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FISIOPATOLOGIA 1

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Maria Fernanda Moncorvo – T5 
 
1 
 
: 
- Patologia: parte da medicina que estuda as 
origens, sintomas e natureza das doenças; refere-
se as causas subjacentes e fatores responsáveis 
pelo início e progressão da doença 
- Fisiopatologia: estudo do comportamento 
funcional das doenças, observado quando são 
alteradas as funções orgânicas do corpo, 
permitindo conhecer o mecanismo de ação das 
doenças e chegar a suas origens 
- Saúde: um estado de completo bem-estar físico, 
mental e social e não apenas a ausência de 
doença ou enfermidade 
- Doença: estado de adaptação do organismo ao 
ambiente físico, psíquico e social em que vive, de 
modo que o indivíduo se sente bem e não 
apresenta sinais ou alterações orgânicas; 
agressão X adaptação celular 
- A instalação de uma doença depende de 
fatores: 
• Agente patológico: patogenicidade do 
agente nocivo; intensidade e duração do 
estímulo patológico 
• Hospedeiro: da capacidade de adaptação 
(susceptibilidade genética) do hospedeiro 
História Natural da Doença: 
 
- Causas → período de incubação (sem 
manifestações) → período prodrômico (sinais e 
sintomas inespecíficos) → período de estado 
(sinais e sintomas típicos) → evolução (cura com 
ou sem sequela, cronificação, complicações ou 
óbito) 
- Etiologia: causa da doença, podendo vir de uma 
causa genética ou algo adquirido 
 
- Agentes etiológicos: 
 
- Patogenia/ Patogênese: se refere a sequência 
de eventos celulares, bioquímicos e moleculares 
que decorrem da exposição das células ou 
tecidos a um agente lesivo 
- Sinais: são manifestações clínicas visíveis e 
perceptíveis pelo profissional, através de seus 
sentidos naturais 
- Sintomas: manifestações subjetivas percebidas 
pelo paciente e relatadas ao profissional 
- Sintomatologia: conjunto de sinais e sintomas 
- Morfologia macroscópica: cor, consistência, 
forma 
- Morfologia microscópica: alterações patológicas 
celulares e de tecido 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Processos Fisiopatológicos I 
Maria Fernanda Moncorvo – T5 
 
2 
 
- Lesão celular: conjunto de alterações 
bioquímicas e morfológicas que podem 
ocorrer quando o estado de homeostasia é 
perdido devido ao efeito de uma agressão → 
natural ou não 
- Fatores que determinam se a célula se 
adapta ou sofre a lesão: o tipo de agente 
agressor, tempo e intensidade de exposição 
- Etiologia da lesão celular: 
• Hipóxia: privação de oxigênio 
reduzindo a reposição oxidativa 
aeróbica. Ex: DPOC 
• Agentes físicos: traumas, 
temperatura, variação da pressão, 
radiação 
• Agentes químicos: poluentes, drogas, 
inseticidas 
• Agentes biológicos: vírus, bactérias, 
fungos, parasitas 
• Reação imunológica: auto antígenos, 
endógenos 
• Alterações genéticas: doenças 
congênitas, mutações 
• Desequilíbrios nutricionais: 
deficiências e excesso nutricional 
- Resposta à agressão: 
 
• Nem toda agressão resulta em 
alteração morfológica da célula 
• A alteração só aparece quando as 
alterações moleculares e 
morfológicas são suficientemente 
importantes para modificar a 
estrutura das células e dos tecidos 
• A célula possui um ponto de 
reversibilidade que indica se ela se 
recuperará ou se deverá ter morte 
celular programada ➔ apoptose/ 
necrose 
- Mecanismos de defesa: 
• Barreiras mecânicas e químicas 
• Resposta imune inata e adaptativa 
• Reação inflamatória 
• Sistema de reparo de DNA 
• Sistemas enzimáticos detoxificantes 
e antioxidantes 
- Mecanismos gerais de lesão: 
• Privação de oxigênio (depleção de 
ATP 
• Influxo de cálcio de perda da 
homeostase do cálcio 
• Acumulo de radicais livres derivados 
do oxigênio (estresse oxidativo) 
• Lesão da membrana plasmática 
• Lesão mitocondrial 
 
- Depleção do ATP: 
• Causa fundamental da morte celular 
• Se a concentração de ATP nas 
células e nos tecidos diminuir, 
consequentemente haverá 
diminuição de todos os mecanismos 
listados gerando a lesão celular 
Maria Fernanda Moncorvo – T5 
 
3 
 
• A diminuição do ATP pode gerar 
edema celular, alteração do 
metabolismo e queda na síntese 
proteica 
- Edema celular: 
• A falta de O2 na célula gera 
fosforilação oxidativa → sem O2 a 
célula não produz ATP 
• A falta de O2 estimula a glicose 
anaeróbia, o que acaba com o 
estoque de glicogênio no organismo 
produzindo ácido lático diminuindo o 
pH da célula 
• A diminuição do pH causa a 
condensação da cromatina 
• A concentração de Na é muito maior 
no meio extra do que no meio intra 
→ tendência natural do Na de entrar 
na célula 
• O sódio possui um alto poder 
osmótico, de forma que a água 
sempre o acompanhe ➔ a água 
entra na célula por difusão simples de 
forma que o sódio e a água se 
acumulem dentro da célula formando 
o EDEMA CELULAR 
• O edema pode causar um maior 
problema a célula e levar a apoptose 
ou necrose 
- Lesão isquêmica: 
• A restauração rápida do fluxo 
sanguíneo para os tecidos 
isquêmicos pode promover a 
recuperação de células, se elas 
forem reversivelmente lesadas, mas 
também pode exacerbar a lesão e 
causar morte celular 
• A reperfusão tecidual em contato 
com o tecido que sofreu o processo 
lesivo gera radicais livres 
 
 
 
- Dano Mitocondrial: 
• As lesões na mitocôndria levam a um 
aumento na permeabilidade 
mitocondrial 
• Se a permeabilidade das membranas 
da mitocôndria é aumentada há uma 
maior liberação de produtos de 
dentro da mitocôndria para o citosol 
➔ pode causar lesão celular 
- Lesão por liberação de radicais livros do O2 
(ERO): 
• São espécies químicas que têm um 
único elétron não emparelhado em 
um orbital externo 
• Os elétrons não emparelhados são 
altamente reativos e “atacam” e 
modificam moléculas adjacentes, 
tanto substâncias inorgânicas quanto 
orgânicas — proteínas, lipídios, 
carboidratos, ácidos nucleicos 
• Estresse oxidativo: ocorre quando a 
geração de ERO excede a 
capacidade do corpo de neutralizar 
estas moléculas 
- Como de forma ERO: 
• Lesão isquemia reperfusão 
• Lesão química ou radiação 
• Envelhecimento celular 
• Morte de microorganismos durante a 
inflamação 
• Doenças degenerativas 
• Câncer 
- Como se remove ERO: 
• Antioxidantes - bloqueiam ou 
inativam (glutadiona - citosol e 
vitaminas E e A, ácido ascórbico 
• Ferro e cobre - livre (doam elétrons) 
- catalisam o ERO 
• Óxido nítrico 
• Enzimas: Catalase - no peroxissomos 
Maria Fernanda Moncorvo – T5 
 
4 
 
• Superóxidos dismutases - citosol e 
mitocôndria 
- Quando há aumento de Cálcio: 
• Surgirão efeitos patológicos 
extremamente lesivos para as células 
• Haverá a ativação de uma série de 
enzimas que levarão ao início de 
diversos processos metabólicos: 
o ATPases: enzimas que dão 
início a uma série de 
processos metabólicos e 
irão gastar energia para isso, 
portanto os níveis de ATP 
dessa célula irão diminuir 
o Fosfolipases: enzimas que 
degradam lipídeos e irão 
prejudicar a integridade da 
membrana → célula entra 
em processo pró-apoptótico 
o Proteases: enzimas que 
degradam proteínas das 
células de forma que a célula 
passe a perder sua função 
o Endonucleases: enzimas que 
degradam o DNA em pontos 
inespecíficos ➔ problemas 
na cromatina e lesão no 
DNA 
 
- Acúmulo de radicais livres: 
• Esse acúmulo é decorrente de 
processos inflamatórios e 
metabólicos que gera falhas nos 
mecanismos naturais das células 
• As moléculas que possuem EROS 
são moléculas muito instáveis que 
procuram se estabilizar se ligando a 
outras moléculas 
• Quando essas moléculas instáveis se 
ligam a outras moléculas, acabam 
desestabilizando outras moléculas 
• Essa nova molécula instabilizada 
procura outra molécula para se 
estabilizar gerando uma lesão em 
cadeia 
• Ao invés de alguma molécula 
especifica entrar na célula e exercer 
a sua função naturalmente, os 
radicais livres se ligam a lipídeos, 
proteínas e ácidos nucleicos de 
forma que eles exerçam as suas 
funções erroneamente 
- Consequências da lesãode permeabilidade 
à membrana: 
• A abertura dos poros de transição de 
permeabilidade mitocondrial leva a 
diminuição do ATP e a liberação de 
proteínas que disparam estímulos 
para a morte celular por apoptose 
• Perda do equilíbrio osmótico da célula 
e influxo de líquidos e íons, assim 
como a perda do conteúdo celular 
• Lesão as membranas dos lisossomos: 
liberação de enzimas digestivas que 
promovam a disgestão enzimática de 
proteínas, RNA, DNA e glicogênio 
 
 
 
 
Maria Fernanda Moncorvo – T5 
 
5 
 
 
- Degeneração celular: é o acúmulo de 
substâncias por alterações metabólicas no 
citoplasma ou nas organelas das células 
afetadas 
- Existem 4 tipos de degeneração celular: 
degeneração hidrópica, gordurosa, hialina e 
por acúmulo de carboidratos 
- Degeneração Hidrópica: 
• Caracteriza-se pelo acúmulo de água 
no citoplasma, processo de 
tumefação celular (edema 
intracelular) 
• É vista com frequência nas células 
parenquimatosas, principalmente no 
rim, fígado e coração 
• Patogenia: ocorre devido a 
diminuição na síntese de ATP ou por 
alto consumo de ATP, 
consequentemente a bomba de 
Na/K começa a falhar (por não ter 
ATP suficiente para se realizar). 
Ocorre uma retenção de Na no 
citoplasma, deixando escapar K+ e 
com isso há um aumento de água 
citoplasmática e consequentemente 
inchaço da célula 
 
