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A psicologia institucional de josé bleger
Prof. Adalberto botarelli
apresentação
José Bleger, argentino, médico, psicólogo, psicanalista e professor, desde a década de 60, está presente entre nós com os seus estudos sobre Psicanálise, Psicologia, Grupos e Instituições.
A Psicologia Institucional é um modelo que difere da Psicologia Individual;
Em Psicologia Institucional, interessa-nos a instituição como totalidade – podemos nos ocupar de parte dela, mas sempre em função da totalidade.
Bases metodológicas 
No diagnóstico institucional, o psicólogo centra sua atenção na atividade humana, no espaço e tempo em que ela tem lugar e no efeito da mesma para aqueles que  desenvolvem tais atividades (BLEGER, 1984,p.38).
 
Para isso, impõem-se informações sobre a própria instituição que incluem:
 a finalidade e o objetivo da instituição; 
 condições de trabalho; 
situação geográfica e relações com a comunidade; 
relações com outras instituições; 
a origem, a evolução, história, crescimento, mudança, flutuações,   cultura e tradições; 
a organização e normas que as regem; 
os sujeitos; 
Bases metodológicas 
Articulação teórica entre Materialismo histórico e Psicanálise
Dimensão Institucional e Política dos processo grupais
Destaque para os estudos sobre intervenção institucional do Psicólogo
Proposta de compreensão psicanalítica das relações instituída na dinâmica dos grupos
Caminhos para identificar as relações pessoais dentro de uma instituição e suas propostas de interveção:
O psicólogo a comunidade e a instituição
Elementos para a compreensão das relações instituídas
Postura psicanalítica
O psicólogo a comunidade e a instituição
Bases científicas e políticas para os cuidados da saúde de toda a população como forma do psicólogo atuar sobre as formas de poder que transpassam a vida dos grupos e das classes sociais.
Processo de investigação subjetivo (cotidiano + leis psicológicas que regem a conduta), em contraponto aos processos científicos naturais ( sujeito que observa como um dos elementos do campo de observação)
Bases relacionais dos objetos ( qualidades determinadas pelas condições e relações nas quais se acha cada objeto em cada momento
Se a conduta é compreendida como uma relação ela é sempre subjetiva
O conceito de ciência 
Conhecimento Psicológico é conhecimento das relações intersubjetivas
Para conhecer as relações é necessário estudar fantasias, desejos, ansiedades e mecanismos de defesa
A investigação se torna possível por meio da repetição de sentimentos e fantasias do sujeito a ser conhecido na sua relação com o conhecedor (transferência e contra transderência) 
Entrevista como instrumento que permite identificar-se projetivamente com uma situação mas permanecer no papel diferenciado ( assinalar, apontar e interpretar)
O elemento humano a ser conhecido se situa no inter jogo entre a ansiedade que a identificação desperta e sua superação por meio da incorporação simbólica como conteúdo intelectual 
A função do Psicólogo é sempre investigativa e o conhecimento desafiador (Levantar hipóteses e atingir conclusões parciais que permitam a retomada de novas hipóteses)
Psico-higiene
Buscar propiciar condições para a vida e a saúde nos grupos básicos de interação, como família, escola, trabalho e atividades na comunidade
Promoção do bem estar no cotidiano ao invés da cura e recuperação terapêutica
 Lidar com preconceitos, hábitos e atitudes de estresse em situações de mudança ou momentos críticos (doenças, mudanças , etc)
Psicanalistas e Psiquiatras envolvido com situações de cura e terapêuticas e Psicologos envolvidos com atividades de saúde 
O papel do Psicólogo seria em primeiro lugar questionar hábitos e posturas e não somente interpretar as fantasias inconscientes (compreender e intervir) 
Relação entre a leitura do inconsciente os plano manifesto e ideológico (pré concepções, hábitos, atitudes, etc)
Psicologia institucional
Forma de “fazer” e de intervenção psicologia de significação social, com postura investigadora capaz de produzir conhecimentos técnicos inovadores 
Processo de investigação e intervenção baseado no método clínico
Enquadre como meio de distancia instrumental para que compreenda as relações e meio de controle das variáveis 
A estratégia clínica envolve totalidade de abordagem e vínculo de assessoria com autonomia técnica que proporcione um caráter analítico para a intervenção
Seu objeto de intervenção é a psico-higiêne 
O que se apresenta como uma solicitação do trabalho do psicólogo não é o problema em si mas os seus sintomas 
Método clínico
Atitude Clinica
Função de assessoria
Limites da tarefa ( Conflitos)
Esclarecimentos (informações e resultados)
Relações grupais independentes
Contatos extraprofissionais
Relações entre grupos
Natureza da atividade profissional
Relações de trabalho (independencia)
Postura perante os grupos
Sucesso do trabalho/saúde da Instituição
Manejo da informação
Resistências
Algumas considerações sobre o enquadre
Deve ser estabelecido desde os primeiros contatos com a Instituição
A maneira como se formula o contrato e se estabelece o enquadre diz muito sobre a dinâmica da Instituição
O psicólogo torna-se depositário dos conflitos, mas isto não é uma patologia e sim ansiedade pela possibilidade de mudança das relações estereotipadas da instituição.
