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· Pergunta 1 0 em 1 pontos Leia o excerto a seguir: "O nosso problema é o feudalismo, e a mim me parece que são os seguintes os elementos de nossa resposta. A principal característica do modo de produção na sociedade feudal é que os donos dos meios de produção, os proprietários rurais, empenham-se constantemente em apropriar-se de todo o excedente produzido pelos produtores diretos. Antes de perguntar por que o fazem, precisamos demonstrar rapidamente que é isso mesmo o que eles tentam fazer de diferentes maneiras. Em estágios diferentes do desenvolvimento do feudalismo europeu, o caráter dos produtores diretos se modifica, tal como outros aspectos do sistema econômico, e, conseqüentemente, o caráter específico da exploração dos proprietários da terra também se modifica”. SWEEZY, P. et al. A transição do Feudalismo para o capitalismo . Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983, p. 141. Acerca da visão marxista sobre as transformações que processaram no sistema feudal, considere as alternativas: I. Os latifúndios da Antiguidade Tardia, em que trabalhavam os escravos, tinham-se transformado em propriedades por camponeses servis. II. No século IX - período que os historiadores denominam de Baixa Idade Média - a economia feudal europeia era determinada por extensões territoriais, denominadas de latifúndios, em que escravos produziam produtos e excedentes comercializados no mercado externo. III. A partir do século VIII até o final o XI, a classe dominante (nobreza feudal) perdeu poder econômico e político em face das transformações no interior da sociedade medieval, por exemplo, revoltas escravistas e crises na produção como prova do declínio do sistema feudal. IV. Os burgúndios e os visigodos se fundiam à antiga elite romana adaptando os velhos latifúndios romanos às novas formas de produção feudal. É correto apenas o que se afirma em: Resposta Selecionada: II, III, IV, apenas. Resposta Correta: I, IV, apenas. Comentário da resposta: Sua resposta está incorreta. A alternativa está incorreta, já que a afirmativa “I” está correta, na medida em que os antigos escravos instalaram os escravos em glebas e se transformaram em camponeses que eram juridicamente livres, mas deviam impostos senhoriais ao proprietário da terra. A alternativa “II” está incorreta, pois o período referido - século IX - é identificado com Alta Idade Média, além das propriedades rurais medievais (mansos comunais e senhoriais) serem ocupadas por camponeses livres, e não escravos, com pontuais e raríssimas exceções. A alternativa “III” está incorreta, visto que, no período citado, os senhores feudais alavancaram seu poder econômico e político expandindo seus privilégios por meio da exploração dos domínios senhoriais, que incluía o incremento da produção e maximização de suas rendas via tributação ou produção direta. A alternativa “IV” está correta, tendo em vista que em várias partes da Europa, sobretudo, na Itália (Gália), a antiga nobreza romana passava por um processo de feudalização desde o século III, isto é, as unidades produtivas se tornavam cada mais autossuficientes e dependentes de relações servis. · · Pergunta 2 1 em 1 pontos Leia o excerto: “Os pobres estão despossuídos, as viúvas gemem, os órfãos são pisoteados, a tal ponto que muitos dentre eles, inclusive gente de bom nascimento que recebeu uma boa educação, refugiam-se entre os inimigos. Para não perecer sob a opressão pública, procuram entre os Bárbaros a humanidade dos romanos porque não podem mais suportar entre os Romanos a desumanidade dos Bárbaros. São diferentes dos povos junto aos quais buscam refúgio, não partilhando suas maneiras, sua linguagem, seja-me permitido dizer, nem mesmo o cheiro fétido dos corpos e vestimentas dos Bárbaros; mas preferem sujeitar-se à diferença de costumes a sofrer junto aos Romanos com a injustiça e a crueldade”. LE GOFF, J. A Civilização do ocidente medieval . Bauru: Edusc, 2005, p. 24. Considerando a citação apresentada e os conteúdos abordados na Unidade II, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. O trecho destacado é de autoria de um monge cronista chamado Salviano, que