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Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 Imunodeficiências Primárias Esses distúrbios são determinados geneticamente; podem ocorrer de modo isolado ou como parte de alguma síndrome. As imunodeficiências primárias se manifestam tipicamente na infância por infecções anormalmente frequentes (recorrentes) ou incomuns. Cerca de 70% dos pacientes têm < 20 anos de idade no início do distúrbio; como a transmissão é muitas vezes ligada ao X, 60% são do sexo masculino. As imunodeficiências primárias são classificadas pelo componente principal do sistema imunitário que está deficiente, ausente ou defeituoso: Imunidade humoral Imunidade celular Imunidade humoral e celular combinada Células fagocíticas Proteínas do sistema complemento Secundárias ou Adquiridas Desnutrição; Hipovitaminose A; Infecção por HIV/AIDS; Diabetes mellitus; Nefropatias; Neoplasias; Drogas (corticosteroides, imunossupressores, quimioterápicos); Agentes imunobiológicos; Doenças autoimunes; Esplenectomia; Anemia falciforme *Staphylococcus aureus Nutrição - A leptina (produzida por células adiposas) – níveis séricos proporcionais à massa de gordura corporal; tem atividade pró-inflamatória, estimula fagocitose, e expressão de IL-6 e TNFα, ativação de Th1. Altos níveis de leptina – doenças autoimunes Níveis muito baixos (inanição) –redução da resposta inflamatória, atividade de macrófagos, alteração de perfil Th1para Th2 Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 Imunossupressão iatrogênica: Fármacos hemoterápicos para pacientes com câncer impedem ou diminuem a proliferação de células, incluindo linfócitos maduros e em desenvolvimento, bem como para outros precursores de leucócitos. Os tumores de medula óssea → imunodeficiência Ausência do baço aumenta a susceptibilidade a infecção por alguns organismos, especialmente bactérias encapsuladas, como Streptococcus pneumoniae. Esta susceptibilidade aumentada deve-se, em parte, ao defeito na eliminação fagocitária de microrganismos opsonizados e, em parte, deve-se às respostas de anticorpos defeituosas resultantes da ausência de células B da zona marginal. AIDS Imunossupressão intensa associada com infecções oportunistas, neoplasias secundárias e manifestações neurológicas; Epidemiologia: homossexuais ou bissexuais masculinos; usuários de drogas intravenosas; hemofílicos; receptores de sangue e derivados; contatos heterossexuais; vias de transmissão: contato sexual, inoculação parenteral e mãe-filho. Etiologia: causada pelo HIV (retrovírus humano) Estrutura do vírus: 2 cópias de RNA 3 enzimas: o Protease o Transcriptase reversa o Integrasse p7/p9 – nucleocápside p24 – capsídeo, Ag mais facilmente detectado; diagnóstico p17 – proteína da matriz que rodeio o core gp120 e gp 41 – externa e transmembranar (respectivamente) – fundamentais para a infecção. Os Lentivírus, incluindo o vírus HIV tendem a desencadear uma infecção latente de longo prazo nas células e efeitos citotóxicos de curto prazo causando doenças potencialmente fatais de progressão lenta, que incluem síndromes de emaciação e degeneração do SNC. Dois tipos de HIV são identificados (HIV-I e HIV-II). O HIV-1 é a causa mais comum de AIDS; O HIV-2, que é diferente na sua estrutura genômica, causa uma forma de AIDS de progressão mais lenta do que a doença desencadeada pelo HIV-1. Transmissão: Sexual Sangue e Hemoderivados o Transfusão, agulhas, transplantes Materno-fetal o Gestação, Parto ou Leite Materno Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 Patogenia: Alvos: sistema imunológico e SNC; Imunopatogenia da doença do HIV o Perda de células TCD4+, receptor com grande afinidade ao HIV; o No início, há grave infecção das células T CD4+ nos tecidos linfoides; Defeitos qualitativos nas células T; Infecção de monócitos e macrófagos principalmente teciduais, sendo utilizados como reservatório e proteção para