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA E RENDA TOTAL ¡ Se a Epd for elástica: D% qd > D% p § se p aumentar, qd cairá, e a RT diminuirá; § se p cair, qd aumentará, e a RT aumentará. ELASTICIDADE-PREÇO CRUZADO DA DEMANDA ¡ EpdAB > 0 à A e B são substitutos (o aumento do preço de y aumenta o consumo de x, coeteris paribus). ¡ EpdAB < 0 à A e B são complementares (o aumento do preço de y diminui o consumo de x, coeteris paribus). 𝐸,0:; = 𝑉𝑎𝑟.% 𝑄: 𝑉𝑎𝑟.% 𝑃C = ∆𝑄: ∆𝑃; 7 𝑃; 𝑄: ¡ Variação percentual na quantidade demandada, dada a variação percentual no preço de outro bem, coeteris paribus. ELASTICIDADE-RENDA DA DEMANDA ¡ Erd > 1 à Bem superior (ou bem de luxo): dada uma variação da renda, o consumo varia mais que proporcionalmente. ¡ 0 < Erd < 1 à Bem normal: o consumo aumenta quando a renda aumenta. ¡ Erd < 0 à Bem inferior: a demanda cai quando a renda aumenta. ¡ Erd = 0 à Bem de consumo saciado: variações na renda não alteram o consumo do bem. ¡ Variação percentual na quantidade demandada, dada uma variação percentual na renda do consumidor, coeteris paribus. 𝐸%0 = 𝑉𝑎𝑟.%𝑄 𝑉𝑎𝑟.% 𝑅 = ∆𝑄 ∆𝑅 7 𝑅 𝑄 ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA ¡ Epo > 1 à Bem de oferta elástica. ¡ Epo < 1 à Bem de oferta inelástica. ¡ Epo = 1 à Elasticidade-preço de oferta unitária. ¡ Epo = 0 à Perfeitamente inelástica. ¡ Epo = ∞ à Perfeitamente elástica. 𝐸,$ = 𝑉𝑎𝑟.%𝑄 𝑉𝑎𝑟.% 𝑃 = ∆𝑄 ∆𝑃 7 𝑃 𝑄 ¡ Variação percentual na quantidade ofertada, dada uma variação percentual no preço do bem, coeteris paribus. ¡ Epo > 1 à Bem de oferta elástica. ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA ¡ Epo < 1 à Bem de oferta inelástica. ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA ¡ Epo = 1 à Elasticidade-preço de oferta unitária. ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA ¡ Epo = 0 à Perfeitamente inelástica. ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA ¡ Epo = ∞ à Perfeitamente elástica. ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA QUESTÕES Considere a política pública voltada para o cigarro. Estudos indicam que a elasticidade-preço da demanda por cigarros é de cerca de -0,4. a) Se atualmente o maço de cigarros custa R$ 2 e o governo deseja reduzir o consumo de cigarros em 20%, de quanto deveria aumentar o preço? b) Se o governo aumentar de forma permanente o preço dos cigarros, esta política terá um efeito maior no próximo ano ou daqui a cinco anos? c) As pesquisas também indicam que a elasticidade-preço da demanda dos adolescentes é maior no mercado do que a dos adultos. Por que isso poderia ser verdade? POLÍTICAS DE GOVERNO POLÍTICAS GOVERNAMENTAIS QUE ALTERAM O RESULTADO DO MERCADO PRIVADO ¡ Em um mercado competitivo livre de regulamentos governamentais, as forças de mercado estabelecem os preços e as quantidades de equilíbrio. ¡ Mesmo que as condições de equilíbrio sejam eficientes, pode ser que nem todos fiquem satisfeitos. ¡ Um dos papéis do economista é utilizar suas teorias para auxiliar no desenvolvimento de políticas. POLÍTICAS GOVERNAMENTAIS QUE ALTERAM O RESULTADO DO MERCADO PRIVADO ¡ Controle de preços - são aplicados, em geral, quando os formuladores de políticas acreditam que o preço de mercado de um bem ou serviço é injusto para o comprador ou para o vendedor. Resultam em preços fixados pelo governo: § Preço Máximo: um valor máximo legal para o preço de um bem ou