discorre a população romana em um período de grande desordem e caos. Porque: II. Este estado de desorganização, de ruína e de violência é resultado da invasão de hordas bárbaras no interior do Império Romano. A seguir, assinale a alternativa correta: Resposta Selecionada: A asserção I é uma proposição verdadeira, e afirmação II é uma justificativa correta da I. Resposta Correta: A asserção I é uma proposição verdadeira, e afirmação II é uma justificativa correta da I. Comentário da resposta: Resposta correta. As invasões bárbaras, que a princípio ocorreram de forma amistosa, foram se transformando em choques culturais que culminaram em conflitos com a entrada dos Hunos no território romano, causando grande sofrimento e empobrecimento da população, que deixavam o império para se unir aos germânicos. · · Pergunta 3 0 em 1 pontos Leia o excerto a seguir: “A Idade Média não é um século. (...) É uma sucessão de séculos assim chamada pelo humanista Flavio Biondo, que viveu no século XV. Como todos os humanistas, Biondo preconizava um regresso à cultura da Antiguidade Clássica e, por assim dizer, colocava entre parêntesis os séculos (em que ele via uma época de decadência) que decorreram entre a queda do Império Romano (476) e o seu tempo – embora o destino haja decidido que, afinal, Flavio Biondo pertencesse também à Idade Média, por ter morrido em 1463 e se ter convencionalmente fixado o fim da Idade Média no ano de 1492”. ECO, U. Idade Média : bárbaros, cristãos e muçulmanos. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 2010, p. 3-4. Considerando o excerto extraído da obra do historiador italiano Umberto Eco, analise as afirmativas a seguir: I. Flavio Biondo era um humanista que pretendia um regresso aos padrões artístico-literários por ter vivido na Antiguidade Clássica e por ter morrido na Idade Moderna. II. Convencionalmente, fixou-se na cronologia o fim da Idade Média com o descobrimento da América e a expulsão dos Mouros da Espanha, ambos os fatos em 1492. III. A Idade Média, apesar de ter durado mais de um milênio, manteve seu modo de viver e pensar imutável ao longo do tempo. IV. Invasões bárbaras, Renascimento Carolíngio, Cruzadas e a Queda de Constantinopla pelos turcos otomanos, todos esses episódios estudados nas escolas são fatos históricos localizados temporalmente no interior da Idade Média. Está correto apenas o que se afirma em: Resposta Selecionada: II e IV, apenas. Resposta Correta: II e IV, apenas. Comentário da resposta: Sua resposta está incorreta. A alternativa está incorreta, tendo em vista que a afirmativa I está incorreta. Na divisão cronológica, Biondo teria nascido ainda no período medieval (476-1492). A alternativa III está incorreta, tendo em vista que o período medieval comportou muitos fatos e transformações históricas. · · Pergunta 4 1 em 1 pontos O mapa a seguir representa o Império Romano na transição entre os séculos IV e V d. C., período final de sua fragmentação. Diante disso, analise a Figura a seguir: Fonte: Elaborada pelo autor. No referido período, o Império conheceu seu desmantelamento em vários reinos, como fruto das invasões bárbaras que se intensificaram no século V. Acerca desse processo de crise e de transição, analise as afirmativas a seguir: I. Uma das invasões ao Império Romano foi empreendida pelos anglo-saxões, que saquearam Roma (410 d.C). Os anglo-saxões, que construíram um reino independente Gália, caracterizavam-se pela presença de uma poderosa cavalaria. II. O Império Romano, em seus estertores, foi marcado por processos de ruralização como fruto da crise do escravismo e do surgimento do colonato, sistema que camponeses cultivam propriedades rurais em troca de proteção e uma parte dos rendimentos. Essasestruturas evoluíram para o surgimento do feudalismo III. Os lombardos eram, provavelmente, originários da Península Ibérica. Invadiram o Império Romano pelo Leste e entraram em conflito com Bizâncio, permanecendo nas regiões da Ásia Menor e Dácia até o século VI. IV. Os povos que recebiam a alcunha de "bárbaros" provinham da Europa do Norte e falavam línguas indo-europeias. Ao longo dos séculos, em muitos momentos, mantiveram alianças com os romanos que