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Histologia - resumo do livro junqueira carneiro histologia basica

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Resumo do livro "Junqueira & Carneiro: Histologia Básica"
Histologia (Universidade do Porto)
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Ana Sousa 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sebenta de histologia 
Baseada no “Histologia Básica”, Junqueira L. C. 
2017/ 2018 
 
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Tecidos Epiteliais 2 
Tecidos Conjuntivos Moles 6 
Tecidos Conjuntivos Duros 10 
Tecido Adiposo 18 
Tecido Muscular 19 
Tecido Nervoso 23 
Sangue e Hematopoiese 26 
Aparelho Cardiovascular 32 
Aparelho Digestivo I 34 
Aparelho Digestivo II 38 
Glândulas Anexas ao Aparelho Digestivo 42 
Glândulas Endócrinas I 48 
Aparelho Urinário 53 
Aparelho Respiratório 57 
Pele e Anexos 59 
Órgãos dos Sentidos 61 
Aparelho Genital Masculino 65 
Aparelho Genital Feminino 
 
 
 
 
 
 
 
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Características dos 4 tipos básicos de tecidos 
 
Tecido Células 
Matriz 
Extracelular 
Funções 
Epitelial Justapostas 
Reduzido (pouco 
espaço à volta) 
Revestimento 
Secreção 
Conjuntivo 
Vários tipos de 
células fixas e 
migratórias 
Abundante 
 
Sustentação 
Defesa 
 
Muscular Contrácteis Moderada Movimento 
Nervoso 
Com longos 
prolongamentos 
Reduzida 
Transmissão de 
impulsos nervosos 
 
Tecido Epitelial 
Conjunto de células contiguas (muito próximas, que se tocam por um lado) 
que se dispõem com aposição considerável das suas superfícies. 
Funções do tecido 
1. Proteção- Epiderme, revestimento interno dos órgãos 
2. Absorção- Revestimento do intestino delgado 
3. Secreção- Células caliciformes e glândulas. 
4. Excreção e transporte- Túbulos renais e vesiculas biliar. 
5. Contratibilidade- Células mioepiteliais. 
6. Receção Sensorial- Gomos gustativos 
7. Função imunológica- Células apresentadoras de antigénios na pele. 
Polaridade das células epiteliais 
As células epiteliais são polarizadas (a célula não é igual em toda a volta). O 
pólo voltado para a superfície livre é denominado pólo ou região apical, e o pólo 
voltado para o tecido conjuntivo subjacente é denominado pólo ou região basal. 
A polaridade é utilizada para classificar morfologicamente os epitélios. 
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São necessárias várias modificações da superfície para que o domínio apical de 
um epitélio possa efetuar as suas múltiplas funções. Estas modificações incluem 
microvilosidades, cílios e flagelos. 
Cílios- São os maiores. Epitélios que movem substâncias. 
Microvilosidades-Epitélios de absorção 
Especializações da superfície basal 
Invaginações da membrana basal e mitocôndrias em células transportadoras 
de iões. Quando a célula faz transporte ativo – mitocôndrias estão dentro das 
células na parte basal. 
Tipos de epitélio 
 
Epitélios de revestimento 
 
Epitélios glandulares 
 
• Glândulas exócrinas (têm canal excretor e o ducto mantém-se) 
• Glândulas endócrinas (não têm ducto, ele desaparece. Têm vários vasos; o canal 
morre e a estrutura é invadida por vasos) 
 
 
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Formação das glândulas a partir dos epitélios de revestimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
Células caliciformes 
• Grânulos de mucigénio (água + muco). 
• Encontram-se nos epitélios das mucosas dos tratos respiratórios e digestivos. 
• Secretam mucina que se dissolve na água formando muco. 
• Do tipo mucoso. 
 Glândulas exócrinas. 
 
 
 
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Modo de secreção (nas glândulas exócrinas) 
 
• Merócrina: + comum; o produto é libertado nas vesículas limitadas por membrana 
para a superfície apical da célula, na qual se fundem com a membrana plasmática 
e fazem a expulsão do seu conteúdo por exocitose. (fica intacta) 
• Holócrina: desintegração da célula e seu conteúdo(secreção). 
• Apocrina: são aquelas que eliminam parte (pedaço) das células junto com a 
secreção (elimina junto com a secreção parte do citoplasma apical) 
São aquelas que lançam suas secreções em cavidades através de canais ou ductos. 
Glândulas salivares, mamárias, sudoríparas e lacrimai 
 Tipos de glândulas endócrinas 
• Cordonal ou trabecular: as células organizam-se em cordões, colunas ou placas de 
células. São envolvidas por muitos capilares sanguíneos que recebem os produtos 
de secreção. 
• Folicular: as suas células formam um epitélio simples que pode variar de 
pavimentoso a colunar. Este epitélio organiza-se em pequenas esferas chamadas 
folículos. A única grande glândula endócrina folicular do corpo é a tiroide. 
 EXISTE REGENERAÇÃO DO TECIDO 
São glândulas que eliminam suas secreções (hormonas) diretamente na corrente 
sanguínea. Não possuem canais. Como a hipófise, tiroide, suprarrenal. 
 
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Tecido Conjuntivo 
Ex: cartilagem; osso; sangue; adiposo; elásticos, mucoso 
O tecido conjuntivo é composto por células e matriz extracelular. 
• Tem substância amorfa (que não tem forma definida). 
• Células mais abundantes do tecido conjuntivo são os fibroblastos. Estes não 
coram, só cora o núcleo. 
 
Tipos de tecidos conjuntivos 
• Tecido conjuntivo laxo ou frouxo 
• Tecido conjuntivo denso (modelado e não modelado) 
 
Células dos tecidos conjuntivos moles 
 
 Células produtoras de matriz 
 
 
Fibroblastos 
• Matriz celular = colagénio + fibroblastos. 
• Os fibroblastos sintetizam colagénio, logo sintetizam a matriz extracelular. 
• Os fibroblastos maduros chamam-se fibrócitos.Com o envelhecimento deixam de 
produzir colagénio. 
• Há abundância de mitocôndrias, RER, vesículas (há grande quantidade de 
organelos – grande síntese). 
• Colagénio quando está dentro de fibroblastos não está maduro. 
• Vitamina C é um cofator na síntese de colagénio. 
• Moléculas de colagénio não se vão organizar em forma homogénea. 
 
 
Células do sistema imunitário 
 
 
• Fibroblastos 
• Adipócitos 
• Miócitos lisos 
• Células reticulares 
• Macrófagos 
• Mastócitos 
• Plasmócitos 
 
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Macrófagos 
• Grande capacidade de pinocitose e fagocitose (processos que permitem entrada 
de partículas do meio externo). 
• Morfologia variável conforme o estado funcional e localização da célula. 
• Podem ser fixos (histiócitos) ou móveis. 
• Defesa 
 -Direta (fagocitose) 
 -Indireta (apresentação de antigénios e depois a síntese de fatores ativadores 
como interleucinas e citocinas. Vai dividir em porções muito pequenas e 
apresentar ao sistema imune, criando memória. 
 
• Depois de já ter fagocitado muito, irá haver muito citoplasma com 
prolongamentos (citoplasma não homogéneo) e lisossomas. 
Mastócitos 
• Grânulos basófilos metacromáticos com heparina, histamina, ECF-A e 
leucotrienos C. 
• São células que têm e libertam histaminas. 
• Têm importância nas reações alérgicas. 
• Têm granulo onde estão armazenadas as substâncias que provocam as reações 
alérgicas. 
• Têm recetores (imoglublinas E) que se ligam aos antigénios e que ativam os 
grânulos – desgranulam. 
• Origem hematopoiética (medula óssea) 
 
Plasmócitos 
• Síntese de anticorpos. 
• Citoplasma roxo e abundante (tem muito complexo de golgi, RER, ribossomas) 
• Origem nos linfócitos B. 
• O linfócito B é ativado, cresce citoplasma e transforma-se em plasmócitos. 
 
Células com origem sanguínea 
 
 
 
• Eosinófilos 
• Monócitos 
• Linfócitos 
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Matriz extracelular dos tecidos conjuntivos 
As fibras de tecido conjuntivo são formadas por proteínas que se polimerizam 
formando estruturas muito alongadas. Os três tipos principais de fibras do tecido 
conjuntivo são as colágeneas, as reticulares e as elásticas. As fibras colágeneas e 
as fibras reticulares são formadas pela proteína colagénio e as fibras elásticas são 
compostas principalmente pela proteína elastina. 
Tipos de colagénio 
I- Pele, tendão, osso, dentina (resistência à tensão) 
II- Cartilagem, corpo vítreo (resistência à pressão) 
III- Pele, músculo, vasos sanguíneos (manutenção estrutural 
de tecidos expansíveis.) 
V- Tecidos fetais, placenta (participa nas funções do colagénio I) 
XI- Cartilagem (participa nas funções do colagénio II) 
 
IX- Cartilagem, corpo vítreo (liga ao glicosaminoglicanos, 
associado ao colagénio II) 
XII- Tecidos embrionários (interage com o colagénio I) 
XIV- Pele fetal e tendão. 
 
