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COMPORTAMENTO ANIMAL BEM ESTAR ANIMAL 1

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BEM ESTAR ANIMAL 
 
COMPORTAMENTO ANIMAL 
 
AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO 
- Fatores que influenciam o comportamento animal 
- Indicadores comportamentais ⇨ entendimento do 
bem-estar animal (bom/ruim) 
 
RESPOSTAS COMPORTAMENTAIS 
- Fáceis de serem observadas 
- Indicam um nível mais complexo de funcionamento 
⇨ como os animais mudam e controlam seu 
ambiente 
- Mensuração mais específica do estado emocional e 
da experiência 
- Não invasivo e não intrusivo 
 
Médicos Veterinários utilizam o comportamento para 
avaliação ⇨ sinais clínicos: 
- Diagnóstico de alterações no funcionamento físico 
⇨ doença 
- Identificação e tratamento de sentimentos negativos 
(dor, náusea, sofrimento) 
 
“Muitas vezes é difícil para as pessoas que trabalham 
com animais compreender que o uso de princípios de 
comportamento, tanto no desenho dos equipamentos 
e das pessoas que trabalham com animais, é 
geralmente mais 
 eficaz do que a força” (GRANDIN, 2006). 
 
Etograma ⇨ listagem descritiva dos padrões de 
comportamento de um animal como variáveis 
discretas, chamados atos. Registra a variedade de 
atividades desenvolvidas por um animal e o tempo 
gasto em cada uma delas. 
 
AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO 
Observar/registrar como os animais utilizam o seu 
tempo: 
- Ambiente natural, ambiente restrito 
 
Útil no estudo do bem-estar animal ⇨ indica como os 
“animais se sentem”: 
Repertório comportamental (escolhas feitas pelo 
animal): 
- análise dos estímulos ambientais 
- Motivação (ímpeto de executar um comportamento) 
- Influências motivacionais 
 
Repertório de comportamentos no meio selvagem: 
Comportamentos reprodutivos ⇨ cortejo, cópula, 
parto, cuidados maternos 
Comportamentos alimentares ⇨ busca, obtenção e 
consumo de alimentos 
 
Repertório de comportamentos é influenciado por: 
- Experiência 
- Estado fisiológico (idade, prenhez) 
- Respostas inatas (espécie, raça) 
 
Motivação ⇨ estimula a execução de 
comportamentos 
Resultado da avaliação mental do estímulo sensorial 
⇨ pode ser interno ou externo 
Alguns comportamentos são motivados 
internamente, outros externamente e outros de 
ambas as formas. 
Comportamentos motivados internamente ⇨ 
geralmente relacionados ao estado físico do animal 
(beber, comer, descansar, dormir, limpar-se). 
Motivação aumenta se o comportamento não é 
efetivado. 
 
Comportamentos motivados externamente ⇨ 
geralmente relacionados ao ambiente (visão do 
predador, odor do alimento) 
Motivações internas e externas ⇨ comportamento 
social (brincar) 
Motivações conflitantes (sede/predador) 
 
Compreensão da motivação oculta do 
comportamento do animal ⇨ estudo do 
comportamento animal aplicado 
- Brincadeira X briga 
- Agressão 
- Manejo adequado frente as diferentes situações 
 
Papel central do cérebro 
Avaliação de estímulos sensoriais (emoções, 
motivação, aprendizagem, expectativas, antecipação 
de eventos negativos ou positivos) 
Cognição ⇨ capacidade mental de perceber, 
processar e armazenar informações 
 
Emoções positivas (prazer, empolgação) 
Motivam comportamentos que não são necessários 
com urgência para a sobrevivência, mas trazem 
benefícios em longo prazo. 
Brincar ⇨ prazer ⇨ brincar de novo ⇨ desenvolver 
habilidades sociais e de presa/predador. 
 
Emoções negativas (dor, medo, frustração) 
Motivam comportamentos relevantes que atendem a 
uma necessidade imediata 
Lesão ⇨ dor ⇨ comportamento para proteger a área 
lesionada 
Visão de um predador ⇨ medo ⇨ fugir ⇨ 
sobrevivência 
 
Seleção Genética: 
Genes ⇨ podem influenciar fortemente a motivação 
dos animais a expressar um comportamento 
específico em um contexto particular. 
Arrancamento de penas em aves ⇨ linhagens com 
menor tendência a arrancar as penas tiveram maior 
produção de ovos 
Temperamento em bovinos ⇨ docilidade na sala de 
ordenha. 
 
