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Primeira e segunda semanas do desenvolvimento humano

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PRIMEIRA E SEGUNDA SEMANAS 
do desenvolvimento
Clivagem 
 
Após a fecundação, o zigoto passa por um 
processo chamado de clivagem. A clivagem 
corresponde às primeiras divisões (mitoses) do ovo 
ou zigoto (clivagem), que são atípicas, pois ocorrem 
sem que ocorra recuperação citoplasmática. 
Em um ciclo de divisão normal, temos uma 
fase de interfase e uma fase de divisão 
propriamente dita. Na fase G1 e G2, há aumento 
de tamanho e quantidade de organelas. Na 
clivagem, as fases G1 e G2 praticamente não 
acontecem. Ou seja, a cada divisão celular, as 
células filhas se tornam menores até um 
determinado momento. 
 
Mitose normal 
 
Clivagem 
 
A primeira divisão do zigoto forma dois 
blastômeros, que se dividem sucessivamente. Após 
a formação de 16 a 32 blastômeros compactados 
e circundados pela zona pelúcida, temos a mórula. 
No processo de clivagem, as primeiras 
células formadas nas primeiras, principalmente, 
são consideradas como células tronco – 
totipotentes. Isso quer dizer que se tivermos, 
durante a clivagem, uma separação das primeiras 
células e elas continuarem o processo de clivagem 
separadas, cada uma dessas células (blastômeros) 
ou cada um desses conjuntos de células podem se 
tornar um novo indivíduo. 
No caso da formação de gêmeos 
monozigóticos, os gêmeos vieram de um mesmo 
zigoto – um mesmo processo de divisão. 
 
 Uma célula totipotente é aquela que é 
capaz de se diferenciar em qualquer tipo celular 
de um organismo vivo – célula da retina, do fígado, 
célula muscular. Quando as células que constituem 
o pré embrião começam a se diferenciar, essas 
células deixam de ser totipotentes e passam a ser 
pluripotentes – grande capacidade de 
diferenciação, mas menos que as células 
totipotentes. 
Assim, apesar das células tronco dos 
órgãos (pluripotentes ou adultas) terem uma 
capacidade de se diferenciar, elas não têm a 
capacidade de se transformarem em qualquer 
célula do organismo, mas estão programadas para 
se diferenciar em tipos celulares específicos – já 
estão predestinadas. Excedendo, nesse caso, as 
células mesenquimais – retornam a um estágio 
anterior de pluripotência. 
 Até o estágio de oito células, elas formam 
um grupo sem associações entre si. Entretanto, 
após a terceira clivagem, os blastômeros 
maximizam seus contatos uns com os outros, 
formando uma bola compacta de células mantidas 
unidas por junções de oclusão (Enquanto os 
blastômeros vão se dividindo, a estrutura pré- 
embrionária vai caminhando pela tuba uterina. A 
mórula é formada por um conjunto de 16 a 32 
células altamente compactadas delimitadas pela 
zona pelúcida. Um grupo de células fica na região 
periférica, formando a parte externa do pré-
embrião (maciço celular externo). As células do 
interior são chamadas de maciço celular interno. 
 
Compactação 
Chegando à cavidade uterina, na região 
intramural, temos a zona pelúcida, o arcabouço 
formado pelas células do maciço celular externo. 
As células do maciço celular interno se agrupam 
na periferia do pré-embrião, porque começa a se 
acumular no interior dele um líquido – líquido 
blastocístico. Forma-se uma cavidade chamada de 
cavidade blastocística. O líquido blastocístico é 
secretado pelos blastômeros, segundo alguns 
autores, ou proveniente das glândulas das células 
do interstício das tubas uterinas (mucoide). Assim, 
se forma o blastocisto. 
 
 
Blastogênese 
 
Pré-deciduação e ingresso do blastocisto na cavidade do 
útero 
 
A parede do útero tem um epitélio de 
revestimento glandular que se apoia sobre um 
estroma de tecido conjuntivo formado 
basicamente por fibroblastos. Essa estrutura 
epitelial glandular e de tecido conjuntivo é 
chamado de endométrio. O pré embrião se 
implanta no endométrio. 
 