VII- Liga a lâmina basal ao estroma subjacente ---- 
 
 IV- Membranas basais ---- Colagénio que forma rede tridimensional, filtragem. 
Patologias decorrentes na síntese de colagénio 
 
• Síndrome de Ehlers- Danlão Tipo IV 
Falha na transcrição ou translocação do colagénio III. Rutura da aorta e intestino. 
• Síndrome de Ehlers- Danlão Tipo VI 
Falha na hidroxilação da lisina. Elasticidade da pele aumentada. 
Colagénio que forma 
fibrilas e é muito 
resistente. 
Colagénio associado a 
fibrilas 
Colagénio que forma fibras 
de ancoragem. 
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Tecido conjuntivo 
propriamente dito 
• Síndrome de Ehlers- Danlão Tipo VII 
Diminuição da atividade de peptidades do procolagénio. Aumento de a mobilidade 
articular, luxação frequente. 
• Escorbuto 
Diminuição da síntese de colagénio por falha de vitamina C (ácido ascórbico) 
cofator de oxidase da prolina. Ulceração das gengivas, hemorragias. 
• Osteogénese imperfecta 
Modificação de um nucleótido das géneses do colagénio I. Fraturas ósseas 
espontâneas, insuficiência cardíaca. 
Classificação do tecido colagénio 
Tecido conjuntivo 
 
 
 
 
Tecido conjuntivo propriamente dito 
• Laxo – baixa densidade de componentes. 3 tipo de fibras: colagénios, elásticos e 
reticulares. 
• Denso – Tem muito colagénio, principalmente tipo I. Há o irregular e o regular. 
O irregular apresenta fibras entrelaçadas, tornando-o resistente e elástico, 
impedindo de ter forma própria, moldando-se aos órgãos que reveste, como por 
exemplo: o buço, o fígado e os testículos. O regular apresenta fibras orientadas 
paralelamente, tornando-o resistente, mas pouco elástico. Ele forma tendões ou 
aponeuroses, que ligam os ossos aos músculos e os ligamentos, que ligam os ossos 
entre si. 
 
Fibras reticulares (argirofilas) 
Sustentação e rede de suporte. Afinidade para a prata. Colagénio tipo III. 
 
 
Tecido conjuntivo de 
suporte (ou duro) 
Tecido conjuntivo com 
propriedades espaciais 
 Laxo Denso Osso Cartilagem 
• Adiposo 
• Elástico 
• Hematopoiético 
• Mucoso 
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Fibras elásticas 
Têm elastina e fibrina. Esticam e relaxam. Normalmente têm vasos/artérias à sua 
volta. 
Tecido conjuntivo de suporte (ou duro) 
• Osso 
• Cartilagem Origem embrionária: Mesoderme. 
 
Cartilagem 
O tecido cartilaginoso é uma forma especializada do tecido conjuntivo de 
consistência rígida. Desempenha função de suporte de tecidos moles, reveste 
superfícies articulares, em que absorve choques, e facilita o deslizamento dos 
ossos nas articulações. O tecido cartilaginoso contém condrócitos em lacunas. 
Como o colagénio e a elastina são flexíveis, a consistência firme das 
cartilagens deve-se às ligações eletrostáticas entre os glicosaminoglicanos 
sulfatados e o colagénio, e à grande quantidade de água presa aos mesmos 
(confere turgidez à matriz). 
O tecido cartilaginoso não contém vasos sanguíneos, sendo nutrido pelos 
capilares do conjuntivo envolvente (pericôndrio). As cartilagens que revestem as 
articulações não têm pericôndrio e recebem nutrientes do liquido sinovial das 
cavidades articulares. É despromovido, também de vasos linfáticos e nervos. 
 
Conforme as necessidades, a cartilagem divide-se em: 
 
• Hialina (mais comum, colagénio tipo II – dentro da hialina, temos a articular) 
• Elástica (poucas fibrilas de colagénio e muitas elásticas) 
• Fibrosa (maioritariamente tipo I) 
 Distribuição Comentários Imagem 
Hialina 
• Esqueleto 
embrionário 
• Disco epifisário 
• Cartilagem articular 
• Vias respiratórias 
(nariz, laringe, 
faringe, tranqueia, 
brônquios) 
• Extremidade das 
costelas, lado external 
 
Matriz: 
fibrilas de colagénio II + proteoglicanos 
hidratados + glicoproteínas adesivas 
(condronectina) 
É dividida em várias partes: 
• Matriz pericelular (ácido hialurónico, 
proteoglicano e colagénio tipo VI) 
• Matriz territorial (rica em proteoglicanos 
e com finas fibrilas de colagénio) 
• Matriz interterritorial (rede de fibrilas de 
colagénio tipo II) 
 
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NOTA 
A matriz da cartilagem hialina calcifica com o envelhecimento. Os 
condroblastos sintetizam a matriz e ficam, por vezes, presos e transformam-se em 
condrócitos (provoca o crescimento da cartilagem). 
Os condrócitos têm a capacidade de sofrer mitose (crescimento intersticial) 
 
 
 
Resumidamente, as funções das cartilagens são: 
• Suporte 
• Revestimento (amortecimento/ deslizamento) 
• Ossificação 
 
 
Articular • Reveste as 
extremidades ósseas 
nas articulações 
diastrósicas. 
Não possui pericôndrio porque o seu 
crescimento é intersticial. 
A sua nutrição fica a cargo do fluido 
sinovial. 
 
Elástica 
• Pavilhões auriculares 
• Canal auditivo 
externo 
• Trompa de Eustóquio 
• Epiglote 
• Cartilagem 
cuneiforme 
Não é homogénea. 
Há abundância de fibras elásticas. Elevada 
flexibilidade. Tem pericôndrio. Não 
calcifica com o envelhecimento. 
 
Fibrosa 
• Discos intervertebrais 
• Sínfise púbica 
• Discos articulares 
Muito resistente devida as fibras de 
colagénio. Os condrócitos estão em 
fileiras. Há pequena quantidade de matriz 
extracelular. Não possui pericôndrio. 
 
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 Condroblasto 
 Células 
 Condrócito (em lacunas) 
Constituintes 
 Colagénio 
 Matriz 
 
 
Condrócitos 
São procedentes dos condroblastos, sendo células maturas capazes de renovar 
a matriz extracelular. Estes estão alojados em lacunas (condroplastos) e têm 
abundância de RER e Complexo de Golgi desenvolvido. Há também presença de 
glicogénio e gotículas lipídicas, e ausência de mitocôndrias. A membrana 
citoplasmática apresenta expansões irregulares. 
Organização da matriz da cartilagem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os proteoglicanos ligam a matriz às fibras de colagénio. 
Colagénio + elastina + proteoglicanos 
e proteínas 
 
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Pericôndrio 
• Camada de células indiferenciadas 
• Camada condrogénia 
• Tecido conjuntivo denso, colagénio tipo I 
• Regeneração da cartilagem lesada 
• Nutrição, oxigenação e remoção de 
metabolitos 
• Vasos sanguíneos, linfáticos e nervos 
• Crescimento aposicional da cartilagem 
 
O pericôndrio é formado por fibroblastos. Os fibroblastos diferenciam-se em 
condroblastos e estes formam a matriz extracelular, transformando-se em 
condrócitos. 
Participa no crescimento oposicional (dá-se na periferia). Cobrindo a cartilagem 
hialina, contribuindo para a sua regeneração. 
Histogénese 
No embrião, os esboços das cartilagens surgem no mesênquima. Há o 
arredondamento das células, que retraem os seus prolongamentos e multiplicam-
se rapidamente, formando aglomerados (figura A e B). As células formadas têm 
um citoplasma muito basófilo e recebem o nome de condroblastos. Em seguida, 
inicia-se a síntese da matriz, que afasta os condroblastos uns dos outros (do centro 
para a periferia) (figura C e D). 
 
 
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O crescimento deve-se a dois processos: 
• Crescimento intersticial – por divisão dos condrócitos pré-existentes. 
• Crescimento aposicional – a partir das células do pericôndrio (diferenciação de 
fibroblastos em condroblastos) 
 
Tecido Ósseo 
 O tecido ósseo é o principal constituinte do esqueleto. 
 
• Serve de suporte para os tecidos moles e protege órgãos vitais. 
• O seu tecido conjuntivo é rígido e inflexível. 
• Constituído por células e fibras de colagénio envolvidas por uma matriz 
extracelular mineralizada. 
• Altamente vascularizado e metabolicamente ativo. 
• Deposito de cálcio e fosforo. 
• Absorve toxinas e metais pesados 
 
 
 Células 
 
 Constituintes 
 
 Matriz 
 
Como não existe uma difusão de substâncias através da matriz calcificada 
do osso, a nutrição dos osteócitos depende dos canalículos que existem na matriz 
(permitem a troca de moléculas e iões entre os capilares e os osteócitos). 
 