• Agentes capazes de provocar a 
degeneração hidrópica: 
o Hipóxia e desacopladores da 
fosforilação oxidativa 
o Hipertermia 
o Agressões geradas por 
radicais livres 
o Substância inibidoras da 
bomba Na+/K+/ATPase 
- Macroscopicamente: 
• Aumento no peso e volume dos 
órgãos, coloração pálida – 
compressão de pequenos vasos, 
perda do brilho 
- Microscopicamente: 
• Óptica (MO) 
o Leve: células tumefeitas, 
citoplasma de aspecto 
granuloso e redução da 
eosinofilia 
o Avançada: células com 
vacúolos de água no 
citoplasma, podem se 
apresentar balonizadas 
• Eletrônica (ME): bolhas na membrana 
basal celular, aumento de volume RE, 
expansão câmara mitocondrial e 
contração da matriz, condensação da 
cromatina 
- Degeneração Gordurosa (esteatose): 
• Acúmulo de gorduras neutras (TGs) 
em células parenquimatosas (fígado, 
rins, miocárdio, músculo esquelético 
e pâncreas) 
• Etiopatogênese: alterações no 
metabolismo de AGs 
o ↑ captação ou síntese 
o ↑ transporte 
o ↓ oxidação 
o ↓ proteica 
• Mecanismos de esteatose hepática 
por excesso de consumo alcoólico 
Maria Fernanda Moncorvo – T5 
 
6 
 
- Macroscopicamente: 
• Aumento no peso e volume de 
órgãos afetados, aspecto brilhante e 
coloração amarelada, consistência 
amolecida 
- Microscopicamente: 
• Vacúolo de lipídeos no citoplasma 
com expansão de volume e 
deslocamento do núcleo para a 
periferia 
 
- Degeneração Hialina: 
• Ocorre devido a excreção de 
proteínas nas glomerulopatias, as 
proteínas filtradas no glomérulo são 
endocitadas pelas células do epitélio 
tubular 
• Acúmulo de material proteico no 
interior das células 
• Ocorre por: 
o Condensação de filamentos 
de proteína citoesqueleto 
o Acúmulo de proteínas virais 
o Proteínas endocitadas 
- Degeneração Hialina/ Corpúsculo Mallory: 
• Etilismo crônico 
• Esteatohepatite não alcoólica 
• Carcinoma hepatocelular 
• Estresse oxidativo forma os 
agregados de proteínas através de 
peroxidação 
- Corpúsculo de Councilman – Rocha Lima: 
• Hepatócitos em apoptose 
• São encontrados em hepatites virais, 
especialmente na febre amarela 
 
- Corpúsculo de Russell: presente nos 
plasmócitos e localizados na proximidade de 
certos cânceres 
- Amiloidose (alteração hialina): 
• Síndrome agrupando diversas 
patologias que cursam com depósito 
intersticial de substância hialina 
amorfa, causando isquemia e atrofia 
das estruturas adjacentes → causa 
hereditária ou inflamatória 
• Etiologia: associada a diversas 
doenças hereditárias e inflamatórias 
nas quais depósitos extracelulares de 
proteínas fibrilares são responsáveis 
por dano tecidual e 
comprometimento funcional 
o Com o acúmulo progressivo, 
os depósitos invadem e 
produzem atrofia por 
pressão das células 
adjacentes 
• Patogenia: resulta da dobradura 
anormal de proteínas que se tornam 
insolúveis, agregadas, e se depositam 
como fibrilas nos tecidos 
extracelulares 
• Constituição física do amilóide: 
técnica vermelho do congo 
- Tipos de amilóide: 
• Amilóide AL: tipo mais comum de 
amiloidose sistêmica; monômeros 
são fragmentos de cadeias leves de 
Ig; produção exarcebada + defeito 
degradação das cadeias leves 
• Amilóide AA: presente em doenças 
inflamatórias crônicas infecciosas e 
não infecciosas; degradação 
incompleta da SAA gerando 
moléculas insolúveis de AA 
• Β – Amiloide: encontrado no 
Alzheimer; material amiloide forma as 
placas senis 
Maria Fernanda Moncorvo – T5 
 
7 
 
- Lesões celulares que não conseguem voltar 
a homeostasia celular e sofrem morte celular 
- Morte celular: Perda irreversível das 
atividades integradas da célula com 
consequente incapacidade da manutenção de 
seus mecanismos de homeostasia 
- Necrose: expressão morfológica de morte 
celular ocasionada pela desnaturação de 
proteínas e digestão enzimática da célula 
letalmente lesada 
• Lesão progressiva que leva a ruptura 
de organelas liberando conteúdo 
citoplasmática, ativando mecanismos 
de inflamação ➔ primeiro morre 
depois inflama 
• Alterações nucleares: condensação 
da cromatina (picnose) → 
fragmentação da cromatina 
(cariorrexe) → núcleo claro por 
conta da lise (cariólise) 
- Alterações morfológicas na necrose: 
• Citoplasma: eosinofílico, aspecto 
vítreo e presença de vacúolos 
• Núcleo: picnose, cariorrexe, cariólise 
 
 
- Apoptose: forma mais generalizada de 
morte celular na qual a célula é induzida por 
um programa de suicídio regulado que não 
promove a inflamação 
• As células que sofrem apoptose são 
eliminadas silenciosamente ➔ 
através da ativação de caspases, que 
além de degradarem outras 
proteínas, ativam nucleases que 
contribuirão para promover a 
completa lise estrutural 
• Morte programada 
• Fisiológica, mas pode ser patológica 
• MP permanece integra 
• laNão é acompanhada de resposta 
inflamatória 
- Causas fisiológicas da apoptose: 
• Destruição programada das células 
durante a embriogênese e 
metamorfose 
• Involução dos tecidos dependentes 
de hormônios nos adultos 
• Eliminação celular em populações 
celulares em proliferação 
• Morte das células que já cumpriram 
seu proposito 
- Causas patológicas: 
• Lesão celular 
• Atrofia patológica dos órgãos 
parenquimatosos após a obstrução 
ductal 
• Atrofia patológica de tecidos 
hormonais dependentes 
• Morte celular induzida pelas células T 
citotóxicas 
- Características Morfológicas: 
• Retração celular 
• Condensação e fragmentação da 
cromatina 
• Formação de bolhas citoplasmáticas 
e fragmentação dos corpos 
apoptóticos 
Maria Fernanda Moncorvo – T5 
 
8 
 
• Fagocitose de células ou corpos 
apoptóticos por células saudáveis 
adjacentes ou macrófagos 
- Características Bioquímicas: 
• Degradação de proteínas ocorre por 
uma família de proteases – caspases. 
Ativam a DNAases que degradam o 
DNAnuclear 
• Clivagem internucleossomal do DNA 
em fragmentos 
• Alterações da MP permitem o 
reconhecimento das células 
apoptóticas 
- Processo apoptótico: 
 
- Inicialmente a célula diminui 
- A diminuição do volume da célula se dá pelo 
carreamento de água para fora da célula 
devido ao efluxo de potássio 
- O núcleo tende a se fragmentar e há o 
colapso de elementos do citoesqueleto com 
frequência fazendo com que as demais 
organelas se conglomerem em um canto do 
citoplasma 
- O citoplasma ainda com as organelas pode 
se fragmentar em vários corpos apoptóticos 
 
 
- Apoptose Via Intrínseca (mitocondrial): 
• É ativada quando há privação de 
sinais de sobrevivência, lesão no DNA 
ou por proteínas mal dobradas 
• O que determina se acélula vai ou 
não entrar em apoptose é a 
permeabilidade da membrana da 
mitocôndria 
• As proteínas da família BCL2 são 
responsáveis por regular a 
permeabilidade da membrana e 
manter a sua integridade 
• Se a permeabilidade da membrana 
for alterada, proteínas pró-
apoptóticas e caspases são liberadas 
para o citosol levando a célula para a 
morte celular 
• Quando a célula passa por um 
estresse, as proteínas da família 
BCL2 alteram a permeabilidade da 
membrana abrindo canais na 
membrana da mitocôndria e 
permitindo que haja o 
extravasamento de enzimas pró-
apoptóticas que ajudam na ativação 
da caspase fazendo com que a célula 
entre em apoptose 
- Via extrínseca: 
• O receptor de morte da célula se liga 
a uma proteína adaptadora que 
acopla procaspase8, ativando-a 
• A ativação da procaspase8 em 
caspase8 leva a ativação de caspases 
efetoras desencadeando mecanismo 
de apoptose 
• OBS: as caspases 8 e 9 culminam na 
ativação das caspases 3,6 e 7 que 
iniciam o processo de apoptose 
 
 
 
 
Maria Fernanda Moncorvo – T5 
 
9 
 
- Morte ocorrida em organismos vivos 
seguida de autólise → suas próprias enzimas 
digerem as suas estruturas celulares 
- Perda da integridade da membrana que 
causa o extravasamento dos conteúdos 
celulares do meio intra para extra até a lise 
da célula 
- Dissolução das células por degradação 
enzimática originada dos lisossomos 
- Lesão progressiva que leva a ruptura de 
organelas liberando conteúdo citoplasmática, 
ativando mecanismos de inflamação ➔ 
primeiro morre depois inflama 
- Sempre patológico 
- Processo necrótico: 
• Inicialmente a célula aumenta 
• O aumento do volume da célula se 
dá por conta do déficit da produção 
de O2 e ATP, gerando falha na 
bomba que ejeta o sódio para fora 
da célula 
• Começam a ocorrer diversas 
alterações nucleares que geram a 
condensação da cromatina 
• Autólise seguida de inflamação 
• Gera inflamação por conta do 
rompimento da membrana das 
células 
• Os lisossomos perder a capacidade 
de conter as hidrolases no seu 
interior e estas saem para o citosol 
• Hidrolases são ativadas pela alta 
concentração de cálcio 
• Hidrolases capazes de digerir todos 
os substratos celulares 
• Liberadas alarminas, que são 
reconhecidas em receptores 
celulares e desencadeiam uma 
reação inflamatória 
- Macroscopicamente: grandes áreas de um 
tecido ou mesmo um órgão inteiro pode ser 
afetado; padrões diferentes, mas mecanismos 
similares 
- Microscópico: 
• alteração no citoplasma e no núcleo 
• desnaturação de proteínas e 
digestão de componentes 
intracelulares pela ação enzimática 
• incapacidade de manter integridade 
de membranas e liberação de seus 
conteúdos no meio externo = 
inflamação 
• aumento de eosinofilia citoplasmática 
por conta de proteínas desnaturadas 
e RNA 
• aspecto vítreo → partículas de 
glicogênio 
• figuras de mielina 
Tipos de Necrose: 
- Necrose de Coagulação: 
• interrupção do suprimento 
sanguíneo e desnaturação proteica 
• isquemia 
• permanência da arquitetura básica 
dos tecidos 
• bloqueio proteólise 
• macroscopicamente é possível 
perceber uma área esbranquiçada e 
saliente no órgão 
• microscopicamente o citoplasma fica 
totalmente granuloso e rosa, 
ausência de núcleo, presença de 
células inflamatórias; cariólise 
• ex: infarto do miocárdio 
- Necrose Liquefativa: 
• Resultado da digestão das células 
pelas suas próprias enzimas 
• Comum em infecções fúngicas e 
bacterianas ➔ presença de 
Maria Fernanda Moncorvo – T5 
 