 
Blastogênese 
 
 O endométrio sofrerá modificações para 
receber o embrião. A camada anteriormente 
chamada maciço celular externo agora se torna 
o trofoblasto e o maciço celular interno se torna 
o embrioblasto. Além disso, por conta do ingresso 
de líquido dentro do pré-embrião, forma-se a 
blastocele ou a cavidade blastocística. 
 As células do trofoblasto produzem e 
secretam enzimas que digerem a zona pelúcida do 
blastocisto formado. Os elementos do 
citoesqueleto dão forma para o embrião até que 
ele saia da zona pelúcida. 
 
Eclosão do blastocisto ou hatching 
 
 Então, o blastocisto, após a eclosão, se 
adere ao endométrio do útero, fazendo conexão 
com as células epiteliais do endométrio. 
Geralmente essa conexão se dá na parte próxima 
ao embrioblasto – facilitando a formação de 
membranas e a diferenciação do embrião. 
O blastocisto vai rolando sobre a cavidade 
uterina até o momento que as células do 
trofoblasto expressam moléculas de adesão, 
fazendo com que o blastocisto se conecta ao 
tecido epitelial uterino. 
 
Aposição do blastocisto ou nidação 
 
Reação decidual: Adaptação do 
endométrio (acúmulo de glicogênio e lipídeos) que 
passa a ser decídua. Isto cria um local 
imunologicamente privilegiado para o concepto. Os 
fibroblastos sofrem transdiferenciação e 
acumulam lipídeos e glicogênio. É causada pela 
progesterona produzida pelo corpo lúteo. 
 Armazenamento de nutrientes. 
 Células do sistema imune preparam a 
região para receber o embrião, 
internalizando-o. 
 Mantém a sobrevivência do embrião antes 
do surgimento da placenta. 
Por conta desse processo de decidualização, 
as células do sistema imune – linfócitos 
específicos, como o n-calterina – presentes no 
tecido conjuntivo protegem o tecido embrionário, 
formando uma estrutura que teoricamente blinde 
o embrião (barreira imunológica), fazendo com que 
o corpo da mulher não o rejeite como um corpo 
estranho. 
 
Fibroblasto uterino antes da decidualização 
 
 
Fibroblastos da decidualização 
 
 Após a decidualização, os fibroblastos se 
modificam: 
 Morfologia arredondada; 
 Escassa ou ausente matriz extracelular 
entre as células; semelhante às células 
epiteliais; 
 Presença de gotículas lipídicas e grânulos 
de glicogênio no citoplasma: acúmulo de 
nutrientes para manter o embrião no 
caso de uma fecundação e uma possível 
implantação. 
 
A decidualização é um processo mediado por 
hormônios sexuais – progesterona – uma vez que 
os fibroblastos da tuba uterina também 
decidualizam. 
 
 
Implantação 
 
 Então, o embrião se conecta a decídua – 
endométrio modificado. A decídua será 
importante para o bem ocorrer do processo de 
gestação até que o embrião forme estruturas 
capazes de se nutrir. Após a primeira adesão das 
células trofoblásticas, elas começam a se 
proliferar, formando um grupo de células com uma 
característica de invasão. Se dividem, perdem a 
membrana e formam uma massa celular 
multinuclear chamada de sinciciotrofoblasto 
(proteolítico e erosivo). Em outras palavras, o 
trofoblasto se diferencia em sinciciotrofoblasto e 
em citotrofoblasto (proliferativo e fornecedor de 
células para o sinciciotrofoblasto). 
 O sincíciotrofoblasto produz enzimas 
proteolíticas as quais possibilitam a 
implantação, na medida em que degradam 
o tecido materno da decídua. 
 
