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DEPEN - Agente - Legislação Especial - 2020 - Apostila completa para anotações - Vade Mecum

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Sumário 
LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992 ........................................................................................................ 4 
CAPÍTULO I - Das Disposições Gerais .................................................................................................... 4 
CAPÍTULO II - Dos Atos de Improbidade Administrativa .......................................................................... 5 
Seção I - Dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam 
Enriquecimento Ilícito ....................................................................................................................... 5 
Seção II - Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo 
ao Erário .......................................................................................................................................... 6 
Seção II-A - Dos Atos de Improbidade Administrativa Decorrentes de 
Concessão ou Aplicação Indevida de Benefício Financeiro ou Tributário................................................ 8 
Seção III - Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra 
os Princípios da Administração Pública ............................................................................................... 8 
CAPÍTULO III - Das Penas .................................................................................................................... 9 
CAPÍTULO IV - Da Declaração de Bens .................................................................................................. 9 
CAPÍTULO V - Do Procedimento Administrativo e do Processo Judicial ................................................... 10 
CAPÍTULO VI - Das Disposições Penais ................................................................................................ 12 
CAPÍTULO VII - Da Prescrição ............................................................................................................. 13 
CAPÍTULO VIII - Das Disposições Finais ............................................................................................... 13 
LEI Nº 9.455, DE 7 DE ABRIL DE 1997 ........................................................................................................ 14 
LEI Nº 9.613, DE 3 DE MARÇO DE 1998 ...................................................................................................... 16 
CAPÍTULO I - Dos Crimes de "Lavagem" ou Ocultação de Bens, Direitos e 
Valores .............................................................................................................................................. 16 
CAPÍTULO II - Disposições Processuais Especiais .................................................................................. 17 
CAPÍTULO III - Dos Efeitos da Condenação .......................................................................................... 22 
CAPÍTULO IV - Dos Bens, Direitos ou Valores Oriundos de Crimes Praticados 
no Estrangeiro .................................................................................................................................... 22 
CAPÍTULO V - DAS PESSOAS SUJEITAS AO MECANISMO DE CONTROLE ............................................... 23 
CAPÍTULO VI - Da Identificação dos Clientes e Manutenção de Registros ............................................... 25 
CAPÍTULO VII - Da Comunicação de Operações Financeiras .................................................................. 26 
CAPÍTULO VIII - Da Responsabilidade Administrativa ........................................................................... 27 
CAPÍTULO IX - Do Conselho de Controle de Atividades Financeiras ........................................................ 28 
CAPÍTULO X - DISPOSIÇÕES GERAIS .................................................................................................. 28 
LEI Nº 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003 ............................................................................................ 30 
CAPÍTULO I - DO SISTEMA NACIONAL DE ARMAS ................................................................................ 30 
CAPÍTULO II - DO REGISTRO .............................................................................................................. 31 
CAPÍTULO III - DO PORTE .................................................................................................................. 33 
CAPÍTULO IV - DOS CRIMES E DAS PENAS .......................................................................................... 38 
Posse irregular de arma de fogo de uso permitido ............................................................................ 38 
Omissão de cautela ......................................................................................................................... 38 
Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido .................................................................................. 38 
 
1 
 
 
 
Disparo de arma de fogo ................................................................................................................. 38 
Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito ....................................................................... 39 
Comércio ilegal de arma de fogo ...................................................................................................... 39 
Tráfico internacional de arma de fogo .............................................................................................. 40 
CAPÍTULO V - DISPOSIÇÕES GERAIS .................................................................................................. 40 
CAPÍTULO VI - DISPOSIÇÕES FINAIS .................................................................................................. 44 
ANEXO - TABELA DE TAXAS .................................................................................................................... 45 
LEI Nº 11.343, DE 23 DE AGOSTO DE 2006 ................................................................................................ 46 
TÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ............................................................................................... 46 
TÍTULO II - DO SIS TEMA NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE DROGAS
 ............................................................................................................................................................. 46 
CAPÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS E DOS OBJETIVOS DO SIS TEMA NACIONAL 
DE POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE DROGAS ........................................................................................... 47 
CAPÍTULO II - DO SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE 
DROGAS ............................................................................................................................................ 48 
Seção I - Da Composição do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre 
Drogas ........................................................................................................................................... 48 
Seção II - Das Competências ........................................................................................................... 48 
CAPÍTULO II-A - DA FORMULAÇÃO DAS POLÍTICAS SOBRE DROGAS .................................................... 49 
Seção I - Do Plano Nacional de Políticas sobre Drogas ...................................................................... 49 
Seção II - Dos Conselhos de Políticas sobre Drogas .......................................................................... 51 
Seção III - Dos Membros dos Conselhos de Políticas sobre Drogas .................................................... 51 
CAPÍTULO III - (VETADO) ................................................................................................................... 51 
CAPÍTULO IV - DO ACOMPANHAMENTO E DA AVALIAÇÃO DAS POLÍTICAS 
SOBRE DROGAS .................................................................................................................................52 
TÍTULO III - DAS ATIVIDADES DE PREVENÇÃO DO USO INDEVIDO, ATENÇÃO 
E REINSERÇÃO SOCIAL DE USUÁRIOS E DEPENDENTES DE DROGAS ....................................................... 52 
CAPÍTULO I - DA PREVENÇÃO ............................................................................................................. 52 
Seção I - Das Diretrizes ................................................................................................................... 52 
Seção II - Da Semana Nacional de Políticas Sobre Drogas ................................................................. 53 
CAPÍTULO II - DAS ATIVIDADES DE PREVENÇÃO, TRATAMENTO, 
ACOLHIMENTO E DE REINSERÇÃO SOCIAL E ECONÔMICA DE USUÁRIOS OU 
DEPENDENTES DE DROGAS ................................................................................................................ 54 
Seção I - Disposições Gerais ............................................................................................................ 54 
Seção II - Da Educação na Reinserção Social e Econômica ................................................................ 55 
Seção III - Do Trabalho na Reinserção Social e Econômica ................................................................ 55 
Seção IV - Do Tratamento do Usuário ou Dependente de Drogas ...................................................... 55 
Seção V Do Plano Individual de Atendimento .................................................................................... 57 
Seção VI - Do Acolhimento em Comunidade Terapêutica Acolhedora ................................................. 59 
CAPÍTULO III - DOS CRIMES E DAS PENAS .......................................................................................... 60 
TÍTULO IV - DA REPRESSÃO À PRODUÇÃO NÃO AUTORIZADA E AO TRÁFICO 
ILÍCITO DE DROGAS .............................................................................................................................. 61 
2 
 
 
 
CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS ................................................................................................... 61 
CAPÍTULO II - DOS CRIMES ................................................................................................................ 61 
CAPÍTULO III - DO PROCEDIMENTO PENAL ......................................................................................... 65 
Seção I - Da Investigação ............................................................................................................... 65 
Seção II - Da Instrução Criminal ...................................................................................................... 67 
CAPÍTULO IV - DA APREENSÃO, ARRECADAÇÃO E DESTINAÇÃO DE BENS DO 
ACUSADO .......................................................................................................................................... 68 
TÍTULO V - DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL ....................................................................................... 76 
TÍTULO V-A - DO FINANCIAMENTO DAS POLÍTICAS SOBRE DROGAS ....................................................... 76 
TÍTULO VI - DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS ............................................................................... 76 
LEI Nº 12.846, DE 1º DE AGOSTO DE 2013 ................................................................................................ 79 
CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS ................................................................................................... 79 
CAPÍTULO II - DOS ATOS LESIVOS À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NACIONAL 
OU ESTRANGEIRA .............................................................................................................................. 80 
CAPÍTULO III - DA RESPONSABILIZAÇÃO ADMINISTRATIVA ................................................................ 81 
CAPÍTULO IV - DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DE RESPONSABILIZAÇÃO .......................................... 82 
CAPÍTULO V - DO ACORDO DE LENIÊNCIA .......................................................................................... 83 
CAPÍTULO VI - DA RESPONSABILIZAÇÃO JUDICIAL ............................................................................. 85 
CAPÍTULO VII - DISPOSIÇÕES FINAIS ................................................................................................. 86 
LEI Nº 12.850, DE 2 DE AGOSTO DE 2013 .................................................................................................. 88 
CAPÍTULO I - DA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA ...................................................................................... 88 
CAPÍTULO II - DA INVESTIGAÇÃO E DOS MEIOS DE OBTENÇÃO DA PROVA .......................................... 90 
Seção I - Da Colaboração Premiada ................................................................................................. 90 
Seção II - Da Ação Controlada ......................................................................................................... 96 
Seção III - Da Infiltração de Agentes ............................................................................................... 96 
Seção IV - Do Acesso a Registros, Dados Cadastrais, Documentos e 
Informações ................................................................................................................................... 99 
Seção V - Dos Crimes Ocorridos na Investigação e na Obtenção da Prova .......................................... 99 
CAPÍTULO III - DISPOSIÇÕES FINAIS ................................................................................................ 100 
LEI Nº 13.869, DE 5 DE SETEMBRO DE 2019 ............................................................................................ 102 
CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS ................................................................................................. 102 
CAPÍTULO II - DOS SUJEITOS DO CRIME .......................................................................................... 102 
CAPÍTULO III - DA AÇÃO PENAL ....................................................................................................... 103 
CAPÍTULO IV - DOS EFEITOS DA CONDENAÇÃO E DAS PENAS RESTRITIVAS 
DE DIREITOS ................................................................................................................................... 103 
Seção I - Dos Efeitos da Condenação ............................................................................................. 103 
Seção II - Das Penas Restritivas de Direitos.................................................................................... 103 
CAPÍTULO V - DAS SANÇÕES DE NATUREZA CIVIL E ADMINISTRATIVA .............................................. 104 
CAPÍTULO VI - DOS CRIMES E DAS PENAS ........................................................................................ 104 
CAPÍTULO VII - DO PROCEDIMENTO ................................................................................................. 109 
CAPÍTULO VIII - DISPOSIÇÕES FINAIS .............................................................................................. 109 
3 
 
 
 
LEI Nº 13.964, DE 24 DE DEZEMBRO DE 2019 .......................................................................................... 111 
 
 
 
4 
 
 
 
LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992 
 
Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de 
enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na 
administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras providências. 
 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que o Congresso Nacional decreta 
e eu sanciono a seguinte lei: 
 
CAPÍTULO I - Das Disposições Gerais 
 
Art. 1º Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor 
ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios,de Território, 
de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação 
ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento 
do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei. 
 
Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de 
improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, 
benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas 
para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de 
cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, 
a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres 
públicos. 
 
Art. 2º Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que 
exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, 
designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, 
mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo 
anterior. 
 
Art. 3º As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo 
não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de 
improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta. 
 
Art. 4º Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar 
pela estrita observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade 
e publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos. 
 
Art. 5º Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou 
culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano. 
 
Art. 6º No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro 
beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio. 
 
Art. 7º Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou 
ensejar enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo 
inquérito representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do 
indiciado. 
 
Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairá 
sobre bens que assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo 
patrimonial resultante do enriquecimento ilícito. 
 
5 
 
 
 
Art. 8º O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se 
enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor 
da herança. 
 
CAPÍTULO II - Dos Atos de Improbidade Administrativa 
 
Seção I - Dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam 
Enriquecimento Ilícito 
 
Art. 9º Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento 
ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do 
exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades 
mencionadas no art. 1º desta lei, e notadamente: 
 
I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer 
outra vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, 
gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa 
ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do 
agente público; 
 
II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição, 
permuta ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas 
entidades referidas no art. 1º por preço superior ao valor de mercado; 
 
III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, 
permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal 
por preço inferior ao valor de mercado; 
 
IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou 
material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das 
entidades mencionadas no art. 1º desta lei, bem como o trabalho de servidores 
públicos, empregados ou terceiros contratados por essas entidades; 
 
V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para 
tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, 
de contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar 
promessa de tal vantagem; 
 
VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para 
fazer declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer 
outro serviço, ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de 
mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades mencionadas no art. 1º 
desta lei; 
 
VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego 
ou função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à 
evolução do patrimônio ou à renda do agente público; 
 
VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou 
assessoramento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de 
ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do 
agente público, durante a atividade; 
 
IX - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de 
verba pública de qualquer natureza; 
6 
 
 
 
X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, 
para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado; 
 
XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou 
valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º 
desta lei; 
 
XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do 
acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei. 
 
Seção II - Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam 
Prejuízo ao Erário 
 
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário 
qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, 
desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das 
entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente: 
 
I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao patrimônio 
particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores 
integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei; 
 
II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, 
rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades 
mencionadas no art. 1º desta lei, sem a observância das formalidades legais ou 
regulamentares aplicáveis à espécie; 
 
III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda 
que de fins educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do 
patrimônio de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem 
observância das formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie; 
 
IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do 
patrimônio de qualquer das entidades referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a 
prestação de serviço por parte delas, por preço inferior ao de mercado; 
 
V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por 
preço superior ao de mercado; 
 
VI - realizar operação financeira sem observância das normas legais e 
regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea; 
 
VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das 
formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; 
 
VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para 
celebração de parcerias com entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los 
indevidamente; 
(Redação dada pela Lei nº 13.019, de 2014) 
 
IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou 
regulamento; 
 
X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que 
diz respeito à conservação dopatrimônio público; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art77
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art77
7 
 
 
 
XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou 
influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular; 
 
XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente; 
 
XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, 
equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição 
de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, bem como o trabalho 
de servidor público, empregados ou terceiros contratados por essas entidades. 
 