 
 
 
 
 
 
• Osteoprogenitoras 
• Osteoblastos formam o osso 
• Osteócitos 
• Osteoclastos – destroem o osso 
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 Origem e 
localização 
Comentários Imagem 
Osteoprogenitoras 
• Originam-se na célula 
mesenquimatosa 
pluripotente 
Propriedades de células estaminais: 
potencial para proliferação e capacidade de 
diferenciação. Permanecem na vida pós-
natal: endósteo e periósteo. Reativação em 
processos de reparação. 
Osteoblastos • Originam-se de 
células 
osteoprogenitoras. 
• Localizam-se à 
periferia do osso em 
formação. 
Formam uma monocamada. São células 
altamente polarizadas que depositam os 
componentes orgânicos da matriz 
extracelular. 
Contêm matéria orgânica não mineralizada: 
osteoide, colagénio tipo I, proteoglicanos. 
Sintetizam fatores de crescimento – BMPs e 
proteínas não colagénas. 
Osteócitos 
• Alojam-se em lacuna 
rodeadas por matriz 
óssea mineralizada. 
Células achatadas em forma de amêndoas e 
núcleo com cromatina condensada. Enviam 
prolongamentos citoplasmáticos através dos 
canalículos ósseos. Junções de hiato 
essenciais para a comunicação intracelular. 
Podem encontrar-se em 3 estados: 
quiescente, em formação e em absorção. 
Células metabolicamente ativas, mantendo e 
renovando a matriz óssea. 
Osteoclastos 
• Alojam-se em lacunas 
de Howship, mas são 
células móveis. 
Origem em 
precursores 
mononucleadas da 
célula óssea que 
originam os 
monócitos e 
macrófagos. 
São células gigantes e multinucleadas. Têm a 
função de remodelação e renovação do 
tecido ósseo. Polaridade celular. 
Prolongamentos irregulares da membrana 
plasmática. Numerosas mitocôndrias, 
lisossomas, vesiculas, membranas e 
vacúolos. Pouco RER e complexo de Golgi. 
Têm uma zona selante, para não destriur o 
resto do núcleo. Há fusão de várias células e 
têm capacidade de libertar ácido que 
degrada a matriz. 
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Tipos de osso 
• Compacto ou cortical 
• Esponjoso ou trabecular 
Compacto ou cortical 
 Aspeto sólido e homogéneo. É a porção mais 
externa dos ossos. Dispõem-se em circunferências, 
dando ao osso uma estrutura muito rígida. 
• Sistema de Havers 
• Lamelas intersticiais ou sistemas intermediários 
• Lamelas circunferências internas adjacentes ao endósteo. 
• Lamelas circunferências externas adjacentes ao periósteo. 
• Canais de Havers e canais de Volramann’s. 
Esponjoso ou trabecular 
 Rede de espículas ósseas ou trabeculares delimita espaços ocupados pela 
medula óssea. 
• Lamelar mas não haversiana 
• Trabéculas ósseas orientadas de forma a oferecer a máxima força para a mínima 
massa 
Periósteo e Endósteo 
As superfícies internas e externas dos ossos são recobertas por células 
osteogênicas e tecidoconjuntivo, que constituem o endósteo e o periósteo, 
respetivamente. As principais funções são de nutrição do tecido ósseo e o 
fornecimento de novos osteoblastos para o crescimento e recuperação do osso. 
Periósteo 
• Reveste a superfície externa dos ossos. 
• Tecido conjuntivo denso e células osteoprogenitoras (morfologicamente 
parecidas aos fibroblastos) que se multiplicam e se diferenciam em osteoblastos 
– importantes no crescimento e reparação. 
• Contém fibras de Sharpey (fibras que penetram o tecido ósseo e prendem 
firmemente o periósteo ao osso. 
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 A camada mais superficial do periósteo contém principalmente fibras 
colágeneas e fibroblastos. Contém 
muitos vasos sanguíneos e participa na 
nutrição do osso. 
Endósteo 
• Reveste as superfícies internas do osso 
esponjoso em contacto com a medula 
óssea e os canais de Havers no osso 
compacto. 
• Camada de células osteoprogenitoras e 
pequena quantidade de tecido 
conjuntivo. 
 
 
 
Ossificação 
 O tecido ósseo é formado por um processo chamado ossificação 
intramembranosa, que ocorre no interior de uma membrana conjuntiva, ou pelo 
processo de ossificação endocondral, o qual se inicia sobre um molde cartilagem 
hialina (este é gradualmente destruído e substituído por tecido ósseo formado a 
partir de células do conjuntivo adjacente). 
 Tanto na ossificação intramembranosa, como na endocondral, o primeiro 
tecido ósseo formado é do tipo primário, que depois é substituído por secundário 
ou lamelar. Durante o crescimento, é visível as diferentes áreas. 
Ossificação intramembranosa 
• Ocorre no interior do tecido conjuntivo embrionário por agregação e 
diferenciação de células mesenquimatosas. 
• Observa-se nos ossos chatos do crânio, na maxila e mandibula. 
 
 
 
 
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Ossificação endocondral (ossos longos) 
• O molde de cartilagem hialina é substituído por osso. 
• Observa-se nos ossos longos do esqueleto apendicular, ossos da coluna vertebral, 
da pélvis, da face e da base do crânio. 
NOTA 
✓ A tiroide e paratiroide são glândulas endócrinas importantes para o osso. 
✓ A tiroide sintetiza calcitonina e inibe os osteoclastos, estimulando a reposição de 
cálcio nos ossos. 
✓ A paratiroide ativa os osteoclastos que vão destruir o osso e libertar cálcio. 
 
Histofisiologia do osso 
• Osso como reservatório de cálcio mobilizável por processos físicos (exercício 
físico em carga) ou hormonais (paratormona induz aumento de Ca2+ no plasma 
e excreção de (PO4)2- nos rins.) 
• Calcitonina inibe reparação da matriz por inibição da atividade osteoclastos. 
• Disfunções da tiroide e paratiroide. 
 
Tecido adiposo 
 O tecido adiposo é um tipo especial de 
conjuntivo no qual se observa com predominância 
adipócitos. O tecido adiposo é o maior depósito 
corporal de energia, sob a forma de triglicerídeos. 
Divide-se em dois tipos: 
 
• Unilocular 
Armazenamento de energia, proteção. É 
unilocular porque só tem 1 gotícula lipídica. É 
vasculizado e é a causa da obesidade. Diminui 
adrenalina e aumenta a insulina. 
 
• Multilocular 
É responsável pela termorregulação. O tecido 
adiposo castanho tem várias gotículas lipídicas. 
Neste tecido há muitas mitocôndrias porque é 
responsável pela osmorregulação. 
 
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• Os adipócitos formam-se em bebés. 
• A produção de energia não é utilizada para fosforilar o ADP em ATP, mas é 
libertada sob a forma de calor (papel da termogénica das criptas mitocôndrias). 
 
 
 
Adipócitos e obesidade 
 
A obesidade divide-se em dois tipos: 
• Hipertrófica (está associado à inflamação) 
• Hipercelular (aumento de adipócitos) 
 
 
Funções endócrinas do tecido adiposo 
• Leptina: inibe centros reguladores do apetite no hipotálamo. 
• Resistina: importante na obesidade na diabetes insulina- independente (tipo II) 
 
 
 
Tecido Muscular 
 
O tecido muscular é constituído por células alongadas que contém grande 
quantidade de filamentos citoplasmáticos de proteínas contráteis, as quais geram 
forças para a contração do tecido, utilizando a energia contida nas moléculas de 
ATP. 
As células musculares têm origem mesodérmica e a sua diferenciação 
ocorre pela síntese de proteínas filamentosas ao longo do alongamento das 
células. 
De acordo com as suas 
características morfológicas e 
funcionais, distinguem-se 3 tipos 
de tecido muscular: 
 
• Esquelético 
• Cardíaco 
• Liso 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Terminologia própria 
 
• Fibra muscular = célula muscular 
• Sarcoplasma = citoplasma das células musculares 
• Sarcolema = membrana citoplasmática 
• Reticulo sarcoplasmático = REL da célula muscular 
 
Músculo esquelético 
 
• Fibras longas (até 30 cm) com núcleos periféricos 
• Cada fibra contém várias miofibrilas 
• Cada miofibrila é composta por feixes de miofilamentos 
• Estriação transversal 
• Membrana basal a rodear cada fibra 
 
 
Organização do músculo esquelético 
• Endomisio (envolve cada fibra muscular) 
• Epimísio (envolve o músculo inteiro) 
• Perimísio (envolve conjuntos de fibras 
musculares) 
 
 
 
Laminina 
 É uma proteína presente na lâmina basal com importância estrutural. 
Sarcómero 
 Quando observadas ao microscópio ótico, as fibras musculares esqueléticas 
mostram estriações transversais, pela alternância de cores de faixas claras e 
escuras. A faixa escura é anisotrópica, por isso recebe o nome de banda A. 
Enquanto que a faixa clara é isotrópica e recebe o nome de banda I. No centro de 
cada banda I nota-se uma linha transversal escura- a linha z. 
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 A estriação deve-se à repetição de unidades iguais – sarcómero. Cada 
sarcómero é formado pela parte da miofibrila que fica entre duas linhas z 
sucessivas e contém uma banda A separando duas semibandas. A banda A 
apresenta uma zona mais clara no centro, a banda H. 
 Posteriormente, estriação devida à diminuição do tamanho do sarcómero, 
da banda I e H, enquanto que a banda A permanece do mesmo tamanho. A banda 
H diminui à medida que a contração muscular ocorre. 
Vai de uma linha z até uma outra linha z. 
 
Proteínas presentes nos sarcómeros 
 
• Filamento espesso 
É composto pela proteína miosina (mais especificamente miosina II). 
 