o HIV; Ação sobre macrófagos – tidos como importante reservatório da infecção, como meio de transporte para outros tecidos, como o cérebro. Função apresentadora de antígeno parece não ser comprometida. Células dendríticas foliculares também são reservatório para o HIV. Estas aprisionam grandes quantidades de HIV em sua superfície, em parte por ligação a região Fc de anticorpos revestindo o vírus, constituindo reservatório. Pode gerar perda da função da célula ou morte da célula; Células B são ativadas mas não conseguem apresentar uma resposta de anticorpo ao antígeno novo, tornando os pacientes presas de infecções disseminadas; Ação sobre células TCD4 – forma células gigantes sinciciais, assim como as células dendríticas. Acentuada redução no número principalmente de linfócitos do subtipo Th1. As contagens de linfócitos CD4 possuem valor prognóstico sendo, em geral, inferior a 200 células/µL de sangue por ocasião do diagnóstico da AIDS. Infecção dos tecidos das mucosas → vírus infecta células T CD4+ e células dendríticas; há morte de TCD4 de memória das mucosas → vírus transportado para os tecidos linfoides → disseminação da infecção por todo o corpo → viremia → controle parcial da replicação viral → estabelecimento da infecção crônica → infecção por outros microrganismos → aumento da replicação viral → destruição do tecido linfoide; depleção das células TCD4+ (AIDS) História Natural da infecção pelo HIV Progride em 7 a 10 anos para AIDS; Fase aguda inicial: alto grau de produção do vírus, com sintomas clínicos inespecíficos; Fase média crônica: relativa contenção do vírus com latência clínica, mas linfadenopatia generalizada persistente; Fase final ou de crise: aumenta a replicação viral, queda de células T CD4+ (menos de 200/l) doença clínica com infecções oportunistas, neoplasias secundárias e doença neurológica; Aspectos clínicos Homossexual, masculino jovem (inicialmente), usuário de droga intravenosa, febre, perda de peso, linfadenopatia generalizada, diarreia, Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 infecções oportunistas, doença neurológica (90%); Pneumonia por P. carinii: 70-80% Candidíase da cavidade oral e esôfago: sinal de descompensação; Sarcoma de Kaposi. Morfologia Aspectos patológicos característicos das infecções oportunistas; Adenomegalias: hiperplasia folicular; após ruptura das células dendríticas foliculares: linfonodos atróficos Patogênese Viral - Arboviroses Características Gerais dos Vírus Não apresentam organização celular (acelulares) Não possuem metabolismo próprio Não se reproduzem fora da célula hospedeira São parasitas intracelulares obrigatórios São agentes infecciosos microscópicos Infectam bactérias, protozoários, fungos, plantas e animais Apresentam especificidade celular Capsídeo: envoltório proteico ou camada que envolve o genoma viral (ácidos nucléicos). Tem a função de proteger o ácido nucléico e combinar-se quimicamente com as substâncias presentes na superfície da célula hospedeira. Capsômeros: unidades proteicas que constituem o capsídeo. Nucleocapsídeo: é a combinação do complexo de proteínas com o ácido nucléico. Envoltório ou envelope: membrana de lipídios e proteínas que envolve o capsídeo em algumas partículas virais. Ácidos nucléicos: é o material genético das partículas virais (genoma viral), o qual pode ser DNA e/ou RNA. Contém as informações necessárias para a produção de novos vírus. Vírion: partícula viral completa e infecciosa que encontra-se dispersa no ambiente. Partículas não envelopadas - Constituídos por ácido nucleico (DNA e/ou RNA) e capsídeo (cápsula de proteína) = nucleocapsídeo. Partículas envelopadas – Constituídas por ácido nucleico (DNA e/ou RNA), capsídeo e envelope lipoproteico. Replicação Viral Ciclo lisogênico: o genoma viral é incorporado ao genoma da célulahospedeira, a qual continua a se replicar normalmente. Fase dormente da infecção. Ciclo lítico: o vírus