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Oficina literária

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Oficina literária 
		Leia o poema abaixo, pensando na relação texto/ autor e responda.
 O último pajé
Cheio de angústia e de rancor, calado, Solene e só, a fronte carrancuda, Morre o velho Pajé, crucificado Na sua dor, tragicamente muda. Vê-se-lhe aos pés, disperso e profanado, O troféu dos avós: a flecha aguda, O terrível tacape ensangüentado, Que outrora erguia aquela mão sanhuda. Vencida a sua raça tão valente, Errante, perseguida cruelmente, Ao estertor das matas derrubadas! 'Tupã mentiu!' e erguendo as mãos sagradas, Dobra o joelho e a calva sobranceira Para beijar a terra brasileira."
Péthion de Villar.( A morte do pajé. 1978.)
Com base na leitura de todo o poema, o sentido que a expressão "Na sua dor, tragicamente muda" refere-se a:
	
	
	
	A silenciosa e pacificada tática de resistência aos brancos desenvolvida pelo índio
	
	
	A opressão e o abandono sofridos pelo índio.
	
	
	A suave adaptação do índio após a colonização
	
	
	A dolorosa adaptação do branco ao modo de vida do índio
	
	
	A incapacidade do índio de demonstrar as suas insatisfações
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		2.
		O poema abaixo faz parte do livro Rosácea (1986), da escritora Orides Fontela. Leia-o atentamente:
 Lembretes
 "É importante acordar a tempo é importante penetrar o tempo é importante vigiar o desabrochar do destino."
(FONTELA, Orides. Trevo (1969-1988). São Paulo: Duas Cidades, 1988.)
A sequência dos "lembrete" torna-se complexa ao longo do poema por meio de metáforas cada vez mais abstratas. Aponte qual o possível significado metafórico da expressão "vigiar/o desabrochar do destino", na última estrofe:
 
	
	
	
	Atentar para a fase madura da existência
	
	
	Conscientizar-se da vida como um todo
	
	
	Esquecer o passado em função do futuro
	
	
	Decidir sempre em função da velhice
	
	
	Viver a vida em função do futuro
	
	
	
	 
		
	
		3.
		No processo de construção literária, o autor vale-se do exercício diferenciado com a linguagem. A linguagem literária - aquela que sustenta o exercício da Literatura - se diferencia das demais porque:
	
	
	
	É denotativa, permitindo varias interpretações
	
	
	É denotativa e, ao mesmo tempo,conotativa
	
	
	É referencial como nos textos jornalísticos
	
	
	É conotativa, abrindomuitas possibilidades de entendimento e interpretação
	
	
	É conotativa, próxima à redação científica
	
	
	 
		
	
		4.
		Leia os textos abaixo e assinale a opção correta:
Texto I:    MULHER TENTA SUICÍDIO     Deu entrada na manhã desta quarta-feira no hospital de Bonsucesso, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, a dona-de-casa Joana da Silva, com sinais de intoxicação medicamentosa. Acudida por vizinhos, Joana da Silva foi levada para o hospital após ser encontrada desacordada na varanda de sua casa com um frasco de remédio para dormir na mão. Os vizinhos informaram que na noite anterior, Joana havia discutido asperamente com alguém ao telefone [ . . . ] Fragmento retirado do noticiário local.
Texto II:    NOTÍCIA DE JORNAL       Tentou contra a existência/ Num humilde barracão./ Joana de tal, por causa de um tal João. Depois de medicada,/ Retirou-se pro seu lar./ Aí a notícia carece de exatidão,/O lar não mais existe/Ninguém volta ao que acabou/ Joana é mais uma mulata triste que errou./ Errou na dose / Errou no amor/ Joana errou de João /Ninguém notou / Ninguém morou na dor que era o seu mal / A dor da gente não sai no jornal. (Chico Buarque).
Considerando-se a linguagem empregada nos dois textos, observa-se, respectivamente, o predomínio de:
 
	
	
	
	I e II - conotação.
	
	
	I e II - denotação.
	
	
	II denotação e I conotação.
	
	
	I denotação e II conotação.
	
	
	I exposição e II argumentação.
	
Explicação:
A resposta correta é Texto I denotação e Texto II - conotação.
	