Início da implantação 
 
 
Primeira diferenciação do trofoblasto 
 
 O que antes era um blastocisto se torna 
um citotrofoblasto com sinciciotrofoblasto, e ao 
mesmo tempo o embrioblasto se diferencia em 
epiblasto e hipoblasto – embrião bilaminar ou 
diblástico. 
 
 
Delaminação do embrioblasto em epiblasto e hipoblasto 
 Formação do disco germinativo bilaminar. 
 
 
 
 
Trofoblasto
Sinciciotrofoblasto
Citotrofoblasto
Embrioblasto
Epiblasto
Hipoblasto
 Hipoblasto sempre voltado à cavidade 
blastocística. 
 Epiblasto sempre voltado à região de 
implantação. 
 
 
Implantação e diferenciação do trofoblasto 
 
 Conforme o embrião se implanta, mais 
células se agregam ao sinciciotrofoblasto (mais 
células perdem a membrana e formam uma massa 
celular cheia denúcleos capaz de digerir a decídua 
ou a parte estomal do endométrio). 
 
 
Disco germinativo bilaminar – 8 dias. 
 
 Ao mesmo tempo da formação do disco 
germinativo bilaminar, as células do epiblasto 
começam a se proliferar e a se descolar do 
citotrofoblasto, formando uma cavidade (futura 
cavidade aminiótica) com entrada de líquido 
intersticial da decídua proveniente do estroma da 
decídua basal por difusão. 
 A cavidade amniótica aumenta enquanto o 
sinciciotrofoblasto invade cada vez mais a decídua. 
 
 
Formação da futura cavidade amniótica e do âmnio 
 
As células (amnioblastos) da região lateral 
do epiblasto se proliferam e se diferenciam para 
cobrir a cavidade amniótica em formação. Essa 
membrana é a membrana amniótica ou âmnio. 
Dentro da cavidade amniótica, está o líquido 
amniótico. 
 
 
As células das extremidades laterais do 
hipoblasto revestem a cavidade blastocística: 
formação da membrana exocelômica ou de 
Heuser, que ficará grudada no citotrofoblasto. 
Toda estrutura do embrião em desenvolvimento já 
adentrou o útero materno. 
 
 
Formação das lacunas do sinciciotrofoblasto 
 
Epiblasto Amnioblastos
 
Formação das lacunas do sinciciotrofoblasto 
 Pode haver sangramento no final da 
primeira semana de gestação, o que pode 
confundir-se com uma menstruação 
precoce. 
 Tampão de fibrina cobre o local de 
implantação a ser regenerado; nesse 
processo, por conta da erosão do tecido. 
 
 
Formação da membrana de Heuser 
 
 Assim, a cavidade blastocística agora 
passa a se chamar cavidade exoceômica ou saco 
vitelino primário ou primitivo. 
 
 
Cavidade exocelômica formada 
 O sinciciotrofoblasto começa a erodir o 
tecido e a romper vasos sanguíneos, jogando 
sangue da decídua para as cavidades/lacunas do 
sinciciotrofoblasto. O sangue entra para essas 
cavidades por artérias e são drenados delas pelas 
veias. 
 Lacunas do sincíciotrofoblasto ou lacunas 
de sangue. 
 
 
Implantação e erosão da decídua 
 Rompimento de vasos sanguíneos pelo 
sincício e acúmulo de sangue nas lacunas. 
Inicialmente, devido à formação do tampão 
de fibrina na extremidade dos vasos, 
ocorre extravasamento do plasma e 
depois que esse tampão se rompe de 
sangue materno. 
 
Ocorre a formação de um tecido chamado de 
mesoderma extraembrionário através da 
proliferação das células da membrana 
exocelômica. Em outras palavras, as células da 
membrana de Heuser se proliferam e se 
diferenciam para formar o mesoderme 
extraembrionário, rico em matriz extracelular. 
 Mesoderma extraembrionário advém de 
células do exoceloma e do hipoblasto. 
 O mesoderma possui característica 
mesenquimal (tecido conjuntivo do 
embrião), pois ele acumula grande 
quantidade de matriz extracelular e não 
estão justapostas (não tem característica 
de epitélio). 
 