serviço. Exemplos? § Preço Mínimo: um valor mínimo legal para o preço de um bem ou serviço. Exemplos? POLÍTICAS GOVERNAMENTAIS QUE ALTERAM O RESULTADO DO MERCADO PRIVADO ¡ Impostos: os governos utilizam impostos para arrecadar receita para objetivos públicos § O imposto pode ser uma percentual sobre o preço do bem, ou uma quantia específica por cada unidade vendida. Usaremos o modelo de oferta/demanda para ver como cada política afeta o resultado de mercado (o preço que os compradores pagam, os preços que os vendedores recebem e a quantidade de equilíbrio) PREÇO MÁXIMO Quando o governo fixa um preço máximo, aparecem duas possíveis consequências: ¡ O preço máximo não é compulsório se for fixado acima do preço de equilíbrio. ¡ O preço máximo é compulsório se for fixado abaixo do preço de equilíbrio, provocando uma escassez. PREÇOS MÁXIMOS Preço Máximo Não Compulsório PREÇOS MÁXIMOS Preço Máximo Compulsório PREÇO MÍNIMO Quando o governo impõe um preço mínimo, aparecem duas possíveis consequências. ¡ O preço mínimo não é compulsório se fixado abaixo do preço de equilíbrio. ¡ O preço mínimo é compulsório se fixado acima do preço de equilíbrio, provocando um excedente. PREÇOS MÍNIMO Preço Mínimo Não Compulsório Preço Mínimo Compulsório PREÇOS MÍNIMO EFEITOS DE UM PREÇO MÍNIMO ¡ Um preço mínimo impede a oferta e a demanda de moverem-se na direção do preço e quantidade de equilíbrio. Quando o preço de mercado atinge o piso, não pode prosseguir na queda, e o preço de mercado se torna igual ao mínimo. ¡ Um preço mínimo compulsório provoca um excedente porque QS>QD. Somente uma parte da produção é vendida ao preço mínimo, ou então somente alguns vendedores conseguem vender sua produção ao preço mínimo. ¡ Exemplos: um exemplo importante de preço mínimo é o salário mínimo. A legislação trabalhista determina piso para o salário que o empresário pode pagar; garantia de preços mínimos para produtos agrícolas. EFEITOS DE UM PREÇO MÍNIMO EFEITOS DE UM PREÇO MÍNIMO IMPOSTO E INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA ¡ Os governos utilizam impostos para arrecadar receita para objetivos públicos, porém apresentam impactos como: § desestímulo a atividade do mercado; § queda na quantidade vendida; § compradores e vendedores compartilham o ônus do imposto. ¡ Incidência tributária é o estudo da distribuição do ônus de um imposto. § Como se divide o ônus de um imposto? § Como os efeitos dos impostos sobre os vendedores se comparam com os efeitos sobre os compradores? As respostas para esta questões dependem da elasticidade da demanda e da elasticidade da oferta. IMPOSTO E INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA Efeitos de um imposto de $1,50 por unidade 1º CASO - IMPOSTO COBRADO DOS COMPRADORES Efeitos de um imposto de $1,50 por unidade1º passo: O impacto inicial do imposto recai sobre a demanda. 2º passo: Demanda desloca para esquerda. P teria de cair em $1,50 para fazer os compradores interessados em comprar a mesma Q que antes. Resultando em um excesso de demanda (ED). E.D.3º passo: A situação de excesso de demanda pressionaria a elevação do preço até o novo equilíbrio. 1º CASO - IMPOSTO COBRADO DOS COMPRADORES Efeitos de um imposto de $1,50 por unidadeNovo equilíbrio: Q = 450 Vendedores recebem PS = $9,50 Compradores pagam PB = $11,00 Diferença entre eles = $1,50 = imposto A Incidência de um Imposto: ônus de um imposto é dividido entre os participantes do mercado Efeitos de um imposto de $1,50 por unidade1º passo: O impacto inicial do imposto recai sobre a oferta. 