XIV - celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação 
de serviços públicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades 
previstas na lei; 
(Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005) 
 
XV - celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia 
dotação orçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei. 
(Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005) 
 
XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a incorporação, ao 
patrimônio particular de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou 
valores públicos transferidos pela administração pública a entidades privadas 
mediante celebração de parcerias, sem a observância das formalidades legais ou 
regulamentares aplicáveis à espécie; 
(Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014) 
 
XVII - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, 
rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela administração pública a 
entidade privada mediante celebração de parcerias, sem a observância das 
formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; 
(Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014) 
 
XVIII - celebrar parcerias da administração pública com entidades privadas sem 
a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; 
(Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014) 
 
XIX - agir negligentemente na celebração, fiscalização e análise das prestações 
de contas de parcerias firmadas pela administração pública com entidades 
privadas; 
(Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014, com a redação dada pela Lei nº 13.204, de 2015) 
 
XX - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com 
entidades privadas sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de 
qualquer forma para a sua aplicação irregular. 
(Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014, com a redação dada pela Lei nº 13.204, de 2015) 
 
XXI - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com 
entidades privadas sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de 
qualquer forma para a sua aplicação irregular. 
(Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014) 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11107.htm#art18
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11107.htm#art18
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art77
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art77
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art77
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art77
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13204.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art77
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13204.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art77
8 
 
 
 
Seção II-A - Dos Atos de Improbidade Administrativa Decorrentes de 
Concessão ou Aplicação Indevida de Benefício Financeiro ou Tributário 
(Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016) 
 
Art. 10-A. Constitui ato de improbidade administrativa qualquer ação ou omissão 
para conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário contrário ao 
que dispõem o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de 
julho de 2003. 
(Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016) 
 
Seção III - Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam 
Contra os Princípios da Administração Pública 
 
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os 
princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres 
de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e 
notadamente: 
 
I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele 
previsto, na regra de competência; 
 
II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício; 
 
III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e 
que deva permanecer em segredo; 
 
IV - negar publicidade aos atos oficiais; 
 
V - frustrar a licitude de concurso público; 
 
VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo; 
 
VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da 
respectiva divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar 
o preço de mercadoria, bem ou serviço. 
 
VIII - descumprir as normas relativas à celebração, fiscalização e aprovação de 
contas de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas. 
(Redação dada pela Lei nº 13.019, de 2014) 
 
IX - deixar de cumprir a exigência de requisitos de acessibilidade previstos na 
legislação. 
(Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) 
 
X - transferir recurso a entidade privada, em razão da prestação de serviços na 
área de saúde sem a prévia celebração de contrato, convênio ou instrumento 
congênere, nos termos do parágrafo único do art. 24 da Lei nº 8.080, de 19 de 
setembro de 1990. 
(Incluído pela Lei nº 13.650, de 2018) 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp157.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp116.htm#art8a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp116.htm#art8a%C2%A71
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp116.htm#art8a%C2%A71
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp157.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art78
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art78
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art88....
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art103
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art127
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8080.htm#art24
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8080.htm#art24
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13650.htm#art3
9 
 
 
 
CAPÍTULO III - Das Penas 
 
Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas 
na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às 
seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de 
acordo com a gravidade do fato: 
(Redação dada pela Lei nº 12.120, de 2009). 
 
I - na hipótese do art. 9º, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao 
patrimônio, ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da função 
pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa 
civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar 
com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, 
direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja 
sócio majoritário, pelo prazo de dez anos; 
 
II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou 
valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, 
perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, 
pagamento de multa civil de até duas vezes o valor dodano e proibição de 
contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou 
creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica 
da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos; 
 
III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da 
função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento 
de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e 
proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos 
fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa 
jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos. 
 
IV - na hipótese prevista no art. 10-A, perda da função pública, suspensão dos 
direitos políticos de 5 (cinco) a 8 (oito) anos e multa civil de até 3 (três) vezes o 
valor do benefício financeiro ou tributário concedido. 
(Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016) 
 
Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta lei o juiz levará em conta 
a extensão do dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo 
agente. 
 
CAPÍTULO IV - Da Declaração de Bens 
 
Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à 
apresentação de declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio 
privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente. 
 
§ 1º A declaração compreenderá imóveis, móveis, semoventes, dinheiro, títulos, 
ações, e qualquer outra espécie de bens e valores patrimoniais, localizado no País 
ou no exterior, e, quando for o caso, abrangerá os bens e valores patrimoniais do 
cônjuge ou companheiro, dos filhos e de outras pessoas que vivam sob a 
dependência econômica do declarante, excluídos apenas os objetos e utensílios 
de uso doméstico. 
 
§ 2º A declaração de bens será anualmente atualizada e na data em que o agente 
público deixar o exercício do mandato, cargo, emprego ou função. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12120.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12120.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp157.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/Antigos/D978.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5483.htm
10 
 
 
 
§ 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo 
de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração 
dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa. 
 
§ 4º O declarante, a seu critério, poderá entregar cópia da declaração anual de 
bens apresentada à Delegacia da Receita Federal na conformidade da legislação 
do Imposto sobre a Renda e proventos de qualquer natureza, com as necessárias 
atualizações, para suprir a exigência contida no caput e no § 2º deste artigo. 
 
CAPÍTULO V - Do Procedimento Administrativo e do Processo Judicial 
 
Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa 
competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de 
ato de improbidade. 
 
§ 1º A representação, que será escrita ou reduzida a termo e assinada, conterá a 
qualificação do representante, as informações sobre o fato e sua autoria e a 
indicação das provas de que tenha conhecimento. 
 
§ 2º A autoridade administrativa rejeitará a representação, em despacho 
fundamentado, se esta não contiver as formalidades estabelecidas no § 1º deste 
artigo. A rejeição não impede a representação ao Ministério Público, nos termos 
do art. 22 desta lei. 
 
§ 3º Atendidos os requisitos da representação, a autoridade determinará a 
imediata apuração dos fatos que, em se tratando de servidores federais, será 
processada na forma prevista nos arts. 148 a 182 da Lei nº 8.112, de 11 de 
dezembro de 1990 e, em se tratando de servidor militar, de acordo com os 
respectivos regulamentos disciplinares. 
 
Art. 15. A comissão processante dará conhecimento ao Ministério Público e ao 
Tribunal ou Conselho de Contas da existência de procedimento administrativo para 
apurar a prática de ato de improbidade. 
 
Parágrafo único. O Ministério Público ou Tribunal ou Conselho de Contas poderá, 
a requerimento, designar representante para acompanhar o procedimento 
administrativo. 
 
Art. 16. Havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão representará 
ao Ministério Público ou à procuradoria do órgão para que requeira ao juízo 
competente a decretação do seqüestro dos bens do agente ou terceiro que tenha 
enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público. 
 
§ 1º O pedido de seqüestro será processado de acordo com o disposto nos arts. 
822 e 825 do Código de Processo Civil. 
 