Crescimento do mesoderma 
 
 O mesoderme se expande e se separa a 
membrana de Heuser do citotrofoblasto. Ao 
mesmo tempo, o saco vitelino primário diminui de 
tamanho. Conforme há a formação desse tecido 
altamente hidratado, há a circundação da 
estrutura bilaminar do embrioblasto. 
 
 
Formação do mesoderme extraembrionário 
 
Ocorre o surgimento de lacunas no 
mesoderme extraembrionário, formando o celoma 
extraembrionário devido à difusão de líquido 
provindo das lacunas do sinciciotrofoblasto e da 
decídua do útero ao redor do embrião. 
 Assim, o celoma extraembrionário se forma 
através da junção das cavidades no mesoderma 
extraembrionário – uma cavidade única. Após a 
formação da cavidade única, o mesoderme se 
separa em duas lâminas, fazendo com que se surja 
o celoma extraembrionário. 
 
Formação das cavidades no mesoderma extraembrionário 
 
 
Formação da cavidade mesodérmica 
 
 
Diferenciação do mesoderma extraembrionário 
 Mesoderma extraembrionário somático: 
grudado com o citotrofoblasto e ao redor 
do âmnio. 
 Mesoderma extraembrionário esplâncnico: 
grudado com o saco vitelino primário. 
 
Afastamento dos mesodermas 
 
Os dois mesodermes se afastam entre si, 
aumentando o celoma extraembrionário. Há um 
estrangulamento do saco vitelino primário, de 
modo que o saco vitelino primário forme uma 
vesícula chamada de saco vitelino secundário ou 
saco vitelino definitivo. Esse saco também pode 
ser chamado, nos humanos, de vesícula umbilical. 
 
 
Formação do saco vitelino definitivo 
 Deslocamento da membrana exocelômica 
pelas células do hipoblasto que se 
proliferam criando uma constricção entre 
o saco vitelino primitivo e o saco vitelino 
definitivo. 
 Essa estrutura em formação não tem a 
finalidade de acumular vitelo nos 
mamíferos. 
Um pedaço do saco vitelino primário se 
desprende, formando o cisto vitelino. 
 O cisto vitelino se desloca para baixo e 
depois some. 
 Formação do saco vitelino definitivo. 
 Celoma extraembrionário cada vez maior. 
 
 
Formação do cisto exocelômico ou cisto vitelino 
 
O mesoderma forma lacunas até que o 
celoma passe a circundar toda a estrutura do 
saco vitelino e da cavidade amniótica. Ele só não 
forma uma lacuna na região chamada de pedículo 
de conexão ou pedículo de ligação/umbilical. O 
pedículo umbilical está ligado ao âmnio e ao 
citotrofoblasto através do mesoderma 
extraembrionário somático. 
 
 
Formação do pedículo de conexão 
 O pedículo de conexão dará origem ao que 
chamamos de cordão umbilical. 
 
O córion é formado pelo mesoderme 
extraembrionário somático, pelo citotrofoblasto e 
pelo sinciciotrofoblasto. Já que o celoma será 
revestido pelo córion, podemos chamar o interior 
do córion de cavidade coriônica. 
 
Visão geral das estruturas pós implantação 
 
Gestações múltiplas 
 
Dependendo do momento em que os 
gêmeos foram formados, teremos o 
compartilhamento de alguns anexos ou não. 
 
Gêmeos dizigóticos 
 Provenientes de dois zigotos diferentes, 
com constituição genética diferente. 
 Influência genotípica materna. 
 Biamnióticos e bicoriônicos: cada 
blastocisto vai ter sua cavidade amniótica 
e sua cavidade coriônica. 
 Fusão dos córions (gêmeos biamnióticos e 
monocoriônicos), com placenta fusionada – 
caso os dois embriões se implantarem em 
locais próximos. 
 Mosaicismo (hemácias com dois fenôtipos. 
 