10 
 
leucócitos gerando resposta 
inflamatória e ação de enzimas 
• O material necrótico é 
frequentemente amarelo-cremoso 
devido à presença de leucócitos 
mortos (pus) 
• Ex: abcesso 
- Necrose Gangrenosa: 
• Resulta comumente da falta de 
irrigação sanguíneo dos membros 
inferiores ou do intestino 
• Gangrena é uma necrose que sofreu 
ação do ar e/ou de bactérias 
• Frequência em portadores de 
diabetes mellitus ou insuficiência 
arterial periférica de outras causas, 
como aterosclerose ou tromboangite 
obliterante 
• Pode ter aspecto seco ou úmido 
• A necrose gangrenosa seca 
microscopicamente se apresenta 
como uma necrose por coagulação 
• A necrose gangrenosa úmida 
microscopicamente se apresenta 
como uma necrose liquefativa 
- Necrose Caseosa: 
• Se apresenta macroscopicamente 
como uma massa branca, 
semelhante a um queijo 
• Encontrada com frequência em 
casos de infecção pulmonar 
tuberculosa 
• Presença de massa celular amorfa e 
acidófila chamada de granulomas 
- Necrose Gordurosa: 
• Acontece em áreas focais de 
destruição gordurosa ➔ peritônio e 
pâncreas 
• Apresenta macroscopicamente 
pontos conhecidos como “pingos de 
vela” 
• Forma de necrose que acomete os 
adipócitos 
• Geralmente causada por 
extravasamento de lipases e digestão 
de gorduras ➔ resultado da ação de 
enzimas (lipases) que destroem a 
própria estrutura 
• Ou por traumatismo do tecido 
adiposo, que ocasionam ruptura dos 
adipócitos 
- Necrose Fibrinóide: 
• Se caracteriza pela deposição de 
fibrina e de material proteico na 
parede das artérias 
• Acontece na parede dos vasos 
sanguíneos em decorrência de 
reações imunes 
• O antígeno e o anticorpo se juntam 
formando imunocomplexos e 
acabam por se juntar na fibrina 
extravasada do vaso ➔ 
imunocomplexos são depositados 
nas paredes das artérias 
- Necrose Gomosa: 
• Variedade de necrose por 
coagulação 
• O tecido necrosado assume aspecto 
compacto e elástico como borracha 
(goma), ou fluido e viscoso 
• É encontrada na sífilis tardia (goma 
sifilítica) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maria Fernanda Moncorvo – T5 
 
11 
 
- Formação ou acúmulo de pigmentos nos 
diversos tecidos do organismo, podendo ser 
um processo fisiológico ou patológico 
- Os pigmentos desse processo podem ser 
endógenos ou exógenos 
- O acúmulo anormal de pigmento nos 
tecidos indica que a célula sofreu agressões 
- Portanto, uma pigmentação anormal é um 
sinal de perda da homeostase celular 
- Pigmentos endógenos: são produzidos por 
meio da atividade metabólica das células do 
próprio organismo 
- Melanina: 
• Os melanócitos secretores são as 
células responsáveis pela produção 
de melanina após a embriogênese 
• A melanina é produzida e 
armazenada nos melanossomas e 
posteriormente é transferida para os 
processos dendríticos dos 
melanócitos 
• Alterações nos melanócitos podem 
envolver acúmulos patológicos de 
pigmentos, alterações sensoriais, 
autoimunidade e neoplasias 
• Fatores ambientais como a radiação 
ultravioleta e fatores químicos 
combinados com alterações 
genéticas são os principais riscos 
associados as alterações nos 
melanócitos ➔ podendo causar o 
melanoma 
- Melanoma: processo neoplásico em 
melanócitos no qual há excesso de produção 
de melanina → frequentemente associada a 
exposição UV 
 
 
- Bilirrubina: 
• Pigmento que se origina da 
decomposição (lise) da hemoglobina 
e se constituirá no pigmento da bile 
• Está associada a função fisiológica 
antioxidante 
• Tem ação moduladora sobre o 
sistema imunológico inibindo a 
proliferação de leucócitos 
• Quando em excesso se deposita na 
pele e mucosas ➔ icterícia 
• Icterícia: excesso na produção de 
bilirrubina (anemia hemolítica) e 
dificuldade na conjugação e na 
excreção da bile (hepatite) 
• Causa hiperbilirrubinemia: pré 
hepática (↑ bilirrubina não 
conjugada); hepática (↑ 
predominante de bilirrubina não 
conjugada); pós hepática (↑ bilirrubina 
conjugada) 
- Icterícia Neonatal: 
• Até 14 dias – fisiológica 
• Ocorre por imaturidade do sistema 
de conjugação e ou contato com a 
enzima β – glicuronidase no leite 
• Mais de 14 dias – patológica 
• Síndrome de Crigler Najjal – não 
forma o sistema de conjugação 
(UGT1A1) 
- Hemossiderina: 
• Forma de armazenamento do ferro 
• Quando há aumento nas 
concentrações, o ferro é capaz de 
catalisar a formação de radicais livres, 
podendoperoxidar lipídios, proteínas, 
DNA e outros componentes 
celulares → hemossiderose 
• Seu acúmulo é normalmente 
associado a processos hemorrágicos 
e hemolíticos 
Maria Fernanda Moncorvo – T5 
 
12 
 
• Excesso de absorção de ferro → 
hemocromatose 
- Lipofucsina: 
• Pigmento de desgaste, comum em 
idosos por conta do envelhecimento 
• Macroscopicamente os órgãos ficam 
com aparência atrófica e de 
coloração parda 
• Microscopicamente há deposito 
acastanhado intracelular 
preferencialmente perinuclear 
• É formada por peroxidação de 
material previamente fagocitado e 
acumulado em lisossomos 
- Pigmentos exógenos: são advindos do 
exterior e alcançam o interior dos tecidos por 
via respiratória, digestiva ou por inoculação 
(pele e mucosa) 
- Antracose: 
• Pigmentação por sair de carbono 
• A antracose em si não gera grandes 
problemas, mas sua evolução pode 
originar disfunções pulmonares 
graves (Pneumoconiose) 
 
 
- Siderose: 
• Pigmento alaranjado de ferro de 
origem exógena 
• Desde que não haja sílica presente, a 
siderose não causa danos à saúde 
• Comum em trabalhadores de minério 
de ferro 
- Tatuagem: 
• Inoculação de pigmentos coloridos na 
pele 
• Pigmentos fagocitados pelos 
macrófagos que se fixam no tecido 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maria Fernanda Moncorvo – T5 
 
13 
 
- Processo de sais de cálcios nos tecidos que 
ocorre normalmente na formação dos ossos 
e das cartilagens 
- Podem se formar quando há um 
desequilíbrio dos níveis de cálcio no 
organismo (metastática), sem desequilíbrio 
(distrófica) ou por outros fatores (idiopáticas) 
- Proteínas do processo: osteopontina, 
osteocalcina e osteonectina 
- Dependendo da constituição do tecido onde 
se precipita o cálcio e conforme exista ou 
não alteração do metabolismo do cálcio com 
consequente hipercalcemia, existem 3 tipos 
de calcificação: 
- Calcificação distrófica: 
 
• Encontrada nos tecidos com 
necrose, principalmente do tipo 
caseosa, de coagulação e gordurosa 
• Não reflete apenas o acúmulo de 
cálcio derivado do corpo das células 
mortas, mas, principalmente, uma 
deposição sobre o tecido necrótico 
do cálcio da circulação e dos tecidos 
intersticiais ➔ deposição de cálcio 
em tecidos lesados 
• O cálcio é depositado a fim de 
neutralizar o pH do local que foi 
alterado com a lesão 
• Se atingir valvas cardíacas, causa 
complicações de placas de ateroma 
e forma cálculos 
 
Calcificação Metastática: 
 
• Se deve ao aumento de cálcio 
circulante → hipercalcemia 
• É encontrada quando há aumento do 
paratormônio, excesso de vitamina D, 
aumento da mobilização de cálcio 
ósseo 
• Geralmente ocorre nas destruições de 
ossos por tumores e por doenças 
renais crônicas 
• O cálcio circulante aumentado se 
deposita em tecidos normais, 
acentuando-se mais nos locais onde 
houver tecido lesado ➔ deposição do 
cálcio em tecidos normais 
- Hiperparatireoidismo x Calcificação: 
• A principal causa de hipercalcemia é a 
hipersecreção de paratormônio ou de 
moléculas semelhantes 
• O paratormônio eleva a calcemia 
porque estimula a atividade 
osteoclástica e a reabsorção óssea. 
• No hiperparatireoidismo primário, 
tumor ou hiperplasia de paratireoides 
são os responsáveis pela 
hipersecreção 
• No hiperparatireoidismo secundário à 
insuficiência renal crônica, surge 
hiperplasia das paratireoides por causa 
da redução de cálcio sérico (com a 
insuficiência renal, ocorre retenção de 
fosfatos e queda de cálcio) 
• Outra causa de aumento de 
paratormônio é sua produção ectópica 
por neoplasias; nesses casos, a 
hipercalcemia faz parte da síndrome 
paraneoplásica 
Maria Fernanda Moncorvo – T5 
 
14 
 
- Fatores potencialmente envolvidos na 
calcificação metastática: 
• Proteína morfogênica do osso (BMP): 
o relacionada à diferenciação de 
células miofibroblásticas em 
osteoblastos 
o induz à apoptose de células 
musculares lisas na parede 
vascular 
• Proteínas GLA da matriz: 
o Ex: osteocalcina 
o Inibem a BMP, reduzindo a 
probabilidade de calcificação 
• Proteínas osteopontina e fetuína A: 
o Atuam favorecendo a 
reabsorção óssea e de 
focos de calcificação 
o Podem estar envolvidas na 
reversão de depósitos 
minerais patológicos 
• Mediadores inflamatórios séricos: 
o Ex: proteína C-reativa e 
TNF-alfa 
o Recrutam células do sistema 
imune para os ateromas 
o Em estudos in vivo, estas 
células induzem diferenciação 
osteogênica de células da 
parede celular, o que pode 
levar à calcificação vascular 
- Calculose: 
• Massas sólidas, esféricas, ovais ou 
facetadas, compactas, de 
consistência argilosa a pétrea 
• Se formam no interior dos órgãos 
ocos (bexiga, rins e vesícula biliar), 
cavidades naturais (vagina, peritônio, 
testículo), condutos naturais (ureter, 
colédoco, ducto pancreático ou 
salivar) ou no interior dos vasos 
• As pedras podem variar, podendo 
ser de cálcio, ácido úrico, estruvita e 
cistina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maria Fernanda Moncorvo – T5 
 
15 
 
- Alterações reversíveis em número, 
tamanho, fenótipo, atividade metabólica e 
funcional das células mediante a determinados 
estímulos (fatores estimuladores/ 
estressores) → novo estado de equilíbrio 
 