Necessidades comportamentais ⇨ animais sofrem se 
privados da oportunidade de expressá-los: 
- Galinhas poedeiras ⇨ ninho protegido 
- Suínos ⇨ fuçar 
- Bezerros ⇨ mamar 
- Ursos polares ⇨ caminhar longas distâncias 
- Hamsters, camundongos, ratos ⇨ construir 
tocas/ninhos 
 
INDICADORES COMPORTAMENTAIS: O ANIMAL 
“NORMAL” 
- Estado de alerta 
- Curiosidade 
- Brincar 
- Variedade de atividades (exploração) 
- Interação com outros membros do rebanho/grupo 
- Interação com humanos/aversão a humanos 
Afetada por: 
- Espécie 
- Raça 
- Idade (animais jovens ⇨ ativos, brincar e dormir) 
- Ambiente (adaptações ou limitações) 
- Tamanho do grupo e interação (presença de 
dominantes) 
- Estação (reprodutiva, migratória) 
 
O ANIMAL “NORMAL”: INTERAÇÃO COM OUTROS 
MEMBROS DO REBANHO/GRUPO 
Interações sociais positivas (vínculo social) ⇨ 
comportamento afiliativo ⇨ limpeza/catação 
recíproca 
- Espécie/raça 
- Variação de idade e de tamanho 
- Tamanho do grupo 
 
INTERAÇÃO COM HUMANOS 
- Zona de fuga, tempo, experiência anterior 
 
INDICADORES COMPORTAMENTAIS DE BEM-ESTAR 
COMPROMETIDO 
• Diversidade de atividades limitada 
• Ofegar ou suar 
• Amontoar-se ou tremer 
• Medo ou agressividade anormais em relação a 
humanos 
• Estereotipias e outras anormalidades 
comportamentais 
 
DIVERSIDADE DE ATIVIDADES LIMITADA 
Pode afetar animais individuais ou todo grupo e 
envolve: 
• Espaço restrito (sistemas de produção intensiva ou 
manutenção em laboratório) 
• Amarras curtas 
• Claudicação 
• Maior tempo deitado (devido à claudicação, 
doenças, obesidade ou fraqueza) 
 
DIVERSIDADE DE ATIVIDADES LIMITADA DEVIDO AO 
CATIVEIRO 
“Adaptação adquirida ao desespero” 
“Estado de espírito de um animal que desistiu ⇨ 
ausência de esperança” 
 
OBSERVAÇÃO DO COMPORTAMENTO 
Ambientes restritos ⇨ comportamento limitado 
Bem-estar ⇨ comprometido por um ambiente 
restrito 
 
ATIVIDADES LIMITADAS DEVIDO À CLAUDICAÇÃO 
• Estímulo doloroso 
• Interação anormal com outros membros do 
rebanho 
• Dificuldade locomoção para acessar alimento ⇨ 
magros 
• Deitados por longos períodos ⇨ queimaduras 
urinárias/feridas 
 
MAIOR TEMPO DEITADO 
• Inanição crônica ⇨ fraqueza 
• Doenças ⇨ exaustão ou colapso 
• Obesidade ⇨ questão importante em animais de 
estimação 
 
OFEGAR E OU SUAR 
• Estresse causado pelo calor 
• Febre 
• Superlotação 
• Medo 
Causas: - temperatura do ambiente, 
- densidade de lotação, 
- exame clínico (verificar sinais de doenças) 
 
AMONTOAR-SE OU TREMER 
• Frio 
– Não costuma afetar a maioria dos animais, exceto 
em ambientes extremos 
– Animais muito novos 
– Animais molhados, expostos ao vento 
– Animais novos não alimentados 
• Medo 
 
MEDO OU AGRESSIVIDADE ANORMAIS EM RELAÇÃO 
A HUMANOS 
“Normal” ⇨ depende da espécie, raça e dos contatos 
anteriores com humanos ⇨ “zona de fuga” 
Animais aprendem por experiência ⇨ medo ou 
agressividade anormais podem indicar crueldade 
sofrida anteriormente 
Vacas leiteiras adequadamente manejadas ⇨ não 
devem ter medo das pessoas 
 
INTERAÇÕES TÁTEIS NEGATIVAS 
• Interações negativas durante 15 a 30 segundos 
diários tornam porcos menos dispostos a se 
aproximar de humanos parados 
• Interações positivas tornam porcos mais inclinados 
a se aproximar de humanos parados 
 
INTERAÇÃO DE PORCOS COM TRATADORES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBSERVAÇÃO DO COMPORTAMENTO 
• Observação do comportamento ⇨ não indica a 
importância de determinadas restrições para um 
animal 
• Desenvolvimento de metodologias adequadas 
 
ESCOLHAS 
Ofereça ao animal uma diversidade de opções e o 
deixe escolher 
Poedeiras com acesso a ninhos em sacos de feijão (SF) 
e piso puro (PP) 
Número de vezes que elas escolheram cada tipo de 
ninho foi registrado em 16 oviposturas 
 
 
 
Galinhas preferem pôr ovos em ninhos com material 
solto, que possa ser manipulado com seus corpos e 
pés. 
 
Animais escolhem muito espaço, cama confortável, 
oportunidade de controlar o seu ambiente e de 
interagir com os outros. 
 
