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A StuDocu não é patrocinada ou endossada por nenhuma faculdade ou universidade Resumo do livro "Junqueira & Carneiro: Histologia Básica" Histologia (Universidade do Porto) A StuDocu não é patrocinada ou endossada por nenhuma faculdade ou universidade Resumo do livro "Junqueira & Carneiro: Histologia Básica" Histologia (Universidade do Porto) Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-do-livro-junqueira-carneiro-histologia-basica https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-do-porto/histologia/resumo-do-livro-junqueira-carneiro-histologia-basica/4035165?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-do-livro-junqueira-carneiro-histologia-basica https://www.studocu.com/pt-br/course/universidade-do-porto/histologia/2676441?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-do-livro-junqueira-carneiro-histologia-basica https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-do-livro-junqueira-carneiro-histologia-basica https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-do-porto/histologia/resumo-do-livro-junqueira-carneiro-histologia-basica/4035165?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-do-livro-junqueira-carneiro-histologia-basica https://www.studocu.com/pt-br/course/universidade-do-porto/histologia/2676441?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-do-livro-junqueira-carneiro-histologia-basica Ana Sousa Sebenta de histologia Baseada no “Histologia Básica”, Junqueira L. C. 2017/ 2018 Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-do-livro-junqueira-carneiro-histologia-basica P á g i n a | 1 Tecidos Epiteliais 2 Tecidos Conjuntivos Moles 6 Tecidos Conjuntivos Duros 10 Tecido Adiposo 18 Tecido Muscular 19 Tecido Nervoso 23 Sangue e Hematopoiese 26 Aparelho Cardiovascular 32 Aparelho Digestivo I 34 Aparelho Digestivo II 38 Glândulas Anexas ao Aparelho Digestivo 42 Glândulas Endócrinas I 48 Aparelho Urinário 53 Aparelho Respiratório 57 Pele e Anexos 59 Órgãos dos Sentidos 61 Aparelho Genital Masculino 65 Aparelho Genital Feminino Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 P á g i n a | 2 Características dos 4 tipos básicos de tecidos Tecido Células Matriz Extracelular Funções Epitelial Justapostas Reduzido (pouco espaço à volta) Revestimento Secreção Conjuntivo Vários tipos de células fixas e migratórias Abundante Sustentação Defesa Muscular Contrácteis Moderada Movimento Nervoso Com longos prolongamentos Reduzida Transmissão de impulsos nervosos Tecido Epitelial Conjunto de células contiguas (muito próximas, que se tocam por um lado) que se dispõem com aposição considerável das suas superfícies. Funções do tecido 1. Proteção- Epiderme, revestimento interno dos órgãos 2. Absorção- Revestimento do intestino delgado 3. Secreção- Células caliciformes e glândulas. 4. Excreção e transporte- Túbulos renais e vesiculas biliar. 5. Contratibilidade- Células mioepiteliais. 6. Receção Sensorial- Gomos gustativos 7. Função imunológica- Células apresentadoras de antigénios na pele. Polaridade das células epiteliais As células epiteliais são polarizadas (a célula não é igual em toda a volta). O pólo voltado para a superfície livre é denominado pólo ou região apical, e o pólo voltado para o tecido conjuntivo subjacente é denominado pólo ou região basal. A polaridade é utilizada para classificar morfologicamente os epitélios. Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-do-livro-junqueira-carneiro-histologia-basica P á g i n a | 3 São necessárias várias modificações da superfície para que o domínio apical de um epitélio possa efetuar as suas múltiplas funções. Estas modificações incluem microvilosidades, cílios e flagelos. Cílios- São os maiores. Epitélios que movem substâncias. Microvilosidades-Epitélios de absorção Especializações da superfície basal Invaginações da membrana basal e mitocôndrias em células transportadoras de iões. Quando a célula faz transporte ativo – mitocôndrias estão dentro das células na parte basal. Tipos de epitélio Epitélios de revestimento Epitélios glandulares • Glândulas exócrinas (têm canal excretor e o ducto mantém-se) • Glândulas endócrinas (não têm ducto, ele desaparece. Têm vários vasos; o canal morre e a estrutura é invadida por vasos) Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 P á g i n a | 4 Formação das glândulas a partir dos epitélios de revestimento Células caliciformes • Grânulos de mucigénio (água + muco). • Encontram-se nos epitélios das mucosas dos tratos respiratórios e digestivos. • Secretam mucina que se dissolve na água formando muco. • Do tipo mucoso. Glândulas exócrinas. Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-do-livro-junqueira-carneiro-histologia-basica P á g i n a | 5 Modo de secreção (nas glândulas exócrinas) • Merócrina: + comum; o produto é libertado nas vesículas limitadas por membrana para a superfície apical da célula, na qual se fundem com a membrana plasmática e fazem a expulsão do seu conteúdo por exocitose. (fica intacta) • Holócrina: desintegração da célula e seu conteúdo(secreção). • Apocrina: são aquelas que eliminam parte (pedaço) das células junto com a secreção (elimina junto com a secreção parte do citoplasma apical) São aquelas que lançam suas secreções em cavidades através de canais ou ductos. Glândulas salivares, mamárias, sudoríparas e lacrimai Tipos de glândulas endócrinas • Cordonal ou trabecular: as células organizam-se em cordões, colunas ou placas de células. São envolvidas por muitos capilares sanguíneos que recebem os produtos de secreção. • Folicular: as suas células formam um epitélio simples que pode variar de pavimentoso a colunar. Este epitélio organiza-se em pequenas esferas chamadas folículos. A única grande glândula endócrina folicular do corpo é a tiroide. EXISTE REGENERAÇÃO DO TECIDO São glândulas que eliminam suas secreções (hormonas) diretamente na corrente sanguínea. Não possuem canais. Como a hipófise, tiroide, suprarrenal. Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 P á g i n a | 6 Tecido Conjuntivo Ex: cartilagem; osso; sangue; adiposo; elásticos, mucoso O tecido conjuntivo é composto por células e matriz extracelular. • Tem substância amorfa (que não tem forma definida). • Células mais abundantes do tecido conjuntivo são os fibroblastos. Estes não coram, só cora o núcleo. Tipos de tecidos conjuntivos • Tecido conjuntivo laxo ou frouxo • Tecido conjuntivo denso (modelado e não modelado) Células dos tecidos conjuntivos moles Células produtoras de matriz Fibroblastos • Matriz celular = colagénio + fibroblastos. • Os fibroblastos sintetizam colagénio, logo sintetizam a matriz extracelular. • Os fibroblastos maduros chamam-se fibrócitos.Com o envelhecimento deixam de produzir colagénio. • Há abundância de mitocôndrias, RER, vesículas (há grande quantidade de organelos – grande síntese). • Colagénio quando está dentro de fibroblastos não está maduro. • Vitamina C é um cofator na síntese de colagénio. • Moléculas de colagénio não se vão organizar em forma homogénea. Células do sistema imunitário • Fibroblastos • Adipócitos • Miócitos lisos • Células reticulares • Macrófagos • Mastócitos • Plasmócitos Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-do-livro-junqueira-carneiro-histologia-basica P á g i n a | 7 Macrófagos • Grande capacidade de pinocitose e fagocitose (processos que permitem entrada de partículas do meio externo). • Morfologia variável conforme o estado funcional e localização da célula. • Podem ser fixos (histiócitos) ou móveis. • Defesa -Direta (fagocitose) -Indireta (apresentação de antigénios e depois a síntese de fatores ativadores como interleucinas e citocinas. Vai dividir em porções muito pequenas e apresentar ao sistema imune, criando memória. • Depois de já ter fagocitado muito, irá haver muito citoplasma com prolongamentos (citoplasma não homogéneo) e lisossomas. Mastócitos • Grânulos basófilos metacromáticos com heparina, histamina, ECF-A e leucotrienos C. • São células que têm e libertam histaminas. • Têm importância nas reações alérgicas. • Têm granulo onde estão armazenadas as substâncias que provocam as reações alérgicas. • Têm recetores (imoglublinas E) que se ligam aos antigénios e que ativam os grânulos – desgranulam. • Origem hematopoiética (medula óssea) Plasmócitos • Síntese de anticorpos. • Citoplasma roxo e abundante (tem muito complexo de golgi, RER, ribossomas) • Origem nos linfócitos B. • O linfócito B é ativado, cresce citoplasma e transforma-se em plasmócitos. Células com origem sanguínea • Eosinófilos • Monócitos • Linfócitos Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 P á g i n a | 8 Matriz extracelular dos tecidos conjuntivos As fibras de tecido conjuntivo são formadas por proteínas que se polimerizam formando estruturas muito alongadas. Os três tipos principais de fibras do tecido conjuntivo são as colágeneas, as reticulares e as elásticas. As fibras colágeneas e as fibras reticulares são formadas pela proteína colagénio e as fibras elásticas são compostas principalmente pela proteína elastina. Tipos de colagénio I- Pele, tendão, osso, dentina (resistência à tensão) II- Cartilagem, corpo vítreo (resistência à pressão) III- Pele, músculo, vasos sanguíneos (manutenção estrutural de tecidos expansíveis.) V- Tecidos fetais, placenta (participa nas funções do colagénio I) XI- Cartilagem (participa nas funções do colagénio II) IX- Cartilagem, corpo vítreo (liga ao glicosaminoglicanos, associado ao colagénio II) XII- Tecidos embrionários (interage com o colagénio I) XIV- Pele fetal e tendão. VII- Liga a lâmina basal ao estroma subjacente ---- IV- Membranas basais ---- Colagénio que forma rede tridimensional, filtragem. Patologias decorrentes na síntese de colagénio • Síndrome de Ehlers- Danlão Tipo IV Falha na transcrição ou translocação do colagénio III. Rutura da aorta e intestino. • Síndrome de Ehlers- Danlão Tipo VI Falha na hidroxilação da lisina. Elasticidade da pele aumentada. Colagénio que forma fibrilas e é muito resistente. Colagénio associado a fibrilas Colagénio que forma fibras de ancoragem. Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-do-livro-junqueira-carneiro-histologia-basica P á g i n a | 9 Tecido conjuntivo propriamente dito • Síndrome de Ehlers- Danlão Tipo VII Diminuição da atividade de peptidades do procolagénio. Aumento de a mobilidade articular, luxação frequente. • Escorbuto Diminuição da síntese de colagénio por falha de vitamina C (ácido ascórbico) cofator de oxidase da prolina. Ulceração das gengivas, hemorragias. • Osteogénese imperfecta Modificação de um nucleótido das géneses do colagénio I. Fraturas ósseas espontâneas, insuficiência cardíaca. Classificação do tecido colagénio Tecido conjuntivo Tecido conjuntivo propriamente dito • Laxo – baixa densidade de componentes. 3 tipo de fibras: colagénios, elásticos e reticulares. • Denso – Tem muito colagénio, principalmente tipo I. Há o irregular e o regular. O irregular apresenta fibras entrelaçadas, tornando-o resistente e elástico, impedindo de ter forma própria, moldando-se aos órgãos que reveste, como por exemplo: o buço, o fígado e os testículos. O regular apresenta fibras orientadas paralelamente, tornando-o resistente, mas pouco elástico. Ele forma tendões ou aponeuroses, que ligam os ossos aos músculos e os ligamentos, que ligam os ossos entre si. Fibras reticulares (argirofilas) Sustentação e rede de suporte. Afinidade para a prata. Colagénio tipo III. Tecido conjuntivo de suporte (ou duro) Tecido conjuntivo com propriedades espaciais Laxo Denso Osso Cartilagem • Adiposo • Elástico • Hematopoiético • Mucoso Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 P á g i n a | 10 Fibras elásticas Têm elastina e fibrina. Esticam e relaxam. Normalmente têm vasos/artérias à sua volta. Tecido conjuntivo de suporte (ou duro) • Osso • Cartilagem Origem embrionária: Mesoderme. Cartilagem O tecido cartilaginoso é uma forma especializada do tecido conjuntivo de consistência rígida. Desempenha função de suporte de tecidos moles, reveste superfícies articulares, em que absorve choques, e facilita o deslizamento dos ossos nas articulações. O tecido cartilaginoso contém condrócitos em lacunas. Como o colagénio e a elastina são flexíveis, a consistência firme das cartilagens deve-se às ligações eletrostáticas entre os glicosaminoglicanos sulfatados e o colagénio, e à grande quantidade de água presa aos mesmos (confere turgidez à matriz). O tecido cartilaginoso não contém vasos sanguíneos, sendo nutrido pelos capilares do conjuntivo envolvente (pericôndrio). As cartilagens que revestem as articulações não têm pericôndrio e recebem nutrientes do liquido sinovial das cavidades articulares. É despromovido, também de vasos linfáticos e nervos. Conforme as necessidades, a cartilagem divide-se em: • Hialina (mais comum, colagénio tipo II – dentro da hialina, temos a articular) • Elástica (poucas fibrilas de colagénio e muitas elásticas) • Fibrosa (maioritariamente tipo I) Distribuição Comentários Imagem Hialina • Esqueleto embrionário • Disco epifisário • Cartilagem articular • Vias respiratórias (nariz, laringe, faringe, tranqueia, brônquios) • Extremidade das costelas, lado external Matriz: fibrilas de colagénio II + proteoglicanos hidratados + glicoproteínas adesivas (condronectina) É dividida em várias partes: • Matriz pericelular (ácido hialurónico, proteoglicano e colagénio tipo VI) • Matriz territorial (rica em proteoglicanos e com finas fibrilas de colagénio) • Matriz interterritorial (rede de fibrilas de colagénio tipo II) Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-do-livro-junqueira-carneiro-histologia-basicaP á g i n a | 11 NOTA A matriz da cartilagem hialina calcifica com o envelhecimento. Os condroblastos sintetizam a matriz e ficam, por vezes, presos e transformam-se em condrócitos (provoca o crescimento da cartilagem). Os condrócitos têm a capacidade de sofrer mitose (crescimento intersticial) Resumidamente, as funções das cartilagens são: • Suporte • Revestimento (amortecimento/ deslizamento) • Ossificação Articular • Reveste as extremidades ósseas nas articulações diastrósicas. Não possui pericôndrio porque o seu crescimento é intersticial. A sua nutrição fica a cargo do fluido sinovial. Elástica • Pavilhões auriculares • Canal auditivo externo • Trompa de Eustóquio • Epiglote • Cartilagem cuneiforme Não é homogénea. Há abundância de fibras elásticas. Elevada flexibilidade. Tem pericôndrio. Não calcifica com o envelhecimento. Fibrosa • Discos intervertebrais • Sínfise púbica • Discos articulares Muito resistente devida as fibras de colagénio. Os condrócitos estão em fileiras. Há pequena quantidade de matriz extracelular. Não possui pericôndrio. Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 P á g i n a | 12 Condroblasto Células Condrócito (em lacunas) Constituintes Colagénio Matriz Condrócitos São procedentes dos condroblastos, sendo células maturas capazes de renovar a matriz extracelular. Estes estão alojados em lacunas (condroplastos) e têm abundância de RER e Complexo de Golgi desenvolvido. Há também presença de glicogénio e gotículas lipídicas, e ausência de mitocôndrias. A membrana citoplasmática apresenta expansões irregulares. Organização da matriz da cartilagem Os proteoglicanos ligam a matriz às fibras de colagénio. Colagénio + elastina + proteoglicanos e proteínas Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-do-livro-junqueira-carneiro-histologia-basica P á g i n a | 13 Pericôndrio • Camada de células indiferenciadas • Camada condrogénia • Tecido conjuntivo denso, colagénio tipo I • Regeneração da cartilagem lesada • Nutrição, oxigenação e remoção de metabolitos • Vasos sanguíneos, linfáticos e nervos • Crescimento aposicional da cartilagem O pericôndrio é formado por fibroblastos. Os fibroblastos diferenciam-se em condroblastos e estes formam a matriz extracelular, transformando-se em condrócitos. Participa no crescimento oposicional (dá-se na periferia). Cobrindo a cartilagem hialina, contribuindo para a sua regeneração. Histogénese No embrião, os esboços das cartilagens surgem no mesênquima. Há o arredondamento das células, que retraem os seus prolongamentos e multiplicam- se rapidamente, formando aglomerados (figura A e B). As células formadas têm um citoplasma muito basófilo e recebem o nome de condroblastos. Em seguida, inicia-se a síntese da matriz, que afasta os condroblastos uns dos outros (do centro para a periferia) (figura C e D). Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 P á g i n a | 14 O crescimento deve-se a dois processos: • Crescimento intersticial – por divisão dos condrócitos pré-existentes. • Crescimento aposicional – a partir das células do pericôndrio (diferenciação de fibroblastos em condroblastos) Tecido Ósseo O tecido ósseo é o principal constituinte do esqueleto. • Serve de suporte para os tecidos moles e protege órgãos vitais. • O seu tecido conjuntivo é rígido e inflexível. • Constituído por células e fibras de colagénio envolvidas por uma matriz extracelular mineralizada. • Altamente vascularizado e metabolicamente ativo. • Deposito de cálcio e fosforo. • Absorve toxinas e metais pesados Células Constituintes Matriz Como não existe uma difusão de substâncias através da matriz calcificada do osso, a nutrição dos osteócitos depende dos canalículos que existem na matriz (permitem a troca de moléculas e iões entre os capilares e os osteócitos). • Osteoprogenitoras • Osteoblastos formam o osso • Osteócitos • Osteoclastos – destroem o osso Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-do-livro-junqueira-carneiro-histologia-basica P á g i n a | 15 Origem e localização Comentários Imagem Osteoprogenitoras • Originam-se na célula mesenquimatosa pluripotente Propriedades de células estaminais: potencial para proliferação e capacidade de diferenciação. Permanecem na vida pós- natal: endósteo e periósteo. Reativação em processos de reparação. Osteoblastos • Originam-se de células osteoprogenitoras. • Localizam-se à periferia do osso em formação. Formam uma monocamada. São células altamente polarizadas que depositam os componentes orgânicos da matriz extracelular. Contêm matéria orgânica não mineralizada: osteoide, colagénio tipo I, proteoglicanos. Sintetizam fatores de crescimento – BMPs e proteínas não colagénas. Osteócitos • Alojam-se em lacuna rodeadas por matriz óssea mineralizada. Células achatadas em forma de amêndoas e núcleo com cromatina condensada. Enviam prolongamentos citoplasmáticos através dos canalículos ósseos. Junções de hiato essenciais para a comunicação intracelular. Podem encontrar-se em 3 estados: quiescente, em formação e em absorção. Células metabolicamente ativas, mantendo e renovando a matriz óssea. Osteoclastos • Alojam-se em lacunas de Howship, mas são células móveis. Origem em precursores mononucleadas da célula óssea que originam os monócitos e macrófagos. São células gigantes e multinucleadas. Têm a função de remodelação e renovação do tecido ósseo. Polaridade celular. Prolongamentos irregulares da membrana plasmática. Numerosas mitocôndrias, lisossomas, vesiculas, membranas e vacúolos. Pouco RER e complexo de Golgi. Têm uma zona selante, para não destriur o resto do núcleo. Há fusão de várias células e têm capacidade de libertar ácido que degrada a matriz. Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 P á g i n a | 16 Tipos de osso • Compacto ou cortical • Esponjoso ou trabecular Compacto ou cortical Aspeto sólido e homogéneo. É a porção mais externa dos ossos. Dispõem-se em circunferências, dando ao osso uma estrutura muito rígida. • Sistema de Havers • Lamelas intersticiais ou sistemas intermediários • Lamelas circunferências internas adjacentes ao endósteo. • Lamelas circunferências externas adjacentes ao periósteo. • Canais de Havers e canais de Volramann’s. Esponjoso ou trabecular Rede de espículas ósseas ou trabeculares delimita espaços ocupados pela medula óssea. • Lamelar mas não haversiana • Trabéculas ósseas orientadas de forma a oferecer a máxima força para a mínima massa Periósteo e Endósteo As superfícies internas e externas dos ossos são recobertas por células osteogênicas e tecidoconjuntivo, que constituem o endósteo e o periósteo, respetivamente. As principais funções são de nutrição do tecido ósseo e o fornecimento de novos osteoblastos para o crescimento e recuperação do osso. Periósteo • Reveste a superfície externa dos ossos. • Tecido conjuntivo denso e células osteoprogenitoras (morfologicamente parecidas aos fibroblastos) que se multiplicam e se diferenciam em osteoblastos – importantes no crescimento e reparação. • Contém fibras de Sharpey (fibras que penetram o tecido ósseo e prendem firmemente o periósteo ao osso. Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-do-livro-junqueira-carneiro-histologia-basica P á g i n a | 17 A camada mais superficial do periósteo contém principalmente fibras colágeneas e fibroblastos. Contém muitos vasos sanguíneos e participa na nutrição do osso. Endósteo • Reveste as superfícies internas do osso esponjoso em contacto com a medula óssea e os canais de Havers no osso compacto. • Camada de células osteoprogenitoras e pequena quantidade de tecido conjuntivo. Ossificação O tecido ósseo é formado por um processo chamado ossificação intramembranosa, que ocorre no interior de uma membrana conjuntiva, ou pelo processo de ossificação endocondral, o qual se inicia sobre um molde cartilagem hialina (este é gradualmente destruído e substituído por tecido ósseo formado a partir de células do conjuntivo adjacente). Tanto na ossificação intramembranosa, como na endocondral, o primeiro tecido ósseo formado é do tipo primário, que depois é substituído por secundário ou lamelar. Durante o crescimento, é visível as diferentes áreas. Ossificação intramembranosa • Ocorre no interior do tecido conjuntivo embrionário por agregação e diferenciação de células mesenquimatosas. • Observa-se nos ossos chatos do crânio, na maxila e mandibula. Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 P á g i n a | 18 Ossificação endocondral (ossos longos) • O molde de cartilagem hialina é substituído por osso. • Observa-se nos ossos longos do esqueleto apendicular, ossos da coluna vertebral, da pélvis, da face e da base do crânio. NOTA ✓ A tiroide e paratiroide são glândulas endócrinas importantes para o osso. ✓ A tiroide sintetiza calcitonina e inibe os osteoclastos, estimulando a reposição de cálcio nos ossos. ✓ A paratiroide ativa os osteoclastos que vão destruir o osso e libertar cálcio. Histofisiologia do osso • Osso como reservatório de cálcio mobilizável por processos físicos (exercício físico em carga) ou hormonais (paratormona induz aumento de Ca2+ no plasma e excreção de (PO4)2- nos rins.) • Calcitonina inibe reparação da matriz por inibição da atividade osteoclastos. • Disfunções da tiroide e paratiroide. Tecido adiposo O tecido adiposo é um tipo especial de conjuntivo no qual se observa com predominância adipócitos. O tecido adiposo é o maior depósito corporal de energia, sob a forma de triglicerídeos. Divide-se em dois tipos: • Unilocular Armazenamento de energia, proteção. É unilocular porque só tem 1 gotícula lipídica. É vasculizado e é a causa da obesidade. Diminui adrenalina e aumenta a insulina. • Multilocular É responsável pela termorregulação. O tecido adiposo castanho tem várias gotículas lipídicas. Neste tecido há muitas mitocôndrias porque é responsável pela osmorregulação. Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-do-livro-junqueira-carneiro-histologia-basica P á g i n a | 19 • Os adipócitos formam-se em bebés. • A produção de energia não é utilizada para fosforilar o ADP em ATP, mas é libertada sob a forma de calor (papel da termogénica das criptas mitocôndrias). Adipócitos e obesidade A obesidade divide-se em dois tipos: • Hipertrófica (está associado à inflamação) • Hipercelular (aumento de adipócitos) Funções endócrinas do tecido adiposo • Leptina: inibe centros reguladores do apetite no hipotálamo. • Resistina: importante na obesidade na diabetes insulina- independente (tipo II) Tecido Muscular O tecido muscular é constituído por células alongadas que contém grande quantidade de filamentos citoplasmáticos de proteínas contráteis, as quais geram forças para a contração do tecido, utilizando a energia contida nas moléculas de ATP. As células musculares têm origem mesodérmica e a sua diferenciação ocorre pela síntese de proteínas filamentosas ao longo do alongamento das células. De acordo com as suas características morfológicas e funcionais, distinguem-se 3 tipos de tecido muscular: • Esquelético • Cardíaco • Liso Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 P á g i n a | 20 Terminologia própria • Fibra muscular = célula muscular • Sarcoplasma = citoplasma das células musculares • Sarcolema = membrana citoplasmática • Reticulo sarcoplasmático = REL da célula muscular Músculo esquelético • Fibras longas (até 30 cm) com núcleos periféricos • Cada fibra contém várias miofibrilas • Cada miofibrila é composta por feixes de miofilamentos • Estriação transversal • Membrana basal a rodear cada fibra Organização do músculo esquelético • Endomisio (envolve cada fibra muscular) • Epimísio (envolve o músculo inteiro) • Perimísio (envolve conjuntos de fibras musculares) Laminina É uma proteína presente na lâmina basal com importância estrutural. Sarcómero Quando observadas ao microscópio ótico, as fibras musculares esqueléticas mostram estriações transversais, pela alternância de cores de faixas claras e escuras. A faixa escura é anisotrópica, por isso recebe o nome de banda A. Enquanto que a faixa clara é isotrópica e recebe o nome de banda I. No centro de cada banda I nota-se uma linha transversal escura- a linha z. Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-do-livro-junqueira-carneiro-histologia-basica P á g i n a | 21 A estriação deve-se à repetição de unidades iguais – sarcómero. Cada sarcómero é formado pela parte da miofibrila que fica entre duas linhas z sucessivas e contém uma banda A separando duas semibandas. A banda A apresenta uma zona mais clara no centro, a banda H. Posteriormente, estriação devida à diminuição do tamanho do sarcómero, da banda I e H, enquanto que a banda A permanece do mesmo tamanho. A banda H diminui à medida que a contração muscular ocorre. Vai de uma linha z até uma outra linha z. Proteínas presentes nos sarcómeros • Filamento espesso É composto pela proteína miosina (mais especificamente miosina II). • Filamento fino É formado por monómeros de actina, nebulina, tropomiosina e troponina. • Outras Titina, nebulina, tropomodulina, zeugmatina, miomesina, a-actinina. Sistema de túbulos transversais ou sistema T • 1 tríade= 1 centrotúbulo = 2 expansões do reticulo sarcoplasmático Placa motora, junção mioneural (ou neuromuscular) Local de contacto entre a fibra nervosa e o músculo. • Vesiculas sinápticas contendo acetilcolina • Fenda sináptica (acetilcolinesterase) Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 https://pt.wikipedia.org/wiki/Miosina https://pt.wikipedia.org/wiki/Mon%C3%B3mero https://pt.wikipedia.org/wiki/Actina https://pt.wikipedia.org/wiki/Nebulina https://pt.wikipedia.org/wiki/Tropomiosina https://pt.wikipedia.org/wiki/Troponina P á g i n a | 22 Unidade motoraConjunto de neurónio motor e fibras musculares por ele inervadas. Ex: músculos oculares 1/1 e músculos da perna 1/150 Tipos de fibras musculares esqueléticas Fibras do tipo I ou vermelhas • Aeróbicas • Vermelho-escuro por terem muita mioglobina • Mais resistentes • Ricas em triglicerídeos Fibras do tipo II ou brancas • Anaeróbicas • Esbranquiçadas por terem pouca mioglobina • Fatigam-se mais rapidamente • Ricas em glicogénio Músculo cardíaco • Células bifurcadas com um ou dois núcleos centrais. • Discos intercalares (têm essencialmente desmossomas que fixam bem as células entre si) e estriação transversal. • Contém muitas mitocôndrias. • Os túbulos T formam díades junto às linhas z. Discos intercalares ou traços escaliformes de Eberth • Zónulas de adesão • Desmossomas • Junções de hiato (não existem no músculo esquelético, formam discos intercalares – faz passar iões e com que as células estejam em contacto entre si) Grânulos de ANP (atrial natriuretic peptide) • Atua nos rins • Aumenta a eliminação do Na+ e água Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-do-livro-junqueira-carneiro-histologia-basica P á g i n a | 23 Músculo Liso • Células fusiformes com núcleo central • Sem estriação transversal, miofibrilas ou sarcómeros com corpos densos • Sem túbulos T mas com cavéolos e junções de hiato Podem sintetizar: • Colagénio III • Elastina • Proteoglicanos Contração muscular O musculo relaxa e contrai. Há uma faixa de filamentos que apertam a estrutura. Implicações nutricionais • Falta de cálcio: diminuição da Contratibilidade do miocárdio e degeneração das miofibrilas. • Falta de fósforo: cardiomiopatia • Falta de magnésio: arritmia ventricular, necrose, miocárdio Tecido Nervoso A ingestão de alimentos é controlada por circuitos encefálicos. • Comemos por questões de fome, mas também por questões de recompensa. • A ingestão de alimentos é controlada por neurotransmissores e seus recetores localizados em núcleos (papel central do hipotálamo) CCK – colescitocinina é uma hormona gastrointestinal que estimula a contração da vesicula biliar e do pâncreas, com digestão de gorduras e proteínas. Leptina – segregada pelo tecido adiposo, regula a saciedade. Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 P á g i n a | 24 Sistema Nervoso Central e Sistema Nervoso Periférico e o seu envolvimento na nutrição Estes sistemas têm impacto na nutrição devido aos órgãos e aos sentidos em que estão envolvidos, tal como: • Mucosa olfatória • Retina • Gânglio do sistema nervoso autónomo (glândulas salivares) • Botões gustativos • Vísceras Sistema Nervoso Sistema Nervoso Central Sistema Nervoso Periférico Nota: usa-se impregnações argênticas para observar os vários tipos de neurónios. O sistema nervoso tem dois tipos de células: • Neurónios • Glia Os neurónios não funcionam se não houver células glia. Definição Imagem Microglia Defendem o tecido nervoso quando há ataques Astrócitos Há o fibroso e o protoplasmático. Dirigem-se para os vasos sanguíneos. Oligodentrócitos Cobre os neurónios com a bainha de mielina (mielinitação) Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-do-livro-junqueira-carneiro-histologia-basica P á g i n a | 25 Tipos de neurónios e sua constituição Sinapse Química Tipos de sinapse • Axossomática (axónio com corpo celular) • Axodendrítica (axónio com dendrito) • Axoaxónica (axónio com axónio) Meninges Protegem o cérebro. • Dura-máter – É a meninge mais externa, constituída por tecido conjuntivo denso, continuo com o periósteo dos ossos da caixa craniana. • Aracnoide – apresenta duas partes, uma em contacto com a dura-máter e outra com a pia-máter. É formada por tecido conjuntivo sem vasos sanguíneos e suas superfícies são todas revestidas pelo mesmo tipo de epitélio simples pavimentoso, de origem mesenquimatosa, que reveste a dura-máter. • Pia-máter é muito vascularizada e aderente ao tecido nervoso, embora não fique em contato direto com células ou fibras nervosas. A sua superfície externa é revestida por células achatadas, originadas do mesênquima embrionário. Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 P á g i n a | 26 Plexos coroides São ramificações altamente vascularizadas que banham o sistema nervoso central. Produzem líquido encéfalo raquidiano que banha o Sistema Nervoso Central. Sangue e Hematopoiese Sangue Tecido conjuntivo altamente especializado. Representa cerca de 7% do peso do corpo. Na sua composição está presente plasma e elementos figurados (eritrócitos, leucócitos e plaquetas). Funções • Meio de transporte o De células com funções de defesa do organismo (leucócitos) que passam por diapedese para os tecidos atacados por microrganismos (defesa) o De oxigénio e dióxido de carbono (oxigenação) o De nutrientes e metabolitos (nutrição e excreção) o De hormonas (comunicação/ informação) • Regulação da temperatura corporal, do equilíbrio ácido-base e do equilíbrio osmótico • Reparação dos vasos sanguíneos Hematócrito Permite estimar o volume de sangue ocupado pelas células sanguíneas em relação ao volume total. Os desvios nos valores do hematócrito podem indicar anemia. Plasma O plasma é uma solução aquosa que contém componentes de pequeno e de elevado peso molecular. As proteínas plasmáticas correspondem a 7% e os sais inorgânicos, a 0,9%, sendo o restante formado por compostos orgânicos diversos, tais como aminoácidos, vitaminas, hormônios e glicose. As principais proteínas do plasma são as albuminas, as alfa, beta e gama globulinas, as lipoproteínas e as proteínas que participam da coagulação do sangue, como protrombina e fibrinogênio. As albuminas, que são sintetizadas no fígado e muito abundantes no plasma sanguíneo e desempenham papel fundamental na manutenção da pressão osmótica do sangue. Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-do-livro-junqueira-carneiro-histologia-basica P á g i n a | 27 Eritrócitos Os eritrócitos, ou hemácias dos mamíferos, são anucleados e contêm grande quantidade de hemoglobina que faz com que a sua principal função seja transporte de oxigénio e dióxido de carbono. Estes permanecem no interior dos vasos e têm uma forma de disco bicôncavo que facilita as trocas de gases. Por serem ricos em hemoglobina (proteína básica), os eritrócitos são acidófilos e corando-se pela eosina. Ao fim de 120 dias (em média) as enzimas já estão em nível crítico, o rendimento dos ciclos metabólicos geradores de energia é insuficiente e o corpúsculo é digerido pelos macrófagos, principalmente no baço. Leucócitos Os leucócitos são células incolores, de forma esférica e em suspensão no sangue que têm a função de proteger o organismo contra infeções. São produzidos na medula óssea (assim como os eritrócitos) ou em tecidos linfoides e permanecem temporariamente no sangue. Diversos tipos de leucócitos utilizam o sangue como meio de transporte para alcançar seu destino final, os tecidos. São classificados em dois grupos, os granulócitos e os agranulócitos. Nota: É importante saber a função de cada um, descrita na legenda de cada um Granulócitos Os granulócitos têm núcleo de forma irregular e têm grânulos específicos. De acordo com a afinidade tintorial dos grânulos específicos, distinguem-setrês tipos de granulócitos: neutrófilos, eosinófilos e basófilos. Além dos grânulos específicos, essas células contêm grânulos azurófilos, que se coram em púrpura, e são lisossomas. Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 P á g i n a | 28 Agranulócitos O núcleo dos agranulócitos tem forma mais regular e o citoplasma não tem granulações especificas, podendo apresentar grânulos azurófilos, inespecíficos, presentes também em outros tipos celulares. Há dois tipos de agranulócitos: os linfócitos e os monócitos. Tipos de Grânulos dos leucócitos • Primários o São inespecíficos e têm afinidade para o corante azul (azurófilos). o Abundantes nos granulócitos e ocorrem nos monócitos. • Secundários o Apenas presente nos granulócitos. o São específicos. Plaquetas As plaquetas são corpúsculos anucleados, com a forma de disco, medindo cerca de 2 a 4 μm de diâmetro. São derivadas de células gigantes e poliploides da medula óssea, os megacariócitos. Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-do-livro-junqueira-carneiro-histologia-basica P á g i n a | 29 As plaquetas promovem a coagulação do sangue e auxiliam a reparação da parede dos vasos sanguíneos, evitando perda de sangue. Normalmente, existem Hematopoiese Hematopoiese é o processo contínuo e regulado de produção de células do sangue, que envolve renovação, proliferação, diferenciação e maturação celular Medula óssea A medula óssea é um órgão difuso, porém volumoso e muito ativo. No adulto saudável, produz por dia cerca de 2,5 bilhões de eritrócitos, 2,5 bilhões de plaquetas e 1,0 bilhão de granulócitos por kg de peso corporal. Esta produção é ajustada com grande precisão às necessidades do organismo. A medula óssea é encontrada no canal medular dos ossos longos e nas cavidades dos ossos esponjosos. Há a medula óssea vermelha e amarela. A medula óssea vermelha tem essa cor devido aos seus numerosos eritrócitos em diversos estágios de maturação. A medula óssea amarela é rica em células adiposas e não produz células sanguíneas. Medula óssea vermelha Ocupa os espaços entre trabéculas ósseas do osso medular. Funções • Produção das células sanguíneas –hematopoiese. • Armazém de ferro sob a forma de ferritina e de hemossiderina no citoplasma dos macrófagos. • Destruição de eritrócitos envelhecidos. • Papel central no sistema imune: providencia um microambiente propício ao processo de maturação de linfócitos B e maturação inicial de linfócitos T. Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 P á g i n a | 30 A medula óssea vermelha é constituída por células reticulares, associadas a fibras reticulares (colagénio tipo III). Essas células e fibras formam uma rede, percorrida por numerosos capilares sinusoides, que se originam de capilares no endósteo e terminam em um grande vaso central, cujo sangue desemboca na circulação sistêmica venosa por meio de veias emissárias. Também há artérias na medula, principalmente na região cortical, próxima do endósteo. A inervação da medula consiste principalmente em fibras nervosas mielínicas e amielínicas existentes na parede das artérias. Algumas fibras amielínicas terminam em regiões de hematopoiese. O endotélio dos capilares e as células reticulares são fontes de citocinas hematopoiéticas (concentradas em ilhotas). Não há vasos linfáticos, mas há acumulação de linfócitos (os nódulos linfáticos) e há presença de macrófagos e plasmócitos entre os seios nervosos. Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-do-livro-junqueira-carneiro-histologia-basica P á g i n a | 31 Produção de células sanguíneas Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 P á g i n a | 32 Eritropoiese Fatores de crescimento • eritropoietina (na presença de IL-3, IL-9, SCF e GM-CSF, induz a proliferação de CFU) eritropoietina (na presença de IL-3, IL-9, SCF e GM-CSF, induz a proliferação de CFU). Fatores ambientais e nutricionais • Elevadas altitudes e deficiência em oxigénio aumentam a eritropoiese. • Temperaturas elevadas aumentam a eritropoiese. • Perdas de sangue (traumatismo) aumentam a eritropoiese. • Carência de vitamina B12: ANEMIA. • Carência de ferro: resultante quer da nutrição quer por problemas na sua absorção: ANEMIA. • Carência de ácido fólico: ANEMIA. Granulopoiese Há achatamento do núcleo e o aparecimento de grânulos (primeiro os inespecíficos e depois os específicos). • Promielócito: aparecem grânulos azurófilos • Mielócito: aparecem grânulos específicos • Metamielócito: o núcleo apresenta chanfradura Trombopoiese O megacariócito origina plaquetas. Há fragmentação do citoplasma. Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-do-livro-junqueira-carneiro-histologia-basica P á g i n a | 33 Sistema Cardiovascular O sistema circulatório abrange o sistema vascular sanguíneo e o sistema vascular linfático. O sistema vascular sanguíneo é composto pelas seguintes estruturas: coração, artérias, vasos capilares e veias. O coração é um órgão cuja função é bombear o sangue através dos vasos sanguíneos. As artérias consistem em uma série de vasos que se tornam menores à medida que se ramificam, e a sua função é levar o sangue, com nutrientes e oxigênio, do coração para os tecidos. Os vasos capilares são vasos sanguíneos muito delgados que constituem uma rede complexa de tubos muito delgados. Através de suas paredes ocorre grande parte do intercâmbio entre o sangue e os tecidos adjacentes. As veias resultam da convergência dos vasos capilares em um sistema de canais que se torna a cada vez mais calibroso à medida que se aproxima do coração, para onde transporta o sangue proveniente dos tecidos. O sistema circulatório é, portanto, um sistema fechado no interior do qual o sangue circula continuamente. O sistema vascular linfático inicia-se nos vasos capilares linfáticos situados nos tecidos. Uma das funções do sistema linfático é retornar ao sangue o fluido contido nos espaços intersticiais. Os vasos dividem-se consoante a sua estrutura: Coração Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 P á g i n a | 34 Barorreceptores • Estão nos seios carotídeos • Recetores de pressão arterial Quimiorrecetores • Estão nos corpos carotídeos e aórticos • Dizem as características do sangue Estrutura geral dos vasos sanguíneos • Túnica intima: endotélio; nos vasos maiores possui uma camada subenditelial de tecido conjuntivo e uma lâmina elástica interna. • Túnica média: constituída por fibras musculares lisas; nas artérias e veias e maior calibre, possui fibras de colagénio e folhetos fenestrados de fibras elásticas em toda a túnica e particularmente na porão mais externa. Inexistente nos capilares. • Túnica adventícia: tecido conjuntivo com muito colagénio (tipo I) e algumas fibras elásticas. Podem surgir algumas fibras musculares lisas nos vasos de grande calibre. Endotélio • Camada delgada de epitélio simples pavimentoso de origem mesodérmica, que reveste o interior dos vasos sanguíneos, linfáticos e do coração • As células são alongadas longitudinalmente segundo o eixo do vaso, com núcleos centrais muito achatados e organelos adaptados a funções secretoras e sinalizadoras Capilares• Contínuos: sem fenestrações, com pregas e vesiculas de pinocitose. Ocorrem nos tecidos muscular, conjuntivo e nervoso. • Fenestrados: Papel de regulação na micropinocitose e difusão. Ocorrem nos glêndulas endócrinas, intestino e rim. • Sinusóide: Lâmina basal incompleta, sem diafragma, células endoteliais perfuradas. Ocorrem no figado, medula ossea e baço. Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-do-livro-junqueira-carneiro-histologia-basica P á g i n a | 35 Microcirculação • Anastomoses arterio venosas: contacto direto entre as artérias e as veias. • No fim das arteríolas há um esfíncter que pode fechar. • Artérias têm um lúmen mais pequeno do que as veias. • A túnica média das artérias tem uma grande quantidade de músculo liso. • As veias têm válvulas e uma parede fina. Vasos linfáticos Aparelho Digestivo I O sistema digestivo consiste no trato digestivo (cavidade oral, esôfago, estômago, intestinos delgado e grosso) e suas glândulas associadas (glândulas salivares, fígado e pâncreas). Sua função é obter as moléculas necessárias para a manutenção, o crescimento e as demais necessidades energéticas do organismo a partir dos alimentos ingeridos. Cavidade oral A cavidade oral é revestida por um epitélio pavimentoso estratificado, queratinizado ou não, dependendo da região. A camada queratinizada protege a mucosa oral de agressões mecânicas durante a mastigação e pode ser observada na gengiva e no palato duro. A lâmina própria nessas regiões contém várias papilas e repousa diretamente sobre o periósteo. Epitélio pavimentoso não queratinizado reveste o palato mole, lábios, bochechas e o assoalho da boca. A lâmina própria tem papilas similares às observadas na derme e é contínua com a submucosa, que Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 P á g i n a | 36 contém glândulas salivares menores distribuídas difusamente. Nos lábios observa-se uma transição do epitélio oral não queratinizado para o epitélio queratinizado da pele. O palato mole contém, no seu centro, músculo estriado esquelético e numerosas glândulas mucosas e nódulos linfoides na submucosa. Língua A língua é uma massa de músculo estriado esquelético revestida por uma camada mucosa cuja estrutura varia de acordo com a região. As fibras musculares se entrecruzam em três planos; estão agrupadas em feixes, geralmente separados por tecido conjuntivo. A camada mucosa está fortemente aderida à musculatura, porque o tecido conjuntivo da lâmina própria penetra os espaços entre os feixes musculares. A superfície ventral (inferior) da língua é lisa, enquanto a superfície dorsal é irregular, recoberta anteriormente por uma grande quantidade de eminências pequenas denominadas papilas. O terço posterior da superfície dorsal da língua é separado dos dois terços anteriores por tuna região em forma de "V''. Posteriormente a essa região, a superfície da língua apresenta saliências compostas principalmente por dois tipos de agregados linfoides: pequenos grupos de nódulos e tonsilas linguais, nas quais os nódulos linfoides se agregam ao redor de invaginações da camada mucosa denominadas criptas. Dente Em humanos adultos normalmente existem 32 dentes permanentes. Esses dentes estão dispostos em dois arcos bilateralmente simétricos nos ossos maxilar e mandibular, com oito dentes em cada quadrante: dois incisivos, um canino, dois pré-molares e três molares permanentes. Vinte desses dentes permanentes são precedidos por dentes decíduos (de leite); os restantes (molares permanentes) não têm precursores decíduos. Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-do-livro-junqueira-carneiro-histologia-basica P á g i n a | 37 Estrutura do dente • O dente é constituído por uma porção que se projeta acima da gengiva - coroa - e por uma ou mais raízes que ocupam o alvéolo do maxilar. • A região de transição entre a coroa e a raiz denomina-se colo. • O dente apresenta uma cavidade central - cavidade pulpar - cuja forma se assemelha à do próprio dente. • A cavidade pulpar prolonga-se para as raízes terminando por um orifício - foramen apical - através do qual passam os vasos e nervos. • O ligamento periodontal é uma estrutura fibrosa que envolve as raizes fixando-as ao alvéolo. • A constituição do dente pode ser sistematizada em tecidos moles e tecidos duros Tecidos duros • Dentina- um tecido conjuntivo calcificado que rodeia a cavidade pulpar. • Esmalte- que cobre a dentina na coroa e constitui a coroa anatómica; • Cemento- o qual cobre a dentina desde o colo ao foramen apical e forma a raiz anatómica. Tecidos moles • Polpa - que preenche a cavidade pulpar; • Membrana periodontal - entre o cemento e o osso alveolar; • Gengiva O esmalte é sintetizado a partir de ameloblasto e a dentina e a pré-dentina é sintetizada a partir do odontoblasto. O dente liga-se ao osso pelo ligamento periodontal. Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 P á g i n a | 38 Organização geral do tubo digestivo 1. Mucosa Há 4 zonas do tubo digestivo em que a mucosa sofre transição abrupta: • Junção gastro-esofágica. • Junção gastro-duodenal. • Junção ileo-cecal. • Junção recto-anal. Há 4 tipos básicos de mucosa encontrados no tubo digestivo, que podem ser classificados de acordo com a sua função principal: • Protectora (cavidade oral, faringe, esófago e canal anal) • Secretora (estômago) • Absortiva (intestino delgado) • Absortiva/protectora (intestino grosso) 2. Submucosa • Constituída por tecido conjuntivo laxo. • Sustenta a mucosa e fixa-a à parede muscular. • Apresenta vasos e nervos de grande calibre que suprem a mucosa. • Tem agregados linfocitários e folículos linfóides que constituem o GALT - "Gut- associated lymphoid tissue". • Numerosos gânglios parassimpáticos estão espalhados por toda a submucosa, formando o plexo submucoso (de Meissner). 3. Muscular • A túnica muscular contém na maior parte dos casos músculo liso. • Apresenta uma camada circular interna e uma camada longitudinal externa, em quase todo o tubo digestivo. • No estômago há uma camada interna oblíqua de músculo. Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-do-livro-junqueira-carneiro-histologia-basica P á g i n a | 39 4. Adventícia • Túnica mais externa da parede do tubo digestivo. • É constituída por tecido conjuntivo laxo. • Normalmente contém grandes quantidades de tecido adiposo • Conduz os principais vasos e nervos. Aparelho Digestivo II Glândulas gástricas A mucosa liberta várias hormonas e mediadores neuroendócrinos que atuam de forma endócrina, parácrina e neurócrina. Funções • Regulação da secreção enzimática, metabolismo eletrolítico e hidrolítico • Regulação da motilidade, peristaltismo e crescimento da mucosa • Regulação da libertação de outras hormonas • Sensação de saciedade após refeições • Células mucosas • Células parietais – produzem ácido clorídrico • Células principais – secreção proteica, muitas enzimas e células basófilas Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 P á g i n a | 40 Intestino Delgado Aumento da superfície de absorção. É o sítio terminal de digestão dos alimentos, absorção de nutrientes e secreção endócrina. No duodeno são encontradas as glândulasde Brunner nas quais são encontradas na camada submucosa do duodeno, secretam um muco alcalino contendo bicarbonato com função de ajudar na neutralização do pH ácido do quimo. As placas de Peyer são agregados de nódulos linfáticos na submucosa do íleo. Plicae circularis Vilosidades Microvilosidades (válvulas de Kerckring) 10x 20x 3x Aumento da superfície total da mucosa = maior eficiência na absorção através de: 1. Plicae/ pregas circulares ou válvulas de Kerkring 2. Vilosidades intestinais 3. Glândulas e criptas de Lieberkuhn, com enterócitos 4. Microvilosidades na superfície apical dos enterócitos Vascularização da mucosa • 2 sistemas capilares o Plexo capilar viloso: nutre a vilosidade e porção superior das criptas o Plexo capilar pericriptal: nutre a vilosidade e a porção inferior das criptas Ambos drenam para as vénulas submucosas. Quilíferos (vaso central linfático) no centro da vilosidade: ramificações rodeiam folículos linfoides na submucosa. Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-do-livro-junqueira-carneiro-histologia-basica P á g i n a | 41 Vascularização da mucosa Esófago É um tubo muscular com função de transportar o alimento para o estômago. A mucosa esofágica é revestida por um epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado, sua lâmina própria é composta por glândulas esofágicas da cárdia e glândulas esofágicas por toda a camada submucosa. Na parte proximal a camada muscular consiste exclusivamente de fibras estriadas esqueléticas, na porção média há uma mistura de musculatura estriada esquelética e lisa, finalmente na porção distal teremos células musculares lisas. Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 P á g i n a | 42 Estomago Este órgão é responsável pela digestão parcial dos alimentos e secreção de enzimas e hormônios (funções exócrinas e endócrinas). É formado pelo tecido epitélio cilíndrico simples muco secretor, apresentam fossetas ou criptas gástricas que são invaginações do epitélio de revestimento para dentro da lâmina própria e junções oclusivas que agem como barreira contra o líquido do ácido do estômago (suco gástrico). No estômago são identificadas quatro regiões: cárdia, fundo, corpo e piloro. A cárdia é uma banda circular estreita encontrada na transição entre o esôfago e o estômago. Sua mucosa contém glândulas tubulares simples ou ramificadas, denominadas glândulas da cárdia. O fundo e corpo apresentam glândulas tubulosas ramificadas que são as glândulas gástricas ou fúndicas. O piloro possui fossetas gástricas profundas, nas quais as glândulas pilóricas tubulosas simples ou ramificadas. Intestino Grosso É constituído pelo: ceco, cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmóide, reto e ânus. A camada mucosa não tem pregas, exceto em sua porção distal (reto), nem vilosidades. Apresentam grande quantidade de células caliciformes, pequenas quantidades de células enteroendócrinas e no intestino grosso não tem células de Paneth. A camada muscular longitudinal externa é bem mais desenvolvida que no intestino delgado devido às fibras se congregarem em três faixas espessas chamadas tênias do colo. A serosa é caracterizada por pequenos apêndices pedunculados formados por tecido adiposo- apêndice epiplóicos. Na região anal, a camada mucosa forma uma série de dobras longitudinais, as colunas retais. Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-do-livro-junqueira-carneiro-histologia-basica P á g i n a | 43 Apêndice O apêndice é um divertículo do ceco, apresenta um lúmen irregular, pequeno e estreito devido à presença de nódulos linfoides abundantes em sua parede. Tem uma estrutura parecida com a do intestino grosso, mas o apêndice possui glândulas intestinais menores e menos numerosas e não possui tênias do cólon. Glândulas anexas ao Tubo Digestivo Os órgãos associados ao trato digestivo incluem as glândulas salivares, o pâncreas, o fígado e a vesícula biliar. Glândulas salivares São glândulas exócrinas que produzem saliva - fluido que tem funções digestivas, lubrificantes e protetoras. Além das glândulas pequenas dispersas pela cavidade oral, existirem três pares de glândulas salivares maiores: as glândulas parótida, submandibular {submaxilar) e sublingual. O parênquima dessas glândulas consiste em terminações secretoras e em sistema de duetos ramificados que se arranjam em lóbulos, separados entre si por septos de tecido conjuntivo que se originam da cápsula. As terminações secretoras têm dois tipos de células secretoras - serosas ou mucosas. As células serosas têm, em geral, um formato piramidal, com uma base larga que repousa sobre uma lâmina basal e um ápice com microvilosidade pequenos e irregulares. • Núcleo é redondo basal • RER é bem desenvolvido • Polo apical do citoplasma contém grânulos de secreção contendo proteínas (enzimas) • Presença de canalículos intercelulares secretórios • As células estão unidas no seu domínio apical por junções apertadas e aderentes, formando uma unidade esférica denominada de ácino. Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 P á g i n a | 44 As células mucosas apresentam, em geral, um formato cuboide ou colunal. • Forma cilíndrica • Núcleo comprimido na base da célula • Citoplasma repleto de vesiculas contendo mucigénio • As células estão unidas por junções apertadas e frequentemente organizam-se em túbulos. Glândulas mistas • Componentes secretórios mistos, com unidades tubulo-acinares com células secretoras mucosas e serosas. • Quando predominam as células serosas são classificadas glândulas mistas predominantemente serosas. • No caso de predominarem as células mucosas denominam-se glândulas mistas predominantemente mucosas. • Aglomerados de células serosas em forma de crescente lunar a revestir externamente alguns túbulos mucosos – crescentes de Gianuzzi. Ductos ou peças intercalares • Constituem o inicio do sistema excretor da glândula salivar. • São revestidos por epitélio cubico simples e têm lúmen estreito. Ductos ou canais estriados • Vários ductos intercalares convergem para formar os canais estriados. • São revestidos por epitélio cilíndrico simples. • Especializações associadas com transporte ativo de iões: invaginações da membrana plasmática basolateral alinhadas com numerosas mitocôndrias. Canais interlobulares • Os ductos intralobulares convergem para formar os ductos excretores interlobulares, localizados nos septos de tecido conjuntivo. • O seu revestimento combina vários tipos epiteliais, incluindo cúbico ou cilíndrico estratificado, e pseudoestratificado cilíndrico, distribuídos em nenhum padrão aparente. • O ducto principal de cada glândula é revestido por epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado. Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-do-livro-junqueira-carneiro-histologia-basica P á g i n a | 45 Células mioepiteliais • Células contrateis localizadas entre as células secretoras e a lâmina basal. • Também são encontradas nos ductos proximais. • A sua contração auxiliaa libertação dos produtos de secreção e sua movimentação através dos ductos. Glândula parótida • Glândula acinosa composta, exclusivamente serosa. • Contém grânulos de secreção ricos em proteínas e elevada atividade de amílase. • Responsável pela produção de cerca de 25% do total da saliva. Glândula submandibular • Glândula tubulacinosa mista composta, principalmente com ácinos serosos, mas com muitas unidades secretoras tubulacinosas mistas. • As células serosas das unidades mistas formam os crescentes de Gianuzzi. • As células serosas segregam, para além de alfa- amílase e proteínas ricas em prolina, outras enzimas, incluindo a lisozima. • As células mucosas segregam mucinas glicosiladas ricas em ácido siálico e sulfatos. Glândula sublingual • Glândula tubuloacinosa mista composta, principalmente com células mucosas, mas com unidades secretoras tubuloacinosas mistas. • É a menor das principais glândulas • A principal secreção são as mucinas glicosiladas. • As poucas células serosas, presentes nos crescentes de Gianuzzi, adicionam alfa- amílase e lisozima à secreção. Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 P á g i n a | 46 Saliva Pâncreas • Glândula exócrina (ácinos) e endócrina (ilhéus de langerhans- 2% de volume). • Produz enzimas digestivas e hormonas. • Revestido por uma camada delgada de tecido conjuntivo, mas sem uma cápsula propriamente dita. • Septos de tecido conjuntivo separam o parênquima em lóbulos. Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-do-livro-junqueira-carneiro-histologia-basica P á g i n a | 47 Fígado O fígado é o maior órgão interno, pesando cerca de 2% do peso corporal. Possui uma fina cápsula de Glisson e mesotélio do peritoneu visceral. • Secreção de componentes biliares. • Síntese e secreção endócrina das principais proteínas do plasma, incluindo a albumina, fibrinogénio, apolipoproteínas, transferrina e muitas outras. • Conversão de aminoácidos em glicose (gliconeogénese). • Degradação e conjugação de toxinas ingeridas, incluindo fármacos. • Armazenamento de glicose em grânulos de glicogénio e de triglicerídeos em pequenas lipídicas. • Armazenamento de vitamina A e outras vitaminas lipossolúveis. • Remoção de eritrócitos velhos (células de Kupffer). • Armazenamento de ferro em combinação com a proteína ferritina. Hepatócito • Unidade funcional do fígado, formando o parênquima hepático. • Células epiteliais grandes, cúbicas ou poliédricas. • Núcleos grandes esféricos centrais com aglomerados cromáticos. • Alguns hepatócitos são binucleados. • RER abundante responsável pela síntese de proteínas plasmáticas. • REL abundante e uniformemente distribuído por todo o citoplasma- contém os sistemas enzimáticos para a biotransformação ou desintoxicação de substâncias no sangue, excretadas depois na bile. Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 P á g i n a | 48 Espaço de Disse • Espaço perisinusoidal existente entre as capilares sinusoides e a superfície sinusoidal dos hepatócitos. • Contém fibras de colagénio tipo I, II e IV. • A superfície sinusoidal dos hepatócitos possui microvilosidades orientadas para este espaço. • Células de Ito e Kupffer. Células de Kupffer • Macrófagos especializados residentes do fígado. • Citoplasma abundante, vacuolizado, repleto de lisossomas, fagossomas e fagolisossomas. • Núcleo grande, oval e de localização excêntrica. • Reconhecem e fagocitam eritrócitos envelhecidos, libertando hemo e ferro para a reutilização ou armazenamento. • Têm também como função a vigilância imunológica. Células de Ito • Também chamadas células perisinusoidais e atualmente designadas por células estreladas hepáticas (HSC) • Origem mesenquimatosa • Contém um número considerável de vesiculas lipídicas no citoplasma para armazenamento de vitamina A e outras vitaminas lipossolúveis. Vesícula Biliar • Armazena bílis produzida pelos hepatócitos • Concentra a bílis através da reabsorção de água e eletrólitos • Liberta a bílis no duodeno em resposta à estimulação nervosa e colescitocinina. • Tem várias camadas: mucosa, muscular plexiforme e adventícia ou serosa. Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-do-livro-junqueira-carneiro-histologia-basica P á g i n a | 49 Glândulas Endócrinas As hormonas são moléculas que agem como sinalizadores químicos. Estas são liberados por células especializadas chamadas endócrinas (Secretam "para dentro” ao contrário das células de glândulas exócrinas, cuja secreção é levada por meio de duetos excretores a uma cavidade ou à superfície do corpo. Células endócrinas unem-se formando glândulas endócrinas, em que se organizam geralmente sob forma de cordões celulares. Uma exceção notável é a glândula tireóidea, cujas células são organizadas como pequenas esferas, chamadas folículos. Além das glândulas endócrinas, há muitas células endócrinas isoladas, como as células endócrinas encontradas no trato digestivo. Princípios gerais do funcionamento do sistema endócrino Hormona: produzida por células especializadas, atua em células-alvo e contribui para manter a homeostasia. Homeostasia: processos biológicos ocorrem em equilíbrio dinâmico do meio interno, cuja constância é essencial à vida. Endocrinologia: especialidade médica que estuda e trata disfunções do sistema endócrino. Mecanismos de ação hormonal • Autócrino – liberta e afeta a si mesmo. • Parácrina - células vizinhas. • Endócrina – para o sangue. Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 P á g i n a | 50 Hipófise A hipófise é um pequeno órgão que se liga ao hipotálamo, situado na base do cérebro, por um pedículo. Consiste, na realidade, em duas glândulas: a neuro- hipófise e a adeno-hipófise, unidas anatomicamente e tendo funções diferentes, porém interrelacionadas. A neuro-hipófise, a porção de origem nervosa, consta de uma porção volumosa - a pars nervosa -, e do seu pedículo de fixação que dá continuidade com o hipotálamo. A porção originada do ectoderma - a adeno-hipófise - não tem conexão anatômica com o sistema nervoso. É subdividida em três porções: a primeira, a mais volumosa, é a pars distalis ou lobo anterior; a segunda é a porção cranial que abraça o infundíbulo, denominada pars tuberalis; a terceira, denominada pars intermedia, é uma região rudimentar na espécie humana, intermediária entre a neuro-hipófise e a pars dista/is, separada desta última pela fissura restante da cavidade da bolsa de Rathke. Ao conjunto de pars nervosa e pars intermedia também se dá o nome de lobo posterior da hipófise. A glândula é revestida por uma cápsula de tecido conjuntivo, contínua com a rede de fibras reticulares que suporta as células do órgão. Hipotálamo- hipófise Em virtude de sua origem embriológica e de seu sistema porta-hipofisário, a hipófise mantém com o hipotálamo importantes relações anatômicas e funcionais. Por essa razão esse conjunto de estruturas é denominado sistema hipotálamo-hipofisário. Há no sistema hipotálamo-hipofisário pelo menos três locais em que são produzidos diferentes grupos de hormonas. Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-do-livro-junqueira-carneiro-histologia-basicaP á g i n a | 51 Hormonas hipofisárias e respetivos alvos Hipófise posterior (neurohipófise) O lado posterior é conectado à parte do cérebro chamada de hipotálamo através do infundíbulo. As hormonas são produzidas nos corpos celulares dos nervos posicionados no hipotálamo, e são então transportadas pelos axônios das células nervosas em direção à hipófise posterior. As hormonas secretadas pela hipófise posterior são: • Oxitocina que vem do núcleo paraventricular do hipotálamo. • Hormona antidiuréticoa (ADH – também conhecida como vasopressina e AVP, arginina vasopressina), que vem do núcleo supraóptico do hipotálamo Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 P á g i n a | 52 Hipófise anterior (Adenohipófise) O lobo anterior é derivado do ectoderma oral e é composto de epitélio glandular. Através da conexão vascular da hipófise anterior com o hipotálamo, o hipotálamo integra sinais estimulatórios e inibitórios centrais e periféricos para os cinco tipos fenotipicamente distintos de células da hipófise. As hormonas hipotalâmicas viajam até o lobo anterior por um sistema especial de capilares, chamados de vasos portais hipotalâmico-hipofisários. Tiroide A tiroide produz a tiroxina (t4), que controla a velocidade de metabolismo do corpo. Se ocorrer hipertireoidismo, isto é, funcionamento exagerado da tiroide, todo o metabolismo fica acelerado: o coração bate mais rapidamente, a temperatura do corpo fica mais alta que o normal e consequentemente, a pessoa emagrece porque gasta mais energia. Esse quadro favorece o desenvolvimento de doenças cardíacas e vasculares, pois o sangue passa a circular com maior pressão. Pode ocorrer o bócio, ou seja, um “papo” causado pelo crescimento exagerado da tiroide. Também pode aparecer a exoftalmia, isto é, os olhos ficam “saltados”. Hormona da hipófise anterior Hormona hipotalâmico Corantes (tipo) Tipo de célula crescimento secreção causada pelo GHRH (liberador da hormona de crescimento) acidófilo somatotropo prolactina secreção INIBIDA pela DA (dopamina, “prolactin inhibiting factor”/PIF) acidófilo lactotropo folículo-estimulante secreção causada pelo GnRH (liberador de gonadotrofina) basófilo gonadotropo luteinizante secreção causada pelo GnRH ( liberador de gonadotrofina) basófilo gonadotropo estimulante da tireóide secreção causada pelo TRH (liberador de tireotrofina) basófilo tireotropo adrenocorticotrófico secreção causada pelo CRH (liberador de corticotrofina) basófilo corticotropo endorfinas – – – Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-do-livro-junqueira-carneiro-histologia-basica P á g i n a | 53 Se a tiroide trabalha menos ou produz menor quantidade de tiroxina que o normal, ocorre o hipotireoidismo, e o organismo também altera: o metabolismo torna-se mais lento; algumas regiões do corpo ficam inchadas; o coração bate mais vagarosamente; o sangue circula mais lentamente; a pessoa gasta menos energia; tornando-se mais propensa à obesidade; as respostas físicas e mentais tornam-se mais lentas. Também produz T3, que é 5 vezes mais potente que a T4. E ainda, calcitonina que aumenta o cálcio no osso. Paratiroide As glândulas paratiroides são dois pares de glândulas endócrinas que se situam atrás ou embebidas na glândula tiroide que produzem paratormona (PTH) - a hormona principal da regulação da concentração de cálcio no sangue (promove a sua libertação). Em casos raros as glândulas paratireoides estão localizados dentro da glândula tiroide. Suprarrenal ou Adrenal As suprarrenais, também conhecidas com adrenais, são duas glândulas, que como diz o nome, localizam-se em cima dos rins. As adrenais exercem importantes funções no organismo através da produção das suas hormonas. As principais são: • Cortisol: É chamada hormona do stress. Uma das suas principais ações é garantir glicose (açúcar = energia) para as células, seja antagonizando a insulina ou estimulando a transformação de gorduras e proteínas em glicose. Também age modulando nosso sistema imune (sistema de defesa contra infeções). • Aldosterona: Age no rim controlando os níveis de sódio e potássio na urina e no sangue. É uma das principais hormonas no controle da pressão arterial. • Adrenalina: É mais uma hormona do stress. Promove aumento da frequência cardíaca, da pressão arterial, do aporte de sangue para os músculos, aumenta a glicose disponível para as células e dilata as pupilas. Se o cortisol prepara o corpo para aguentar o stresse, a adrenalina promove os meios para o corpo atacar ou fugir do mesmo. • Androgénios e estrogênios: São respetivamente os hormônios masculinos e femininos. Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 P á g i n a | 54 Pâncreas O pâncreas é uma glândula do sistema digestivo e endócrino (dos animais vertebrados). Ele é tanto exócrino (secretando suco pancreático que contém enzimas digestivas) quanto endócrino (produzindo muitas hormonas importantes, como a insulina, glucagina e somatostatina). O pâncreas endócrino é composto de aglomerações de células especiais denominadas ilhotas de Langerhans. O “cansaço” crónico destas células leva ao aparecimento da diabetes no pâncreas. Existem quatro tipos de células nas ilhotas de Langerhans. Elas são relativamente difíceis de se distinguir ao usar técnicas normais para corar o tecido, mas elas podem ser classificadas de acordo com sua secreção: Nome das células Produto % das células da ilhota Função células beta Insulina e Amilina 50-80% reduz a taxa de açúcar no sangue células alfa Glucagon 15-20% aumenta a taxa de açúcar no sangue células delta Somatostatina 3-10% inibe o pâncreas endócrino células PP Polipeptídeo pancreático 1% inibe o pâncreas exócrino Epífise Esta glândula é revestida externamente pela pia-máter, de onde partem septos conjuntivos levando vasos sanguíneos e fibras nervosas amielínicas. Os pinealócitos ocupam cerca de 95% da glândula com seus núcleos grandes e irregulares, eles são responsáveis pela síntese da hormona que controla os ciclos biológicos, a melatonina. Células intersticiais gliais, os astrócitos também são visualizados entre os pinealócitos por apresentarem seus núcleos achatados e bem corados. Aparelho Urinário O aparelho urinário é formado pelos dois rins, dois ureteres, a bexiga e a uretra. A urina é produzida nos rins, passa pelos ureteres até a bexiga e é lançada ao exterior pela uretra. Esse aparelho contribui para a manutenção da homeostase, produzindo a urina, por meio da qual são eliminados diversos resíduos do metabolismo e água, eletrólitos e não eletrólitos em excesso no meio interno. Essas funções se realizam nos túbulos uriníferos por meio de um processo complexo que envolve filtração, absorção ativa, absorção passiva e secreção. Baixado por Saulo Frota (saulofrota@gmail.com) lOMoARcPSD|12277536 http://pt.wikipedia.org/wiki/Ilhotas_de_Langerhans http://pt.wikipedia.org/wiki/Diabetes http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula_beta https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-do-livro-junqueira-carneiro-histologia-basica P á g i n a | 55 Vascularização Os rins são supridos pela artéria renal, que se origina da aorta. A artéria renal divide-se no hilo, em um ramo anterior e um ramo posterior. Estes, dividem- se em várias artérias segmentares que irão irrigar vários segmentos do rim. Essas artérias, por sua vez, dão origem às artérias interlobares, que na junção cortiço- medular dividem-se para formar as artérias arqueadas e posteriormente
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