§ 2º Quando for o caso, o pedido incluirá a investigação, o exame e o bloqueio 
de bens, contas bancárias e aplicações financeiras mantidas pelo indiciado no 
exterior, nos termos da lei e dos tratados internacionais. 
 
Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério 
Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da 
medida cautelar. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8112cons.htm#art148
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8112cons.htm#art148
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm#art822
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm#art822
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm#art825
11 
 
 
 
§ 1º As ações de que trata este artigo admitem a celebração de acordo de não 
persecução cível, nos termos desta Lei. 
(Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
§ 2º A Fazenda Pública, quando for o caso, promoverá as ações necessárias à 
complementação do ressarcimento do patrimônio público. 
 
§ 3º No caso de a ação principal ter sido proposta pelo Ministério Público, aplica-
se, no que couber, o disposto no § 3o do art. 6o da Lei no 4.717, de 29 de junho 
de 1965. 
(Redação dada pela Lei nº 9.366, de 1996) 
 
§ 4º O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará 
obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade. 
 
§ 5º A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações 
posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo 
objeto. 
(Incluído pela Medida provisória nº 2.180-35, de 2001) 
 
§ 6º A ação será instruída com documentos ou justificação que contenham 
indícios suficientes da existência do ato de improbidade ou com razões 
fundamentadas da impossibilidade de apresentação de qualquer dessas provas, 
observada a legislação vigente, inclusive as disposições inscritas nos arts. 16 a 18 
do Código de Processo Civil. 
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001) 
 
§ 7º Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a 
notificação do requerido, para oferecer manifestação por escrito, que poderá ser 
instruída com documentos e justificações, dentro do prazo de quinze dias. 
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001) 
 
§ 8º Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de trinta dias, em decisão 
fundamentada, rejeitará a ação, se convencido da inexistência do ato de 
improbidade, da improcedência da ação ou da inadequação da via eleita. 
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001) 
 
§ 9º Recebida a petição inicial, será o réu citado para apresentar contestação. 
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001) 
 
§ 10. Da decisão que receber a petição inicial, caberá agravo de instrumento. 
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001) 
 
§ 10-A. Havendo a possibilidade de solução consensual, poderão as partes 
requerer ao juiz a interrupção do prazo para a contestação, por prazo não superior 
a 90 (noventa) dias. 
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
§ 11. Em qualquer fase do processo, reconhecida a inadequação da ação de 
improbidade, o juiz extinguirá o processo semjulgamento do mérito. 
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001) 
 
§ 12. Aplica-se aos depoimentos ou inquirições realizadas nos processos regidos 
por esta Lei o disposto no art. 221, caput e § 1o, do Código de Processo Penal. 
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001) 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4717.htm#art6%C2%A73
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4717.htm#art6%C2%A73
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9366.htm#art11
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9366.htm#art11
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2180-35.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm#art16
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm#art16
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689.htm#art221
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2225-45.htm#art4
12 
 
 
 
§ 13. Para os efeitos deste artigo, também se considera pessoa jurídica 
interessada o ente tributante que figurar no polo ativo da obrigação tributária de 
que tratam o § 4º do art. 3º e o art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de 
julho de 2003. 
(Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016) 
 
Art. 17-A. (VETADO): (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
I - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
II - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
III - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
§ 1º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
§ 2º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
§ 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
§ 4º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
§ 5º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
Art. 18. A sentença que julgar procedente ação civil de reparação de dano ou 
decretar a perda dos bens havidos ilicitamente determinará o pagamento ou a 
reversão dos bens, conforme o caso, em favor da pessoa jurídica prejudicada pelo 
ilícito. 
 
CAPÍTULO VI - Das Disposições Penais 
 
Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente 
público ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente. 
 
Pena: detenção de seis a dez meses e multa. 
 
Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar 
o denunciado pelos danos materiais, morais ou à imagem que houver provocado. 
 
Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se 
efetivam com o trânsito em julgado da sentença condenatória. 
 
Parágrafo único. A autoridade judicial ou administrativa competente poderá 
determinar o afastamento do agente público do exercício do cargo, emprego ou 
função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à 
instrução processual. 
 
Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei independe: 
 
I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena de 
ressarcimento; 
(Redação dada pela Lei nº 12.120, de 2009). 
 
II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo 
Tribunal ou Conselho de Contas. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp116.htm#art3%C2%A74
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp116.htm#art8a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp116.htm#art8a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp157.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12120.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12120.htm#art1
13 
 
 
 
Art. 22. Para apurar qualquer ilícito previsto nesta lei, o Ministério Público, de 
ofício, a requerimento de autoridade administrativa ou mediante representação 
formulada de acordo com o disposto no art. 14, poderá requisitar a instauração 
de inquérito policial ou procedimento administrativo. 
 
CAPÍTULO VII - Da Prescrição 
 
Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem 
ser propostas: 
 
I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão 
ou de função de confiança; 
 
II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares 
puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo 
efetivo ou emprego. 
 
III - até cinco anos da data da apresentação à administração pública da prestação 
de contas final pelas entidades referidas no parágrafo único do art. 1º desta Lei. 
(Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014) 
 
CAPÍTULO VIII - Das Disposições Finais 
 
Art. 24. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. 
 
Art. 25. Ficam revogadas as Leis nºs 3.164, de 1º de junho de 1957, e 3.502, de 
21 de dezembro de 1958 e demais disposições em contrário. 
 
Rio de Janeiro, 2 de junho de 1992; 171º da Independência e 104º da República. 
 
FERNANDO COLLOR 
Célio Borja 
 
Este texto não substitui o publicado no DOU de 3.6.1992. 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art78a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art88....
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L3164.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L3502.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L3502.htm
14 
 
 
 
LEI Nº 9.455, DE 7 DE ABRIL DE 1997 
 
Define os crimes de tortura e dá outras providências. 
 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu 
sanciono a seguinte Lei: 
 
Art. 1º Constitui crime de tortura: 
 
I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-
lhe sofrimento físico ou mental: 
 
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de 
terceira pessoa; 
 
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; 
 
c) em razão de discriminação racial ou religiosa; 
 
II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de 
violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de 
aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo. 
 
Pena - reclusão, de dois a oito anos. 
 
§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de 
segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não 
previsto em lei ou não resultante de medida legal. 
 
§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de 
evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos. 
 
§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de 
reclusão de quatro a dez anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis 
anos. 
 
§ 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço: 
 
I - se o crime é cometido por agente público; 
 
II - se o crime é cometido contracriança, gestante, deficiente e adolescente; 
 
II - se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, 
adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos; '(Redação dada pela Lei nº 10.741, 
de 2003) 
 
III - se o crime é cometido mediante seqüestro. 
 
§ 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a 
interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada. 
 
§ 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia. 
 
§ 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará 
o cumprimento da pena em regime fechado. 
15 
 
 
 
Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido 
cometido em território nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o 
agente em local sob jurisdição brasileira. 
 
