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Empreendedorismo na fisioterapia

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1
2
SUMÁRIO
Introdução .........................................................................................................................................................................
Capítulo 1: Caminho à seguir ..........................................................................................................................................
Capítulo 2: Boca a boca ....................................................................................................................................................
Capítulo 3: Custo mensal e ponto de equilíbrio ...........................................................................................................
Capítulo 4: Como eu vejo a fisioterapia valorizada .....................................................................................................
Capítulo 5: Compras coletivas x Convênios ..................................................................................................................
Capítulo 6: Atendimento individualizado ......................................................................................................................
Capítulo 7: Autônomo x Empresa ...................................................................................................................................
Capítulo 8: Conversão ......................................................................................................................................................
Capítulo 9: Avaliação fisioterapêutica: um olhar da gestão .........................................................................................
Capítulo 10: A conta não fecha ......................................................................................................................................
Agradecimentos ...............................................................................................................................................................
 
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INTRODUÇÃO
O empreendedorismo vem ganhando espaço atualmente, como fuga ao desemprego e às condições adversas 
da economia. A tese de que o empreendedor é fruto de herança genética não encontra mais seguidores nos 
meios científi cos. Sendo assim, é possível que as pessoas aprendam a ser empreendedoras, aprimorando suas 
características.
Esse e-book apresenta 10 textos elaborados nos últimos anos pela Fisioconsult – Soluções de Gestão em Fisioterapia, 
através de seu sócio e fundador, professor Msc Bernardo Chalfun. Os textos são sempre contextualizados e focados 
na fi sioterapia. Foram elaborados baseados em uma experiência de gestão do autor, das experiências dos clientes 
de consultoria da Fisioconsult e também das informações adquiridas em aulas e palestras ministradas.
Para dar início aos textos, fi nalizo a introdução com uma poesia de autor desconhecido, que sempre cito em 
minhas aulas:
A Pedra
O distraído nela tropeçou.
O bruto a usou como projétil.
O empreendedor, usando-a, construiu.
O camponês, cansado da lida, dela fez assento.
Para meninos, foi brinquedo.
Drummond a poetizou.
Já, David matou Golias.
Michelangelo extraiu-lhe a mais bela escultura.
E em todos esses casos, a diferença não esteve na pedra, mas no homem!
Não existe “pedra” no seu caminho que você não possa aproveitá-la para o seu próprio crescimento.
4
CAMINHO À SEGUIR
Qual caminho seguir? Qual área atuar? Ser autônomo, abrir uma empresa, 
ou fazer um concurso? Depois que formamos surgem inúmeras dúvidas 
sobre a nossa carreira, sob diversos aspectos.
Independente de qual área de atuação você escolheu, ser empreendedor na 
fi sioterapia irá te auxiliar muito em seu caminho. Planeje sua vida, construa o próprio caminho!
Capacite-se para ser empreendedor. Coloque metas em sua vida! Inove! Se torne diferenciado. Responda a uma 
simples pergunta: Se você fosse paciente, você te escolheria como fi sioterapeuta? Se sim, por que?
Em meio a tantas dúvidas, temos uma certeza: os fi sioterapeutas que são empreendedores tem mais facilidade 
em crescer em sua carreira.
5
BOCA A BOCA
Conhece o boca a boca? Imagino que sim. Sem dúvidas, a melhor estratégia 
de captação de clientes é o boca a boca.
Em empresas de prestação de serviços, especialmente aquelas onde a 
diferenciação dos serviços é a escolha estratégica, essa ferramenta se torna a 
melhor escolha.
Na fi sioterapia, o paciente (cliente) quando recebe um tratamento diferenciado e um atendimento acolhedor, 
sente-se motivado a falar bem de sua clínica ou consultório (sua marca). Identifi que sempre quais são as reais 
necessidades de cada cliente e certifi que que os seus serviços as contemplam.
Outros atributos estimulam o cliente a te indicar, como: local bem decorado e limpo, pequenos mimos (lembranças 
no aniversário, café ou bala na recepção), pontualidade, recursos tecnológicos, entre outros.
Faça sua parte: atenda com excelência e abra suas portas para o mercado.