 
 Implantações distantes: placentas 
diferentes; córions independentes. 
 Implantações próximas: placentas e córion 
fundidos. 
 Córions se encostam e vascularização se 
mistura, causando mosaicismo de fenótipos 
de sangue. 
 
Gêmeos monozigóticos 
 Provenientes de um único zigoto. 
 Bicoriônicos e biamnióticos: Divisão do 
zigoto em dois blastômeros, que por algum 
motivo se separam com regiões de zona 
pelúcida inclusa ou não, fazendo com que 
cada um desses blastômeros forme dois 
blastocistos. Apesar de gêmeos não 
compartilharem o âmnio e o seu córion, são 
gêmeos monozigóticos. 
 
 Monocoriônicos e biamnióticos: Pode haver 
formação de gêmeos monozigóticos na 
formação do blastocisto. Ou seja, quando 
se forma o trofoblasto e o embrioblasto 
há a separação do embrioblasto em duas 
massas celulares diferentes dentro do 
mesmo trofoblasto. Cada epiblasto 
formará o seu âmnio, mas como tem um 
único trofoblasto, eles compartilham o 
mesmo córion, e consequentemente a 
mesma placenta. 
 
 Monocoriônicos e monoamnióticos: na 
formação do epiblasto e hipoblasto, 
formam-se duas metades de cada, um de 
cada lado. Formam-se dois embriões que 
compartilham o mesmo âmnio, porque 
vieram do mesmo embrioblasto. 
 
 
Fatores de risco 
 História familiar; a história materna é mais 
importante do que a paterna. 
 Idade materna avançada por poliovulação. 
 História pessoal de gemelidade. 
 Indução da ovulação e técnicas de 
reprodução assistida (vem aumentando a 
gestação múltipla, no mundo inteiro). 
 
Formação da placenta 
 
A placenta é um órgão maternofetal, que 
é um resultado do contato ou fusão entre os 
tecidos fetais e maternos. Éconstituída por: 
 Componentes fetais: córion viloso. 
 Componentes maternos: endométrio 
uterino-decídua basal. 
 
Desenvolvimento do córion: O 
desenvolvimento do embrião acontece ao mesmo 
tempo do desenvolvimento do córion. O 
mesoderme extraembrionário é formado, sendo 
separado em duas partes. O celoma 
extraembrionário é formado. Assim, o conjunto 
dos três tecidos formam o córion. 
 Mesoderme extraembrionário; 
 Citotrofoblasto; 
 Sinciciotrofoblasto. 
 
Dessa forma, o celoma extraembrionário pode 
ser chamado de cavidade coriônica. Ocorre 
também a formação de vilosidades coriônicas 
primárias advindas de proliferações do 
citotrofoblasto, se projetando para o 
sinciciotrofoblasto. 
 
Surgimento de vilosidades coriônicas primárias 
 
 Depois, conforme as células do 
citotrofoblasto vão se proliferando, vão surgindo 
cavidades nas quais se projetam o mesoderme 
interno. Essa vilosidade se chama vilosidade 
coriônica secundária. 
 
 
Formação de vilosidades coriônicas secundárias 
 
 O mesoderme é um tecido altamente 
angiogênico, ou seja, tem alta capacidade de 
formar estruturas vasculares sanguíneas. 
Posteriormente, forma-se a vilosidade coriônica 
terciária: as células do mesoderme se diferenciam 
em células sanguíneas e pequenos vasos através 
do VGF e outros fatores que fazem com que as 
células do mesênquima se agreguem e formem 
estruturas tubulares. 
 Hemangioblastos se diferenciam em 
angioblastos (que farão a vasculogênese e 
a angiogênese) e os hemoblastos (forma as 
primeiras hemácias que circularão pelos 
vasos. 
 