• Filamento fino 
É formado por monómeros de actina, nebulina, tropomiosina e troponina. 
 
• Outras 
 Titina, nebulina, tropomodulina, zeugmatina, miomesina, a-actinina. 
 
Sistema de túbulos transversais ou sistema T 
• 1 tríade= 1 centrotúbulo = 2 expansões do 
reticulo sarcoplasmático 
 
 
 
 
Placa motora, junção mioneural (ou neuromuscular) 
Local de contacto entre a fibra nervosa e o 
músculo. 
• Vesiculas sinápticas contendo acetilcolina 
• Fenda sináptica (acetilcolinesterase) 
 
 
 
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Miosina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mon%C3%B3mero
https://pt.wikipedia.org/wiki/Actina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nebulina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tropomiosina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Troponina
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Unidade motoraConjunto de neurónio motor e fibras musculares por ele inervadas. 
Ex: músculos oculares 1/1 e músculos da perna 1/150 
Tipos de fibras musculares esqueléticas 
Fibras do tipo I ou vermelhas 
• Aeróbicas 
• Vermelho-escuro por terem muita mioglobina 
• Mais resistentes 
• Ricas em triglicerídeos 
Fibras do tipo II ou brancas 
• Anaeróbicas 
• Esbranquiçadas por terem pouca mioglobina 
• Fatigam-se mais rapidamente 
• Ricas em glicogénio 
Músculo cardíaco 
• Células bifurcadas com um ou dois núcleos centrais. 
• Discos intercalares (têm essencialmente desmossomas que fixam bem as células 
entre si) e estriação transversal. 
• Contém muitas mitocôndrias. 
• Os túbulos T formam díades junto às linhas z. 
Discos intercalares ou traços escaliformes de Eberth 
• Zónulas de adesão 
• Desmossomas 
• Junções de hiato (não existem no músculo esquelético, 
formam discos intercalares – faz passar iões e com que as 
células estejam em contacto entre si) 
Grânulos de ANP (atrial natriuretic peptide) 
• Atua nos rins 
• Aumenta a eliminação do Na+ e água 
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Músculo Liso 
• Células fusiformes com núcleo central 
• Sem estriação transversal, miofibrilas ou sarcómeros com corpos densos 
• Sem túbulos T mas com cavéolos e junções de hiato 
Podem sintetizar: 
• Colagénio III 
• Elastina 
• Proteoglicanos 
Contração muscular 
O musculo relaxa e contrai. Há uma faixa de filamentos que apertam a 
estrutura. 
Implicações nutricionais 
• Falta de cálcio: diminuição da Contratibilidade do miocárdio e degeneração das 
miofibrilas. 
• Falta de fósforo: cardiomiopatia 
• Falta de magnésio: arritmia ventricular, necrose, miocárdio 
 
Tecido Nervoso 
A ingestão de alimentos é controlada por circuitos encefálicos. 
• Comemos por questões de fome, mas também por questões de recompensa. 
• A ingestão de alimentos é controlada por neurotransmissores e seus recetores 
localizados em núcleos (papel central do hipotálamo) 
CCK – colescitocinina é uma hormona gastrointestinal que estimula a contração 
da vesicula biliar e do pâncreas, com digestão de gorduras e proteínas. 
Leptina – segregada pelo tecido adiposo, regula a saciedade. 
 
 
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Sistema Nervoso Central e Sistema Nervoso Periférico e o seu 
envolvimento na nutrição 
Estes sistemas têm impacto na nutrição devido aos órgãos e aos sentidos 
em que estão envolvidos, tal como: 
• Mucosa olfatória 
• Retina 
• Gânglio do sistema nervoso autónomo (glândulas salivares) 
• Botões gustativos 
• Vísceras 
Sistema Nervoso 
 
 Sistema Nervoso Central Sistema Nervoso Periférico 
Nota: usa-se impregnações argênticas para observar os vários tipos de neurónios. 
O sistema nervoso tem dois tipos de células: 
• Neurónios 
• Glia 
Os neurónios não funcionam se não houver células glia. 
 
 Definição Imagem 
Microglia Defendem o tecido nervoso quando há ataques 
 
Astrócitos 
Há o fibroso e o protoplasmático. Dirigem-se 
para os vasos sanguíneos. 
 
Oligodentrócitos 
Cobre os neurónios com a bainha de mielina 
(mielinitação) 
 
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Tipos de neurónios e sua constituição 
 
Sinapse Química 
Tipos de sinapse 
• Axossomática (axónio com corpo celular) 
• Axodendrítica (axónio com dendrito) 
• Axoaxónica (axónio com axónio) 
Meninges 
Protegem o cérebro. 
• Dura-máter – É a meninge mais 
externa, constituída por tecido 
conjuntivo denso, continuo com o 
periósteo dos ossos da caixa craniana. 
• Aracnoide – apresenta duas partes, 
uma em contacto com a dura-máter e 
outra com a pia-máter. É formada por 
tecido conjuntivo 
sem vasos sanguíneos e suas 
superfícies são todas revestidas 
pelo mesmo tipo de epitélio simples pavimentoso, de origem 
mesenquimatosa, que reveste a dura-máter. 
• Pia-máter é muito vascularizada e aderente ao tecido nervoso, embora não fique 
em contato direto com células ou fibras nervosas. A sua superfície externa é 
revestida por células achatadas, originadas do mesênquima embrionário. 
 
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Plexos coroides 
São ramificações altamente vascularizadas que banham o sistema nervoso 
central. Produzem líquido encéfalo raquidiano que banha o Sistema Nervoso 
Central. 
Sangue e Hematopoiese 
Sangue 
Tecido conjuntivo altamente especializado. Representa cerca de 7% do 
peso do corpo. Na sua composição está presente plasma e elementos figurados 
(eritrócitos, leucócitos e plaquetas). 
Funções 
• Meio de transporte 
o De células com funções de defesa do organismo (leucócitos) que passam por 
diapedese para os tecidos atacados por microrganismos (defesa) 
o De oxigénio e dióxido de carbono (oxigenação) 
o De nutrientes e metabolitos (nutrição e excreção) 
o De hormonas (comunicação/ informação) 
• Regulação da temperatura corporal, do equilíbrio ácido-base e do equilíbrio 
osmótico 
• Reparação dos vasos sanguíneos 
 
Hematócrito 
Permite estimar o volume de sangue ocupado pelas células sanguíneas em 
relação ao volume total. Os desvios nos valores do hematócrito podem indicar 
anemia. 
Plasma 
O plasma é uma solução aquosa que contém componentes de pequeno e 
de elevado peso molecular. As proteínas plasmáticas correspondem a 7% e os sais 
inorgânicos, a 0,9%, sendo o restante formado por compostos orgânicos diversos, 
tais como aminoácidos, vitaminas, hormônios e glicose. As principais proteínas 
do plasma são as albuminas, as alfa, beta e gama globulinas, as lipoproteínas e as 
proteínas que participam da coagulação do sangue, como protrombina e 
fibrinogênio. 
As albuminas, que são sintetizadas no fígado e muito abundantes no 
plasma sanguíneo e desempenham papel fundamental na manutenção da pressão 
osmótica do sangue. 
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Eritrócitos 
Os eritrócitos, ou hemácias dos mamíferos, são anucleados e contêm 
grande quantidade de hemoglobina que faz com que a sua principal função seja 
transporte de oxigénio e dióxido de carbono. 
Estes permanecem no interior dos vasos e têm 
uma forma de disco bicôncavo que facilita as trocas 
de gases. 
Por serem ricos em hemoglobina (proteína 
básica), os eritrócitos são acidófilos e corando-se pela 
eosina. Ao fim de 120 dias (em média) as enzimas já 
estão em nível crítico, o rendimento dos ciclos 
metabólicos geradores de energia é insuficiente e o 
corpúsculo é digerido pelos macrófagos, 
principalmente no baço. 
Leucócitos 
Os leucócitos são células incolores, de forma esférica e em suspensão no 
sangue que têm a função de proteger o organismo contra infeções. São produzidos 
na medula óssea (assim como os eritrócitos) ou em tecidos linfoides e 
permanecem 
temporariamente no sangue. 
Diversos tipos de 
leucócitos utilizam o sangue 
como meio de transporte 
para alcançar seu destino 
final, os tecidos. 
São classificados em 
dois grupos, os granulócitos e 
os agranulócitos. 
 
Nota: É importante saber a 
função de cada um, descrita 
na legenda de cada um 
 
Granulócitos 
 
Os granulócitos têm núcleo de forma irregular e têm grânulos específicos. 
De acordo com a afinidade tintorial dos grânulos específicos, distinguem-setrês 
tipos de granulócitos: neutrófilos, eosinófilos e basófilos. 
Além dos grânulos específicos, essas células contêm grânulos azurófilos, 
que se coram em púrpura, e são lisossomas. 
 
 
 
 
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Agranulócitos 
 
O núcleo dos agranulócitos tem forma mais regular e o citoplasma não tem 
granulações especificas, podendo apresentar grânulos azurófilos, inespecíficos, 
presentes também em outros tipos celulares. 
Há dois tipos de agranulócitos: os linfócitos e os monócitos. 
 