2º passo: Oferta desloca para esquerda. P teria de subir em $1,50 para fazer os produtores interessados em ofertar a mesma Q que antes. Resultando em um excesso de oferta (EO). E.O. 3º passo: A situação de excesso de oferta pressionaria o mercado por uma queda do preço até o novo equilíbrio. 2º CASO - IMPOSTO COBRADO DOS VENDEDORESEfeitos de um imposto de $1,50 por unidadeNovo equilíbrio: Q = 450 Vendedores recebem PS = $9,50 Compradores pagam PB = $11,00 Diferença entre eles = $1,50 = imposto A Incidência de um Imposto: ônus de um imposto é dividido entre os participantes do mercado 2º CASO - IMPOSTO COBRADO DOS VENDEDORES Efeitos de um imposto de $1,50 por unidadeOs efeitos em P e Q, e a incidência de impostos são os mesmos se o imposto é incidido em compradores ou vendedores! O RESULTADO É O MESMO EM AMBOS OS CASOS! O que importa é: Um imposto conduz a uma barreira entre o preço pago pelos compradores e os preços recebidos pelos vendedores. A única diferença entre as duas situações é quem é responsável pelo recolhimento do imposto para o governo. ELASTICIDADE E INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA Oferta elástica e demanda inelástica Oferta inelástica e demanda elástica ELASTICIDADE E INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA EFICIÊNCIA DE MERCADO ECONOMIA DO BEM-ESTAR ¡ Lembre-se de que a alocação de recursos está relacionada: § à quantidade produzida de cada bem § aos produtores que o produzem § aos consumidores que o consomem ¡ A economia de bem-estar estuda como a alocação de recursos afeta o bem-estar econômico. ECONOMIA DO BEM-ESTAR ¡ Disposição para pagar: é a quantia máxima que o comprador pagará por um bem. A disposição para pagar mede quanto o comprador valoriza o bem. Exemplo: A disposição para pagar de quatro compradores interessados em um iPod. EXCEDENTE DO CONSUMIDOR ¡ Excedente do consumidor é a quantia que um comprador está disposto a pagar por um bem menos a quantia que realmente paga por ele: Excedente do consumidor = Disposição para pagar – P O total do excedente do consumidor é igual à área abaixo da curva de demanda acima do preço, de 0 a Q. EXCEDENTE DO PRODUTOR ¡ Um vendedor produz e vende os bens/serviços somente se o preço excede seu custo. ¡ Assim, o custo é uma medida da disponibilidade de vender. ¡ Custo é o valor de tudo aquilo de que um vendedor precisa abrir mão para produzir um bem (por exemplo, custo de oportunidade). ¡ Inclui o custo de todos os recursos usados para produzir bens e o valor do tempo do vendedor. EXCEDENTE DO PRODUTOR ¡ Excedente do produtor é a quantia que um vendedor recebe por um bem menos o seu custo de produção. Excedente do produtor = P – custo O total do excedente do produtor é igual à área acima da curva de oferta abaixo do preço, de 0 a Q. EXCEDENTE TOTAL ¡ Excedente do consumidor = (valor para os compradores) – (quantia paga pelos compradores) = ganho dos compradores por participarem do mercado ¡ Excedente do produtor = (quantia recebida pelos vendedores) – (custo para os vendedores) = ganho dos vendedores por participarem do mercado ¡ Excedente total = Excedente do consumidor + Excedente do produtor = ganhos totais da comercialização em um mercado = (valor para os compradores) – (custo