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Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 SP1 – Pele Maior órgão do corpo; pigmentação cutânea; tonalidades; regulação da temperatura. A epiderme contém poros ou aberturas para dois tipos de glândulas – as glândulas sudoríparas, que produzem secreções aquosas, e as glândulas sebáceas, que produzem uma secreção oleosa chamada sebo. Histologia da pele: epitélio estratificado escamoso ceratinizado (epiderme); Camadas da pele: Epiderme – ectoderme; avascular; o epitélio é formado na parte mais interna e, conforme necessita a reparação celular, as células vão subindo. São cinco camadas distintas, ou estratos, que representam a diferenciação ou maturação progressiva dos queratinócitos. Receptores Sensoriais: terminações livres (tato, pressão, temperatura, dor, coceira) Células da Epiderme: Queratinócitos: produzem a queratina (barreira mecânica); essencial para a proteção da pele. São 95% das células da epiderme. Melanócitos: produzem um pigmento chamado melanina, que é responsável pela cor da pele, bronzeamento e proteção contra a radiação ultravioleta. Produz a melanina e joga para os queratinócitos em volta dele. Está mais presente na camada basal. Células de Merkel: mais na camada basal; mecanorreceptores; palmas e plantas dos dedos; Células de Langerhans: ligam a epiderme ao sistema imune. São derivadas de células precursoras originárias da medula óssea e sua função é reconhecer antígenos estranhos prejudiciais ao organismo. Estas células ligam o antígeno à sua superfície e o processam; tendo o antígeno processado, migram da epiderme para os vasos linfáticos e depois para os linfonodos regionais, onde são conhecidas como células dendríticas. Durante a sua migração pelo sistema linfático, as células de Langerhans tornam-se potentes células apresentadoras de antígeno. Membrana Basal – entre a epiderme e a derme; é a camada envolvida na formação de bolhas. Derme – mesoderme; tecido conjuntivo; contém vasos sanguíneos e fibras nervosas que suprem a epiderme. Seu principal componente é o colágeno. Estruturas pilares (pelo) e glandulares e a unha estão embutidas nessa camada e continuam através da epiderme. Contém fibras elásticas de colágeno. o Derme Papilar o Derme Reticular Gordura Subcutânea Subjacente – tecido conjuntivo frouxo e adiposo que liga a derme aos tecidos subjacentes Camadas da Epiderme: Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 Córnea – ceratina; células mortas sem organelas ou núcleos Lúcida – presente em pele espessa Granulosa – grânulos de querato-hialina; Espinhosa – tem junções de adesão celular (desmossomos) Basal – regeneração, células-tronco que fazem mitoses e promovem a renovação a cada 15-30 dias Camadas da Derme: Anexos: Pelo – invaginação da epiderme; intercala fases de repouso e crescimento; Glândula Sebácea – secreção sebácea é microbicida; tipo acinosa; normalmente associada à um folículo piloso. Secreção holócrina. Glândula Sudorípara – secreção sudorípara é microbicida; também chamada de glândula écrina ou apócrina; é enovelada Funções da pele: recobrir o corpo, impedir a desidratação; forma anexos cutâneos, como pelos, unhas e as estruturas glandulares; produção de queratina para proteção do corpo, proteção contra a entrada de microrganismos, regulação imune por meio das células de Langerhans, mastócitos e linfócitos; regular a temperatura; síntese de vitamina D; recepção de dor; função endócrina ao converter 7-desidrocolesterol em colecalciferol. Inflamação: reação complexa de tecido conjuntivo vascularizado contra um agente agressor (físico, químico, biológico) que visa a reparação tecidual; inchaço (edema), dor, calor, avermelhamento e perda de função do tecido/órgão. Há saída de líquidos e células do sangue para o interstício Inflamação Aguda: Tempo de Evolução: horas/dias Exsudação de líquidos e componentes do plasma, emigração de neutrófilos para os tecidos extravasculares; calor, rubor, tumor e dor Células: neutrófilos (polimorfonucleares) Causas: infecciosos (vírus, bactérias), necrose tecidual, moléculas liberadas pelas células necrosadas; corpo estranho; reação imune; hipersensibilidade; doenças auto-imunes 1. Estímulo Irritativo – infecções, toxinas, parasitas, necrose, corpos estranhos, alergias 2. Fenômenos Vasculares – aumenta a permeabilidade vascular, vasodilatação (responsável pela hiperemia) e acúmulo de leucócitos por diapedese Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 3. Fenômenos Exsudativos – saem proteínas