Tipos de Grânulos dos leucócitos 
 
• Primários 
o São inespecíficos e têm afinidade para o corante azul (azurófilos). 
o Abundantes nos granulócitos e ocorrem nos monócitos. 
• Secundários 
o Apenas presente nos granulócitos. 
o São específicos. 
 
 
Plaquetas 
 
As plaquetas são corpúsculos anucleados, com a forma de disco, medindo 
cerca de 2 a 4 μm de diâmetro. São derivadas de células gigantes e poliploides da 
medula óssea, os megacariócitos. 
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As plaquetas promovem a coagulação do sangue e auxiliam a reparação da 
parede dos vasos sanguíneos, evitando perda de sangue. Normalmente, existem 
Hematopoiese 
 
Hematopoiese é o processo contínuo e regulado de produção de células do 
sangue, que envolve renovação, proliferação, diferenciação e maturação celular 
 
Medula óssea 
A medula óssea é um órgão difuso, porém volumoso e muito ativo. No 
adulto saudável, produz por dia cerca de 2,5 bilhões de eritrócitos, 2,5 bilhões de 
plaquetas e 1,0 bilhão de granulócitos por kg de peso corporal. Esta produção é 
ajustada com grande precisão às necessidades do organismo. 
A medula óssea é encontrada no canal medular dos ossos longos e nas 
cavidades dos ossos esponjosos. 
Há a medula óssea vermelha e amarela. A medula óssea vermelha tem essa 
cor devido aos seus numerosos eritrócitos em diversos estágios de maturação. A 
medula óssea amarela é rica em células adiposas e não produz células sanguíneas. 
 
Medula óssea vermelha 
 
Ocupa os espaços entre trabéculas ósseas do osso medular. 
 
Funções 
 
• Produção das células sanguíneas –hematopoiese. 
• Armazém de ferro sob a forma de ferritina e de hemossiderina no citoplasma dos 
macrófagos. 
• Destruição de eritrócitos envelhecidos. 
• Papel central no sistema imune: providencia um microambiente propício ao 
processo de maturação de linfócitos B e maturação inicial de linfócitos T. 
 
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A medula óssea vermelha é constituída por células reticulares, associadas a 
fibras reticulares (colagénio tipo III). Essas células e fibras formam uma rede, 
percorrida por numerosos capilares sinusoides, que se originam de capilares no 
endósteo e terminam em um grande vaso central, cujo sangue desemboca na 
circulação sistêmica venosa por meio de veias emissárias. 
 Também há artérias na medula, principalmente na região cortical, próxima 
do endósteo. A inervação da medula consiste principalmente em fibras nervosas 
mielínicas e amielínicas existentes na parede das artérias. Algumas fibras 
amielínicas terminam em regiões de hematopoiese. 
O endotélio dos capilares e as células reticulares são fontes de citocinas 
hematopoiéticas (concentradas em ilhotas). 
Não há vasos linfáticos, mas há acumulação de linfócitos (os nódulos 
linfáticos) e há presença de macrófagos e plasmócitos entre os seios nervosos. 
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Produção de células sanguíneas 
 
 
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Eritropoiese 
 
Fatores de crescimento 
 
• eritropoietina (na presença de IL-3, IL-9, SCF e GM-CSF, induz a proliferação de 
CFU) eritropoietina (na presença de IL-3, IL-9, SCF e GM-CSF, induz a 
proliferação de CFU). 
 
Fatores ambientais e nutricionais 
 
• Elevadas altitudes e deficiência em 
oxigénio aumentam a eritropoiese. 
• Temperaturas elevadas aumentam a 
eritropoiese. 
• Perdas de sangue (traumatismo) 
aumentam a eritropoiese. 
• Carência de vitamina B12: ANEMIA. 
• Carência de ferro: resultante quer da 
nutrição quer por problemas na sua 
absorção: ANEMIA. 
• Carência de ácido fólico: ANEMIA. 
 
Granulopoiese 
 
 Há achatamento do núcleo e o aparecimento de grânulos (primeiro 
os inespecíficos e depois os específicos). 
 
• Promielócito: aparecem grânulos 
azurófilos 
• Mielócito: aparecem grânulos 
específicos 
• Metamielócito: o núcleo 
apresenta chanfradura 
 
 
Trombopoiese 
 
O megacariócito origina 
plaquetas. Há fragmentação do 
citoplasma. 
 
 
 
 
 
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Sistema Cardiovascular 
O sistema circulatório abrange o sistema vascular sanguíneo e o sistema 
vascular linfático. O sistema vascular sanguíneo é composto pelas seguintes 
estruturas: coração, artérias, vasos capilares e veias. 
O coração é um órgão cuja função é bombear o sangue através dos vasos 
sanguíneos. 
As artérias consistem em uma série de vasos que se tornam menores à 
medida que se ramificam, e a sua função é levar o sangue, com nutrientes e 
oxigênio, do coração para os tecidos. 
Os vasos capilares são vasos sanguíneos muito delgados que constituem 
uma rede complexa de tubos muito delgados. Através de suas paredes ocorre 
grande parte do intercâmbio entre o sangue e os tecidos adjacentes. 
As veias resultam da convergência dos vasos capilares em um sistema de 
canais que se torna a cada vez mais calibroso à medida que se aproxima do 
coração, para onde transporta o sangue proveniente dos tecidos. 
O sistema circulatório é, portanto, um sistema fechado no interior do qual 
o sangue circula continuamente. O sistema vascular linfático inicia-se nos vasos 
capilares linfáticos situados nos tecidos. 
Uma das funções do sistema linfático é retornar ao sangue o fluido contido 
nos espaços intersticiais. 
Os vasos dividem-se consoante a sua estrutura: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coração 
 
 
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Barorreceptores 
 
• Estão nos seios carotídeos 
• Recetores de pressão arterial 
 
Quimiorrecetores 
 
• Estão nos corpos carotídeos e aórticos 
• Dizem as características do sangue 
 
Estrutura geral dos vasos sanguíneos 
 
• Túnica intima: endotélio; nos vasos maiores possui uma camada subenditelial de 
tecido conjuntivo e uma lâmina elástica interna. 
• Túnica média: constituída por fibras musculares lisas; nas artérias e veias e maior 
calibre, possui fibras de colagénio e folhetos 
fenestrados de fibras elásticas em toda a túnica 
e particularmente na porão mais externa. 
Inexistente nos capilares. 
• Túnica adventícia: tecido conjuntivo com 
muito colagénio (tipo I) e algumas fibras 
elásticas. Podem surgir algumas fibras 
musculares lisas nos vasos de grande calibre. 
 
Endotélio 
 
• Camada delgada de epitélio simples pavimentoso de origem mesodérmica, que 
reveste o interior dos vasos sanguíneos, linfáticos e do coração 
• As células são alongadas longitudinalmente segundo o eixo do vaso, com núcleos 
centrais muito achatados e organelos adaptados a funções secretoras e 
sinalizadoras 
 
Capilares• Contínuos: sem fenestrações, com pregas e 
vesiculas de pinocitose. Ocorrem nos tecidos 
muscular, conjuntivo e nervoso. 
• Fenestrados: Papel de regulação na 
micropinocitose e difusão. Ocorrem nos 
glêndulas endócrinas, intestino e rim. 
• Sinusóide: Lâmina basal incompleta, sem 
diafragma, células endoteliais perfuradas. 
Ocorrem no figado, medula ossea e baço. 
 
 
 
 
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Microcirculação 
 
• Anastomoses arterio venosas: contacto direto entre as artérias e as veias. 
• No fim das arteríolas há um esfíncter que pode fechar. 
• Artérias têm um lúmen mais pequeno do que as veias. 
• A túnica média das artérias tem uma grande quantidade de músculo liso. 
• As veias têm válvulas e uma parede fina. 
 
Vasos linfáticos 
 
 
 
 
Aparelho Digestivo I 
 
O sistema digestivo consiste no trato digestivo (cavidade oral, esôfago, 
estômago, intestinos delgado e grosso) e suas glândulas associadas (glândulas 
salivares, fígado e pâncreas). Sua função é obter as moléculas necessárias para a 
manutenção, o crescimento e as demais necessidades energéticas do organismo a 
partir dos alimentos ingeridos. 
 
Cavidade oral 
 
A cavidade oral é revestida por um epitélio pavimentoso estratificado, 
queratinizado ou não, dependendo da região. A camada queratinizada protege a 
mucosa oral de agressões mecânicas durante a mastigação e pode ser observada 
na gengiva e no palato duro. A lâmina própria nessas regiões contém várias papilas 
e repousa diretamente sobre o periósteo. Epitélio pavimentoso não queratinizado 
reveste o palato mole, lábios, bochechas e o assoalho da boca. A lâmina própria 
tem papilas similares às observadas na derme e é contínua com a submucosa, que 
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contém glândulas salivares menores distribuídas difusamente. Nos lábios 
observa-se uma transição do epitélio oral não queratinizado para o epitélio 
queratinizado da pele. O palato mole contém, no seu centro, músculo estriado 
esquelético e numerosas glândulas mucosas e nódulos linfoides na submucosa. 
 