cediam terras em troca de guerreiros para o exército romano. É correto apenas o que se afirma em: Resposta Selecionada: II e IV, apenas. Resposta Correta: II e IV, apenas. Comentário da resposta: Resposta correta. A afirmativa II está correta, já que o escravismo acentuou a ruralização e a autossuficiência das propriedades que fizeram surgir o colonato. A afirmativa IV está correta, já que sob o título de bárbaros reuniam povos bem díspares uns dos outros, mas que tinham em comum a organização em clãs e a língua indo-europeia. · · Pergunta 5 1 em 1 pontos Leia o excerto a seguir: “Quase todos os Alanos são altos e formosos, com os cabelos quase louros, um olhar terrível e perturbador e velozes no uso das armas. Em tudo são semelhantes aos Hunos, mas na maneira de viver e nos costumes, menos selvagens, Roubando e caçando, andam de um lado para o outro, até lugares tão distantes como lagoa Meótis e o Bósforo Cimério (...) Assim como para os homens sossegados e plácidos o repouso é agradável, assim eles encontram prazer no perigo e na guerra. É considerado feliz aquele que sacrificou sua vida na batalha, enquanto que aqueles que envelheceram e deixaram o mundo por morte fortuita atacam com terríveis censuras de degenerados e cobardes; e não existe nada de que mais se orgulhem do que matar um homem (...)”. ESPINOSA, F. Antologia de textos históricos medievais . Lisboa: Sá da Costa, 1981, p. 6. O trecho apresentado registra as impressões de Amiano Marcelino (330-400), historiador e militar de alta patente, sobre os Alanos, uma das tribos germânicas que invadiram os domínios do Império Romano. Considerando os elementos descritos no trecho, analise as afirmativas a seguir: I. Os Alanos eram povos agrícolas e que preferiam o modo de vida sedentário às migrações. II. O modo de vida dos Alanos, por um segundo, faz parecer crer ao cronista que são semelhantes aos Hunos, em grande medida, em virtude do nomadismo e da pilhagem, dos saques de povos e cidades romanas. III. A morte natural por velhice era motivo de satisfação e de glória, em oposição à morte em combate, nos campos de batalha. IV. As informações transmitidas pelo cronista partem da esfera cultural romana, daí, muitas vezes, a necessidade que o historiador tem de interpretar esse registro ao invés de tomá-lo como verdade. É correto apenas o que se afirma em: Resposta Selecionada: II e IV, apenas. Resposta Correta: II e IV, apenas. Comentário da resposta: Resposta correta. A afirmativa II está correta, visto que o historiador Amiano Marcelino compara os Alanos em razão da semelhança no modo de vida, com pontuais exceções. A alternativa IV está correta, pois a atenção com as fontes é algo imperioso no trabalho de análise de fontes primárias, portanto, a descrição do cronista deve ser sempre tomada como um testemunho, que será cotejado a outros, e não enquanto expressão da verdade. · · Pergunta 6 1 em 1 pontos No período medieval, o trabalho rural era a forma de trabalho por excelência, ao qual os homens e as mulheres pagavam seus impostos e suas obrigações com o senhor a que se encontravam vinculados. Veja a Figura a seguir: Maître de Talbot, “ Les travailleurs ”, reproduzido de LANDA, E.; FELLER, C. (Ed.). Soil and culture. New York: Springer, 2010, p. 16. Na Figura apresentada, é possível observar uma das formas de trabalho agrícola representativa do período medieval. Sobre a imagem, analise a representação e assinale a alternativa correta: Resposta Selecionada: A obra registra a produção agrícola realizada de maneira comunitária, em que os servos fazem o plantio diretamente no solo. Resposta Correta: A obra registra a produção agrícola realizada de maneira comunitária, em que os servos fazem o plantio diretamente no solo. Comentário da resposta: Resposta correta. Pode-se depreender da imagem um castelo fortificado que, ao fundo, domina paisagem. No primeiro plano, os camponeses trabalham comunitariamente no domínio de um senhor; pode-se observar também que utilizavam práticas de rotação de culturas, com objetivo de conservação do solo e em favor da fertilidade das terras. · · Pergunta 7 1 em 1 pontos “A Itália, mais ainda do que a Espanha ou a África, apresenta um rosto