6
CUSTO MENSAL E PONTO DE 
EQUILÍBRIO
O conhecimento detalhado e preciso de todos os custos de uma empresa 
é fundamental para sua gestão efi ciente. Chamo a atenção para os custos 
mensais que não são desembolsáveis todo mês, como por exemplo: férias, décimo 
terceiro, rescisão trabalhista, manutenção e depreciação de equipamentos e móveis. O 
conhecimento do custo mensal da empresa, junto com o preço do serviço prestado, permite encontrar o 
ponto de equilíbrio do seu negócio. 
Em tempo, ponto de equilíbrio é o ponto (número) onde o faturamento se iguala com as despesas. Exemplo: em 
uma clínica com custo mensal hipotético de R$ 10.000,00 e com sessões a R$ 50,00, o ponto de equilíbrio são 200 
sessões. Ou seja, neste caso serão necessárias 200 sessões para igualar o faturamento com as despesas. 
Este cálculo é muito importante para todas as empresas de diversos tamanhos e setores, pois através dele é 
possível enxergar qual o percentual de vendas ou prestação de serviços você precisa realizar para começar a 
ter lucro. Ainda no exemplo desta clínica, se a capacidade máxima de atendimento mensal for de 320 sessões, o 
percentual relativo ao ponto de equilíbrio é de 200/320 ou 62,50% do máximo. 
Cada empresa tem um ponto de equilíbrio diferente, pois possui custos mensais e preços diferentes. Não existe 
um valor ideal, mas vale ressaltar que quanto menor for o ponto de equilíbrio, mais fácil será alcançar o lucro. Vale 
ressaltar também que clínicas de fi sioterapia que atendem apenas particular, geralmente possuem custos mais 
baixos e assim um ponto de equilíbrio menor.
7
COMO EU VEJO A FISIOTERAPIA 
VALORIZADA
Participei de algumas discussões e trocas de conhecimentos e opiniões entre 
vários fi sioterapeutas de grande importância para a fi sioterapia atualmente no 
Brasil. Um tema recorrente destas discussões era a defi nição da fi sioterapia, de 
sua atuação, seus valores e seu reconhecimento.
Este capítulo é um resumo destas discussões, acrescido de minha opinião sobre como eu vejo a fi sioterapia forte 
e valorizada. 
Vejo quatro pilares muito importantes na solidifi cação da fi sioterapia, que se atuarem em conjunto e em sincronia, 
poderão resultar em um fortalecimento de nossa profi ssão.
Muito deixada de lado nas últimas décadas e negligenciada por vários profi ssionais, que desacreditados e 
desgostosos com gestões passadas em conselhos, associações e sindicatos, a política é o caminho mais lógico 
para a estruturação e dignidade da nossa profi ssão. Venho acompanhando uma renovação em Minas Gerais 
tanto no Crefi to, quanto na Associação Mineira dos Fisioterapeutas e quanto no Sinfi to/MG, e confesso estar 
esperançoso de bons ventos e mudanças. Este movimento não ocorre somente em Minas Gerais, mas em todo o 
Brasil. A política, então seria a arma para atingir nossas metas na profi ssão.
O ensino (faculdades, universidades e empresas de cursos) aliado a ciência, chamada de PBE (prática baseadaem 
evidência) sempre teve e terá pela frente o desafi o de demonstrar com clareza e evidências científi cas onde e de 
que forma o fi sioterapeuta pode atuar com resultados comprovados. Técnicas, procedimentos, protocolos são 
ferramentas que o fi sioterapeuta deve usar em seu repertório de atendimento. Quanto mais forte for a relação 
entre as instituições de ensino com a PBE e com os fi sioterapeutas, mais sério e reconhecido será o trabalho da 
fi sioterapia. Ocorreu na última década um explosão de novas técnicas e procedimentos na fi sioterapia, cada um 
querendo criar uma identidade própria, como se fosse única e isolada da profi ssão. Não me cabe questionar 
nenhuma técnica ou curso da moda (deixo para os colegas fazerem pesquisas e identifi car a efi cácia de cada 
uma). O que quero chamar a atenção aqui é que cada novidade que aparece é muito bem vinda, desde que seja 
comprovada cientifi camente e que seja vista como mais uma ferramenta a ser usada pelo fi sioterapeuta.