plasmáticas e leucócitos para o interstício 4. Fagocitose – reconhecimento, englobamento, fagossomo, lisossomo, fagolisossomo, degradação do corpo estranho 5. Resultado da inflamação - regeneração, cicatrização ou inflamação crônica *Exsudativo: líquido liberado rico em proteínas* Inflamação Crônica: Proliferação de vasos sanguíneos; pode ser inespecífica ou granulomatosa (formação de granuloma – aglomerados de macrófagos/histiócitos com células gigantes) Tempo de Evolução: meses Células: linfócitos e plasmócitos Causas: processo agudo falho que cronificou; corpos estranhos, suturas, agentes infecciosos (virulência baixa e/u moderada); doenças autoimunes; Granuloma Células Monomorfonucleares – predominam na inflamação crônica (macrófago, monócito, plasmócitos) o Linfócitos T e B o Memória imunológica o Macrófago – fagocitose Polimorfonucleares – predominam na inflamação aguda (neutrófilo, macrófago, eosinófilo) o Mais citoplasma, menor núcleo o Macrófago – fagocitose Reparo ou Cicatriz – nas inflamações crônicas; resposta à inflamação/lesão; tentativa de manter ou retornar à função e organização. o Regeneração: volta ao normal o Reparo: deixa cicatriz – substituição por tecido fibroso/conjuntivo; em lesões graves ou persistentes, sem capacidade de regeneração ao tecido anterior Processo de cicatrização e reparo dos tecidos: Fase Inflamatória Repara a ferida para a cicatrização; remove restos celulares e tecidos desvitalizados; dura de 6-48h; há vasoconstrição, levando à acúmulo de plaquetas visando manter a hemostasia. Ocorre fagocitose, ou seja, leucócitos fazem a limpeza por meio de exsudato e pus; os macrófagos ingerem os microrganismos que permaneceram no local. Nesta fase a área em torno da ferida apresenta-se com calor, rubor e dor. Fase Proliferativa Inicia a regeneração da epiderme; proliferação de células (fibroblastos – produzem o colágeno e células endoteliais – revestem os vasos); início do processo de contração da ferida; epitelização gradual cobre a superfície da ferida; necessidade de manter o local úmido. A Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 integridade da ferida depende do colágeno; os capilares neoformados dão nutrição e oxigenação; forma-se um tecido de granulação (rede capilar + colágeno) Fase de Remodelação da Ferida Após cerca de 2-4 semanas, e pode durar até 6 meses. A cicatriz (estrutura densa e cheia de fibras de colágeno desorganizadas) tem mudança na sua forma, resistência e tamanho. Nesse momento que pode formar queloide, pois há deposição excessiva de colágeno. Há organização das fibras de colágeno. Cicatrização por Primeira Intenção – limpas, incisões cirúrgicas, suturas, fáceis de juntar. Cicatrização por Segunda Intenção – abertas, difíceis de aproximar as bordas, queimaduras, feridas contaminadas, mordidas de animais, mais cicatriz, demoram mais para cicatrizar. SP2 – Órgãos Linfoides O sistema imune é formado por células isoladas (defesa) e órgãos linfoides; Folículos Linfoides: aglomerados de linfócitos, arredondados, como no apêndice; há predomínio de linfócitos B; Linfócitos: todos têm origem na medula óssea LT: diferenciação no timo; tem memória; ele quem ataca o antígeno LB: diferenciaçãona medula; tem memória; produz anticorpos para atacar o antígeno NK: são “prontos” para atacar; não tem memória Timo e Medula → órgãos linfoides primários Imunidade Humoral – Linfócitos B 5 a 10% dos linfócitos Cobertos por moléculas de anticorpos Migram e povoam alguns órgãos linfoides (linfonodos, baço, MALT) Imunidade Humoral – Imunoglobulinas Anticorpos IgG, IgM, IgA, IgE, IgD Glicoproteínas que se ligam aos determinantes antigênicos Imunidade Humoral – Linfócitos T 65 a 75% dos linfócitos Origem na medula e maturação no timo Após, migram para os tecidos para defende-los O sistema linfoide incluem os órgãos linfoides primários e secundários. Os órgãos linfoides primários produzem os componentes celulares do sistema imunológico. Eles são (1) medula óssea e (2) o timo. Os órgãos linfoides secundários são os locais onde ocorrem as respostas imunológicas. Eles incluem (1) os linfonodos, (2) o baço, (3) as tonsilas, e (4) agregados de linfócitos e células apresentadoras de antígenos presentes nos pulmões (tecidos linfoides associados aos brônquios) e na mucosa do trato digestório (tecido linfoide associado ao tubo digestivo), incluindo as placas de Peyer. As principais funções dos órgãos linfoides, como componentes do sistema imunológico, é proteger o corpo contra patógenos ou antígenos invasores (bactérias, vírus, parasitas). A base deste mecanismo de defesa, ou resposta imunológica, é a habilidade de distinguir o próprio do não próprio ao organismo. Timo É um órgão linfo epitelial situado no mediastino, atrás do esterno e na altura dos grandes vasos do coração. Contém dois lobos, envoltos por uma cápsula de tecido conjuntivo denso. Ao contrário dos outros órgãos linfoides, o timo não apresenta nódulos. Histologia: Cada lóbulo é formado por uma parte periférica, denominada zona cortical, que envolve a parte central mais clara, a zona medular. Origem embriológica dupla – o único desses órgãos que isso acontece – mesodérmica (células linfoides - córtex) e endodérmica (componente epitelial - medula). Cresce até a puberdade, quando começa a atrofiar. O tecido antes linfoide transforma-se em tecido adiposo e conjuntivo. Células ou estruturas que compõe: Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 Corpúsculos de Hassall - células reticulares epiteliais achatadas que sustentam o órgão por prolongamentos e desmossomos (medula); linfócitos T (córtex); a zona cortical cora-se mais fortemente pelo corante de utilizado, por possuir maior concentração de linfócitos T, em diferentes estágios de maturação. Como os corpúsculos de Hassal são resistentes à atrofia pelo tempo, é por eles que identificamos que a lâmina é de timo. Função: Células-tronco migram continuamente da medula óssea, pelo sangue, e se alojam no timo, onde proliferam e se diferenciam em linfócitos T. O timo é um local de formação e de seleção de linfócitos T/timócitos. No entanto, mais de 95% dos linfócitos formados são eliminados por apoptose, por que não reagem a antígenos ou reagem a antígenos do próprio organismo. Localiação do timo e Corpúsculo de Hassall Baço Histologia: O baço não apresenta um córtex e uma medula. Em vez disso, o baço possui dois componentes principais com funções distintas: a polpa vermelha e a polpa branca. Externamente é revestido por uma cápsula constituída de tecido conjuntivo denso não modelado e células musculares lisas, a qual emite trabéculas que dividem o parênquima ou polpa esplênica em compartimentos incompletos. Células ou estruturas que compõe: Polpa branca → nódulos/folículos linfoides (no meio do corte histológico) constituídos de linfócitos B, arteríola central, encontrada no centro do nódulo linfoide e pela bainha periarterial, constituída de linfócitos T, que envolve a artéria central. Polpa vermelha → contém uma rede interligada de seios esplênicos (menor resistência, menos células) revestidos por células endoteliais alongadas. Cordões esplênicos, também chamados de cordões de Billroth, circundam os sinusoides esplênicos. Os cordões esplênicos contêm plasmócitos, macrófagos, e hemácias, todos sustentados por um estroma de células reticulares e fibras reticulares. Faz a hemocatarese – destruição de hemácias velhas ou defeituosas Entre a polpa branca e a polpa vermelha existe uma zona mal delimitada, constituída pelos seios marginais contendo macrófagos, linfócitos e células dendríticas (apresentadoras de antígenos). Função: No feto → produção de hemácias e leucócitos; após o nascimento, essa função é interrompida. Polpa Vermelha → destrói as hemácias defeituosas e idosas (por meio de macrófagos) e armazena células de defesa, liberando-as na circulação quando necessário. Polpa Branca → produz e armazena os linfócitos (células de defesa do corpo) Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 Linfonodos Histologia: O linfonodo em é envolvido externamente por uma cápsula de tecido conjuntivo denso não modelado (arcabouço de células e fibras reticulares - estroma), que por sua vez, envia trabéculas para o seu interior. O parênquima apresenta a região cortical, a região para cortical e a região medular, que ocupa o centro do órgão e seu hilo. A região cortical apresenta duas regiões: o córtex externo e o interno. Células ou estruturas que compõe: Córtex→ seios subcapsulares e peritrabeculares, e por nódulos ou folículos linfoides com linfócitos B e T. Os seios subcapsulares e peritrabeculares são espaços irregulares delimitados de modo incompleto por células endoteliais, células reticulares com fibras reticulares e macrófagos, localizados abaixo da cápsula e ao longo das trabéculas de tecido conjuntivo derivadas da cápsula que entram no córtex, respectivamente. Região Paracortical → não apresenta nódulos linfoides e nela predomina os linfócitos T. Medula → constituída pelos cordões e seios medulares. Os seios medulares são