 
 
 
 
 
 Os vasos sanguíneos formados que passam 
pelo pedículo do embrião levam sangue ao 
embrioblasto e saco vitelino. 
 Os vasos sanguíneos irrigam todo o córion. 
 Lacunas irrigadas por sangue materno vão 
sendo separadas pelas vilosidades 
coriônicas terciárias – passam a se 
chamar espaços intervilosos – e 
possibilitam a troca de gases para os eixos 
mesodérmicos de capilares. 
 Cada vilosidade (chamada de vilosidade 
tronco) está presa a uma capa de 
revestimento citotrofoblástico externo. 
As vilosidades tronco sofrem várias 
ramificações, que se chamam vilosidades 
ramificadas ou ramificações da vilosidade. 
 O revestimento citotrofoblástico reveste 
teoricamente todo o sinciciotrofoblasto – 
o embrião para de erodir o tecido materno 
por inibição do processo de erosão 
endometrial. 
 
Evolução das vilosidades: 
 
 
 As vilosidades coriônicas terciárias são 
banhadas por sangue materno, presente 
nos espaços intervilosos (lacunas). 
 
 
 Na parte mais desenvolvida do córion é que 
se formará a parte fetal da placenta, que 
terá interação com a decídua basal. 
Mesênquima
Angioblastos Hemoblastos
Hemangioblastos
 
 Região do córion viloso ou frondoso: parte 
superior, com mais vilosidades. 
 Região do córion liso: parte inferior, com 
menos vilosidades. 
 Decídua basal: região que faz contato com 
o córion viloso. 
 Decídua capsular: região que faz contato 
com o córion liso. 
 Entrada e drenagem de sangue contínuas 
por artérias e veias endometriais. 
 
 
 
Formação da parte fetal da 
placenta: 
1. Formação de lacunas no 
sinciciotrofoblasto. 
2. Extravasamento de sangue materno e 
secreções de glândulas uterinas nas 
lacunas. 
3. Início do processo de circulação 
uteroplacentária – sangue oxigenado e 
nutrientes chegando ao embrião. 
 
 
 
Cordão umbilical: liga o embrião em 
formação à região da placenta. Dentro dele 
temos uma veia e duas artérias. 
 Artérias levam o sangue rico em gás 
carbônico do feto para a placenta. 
 Veia leva o sangue rico em oxigênio da 
placenta para o feto. 
 Circundados pela geleia de Wharton, que é 
formada por tecido mucoso rico em 
proteoglicanos. A função da geleia de 
Wharton é garantir proteção aos vasos 
umbilicais, evitando, por exemplo, uma 
compressão. 
 
 
 
 Os nutrientes passam dos capilares para o 
sangue materno e vice-versa, mas o 
sangue materno não tem contato com o 
sangue que vai para o embrião e que está 
dentro da vilosidade (tudo entra por 
difusão). 
 
Membrana placentária: São conjuntos 
de tecidos extrafetais que separam o sangue 
materno do sangue fetal. É constituído por 
diferentes componentes de acordo com a 
demanda energética e nutricional do embrião: 
 Até a 20ª semana: 
1. Sinciciotrofoblasto 
2. Citotrofoblasto 
3. Tecido conjuntivo mesoderme 
4. Endotélio dos vasos 
 Após a 20ª semana: 
1. Sinciciotrofoblasto 
2. Endotélio dos vasos 
 
 
 
Funções da placenta: 
1. Metabolismo de uma série de nutrientes 
como síntese de glicogênio, colesterol e 
ácidos graxos. Metabolismo de cortisol e 
corticoides importantes para o aumento e 
diminuição do stress do bebê. 
2. Secreção de hormônios progesterona, 
estrógeno e HCG (gonadotrofina coriônica 
humana). 
O córion é vindo do trofoblasto e o 
trofoblasto é responsável pela produção do HCG 
no início da gestação, para a manutenção inicial 
do corpo lúteo até que a placenta assuma a 
função do corpo lúteo. 
3. Transporte seletivo de substâncias: gases, 
hormônios, anticorpos, drogas, nutrientes, 
eletrólitos, produtos de excreção e 
agentes infecciosos (seleção). 
 
 
 Grumos na capa citotrofoblástica. 
 