multiplica-se no interior da célula hospedeira, provocando a sua destruição e liberação de inúmeras novas partículas virais, as quais encontram-se prontas para infectarem outras células. Fase virulenta da infecção. Fases: 1. Adsorção o União do vírus ao receptor celular; o Receptores: proteínas, carboidratos ou lipídeos na membrana celular Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 o Suscetibilidade celular – presença de receptor 2. Penetração o Fusão das duas membranas (vírus + célula) o Passagem do material genético para dentro do citoplasma da célula hospedeira o Endocitose: em vírus não envelopados; há invaginação da membrana, fechando-se em volta do vírus; 3. Desnudamento ou Decapsidação o Separação física das proteínas do capsídeo e genoma viral. Após o desnudamento o genoma viral fica livre no citoplasma ou núcleo da célula para o processo de replicação viral. 4. Biossíntese/Replicação o Formação de novas cópias de genoma viral o Síntese das proteínas virais: enzimas associadas ao genoma, proteínas de capsídeo e glicoproteínas de envelope. o Transcrição de genes precoces e depois de proteínas de fase tardia. 5. Morfogênese ou Montagem o As proteínas estruturais se associam formando capsômeros → capsídeo viral onde o ácido nucleico é inserido 6. Liberação o Não envelopados: lise da célula o Envelopados: brotamento ou exocitose Brotamento (envelope da membrana celular) Exocitose (envelope de membrana interna) Arbovírus: vírus transmitidos por picadas de artrópodes hematófagos – alimentam-se de sangue Aedes aegypti (fêmea infectada) Família Flaviviridae: DenV e ZikV Família Togaviridae: ChikV Sintomas: Febre (todas) Erupções cutâneas (+ zika) Artralgia (+ Chikungunya) Síndrome neurológica Síndrome hemorrágica Diagnóstico: exame físico e laboratorial Não existe tratamento específico – cuidado para aliviar os sintomas; ingestão de líquidos, controle da febre e da dor Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 Prevenção: eliminação dos criadouros de mosquito, usar roupas que minimizem a exposição, usar repelentes, inseticidas domésticos e mosqueteiros; instalação de telas em portas e janelas. Dengue: tem 4 sorotipos; a pessoa que adquire um tipo fica imune, mas apenas à aquele sorotipo. Risco de transmissão entre mãe-feto e transfusão sanguínea. Sintomas de 4-10 dias após picada; duram 2-7 dias o Dor abdominal intensa e contínua o Vômitos o Sangramentos o Sonolência o Queda de PA o Dispneia Chikungunya: sintomas de 2-10 dias após a picada; a pessoa infectada pode transmiti-lo para o mosquito até o quinto dia da doença; não há transmissão de pessoa para pessoa; pode haver mãe-feto; transfusão sanguínea o Febre alta o Artralgia simétrica e intensa o Dor no corpo, cabeça o Manchas vermelhas na pele Zika: sintomas desaparecem espontaneamente de 3-7 dias; transmissão mãe-feto; transmissão sexual e por transfusão; o Dor de cabeça o Febre baixa o Artralgia leve o Manchas vermelhas o Coceira na pele o Vermelhidão nos olhos . Circulação Fluxo, Pressão e Resistência Distensibilidade: a elasticidade das artérias acomoda o débito pulsátil do coração, impedindo extremos de pressão das pulsações e gera um fluxo de sangue suave e contínuo através dos vasos sanguíneos muito pequenos dos tecidos. As veias são os vasos mais distensíveis do sistema e pequenos aumentos da pressão venosa fazem com que as veias armazenem 0,5 a 1,0 litro de sangue a mais por isso são um reservatório de grande quantidade de sangue que pode ser utilizado, quando for necessário, em qualquer outra parte da circulação Distensibilidade = aumento de volume / Aumento de pressão x volume original Complacência vascular = aumento de volume/ Elevação da pressão Pressão: Dois fatores principais afetam a pressão de pulso: o débito sistólico cardíaco e a complacência (distensibilidade total) da árvore arterial. Fluxo: o fluxo é intermitente, ocorrendo ou sendo interrompido