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
 
Art. 4º Revoga-se o art. 233 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto 
da Criança e do Adolescente. 
 
Brasília, 7 de abril de 1997; 176º da Independência e 109º da República. 
 
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO 
Nelson A. Jobim 
 
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 8.4.1997 
 
16 
 
 
 
 
LEI Nº 9.613, DE 3 DE MARÇO DE 1998 
 
Dispõe sobre os crimes de "lavagem" ou ocultação de bens, direitos e valores; a 
prevenção da utilização do sistema financeiro para os ilícitos previstos nesta Lei; 
cria o Conselho de Controle de Atividades Financeiras - COAF, e dá outras 
providências. 
 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu 
sanciono a seguinte Lei: 
 
CAPÍTULO I - Dos Crimes de "Lavagem" ou Ocultação de Bens, Direitos 
e Valores 
 
Art. 1º Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, 
movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta 
ou indiretamente, de infração penal. 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
I - (revogado); 
II - (revogado); 
III - (revogado); 
IV - (revogado); 
V - (revogado); 
VI - (revogado); 
VII - (revogado); 
VIII - (revogado). 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
Pena: reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e multa. 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
§ 1º Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular a utilização de 
bens, direitos ou valores provenientes de infração penal: 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
I - os converte em ativos lícitos; 
 
II - os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia, guarda, tem 
em depósito, movimenta ou transfere; 
 
III - importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos verdadeiros. 
 
§ 2º Incorre, ainda, na mesma pena quem: 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
I - utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens, direitos ou valores 
provenientes de infração penal; 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
II - participa de grupo, associação ou escritório tendo conhecimento de que sua 
atividade principal ou secundária é dirigida à prática de crimes previstos nesta Lei. 
 
17 
 
 
 
§ 3º A tentativa é punida nos termos do parágrafo único do art. 14 do Código 
Penal. 
 
§ 4º A pena será aumentada de um a dois terços, se os crimes definidos nesta 
Lei forem cometidos de forma reiterada ou por intermédio de organização 
criminosa. 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
§ 5º A pena poderá ser reduzida de um a dois terços e ser cumprida em regime 
aberto ou semiaberto, facultando-se ao juiz deixar de aplicá-la ou substituí-la, a 
qualquer tempo, por pena restritiva de direitos, se o autor, coautor ou partícipe 
colaborar espontaneamente com as autoridades, prestando esclarecimentos que 
conduzam à apuração das infrações penais, à identificação dos autores, coautores 
e partícipes, ou à localização dos bens, direitos ou valores objeto do crime. 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
§ 6º Para a apuração do crime de que trata este artigo, admite-se a utilização da 
ação controlada e da infiltração de agentes. 
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
CAPÍTULO II - Disposições Processuais Especiais 
 
Art. 2º O processo e julgamento dos crimes previstos nesta Lei: 
 
I - obedecem às disposições relativas ao procedimento comum dos crimes punidos 
com reclusão, da competência do juiz singular; 
 
II - independem do processo e julgamento das infrações penais antecedentes, 
ainda que praticados em outro país, cabendo ao juiz competente para os crimes 
previstos nesta Lei a decisão sobre a unidade de processo e julgamento; 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
III - são da competência da Justiça Federal: 
 
a) quando praticados contra o sistema financeiro e a ordem econômico-
financeira, ou em detrimento de bens, serviços ou interesses da União, ou de 
suas entidades autárquicas ou empresas públicas; 
 
b) quando a infração penal antecedente for de competência da Justiça 
Federal. 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
§ 1º A denúncia será instruída com indícios suficientes da existência da infração 
penal antecedente, sendo puníveis os fatos previstos nesta Lei, ainda que 
desconhecido ou isento de pena o autor, ou extinta a punibilidade da infração 
penal antecedente. 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
§ 2º No processo por crime previsto nesta Lei, não se aplica o disposto no art. 
366 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), 
devendo o acusado que não comparecer nem constituir advogado ser citado por 
edital, prosseguindo o feito até o julgamento, com a nomeação de defensor dativo. 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
Art. 3º (Revogado pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
18 
 
 
 
 
19 
 
 
 
Art. 4º O juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou mediante 
representação do delegado de polícia, ouvido o Ministério Público em 24 (vinte e 
quatro) horas, havendo indícios suficientes de infração penal, poderá decretar 
medidas assecuratórias de bens, direitos ou valores do investigado ou acusado, 
ou existentes em nome de interpostas pessoas, que sejam instrumento, produto 
ou proveito dos crimes previstos nesta Lei ou das infrações penais antecedentes. 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
§ 1º Proceder-se-á à alienação antecipada para preservação do valor dos bens 
sempre que estiverem sujeitos a qualquer grau de deterioração ou depreciação, 
ou quando houver dificuldade para sua manutenção. 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
§ 2º O juiz determinará a liberação total ou parcial dos bens, direitos e valores 
quando comprovada a licitude de sua origem, mantendo-se a constrição dos bens, 
direitos e valores necessários e suficientes à reparação dos danos e ao pagamento 
de prestações pecuniárias, multas e custas decorrentes da infração penal. 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
§ 3º Nenhum pedido de liberação será conhecido sem o comparecimento pessoal 
do acusado ou de interposta pessoa a que se refere o caput deste artigo, podendo 
o juiz determinar a prática de atos necessários à conservação de bens, direitos ou 
valores, sem prejuízo do disposto no § 1º. 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
§ 4º Poderão ser decretadas medidas assecuratórias sobre bens, direitos ou 
valores para reparação do dano decorrente da infração penal antecedente ou da 
prevista nesta Lei ou para pagamento de prestação pecuniária, multa e custas. 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
Art. 4º-A. A alienação antecipada para preservação de valor de bens sob 
constrição será decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público 
ou por solicitação da parte interessada, mediante petição autônoma, que será 
autuada em apartado e cujos autos terão tramitação em separado em relação ao 
processo principal. 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
§ 1º O requerimento de alienação deverá conter arelação de todos os demais 
bens, com a descrição e a especificação de cada um deles, e informações sobre 
quem os detém e local onde se encontram. 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
§ 2º O juiz determinará a avaliação dos bens, nos autos apartados, e intimará o 
Ministério Público. 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
§ 3º Feita a avaliação e dirimidas eventuais divergências sobre o respectivo laudo, 
o juiz, por sentença, homologará o valor atribuído aos bens e determinará sejam 
alienados em leilão ou pregão, preferencialmente eletrônico, por valor não inferior 
a 75% (setenta e cinco por cento) da avaliação. 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
§ 4º Realizado o leilão, a quantia apurada será depositada em conta judicial 
remunerada, adotando-se a seguinte disciplina: 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
20 
 
 
 