8
Fazendo um contraponto ao parágrafo anterior, essa explosão de cursos e técnicas novas obteve repercussão 
e adesão no nosso meio por um motivo simples: O mercado comprou a idéia! Moramos em um país capitalista 
e corremos atrás de nosso sustento e de uma vida de qualidade. A chegada de novos cursos e técnicas abriu 
um leque de opções na fisioterapia e permitiu que a fisioterapia evoluísse como negócio. Assim o fisioterapeuta 
conseguiu galgar melhores ganhos na profissão e ter um retorno mais apropriado em sua carreira.
Em resumo, crescemos de forma desordenada, impulsionados, na maioria, pelo fator econômico da profissão. 
Para termos, a longo prazo, uma profissão forte, com reconhecimento e retorno justo, a sincronia entre estes 
pilares é fundamental. Oferecer ao mercado procedimentos comprovados, baseados em pesquisa, com o respaldo 
de instituições de ensino, conselhos e demais órgãos políticos, pode ser o caminho para a valorização. O mercado 
consumidor é orientado pela opinião pública, que pode ser influenciada por estas instituições de referência em 
nossa profissão!
Como não podia faltar neste texto, a capacitação empreendedora do fisioterapeuta é fundamental neste processo. 
Desde o planejamento eficiente até ações de marketing para valorizar o que é bem feito, aproximará toda esta 
visão utópica (mas possível a longo prazo) da nossa realidade.
Ou seja: pesquisem, estudem, participem ativamente da política (ou pelo menos contribuam de alguma forma), 
seja compromissado com a ciência, seja empreendedor.
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COMPRAS COLETIVAS X 
CONVÊNIOS
Este capítulo aborda os baixos valores pagos pelos convênios (na maioria dos 
casos) aos serviços de fi sioterapia. 
Os prestadores de serviços em geral que optam em comercializar seus serviços através 
de compras coletivas se sujeitam a receber valores muito baixos de vários clientes, por muito tempo. 
Quem já comprou um serviço através deste canal, sabe que é muito difícil encontrar um serviço de qualidade 
nestas condições.
Eu não gosto desta estratégia comercial para prestadores de serviços. O fi sioterapeuta não pode oferecer seus 
serviços (ainda bem!) nesta modalidade chamada compra coletiva, mas chamo a atenção para a semelhança com 
outra forma de captação de clientes amplamente utilizada na fi sioterapia: os convênios.
Os convênios também pagam muito pouco (na sua maioria), demoram meses para pagar (ainda tem risco de 
glosas), são necessários vários atendimentos simultâneos para não ter prejuízo (ilegal, vide resolução 444/2014); 
e a qualidade do serviço fi ca mais comprometida. Quantas vezes escutamos que fi sioterapia não funciona, e 
quando vamos investigar onde o paciente estava tratando: bingo! Em uma clínica, por convênio.
Não quero aqui generalizar, dizer que todos os convênios pagam mal, que todas as clínicas que atendem por 
convênio prestam um serviço ruim. Quero apenas fazer uma refl exão e uma comparação destas duas modalidades: 
compras coletivas x convênios.
No meu ponto de vista tem muito em comum. E no seu? Refl ita e elabore sua estratégia na sua clínica.
10
ATENDIMENTO 
INDIVIDUALIZADO
Se formos olhar sob o aspecto legal da nossa profi ssão não poderia chamar 
de dica o atendimento individualizado, visto que o Coffi to já estabeleceu que os 
atendimentos devem ser individualizados e determinou a quantidade máxima de 
atendimentos em um dia de trabalho (parâmetro assistencial, ver resolução n. 444/2014).
A abordagem que irei fazer nesta dica refere-se a qualidade. A cada dia que passa, temos mais concorrência 
em todas as áreas, especialmente na fi sioterapia. O acesso do paciente a informação também aumenta 
exponencialmente, o que pressiona o fi sioterapeuta a buscar excelência nos serviços prestados. Sabemos que 
cada paciente é único e que a conduta fi sioterapêutica varia também em cada caso. Temos então embasamento 
legal, técnico e mercadológico para somente oferecer um serviço individualizado e de excelência.
Ainda existem em todo o país, clínicas e consultórios que praticam o atendimento a mais de um fi sioterapeuta, com 
a justifi cativa fi nanceira (normalmente atendem por planos de saúde, que pagam muito pouco pela sessão). Estes 
colegas também desconhecem (ou fi ngem desconhecer) o referencial de honorários estabelecido pelo Coffi to 
(resolução nº 428). Para quem não sabe, o referencial foi baseado na pesquisa da FGV (Fundação Getúlio Vargas) 
que calculou um valor mínimo para o serviço de fi sioterapia equilibrar as contas, considerando o parâmetro 
assistencial.