a cada poucos segundos ou minutos. A causa dessa intermitência é o fenômeno chamado vasomotilidade, que consiste na contração intermitente das metarteríolas e dos esfíncteres pré capilares (às vezes, também das pequenas arteríolas). Regulação da Vasomotilidade: O fator mais importante para a determinação do grau de abertura e fechamento das arteríolas e dos esfíncteres pré capilares é a concentração de oxigênio nos tecidos Controle Local do Fluxo Sanguíneo e Controle Nervoso da Circulação Mecanismos Metabólicos - Controle do Fluxo Sanguíneo a) Controle Agudo Efeito do Metabolismo Tecidual sobre o Fluxo sanguíneo Regulação do Fluxo sanguíneo local: 2 teorias para regulação do fluxo sanguíneo local quando ocorre alterações no metabolismo tecidual: 1) Teoria vasodilatadora: aumenta metabolismo diminui O2 disponível (ou outros nutrientes) → aumento da quantidade de substâncias vasodilatadoras produzidas. Substâncias vasodilatadoras: Adenosina e compostos de fosfato de adenosina; CO2; Ácido Lático; Histamina; Íons K+ e H+ A substância vasodilatadora sofre difusão para os esfíncteres pré-capilares, metarteríolas e arteríolas dilatação. Evidência contra essa teoria: as quantidades de subst. vasodilatadoras produzidas 2) Teoria da Demanda de O2: Evidência contrária: o músculo liso vascular pode permanecer contraído por um longo período de tempo em pequenas concentrações de O2 Papel de outros nutrientes no controle local do fluxo sanguíneo: Glicose - a falta desta substância no sangue pode levar a vasodilatação. Aminoácidos e ácidos graxos Vitaminas do complexo B Hiperemia Reativa - bloqueio do fluxo por algum tempo → uma vez desbloqueado leva ao aumento do fluxo de 4 a 7x o normal. Vasoconstrição Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 Hiperemia Ativa - aumento do metabolismo local (ex: músculo esquelético) → aumento da velocidade do fluxo sanguíneo. Vasodilatação Auto regulação do Fluxo pela Mudança da Pressão Arterial → aumento da Pressão Arterial → aumento do Fluxo Sanguíneo 2 teorias para explicar a regulação aguda Explicam o aumento da vascularização pelo aumento do metabolismo. 1) Teoria Metabólica: aumento do fluxo → maior quantidade de O2 e nutrientes → contração dos vasos → fluxo readquire o valor normal. 2) Teoria Miogênica: distensão dos pequenos vasos provoca contração do músculo liso da parede vascular, regulando o fluxo. Quando há baixas pressões o grau de distensão é menor, o músculo liso relaxa. Mecanismos de dilatação das artérias de grande calibre no aumento do fluxo sanguíneo microvascular - Fator de relaxamento de origem endotelial Mecanismos locais de controle → micro vasos, porém quando há aumento do fluxo nos micro vasos → dilatação nas artérias de maior calibre as células endoteliais que revestem as arteríolas e artérias de pequeno calibre sintetizam substâncias vasodilatadoras (Fator de Relaxamento Derivado do Endotélio - Óxido Nítrico). O óxido nítrico pode ser liberado por outros estímulos como: acetilcolina; bradicinina; ATP, entre outras. b) Regulação a Longo Prazo Mecanismos - a pressão arterial → as dimensões estruturais dos vasos aumentam (ou até o n°) - a pressão arterial → o n° e as dimensões estruturais dos vasos - o metabolismo → aumenta a vascularização - o metabolismo → diminui a vascularização Efeito do O2 na regulação a longo prazo Angiogênese - ocorre em resposta a liberação de fatores angiogênicos. Identificados 12 fatores → os 3 mais conhecidos são: 1) Fator de crescimento de células endoteliais 2) Fator de crescimento de fibroblastos 3) Angiogenina Atuam fazendo com que novos vasos brotem à partir de pequenas vênulas ou capilares por: dissolução da membrana basal das células endoteliais, noponto de brotamento → rápida reprodução das células endoteliais formando cordões dirigidos para a origem do fator angiogênico → as células continuam a se dividir formando um tubo → em contato com outro tubo