• Estemétodo fornece informações sobre as escolhas 
ou preferências de um animal 
• Não responde se o bem-estar do animal fica 
prejudicado caso ele não consiga o que prefere 
 
TRABALHO QUE UM ANIMAL FARÁ PARA OBTER O 
QUE NECESSITA 
• Fazer o animal trabalhar por recompensas (alimento 
ou areia para se banhar) 
• Quantidade de trabalho que o animal fará ⇨ indica 
a importância da recompensa para o animal 
 
Avaliação do trabalho que porcas gestantes estavam 
dispostas a fazer para: 
 
• Obter acesso a palha para a construção de ninho 
• Obter acesso a alimentos 
 
 
 
 
 
Motivação da porca para construir um ninho ⇨ muito 
forte no último dia da gestação 
O animal trabalha mais duro para conseguir alimento 
como recompensa, mas em determinados momentos 
do ciclo, outras motivações podem ser muito fortes 
 
TESTES DE AVERSÃO - TRABALHO QUE UM ANIMAL 
FARÁ PARA ESCAPAR DE UM ESTÍMULO 
DESAGRADÁVEL 
 
Resultados ⇨ úteis para medir agentes estressantes 
de curta duração. Não servem para medir sofrimento 
crônico. 
“Estes testes causam sofrimento!” 
 
ESTEREOTIPIAS E OUTRAS ANORMALIDADES 
COMPORTAMENTAIS 
“DESVIOS DO COMPORTAMENTO NORMAL” 
 
• Comportamento repetitivo 
• Constante na forma 
• Sem propósito óbvio no contexto 
• Frustração passada ou presente (ambiente 
restritivo) 
• Adaptativo ⇨ endorfinas (alívio da frustração ?) 
 
• Equinos ⇨ aerofagia (genética, falta de 
oportunidade para pastar) 
• Carnívoros em cativeiro ⇨ andar de um lado para o 
outro (falta de espaço, ambiente estéril) 
• Galinhas poedeiras ⇨ arrancamenteo de penas 
(genética, atividade, densidade animal) 
• Animais de companhia ⇨ latidos, andar de um lado 
para o outro 
 
 
 
• Comparação no investimento do tempo de girafas 
em liberdade e em zoológicos 
• Registro de diversos fatores ambientais para 
investigar possíveis correlações com diferenças 
comportamentais 
 
GIRAFAS EM LIBERDADE 
• Muito tempo gasto em locomoção 
• Nenhum estereótipo observado 
• Variações nos investimentos do tempo em locais 
diferentes 
 
GIRAFAS EM ZOOLÓGICOS 
• Pouco tempo gasto em locomoção 
• Todas mostraram estereótipos, principalmente à 
noite 
• Em um dos zoológicos, mais de 60% das noites 
foram passadas desempenhando comportamentos 
estereotípicos 
 
Padrões anormais de comportamento ⇨ mais comuns 
em animais mantidos em ambientes estéreis e sem 
relação com o ambiente natural, com poucos 
estímulos (atividades), situações com alto grau de 
frustração e isolamento. 
 
BRIGAS 
• Pós-desmame (suínos) 
• Feiras 
• Transporte ao abate 
• Motivações ⇨ medo, proteção territorial, 
dominância social, competição por alimentos 
• Gatilhos ⇨ espaço, mistura de lotes, desmame 
precoce 
 
OUTROS COMPORTAMENTOS 
 
• Comportamentos re-direcionados: 
– Atividades normais direcionadas a receptores 
inadequados (bezerros mamando em outros bezerros, 
mordedura de cauda em suínos) 
• Comportamentos prejudiciais ao próprio animal: 
– Cães ⇨ lambedura por estresse 
– Cavalos ⇨ automutilação 
 
AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DO COMPORTAMENTO 
• Frequência 
• Duração 
• Número de animais expressando o comportamento: 
– Brigas em suínos 
– Porcentagem de animais que vocalizam no manejo e 
na insensibilização ⇨ abate humanitário 
 
INDICADORES COMPORTAMENTAIS 
Vantagens 
• Mais fácil/menos invasivo 
• Requer menos equipamentos 
• Pode ser feito fora do laboratório 
Desvantagens 
• Difícil interpretação 
• Considerado menos rigoroso por alguns 
pesquisadores 
 
CONCLUSÕES 
Observações do comportamento animal nos dizem 
muito sobre as escolhas e sua importância para o 
animal, bem como seus reflexos sobre seu bem-estar. 
Quando o comportamento do animal indicar um 
“bem- estar comprometido”, devemos investigar as 
causas e promover possíveis soluções. 
 
INDICADORES FISIOLÓGICOS E BEM ESTAR ANIMAL 
 
RELAÇÕES COM AS RESPOSTAS FISIOLÓGICAS 
✓ Respostas de estresse (catecolaminas, 
glicocorticóides) 
✓ Respostas neurológicas (dopamina) 
✓ Respostas metabólicas (catabolismo) 
✓ Respostas imunológicas (leucócitos sanguíneos) 
 
 
 
HOMEOSTASE 
Processos pelos quais animais complexos mantém seu 
meio interno em função das grandes alterações do 
meio externo e a formação de produtos de descarte 
pelas células internas. 
 