O que me deixa mais surpreso é ver alguns colegas questionando o uso do referencial, alegando ser muito alto 
em suas cidades, conforme a média de valores cobrados na região. Não aceitam aumentar os valores e seguir o 
que regulamenta o Coffi to, mas também atendem muitos pacientes ao mesmo tempo, ou seja, um círculo vicioso 
negativo (e ilegal) para nossa profi ssão.
Temos que mudar! A fi sioterapia individualizada, embasada cientifi camente, tem ótimos resultados e a cada dia 
cresce mais aos olhos do mercado e dos profi ssionais de saúde. Vamos seguir as leis da nossa profi ssão, seja 
pelo referencial e também pelos parâmetros assistenciais. E outro ponto: o referencial é relacionado aos custos 
mínimos para o atendimento de qualidade, cada profi ssional deve agregar valor e buscar honorários condizentes 
com seus serviços, ou seja, muito acima do referencial.
11
Que vença a qualidade! Que sejam bem sucedidos os fisioterapeutas que honram a profissão, mostrando ao 
mercado que a fisioterapia funciona.
Deixo aqui um convite para os profissionais e clínicas, que neste momento, não conseguem atender as resoluções 
do Coffito: se informem, capacitem e busquem mudar esta realidade. Sei que a relação com os convênios é difícil e 
que não dependem somente de sua vontade. Neste caso, a união faz a força. Os convênios terão de se adequarem 
ao referencial.
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AUTÔNOMO X EMPRESA
O assunto desta semana é sobre a tributação na fi sioterapia. Em (quase) 
todos os cursos, palestras e consultorias que realizo, este assunto é um dos 
mais demandados e gera muitas dúvidas e equívocos.
Muitos colegas ainda acreditam que ser autônomo é a forma menos onerosa (em 
termos de tributação) que existe. O objetivo deste texto é informar aos colegas que a melhor 
opção para o fi sioterapeuta é abrir uma empresa e emitir nota fi scal de seu atendimento.
Se compararmos os tributos federais (IRFF x SIMPLES), o autônomo tem vantagem apenas até atingir o valor de até 
R$ 1.903,98 (limite da isenção). Após este valor ele começa a ser tributado em 7,5%, podendo chegar até 27,5% se 
ultrapassar o R$4.664,68. Enquanto as empresas são tributadas em 6% até atingir R$15.000,00.
Sob o ponto de vista da contribuição ao INSS, o autônomo tem que recolher 20% sobre o valor recebido até atingir 
o teto de R$5.189,84. Ou seja, o autônomo irá recolher no mínimo R$ 176 e no máximo R$ 1.037,96. No caso da 
empresao recolhimento é de 11% sobre o pró-labore (normalmente recolhe-se sobre um salário mínimo). Neste 
caso a diferença entre o autônomo e a empresa é muito grande, o que torna a empresa a melhor escolha.
Pontos a favor do autônomo: não é obrigatório ter um contador e não tem que pagar anualmente a taxa do Crefi to 
relativo a empresa.
Sendo assim, em resumo, não restam dúvidas que abrir uma empresa é muito mais econômico e vantajoso que 
se manter como autônomo. O que muitos colegas ainda não sabem, é que é obrigatório recolher as contribuições 
para o INSS de cada atendimento (até atingir o teto) e permanecem como autônomos sonegando tributos sem 
saber.
É importante ressaltar também que empresas têm acesso mais fácil que autônomos a fi nanciamentos e serviços 
bancários. Atualmente os autônomos já conseguem vender seus serviços através de cartões de crédito e débito, 
o que facilita muito as negociações com os clientes. 
Procure um bom contador e converse a respeito. Pesquise sobre o anexo 3 do Simples (anexo da fi sioterapia) e 
entenda mais sobre o assunto.
13
CONVERSÃO DE INTERESSADOS 
EM CLIENTES
Esta ferramenta é muito simples e muito importante no cotidiano de qualquer 
empresa, especialmente das que prestam serviços, ou seja, no nosso caso, de 
fi sioterapia.