formam uma alça capilar → invasão de músculo liso na parede. Desenvolvimento da Circulação Colateral Obstrução de uma artéria ou veia formação de canais laterais Efeito de Íons sobre a Circulação Ca++ - Vasoconstritor K+, Mg++, Na+ - vasodilatação Acetato e Citrato - ligeira vasodilatação H+ - dilatação das arteríolas CO2 - ligeira vasodilatação nos tecidos e intensa no cérebro embora atue no centro vasomotor levando a estímulo indireto do sistema simpático vasoconstrição. Regulação Nervosa da Circulação Sistema Nervoso Autônomo Simpático - os nervos simpáticos específicos inervam as vísceras - os nervos espinhais inervam a vasculatura das áreas periféricas Inervação Simpática dos Vasos Sanguíneos Nas pequenas artérias e arteríolas → aumenta a resistência e diminui o fluxo sg Nas veias → diminui o volume o Inervação Simpática para o Coração – no coração todo o Inervação Parassimpática para o Coração – restrito ao átrio Centro Vasomotor – regula a pressão por vasodilatação e constrição Área vasoconstritora Área vasodilatadora Área sensitiva Regulação Humoral da Circulação Norepinefrina e Epinefrina - Vasoconstritor Angiotensina - Vasoconstritora (das mais potentes) Vasopressina (Hormônio Antidiurético) - Vasoconstritor Endotelina - Vasoconstritor (lesão do endotélio) Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 Bradicinina - Vasodilatadora formada no sangue e nos líquidos teciduais → dilatação arteriolar e aumento da permeabilidade capilar. Serotonina - Vasodilatador ou constritor Histamina - Vasodilatador e aumento da permeabilidade capilar Prostaglandinas - a maioria é vasodilatadora Regulação Nervosa da Circulação - Batimentos Excitação pelo SNVA Simpático - aumento a frequência cardíaca e a força contrátil → aumenta o vol. de sg bombeado e a pressão de ejeção aumenta o débito cardíaco A inibição do SNVAS pode diminuir o bombeamento cardíaco em até 30% O SNVA Parassimpático - frequência - força de contração (em 20 ou 30%) → distribuição maior de fibras nos átrios. Controle Simpático e Parassimpático Simpático Frequência de descarga do nodo sinusal vel. de condução Nível de excitabilidade de todo o coração Força de contração Mecanismo - descarga de noradrenalina → acredita- se que ocorra pelo aumento da permeabilidade ao sódio e cálcio. Parassimpático Ritmo do nodo sinusal Excitabilidade das fibras juncionais A-V Mecanismo - acetilcolina aumenta a permeabilidade ao potássio hiperpolarização; torna mais difícil de excitar o coração . Sistema Linfático Via acessória pela qual o líquido pode fluir dos espaços intersticiais para o sangue. Importante transporte de proteínas e material em grandes partículas para fora dos espaços teciduais. Altura da subclávia – drenagem Capilares Linfáticos Terminais e sua Permeabilidade Líquido que sai dos capilares arteriais retorna pelas extremidades venosas dos capilares sanguíneos. Porém cerca de 1/10 deste líquido entra para os capilares linfáticos. Volume de linfa = 2 a 3 l/dia Estrutura dos capilares linfáticos: Formação da Linfa Derivada do líquido intersticial – composição semelhante [ ] de proteínas = 2 g/dl (líquido intersticial) no fígado = 6 g/dl geral = 3 a 5 g/dl O sistema linfático é uma das principais vias de absorção de nutrientes do trato gastrointestinal, principalmente gorduras. Intensidade do Fluxo de Linfa 100 ml/h de linfa fluem pelo ducto torácico 20 ml por outros canais (total = 120 ml/h) → 2 a 3 l/dia Efeito da Pressão do Líquido Intersticial sobre o Fluxo Linfático Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 Fatores que aumentam a pressão do líquido intersticial Pressão capilar aumentada Pressão coloidosmótica plasmática diminuída Proteínas do líquido intersticial aumentada Permeabilidade capilar aumentada Bomba Linfática Bombeamento intrínseco pelos linfáticos coletores e pelos vasos linfáticos maiores Distensão por líquido → contração da musculatura do vaso. Nos canais