- Alterações do volume celular: quando uma 
célula recebe estímulo acima do normal, 
aumentando a síntese de seus constituintes e 
o seu volume → hipertrofia. Se sofre 
agressão que resulta em diminuição da 
nutrição, do metabolismo e da síntese 
necessária para renovação de suas 
estruturas, a célula fica com volume menor 
→ atrofia 
- Alterações da proliferação celular: aumento 
da taxa de divisão celular acompanhado de 
diferenciação normal → hiperplasia 
- Alterações da diferenciação celular: quando 
as células de um tecido modificam seu estado de 
diferenciação normal → metaplasia 
- Alterações da proliferação e da diferenciação 
celular: quando há proliferação celular e redução 
ou perda de diferenciação → displasia. A 
proliferação celular acompanhada de redução 
da diferenciação → neoplasia 
- Hipotrofia: 
• Consiste na redução dos componentes 
estruturais e das funções celulares, 
resultando em diminuição do volume das 
células e dos órgãos atingidos. 
• Principal mecanismo: aumento da 
degradação de proteínas celulares 
• Causa frequente: agressão a proteínas 
por radicais livres 
• Pode ser fisiológica ou patológica 
• Fisiológica: ocorre na senilidade, quando 
todos os órgãos e sistemas do 
organismo reduzem as suas atividades 
metabólicas., como afeta todo o 
indivíduo, não há prejuízo funcional 
importante 
• Patológica resulta de: 
o Inanição 
o Desuso (ocorre em órgãoes e 
tecidos sem uso por um 
tempo, ex: músculos 
esqueléticos imobilizados) 
o Compressão 
o Obstrução vascular 
o Substâncias tóxicas que 
bloqueiam sistemas 
enzimáticos e produção de 
energia 
o Hormônios 
o Inervação (perda de 
estimulação nervosa) 
o Inflamações crônicas 
- Hipertrofia: 
• Para que ocorra existem certas 
exigências: 
o O fornecimento de O2 e de 
nutrientes deve suprir o 
aumento de exigência das 
células 
o As células devem ter suas 
organelas e sistemas 
enzimáticos íntegros; células 
lesadas (degeneradas) não 
conseguem hipertrofiar-se 
o As células cuja atividade 
depende de estimulação 
nervosa só podem hipertrofiar 
se a inervação estiver 
preservada. Ex: miocárdio 
desnervado não se hipertrofia 
• Hipertrofia fisiológica: ocorre em certos 
órgãos e em determinadas fases da vida 
como fenômenos programados, por 
Maria Fernanda Moncorvo – T5 
 
16 
 
exemplo, hipertrofia da musculatura 
uterina na gravidez 
• Hipertrofia patológica: não é programada 
e surge por estímulos variados como 
hipertrofia do miocárdio 
• Como a hipertrofia constitui resposta a 
sobrecarga de trabalho, ao atingirem 
certo volume as células tendem a dividir-
se ou induzemcélulas-tronco a originar 
outras células 
• A hipertrofia é reversível 
 
- Hiperplasia: 
• Consiste no aumento do número de 
células de um órgão ou de parte dele, 
por aumento da proliferação e/ou por 
diminuição na apoptose 
• Só acontece em órgãos que contém 
células com capacidade replicativa 
• As células hiperplásicas não se 
multiplicam indefinidamente e 
conservam os mecanismos de controle 
da divisão celular 
• É reversível 
• Fisiológica: ocorre para aumentar a 
capacidade funcional de órgãos 
hormônio dependente; para 
regeneração de células em lesões e 
ressecções cirúrgicas 
• OBS: frequentemente hiperplasia e 
hipertrofia ocorrem juntas 
• Patológica: ocorre de estimulação 
excessiva por hormônios e fatores de 
crescimento celular 
 
- Metaplasia: 
• Tipos mais frequentes são: 
o Transformação de epitélio 
estratificado pavimentoso não 
queratinizado em epitélio 
queratinizado 
o Epitélio pseudoestratificado 
ciliado em epitélio estratificado 
pavimentoso, queratinizado ou 
não 
o Epitélio mucossecretor em 
epitélio estratificado 
pavimentoso, com ou sem 
queratinização 
o Epitélio glandular seroso em 
epitélio mucíparo 
o Tecido conjuntivo em tecido 
cartilaginoso ou ósseo 
o Tecido cartilaginoso em tecido 
ósseo 
• Metaplasia é também um processo 
adaptativo que surge em resposta a 
várias agressões, e o tecido metaplásico 
é mais resistente a agressões 
• Metaplasia resulta de irritação 
persistente que leva ao surgimento de 
um tecido mais resistente 
• Exemplos mais comuns de metaplasia: 
o Agressões mecânicas 
repetidas 
o Irritação por calor prolongado 
(ex: haste do cachimbo que 
queima o lábio) 
o Irritação química persistente 
(fumaça do cigarro na mucosa 
respiratória) 
o Inflamações crônicas 
• É reversível 
- Displasia: 
• Condição adquirida e reversível 
• Muitas vezes associada com metaplasia 
• “Lesões potencialmente malignas” 
• Alteração na arquitetura tecidual 
• Alteração na morfologia das células 
• Alta taxa de proliferação celular 
• A atipia mais importante em displasias é 
a cariomegalia, por alterações no 
conteúdo de DNA 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maria Fernanda Moncorvo – T5 
 
17 
 
- Complexo aglomerado celular de origem 
cujas alterações genéticas acumuladas 
conferem vantagem competitiva para sua 
proliferação e sobrevivência 
- Heterogeneidade clonal: os tumores 
derivam de um único clone celular, porém 
transformam-se e progridem formando 
sobpopulações de células heterogêneas com 
diversas características 
- Componentes do tumor: 
• Parênquima: células neoplásicas 
• Estroma: tecido de suporte (tecido 
conjuntivo, vasos), compõem o 
microambiente tumoral 
- Benigno X Maligno 
• Critérios morfológicos: 
1. Grau de diferenciação e 
anaplasia 
2. Capacidade de invasão de 
tecidos adjacentes 
3. Taxa de crescimento 
4. Capacidade de disseminação 
(metastização) 
• Diferenciação: refere-se a quanto as 
células do parênquima neoplásico 
assemelha-se com as células normais 
correspondentes 
• Tumores benignos são, em geral, 
bem diferenciados 
• Anaplasia: falta de diferenciação 
- Neoplasia Benigna 
• Bem diferenciadas 
• Baixa taxa de proliferação 
• Focos de necrose e focos 
hemorrágicos são raros 
• Não invasivas – circunscritas por 
cápsula fibrosa e não penetram a 
lâmina própria e ou estruturas 
adjacentes 
- Neoplasia Maligna 
• Maior grau de anaplasia 
(diferenciação) 
• Alta taxa de proliferação 
• Baixa expressão de moléculas de 
adesão 
• Mal delimitados 
• Invadem o tecido e estruturas 
adjacentes 
• Capacidade de metástase 
- Mutações germinativas: hereditárias 
- Mutações somáticas: agentes biológicos, 
químicos e físicos 
- Causas de alteração de DNA 
• Estilo de vida – tabaco 
• Medicamentos – antineoplásicos 
• Dieta 
• Ocupacional – compostos 
petroquímicos e pesticidas 
• Biológica – infecção crônica por vírus 
e bactérias 
• Radiação – raio X, radiação UV 
• Poluição – efluentes industriais, gases 
de veículos 
- Agentes Carcinogênicos: 
• Agentes biológicos – vírus e 
bactérias 
• Agentes químicos – agentes 
alquilantes, hidrocarbonetos 
aromáticos, corantes, álcool, asbesto 
• Físicos – radiação UV, radiação 
ionizante 
Agentes Biológicos: mecanismos 
• Integração do DNA viral ao genoma de 
células vivas pós infecção 
• Genoma viral – oncogênes que fazem 
indução de oncoproteínas ao 
integrarem o DNA hospedeiro 
• Alterações de expressão de genes da 
célula hospedeira situados na vizinhança 
do local de integração do DNA viral 
Maria Fernanda Moncorvo – T5 
 
18 
 
Agentes químicos: 
• Carcinógenos diretos: atividade 
eletrolítica direta quando os sistemas 
reparadores falham. EX: agentes 
alquilantes utilizados em quimioterapia 
• Carcinógenos indiretos: maioria 
requer ativação metabólica para 
conversão de sua forma final 
o maioria metabolizada por 
dependentes de citocromo 
p 450 dependente da ação 
prévia de sistemas 
enzimáticos 
o EX: tabaco, carvão mineral 
• Maioria tem DNA como alvo 
• Inibem enzimas de reparo de DNA – 
afetados RAS e P53 
Agentes físicos: 
• Radiação ionizante e raio ultravioleta 
• Depende da intensidade e duração 
da exposição e da proteção natural 
do individuo 
• Efeitos da radiação: 
o Lesão direta ao DNA = 
mutação radicais livres 
o Inibição da proliferação 
celular 
o Inibição enzimática 
o Indução de mutações 
o Ativação de proto-
oncogenes e oncogenes 
(RAS e TP53) 
• Carcinogense da radiação: 
o UVA/UVB → induz 
processos oxidativos ou 
excitação direta das 
moléculas → reage com 
oxigênios produzindo ERRO 
→ reação inflamatória – 
eritema 
o Produção de ERRO → baixa 
capacidade de reparo a 
danos ao DNA – apoptose 
• Mutação gene P53: parada ciclo 
celular G1 
• NRAS: regulação da divisão celular 
• BRAF: proteína que ajuda a transmitir 
sinais químicos de fora da célula para 
o núcleo da célula 
• KIT: transmitem sinais da superfície 
celular para a célula através de um 
processo chamado transdução de 
sinal 
• Trauma crônico 
- Alvos de Mutação: 
• Proto oncogene promotor de 
crescimento 
• Genes envolvidos no reparo tecidual 
• Genes que regulam a apoptose 
• Genes supressores de tumor que 
inibem crescimento 
- Carcinogênese: é um processo complexo e 
dependente de fenômenos genéticos e 
epigenéticos que culminam no surgimento de 
clones de células imortalizadas que adquirem a 
capacidade de se multiplicar, de invadir os tecidos 
vizinhos e de dar metástases 
- Protocongene: gene normal que se torna em 
oncogene devido a uma mutação ou aumento de 
expressão genica 
• Papel fisiológico: ativação de vias de 
multiplicação e diferenciação celular 
• Formas para os genes mutados se 
tornarem hiperativos: 
o Deleção ou mutação pontual 
na sequencia codificadora 
o Mutação reguladora 
o Amplificação do gene 
o Rearranjo cromossômico 
- Oncogene: são proto-oncogenes que sofrem 
mutações ativadoras; ganho de função ou 
hiperexpressão 
- Supressores de tumor: 
• Codificam proteínas reguladoras 
negativas → impedem que a célula 
passe por uma divisão descontrolada 
Maria Fernanda Moncorvo – T5 
 