espaços revestidos por células endoteliais, com menor resistência à passagem da linfa; e os cordões medulares, formados principalmente pelos linfócitos B, macrófagos e plasmócitos, circundam os seios medulares. O hilo está localizado na concavidade do linfonodo e apresenta artérias, veias e vasos linfáticos. Função: Os linfonodos ou gânglios linfáticos são pequenos órgãos perfurados por canais que existem em diversos pontos da rede linfática, uma rede de ductos que faz parte do sistema linfático. A linfa, em seu caminho para o coração, circula pelo interior desses gânglios, onde é filtrada. Partículas como vírus, bactérias e resíduos celulares são fagocitados pelos linfócitos e macrófagos existentes nos linfonodos. A multiplicação dos linfócitos quando há invasão por microrganismos é o que causa a íngua. Seios Tonsilas As várias tonsilas (palatinas, faringianas, linguais) são componentes do MALT. Caracteristicamente todas https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93rg%C3%A3o_(anatomia) https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_linf%C3%A1tico https://pt.wikipedia.org/wiki/Linfa https://pt.wikipedia.org/wiki/Cora%C3%A7%C3%A3o Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 possuem na sua mucosa aglomerados de folículos linfoides situados no tecido conjuntivo localizado abaixo do seu revestimento epitelial. Anel linfático de Waldeyer → tonsila lingual, palatina e faríngea. Histologia: Tonsilas Palatinas → amídalas; revestidas por epitélio estratificado pavimentoso, contínuo com o epitélio que reveste a cavidade oral; apresentarem acúmulos de folículos linfoides ao redor das criptas. A tonsila palatina é envolvida internamente por tecido conjuntivo denso e nas proximidades do órgão podem ser vistas glândulas salivares. Tonsila Faríngea → adenoide; revestimento de epitélio respiratório: Pseudoestratificado colunar ciliado; Tonsila Lingual → na base da língua Células ou estruturas que compõe: O epitélio que reveste as criptas tonsilaresé frequentemente invadido por células migratórias, principalmente linfócitos e neutrófilos. Função: Combater infecções causadas por vírus e bactérias que entram pela boca e pelo nariz. Tecido Linfoide Associado à Mucosa O que é? Há acúmulos importantes de tecido linfoide no tecido conjuntivo das mucosas do aparelho digestivo, respiratório, urinário. Estes acúmulos são conhecidos pela sigla MALT – mucosa-associated limphoid tissue, isto é, tecido linfoide associado às mucosas. O MALT, devido à sua situação de maior proximidade e contato com moléculas estranhas ao organismo exerce um papel relevante no reconhecimento precoce destas moléculas. Ao MALT pertencem importantes estruturas como por exemplo as tonsilas, o apêndice cecal e as placas de Peyer. Onde é encontrado? (Órgãos) No apêndice vermiforme, no ceco; As placas de Peyer são encontradas principalmente na região do íleo; mucosa brônquica (BALT); gênito urinário; Medula óssea Histologia: A medula óssea é um órgão difuso, volumoso e muito ativo; constituída de células-tronco hematopoiéticas e dos capilares sinusoides, revestidos por células endoteliais descontínuas. O estroma é constituído de células e fibras reticulares (colágeno do tipo III), onde podem ser observadas a presença de macrófagos e adipócitos. Megacariócitos também estão presentes no compartimento de células hematopoiéticas, são células globosas com um núcleo grande multilobulado e irregular, cujo citoplasma irá originar as plaquetas. Função: A medula óssea vermelha é responsável pela hematopoese e apresenta essa cor devido à presença de numerosos eritrócitos. Ela diminui com o passar do tempo. A medula óssea amarela é formada por tecido adiposo, que aumenta com o passar do tempo. Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 SP3 – Infecções Urinárias Todos os componentes do sistema urinário são revestido por urotélio; em volta, há uma camada muscular lisa, garantindo o fluxo unidirecional da urina. Importância: há grande prevalência e muitas repercussões negativas. Frequência e Prevalência: mais comum em mulheres desde a infância até início da atividade sexual; após os 55 anos aumenta a incidência em homens – mas continua a prevalência das mulheres. Em RN, comum no gênero masculino em casos de anomalias congênitas do trato urinário e rins Etiologia das infecções urinárias: bactérias gram- negativas (flora antérica normal) – Escherichia coli em 80-95% dos casos; mais frequentes nas infecções complicadas e reinfecções. Bactérias gram-positivas, vírus e