É muito importante registrar todas as pessoas que procuram pelos nossos serviços, seja passando 
pessoalmente para conhecer ou por telefone, email ou redes sociais. Neste registro vocês podem (e devem) 
coletar o nome, telefone de contato, email, qual serviço o cliente procura, quais são seus objetivos, como fi cou 
conhecendo a empresa e alguma observação pertinente a sua empresa. Claro que estes registros dependem do 
tempo disponível do cliente para responder e também de sua vontade em fornecer estas informações. Além das 
informações coletadas, o registro deve conter a data deste primeiro contato e um campo para anotar um possível 
agendamento de uma avaliação, acolhimento ou segundo encontro. Outro ponto importante é de telefonar (ou 
mandar email) para quem visitou a empresa para agradecer a visita e esclarecer mais dúvidas que ainda fi caram.
Ao fi nal de cada semana ou mês, contabilizamos quantas pessoas procuraram os nossos serviços e quantos 
realmente se tornaram clientes. Com estes dados podemos medir o desempenho de nossas secretárias, o impacto 
de ações publicitárias, a procura por serviços que ainda não prestamos, entre outras informações preciosas.
14
AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA:
UM OLHAR DA GESTÃO
Inspirado após ter assistido uma brilhante palestra do Dr. Sérgio Fonseca 
(UFMG), no evento realizado pelo Crefi to 4, resolvi escrever sobre a importância da 
avaliação na fi sioterapia. 
Meu foco neste texto é sempre o de gestão/estratégia no contexto do negócio. A avaliação fi sioterapêutica é o 
passo mais importante no trabalho do fi sioterapeuta. A identifi cação correta dos tecidos afetados, mecanismos 
de lesão/disfunção, impactos sociais/laborais/esportivos, restrições de funções e modifi cações do padrão correto 
de movimento é essencial para traçar uma conduta adequada de tratamento e como consequência, ter êxito no 
trabalho.
Como comentamos em outros textos, ter resolutividade nos tratamentos de fi sioterapia é essencial para agregar 
valor e obter o melhor resultado, tanto para o paciente quanto para a empresa/consultório. Ser resolutivo e 
alcançar os objetivos propostos é diretamente atrelado a realizar uma avaliação correta e minuciosa. Nos casos 
em que a avaliação não demonstrou com clareza o caminho que deve ser seguido, o fi sioterapeuta perderá 
muito tempo realizando intervenções que não irão gerar o melhor resultado, e, como consequência, o tempo de 
tratamento irá aumentar. 
Ou seja, a estrela de todo o processo é a avaliação. Vejo comumente colegas ”endeusando” a técnica A, B ou C. 
Esta análise eu deixo para que as pesquisas científi cas nos mostrem a real efi ciência de cada técnica, ou formação. 
Após uma avaliação criteriosa e bem direcionada com um raciocínio clínico, fi ca muito mais fácil e coerente fazer 
uso de um rol de técnicas, ferramentas, exercícios, orientações para alcançar o objetivo do seu paciente (cliente). 
Pensando de outro angulo, em quase toda atividade comercial, a etapa do raciocínio sempre é mais valorizada que 
a etapa braçal. Quando a avaliação é bem executada (raciocínio) a condução do tratamento (independente das 
ferramentas que serão utilizadas) se torna mais fácil e efi ciente. Sendo assim, um modelo comercial interessante 
sob este angulo seria ter uma avaliação extremamente valorizada (seria o serviço com valor mais alto na empresa) 
e retornos após a avaliação menos onerosos aos pacientes. Desta forma, o próprio fi sioterapeuta iria buscar cada 
vez mais se capacitar para realizar uma avaliação de qualidade, para assim ser mais resolutivo e efi ciente em seu 
trabalho. 
15
No nosso mercado temos exemplos variados deste tema. Vejo diversos fisioterapeutas concedendo avaliações 
gratuitas aos seus clientes (quando realizam, sendo que muitos nem realizam), temos por força de lei os planos de 
saúde remunerando muito mal a avaliação; e vejo colegas que destacam a avaliação e buscam atender os clientes 
com um mínimo de retornos após a avaliação (modelo defendido neste texto).
Logicamente cada especialidade tem seu contexto e cada paciente terá uma resposta diferente. O objetivo deste 
texto foi trazer para nossa discussão semanal a importância desta etapa do tratamento (avaliação) vista por um 
olhar administrativo/estratégico.
16
A CONTA NÃO FECHA
Convido vocês nesta leitura a fazer algumas refl exões e contas matemáticas.