19 
 
• Mais conhecidos e estudados: RB1, p53 e 
p21 
• P53 e p27 inibem complexos 
ciclinas/CDK 
• pRB – ponto de checagem G1; regula 
proliferação do ciclo celular; controla a 
diferenciação celular; expresso em todas 
as células 
• Tem a função de “pausar” o ciclo celular 
e fazem uma checagem em todos os 
pontos para saber se estão sendo 
realizadas corretamente 
• Quando essas células são mutadas, ficam 
incapazes de interromper o ciclo celular 
se houver um problema 
- Genes de reparo de DNA: codificam moléculas 
que participam do reconhecimento e do reparo 
de lesões do DNA 
• Família MMR: genes responsáveis por 
reparo de pareamento errado do DNA 
• Família UVDR ou ERC: genes que atuam 
no reparo de DNA após lesão por 
radiação ultravioleta 
Etapas da Carcinogênese: 
- Estágio de iniciação 
• Nesse estágioas células sofrem o efeito 
dos agentes carcinogênicos que 
promovem modificações em alguns de 
seus genes 
• As células se encontram “iniciadas” para 
a ação de um segundo grupo de 
agentes 
• Se dá inicio por conta de um dano 
irreversível ao DNA 
- Estágio de promoção 
• As células geneticamente alteradas, 
“iniciadas”, sofrem o efeito dos agentes 
cancerígenos classificados como 
oncopromotores 
• A célula iniciada é transforma em maligna 
de forma lente e gradual 
• Para que a transformação ocorra, é 
necessário um longo e continuado 
contato com o agente cancerígeno 
promotor 
• A suspensão do contato com agentes 
promotores muitas vezes interrompe o 
processo nesse estágio 
- Estágio de progressão 
• Se caracteriza pela multiplicação 
descontrolada e irreversível das células 
alteradas 
• Nesse estágio o câncer já está instalado, 
evoluindo até o surgimento das 
primeiras manifestações clínicas da 
doença 
• Os fatores que promovem a iniciação ou 
progressão da carcinogênese são 
chamados agentes oncoaceleradores ou 
carcinógenos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maria Fernanda Moncorvo – T5 
 
20 
 
- Metástase é uma invasão feita por células 
cancerígenas a outros órgãos do corpo de um 
indivíduo que, inicialmente, apresentava neoplasia 
em apenas um órgão 
- O aparecimento de metástases ocorre quando 
as células cancerígenas se desprendem do tumor 
primário e entram na corrente sanguínea ou no 
sistema linfático, podendo circular pelo organismo 
e se estabelecer em outro órgão 
E - Caderina: molécula de adesão mais conhecida. 
A perda de sua expressão está diretamente 
relacionada com a mobilidade é destacamento dá 
neoplasia em seu sítio primário 
Passos do processo metastático 
1. Invasão da matriz extracelular 
a. Destacamento celular 
b. Degradação de lâmina basal 
c. Degradação da matriz 
extracelular intersticial 
d. Ligação aos componentes da 
MEC digeridos 
e. Migração 
2. Disseminação Vascular 
a. Na circulação, as células 
formam massas 
b. Agregam-se entre si 
(homotípicas) 
c. Agregam-se as plaquetas 
(heterotípicas) 
d. Podem ativar fatores de 
coagulação 
3. Instalação 
a. Ligam em moléculas endoteliais 
(integrinas, receptores de 
laminina) 
b. Muitas possuem CD44, que 
permite instalação no tecido 
linfóide (CD44 está presente 
em linfócitos) 
c. Fatores que se opõem a 
instalação: estresse mecânico 
(cisalhamento), apoptose 
estimulada pela perda de 
adesão, defesa imune 
4. Colonização 
- Fatores que determinam a instalação: 
• Localização anatômica 
• Drenagem vascular do tumor primário 
• Tropismo 
• Moléculas de adesão em células 
endoteliais de órgãos específicos 
• Produção de quimiocina pelo órgão alvo 
• Alguns tecidos são “solos inférteis” para 
o crescimento tumoral, apesar do 
suprimento sanguíneo 
• As células podem mediar à distancia o 
estabelecimento de um ambiente 
favorável 
- Evolução clonal: mutações se acumulam 
- Possibilidades: 
• Os tumores podem surgir já com uma 
assinatura metastática 
• Os tumores podem ter a assinatura 
metastática, mas dependem de 
mutações adicionais 
• Dependência do estroma 
- Oncogenes metastáticos e supressores 
metastáticos: TEM (transição epitélio-mesenquimal) 
- Influências do microambiente na progressão 
tumoral: 
• Hipóxia: a hipóxia induz adaptações 
fenotípicas e metabólicas, mudando o 
comportamento da célula 
• Sensores celulares de hipóxia: HIF-1a, 
HIF-2a, HIF-3a 
- Inflamação e progressão tumoral: 
• A imunidade inata participa do 
desenvolvimento tumoral: 
• A imunidade inata pode induzir novas 
mutações por meio de radicais livres 
• M2 produz VEGF e metaloproteinases, 
o que promove progressão tumoral 
• NF-kappa B está associada com indução 
de inflamação e também indução de 
progressão tumoral 
• Imunovigilancia: capacidade do sistema 
imune de reconhecer um antígeno 
tumoral e proporcionar ataque às células 
neoplásicas 
Maria Fernanda Moncorvo – T5 
 
21 
 
- Estadiar um caso de câncer significa avaliar seu 
grau de disseminação 
- Sistema preconizado pela UICC, tem por 
finalidade avaliar a extensão anatômica da 
neoplasia e assim fornecer parâmetros clínicos 
para: 
• Planejamento das estratégias 
terapêuticas 
• Estimar o prognóstico 
• Acompanhar a evolução do tratamento 
• Ampliar o conhecimento científico a 
respeito das neoplasias e a troca de 
informações entre centros de pesquisa 
- Indicadores de prognóstico 
• Localização anatômica e extensão do 
tumor (classificação TNM) 
• Idade e gênero 
• Conjunto de sinais e sintomas 
• Tipo histológico; grau de diferenciação 
celular; aspectos moleculares 
O que TNM significa? 
T = extensão do tumor em seu sitio primário 
(tamanho) 
N = presença ou ausência de extensão neoplásica 
para linfonodos regionais (metástase linfonodal) 
M = presença ou ausência de metástase em 
órgãos a distância 
Clínico – cTcNcM = pré tratamento e são 
avaliados os parâmetros clínicos: exames físicos, 
exames de imagem, biópsia, laparotomias 
exploratórias 
Patológico – pTpNpM = pós tratamento cirúrgico; 
estimar a terapia adjuvante, prognóstico e 
desfecho do processo 
(m) → ex: TNM(m) → utilizado quando mais de 
1 tumor é encontrado no sítio primário 
y → ex: yTNM → utilizado quando o 
estadiamento é realizado seguida a terapia 
neoadjuvante 
r → ex: rTNM → utilizado quando há recidiva do 
tumor após período de remissão 
a → ex: aTNM → determina que a entidade 
patológica foi encontrada na autópsia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maria Fernanda Moncorvo – T5 
 
22 
 
- Resposta de tecidos vascularizados a 
agentes lesivos com a finalidade de eliminar o 
agente e iniciar o processo de reparo 
- A função da inflamação é eliminar a causa 
inicial da lesão coordenando as reações do 
sistema imune inato → eliminar células 
lesadas e tecidos danificados para restaurar a 
sua função 
- Agentes lesivos 
• Micro organismos 
• Tecido necrosado 
• Corpos estranhos 
• Reações imunes (formação de 
imunocomplexos) 
o Doenças autoimunes 
o Reações alérgicas 
- Etapas da inflamação (5Rs) 
• Reconhecimento de agentes lesivos 
• Recrutamento de células sistema 
imune 
• Remoção do agente lesivo 
• Regulação da reposta inflamatória 
• Reparo tecidual 
Eventos vasculares da resposta inflamatória 
- Transudato: 
• Extravasamento de fluido com baixo 
conteúdo proteico com pouco ou 
nenhum material celular e baixa 
gravidade específica 
• Líquido sai do vaso sem que haja 
resposta inflamatória 
- Exsudato: 
• Presente nas inflamações agudas 
• Extravasamento fluido extra vascular 
com alta concentração proteica, 
contém restos celulares e tem uma 
alta gravidade específica 
• Liquido que sai do vaso com que haja 
resposta inflamatória 
- Vasoconstrição: inicialmente haverá uma 
vasoconstrição local reflexa a fim de evitar 
uma perda excessiva de sangue 
- Vasodilatação: posteriormente haverá uma 
vasodilatação para aumentar a quantidade de 
oxigênio entrando nas células na tentativa de 
reparar o tecido 
- Aumento da permeabilidade vascular: uma 
maior quantidade de líquidos sendo 
externalizados pelos vasos 
Eventos Celulares da Resposta Inflamatória: 
• Fagocitose: quando o neutrófilo já 
está dentro do tecido e começa a 
fazer a fagocitose das células 
causadoras da lesão 
- Mediadores químicos do processo 
inflamatório 
• Prostaglandinas: substância vasoativa 
produzida pelos mastócitos e 
leucócitos além de causar dor e 
febre 
• Leucotrienos: aumento da 
permeabilidade vascular, quimiotaxia, 
adesão e ativação de leucócitos 
• Histamina: vasoativa produzida pelos 
mastócitos, basófilos e plaquetas → 
atua em conjunto com a bradicinina 
pois têm ações muito parecidas 
• Serotonina: vasoconstritora 
produzida pelas plaquetas 
• ERO: sintetizadas por macrófagos e 
neutrófilos que destroem 
microrganismos fagocitados nas 
células necróticas 
• Enzimas lisossomais:vasoativa 
encontrada no citoplasma dos 
neutrófilos e monócitos → liberadas 
após a morte das células 
 
Maria Fernanda Moncorvo – T5 
 
23 
 
- Efeitos sistêmicos da resposta inflamatória 
• Febre → citocinas IL-1, IL-2, IL-6 e 
TNFa → liberação de PGE2 → 
hipotálamo alterando o centro de 
termorregulação 
• Elevação dos níveis plasmáticos de 
proteína C reativa 
• Leucocitose 
• Sepse → choque séptico 
• Aumento de citocinas inflamatórias 
(IL-1 e TNFa) 
- Efeitos locais do processo inflamatório 
Reação Mediadores 
Vasodilatação Histamina, 
prostaglandina 
Aumento da 
permeabilidade 
vascular 
Histamina e 
serotonina, C3a e 
C5a, leucotrienos 
Quimiotaxia TNF, IL-1, 
quimiocinas, C3a, 
C5a, leucotrienos 
B4 
Febre IL-1, TNF, 
prostaglandinas 
Dor Prostaglandinas, 
bradicinina 
Lesão tecidual Enzimas 
lisossômicas de 
leucócitos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maria Fernanda Moncorvo – T5 
 
24 
 
- As inflamações recebem o nome do tecido 
ou órgão comprometido + o sufixo ite (ex: 
apendicite) 
- São adjetivadas com as características 
morfológicas: apendicite purulenta (formação 
de pus) 
Inflamações Exsudativas 
- Inflamação Aguda Serosa: 
• Exsudato de fluido: 
o Límpido e discretamente 
turvo 
o Pobre em células 
inflamatórias 
o Baixa concentração de 
fibrina 
• Espaços criados pela lesão ou em 
cavidade corporais revestidas pelo 
peritônio, pleura e pericárdio 
• Não há infecção sobreposta 
• Divide-se em: 
o Vesícula 
o Bolha 
- Inflamação Aguda Mucosa ou Catarral 
• Ocorre em mucosas 
• Exsudato é viscoso, com alto teor de 
mucina, cor e celularidade variável 
• Exsudação liquida de leucócitos na 
superfície de mucosas, com 
descamação do epitélio e secreção 
de muco 
- Inflamação Aguda Fibrinosa 
• Exsudato rico em fibrina que se 
deposita na superfície da serosa 
• Característico de inflamação no 
revestimento de cavidade corporais, 
como pericárdio e pleura 
• Película amarelada, com aspecto 
rugoso ou filamentoso sobre a 
superfície lisa e brilhante das serosas 
(pericárdio) 
• Histologicamente possuem 
característica eosinofílicas 
• Quando a fibrina não é removida ela 
pode estimular o crescimento de 
fibroblastos levando a formação das 
cicatrizes 
- Inflamação Aguda Pseudomembranosa 
• É uma inflamação aguda em 
mucosas 
• Geralmente de origem bacteriana 
• As bactérias produzem toxinas que 
causam a necrose do epitélio, 
iniciando os fenômenos de 
exsudação de células e fibrina 
• A fibrina forma uma camada espessa 
sobre a mucosa, tomando o aspecto 
de uma membrana 
(pseudomembranosa) 
• Geralmente de aspecto 
esbranquiçado 
 