ALOSTASE 
Processo pelo qual um organismo varia seu meio 
interno para atender as demandas ambientais através 
de alterações fisiológicas e comportamentais. 
Processos adaptativos usados para manter a 
estabilidade de um organismo por meio de processos 
ativos. 
 
ESTRESSE 
Conjunto de reações do organismo que resulta em 
alterações morfofuncionais como consequência da 
exposição a diversos agentes físicos e/ou biológicos 
(externos ou internos). Mecanismo biológico 
adaptativo adquirido através da evolução e com valor 
de sobrevivência 
 
Eustresse: conjunto de estímulos que desencadeia 
respostas benéficas ao organismo em relação a 
aspectos do seu bem-estar físico e/ou mental com a 
finalidade de manter a homeostase. 
 
Distresse: estado de desconforto no qual o animal 
não é capaz de se adaptar completamente aos fatores 
estressores e manifesta respostas comportamentais e 
fisiológicas anormais (comprometimento do bem-
estar, gerando muitas vezes, patologias evidentes). 
 
RESPOSTAS FISIOLÓGICAS 
 
Emoção ⇒ resposta inata, intensa, mas de curta 
duração a um evento (interno ou externo), que possui 
componentes comportamentais, fisiológicos 
(autonômicos), subjetivos e cognitivos (avaliação). 
 
Emoções ⇒ moldadas pela evolução, servem como 
reforçadores naturais ou de retroalimentação interna 
para orientar o comportamento e garantir a 
sobrevivência e a reprodução bem-sucedida. 
 
Animais ⇒ percebam e avaliam seu ambiente de 
maneira emocional, e aprendem a evitar situações ou 
estímulos que provocam emoções negativas e a 
procurar situações ou estímulos que induzem 
emoções positivas. 
 
Estados emocionais em animais ⇒ relacionados a 
alterações nas respostas fisiológicas, mediadas 
principalmente pelo sistema nervoso autônomo (SNA) 
e pelo eixo hipotalâmico-hipofisário-adrenal (HHA). 
 
Respostas fisiológicas adaptativas ⇒ alterações na 
frequência respiratória (FR) e cardíaca (FC), pressão 
arterial (PA), tamanho da pupila, sudorese, níveis de 
corticóides e neurotransmissores. 
 
Alteração no bem-estar - Alterações estado 
físico/psicológico - Respostas fisiológicas. 
 
Visão atual sobre indicadores fisiológicos de estresse 
para avaliar BEA ⇒ estresse pode fazer parte da 
doença, saúde e bem-estar, assim, não é um indicador 
confiável apenas do estado de comprometimento 
negativo de um animal. 
 
✓ Em peixes migratórios ⇒ níveis aumentados de 
cortisol sensibilizaram o hipocampo e outras áreas 
olfatórias no cérebro para estimular a memória ⇒ 
encontrar o fluxo aquático original para uma migração 
reprodutiva com sucesso; 
✓ Níveis aumentados de cortisol circulante ⇒ 
correlacionados com a maior sobrevivência de 
lagartos e coelhos selvagens; 
✓ Em camundongos ⇒ estresse pré-natal induziu o 
aumento da performance em tarefas motoras, sem 
aumentar comportamentos relacionados a ansiedade. 
 
ESTRESSE 
✓ Agentes estressores (desafios): - internos e 
externos 
 
Estresse psicossocial ⇨ fatores sociais ativam uma 
série de adaptações adrenocorticais, imunológicas e 
neurobiológicas. 
 
Fatores sociais estressores: 
✓ mistura de animais desconhecidos, 
✓ privação de contato social (isolamento social) 
✓ empobrecimento do meio ambiente 
✓ imprevisibilidade 
✓ redução de espaço (aglomeração) 
✓ ordem social perturbadora (instabilidade social) 
✓ restrições diversas (alimentos, conforto) 
 
Desafios psicossociais ⇨ promovem adaptações 
celulares e humorais em vários tecidos e órgãos, 
incluindo o sistema simpático-medular-adrenal e o 
eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, bem como outros 
tecidos periféricos que respondemao cortisol e as 
catecolaminas. 
 
Resposta de estresse ⇨ decorrente de demandas 
ambientais reais ou percebidas (estressores) que 
podem ser avaliadas como ameaçadoras ou benignas, 
dependendo da disponibilidade de recursos 
adaptáveis de enfrentamento para um animal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DAS TÉCNINAS DE MEDIÇÃO 
 
Prós e contras das técnicas de medição em termos de: 
Invasividade 
- severidade da implantação de um instrumento de 
medição no corpo. 
 
Restrição: 
– Contenção necessária para obter a amostragem. 
Perturbação/comprometimento: 
– Efeito do procedimento de amostragem/coleta 
sobre o parâmetro que está sendo avaliado. 
 