para os vendedores) EFICIÊNCIA ¡ Uma alocação de recursos será eficiente se maximizar o excedente total. Eficiência significa: § Os bens são consumidos pelos compradores que os valorizam mais. § Os bens são produzidos por produtores com os menores custos. Excedente total = valor para os compradores – custo EFICIÊNCIA Excedente total = valor para os compradores – custo EFEITOS DE UM IMPOSTO Receita do imposto: $ T x QT EFEITOS DE UM IMPOSTO ¡ Vamos determinar o excedente do consumidor (EC), o excedente do produtor (EP), a receita fiscal, e excedente total com e sem o imposto para medir os ganhos e as perdas de um imposto usando a economia de bem-estar. A receita fiscal pode financiar serviços benéficos (por exemplo, educação, estradas, polícia), de modo que incluímos isso no excedente total. EFEITOS DE UM IMPOSTO ¡ Sem Imposto: § EC = A + B + C § EP = D + E + F § Receita Tributária = 0 § Excedente Total = A + B + C + D + E + F EFEITOS DE UM IMPOSTO ¡ Com Imposto: § EC = A § EP = F § Receita Tributária = B + D § Excedente Total = A + B + D + F O imposto reduz o excedente total por C + E EFEITOS DE UM IMPOSTO ¡ C + E é a chamada perda de peso morto do imposto, a queda no excedente total que resulta de uma distorção do mercado, como um imposto. EFEITOS DE UM IMPOSTO ¡ Por causa do imposto, unidades entre QT e QE não são vendidos. O QUE DETERMINA O TAMANHO DO PESO MORTO? ¡ Que bens ou serviços devem ser taxados pelo governo para aumentar a receita que ele necessita? § Uma resposta: aqueles com o menor Peso Morto. ¡ Quando o Peso Morto é pequeno ou grande? § Isso depende das elasticidades dos preços por oferta e demanda. ¡ Lembre-se: § A elasticidade do preço da demanda (ou oferta) mede a quantidade QD (ou QS) muda quando P mudar. PESO MORTO E A ELASTICIDADE DA OFERTA ¡ Quando a oferta não é elástica, é mais difícil para as empresas deixarem o mercado e o imposto reduz PS. ¡ Assim, o imposto apenas reduz o Q um pouco, e o Peso Morto é pequeno. PESO MORTO E A ELASTICIDADE DA OFERTA ¡ Quando mais elástica é a oferta, é mais fácil para as empresas deixarem o mercado, o imposto reduz PS, o Q cai abaixo da quantidade de equilíbrio, gerando um Peso Morto maior. PESO MORTO E A ELASTICIDADE DA DEMANDA ¡ Quando a demanda não for elástica, é mais difícil para consumidores deixarem o mercado quando o imposto se eleva. ¡ Assim, o imposto apenas reduz o Q um pouco, e o Peso Morto é pequeno. PESO MORTO E A ELASTICIDADE DA DEMANDA ¡ Quanto mais elástica é a demanda, mais fácil é para compradores deixarem o mercado quando o imposto aumenta, o Q cai mais abaixo de quantidade equilíbrio, gerando um maior Peso Morto. QUE TAMANHO DEVE TER A ATUAÇÃO DO GOVERNO? ¡ Implicação: § Quando as taxas de impostos são baixas, criá-los não causa muito dano, e baixá-los não traz muito benefício. § Quando as taxas de impostos são altos, criá- los é muito prejudicial, e cortá-las é muito benéfico. Quando um imposto aumenta, o Peso Morto sobe ainda mais. QUE TAMANHO DEVE TER A ATUAÇÃO DO GOVERNO? ¡ Quando o imposto é pequeno, o aumento faz com que a receita fiscal suba. QUE TAMANHO DEVE TER A ATUAÇÃO DO GOVERNO? ¡ Quando o imposto é maior, o aumento faz com que a receita fiscal caia. QUE TAMANHO DEVE TER A ATUAÇÃO DO GOVERNO? ¡ A curva de Laffer mostra a relação entre o tamanho da receita fiscal e tributária.
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