Língua 
 
A língua é uma massa de músculo estriado esquelético revestida por uma 
camada mucosa cuja estrutura varia de acordo com a região. As fibras musculares 
se entrecruzam em três planos; estão agrupadas em feixes, geralmente 
separados por tecido conjuntivo. A camada mucosa está fortemente aderida à 
musculatura, porque o tecido conjuntivo da lâmina própria penetra os espaços 
entre os feixes musculares. 
A superfície ventral (inferior) da língua é lisa, enquanto a superfície dorsal 
é irregular, recoberta anteriormente por uma grande quantidade de eminências 
pequenas denominadas papilas. O terço posterior da superfície dorsal da língua é 
separado dos dois terços anteriores por tuna região em forma de "V''. 
Posteriormente a essa região, a superfície da língua apresenta saliências 
compostas principalmente por dois tipos de agregados linfoides: pequenos grupos 
de nódulos e tonsilas linguais, nas quais os nódulos linfoides se agregam ao redor 
de invaginações da camada mucosa denominadas criptas. 
 
 
Dente 
 
Em humanos adultos normalmente existem 32 dentes permanentes. Esses 
dentes estão dispostos em dois arcos bilateralmente simétricos nos ossos maxilar 
e mandibular, com oito dentes em cada quadrante: dois incisivos, um canino, dois 
pré-molares e três molares permanentes. Vinte desses dentes permanentes são 
precedidos por dentes decíduos (de leite); os restantes (molares permanentes) 
não têm precursores decíduos. 
 
 
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Estrutura do dente 
 
• O dente é constituído por uma porção que se projeta acima da gengiva - 
coroa - e por uma ou mais raízes que ocupam o alvéolo do maxilar. 
• A região de transição entre a coroa e a raiz denomina-se colo. 
• O dente apresenta uma cavidade central - cavidade pulpar - cuja forma se 
assemelha à do próprio dente. 
• A cavidade pulpar prolonga-se para as 
raízes terminando por um orifício - foramen 
apical - através do qual passam os vasos e 
nervos. 
• O ligamento periodontal é uma estrutura 
fibrosa que envolve as raizes fixando-as ao 
alvéolo. 
• A constituição do dente pode ser 
sistematizada em tecidos moles e tecidos 
duros 
 
Tecidos duros 
 
• Dentina- um tecido conjuntivo calcificado que rodeia a cavidade pulpar. 
• Esmalte- que cobre a dentina na coroa e constitui a coroa anatómica; 
• Cemento- o qual cobre a dentina desde o colo ao foramen apical e forma a 
raiz anatómica. 
 
Tecidos moles 
 
• Polpa - que preenche a cavidade pulpar; 
• Membrana periodontal - entre o cemento e o osso alveolar; 
• Gengiva 
 
O esmalte é sintetizado a partir de ameloblasto e a dentina e a pré-dentina 
é sintetizada a partir do odontoblasto. O dente liga-se ao osso pelo ligamento 
periodontal. 
 
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Organização geral do tubo digestivo 
 
1. Mucosa 
 
Há 4 zonas do tubo digestivo em que a mucosa sofre transição abrupta: 
• Junção gastro-esofágica. 
• Junção gastro-duodenal. 
• Junção ileo-cecal. 
• Junção recto-anal. 
 
Há 4 tipos básicos de mucosa encontrados no tubo digestivo, que podem ser 
classificados de acordo com a sua função principal: 
• Protectora (cavidade oral, faringe, esófago e canal anal) 
• Secretora (estômago) 
• Absortiva (intestino delgado) 
• Absortiva/protectora (intestino grosso) 
 
2. Submucosa 
 
• Constituída por tecido conjuntivo laxo. 
• Sustenta a mucosa e fixa-a à parede muscular. 
• Apresenta vasos e nervos de grande calibre que suprem a mucosa. 
• Tem agregados linfocitários e folículos linfóides que constituem o GALT - "Gut-
associated lymphoid tissue". 
• Numerosos gânglios parassimpáticos estão espalhados por toda a submucosa, 
formando o plexo submucoso (de Meissner). 
 
3. Muscular 
• A túnica muscular contém na maior parte dos casos músculo liso. 
• Apresenta uma camada circular interna e uma camada longitudinal externa, em 
quase todo o tubo digestivo. 
• No estômago há uma camada interna oblíqua de músculo. 
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4. Adventícia 
 
• Túnica mais externa da parede do tubo digestivo. 
• É constituída por tecido conjuntivo laxo. 
• Normalmente contém grandes quantidades de tecido adiposo 
• Conduz os principais vasos e nervos. 
 
Aparelho Digestivo II 
 
 
Glândulas gástricas 
 
A mucosa liberta várias hormonas e mediadores neuroendócrinos que atuam 
de forma endócrina, parácrina e neurócrina. 
 
Funções 
 
• Regulação da secreção enzimática, metabolismo eletrolítico e hidrolítico 
• Regulação da motilidade, peristaltismo e crescimento da mucosa 
• Regulação da libertação de outras hormonas 
• Sensação de saciedade após refeições 
 
 
• Células mucosas 
• Células parietais – produzem ácido clorídrico 
• Células principais – secreção proteica, muitas enzimas e células basófilas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Intestino Delgado 
 
Aumento da superfície de absorção. 
É o sítio terminal de digestão dos alimentos, absorção de nutrientes e 
secreção endócrina. No duodeno são encontradas as glândulasde Brunner nas 
quais são encontradas na camada submucosa do duodeno, secretam um muco 
alcalino contendo bicarbonato com função de ajudar na neutralização do pH 
ácido do quimo. As placas de Peyer são agregados de nódulos linfáticos na 
submucosa do íleo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Plicae circularis Vilosidades Microvilosidades 
 (válvulas de Kerckring) 10x 20x 
 3x 
 
 
 
Aumento da superfície total da mucosa = maior eficiência na absorção 
através de: 
 
1. Plicae/ pregas circulares ou válvulas de Kerkring 
2. Vilosidades intestinais 
3. Glândulas e criptas de Lieberkuhn, com enterócitos 
4. Microvilosidades na superfície apical dos enterócitos 
 
Vascularização da mucosa 
 
• 2 sistemas capilares 
o Plexo capilar viloso: nutre a vilosidade e porção superior das criptas 
o Plexo capilar pericriptal: nutre a vilosidade e a porção inferior das criptas 
 
Ambos drenam para as vénulas submucosas. Quilíferos (vaso central linfático) 
no centro da vilosidade: ramificações rodeiam folículos linfoides na submucosa. 
 
 
 
 
 
 
 
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Vascularização da mucosa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esófago 
 É um tubo muscular com função de transportar o alimento para o estômago. A 
mucosa esofágica é revestida por um epitélio pavimentoso estratificado não 
queratinizado, sua lâmina própria é composta por glândulas esofágicas da cárdia 
e glândulas esofágicas por toda a camada submucosa. Na parte proximal a camada 
muscular consiste exclusivamente de fibras estriadas esqueléticas, na porção 
média há uma mistura de musculatura estriada esquelética e lisa, finalmente na 
porção distal teremos células musculares lisas. 
 
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Estomago 
 Este órgão é responsável pela digestão parcial dos alimentos e secreção de 
enzimas e hormônios (funções exócrinas e endócrinas). É formado pelo tecido 
epitélio cilíndrico simples muco secretor, apresentam fossetas ou criptas gástricas 
que são invaginações do epitélio de revestimento para dentro da lâmina própria e 
junções oclusivas que agem como barreira contra o líquido do ácido do estômago 
(suco gástrico). 
No estômago são identificadas quatro regiões: cárdia, fundo, corpo e 
piloro. 
A cárdia é uma banda circular estreita 
encontrada na transição entre o esôfago e o 
estômago. Sua mucosa contém glândulas 
tubulares simples ou ramificadas, denominadas 
glândulas da cárdia. 
O fundo e corpo apresentam glândulas 
tubulosas ramificadas que são as glândulas 
gástricas ou fúndicas. O piloro possui fossetas 
gástricas profundas, nas quais as glândulas 
pilóricas tubulosas simples ou ramificadas. 
Intestino Grosso 
 É constituído pelo: ceco, cólon ascendente, cólon transverso, cólon 
descendente, cólon sigmóide, reto e ânus. 
A camada mucosa não tem pregas, exceto em sua porção distal (reto), nem 
vilosidades. Apresentam grande quantidade de células caliciformes, pequenas 
quantidades de células enteroendócrinas e no intestino grosso não tem células de 
Paneth. 
A camada muscular longitudinal externa é bem mais desenvolvida que no 
intestino delgado devido às fibras se congregarem em três faixas espessas 
chamadas tênias do colo. 
A serosa é caracterizada por 
pequenos apêndices pedunculados 
formados por tecido adiposo- 
apêndice epiplóicos. 
Na região anal, a camada 
mucosa forma uma série de dobras 
longitudinais, as colunas retais. 
 
 
 
 
 
 
 
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Apêndice 
 
O apêndice é um divertículo do ceco, apresenta um lúmen irregular, 
pequeno e estreito devido à presença de nódulos linfoides abundantes em sua 
parede. Tem uma estrutura parecida com a do intestino grosso, mas o apêndice 
possui glândulas intestinais menores e menos numerosas e não possui tênias do 
cólon. 
 
Glândulas anexas 
ao Tubo Digestivo 
 
Os órgãos associados ao trato digestivo incluem as glândulas salivares, o 
pâncreas, o fígado e a vesícula biliar. 
 