RESPOSTAS 
✓ Sistema nervoso autônomo: 
- simpático (adrenalina, noradrenalina) 
- parassimpático (acetilcolina) 
✓ Eixo hipotalâmico-hipofisário-adrenal 
 
SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO-MEDULAR ADRENAL 
 
✓ Aumento no volume de ar inspirado 
– ⇧ frequência respiratória 
– ⇧ relaxamento dos bronquíolos 
✓ Inibição funções corporais não-essenciais 
 
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA 
 
✓ Avaliação do estado atual 
✓ Fácil observação 
✓ Intimamente relacionada com frequência cardíaca 
 
EFEITOS SNS 
 
✓ Aumento do débito cardíaco: 
– ⇧ frequência cardíaca (taquicardia) 
– ⇧ contração do músculo cardíaco 
– ⇧ vasoconstrição periférica 
✓ Aumento do fluxo sanguíneo para os músculos: 
– ⇧ vasoconstrição periférica 
– contração do baço 
 
SNP  regula o sistema SNS 
SNP  Coração (nódulo sinoatrial); reduz o débito 
cardíaco, diminui frequência cardíaca (bradicardia) 
FC  indica o bem-estar em um dado momento 
Alteração do bem – estar  aumento da FC 
taquicardia (resposta ativa) ou  diminuição da FC 
bradicardia (resposta passiva) 
Frequência cardíaca de ovinos (75bpm) ⇧ se expostos 
a: 
– Pessoa estranha (⇧ 45 bpm) 
– Pessoa estranha com cão (⇧ 79 bpm) 
 
Frequência cardíaca de roedor silvestres ⇩ quando 
perturbada por: 
- Barulho repentino 
- Estímulo visual ameaçador 
“Comportamento de imobilização” 
 
ARRITMIAS CARDÍACAS 
Nome genérico de diversas perturbações que alteram 
a frequência ou o ritmo dos batimentos cardíacos - 
indicadoras de alterações crônicas do bem-estar 
- Contenção repetida ⇒ arritmias de taquicardia em 
macacos 
- Barulho e estímulos ameaçadores repetidos ⇒ 
arritmias de bradicardia em roedores silvestres 
 
MENSURAÇÃO FC 
- Auscultação (estetoscópio), monitor FC, 
biotelemetria/remoto ou com implante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRESSÃO SANGUÍNEA 
Medida de alterações crônicas do bem-estar 
Alteração do bem-estar ⇒ alteração da pressão 
sanguínea (PS) 
 
MEDIÇÃO PS – ESFIGMOMANÔMETRO, 
CATETERIZAÇÃO ARTERIAL. 
CATECOLAMINAS 
✓ A medular da adrenal libera: 
– Adrenalina (Epinefrina) 
– Noradrenalina (Norepinefrina) 
 
✓ Especificidade: Adrenalina ⇒ estímulos 
psicológicos 
Noradrenalina ⇒ estímulos físicos 
 
✓ Medida de estado agudo: 
– Liberação imediata (rato ⇒ 1/2 segundos) 
– Meia-vida curta (rato ⇒ 70 segundos) 
– Amostragem rápida: sangue e urina 
 
EIXO HIPOTALÂMICO-HIPOFISÁRIO-ADRENAL 
 
 
 
CORTISOL 
✓ Mobiliza reservatórios de energia em curto prazo 
✓ Estimula glicogenólise hepática e suprime secreção 
insulina (eleva glicemia) 
✓ Promove retroalimentação negativa no hipotálamo 
e hipófise (modula resposta de estresse com 
alteração da situação) 
 
CARACTERÍSTICAS DO EIXO HHA 
✓ Não tão imediato quanto o SNA 
✓ Medida de mudanças agudas no bem-estar 
– Glicocorticóides plasmáticos ⇒ aumentam entre 2 e 
10 minutos após estímulo 
– Podem permanecer elevados durante horas 
(gravidade do estímulo) 
– Amostragem: saliva, plasma sanguíneo, urina e 
fezes 
 
DOSAGENS DE GLICOCORTICÓIDES NAS FEZES 
Técnicas não invasivas para monitorar metabólitos de 
glicocorticoides (cortisol ou corticosterona) em 
amostras fecais ⇒ ferramenta útil para a avaliação de 
BEA em várias espécies (fácil aplicação em fazendas 
ou grupos de animais). 
 
Bovinos: transporte, reagrupamento, manipulação, 
estresse social, casqueamento, sistemas de ordenha, 
alojamento, eficiência alimentar, períodos pré e pós 
parto 
 
Ovinos: tosquia 
 
Equinos: dor, manejo, inseminação artificial, 
treinamento, transporte, sistemas de criação 
 
Galinhas: restrição alimentar, transporte, manejo, 
densidade de lotação, inspeção de bem-estar. 
 