fungos são raros. Urocultura é significativa; pode-se ter infecção com número menor de bactérias (fluxo urinário rápido, pH baixo, fármacos); mulheres podem ter bacteriúria assintomática (por Klebsiella e E. coli) Patogênese: 3 vias para atingir o sistema urinário superior: Ascendente ou urinária (bactérias comensais, surge da colonização do períneo, é a principal; atinge o rim pelo refluxo) Hematogênica ou descendente (estafilococos, sangue, provenientes de outros sítios de infecção) Linfática (conexões linfáticas entre TUI e intestinos) Fatores de Risco Gênero – proximidade dos órgãos, uretra curta, trauma, hormônios Gravidez – estase urinária pela dilatação do ureter, ação da progesterona sobre a musculatura vesical Obstrução Urinária – cálculos, tumores, anomalias congênitas, estenose cicatricial, HNP e tumores prostáticos, irradiação, entre outros Refluxo vesicoureteral – primário (defeito do esfíncter vesicoureteral) e secundário (gravidez, alteração da musculatura, trauma, cirurgia) Refluxo intra-renal – ocorre até 4 anos de idade sem patologia associada Hidronefrose DM – neuropatia vesical, distúrbios metabólicos, lesões vasculares Isquemia Renal – glomerulonefrites, necrose tubular aguda, nefroesclerose vascular, doença policística renal, hipopotassemia Diminuição da resposta imunitária Desnutrição Instrumentação urológica – presença de cateter Pielonefrite Aguda é uma inflamação dos rins, que pode ser no córtex ou na medula. A grande maioria das infecções renais são bactérias; início súbito; dor à punhopercussão lombar – Sinal de Giordano; febre; disúria, polaciúria, hematúria, cilindros leucocitários; caso não tratada, pode evoluir para sepse e óbito. Há grande quantidade de neutrófilos. Alterações macroscópicas – A superfície cortical mostra áreas branco-acinzentadas de inflamação e formação de abscesso Áreas de acometimento – pelve, interstício e túbulos renais Causas – bactérias gram-negativas (flora entérica normal) – Escherichia coli em 80-95% dos casos; mais frequentes nas infecções complicadas e reinfecções. Bactérias gram- positivas, vírus e fungos são raros. Pielonefrite Crônica: é uma condição na qual ocorre inflamação tubulointersticial crônica e cicatrização; podendo ser uni ou bilateral; há 2 tipos: obstrutivo e refluxo. Há curso lento, assintomático, exceto nas recorrências da pielonefrite aguda. Alterações macroscópicas – rins estão irregularmente cicatrizados; cicatrizes corticomedulares grosseiras, nítidas, sobrepondo-se aos cálices dilatados, aplanados ou deformados; redução de volume; redução da cortical, papilas achatadas Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 Histologia – inflamação zonal e corresponde às cicatrizes; predomínio de mononucleares (linfócitos, folículos linfoides); fibrose grosseira que destrói o parênquima; atrofia tubular, esclerose glomerular Áreas de acometimento – cálices e pelve renal Causas – quando anomalias anatômicas resultam em refluxo de urina, ou obstrução do fluxo de urina (por cálculos renais, por exemplo) Grande quantidade de leucócitos que agridem o glomérulo e os túbulos renais; atrofia tubular e fibrose intersticial, acometimento do túbulo de Malpighi Pielonefrite Xantogranulomatosa: inflamação pielocalicial acentuada com macrófagos xantomatosos; além de todos os linfócitos, esclerose da pielonefrite crônica, há esses macrófagos; a causa é obstrução por cálculos ou por Proteus, Klebsiella, E coli e Pseudomonas; maior prevalência em mulheres Faz nódulos macroscópicos que podem ser confundidos com tumores. Tuberculose Renal: é rara; 10% dos casos de tuberculose extrapulmonar; há disseminação hematogênica; há vários tipos de lesão – todos idênticos à lesão de tuberculose pulmonar. Há necrose caseosa (que se assemelha ao aspecto esburacado de um queijo - diz-se de tubérculo, lesão ou necrose típicos da tuberculose) Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 Sarcoidose: 20% dos casos tem comprometimento renal; é um diagnóstico de exclusão; há formação de granulomas, sem necros, menos células linfocitárias e não há patógeno associado. Hipercalcemia: nefroesclerose e litíase Litíase – é a maior causa de pielonefrites; mais frequentes em homens. 