Glândulas salivares 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São glândulas exócrinas que produzem saliva - fluido que tem funções 
digestivas, lubrificantes e protetoras. Além das glândulas pequenas dispersas pela 
cavidade oral, existirem três pares de glândulas salivares maiores: as glândulas 
parótida, submandibular {submaxilar) e sublingual. 
O parênquima dessas glândulas consiste em terminações secretoras e em 
sistema de duetos ramificados que se arranjam em lóbulos, separados entre si por 
septos de tecido conjuntivo que se originam da cápsula. As terminações secretoras 
têm dois tipos de células secretoras - serosas ou mucosas. 
As células serosas têm, em geral, um formato piramidal, com uma base 
larga que repousa sobre uma lâmina basal e um ápice com microvilosidade 
pequenos e irregulares. 
• Núcleo é redondo basal 
• RER é bem desenvolvido 
• Polo apical do citoplasma contém grânulos de secreção contendo proteínas 
(enzimas) 
• Presença de canalículos intercelulares secretórios 
• As células estão unidas no seu domínio apical por junções apertadas e aderentes, 
formando uma unidade esférica denominada de ácino. 
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As células mucosas apresentam, em geral, um formato cuboide ou colunal. 
• Forma cilíndrica 
• Núcleo comprimido na base da célula 
• Citoplasma repleto de vesiculas contendo mucigénio 
• As células estão unidas por junções apertadas e frequentemente organizam-se em 
túbulos. 
 
Glândulas mistas 
 
• Componentes secretórios mistos, com unidades tubulo-acinares com células 
secretoras mucosas e serosas. 
• Quando predominam as células serosas são classificadas glândulas mistas 
predominantemente serosas. 
• No caso de predominarem as células mucosas denominam-se glândulas mistas 
predominantemente mucosas. 
• Aglomerados de células serosas em forma de crescente lunar a revestir 
externamente alguns túbulos mucosos – crescentes de Gianuzzi. 
 
Ductos ou peças intercalares 
 
• Constituem o inicio do sistema excretor da glândula salivar. 
• São revestidos por epitélio cubico simples e têm lúmen estreito. 
 
Ductos ou canais estriados 
 
• Vários ductos intercalares convergem para formar os canais estriados. 
• São revestidos por epitélio cilíndrico simples. 
• Especializações associadas com transporte ativo de iões: invaginações da 
membrana plasmática basolateral alinhadas com numerosas mitocôndrias. 
 
Canais interlobulares 
 
• Os ductos intralobulares convergem para formar os ductos excretores 
interlobulares, localizados nos septos de tecido conjuntivo. 
• O seu revestimento combina vários tipos epiteliais, incluindo cúbico ou cilíndrico 
estratificado, e pseudoestratificado cilíndrico, distribuídos em nenhum padrão 
aparente. 
• O ducto principal de cada glândula é revestido por epitélio pavimentoso 
estratificado não queratinizado. 
 
 
 
 
 
 
 
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Células mioepiteliais 
 
• Células contrateis localizadas entre as células secretoras e a lâmina basal. 
• Também são encontradas nos ductos proximais. 
• A sua contração auxiliaa libertação dos produtos de secreção e sua movimentação 
através dos ductos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Glândula parótida 
 
• Glândula acinosa composta, exclusivamente serosa. 
• Contém grânulos de secreção ricos em proteínas e elevada atividade de amílase. 
• Responsável pela produção de cerca de 25% do total da saliva. 
 
Glândula submandibular 
 
• Glândula tubulacinosa mista composta, principalmente com ácinos serosos, mas 
com muitas unidades secretoras tubulacinosas mistas. 
• As células serosas das unidades mistas formam os crescentes de Gianuzzi. 
• As células serosas segregam, para além de alfa- amílase e proteínas ricas em 
prolina, outras enzimas, incluindo a lisozima. 
• As células mucosas segregam mucinas glicosiladas ricas em ácido siálico e 
sulfatos. 
 
Glândula sublingual 
 
• Glândula tubuloacinosa mista composta, principalmente com células mucosas, 
mas com unidades secretoras tubuloacinosas mistas. 
• É a menor das principais glândulas 
• A principal secreção são as mucinas glicosiladas. 
• As poucas células serosas, presentes nos crescentes de Gianuzzi, adicionam alfa- 
amílase e lisozima à secreção. 
 
 
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Saliva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pâncreas 
 
• Glândula exócrina (ácinos) e endócrina (ilhéus de langerhans- 2% de volume). 
• Produz enzimas digestivas e hormonas. 
• Revestido por uma camada delgada de tecido conjuntivo, mas sem uma cápsula 
propriamente dita. 
• Septos de tecido conjuntivo separam o parênquima em lóbulos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Fígado 
 
O fígado é o maior órgão interno, pesando cerca de 2% do peso corporal. 
Possui uma fina cápsula de Glisson e mesotélio do peritoneu visceral. 
 
• Secreção de componentes biliares. 
• Síntese e secreção endócrina das principais proteínas do plasma, incluindo a 
albumina, fibrinogénio, apolipoproteínas, transferrina e muitas outras. 
• Conversão de aminoácidos em glicose (gliconeogénese). 
• Degradação e conjugação de toxinas ingeridas, incluindo fármacos. 
• Armazenamento de glicose em grânulos de glicogénio e de triglicerídeos em 
pequenas lipídicas. 
• Armazenamento de vitamina A e outras vitaminas lipossolúveis. 
• Remoção de eritrócitos velhos (células de Kupffer). 
• Armazenamento de ferro em combinação com a proteína ferritina. 
 
Hepatócito 
 
• Unidade funcional do fígado, formando o parênquima hepático. 
• Células epiteliais grandes, cúbicas ou poliédricas. 
• Núcleos grandes esféricos centrais com aglomerados cromáticos. 
• Alguns hepatócitos são binucleados. 
• RER abundante responsável pela síntese de proteínas plasmáticas. 
• REL abundante e uniformemente distribuído por todo o citoplasma- contém 
os sistemas enzimáticos para a biotransformação ou desintoxicação de 
substâncias no sangue, excretadas depois na bile. 
 
 
 
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Espaço de Disse 
 
• Espaço perisinusoidal existente entre as capilares sinusoides e a superfície 
sinusoidal dos hepatócitos. 
• Contém fibras de colagénio tipo I, II e IV. 
• A superfície sinusoidal dos hepatócitos possui microvilosidades orientadas 
para este espaço. 
• Células de Ito e Kupffer. 
 
Células de Kupffer 
 
• Macrófagos especializados residentes do fígado. 
• Citoplasma abundante, vacuolizado, repleto de lisossomas, fagossomas e 
fagolisossomas. 
• Núcleo grande, oval e de localização excêntrica. 
• Reconhecem e fagocitam eritrócitos envelhecidos, libertando hemo e ferro 
para a reutilização ou armazenamento. 
• Têm também como função a vigilância imunológica. 
 
Células de Ito 
 
• Também chamadas células perisinusoidais e atualmente designadas por 
células estreladas hepáticas (HSC) 
• Origem mesenquimatosa 
• Contém um número considerável de vesiculas lipídicas no citoplasma para 
armazenamento de vitamina A e outras vitaminas lipossolúveis. 
 
 
Vesícula Biliar 
 
• Armazena bílis produzida pelos hepatócitos 
• Concentra a bílis através da reabsorção de água e eletrólitos 
• Liberta a bílis no duodeno em resposta à estimulação nervosa e 
colescitocinina. 
• Tem várias camadas: mucosa, muscular plexiforme e adventícia ou serosa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Glândulas Endócrinas 
 
As hormonas são moléculas que agem como sinalizadores químicos. Estas 
são liberados por células especializadas chamadas endócrinas (Secretam "para 
dentro” ao contrário das células de glândulas exócrinas, cuja secreção é levada por 
meio de duetos excretores a uma cavidade ou à superfície do corpo. 
 Células endócrinas unem-se formando glândulas endócrinas, em que se 
organizam geralmente sob forma de cordões celulares. Uma exceção notável é a 
glândula tireóidea, cujas células são organizadas como pequenas esferas, 
chamadas folículos. 
Além das glândulas endócrinas, há muitas células endócrinas isoladas, 
como as células endócrinas encontradas no trato digestivo. 
 
Princípios gerais do funcionamento do sistema 
endócrino 
Hormona: produzida por células especializadas, atua em células-alvo e contribui 
para manter a homeostasia. 
Homeostasia: processos biológicos ocorrem em equilíbrio dinâmico do meio 
interno, cuja constância é essencial à vida. 
Endocrinologia: especialidade médica que estuda e trata disfunções do sistema 
endócrino. 
 