- Inflamação Purulenta 
• Ocorre em qualquer tecido 
• Principal característica: formação de 
pus 
• Agentes causadores: bactérias 
piogências (estafilococos e 
estreptococos) 
• Material viscoso, espesso, turvo, 
amarelo-esverdeado, constituído de 
duas partes 
• Parte fluida: plasma e produto da 
liquefação dos tecidos lesados 
• Parte sólida: piócitos e debris 
celulares 
• Recebem denominações especiais 
de acordo com os aspectos que 
adquirem, senda elas: 
Maria Fernanda Moncorvo – T5 
 
25 
 
Subtipos de inflamação aguda purulenta 
- Pústula 
• Inflamação purulenta aguda, 
circunscrita na pele e nas mucosas 
• O pus se acumula entre o epitélio e 
o tecido conjuntivo (derme) 
formando uma pequena elevação 
• As patologias mais conhecidas que 
levam a formação de pústulas são as 
piodermites (bactéria) e varicela 
(vírus) 
- Abcesso 
• Inflamação purulenta circunscrita; 
• Cavidade circundada por membrana 
piogênica 
• Essa membrana é uma camada 
muito fina constituída por leucócitos 
que vão tentar combater a infecção 
bacteriana 
• Presença de tecido de granulação, 
responsável por eventos vasculares 
e exsudativos → envia exsudatos 
para a formação do pus 
- Furúnculo 
• É um abscesso na derme que afeta 
o folículo piloso e nas glândulas 
sebáceas; causado por 
Staphylococcus aureus 
 
- Flegmão 
• Inflamação purulenta difusa 
• O pus se infiltra no tecido conjuntivo 
sem formar nenhuma membrana 
piogênica 
- Empiema: 
• Coleção de pus em uma cavidade 
natural, mais comum é o empiema 
subdural 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maria Fernanda Moncorvo – T5 
 
26 
 
- Tem início com a persistência da inflamação 
aguda e dura muito tempo (meses/anos) → 
sistema imunológico não consegue eliminar o 
patógeno 
- Sob certas condições ocorre reações 
imunológicos autoimune → contra o próprio 
tecido 
- As células inflamatórias acabam por gerar 
lesões teciduais 
- Constantes tentativas de cicatrização 
havendo substituição do tecido danificado por 
tecido conjuntivo => presença de vasos 
neoformados e formação de fibrose 
- Resposta mediada por células 
mononucleares, sendo elas: monócitos, 
macrófagos, macrófagos ativados, células 
epiteliais, linfócitos e plasmócitos 
- Eventos: 
• Estase sanguínea 
• Vasodilatação 
• Maior permeabilidade vascular 
- Características: 
• Início dos sintomas: lento 
• Infiltrado mononuclear: 
Monócitos/macrófagos e linfócitos 
• Lesão tecidual/fibrose: 
frequentemente severa e 
progressiva 
• Sinais locais e sistêmicos: menores 
• Reparo: angiogênese, fibrose 
• Injuria tecidual: induzidas pelo agente 
agressor persistente ou células 
inflamatórias 
 
Histamina Vasodilatação, aumento 
da permeabilidade 
vascular e ativação 
endotelial 
Prostagladinas Vasodilatação, dor, febre 
Leucotrienos ↑ permeabilidade vascular, 
quimiotaxia, adesão e 
ativação de leucócitos 
Citocinas Ativação endotelial, febre, 
anormalidades 
metabólicas, hipotensão 
Quimiocinas Quimiotaxia, ativação de 
leucócitos 
Fator ativador 
plaquetário 
Vasodilatação, ↑ 
permeabilidade vascular, 
adesão de leucócitos, 
quimiotaxia, degranulação 
Complemento Quimiotaxia e ativação de 
leucócitos, vasodilatação 
Cininas ↑ permeabilidade vascular, 
contração muscular lisa, 
vasodilatação, dor 
 
- Inflamação crônica no tecido pulmonar 
• Destruição do parênquima 
• T.C -> fibrose 
• Coleção de células inflamatórias 
crônicas 
- Etapas dos eventos: 
• Recrutamento continuo de 
macrófagos da circulação para o local 
da lesão -> resulta da constante 
expressão de moléculas de adesão e 
liberação de substâncias 
quimiotáticas 
• Alguns macrófagos acabam ficando 
imobilizados no local da inflamação 
por ação de algumas citocinas e 
lipídios => fator desativador de 
macrófagos 
Maria Fernanda Moncorvo – T5 
 
27 
 
• A resposta inflamatória que possui 
grande taxa de renovação de 
macrófagos no local da inflamação 
recebe o nome de “lesões de alto 
turn-over” 
• A reposta inflamatória que possui 
baixa taxa de renovação, onde os 
macrófagos ficam imobilizados no 
local da inflamação, recebe o nome 
de “lesões de baixo turn-over” 
• OBS: em casos de placas 
ateromatosas a proliferação local de 
macrófagos ocorre após a migração 
a partir do sangue 
- Linfócitos: 
• Ampliar e propagar a resposta 
inflamatória crônica 
• Sua participação está associada a 
processos persistentes e de difícil 
resolução 
• Importante participação na resposta 
inflamatória crônica específica 
(granulomatosa) 
- TH-1: produzem a citocina IFN-y, a qual ativa 
os macrófagos através da via clássica 
- TH2: secretam a IL-4, a IL-5 e a IL-13, 
recrutam e ativam eosinófilos; são 
responsáveis pela via alternativa da ativação 
dos macrófagos 
- TH17: secretam a IL-7 sendo responsáveis 
pelo recrutamento de neutrófilos (e 
monócitos) para reação 
- Eosinófilos: abundante nas reações 
imunológicas mediadas por IgE e em 
infecções parasitárias 
- Mastócitos: realizam a desgranulação e a 
liberação de mediadores como histamina e 
prostaglandinas. Ocorre durante: reações 
alérgicas aos alimentos,veneno de insetos, 
fármacos, choque anafilático 
- Inflamação crônica inespecífica: 
• Não tem um padrão morfológico 
específico 
• Não há formação de granuloma 
• Células mononucleares de vários 
tipos e em várias proporções 
• Pode incluir reações autoimunes => 
organismo reage contra auto 
antígenos 
- Inflamação crônica específica ou 
granulomatosa: 
• Padrão de inflamação crônica 
direcionada a: 
o Patógenos específicos (difícil 
degradação) 
o Moléculas relativamente 
inertes não-degradáveis 
• Formação de granuloma -> isolar e 
eliminar agressor 
• Exemplos: tuberculose, sarcoidose, 
blastomicose, brucelose, sífilis, lepra 
- Granulomas imunes: formados para eliminar 
microrganismos de difícil degradação 
- Granuloma de Corpo Estranho: 
• Reação a um material 
imunologicamente inerte, que pode 
ser exógeno ou endógeno 
• Exógenos: fios de sutura, talco, fibras 
de algodão, metais, sílica, gotículas de 
óleo, silicone etc. 
• Endógenos: queratina, colesterol, 
fragmentos de pelo 
• Faz parte da imunidade inata 
• Microscopicamente identificam-se 
numerosos macrófagos uni ou 
multinucleados circundando e 
fagocitando o corpo estranho 
Maria Fernanda Moncorvo – T5 
 
28 
 
- Restauração da arquitetura e da função dos 
tecidos após a lesão 
- Habilidade de reparar o dano causado por 
agressão tóxica e por inflamação crônica para 
a sobrevivência de um organismo 
- O reparo dos tecidos é determinado por 
sua capacidade de proliferação celular 
intrínseca 
A proliferação celular é dividida em: 
- Células lábeis ou Instáveis: 
• Células que se proliferam ao longo da 
vida 
• São células perdidas continuamente 
e substituídas por células tronco e 
células maduras 
• Exemplo: células do sistema linfoide e 
hematopoiéticos, como a medula 
óssea, epitélio de superfície como a 
pele, cavidade oral, útero, trato 
gastrointestinal e trato urinário 
- Células estáveis: 
• Células com baixo nível de replicação 
que sofrem rápida divisão em 
reposta a variedade de estímulos => 
capazes de reconstituir o tecido de 
origem 
• Exemplo: Células parenquimatosas, 
fígado, rim, pâncreas, células 
endoteliais, fibroblastos e células 
musculares 
- Células permanentes: 
• Células que não sofrem divisão 
mitótica => perdidas 
permanentemente 
• Exemplo: neurônios, musculo 
esquelético e cardíaco 
Regeneração das células e tecidos: 
- Se dá por meio de dois processos: cura e 
reparo 
- Cura: convenção usada para epitélios de 
superfície 
- Reparo convenção usada para os tecidos 
parenquimatosos e conjuntivos. Ocorre por 
meio de dois tipos de reações: 
1. Regeneração através da proliferação 
de células residuais (não lesadas) e da 
maturação das células tronco 
teciduais 
2. Deposição de tecido conjuntivo para 
formar uma cicatriz 
OBS: a proliferação celular é controlada por 
fatores de crescimento da matriz extracelular 
• Tecido lesado remanescente: 
restauram a estrutura normal 
• Células endoteliais: criam novos vasos 
sanguíneos 
• Fibroblastos: célula mesenquimal que 
ajuda na formação de colágeno e 
elastina da MEC 
• Células tronco: embrionárias e 
multipotentes 
- Matriz Extracelular 
• Influencia o crescimento e a 
diferenciação celular 
• Composta por três grupos de 
moléculas estruturais: 
o Proteínas estruturais fibrosas 
(colágeno e elastinas) 
o Proteínas de adesão celular 
o Proteoglicanas e Ácido 
Hialurônico 
- Regeneração hepática 
• Proliferação dos hepatócitos 
remanescentes 
Maria Fernanda Moncorvo – T5 
 