80-90% são unilaterais; há hereditariedade; os cálculos ficam na pelve e nos cálices; 4 tipos de cálculos renais: Sais de cálcio (60-75%) Fosfato de amônia e magnésio Ácido úrico Cistina o Em todos tem matriz orgânicas de mucoproteínas Fatores Predisponentes ou Determinantes: aumento de concentração dos constituintes dos cálculos, pH alterado, volume urinário baixo, estase urinária Hidronefrose – dilatação da pelve e cálices por aumento da pressão urinária por obstrução mecânica ou funcional; hipotrofia do parênquima – rim cístico; associado à pielonefrite aguda com material purulento – hidropionefrose; etiologia: obstáculos mecânicos. A histologia é idêntica a pielonefrite crônica. SP4 – Tecidos Conjuntivo e Cartilaginoso Tecido Conjuntivo: A diferença do TC para outros tecidos (epitelial, por exemplo) é que enquanto nos outros tecidos predominam células, no TC predomina a matriz extracelular. Função: fornecer sustentação, preencher espaços entre os tecidos, nutrição dos tecidos, elasticidade, proteção contra impactose armazenamento de gordura. Órgãos que é encontrado: ossos, tendões, ligamentos, sangue, pele, ao redor de músculos, rins, fígado; arcabouço para os órgãos hematopoiéticos. Origem Embriológica: A maior parte origina-se do mesoderma, do qual se origina o mesênquima, o tecido conjuntivo embrionário. O mesênquima é caracterizado pela presença de células com prolongamentos e núcleos ovoides com cromatina fina mergulhadas em abundante substância intercelular amorfa pouco viscosa. Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 Células do TC: Fibroblasto - células mais comuns do tecido conjuntivo; função de sintetizar colágeno e elastina, as proteoglicanas e glicoproteínas da matriz; é o fibrócito jovem; produção de fatores de crescimento (proliferação e diferenciação celular; são as células ativas Fibrócito – em processos de cicatrização, o fibrócito pode voltar a sintetizar fibras, reassumindo a forma de fibroblasto; células quiescentes Macrófago - função de fagocitar, secretar substâncias que participam do processo imunológico de defesa e atuar como célula apresentadora de antígenos Plasmócito - sintetizam e secretam anticorpos e imunoglobulinas. Aparece em grande número nos locais onde há inflamação crônica e em locais sujeitos a penetração de microrganismos Leucócitos - são constituintes normais dos tecidos conjuntivos; Célula Adiposa - função de armazenar energia sob a forma de triglicerídeos, de proteger e de amortecer Fibras do TC: Fibras colágenas – são as mais frequentes no TC; são constituídas pela proteína colágeno, que é a proteína mais abundante no corpo humano; são grossas e resistentes, elasticidade e força de tensão; pele, osso, cartilagem, músculo liso e lâmina basal Fibras reticulares – são formadas por colágeno tipo III, são ramificadas e finas; abundantes em músculo liso, endoneuro, órgãos hematopoiéticos; formam redes em volta dos órgãos e conferem flexibilidade e sustentação. Fibras elásticas – são longos fios de uma proteína chamada elastina, mais finas que as colágenas; conferem elasticidade ao tecido conjuntivo; são fibras oxitalânicas (resistentes à tração; produzida por fibroblastos e músculo liso dos vasos sanguíneos e é 5x mais extensível que a borracha) Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 Colágeno: Tipo I: pele, tendão, ossos, dentina; fibrilas; é o mais abundante Tipo II: cartilagem, corpo vítreo Tipo III: pele, músculos, vasos Tipo IV: forma uma rede; lâminas basais A matriz extracelular (MEC) é uma massa amorfa, de aspecto gelatinoso e transparente. Os elementos fibrilares são as fibras elásticas, as fibras reticulares e as fibras colágenas. Este tecido possui vasos sanguíneos, nervos e células sem justaposição. É composta principalmente por proteoglicanos, glicosaminoglicanos e glicoproteínas de adesão – estas macromoléculas preenchem os espaços entre as células e fibras do conjuntivo. Substância fundamental – barreira, lubrificação, amortecer a movimentação das fibras Glicosaminoglicanas - polímeros lineares formados por unidades dissacarídicas repetidas - uma delas é o Ácido hialurônico; presente no líqudio sinovial, humor vítreo dos olhos, pele Proteoglicanas – dermatam sulfato, condroitim sulfato e heparam sulfato Glicoproteínas de Adesão Os tipos de tecido conjuntivos são divididos por sua estrutura: células, fibras e substância fundamental. A variação na qualidade e quantidade destes componentes define os diferentes tipos de tecido conjuntivo. Tecido conjuntivo propriamente dito o Tecido conjuntivo frouxo – preenche espaços não-ocupados por outros tecidos, serve de apoio e nutre o tecido epitelial, faz parte da estrutura de muitos órgãos e desempenha importante papel em processos de cicatrização; pouco resistente (derme papilar) o Tecido conjuntivo denso (modelado e não modelado) – oferecer