LIMITAÇÕES DO HHA 
✓ Experiência anterior (ratos manejados) 
✓ Sexo (⇧ fêmeas) 
✓ Metabolismo 
✓ Horário de coleta das amostras (ritmo circadiano) 
Perturbação devida ao método 
✓ Presença humana, manejo, restrição e método de 
amostragem 
 
RESPOSTAS E ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS OU 
COMPORTAMENTAIS 
Processo produtivo em aves poedeiras ⇒ exposição a 
uma variedade de experiências de estressores agudos 
e crônicos: 
- classificação por sexo 
- vacinação e transporte após a eclosão 
- aglomeração e mistura com conspecíficos 
desconhecidos durante a criação 
- impedimento de necessidades comportamentais 
quando mantidas em unidades comerciais de postura 
de ovos 
 
Red Junglefowl (ancestral selvagem) ⇒ reagiu mais 
forte, tanto na resposta comportamental quanto 
fisiológica (costicosterona) ao estresse de restrição, 
bem como se recuperou mais rapidamente em 
relação a White Leghorn. 
Domesticação ⇒ pode ter alterado as respostas 
fisiológicas e comportamentais ao estresse agudo, 
provavelmente como uma adaptação a um espectro 
diferente de fatores de seleção. 
 
INDICAÇÕES DE RESPOSTA AGUDA AO ESTRESSE 
 
 
 
 
 
 
 
 
BEA E RESPOSTA DE ESTRESSE 
✓ Qualquer evento na vida do animal ⇒ resposta de 
estresse (deve ser adaptativa) 
✓ Vivenciar estresse ⇒ resposta natural 
✓ Preocupação ⇒ animal estressado além de sua 
capacidade de lidar com a situação ⇒ alterações 
patológicas 
✓ Crônico/más condições inevitáveis ⇒ adaptação 
inadequada 
 
BEA E ESTRESSE CRÔNICO 
✓ Decréscimo da imunidade 
✓ Hipertensão 
✓ Hipertrofia das adrenais 
✓ Ausência de crescimento 
✓ Perda de peso 
✓ Redução da fertilidade 
✓ Úlceras gastrointestinais 
 
PATOLOGIAS EM ÓRGÃOS 
✓ Alterações crônicas do bem-estar ⇒ grande 
variedade de patologias 
✓ Avaliação post-mortem 
✓ Patologias incluem: 
 
- Hipertrofia da adrenal 
- Lesões renais 
- Lesões do miocárdio 
- Arteriosclerose 
 
EXEMPLOS 
✓ Instabilidade social em grupos de ratas 
⇒ hipertrofia da adrenal (ativação prolongada do SNA 
e HHA) 
✓ Presença de animais dominantes ⇒ lesões renais 
em camundongos subordinados (pressão alta 
prolongada e retenção urinária) 
✓ Lesões do miocárdio ⇒ períodos de imobilização 
prolongados 
(4 horas) em suínos (ativação prolongada SNS) 
✓ Arteriosclerose ⇒ engrossamento da musculatura 
lisa e perda de elasticidade das paredes arteriais 
(vasoconstrição crônica por ativação prolongada 
SNA). 
 
MENSURAÇÕES NEUROBIOLÓGICAS 
✓ Opióides ⇨ endorfinas (analgésico natural, euforia, 
bem-estar) 
✓ Dopamina (controle de movimentos, aprendizado, 
humor, emoções, cognição, memória, 
comportamento motivado por recompensa) 
✓ Prolactina (comportamento materno, estresse) 
✓ Atividade cerebral 
✓ Habilidade de aprendizagem e memória 
 
MENSURAÇÕES METABÓLICAS 
✓ Glicose (cortisol) ⇨ glicogenólise 
✓ Ácido lático ⇨ metabolismo muscular anaeróbico 
(SAM) 
✓ Betahidróxibutirato ⇨ metabolismo de gorduras 
✓ Hormônios metabólicos ⇨ insulina 
✓ Enzimas musculares ⇨ atividade exacerbada 
(enzimas creatina quinase e aspartato transaminase) 
 
 
MENSURAÇÕES IMUNOLÓGICAS 
Resposta inata ⇨ neutrófilos/macrófagos e 
substâncias químicas/sistema complementar ⇨ lesão 
tecidual (inflamação) 
 
Cortisol ⇨ pode aumentar número de neutrófilos 
sanguíneos (melhora resposta orgânica) ou diminuir 
atividade dos neutrófilos (aumenta vulnerabilidade a 
infecções). 
 
Resposta imune adaptativa ⇨ resposta humoral por 
anticorpos (linfócitos B) e imunidade celular 
(linfócitos T), mediada por mensageiros químicos 
(citocinas) 
⇨ Vacinação 
 
BEA BASEADONA ALOSTASE 
 
✓ A estabilidade através da mudança (alostase) e a 
capacidade de mudar são cruciais para a boa saúde e 
o bem-estar animal. 
✓ BEA ⇒ caracterizado por uma ampla capacidade 
preditiva fisiológica e comportamental para antecipar 
os desafios ambientais. 
 