homogêneo. Quando em 476 Odoacro, chefe militar dos hérulos ao serviço do Império, destrona Rômulo Augústulo, a Itália não sofreu qualquer movimentação de povos: são exércitos de bárbaros mercenários acantonados no seu solo que tomam oficialmente nas suas mãos um poder que de fato já detinham.” BANNIARD, M. A. Alta Idade Média Ocidental . Lisboa: Europa-América, s/d, p. 21-22. Analisando o excerto extraído do livro de Michel Banniard, juntamente aos temas abordados na Unidade II, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. O Império Romano pôde preservar sua unidade territorial, política e religiosa graças à homogeneidade oferecida pelo arianismo, um ramo herético do cristianismo. Porque: II. A Itália foi o território que mais sofreu com as invasões bárbaras, porque - apesar de já encontrar com os germânicos em seus domínios - teve suas cidades e unidades administrativas completamente saqueadas. A seguir, assinale a alternativa correta: Resposta Selecionada: A asserção II é verdadeira, mas não é uma justificativa correta da I, que é falsa. Resposta Correta: A asserção II é verdadeira, mas não é uma justificativa correta da I, que é falsa. Comentário da resposta: Resposta correta. A asserção é verdadeira, pois quando os povos germânicos vindos do exterior, ao se instalarem no Império Romano, foram sucessivamente destruindo suas antigas estruturas. Ainda que a Península Itálica, em comparação aos demais territórios, estivesse sob efeitos da movimentação, pois no século V o poder já se encontrava nas mãos dos invasores. · · Pergunta 8 1 em 1 pontos “Muitos autores contam que estes povos saíram da Panônia e que se estabeleceram primeiro na margem do Reno; tendo em seguida atravessado este rio, passaram à Turíngia e aí nas aldeias ou nas cidades escolheram reis cabeludos, que foram buscar na primeira, e, se assim posso dizer, à mais nobre das suas famílias (...) Mas este povo mostrou-se sempre entregue a cultos fanáticos sem qualquer conhecimento do verdadeiro Deus. Fez imagens das flores e das águas, dos pássaros, dos animais selvagens e dos outros elementos aos quais tinha por hábito prestar um culto divino e oferecer sacrifícios (...)” São Gregório de Tours apud PEDRERO-SÁNCHEZ, M. G. História da idade média: textos e testemunhas. São Paulo: Unesp, 2000, p. 33. Sobre os Francos, o bispo da cidade de Tours Gregório de Tours (c. 538-594) registrou as impressões sobre esse povo bárbaro - nem sempre abonadoras - retratando suas origens e seus costumes políticos e religiosos. A respeito desse testemunho, analise as afirmativas a seguir: I. Panônia ou Panónia, região citada por Gregório, era uma antiga província do Império Romano Oriental. II. Os bárbaros trajavam peças de roupas que simbolizavam a astúcia do caçador (peles de felinos) e calças ajustadas com amarração de tiras da mesma matéria-prima. Todavia, para os confundirem com escravos romanos, mantinham os cabelos e as barbas longas. III. Nas observações de Gregório acerca dos francos, é patente sua visão cristã na construção pejorativa do registro do caráter politeísta da religião desses, que incluía rituais de sacrifício e cultosa formas da natureza. IV. Gregório observa que os Francos atravessaram o Rio Reno, isto é, avançando a oeste em direção aos limites do Império Romano. Junto ao rio Danúbio, o Reno constituía a maior parte da fronteira setentrional do Império. Está correto apenas o que se afirma em: Resposta Selecionada: II, III e IV, apenas. Resposta Correta: II, III e IV, apenas. Comentário da resposta: Resposta correta. A afirmativa II está correta, já que os germânicos se distinguiam dos romanos pelas vestimentas e pela utilização de cabelos e de barbas compridas. Gregório de Tours registrou suas impressões sobre os francos, tendo como ponto de partida os padrões e costumes dos romanos que, na época em que escreve, no século VI, já haviam se cristianizado. Dessa forma, a afirmativa III está correta. A afirmativa IV também está correta, uma vez que a história dos francos, como a de outros povos germânicos, é a história do ingresso paulatino nas fronteiras do Império Romano em vagas sucessivas que se originavam no leste com destino a oeste (Império Romano). · · Pergunta 9 1 em 1 pontos Leia o excerto a seguir: "Outro aspecto do debate, não apenas acadêmico, sublinhe-se, prende-se com a influência das incursões germânicas na queda do Império do Ocidente, consideradas por muitos historiadores como causa da destruição de um organismo político e cultural considerado ainda perfeitamente robusto. (...) as invasões do século V, imparáveis e brutais, destruíram uma civilização pujante apesar dos sinais de enfraquecimento que se notavam pontualmente”. DE OLIVEIRA, F. et al. (Ed.). A queda de Roma e o alvorecer da Europa . Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2013, p. 123. Considerando o trecho extraído da obra em questão, assinale a alternativa que sintetize um desdobramento direto do processo das invasões germânicas. Resposta Selecionada: Aceleração do processo de ruralização da Europa, as cidades se tornaram foco dos saques de bárbaros e a população insegura abandona o mundo urbano para se proteger na zona rural. Resposta Correta: Aceleração do processo de ruralização da Europa, as cidades se tornaram foco dos saques de bárbaros e a população insegura abandona o mundo urbano para se proteger na zona rural. Comentário da resposta: Resposta correta. A ruralização, que era um processo em movimento desde a crise escravista dos séculos II e III d.C., acentuou-se definitivamente e foi um desdobramento das invasões de hordas bárbaras para dentro do império Romano. A Gália (França) e a Península Ibérica sofreram numerosas invasões e as populações dessas regiões fugiam para o campo acompanhando o movimento das elites romanas que se abrigavam em suas propriedades nas zonas rurais. · · Pergunta 10 1 em 1 pontos Leia o excerto a seguir: “O camponês era, então, um escravo? Na verdade, chamava-se de “servos” a maioria dos arrendatários, da palavra latina “servus” que significa “escravo”. Mas eles não eram escravos, no sentido que atribuímos à palavra. (...) Se o escravo era parte da propriedade e podia ser comprado ou vendido em qualquer parte, a qualquer tempo, o servo, ao contrário, não podia ser vendido fora de sua terra. Seu senhor deveria transferir a posse do feudo a outro, mas isso significava, apenas, que o servo teria novo senhor; ele próprio permanecia em seu pedaço de terra. Esta era uma diferença fundamental, pois concedia ao servo uma espécie de segurança que o escravo nunca teve. Por pior que fosse o seu tratamento, o servo possuía família e lar e a utilização de alguma terra”. HUBERMAN, L. História da Riqueza do Homem . Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1976, p. 6. Ao discorrer sobre a estrutura de produção e de trabalho na Alta Idade Média, o historiador econômico especifica a situação social e jurídica do servo naquele período. Considerando essa situação, analise as afirmativas a seguir: I. O escravo ( res ) era uma propriedade e parte do ordenamento jurídico do mundo Antigo e, como tal, a fim de preservar sua integridade, os seus proprietários evitavam aplicar-lhe castigos físicos, ao passo que os servos recebiam açoites e não eram lhe entregues uma parte da produção auferida na propriedade do senhor. II. O servo, mesmo estando ligado a um senhor e possuir laços de fidelidade, poderia ser vendido ou trocado a qualquer momento, condição diferente enfrentada pelos escravos. III. Os distintos vínculos existentes no mundo feudal, já que o escravo não poderia escolher seu senhor, enquanto o servo podia se associar a um senhor que lhe fosse mais benevolente. IV. O estatuto de servo se diferenciava do escravo da Antiguidade Tardia em razão da segurança oferecida pelo senhor, a quem de fato pertencia a terra. Está correto apenas o que se afirma em: Resposta Selecionada: IV, apenas. Resposta Correta: IV, apenas. Comentário da resposta: Resposta correta. A alternativa IV está correta. Na Alta Idade Média, a forma de relação de trabalho predominante era a servidão: o servo se ligava ao senhor por juramento de fidelidade e devia-lhe impostos senhoriais. Em troca, recebia proteção e uma parte da produção, contudo, os servos se encontravam desde seu nascimento ligados aos manos (terras).
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