Anexos embrionários 
 
Amnio: Delgada membrana que forma um saco 
membranoso, o saco amniótico, cheio de líquido 
amniótico, que envolve o embrião e o feto. O líquido 
amniótico é constantemente trocado através da 
passagem de um filtrado intersticial materno via 
placenta por difusão pelo âmnio. 
 A importância do líquido amniótico é: 
1. Permite o crescimento externo simétrico 
do embrião. 
2. Atua como barreira contra infecções. 
3. Permite o desenvolvimento pulmonar fetal 
normal (deglutição). 
4. Impede a aderência do âmnio ao embrião. 
5. Protege o embrião contra lesões, 
distribuindo e amortecendo os impactos 
físicos recebidos pela mãe. 
6. Ajuda a controlar a temperatura corporal 
do embrião, mantendo uma temperatura 
constante. 
7. Permite que o feto se mova livremente, 
ajudando assim o desenvolvimento muscular 
e neurolocomotor – acuidade de 
movimentos. 
 
Amniocentese: exame invasivo para 
diagnosticar malformações fetais e deficiências 
genéticas – contraindicada para cariótipos, pois 
deficiências genéticas independem de intervenção. 
 
Distúrbios do volume do líquido 
amniótico: 
 Oligoidrâmnio: volume reduzido de 
líquido amniótico (<400 mL). Causas: 
malformação dos rins fetais – agenesia 
renal. 
 Poliidramnio ou hidrâmnio: grande 
volume de líquido amniótico (> 2000 mL). 
Causas: anencefalia. 
 
Importância do saco vitelino: 
 Papel no transporte de nutrientes para o 
disco embrionário no início da gestação. 
 Capacidade angiogênica (formar vasos 
sanguíneos) e hemopoiética (formar células 
sanguíneas). 
 É incorporado pelo embrião, formando o 
intestino primitivo. 
 Origina das células germinativas primordiais. 
 
Alantóide: pouco significado para o homem. 
É formado pela evaginação da parede do saco 
vitelino que se projeta para a região do pedículo 
do embrião. O alantóide tem a parede bastante 
angiogênica, ajudando na formação dos vasos. 
Forma uma estrutura de cordão fibroso chamada 
de ura que dará origem ao ligamento mediano 
umbilical que liga a cicatriz umbilical a parte 
superior da bexiga no final do desenvolvimento. 
 
 
 
Doenças trofoblásticas 
gestacionais 
 
Molas hidatiformes: implantação de uma 
estrutura embrionária malformada. Pode sair 
sozinha ou com curetagem para retirada do 
tecido trofoblástico. 
 Completa: se forma a partir de um ovócito 
que não tem núcleo (23 cromossomos de 1 
espermatozoide ou 46 cromossomos de 2 
espermatozoides, sem núcleo do ovócito). 
Fecundação por um espermatozoide ou por 
dois. A estrutura vai para o útero, forma 
o trofoblasto – cito e sincício; há produção 
de HCG; a mulher tem sintomas de 
gravidez, mas o embrião não se desenvolve,pois aquele material genético não é 
compatível com o desenvolvimento. É 
apenas uma massa celular. 
 Incompleta: triploidia do embrião causada 
pela fecundação de dois espermatozoides 
em um ovócito – com núcleo do ovócito 
presente. Essa triploidia causa uma má 
formação na estrutura trofoblástica, que 
vai se implantar no endométrio. 
 Invasiva: molas que invadem o miométrio. 
 Metástica: molas que invadem outros 
tecidos como a cavidade abdominal. Um 
exemplo de massa metastática é o 
coriocarcinoma – tumor que invadiu outros 
tecidos. 
 
Litopédio: Gestação em uma região da tuba 
(infundíbulo) ou abdominal (gravidez ectópica) ou 
caiu no útero. O embrião cresceu e ficou grande 
demais para que as células do sistema de defesa 
pudessem fagocitar aquela estrutura. Há a 
calcificação do feto, como em um processo de 
mumificação.

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