I - nos processos de competência da Justiça Federal e da Justiça do Distrito 
Federal: 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
a) os depósitos serão efetuados na Caixa Econômica Federal ou em instituição 
financeira pública, mediante documento adequado para essa finalidade; 
(Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
b) os depósitos serão repassados pela Caixa Econômica Federal ou por outra 
instituição financeira pública para a Conta Única do Tesouro Nacional, 
independentemente de qualquer formalidade, no prazo de 24 (vinte e quatro) 
horas; e 
(Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
c) os valores devolvidos pela Caixa Econômica Federal ou por instituição 
financeira pública serão debitados à Conta Única do Tesouro Nacional, em 
subconta de restituição; 
(Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
II - nos processos de competência da Justiça dos Estados: 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
a) os depósitos serão efetuados em instituição financeira designada em lei, 
preferencialmente pública, de cada Estado ou, na sua ausência, em instituição 
financeira pública da União; 
(Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
b) os depósitos serão repassados para a conta única de cada Estado, na forma 
da respectiva legislação. 
(Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
§ 5º Mediante ordem da autoridade judicial, o valor do depósito, após o trânsito 
em julgado da sentença proferida na ação penal, será: 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
I - em caso de sentença condenatória, nos processos de competência da Justiça 
Federal e da Justiça do Distrito Federal, incorporado definitivamente ao patrimônio 
da União, e, nos processos de competência da Justiça Estadual, incorporado ao 
patrimônio do Estado respectivo; 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
II - em caso de sentença absolutória extintiva de punibilidade, colocado à 
disposição do réu pela instituição financeira, acrescido da remuneração da conta 
judicial. 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
§ 6º A instituição financeira depositária manterá controle dos valores depositados 
ou devolvidos. 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
§ 7º Serão deduzidos da quantia apurada no leilão todos os tributos e multas 
incidentes sobre o bem alienado, sem prejuízo de iniciativas que, no âmbito da 
competência de cada ente da Federação, venham a desonerar bens sob constrição 
judicial daqueles ônus. 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
21 
 
 
 
§ 8º Feito o depósito a que se refere o § 4o deste artigo, os autos da alienação 
serão apensados aos do processo principal. 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
§ 9º Terão apenas efeito devolutivo os recursos interpostos contra as decisões 
proferidas no curso do procedimento previsto neste artigo. 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
§ 10. Sobrevindo o trânsito em julgado de sentença penal condenatória, o juiz 
decretará, em favor, conforme o caso, da União ou do Estado: 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
I - a perda dos valores depositados na conta remunerada e da fiança; 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
II - a perda dos bens não alienados antecipadamente e daqueles aos quais não 
foi dada destinação prévia; e 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
III - a perda dos bens não reclamados no prazo de 90 (noventa) dias após o 
trânsito em julgado da sentença condenatória, ressalvado o direito de lesado ou 
terceiro de boa-fé. 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
§ 11. Os bens a que se referem os incisos II e III do § 10 deste artigo serão 
adjudicados ou levados a leilão, depositando-se o saldo na conta única do 
respectivo ente. 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
§ 12. O juiz determinará ao registro público competente que emita documento de 
habilitação à circulação e utilização dos bens colocados sob o uso e custódia das 
entidades a que se refere o caput deste artigo. 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
§ 13. Os recursos decorrentes da alienação antecipada de bens, direitos e valores 
oriundos do crime de tráfico ilícito de drogas e que tenham sido objeto de 
dissimulação e ocultação nos termos desta Lei permanecem submetidos à 
disciplina definida em lei específica. 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
Art. 4º-B. A ordem de prisão de pessoas ou as medidas assecuratórias de bens, 
direitos ou valores poderão ser suspensas pelo juiz, ouvido o Ministério Público, 
quando a sua execução imediata puder comprometer as investigações. 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
Art. 5º Quando as circunstâncias o aconselharem, o juiz, ouvido o Ministério 
Público, nomeará pessoa física ou jurídica qualificada para a administração dos 
bens, direitos ou valores sujeitos a medidas assecuratórias, mediante termo de 
compromisso. 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
 
22 
 
 
 
Art. 6º A pessoa responsável pela administração dos bens: 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
I - fará jus a uma remuneração, fixada pelo juiz, que será satisfeita com o produto 
dos bens objeto da administração; 
 
II - prestará, por determinação judicial, informações periódicas da situação dos 
bens sob sua administração, bem como explicações e detalhamentos sobre 
investimentos e reinvestimentos realizados. 
 
Parágrafo único. Os atos relativos à administração dos bens sujeitos a medidas 
assecuratórias serão levados ao conhecimento do Ministério Público, que 
requererá o que entender cabível. 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
CAPÍTULO III - Dos Efeitos da Condenação 
 
Art. 7º São efeitos da condenação, além dos previstos no Código Penal: 
 
I - a perda, em favor da União - e dos Estados, nos casos de competência da 
Justiça Estadual -, de todos os bens, direitos e valores relacionados, direta ou 
indiretamente, à prática dos crimes previstos nesta Lei, inclusive aqueles utilizados 
para prestar a fiança, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé; 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
II - a interdição do exercício de cargo ou função pública de qualquer natureza e 
de diretor, de membro de conselho de administração ou de gerência das pessoas 
jurídicas referidas no art. 9º, pelo dobro do tempo da pena privativa de liberdade 
aplicada. 
 
§ 1º A União e os Estados, no âmbito de suas competências, regulamentarão a 
forma de destinação dos bens, direitos e valores cuja perda houver sido declarada, 
assegurada, quanto aos processos de competência da Justiça Federal, a sua 
utilização pelos órgãos federais encarregados da prevenção, do combate, da ação 
penal e do julgamento dos crimes previstos nesta Lei, e, quanto aos processos de 
competência da Justiça Estadual, a preferência dos órgãos locais com idêntica 
função. 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
§ 2º Os instrumentos do crime sem valor econômico cuja perda em favor da União 
ou do Estado for decretada serão inutilizados ou doados a museu criminal ou a 
entidade pública, se houver interesse na sua conservação. 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
CAPÍTULO IV - DosBens, Direitos ou Valores Oriundos de Crimes 
Praticados no Estrangeiro 
 
Art. 8º O juiz determinará, na hipótese de existência de tratado ou convenção 
internacional e por solicitação de autoridade estrangeira competente, medidas 
assecuratórias sobre bens, direitos ou valores oriundos de crimes descritos no art. 
1º praticados no estrangeiro. 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
§ 1º Aplica-se o disposto neste artigo, independentemente de tratado ou 
convenção internacional, quando o governo do país da autoridade solicitante 
prometer reciprocidade ao Brasil. 
23 
 
 
 
§ 2º Na falta de tratado ou convenção, os bens, direitos ou valores privados 
sujeitos a medidas assecuratórias por solicitação de autoridade estrangeira 
competente ou os recursos provenientes da sua alienação serão repartidos entre 
o Estado requerente e o Brasil, na proporção de metade, ressalvado o direito do 
lesado ou de terceiro de boa-fé. 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
CAPÍTULO V - DAS PESSOAS SUJEITAS AO MECANISMO DE CONTROLE 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
Art. 9º Sujeitam-se às obrigações referidas nos arts. 10 e 11 as pessoas físicas e 
jurídicas que tenham, em caráter permanente ou eventual, como atividade 
principal ou acessória, cumulativamente ou não: 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
I - a captação, intermediação e aplicação de recursos financeiros de terceiros, em 
moeda nacional ou estrangeira; 
 
II - a compra e venda de moeda estrangeira ou ouro como ativo financeiro ou 
instrumento cambial; 
 
III - a custódia, emissão, distribuição, liqüidação, negociação, intermediação ou 
administração de títulos ou valores mobiliários. 
 