✓ BEA ⇒ garantido quando a faixa reguladora dos 
mecanismos alostáticos corresponde às demandas 
ambientais. 
✓ Uma carga alostática baixa é essencial para uma 
boa saúde e BEA. 
✓ Projeto estrutural dos organismos ⇒ deve 
corresponder à demanda funcional (simorfose). 
✓ Interpretar comportamento e fisiologia em termos 
de percepções de animais e não exclusivamente em 
termos de valores humanos. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
✓ Existem várias mensurações fisiológicas de BEA 
✓ Muitas refletem a resposta de estresse 
✓ Resposta de estresse ⇒ SNA e HHA 
✓ Resposta aguda ⇒ manutenção da homeostasia 
✓ Resposta crônica ⇒ adaptação inadequada 
✓ Todas as respostas podem afetar a produção 
✓ Necessidade de outras mensurações 
 
AVALIAÇÃO E MANEJO DE BEM-ESTAR EM GRUPO 
 
Avaliação do animal individual (avaliação da cor da 
crista e da barbela, do escore das penas e do bico)  
como avaliar milhares? 
 
CONCEITOS DE BEA 
1. O bem-estar é uma característica do animal e não 
algo que o homem pode fornecer, 
2. o bem-estar pode variar de muito bom a muito 
ruim, 
3. o bem-estar pode ser medido cientificamente. 
 
Enfoque multidimensional ⇒ considerar três 
aspectos: 
1. o estágio emocional do animal, 
2. o funcionamento biológico, 
3. a habilidade do animal mostrar o padrão normal de 
comportamento. 
 
ASPECTOS/PARÂMETROS PARA AVALIAÇÃO DO BEA 
- Estado físico, mental e natural. 
PRINCÍPIOS DA AVALIAÇÃO DE BEA A NÍVEL DE 
GRUPO 
 
Grupos de animais 
– Animais em fazendas, laboratórios, instituições de 
proteção ou centros de controle de zoonoses, animais 
silvestres/selvagens. 
 
Requisitos para indicadores de bem-estar: 
– Praticabilidade: restrições de tempo, custos, 
manuseio dos animais 
 
- Confiabilidade: quantidade de erros ao acaso na 
realização de uma avaliação, incluindo: 
• Repetibilidade: estabilidade da medição (fotos), 
repetibilidade intra e inter-observador (treinamento) 
• Validade: significado do parâmetro, conclusões 
 
MÉTODOS DE ABORDAGEM EPIDEMIOLÓGICA 
 
EPIDEMIOLOGIA ⇒ “estudo da distribuição e dos 
determinantes de estados ou eventos relacionados 
com a saúde em populações específicas e a aplicação 
deste estudo no controle de problemas de saúde”. 
 
▪ Seleção de uma parcela representativa de grupos de 
animais (todas as unidades leiteiras de uma região) 
▪ Amostragem ao acaso de animais de um grupo 
▪ Avaliação da severidade e duração de um problema 
e número de animais afetados (incidência e 
prevalência) 
 
Incidência ⇒ número de casos novos em um 
determinado período de tempo dividido pelo número 
de animais sob risco. O período de tempo selecionado 
é normalmente um ano (incidência anual). 
 
Prevalência ⇒ número de animais afetados pela 
doença em um dado momento. Pode ser calculada 
dividindo o número de animais doentes pelo número 
de animais sob risco. 
 
MÉTODOS – DADOS DO SISTEMA E EFEITOS 
▪ Avaliação dos dados do sistema (parâmetros 
indiretos): 
– Medições das instalações 
– Disponibilidade de água e alimentos 
– Qualificação do tratador 
– Registros de medicamentos 
 
▪ Avaliação dos efeitos (parâmetros diretos): 
– Animal vivo 
– Animal morto (abatedouro, necropsia) 
 
 
 
 
 
PRINCÍPIOS E CRITÉRIOS DO SISTEMA DE AVALIAÇÃO 
DE BEA DO PROJETO WELFARE QUALITY 
 
Boa alimentação 
Critérios: ausência de fome e sede prolongadas. 
 
Bom alojamento 
Critérios: conforto em relação ao descanso, conforto 
térmico, facilidade de movimento. 
Boa saúde 
Critérios: ausência de lesões, enfermidades e de dor 
causada por práticas de manejo. 
 
Comportamento adequado 
Critérios: expressão de comportamento social 
adequado, expressão adequada de outras condutas, 
interação humano-animal positiva, estado emocional 
positivo. 
 
APLICAÇÕES 
▪ Pesquisa 
- Monitoramento da saúde e do bem-estar 
- Avaliação do impacto de intervenções 
▪ Esquemas de certificação voluntária 
▪ Legislação 
▪ Assessoria (medicina preventiva) 
 
EXEMPLOS DE PESQUISAS 
Monitoramento (avaliar): 
▪ Sistemas de criação 
▪ Recursos individuais (fatores de risco) 
▪ Esquemas de certificação 
▪ Influência de uma nova legislação 
▪ Impacto de projetos 
 
AVALIAÇÃO DE SISTEMAS DE CRIAÇÃO 
Sistemas de alojamento individual para porcas 
gestantes: 
• 2,4% mancas 
• 21,4% cascos muito longos 
• 41,7% calosidades 
 
 
 
Alojamento em grupo para porcas gestantes: 
• 5,3% mancas 
• 8,3% cascos muito longos 
• 18,2% calosidades 
 
 
 