29 
 
• Contribuição de células progenitoras 
- Cicatriz 
• A formação da cicatriz se dá pelo 
remodelamento do tecido conjuntivo 
• Acontece através da angiogênese 
=> processo de desenvolvimento de 
novos vasos sanguíneos a partir de 
vasos já existentes 
• Fases: lesão → angiogênese e 
mitose → cicatrização completa 
1. A partir de uma lesão começa a 
liberar vários mediadores 
inflamatórios (VEGF – fator de 
crescimento endotelial vascular – que 
proporciona o aumento da 
permeabilidade endotelial vascular de 
um vaso normal, migração e 
proliferação de células endoteliais) 
para fazer um novo ramo desse vaso 
a partir de um vaso funcionante → 
o NO (oxido nítrico) ajuda na 
vasodilatação e abertura da luz 
vascular 
2. Após a proliferação há 
destacamento do pericíto da 
superfície abluminal a partir de 
substâncias (angiopoietina) e quebra 
da membrana basal (por ação das 
metaloproteinases), para permitir a 
formação do broto vascular 
3. Posteriormente ocorre a migração 
de células endoteliais (broto) em 
direção a área de lesão tecidual e 
proliferação de células endoteliais 
logo atrás das células migratórias 
orientadoras (células de ponta – 
sofre ação do VEGF) que ajudam na 
orientação para onde o broto deve 
ir (no caso para a área de lesão) 
OBS: os fatores de crescimento estimulam e 
controlam a proliferação celular 
- Tecido de granulação: a migração e a 
proliferação de fibroblastos, bem como a 
deposição de tecido conjuntivo frouxo, junto 
com os vasos e leucócitos entremeados, 
formam o tecido de granulação 
- Zona de tecido conjuntivo maduro: 
representa a porção mais antiga verificando-
se a presença de uma cicatriz de colágeno, 
mas ainda é bem vascularizado e os vasos da 
periferia são fonte para os vasos 
neoformados 
- Zona de proliferação capilar: composta 
pelos vasos derivados da zona de tecido 
conjuntivo maduro, formando a região 
superficial do tecido. Aqui os vasos crescem 
perpendicularmente à lesão 
- Zona de brotos e arcos capilares: nessa 
área ocorre mitose das células endoteliais e 
onde vão se diferenciar permitindo a 
passagem do sangue. Nessa área os vasos 
possuem permeabilidade aumentada e 
formam-se arcos anastomóticos 
- Zona de debris celulares: formada por 
restos celulares, fibrina e sangue coagulado 
- Cura de feridas cutâneas: envolve a 
regeneração epitelial e a formação de cicatriz 
de tecido conjuntivo 
- Cura por 1ª intenção: 
• Lesão envolve apenas a camada 
epitelial, o principal mecanismo de 
reparo é a regeneração epitelial 
• Reparo consiste em três processos: 
inflamação, proliferação de células 
epiteliais e outras células, maturação 
da cicatriz do tecido conjuntivo 
• No prazo de 24 horas, os neutrófilos 
podem ser vistos na margem da 
incisão, migrando rumo ao coágulo 
de fibrina 
Maria Fernanda Moncorvo – T5 
 
30 
 
• 24 a 48 horas: células epiteliais de 
ambos os lados já começaram a 
migrar e proliferar ao longo da 
derme 
• No terceiro dia, neutrófilos já foram 
substituídos por macrófagos e o 
tecido de granulação invade o 
espaço da incisão 
• Quinto dia → neovascularização 
alcança seu pico 
• Migração de fibroblastos e 
proliferação desencadeada por 
fatores de crescimento 
• Segunda semana: acumulo de 
colágeno e proliferação de 
fibroblastos; infiltrado inflamatório, 
edema e aumento de vascularidade 
estão diminuídos 
- Cura por 2ª intenção: 
• A reação inflamatória é mais intensa, 
há desenvolvimento abundante de 
tecido de granulação, acúmulo de 
MEC e formação de uma grande 
cicatriz, além de uma contração 
(ajuda a fechar) da ferida pela ação 
de miofibroblastos 
 
Anormalidades no reparo 
- Ulceração: 
• Feridas que não cicatrizam 
• Se formam em áreas com perda de 
sensibilidade 
• Ocasionalmente observadas em 
pacientes com diabetes 
- Deiscência: 
• Processo de ruptura de uma ferida 
que já estava em processo de 
cicatrização 
• Caracterizada por ser uma 
cicatrização em 2º intenção 
- Quelóide: 
• Excesso de deposição de colágeno 
na pele formando uma cicatriz 
sobrelevada 
• Deposição espessa de tecido 
conjuntivo na derme 
- Granulação exuberante: 
• Formação excessiva de tecido de 
granulação, protrusão acima do nível 
da pele 
• Formação de carne esponjosa 
- Desmóide/ Fibromatose: 
• Proliferação exuberante de 
fibroblastos e tecido conjuntivo 
•Relacionado com neoplasias malignas 
e benignas 
- Contração da cicatriz: 
 
 
 
 
Maria Fernanda Moncorvo – T5 
 
31 
 
- São distúrbios que afetam de alguma forma 
a circulação sanguínea 
- Hiperemia: é o aumento de volume 
sanguíneo dentro de determinado órgão ou 
tecido → aumento de sangue dentro do vaso 
• Acontece principalmente na 
microcirculação afetando arteríolas, 
vênulas, capilares etc 
• Pode ser dividida em hiperemia ativa 
ou passiva 
- Hiperemia ativa: 
• Consiste no aumento do fluxo 
sanguíneo nas arteríolas 
• É resultante da dilatação arteriolar 
que leva a um aumento do fluxo 
sanguíneo 
• O sangue se acumula nas artérias 
devido a um aumento do influxo de 
sangue naquele local → 
consequência de uma vasodilatação 
• Os tecidos afetados tornam-se 
avermelhados (eritema) devido ao 
aumento no fornecimento de sangue 
oxigenado 
• Pode ter diferentes causas: 
o Neurogênica: secundária a 
um estímulo neurológico 
causando a dilatação do vaso 
→ rubor facial 
o Metabólica: aumento da 
demanda de energia de um 
tecido devido a uma grande 
atividade → atividade física 
o Mediadores inflamatórios: 
diante de uma inflamação, 
células inflamatórias são 
recrutadas e acabam 
causando vasodilatação 
(histamina) 
o OBS: o líquido da hiperemia 
ativa pode extravasar 
formando um edema 
- Hiperemia passiva: 
• Pode ser chamada também de 
congestão 
• Acúmulo de sangue na circulação 
venosa → diminuição no retorno 
venoso de um tecido 
• Os tecidos afetados tornam-se 
vermelho-azulados (cianose) devido 
ao aumento no fornecimento de 
sangue não oxigenado 
• O sistema venoso só possui sangue 
rico em oxigênio no pulmão 
• Pode ter diferentes causas: 
o Retorno venoso reduzido 
em consequência do 
bloqueio obstrutivo e 
localizado (intra e 
extravasculares) → trombo 
o Redução do retorno venoso 
sistêmico ou pulmonar, 
como acontece na 
insuficiência cardíaca 
(hiperemia passiva pulmonar 
e hiperemia passiva 
sistêmica) 
• Aguda: veias centrolobulares e 
sinusóides distendidos; hepatócitos 
centrolobulares podem sofrer 
necrose isquêmica 
• Crônica 
o Macro: vermelho-
acastanhados regiões 
adjacentes não congestas 
amarelo-acastanhado (noz 
moscada) 
Maria Fernanda Moncorvo – T5 
 
32 
 
o Micro: hemorragia 
centrolobular macrófagos 
com hemossiredina, necrose 
- Edema: 
• O edema é o aumento do volume 
sanguíneo no interstício de 
determinado órgão ou tecido → 
aumento de sangue fora do vaso 
• Acúmulo anormal de líquidos nos 
espaços teciduais intracelulares 
(intersticiais) ou nas cavidades do 
corpo 
• A nomenclatura dos edemas varia de 
acordo com o local em que 
acontecem 
• As condições que levam a formação 
do edema são: 
1. Pressão hidrostática aumentada 
2. Pressão oncótica reduzida 
3. Drenagem linfática reduzida 
4. Permeabilidade vascular aumentada 
- Pressão hidrostática aumentada: 
• Pressão que o sangue exerce na 
parede dos vasos 
• Formação de edema devido ao 
comprometimento do retorno 
venoso → presença de trombo, 
insuficiência das valvas etc 
• A insuficiência cardíaca leva ao 
aumento da pressão hidrostática pois 
o coração deixa de ejetar 
corretamente o sangue dos 
ventrículos levando ao seu acumulo 
→ afeta outras estruturas do 
organismo 
• Insuficiência cardíaca direita: produz 
um aumento da pressão hidrostática 
em todo o sistema venoso → 
edema generalizado 
• Insuficiência ventricular esquerda: 
produz um aumento da pressão 
hidrostática (edema) nos pulmões 
- Pressão oncótica reduzida: 
• Pressão que as células do sangue 
exercem no próprio sangue 
• Formação de edema devido a 
síntese inadequada ou perda 
aumentada de albumina 
• Albumina: permite a passagem de 
minerais do sangue para as células 
• A síntese reduzida de albumina está 
relacionada com a doença hepática 
difusa → cirrose 
• A perda aumentada de albumina 
causa as síndromes nefróticas → 
parede glomerular perde a 
capacidade de filtração e moléculas 
de alto peso molecular passam a ser 
filtradas e eliminadas na urina 
- Drenagem linfática reduzida: 
• Edema localizado nas extremidades 
inferiores ou em uma única 
extremidade (superior ou inferior) 
• Obstrução inflamatória devido a um 
colapso do vaso 
• Acontece devido a propagação de 
câncer, remoção cirúrgica de 
linfonodos, fibrose inflamatória ou por 
irradiação 
- Permeabilidade vascular aumentada: 
• A permeabilidade vascular 
aumentada permite que haja maior 
passagem de água, íons e proteínas 
plasmáticas para o interstício => 
causa uma inflamação aguda 
 
 
Maria Fernanda Moncorvo – T5 
 
33 
 
- Cessação de um sangramento 
- É um processo preciso e envolve as 
plaquetas, os fatores da coagulação e o 
endotélio vascular 
- Ocorre no local onde houve uma lesão 
vascular para a formação de um tampão fibrino 
plaquetário, que serve para prevenir ou limitar 
a extensão de um sangramento 
- Fenômenos envolvidos na hemostasia: 
1. Vasoconstrição 
• Endotélio vascular 
• Estímulos neurogênicos 
• É mediada por endotelinas 
 
2. Tampão Plaquetário 
• Hemostasia primária (plaquetas) 
• Fator de von Willebrand 
• ADP 
• Trombina 
• TXA2 
 
3. Formação da rede de fibrina 
• Hemostasia secundária 
• Formada após a cascata de 
coagulação 
 
4. Estabilização do trombo 
• Hemostasia secundária 
• Fator tecidual 
• Proteases da cascata de coagulação 
• Ca2+ 
 
- Hemostasia Primária: 
• Adesão plaquetária → colágeno e 
fator de Von Willebrand expostos pela 
lesão endotelial 
• O fator de Von Willebrand funciona 
como uma ponte de adesão entre o 
colágeno subendotelial e o receptor 
plaquetário glicoproteína (Gp1b) 
• A ativação plaquetária ocorre devido a 
mudança na forma e eliminação de 
grânulos com ADP e TXA2 
• Formação do tampão plaquetário → 
trombocitopenia e trombastenia 
- Hemostasia secundária: 
• Após a agregação plaquetária, o 
depósito de fibrina no tampão 
plaquetário caracteriza a hemostasia 
secundária 
• A fibrina será resultado de uma 
cascata de coagulação 
• A cascata de coagulação consiste em 
uma série de reações enzimáticas 
amplificadoras que culminam com a 
formação de tampão fibrino- 
plaquetário estável (fibrina estável) 
• Ocorre alteração dos fatores de 
coagulação pois o tampão não é 
estabilizado pela formação da fibrina, 
que depende dos fatores plasmáticos 
- Participação do endotélio no controle da 
coagulação 
• Efeitos inibidores sobre as plaquetas 
o Protege as plaquetas do vWF 
e do colágeno 
o Libera vários fatores que 
inibem a ativação e 
agregação plaquetária 
o Células endoteliais se ligam à 
trombina e reduzem a sua 
atividade 
• Efeitos anticoagulantes 
o Expressa fatores que se 
opõem efetivamente à 
coagulação 
• Efeitos fibrinolíticos 
o Células endoteliais sintetizam 
t-PA que degrada fibrina 
Maria Fernanda Moncorvo – T5 
 