Mecanismos de ação hormonal 
 
• Autócrino – liberta e afeta a si mesmo. 
• Parácrina - células vizinhas. 
• Endócrina – para o sangue. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Hipófise 
 
A hipófise é um pequeno órgão que se liga ao hipotálamo, situado na base 
do cérebro, por um pedículo. Consiste, na realidade, em duas glândulas: a neuro-
hipófise e a adeno-hipófise, unidas anatomicamente e tendo funções diferentes, 
porém interrelacionadas. 
A neuro-hipófise, a porção de origem nervosa, consta de uma porção 
volumosa - a pars nervosa -, e do seu pedículo de fixação que dá continuidade com 
o hipotálamo. 
A porção originada do ectoderma - a adeno-hipófise - não tem conexão 
anatômica com o sistema nervoso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É subdividida em três porções: a primeira, a mais volumosa, é a pars 
distalis ou lobo anterior; a segunda é a porção cranial que abraça o infundíbulo, 
denominada pars tuberalis; a terceira, denominada pars intermedia, é uma região 
rudimentar na espécie humana, intermediária entre a neuro-hipófise e a pars 
dista/is, separada desta última pela fissura restante da cavidade da bolsa de 
Rathke. 
Ao conjunto de pars nervosa e pars intermedia também se dá o nome 
de lobo posterior da hipófise. 
A glândula é revestida por uma cápsula de tecido conjuntivo, contínua com 
a rede de fibras reticulares que suporta as células do órgão. 
 
 
Hipotálamo- hipófise 
 
Em virtude de sua origem embriológica e de seu sistema porta-hipofisário, 
a hipófise mantém com o hipotálamo importantes relações anatômicas e 
funcionais. Por essa razão esse conjunto de estruturas é denominado sistema 
hipotálamo-hipofisário. 
Há no sistema hipotálamo-hipofisário pelo menos três locais em que são 
produzidos diferentes grupos de hormonas. 
 
 
 
 
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Hormonas hipofisárias e respetivos alvos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hipófise posterior (neurohipófise) 
O lado posterior é conectado à parte do cérebro chamada de hipotálamo 
através do infundíbulo. As hormonas são produzidas nos corpos celulares dos 
nervos posicionados no hipotálamo, e são então transportadas pelos axônios das 
células nervosas em direção à hipófise posterior. 
As hormonas secretadas pela hipófise posterior são: 
• Oxitocina que vem do núcleo paraventricular do hipotálamo. 
• Hormona antidiuréticoa (ADH – também conhecida como vasopressina 
e AVP, arginina vasopressina), que vem do núcleo supraóptico do 
hipotálamo 
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Hipófise anterior (Adenohipófise) 
 
O lobo anterior é derivado do ectoderma oral e é composto de epitélio 
glandular. Através da conexão vascular da hipófise anterior com o hipotálamo, o 
hipotálamo integra sinais estimulatórios e inibitórios centrais e periféricos para 
os cinco tipos fenotipicamente distintos de células da hipófise. 
 
 
As hormonas hipotalâmicas viajam até o lobo anterior por um sistema 
especial de capilares, chamados de vasos portais hipotalâmico-hipofisários. 
Tiroide 
A tiroide produz a tiroxina (t4), que controla a velocidade de metabolismo 
do corpo. Se ocorrer hipertireoidismo, isto é, funcionamento exagerado da 
tiroide, todo o metabolismo fica acelerado: o coração bate mais rapidamente, a 
temperatura do corpo fica mais alta que o normal e consequentemente, a pessoa 
emagrece porque gasta mais energia. Esse quadro favorece o desenvolvimento de 
doenças cardíacas e vasculares, pois o sangue passa a circular com maior pressão. 
Pode ocorrer o bócio, ou seja, um “papo” causado pelo crescimento exagerado da 
tiroide. Também pode aparecer a exoftalmia, isto é, os olhos ficam “saltados”. 
 
Hormona da hipófise 
anterior 
Hormona hipotalâmico Corantes 
(tipo) 
Tipo de 
célula 
crescimento secreção causada pelo GHRH 
 (liberador da hormona de crescimento) 
acidófilo somatotropo 
prolactina secreção INIBIDA pela DA 
(dopamina, “prolactin inhibiting 
factor”/PIF) 
acidófilo lactotropo 
folículo-estimulante secreção causada pelo GnRH 
(liberador de gonadotrofina) 
basófilo gonadotropo 
luteinizante secreção causada pelo GnRH 
( liberador de gonadotrofina) 
basófilo gonadotropo 
estimulante da tireóide secreção causada pelo TRH 
(liberador de tireotrofina) 
basófilo tireotropo 
adrenocorticotrófico secreção causada pelo CRH 
(liberador de corticotrofina) 
basófilo corticotropo 
endorfinas – – – 
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Se a tiroide trabalha menos ou produz menor quantidade de tiroxina 
que o normal, ocorre o hipotireoidismo, e o organismo também altera: o 
metabolismo torna-se mais lento; algumas regiões do corpo ficam inchadas; o 
coração bate mais vagarosamente; o sangue circula mais lentamente; a pessoa 
gasta menos energia; tornando-se mais propensa à obesidade; as respostas físicas 
e mentais tornam-se mais lentas. 
Também produz T3, que é 5 vezes mais potente que a T4. E ainda, 
calcitonina que aumenta o cálcio no osso. 
 
Paratiroide 
 
As glândulas paratiroides são dois pares de glândulas endócrinas que se 
situam atrás ou embebidas na glândula tiroide que produzem paratormona (PTH) 
- a hormona principal da regulação da concentração de cálcio no sangue (promove 
a sua libertação). Em casos raros as glândulas paratireoides estão localizados 
dentro da glândula tiroide. 
 
 
Suprarrenal ou Adrenal 
As suprarrenais, também conhecidas com adrenais, são duas glândulas, 
que como diz o nome, localizam-se em cima dos rins. As adrenais exercem 
importantes funções no organismo através da produção das suas hormonas. 
As principais são: 
• Cortisol: É chamada hormona do stress. Uma das suas principais ações é 
garantir glicose (açúcar = energia) para as células, seja antagonizando a 
insulina ou estimulando a transformação de gorduras e proteínas em 
glicose. Também age modulando nosso sistema imune (sistema de defesa 
contra infeções). 
• Aldosterona: Age no rim controlando os níveis de sódio e potássio na 
urina e no sangue. É uma das principais hormonas no controle da pressão 
arterial. 
• Adrenalina: É mais uma hormona do stress. Promove aumento da 
frequência cardíaca, da pressão arterial, do aporte de sangue para os 
músculos, aumenta a glicose disponível para as células e dilata as pupilas. 
Se o cortisol prepara o corpo para aguentar o stresse, a adrenalina promove 
os meios para o corpo atacar ou fugir do mesmo. 
• Androgénios e estrogênios: São respetivamente os hormônios 
masculinos e femininos. 
 
 
 
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Pâncreas 
 
O pâncreas é uma glândula do sistema digestivo e endócrino (dos animais 
vertebrados). Ele é tanto exócrino (secretando suco pancreático que contém 
enzimas digestivas) quanto endócrino (produzindo muitas hormonas 
importantes, como a insulina, glucagina e somatostatina). 
O pâncreas endócrino é composto de aglomerações de células especiais 
denominadas ilhotas de Langerhans. O “cansaço” crónico destas células leva ao 
aparecimento da diabetes no pâncreas. 
Existem quatro tipos de células nas ilhotas de Langerhans. Elas são 
relativamente difíceis de se distinguir ao usar técnicas normais para corar o tecido, 
mas elas podem ser classificadas de acordo com sua secreção: 
 
Nome das 
células 
Produto % das células da 
ilhota 
Função 
células beta Insulina e Amilina 50-80% reduz a taxa de açúcar no sangue 
células alfa Glucagon 15-20% aumenta a taxa de açúcar no 
sangue 
células delta Somatostatina 3-10% inibe o pâncreas endócrino 
células PP Polipeptídeo 
pancreático 
1% inibe o pâncreas exócrino 
 
Epífise 
 
Esta glândula é revestida externamente pela pia-máter, de onde partem 
septos conjuntivos levando vasos sanguíneos e fibras nervosas amielínicas. 
Os pinealócitos ocupam cerca de 95% da glândula com seus núcleos 
grandes e irregulares, eles são responsáveis pela síntese da hormona que controla 
os ciclos biológicos, a melatonina. Células intersticiais gliais, os astrócitos também 
são visualizados entre os pinealócitos por apresentarem seus núcleos achatados e 
bem corados. 
 
Aparelho Urinário 
 
O aparelho urinário é formado pelos dois rins, dois ureteres, a bexiga e a 
uretra. 
 A urina é produzida nos rins, passa pelos ureteres até a bexiga e é lançada 
ao exterior pela uretra. Esse aparelho contribui para a manutenção da 
homeostase, produzindo a urina, por meio da qual são eliminados diversos 
resíduos do metabolismo e água, eletrólitos e não eletrólitos em excesso no meio 
interno. Essas funções se realizam nos túbulos uriníferos por meio de um processo 
complexo que envolve filtração, absorção ativa, absorção passiva e secreção. 
 
Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com)
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Ilhotas_de_Langerhans
http://pt.wikipedia.org/wiki/Diabetes
http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula_beta
https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-do-livro-junqueira-carneiro-histologia-basica
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Vascularização 
 
Os rins são supridos pela artéria renal, que se origina da aorta. A artéria 
renal divide-se no hilo, em um ramo anterior e um ramo posterior. Estes, dividem-
se em várias artérias segmentares que irão irrigar vários segmentos do rim. Essas 
artérias, por sua vez, dão origem às artérias interlobares, que na junção cortiço-
medular dividem-se para formar as artérias arqueadas e posteriormente

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