AVALIAÇÃO DO IMPACTO DE INTERVENÇÕES 
▪ Campanhas de vacinação 
▪ Educação e treinamento dos proprietários 
▪ Antes e depois da intervenção 
▪ Localizações com e sem intervenção 
 
MONITORAMENTO DA SAÚDE E DO BEM-ESTAR 
Aplicável a animais silvestres/selvagens 
▪ Avaliação de dados do sistema 
• Disponibilidade de pasto apropriado, acesso à água 
▪ Avaliação de efeitos 
• Escore de condição corporal, número de animais 
novos, distância de fuga 
• Parâmetros fisiológicos (cortisol nas fezes) 
 
EXEMPLOS DE CERTIFICAÇÃO 
Esquemas de certificação de propriedades 
• Geralmente ditados pelo mercado ⇒ preocupação 
principal ⇒ segurança alimentar 
 
SERVIÇO BRASILEIRO DE RASTREABILIDADE DA 
CADEIA PRODUTIVA DE BOVINOS E BUBALINOS 
(SISBOV) 
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 
(MAPA), visando estabelecer normas para a produção 
de carne bovina com garantia de origem e qualidade, 
publicou a Instrução Normativa n° 17, de 13/07/2006, 
com nova estrutura operacional para o Serviço de 
Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e 
Bubalinos – SISBOV. 
 
SISBOV ⇒ estabelece normas e procedimentos 
aplicáveis a todas as fases da produção, 
transformação e distribuição dos serviços 
agropecuários, para assegurar a rastreabilidade, 
origem e a identidade dos animais, produtos, 
subprodutos e insumos agropecuários na cadeia 
produtiva de bovinos e bubalinos. 
O novo sistema é de adesão voluntária, 
permanecendo a obrigatoriedade de adesão para a 
comercialização para mercados que exijam a 
rastreabilidade. 
 
Rastreabilidade de aves e suínos 
Programa de rastreabilidade avícola (SISAV) e 
suinícola (SISUI). Visa a elaboração de softwares de 
gerenciamento que atendam toda a cadeia produtiva 
da avicultura e suinocultura nos diversos 
seguimentos: antes da porteira (insumos em geral); 
dentro da porteira (produção e características da 
integração) e fora da porteira (frigoríficos e 
comercialização). 
 
Hoje, o Brasil é o maior exportador mundial não só de 
carne bovina, mas de frango também, além de ficar 
em quarto lugar na de suínos. A gripe aviária 
juntamente com outras enfermidades, que 
rapidamente se disseminam pelo mundo, abre 
discussões sobre a importância da criação de sistemas 
de rastreabilidade nesses setores. 
No entanto, ainda não há nenhuma legislação que 
obrigue a rastreabilidade de aves ou suínos. A 
implantação de uma legislação semelhante ao Sisbov 
na produção avícola é mais complicada porque teria 
que ser feita em lotes, e não individualmente como a 
de bovinos e bubalinos. 
 
PARÂMETROS: DIRIGIDOS AOS MÉTODOS 
Baseado nas boas práticas e pesquisa do bem-estar 
Avaliado através da observação dos recursos/insumos 
Animais mantidos ao ar livre têm de dispor sempre de 
uma área de descanso bem drenada 
 
PARÂMETROS DIRIGIDOS AOS OBJETIVOS 
O nível de recursos exigidos é definido com base no 
seu efeito sobre os animais em cada propriedade. 
Avaliado através da observação dos animais. 
“Animais devem ser alimentados com uma dieta 
completa, em quantidade suficiente para mantê-los 
em boa saúde, satisfazer suas necessidades 
nutricionais e promover um estado positivo de bem-estar”. 
 
PLANO DE SAÚDE 
Cada plantel deve ter um programa escrito de saúde e 
bem estar, elaborado, onde necessário, com a 
assessoria de um consultor. Este programa deve 
definir as atividades de saúde e criação para o ciclo 
anual completo de produção. O programa deve ser 
revisto e atualizado anualmente pelo proprietário e 
deve estar disponível para fiscalização pelas 
autoridades. 
 
QUEM É RESPONSÁVEL? 
Proprietário 
• Responsabilidade geral 
• Formular um plano de procedimentos 
• Manter registros 
Consultor (Médico Veterinário/Zootecnista) 
• Consultoria nos planos e sistema de registros 
• Avaliação do desempenho 
• Consultoria para correções 
Assessor de certificação 
• Avaliar disponibilidade dos planos de 
saúde/registros 
• Avaliar a frequência de revisões 
• Avaliar a implementação do plano de saúde 
• Avaliar a eficiência do plano 
 
CONCLUSÕES 
▪ Praticabilidade, confiabilidade e validade ⇒ 
requisitos importantes 
▪ A combinação de diferentes parâmetros ⇒ dados do 
sistema e efeitos é indicada 
▪ Pesquisas, esquemas de certificação voluntária e 
ferramentas de assessoria ⇒ aplicáveis na avaliação 
do bem-estar em grupo 
▪ Principal objetivo das avaliações ⇒ melhoria do 
bem-estar animal

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