mais resistência e proteção; modelado: fibras com orientação fixa (tendões); não- modelado: fibras sem orientação (derme reticular) Tecido conjuntivo adiposo – a substância intracelular é reduzida, e as células, ricas em lipídios; exerce funções de reserva de energia, proteção contra choques mecânicos e isolamento térmico Tecido Ósseo - constituído por células denominadas de osteoblastos, osteócitos e osteoclastos e uma matriz mineralizada, que lhe confere rigidez e dureza; sustentação, movimento do corpo e armazenamento de íons. Tecido Cartilaginoso Tecido Sanguíneo – constituído pelas células sanguíneas, como os eritrócitos, e plaquetas; sua matriz extracelular é líquida e denominada de plasma (água, sais e proteínas); tem como funções transporte de gases e nutrientes e a defesa do organismo. Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 Tecido Elástico: fibras elásticas, colágenas, fibrócitos; ligamentos amarelos da coluna e do pênis Tecido Reticular: rede tridimensional, fibras e células reticulares; linfonodos, baço, fígado; Tecido Mucoso: predomina MEC e ácido hialurônico; cordão umbilical – geleia de Wharton Tecido Cartilaginoso: Funções: suporte de tecidos moles, reveste superfícies articulares, onde absorve choques, e facilita o deslizamento dos ossos na articulação. A cartilagem é essencial para a formação e crescimento do osso longo, na vida intrauterina e depois do nascimento; tem consistência firme/rígida. A MEC é abundante (colágeno ou colágeno + elastina); + macromoléculas (proteoglicanos, ácido hialurônico, glicoproteínas) Ele não é vascularizado nem inervado; recebe nutrientes via capilares do pericôndrio (bainha conjuntiva que reveste); nas articulações móveis não há pericôndrio - recebendo nutrientes via líquido sinovial das cavidades articulares. Pericôndrio: formado por cartilagens hialinas, menos nas articulações; presente nas fibras elásticas e ausente nas fibrocartilagens; é formado por TC denso com colágeno tipo I; faz nutrição, oxigenação, eliminação de metabólitos. Multiplicação e origem dos condrócitos (condroblastos) Tipos: Cartilagem Hialina: é a mais comum; colágeno tipo II; forma o primeiro esqueleto do embrião, que posteriormente é substituído por um esqueleto ósseo; no adulto, a cartilagem hialina é encontrada na parede das fossas nasais, traquéia e brônquios, na extremidade ventral das costelas e recobrindo as superfícies articulares dos ossos longos (articulação com grande mobilidade). A proteína da matriz é a condronectina Matriz territorial (+ ricas em proteoglicanos e pobres em colágeno) – mais escura Matriz Inter territorial – mais clara Cartilagem Elástica: encontrada na orelha externa e interna, epiglote, laringe. É constituída de fibrilas de colágeno tipo II, de fibras elásticas e de substância fundamental (proteoglicanas, glicosaminoglicanas e glicoproteínas de adesão - condronectina). As principais funções são: sustentação e flexibilidade; apresenta pericôndrio e cresce principalmente por aposição. Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 Cartilagem Fibrosa: encontrada nos discos intervertebrais, sínfise púbica, em tendões e ligamentos na inserção de músculos; intermediário entre TC denso modelado e cartilagem hialina; Células que compõe: Condroblastos: periferia da cartilagem hialina; são células jovens com alto poder de síntese; Condrócitos: células secretoras de colágeno, principalmente do tipo II, e da substância fundamental (proteoglicanas, glicosaminoglicanas e as glicoproteinas de adesão, como a condronectina); acostumados a baixa concentração de O2 Dentro de cada lacuna pode ter um ou mais condrócitos SP5 – Tecido Adiposo Origem Embriológica: mesênquima → lipoblastos → tecido adiposo unilocular; mesênquima → epitelioides → tecido adiposo multilocular – mesênquima = tecido conjuntivo embrionário (mesoderma) Células Constituintes: células adiposas, às quais denominam os de adipócitos, que armazenam muita gordura;são esféricos quando isolados, mas tem forma poliédrica quando justapostos para formar o tecido adiposo. Estas células possuem um vacúolo central (pode aumentar ou diminuir de acordo com o metabolismo do indivíduo). Reservas: hipoderme, principalmente no abdome, nádegas, axilas, coxas, mamas, plantas dos pés, palma das mãos, preencher espaços vazios, retroperitônio; 18,5 – 24,9 de índice de massa corporal Função: isolante térmico, proteção dos órgãos contra choques mecânicos e reserva energética – TAG (triglicerídeos e triagliceróis). Tipos: Unilocular Cada