Parágrafo único. Sujeitam-se às mesmas obrigações: 
 
I - as bolsas de valores, as bolsas de mercadorias ou futuros e os sistemas de 
negociação do mercado de balcão organizado; 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
II - as seguradoras, as corretoras de seguros e as entidades de previdência 
complementar ou de capitalização; 
 
III - as administradoras de cartões de credenciamento ou cartões de crédito, bem 
como as administradoras de consórcios para aquisição de bens ou serviços; 
 
IV - as administradoras ou empresas que se utilizem de cartão ou qualquer outro 
meio eletrônico, magnético ou equivalente, que permita a transferência de fundos; 
 
V - as empresas de arrendamento mercantil (leasing), as empresas de fomento 
comercial (factoring) e as Empresas Simples de Crédito (ESC); 
(Redação dada pela Lei Complementar nº 167, de 2019) 
 
VI - as sociedades que efetuem distribuição de dinheiro ou quaisquer bens 
móveis, imóveis, mercadorias, serviços, ou, ainda, concedam descontos na sua 
aquisição, mediante sorteio ou método assemelhado; 
 
VII - as filiais ou representações de entes estrangeiros que exerçam no Brasil 
qualquer das atividades listadas neste artigo, ainda que de forma eventual; 
 
VIII - as demais entidades cujo funcionamento dependa de autorização de órgão 
regulador dos mercados financeiro, de câmbio, de capitais e de seguros; 
 
 
24 
 
 
 
IX - as pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, que operem no 
Brasil como agentes, dirigentes, procuradoras, comissionárias ou por qualquer 
forma representem interesses de ente estrangeiro que exerça qualquer das 
atividades referidas neste artigo; 
 
X - as pessoas físicas ou jurídicas que exerçam atividades de promoção imobiliária 
ou compra e venda de imóveis; 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
XI - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem jóias, pedras e metais 
preciosos, objetos de arte e antigüidades. 
 
XII - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens de luxo ou de alto 
valor, intermedeiem a sua comercialização ou exerçam atividades que envolvam 
grande volume de recursos em espécie; 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
XIII - as juntas comerciais e os registros públicos; 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
XIV - as pessoas físicas ou jurídicas que prestem, mesmo que eventualmente, 
serviços de assessoria, consultoria, contadoria, auditoria, aconselhamento ou 
assistência, de qualquer natureza, em operações: 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
a) de compra e venda de imóveis, estabelecimentos comerciais ou industriais 
ou participações societárias de qualquer natureza; 
(Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
b) de gestão de fundos, valores mobiliários ou outros ativos; 
(Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
c) de abertura ou gestão de contas bancárias, de poupança, investimento ou 
de valores mobiliários; 
(Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
d) de criação, exploração ou gestão de sociedades de qualquer natureza, 
fundações, fundos fiduciários ou estruturas análogas; 
(Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
e) financeiras, societárias ou imobiliárias; e 
(Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
f) de alienação ou aquisição de direitos sobre contratos relacionados a 
atividades desportivas ou artísticas profissionais; 
(Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
XV - pessoas físicas ou jurídicas que atuem na promoção, intermediação, 
comercialização, agenciamento ou negociação de direitos de transferência de 
atletas, artistas ou feiras, exposições ou eventos similares; 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
XVI - as empresas de transporte e guarda de valores; 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
 
25 
 
 
 
XVII - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens de alto valor de 
origem rural ou animal ou intermedeiem a sua comercialização; e 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
XVIII - as dependências no exterior das entidades mencionadas neste artigo, por 
meio de sua matriz no Brasil, relativamente a residentes no País. 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
CAPÍTULO VI - Da Identificação dos Clientes e Manutenção de 
Registros 
 
Art. 10. As pessoas referidas no art. 9º: 
 
I - identificarão seus clientes e manterão cadastro atualizado, nos termos de 
instruções emanadas das autoridades competentes; 
 
II - manterão registro de toda transação em moeda nacional ou estrangeira, 
títulos e valores mobiliários, títulos de crédito, metais, ou qualquer ativo passível 
de ser convertido em dinheiro, que ultrapassar limite fixado pela autoridade 
competente e nos termos de instruções por esta expedidas; 
 
III - deverão adotar políticas, procedimentos e controles internos, compatíveis 
com seu porte e volume de operações, que lhes permitam atender ao disposto 
neste artigo e no art. 11, na forma disciplinada pelos órgãos competentes; 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
IV - deverão cadastrar-se e manter seu cadastro atualizado no órgão regulador 
ou fiscalizador e, na falta deste, no Conselho de Controle de Atividades Financeiras 
(Coaf), na forma e condições por eles estabelecidas; 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
V - deverão atender às requisições formuladas pelo Coaf na periodicidade, forma 
e condições por ele estabelecidas, cabendo-lhe preservar, nos termos da lei, o 
sigilo das informações prestadas. 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
§ 1º Na hipótese de o cliente constituir-se em pessoa jurídica, a identificação 
referida no inciso I deste artigo deverá abranger as pessoas físicas autorizadas a 
representá-la, bem como seus proprietários. 
 
§ 2º Os cadastros e registros referidos nos incisos I e II deste artigo deverão ser 
conservados durante o período mínimo de cinco anos a partir do encerramento da 
conta ou da conclusão da transação, prazo este que poderá ser ampliado pela 
autoridade competente. 
 
§ 3º O registro referido no inciso II deste artigo será efetuado também quando a 
pessoa física ou jurídica, seus entes ligados, houver realizado, em um mesmo mês-
calendário, operações com uma mesma pessoa, conglomerado ou grupo que, em 
seu conjunto, ultrapassem o limite fixadopela autoridade competente. 
 