Qual deveria ser o valor mínimo para cobrar pelo atendimento de seu cliente? 
O Coffi to já realizou esse estudo através da FGV em uma ampla pesquisa. Minha 
intenção com este post é fazer algumas contas rápidas para alertar aqueles que vem 
praticando valores baixos no atendimento particular ou ainda estão reféns de convênios. 
Claro que cada clínica ou consultório tem uma estrutura de custos própria, diferente uma da outra. Quero então 
analisar apenas um dos inúmeros custos que temos no cotidiano.
Pegando como média um piso de R$2.200,00 de um fi sioterapeuta. Ao assinar a carteira, considerando que o regime 
tributário é o Simples Nacional, o custo com os devidos encargos salariais seria de R$ 660,00 aproximadamente 
(FGTS, 13º, férias e 1/3 de férias) total de R$2.860,00 (considerando que vc não terá outros gastos com substituição 
deste fi sioterapeuta por faltas ou afastamento por saúde).
De acordo com os parâmetros assistenciais, o fi sioterapeuta pode atender 12 pacientes por dia no ambiente 
ambulatorial. Colocando 22 dias no mês, seriam no máximo 264 atendimentos.
Dividindo os custos com o fi sioterapeuta pelos atendimentos máximos, encontramos uma relação de R$10,83 
por paciente atendido. Mas essa conta seria se o fi sioterapeuta atendesse 100% dos seus horários sem nenhum 
contratempo. Quem atende por convênio consegue alcançar percentuais altos de agenda preenchida, mas 
quem opta pelo particular tem números percentuais mais baixos. Se considerarmos que o fi sioterapeuta em 
média vai atender 50% de sua capacidade máxima (para ter uma margem de segurança neste calculo) vamos 
encontrar a seguinte relação: um fi sioterapeuta com carteira assinada, que segue o parâmetro assistencial de 12 
atendimentos por dia, que atende 50% de seus horários e possui ociosidade dos outros 50% em sua agenda, custa 
por atendimento a clínica o valor de R$ 21,67 (considerando o piso de R$2.200,00).
Lembrando, existem diversos outros custos, como: aluguel, água, luz, telefone, funcionários de apoio (secretarias, 
serviços gerais), impostos, material de limpeza, de fi sioterapia, de escritório, seguro, depreciação, contador, cursos 
e treinamentos.
17
Ou seja, resumindo o post de hoje: não faça guerra de preços, opte sempre em agregar valor. Não aceitereceber 
valores ínfimos de planos de saúde. Atender mais que o parâmetro assistencial permite é ilegal e pensando em 
estratégia de negócios, não é legal. 
Aposte sempre na qualidade. Rompa este paradigma de ganhar (sobreviver) no volume. Construa sua marca, 
mostre a sociedade o valor que um bom fisioterapeuta tem.
18
AGRADECIMENTOS
Quando se trabalha com o que ama, fica muito fácil desenvolver novos projetos. O empreendedorismo na 
fisioterapia é um dos melhores caminhos para o fisioterapeuta conquistar seu espaço no mercado de trabalho, 
sendo reconhecido e valorizado.
São inúmeras pessoas e empresas que merecem o meu agradecimento. Vou citar, em especial duas pessoas: 
George Shayer (Propulsão) e Cássio Diniz (Aligre Comunicação). Vocês foram incentivadores deste projeto e 
facilitaram muito a sua conclusão.
Viva a fisioterapia de qualidade! Viva o fisioterapeuta!
Quem ainda não conhece meu trabalho pela Fisioconsult, convido a participar do meu curso presencial: Capacitação 
Empreendedora do Fisioterapeuta, em diversas cidades do Brasil, em especial em Belo Horizonte, minha terra 
natal.
Convido também aos fisioterapeutas interessados em uma consultoria a conhecer melhor meu trabalho na 
Fisioconsult – Soluções de Gestão em Fisioterapia.
E por último, não menos importante, convido a assistirem meu mini-curso online de marketing na fisioterapia 
neste canal onde fez o download do e-book: www.fisiolink.com.br. Acompanhe o trabalho da Fisiolink, aos poucos, 
vários cursos e dicas estarão disponíveis neste site.
Sucesso e bons negócios,
Bernardo Chalfun
bernardo@fisioconsult.com.br
31 999688640
Conteúdo Diagramação
fisioconsult.com.br aligre.com.br

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