adipócito está cheio de uma única grande gotícula lipídica de gordura neutra; em maior quantidade nos humanos; a cor varia entre branco e amarelo-escuro; forma o panículo adiposo - hipoderme (camada isolante Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 abaixo da derme); Acúmulo depende e sexo, genética e pela idade do indivíduo (maior nas mulheres). Revestido por uma cápsula de tecido conjuntivo; septos com vasos, de onde partem fibras reticulares (colágeno III) Secreta: o Leptina (atua principalmente no hipotálamo, diminuindo a ingestão de alimentos e aumentando o gasto de energia) o Lipase lipoproteica: quebra os TAG do plasma o Adiponectina: que diminui a liberação de glicose pelo fígado o Resistina: função hiperglicemiante Núcleo nas periferias, muitas vezes não sendo encontrados; não conseguimos ver o conteúdo nos cortes histológicos; um único vacúolo; membrana citoplasmática fácil de identificar Multilocular Vascularização e mitocôndrias abundantes, dando uma cor parda; em pouca quantidade no corpo; presente principalmente durante a vida pós-fetal, pois produz calor para proteger o recém-nascido contra o frio. Faz lipólise e oxidação dos ácidos graxos presentes nos adipócitos. Não há neoformação, sendo perdido ao longo dos anos. Localização: pescoço, costelas (mediastino), axila, abdome, vértebras torácicas Núcleos são mais centralizados; citoplasma mais escuro, mais rosa; vários vacúolos no citoplasma É possível ter os dois ao mesmo tempo, por mais que seja raro. SP5 – Tecido Muscular Estriado: Origem – mesoderma – mesênquima (tecido conjuntivo embrionário) fusão de células alongadas, mioblastos; Células Constituintes – miofibrilas (células muito longas, cilíndricas, multinucleadas – com núcleos na periferia – e com muitos filamentos), que se originam dos mioblastos. Filamentos de actina e miosina – permitem a contração do músculo Endomísio – envolve cada fibra muscular individualmente; é formado pela lâmina basal da fibra muscular, associada a fibras reticulares; apresenta escassa população celular constituída por algumas células do conjuntivo, principalmente fibroblastos. Perimísio - finos septos de tecido conjuntivo que se dirigem para o interior do músculo, separando os feixes. Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 Epimísio - o conjunto de feixes envolvidos por uma camada de tecido conjuntivo, que recobre o músculo inteiro. Sem esses 3 revestimentos, não conseguiríamos fazer movimentos finos e delicados (exemplo: escrever) Miofibrilas: Actina (mais fina) e Miosina (mais grosso) – o encontro das duas apresenta-se como faixas escuras (estriações); onde temos apenas uma das duas, temos faixas claras. Coloração avermelhada – tecido conjuntivo; Corte transversal – não dá pra ver as estriações Observam-se as bandas e estriações (risquinhos) Bandas e sarcômeros; Atentar para os núcleos na periferia (para diferenciar do músculo liso) Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 Fusos Musculares: receptores que captam modificações no próprio músculo (proprioceptores), FIBRAS INTRAFUSAIS, FIBRAS NERVOSAS SENSORIAIS (aferentes): informação ao SNC (não é visto na histologia) Fibras Nervosas eferentes do SNC: grau de tensão das fibras intrafusais. Corpúsculos Tendíneos de Golgi: tendões, proprioceptivas e respondem às diferenças tensionais exercidas pelos músculos sobre os tendões. Tais informações são transmitidas ao SNC e participam do controle das forças necessárias aos diversos movimentos Liso: Origem – mesoderma – mesênquima (tecido conjuntivo embrionário) Características Celulares - células de formato fusiforme, isto é, mais espessas no centro e delgadas nas extremidades, com o núcleo único e central, sem a presença de estriações no seu citoplasma – leiomiócitos o Produz fibras reticulares, elásticas e proteoglicanos, além da contração. Características dos componentes celulares - são revestidas por lâmina basal e mantidas unidas por uma rede muito delicada de fibras reticulares (actina e miosina) - amarram as células musculares lisas umas às outras; a contração simultânea de apenas algumas ou de muitas células se transforma na contração do músculo inteiro. Núcleos Centrais Fibras musculares esqueléticas não se dividem, são consideradas células em estado G0 – causa cicatrizes Músculo esquelético tem uma pequena capacidade de reconstituição a partir de mioblastos inativos – não se regenera Músculo liso é capaz de uma resposta regenerativa mais eficiente
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