Art. 10-A. O Banco Central manterá registro centralizado formando o cadastro 
geral de correntistas e clientes de instituições financeiras, bem como de seus 
procuradores. 
(Incluído pela Lei nº 10.701, de 2003) 
 
 
26 
 
 
 
CAPÍTULO VII - Da Comunicação de Operações Financeiras 
 
Art. 11. As pessoas referidas no art. 9º: 
 
I - dispensarão especial atenção às operações que, nos termos de instruções 
emanadas das autoridades competentes, possam constituir-se em sérios indícios 
dos crimes previstos nesta Lei, ou com eles relacionar-se; 
 
II - deverão comunicar ao Coaf, abstendo-se de dar ciência de tal ato a qualquer 
pessoa, inclusive àquela à qual se refira a informação, no prazo de 24 (vinte e 
quatro) horas, a proposta ou realização: 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
a) de todas as transações referidas no inciso II do art. 10, acompanhadas da 
identificação de que trata o inciso I do mencionado artigo; e 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
b) das operações referidas no inciso I; 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
III - deverão comunicar ao órgão regulador ou fiscalizador da sua atividade ou, 
na sua falta, ao Coaf, na periodicidade, forma e condições por eles estabelecidas, 
a não ocorrência de propostas, transações ou operações passíveis de serem 
comunicadas nos termos do inciso II. 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
§ 1º As autoridades competentes, nas instruções referidas no inciso I deste artigo, 
elaborarão relação de operações que, por suas características, no que se refere 
às partes envolvidas, valores, forma de realização, instrumentos utilizados, ou pela 
falta de fundamento econômico ou legal, possam configurar a hipótese nele 
prevista. 
 
§ 2º As comunicações de boa-fé, feitas na forma prevista neste artigo, não 
acarretarão responsabilidade civil ou administrativa. 
 
§ 3º O Coaf disponibilizará as comunicações recebidas com base no inciso II do 
caput aos respectivos órgãos responsáveis pela regulação ou fiscalização das 
pessoas a que se refere o art. 9o. 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
Art. 11-A. As transferências internacionais e os saques em espécie deverão ser 
previamente comunicados à instituição financeira, nos termos, limites, prazos e 
condições fixados pelo Banco Central do Brasil. 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
 
27 
 
 
 
CAPÍTULO VIII - Da Responsabilidade Administrativa 
 
Art. 12. Às pessoas referidas no art. 9º, bem como aos administradores das 
pessoas jurídicas, que deixem de cumprir as obrigações previstas nos arts. 10 e 
11 serão aplicadas, cumulativamente ou não, pelas autoridades competentes, as 
seguintes sanções: 
 
I - advertência; 
 
II - multa pecuniária variável não superior: 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
a) ao dobro do valor da operação; 
(Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
b) ao dobro do lucro real obtido ou que presumivelmente seria obtido pela 
realização da operação; ou 
(Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
c) ao valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais); 
(Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
III - inabilitação temporária, pelo prazo de até dez anos, para o exercício do cargo 
de administrador das pessoas jurídicas referidas no art. 9º; 
 
IV - cassação ou suspensão da autorização para o exercício de atividade, operação 
ou funcionamento. 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
§ 1º A pena de advertência será aplicada por irregularidade no cumprimento das 
instruções referidas nos incisos I e II do art. 10. 
 
§ 2º A multa será aplicada sempre que as pessoas referidas no art. 9o, por culpa 
ou dolo: 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
I - deixarem de sanar as irregularidades objeto de advertência, no prazo 
assinalado pela autoridade competente; 
 
II - não cumprirem o disposto nos incisos I a IV do art. 10; 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
III - deixarem de atender, no prazo estabelecido, a requisição formulada nos 
termos do inciso V do art. 10; 
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
IV - descumprirem a vedação ou deixarem de fazer a comunicação a que se refere 
o art. 11. 
 
§ 3º A inabilitação temporária será aplicada quando forem verificadas infrações 
graves quanto ao cumprimento das obrigações constantes desta Lei ou quando 
ocorrer reincidência específica, devidamente caracterizada em transgressões 
anteriormente punidas com multa. 
 
28 
 
 
 
§ 4º A cassação da autorização será aplicada nos casos de reincidência específica 
de infrações anteriormente punidas com a pena prevista no inciso III do caput 
deste artigo. 
 
Art. 13. (Revogado pela Lei nº 13.974, de 2020) 
 
CAPÍTULO IX - Do Conselho de Controle de Atividades Financeiras 
 
Art. 14. Fica criado, no âmbito do Ministério da Economia, o Conselho de Controle 
de Atividades Financeiras - Coaf, com a finalidade de disciplinar, aplicar penas 
administrativas, receber, examinar e identificar as ocorrências suspeitas de 
atividades ilícitas previstas nesta Lei, sem prejuízo das competências de outros 
órgãos e entidades. 
(Redação dada pela Medida Provisória nº 886, de 2019) 
 
§ 1º As instruções referidas no art. 10 destinadas às pessoas mencionadas no art. 
9º, para as quais não exista órgão próprio fiscalizador ou regulador, serão 
expedidas pelo COAF, competindo-lhe, para esses casos, a definição das pessoas 
abrangidas e a aplicação das sanções enumeradas no art. 12. 
 
§ 2º O COAF deverá, ainda, coordenar e propor mecanismos de cooperação e de 
troca de informações que viabilizem ações rápidas e eficientes no combate à 
ocultação ou dissimulação de bens, direitos e valores. 
 
§ 3º O COAF poderá requerer aos órgãos da Administração Pública as informações 
cadastrais bancárias e financeiras de pessoas envolvidas em atividades suspeitas. 
(Incluído pela Lei nº 10.701, de 2003) 
 
Art. 15. O COAF comunicará às autoridades competentes para a instauração dos 
procedimentos cabíveis, quando concluir pela existência de crimes previstos nesta 
Lei, de fundados indícios de sua prática, ou de qualquer outro ilícito. 
 
Art. 16. (Revogado pela Lei nº 13.974, de 2020) 
 
Art. 17. (Revogado pela Lei nº 13.974, de 2020) 
 
CAPÍTULO X - DISPOSIÇÕES GERAIS 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
Art. 17-A. Aplicam-se, subsidiariamente, as disposições do Decreto-Lei nº 3.689, 
de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), no que não forem 
incompatíveis com esta Lei. 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
Art. 17-B. A autoridade policial e o Ministério Público terão acesso, 
exclusivamente, aos dados cadastrais do investigado que informam qualificação 
pessoal, filiação e endereço, independentemente de autorização judicial, mantidos 
pela Justiça Eleitoral, pelas empresas telefônicas, pelas instituições financeiras, 
pelos provedores de internet e pelas administradoras de cartão de crédito. 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
 
29 
 
 
 
Art. 17-C. Os encaminhamentos das instituições financeiras e tributárias em 
resposta às ordens judiciais de quebra ou transferência de sigilo deverão ser, 
sempre que determinado, em meio informático, e apresentados em arquivos que 
possibilitem a migração de informações para os autos do processo sem 
redigitação. 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
Art. 17-D. Em caso de indiciamento de servidor público, este será afastado, sem 
prejuízo de remuneração e demais direitos previstos em lei, até que o juiz 
competente autorize, em decisão fundamentada, o seu retorno. 
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
(Vide ADIN 4911) 
 
Art. 17-E. A Secretaria da Receita Federal do Brasil conservará os dados fiscais 
dos contribuintes pelo prazo mínimo de 5 (cinco) anos, contado a partir do início 
do exercício seguinte ao da declaração de renda respectiva ou ao do pagamento 
do tributo. 
(Incluído pela Lei nº 12.683,

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