mais calibrosos (como o canal torácico), a bomba linfática pode gerar pressões de até 25 a 50 mmHg. Bombeamento causado por compressão externa intermitente dos linfáticos Fatores: Contração dos músculos corporais circundantes Movimentos de partes do corpo Pulsações arteriais Compressão dos tecidos por objetos por fora do corpo Difusão de moléculas de líquido e de substâncias dissolvidas entre o capilar e os espaços do líquido intersticial Eosinofilia Leucócitos Agranulócitos o Linfócito o Monócito Granulócitos o Eosinófilo o Basófilo o Neutrófilo Eosinófilos Possuem núcleo bilobulado, grânulos acidófilos Respondem à estímulos quimiotáticos Fagocitam e eliminam complexos de antígenos com anticorpos Possuem ação semelhante aos neutrófilos, importantes nos processos alérgicos e parasitários 1-6% da contagem de leucócitos Eosinofilia O aumento do número absoluto (>500/ml) de eosinófilos é denominado eosinofilia, ou eosinocitose. A eosinofilia participa de resposta imune às parasitoses, em que linfócitos T são estimulados pelos antígenos exógenos e secretam IL-5, que serve como uma estimuladora de eosinófilos (eosinofilopoetina). Eosinofilia Primária Síndrome de hipereosinofilia idiopática: eosinófilos > 1500 ul com danos no órgão alvo Síndrome linfoproliferativa hipereosinofílica: eosinófilos > 1500 ul com perfil imunofenotípico aberrante de células T Síndrome mieloproliferativa hipereosinofílica: eosinófilos > 1500 ul geralmente associada a esplenomegalia e com complicações cardíacas e trombose Eosinofilia episódica associada a angioedema: febre cíclica, prurido, urticária, edema e aumento de IgM Maria Eduarda Zen Biz – 2020.1 Eosinofilia Secundária Parasitas (ascaris, ténia, filária, estrogiloidíase, triquinose, equinococose, schistosoma; protozoários) Doenças alérgicas (asma, f. dos fenos, urticária, edema angioneurótico) Dermatites (psoríase, eczema, pênfigo, etc) Leucemia de eosinófilos Drogas (penicilinas, cefalosporinas, quinolonas entre outras) Tumores (d. Hodgkin, micose fungoide, melanoma, carcinomatose) outras (poliarterite nodosa, sarcoidose, colite ulcerosa, eritema multiforme, etc Parasitoses: Infecções por Ascaris lumbricoides, Necator americanus, Ancylostoma duodenale e Strongyloides stercoralis são muito frequentes no Brasil. Todos esses parasitas fazem ciclo pulmonar e podem causar a síndrome de Loeffler, que é caracterizada pelo acúmulo de eosinófilos nos pulmões em resposta à infecção parasitária. TGI A eosinofilia é diretamente proporcional ao tamanho da carga parasitária. Se houver grande número de parasitas, a eosinofilia pode chegar a mais de 50.000/mL. Ancilostomídeos e S. stercoralis também provocam anemia. Eosinofilia em infecções por. Enterobius vermicularis e Trichuris trichiura é incomum Todos nematódeos teciduais causam eosinofilia, geralmente em quantidade superior a 2.000/uL. Nesse grupo estão Trichinella spiralis e Toxocara canis/catis. Ancylostoma brasiliense e caninus, causam larva migrans cutânea e, caso façam ciclo pulmonar, provocam eosinofilia. Wuchereria bancrofti causa eosinofilia constante. Taenia saginata e T. solium, se estiverem solitárias no intestino, podem causar eosinofilia moderada e inconstante. O mesmo acontece na cisticercose e no cisto hidático (Echinococcus granulosus). Durante a dermatite e na síndrome febril causada pelo Schistosoma mansoni a eosinofilia está presente. Entre os protozoários, somente Dientamoeba fragilise Isospora belli provocam eosinofilia. Forma de ação São fagócitos fracos Destroem complexos antígeno anticorpo mediados principalmente por IgE Os grânulos específicos possuem proteínas que são tóxicas para os parasitas e induzem liberação de histamina pelos basófilos Há ainda uma segunda proteína catiônica que inibe a coagulação, altera a fibrinólise e inibe a proliferação linfocitária Ambas proteínas são neurotóxicas
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