34 
 
- Solidificação de trombos no leito vascular ou 
no interior das câmaras cardíacas, pode 
formar-se em qualquer território do sistema 
cardiovascular (venoso, arterial) 
- ↑ atividade coagulante; ↓ atividade 
fibrinolítica 
- O trombo é uma massa de sangue gerada 
pela coagulação sanguínea exagerada → 
hemostasia exacerbada; 
- Esses mecanismos hemostáticos podem 
ocorrer tanto nas artérias como nas veias, 
porém são mais frequentes nas veias 
- O grande problema dos trombos está 
quando esse coágulo se solta das paredes 
dos vasos e passa a circular no organismo → 
passa a ser chamado de embolo 
- A embolia pulmonar é decorrente de um 
trombo formado em um leito venoso que 
percorre a corrente sanguínea obstruindo 
um vaso do pulmão, impedindo a passagem 
correta de sangue 
- Existem alguns fatores importantes que são 
determinantes para a formação dos trombos 
- Tríade de Virchow: 
• Três fatores que somados culminam 
na formação do evento trombótico 
• Lesão endotelial: 
o Quanto mais extensaa 
lesão, maior o risco de 
trombose → início de todo 
o processo hemostático 
o A lesão promove exposição 
e liberação de fatores 
ativadores de plaquetas 
o Promove ativação dos 
fatores de coagulação 
o Promove perda da 
expressão de antitrombina III 
• Alteração de fluxo sanguíneo: 
o Estase ou turbulência 
o Turbulência → o endotélio 
torna-se ativado e 
desaparece o fluxo laminar; 
turbulência também lesa 
diretamente o endotélio 
o Além de agredir o endotélio, 
estase sanguínea dificulta a 
remoção de fatores pró-
coagulantes e reduz a 
chegada de fatores 
anticoagulantes 
o Na hipertensão por 
exemplo, existe um padrão 
e os próprios elementos do 
sangue começam a fazer 
uma lesão endotelial 
• Hipercoagulabilidade: 
o Processo exacerbado de 
coagulação (deposição 
exacerbada de fibrina) 
o Resulta de: 
o Aumento do número de 
plaquetas 
o Maior disponibilidade de 
fatores pró coagulantes 
o Redução de inibidores da 
coagulação 
- Trombose Venosa Profunda 
• É a coagulação do sangue em uma 
veia profunda, geralmente de 
membros inferiores 
• Decorre de condições que 
comprometem o retorno venoso 
- Edema: sua formação se dá pela redução 
do retorno venoso com congestão; elevação 
de pressão hidrostática no leito capilar 
 
Maria Fernanda Moncorvo – T5 
 
35 
 
 
- Tromboembolia pulmonar 
• Se origina na TVP e é a forma mais 
comum da doença tromboembólica 
• Consequências fisiopatológicas: 
1. Comprometimento respiratório: 
devido a um segmento pulmonar 
não perfundido, embora ventilado 
2. Comprometimento hemodinâmico: 
decorrente do aumento da 
resistência ao fluxo sanguíneo 
pulmonar causada pela obstrução 
embólica 
OBS: morte súbita, cor pulmonale - colapso 
cardiovascular: 60% ou mais da circulação 
pulmonar obstruída 
OBS: 60% a 80%: clinicamente silenciosa, pois 
os êmbolos são muito pequenos 
(microêmbolos) 
- Embolia sistêmica: 
• Frequentemente, originada de 
trombos sólidos formados no leito 
arterial ou ainda nas câmaras 
cardíacas 
• 80% surge a partir de trombos 
murais intracardíacos 
• Os restantes se originam de 
aneurismas aórticos, placas 
ateroscleróticas, vegetações valvares 
• Consequências: 
o Vulnerabilidade dos tecidos 
afetados pela isquemia 
o Vulnerabilidade do calibre 
dos vasos ocluídos 
o Vulnerabilidade da existência 
de circulação colateral 
o Geralmente o resultado é o 
infarto tecidual 
 
Outros tipos de embolias sólidas: 
• Embolia Paradoxal: trombos 
formados no leito venoso que 
adentram o átrio direito ganham o 
átrio esquerdo por um mecanismo 
de shunt direita- esquerda 
• Embolia Gordurosa: glóbulos de 
gordura microscópicos na circulação 
sistêmica — por vezes associados à 
fratura de ossos longo (exposição de 
medula óssea); lesão traumática de 
tecido adiposo; esteatose hepática) 
o Progressão para embolia 
gordurosa pulmonar ou 
ainda embolia gordurosa 
cerebral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maria Fernanda Moncorvo – T5 
 
36 
 
- Hemorragia ou sangramento é o distúrbio da 
circulação caracterizado pelo extravasamento 
do compartimento vascular ou das câmaras 
cardíacas para o meio externo, para o 
interstício ou para cavidades pré-formadas 
- Distúrbios leves: condições de estresse 
hemorrágico (ex: cirurgias, traumas) 
- Distúrbios moderados: distúrbios na síntese ou 
ativação dos fatores de coagulação (ex: 
hemofilia) 
- Distúrbios intensos: ruptura de grandes vasos 
como a artéria aorta ou coração (ex: aneurisma 
aorta) 
- A origem (etiologia) da hemorragia pode ter 
diferentes fatores: 
• Hereditária: hemofilia, doença de Von 
willerbrand (defeitos em plaquetas) 
• Adquiridas: carência de Vit K, 
insuficiência hepática, uso de fármacos 
• Lesões vasculares 
- Terminologia: 
• Petéquias: resultam de defeitos de 
plaquetas 
• Púrpura: lesão superficial um pouco 
maior que as petéquias e mais 
pigmentada 
• Equimose: mancha azulada ou roxeada, 
mais extensa que a púrpura, são 
frequentes em traumatismos 
• Hematoma: sangue se acumula 
formando uma tumoração, frequente 
após ação de agentes mecânicos 
- Lesão vascular (patogênese) 
• Consiste em rompimento dos vasos 
sanguíneos tendo diferentes causas: 
o Rexe: traumatismo mecânico 
que provoca saída de sangue 
pela ruptura dos vasos 
o Diapedese: saída de sangue 
através de espaços entre as 
células endoteliais 
o Diabrose: digestão/ erosão de 
vasos causados por digestão 
enzimática → substancias 
digestivas 
- Distúrbios na hemostasia primária (patogênese) 
• Adesão plaquetária → colágeno e fator 
de Von Willerbrand 
• Ativação plaquetária devido a mudança 
na forma e eliminação de grânulos com 
ADP e TXA2 
• Formação do tampão plaquetário → 
trombocitopenia e trombastenia 
- Fatores que contribuem para 
redução/ativação de plaquetas: 
• Congênita (rara): tromblastenia de 
Glanzmann → tendência hemorrágica 
grave (não ocorre agregação 
plaquetária) deficiência da glicoproteína 
IIb – IIIa 
• Adquirida: disfunção hepática, uso de 
medicamentos (ASS e AINES), diminui 
tromboxano, diminui tromboxano 
• Trombocitopenia 
- Distúrbios na hemostasia secundária 
(patogênese) 
• Alteração dos fatores de coagulação 
pois o tampão não é estabilizado pela 
formação da fibrina, que depende dos 
fatores plasmáticos 
Deficiência congênita de fatores plasmáticos da 
coagulação: Hemofilia A e B → defeito na 
produção de fator VIII e fator IX 
Maria Fernanda Moncorvo – T5 
 
37 
 
- Um infarto é uma área tecidual de necrose 
isquêmica causada pela obstrução, seja por 
suprimento arterial ou por drenagem venosa 
- A etiologia do infarto pode ser trombose 
arterial ou embolia arterial, vaso espasmo local, 
placa ateromatosa, compressão extrínseca do 
vaso, torção dos vasos e ruptura vascular 
traumática 
- Os infartos são classificados de acordo com a 
sua cor, podendo ser vermelhos 
(hemorrágicos) ou brancos (anêmicos) 
 
- Infarto branco: 
• Ocorre com oclusões arteriais em 
órgãos sólidos com circulação arterial 
terminal → coração, baço e rim 
• A causa é sempre arterial podendo ser 
uma oclusão tromboembólica 
• A densidade do tecido limita a 
penetração de sangue dos leitos 
capilares adjacentes na área necrótica 
• Sangue NÃO chega ao órgão 
OBS: uma região que sofreu um infarto branco, 
quando reperfundida pode vir a acontecer um 
infarto vermelho secundariamente 
 
- Infarto vermelho: 
• Ocorre extravasamento de sangue na 
região infartada, geralmente devido a 
presença de circulação dupla 
• Ou ocorre quando o fluxo é 
reestabelecido para um local de 
oclusão arterial com necrose previa 
• Tanto a oclusão arterial como a 
venosa podem causar infartos 
vermelhos 
• Os órgãos comumente acometidos 
são: testículos, tumores pediculados, 
encéfalo e intestinos 
• Os infartos vermelhos não são tão 
bem delimitados quanto os brancos, 
em virtude da infiltração de sangue do 
parênquima adjacente à necrose. 
 
Transformação do infarto branco em 
vermelho: 
Obstrução arterial → infarto branco obstrução 
removida → espontânea ou terapêutica → 
fluxo reestabelecido → sangue inunda a região 
infartada → infarto secundariamente vermelho 
- Fatores que influenciam o desenvolvimento 
do infarto: 
• Anatomia do suprimento vascular 
• Tempo de desenvolvimento da 
oclusão 
• Vulnerabilidade intrínseca do tecido 
afetado a lesão isquêmica 
• Conteúdo de oxigênio no sangue 
 
Maria Fernanda Moncorvo – T5 
 
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- Distúrbio hemodinâmico agudo e sistêmico 
caracterizado por uma incapacidade do 
sistema circulatório em manter a pressão 
arterial ideal para garantir a perfusão 
sanguínea resultando em hipóxia tecidual 
generalizada 
↓ perfusão tecidual → hipóxia → falência 
múltipla de órgãos 
- Para que não haja choque hemodinâmico, o 
débito cardíaco do paciente deve estar bom 
→ levando oxigênio para todos os tecidos do 
organismo 
- O paciente

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