Grau de patologia: Falta de conflitos ou ausência de recursos para resolvê-los
O enquadre e as Dificultadores para o trabalho
Estereotipia: Forma rígida e repetitiva para lidar com as ansiedades
Dilema: Forma defensiva extrema do conflito e dinâmica irreconciliável
Ambiguidade: Forma de amortecer ou encobrir os conflitos
Enfrentamento do conflito: Cabe ao profissional ajudar a transformar a ambiguidade em conflito e os conflitos em problema 
Cabe ao Psicologia ajudar a instituição a instrumentalizar-se para explicitar seus conflitos e manejá-los até que se transformem em problemas a serem resolvidos
O conflito é normal no desenvolvimento de qualquer manifestação humana, não se trata de eliminar ou mascarar, mas sim de considerá-los problemas a serem resolvidos.
O enquadre como referencial para a tarefa
Para a instituição solicitar ajuda ela precisa ter um insight de seus conflitos
Sem receber solicitação da instituição o psicólogo não terá como aplicar suas técnicas de intervenção
Quanto maior for o grau de estereotipia e ambiguidade nas relações entre pessoas e grupos da instituição, maior será o ataque e a sabotagem ao enquadre
Neste caso o enquadre se torna condição de proteção e garantia de realização do trabalho (papéis e lugares na relação, tanto do psicólogo como dos demais)
Justificativas teóricas para a intervenção
Compreensão dos processos de intervenção próximos aos princípios da psicanálise
Atenção para a dinâmica inconsciente das relações intra e inter grupal
Personalidade estruturada entre um ego sincrético e um ego organizado
A comunicação grupal depende desta estruturação
Existe uma relação inseparável entre o sujeito, a organização grupal e suas instituições.
Sincretismo e identidade do sujeito
A princípio o que existe é a indiferenciação entre o eu e o outro, o desenvolvimento compreende do isolamento à socialbilidade
 Nascemos na indiferenciação dos vínculos e o desenvolvimento permitirá que eles se transformem (do simbiótico/sincrético ao diferenciado)
O surgimento de relações diferenciadas não elimina os aspectos indiferenciados que lhe deram origem
O núcleo aglutinado determina sempre um grau de sincretismo, simbiose, ambiguidade na relação social ou grupal, mesmo em uma personalidade madura
Sobre a Diferenciação entre vínculo e relação
O vínculo sincrético é aquele em que não há diferenciação entre o eu e o outro, seus conteúdos internos são projetados num outro depositário e disto depende a sobrevivência psicológica
Uma vez projetados, os conteúdos internos são percebidos como sendo o outro
A personalidade ou identidade se dá pela integração de um ego sincrético (simbiose e ambiguidade – sem distinção entre o que é sujeito eobjeto da libido) e um ego organizado (discriminação e relação com o meio social – a partir da perspectiva da relação com o outro)
Simbiose é vínculo mas não é relação, pois é na relação que temos uma realidade intersubjetiva (dois em interação, aos invés da projeção massiva de um indivíduo no outro )
A relação somente será possível com a clivagem (separação) dos processo mais primitivos da sociabilidade
A identidade será sempre uma diferenciação possível de um fundo de indiferenciação
A comunicação e o grupo
O grupo surge como resultado das possibilidades de se vincular (sociabilidade sincrética) e relacionar (sociabilidade organizada)
Por isto o indivíduo é sempre e em primeira instancia grupo (movimento de diferenciação e indiferenciação)
A relação nas e pelas organizações é possível devido aos aspectos normativos da personalidade e pela garantida da clivagem (separação) dos processo mais primitivos da sociabilidade
 Qualquer mudança na instituição implica mudança na personalidade pois o indivíduo, os grupos e as organizações existem não apenas pela comunicação e sociabilidade, mas também a partir da articulação entre as instâncias sincrética e organizada
A tendência burocracia e resistência à mudança se explica pelo fato das instituições serem depositárias da sociabilidade sincrética
 Em relações novas o que se teme é tomar contato com as formas particulares de organização sincrética, sendo assim os grupos temem uma regressão nos níveis de sociabilidade 
Configurações grupais
Conforme o grau de relação entre os níveis sincrético e organizado teremos configurações grupais diferentes:
Indivíduos predominantemente simbióticos e dependentes tendo como base a identidade grupal
Neurótico ou normais que alcançam uma certa individuação e que tenderão desenvolver a sociabilidade por interação mas as coisas acontecem para não acontecer nada, isto se dá pois o nível sincrético está separado da produção consciente
Pouco importância para o grupo, sendo que seus indivíduos se esquivam dos vínculos simbióticos e mesmo assim tendem a eles 
Questão de diagnóstico
Ao abordarmos as relações institucionais devemos estar atentos a:
Intensidade da clivagem 
Flexibilidade dos grupos para o “ir e vir” do nível sincrético ao organizado
Grau de ansiedade despertado tanto pela clivagem como pelos níveis sincrético e organizado
Definições para a instituição
Bleger entende Instituição como o nível interativo do funcionamento grupal, sendo assim “o grupo é sempre uma instituição muito complexa, ou melhor, é sempre um conjunto de instituições” 
As estereotipias rígidas levam à burocracia do grupo, neste momento ele se torna organização e passa a depender da normatização da conduta
Como o grupo e a organização são a personalidade de seus integrantes, toda organização tende à mesma estrutura do problema que deve enfrentar 
Postura psicanalítica 
Atuação a partir do enquadre que define uma postura de independência técnica e que permite a dissociação instrumental (totalidade e relações entre os grupos do organograma)
Disposição para levantar hipóteses interpretativas
Integrar os níveis de sociabilidade sincrética sem impedir a individuação e interação
É preciso estabelecer uma relação entre o fazer do Psicologo proposto pelo autor na Psico higiene e na Psicologia Institucional

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