	
	
	 
		
	
		5.
		O texto pode ser classificado como:
	
	
	
	um elemento do processo comunicativo que apresenta um entrelaçamento de idéias desconexas.
	
	
	um elemento do processo comunicativo que apresenta um desapego pela significação e com a lógica
	
	
	um elemento do processo comunicativo que apresenta um entrelaçamento de pontuação sofisticadamente empregada
	
	
	um elemento do processo comunicativo que apresenta um entrelaçamento de ideias, sem compromisso com a sua extensão final
	
	
	um elemento do processo comunicativo que apresenta um entrelaçamento de ideias, as quais são costuradas através das palavras.
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		6.
		Qual das alternativas é a definição efetiva de DENOTAÇÃO?
	
	
	
	É a omissão das palavras para que o interlocutor invente a sua ocorrência
	
	
	Uso da palavra em seu sentido literal, real. Tal como se apresenta no dicionário.
	
	
	Uso subjetivo de palavras que ajustam o seu significado ao contexto onde estão empregadas
	
	
	É utilização da palavra em ambientes de escrita técnica e regional.
	
	
	Uso da palavra para decorar textos, sem quakquer compromisso com o sentido
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		7.
		A conotação e a denotação são dois níveis de concretização dos sentidos num texto. No caso do texto literário, predomina:
	
	
	
	o sentido primeiro de cada palavra.
	
	
	a conotação.
	
	
	a denotação.
	
	
	a palavra nova, ainda não dicionarizada.
	
	
	a palavra sem ambiguidades.
	
Explicação:
O texto literário é conotativo, pois não se trata de um texto com finalidades cotidianas, voltado para a comunicação imediata e prática. O plano da expressão ocupa centralidade na literatura. Nesse caso, as palavras e as construções linguísticas estão sempre a serviço da máxima expressividade.
	
	
	
	 
		
	
		8.
		Considerando-se que a literatura constitui-se com parte de um processo histórico, podemos afirmar que a história do livro confunde-se, em muitos aspectos, com a história da humanidade.
	
	
	
	A afirmativa é falsa, pois a escolha de frases e temas é imposta pelo poder
	
	
	A afirmativa é falsa, pois ao escolherem frases e temas, os autores não consideram somente o que lhes é imposto pelo poder
	
	
	A afirmativa é verdadeira, pois ao escolherem frases e temas, os autores estão elegendo o que consideram significativo no momento histórico e cultural em que vivem
	
	
	A afirmativa é falsa, pois ao escolherem frases e temas, os autores não consideram a realidade
	
	
	A afirmativa é verdadeira, pois ao escolherem frases e temas, os autores se deixam influenciar por suas posturas políticas e sociais
2 
		
        Questão
	
	
	No caso da literatura, qual o material que preserva a visão que o autor propõe da realidade - mimeses?
		
	
	A imaginação, alheia à realidade
	
	As ilustrações dos livros com suas cores e traços
	
	O livro, suas letras e pontuação
	 
	O contexto histórico, com suas estratificações sociais e conflitos
	
	As previsões sobre a realidade e suas conseqüências no dia a dia das pessoas
	Respondido em 12/08/2020 11:07:11
	
	
	 
		2
        Questão
	
	
	Aristóteles contesta a condenação moral da arte mimética empreendida por Platão na República, apresentando uma concepção inteiramente nova da catarse proporcionada pelas obras de arte ao público, segundo a qual:
		
	
	a catarse ata os homens às paixões, aprofundando sua alienação.
	
	apelando fortemente para os afetos e as emoções, a catarse ensina o homem a sentir a vida.
	
	a catarse deforma a capacidade racional do homem, ao incutir-lhe o gosto pelas paixões.
	 
	a catarse liberta os homens das paixões, permintindo-lhes compreendê-las e dominá-las.
	
	a catarse aprisiona os homens às paixões, impossibilitando a sua libertação.
	Respondido em 12/08/2020 11:07:47
	
Explicação:
A resposta correta é: a catarse liberta os homens das paixões, permitindo-lhes compreendê-las e dominá-las. 
	
	
	 
		3
        Questão
	
	
	Podemos dizer que ao imitar a realidade em suas obras literárias o autor sempre exerce um processorevelador porque:
		
	
	Renega a realidade que o cerca, anulando-a.
	
	a imitação é um processo que anula a realidade, já que se afasta totelmente dela
	 
	No processo de imitação, o autor revela a realidade e a transforma em bem cultural
	
	A construção literária é um processo
	
	Esconde o que pode desgostar o leitor.
	Respondido em 12/08/2020 11:08:35
	
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	 
		4
        Questão
	
	
	A mimese é um conceito filosófico que busca explicar o processo por meio do qual as artes se realizam. A mimese literária se dá por meio das palavras e nem sempre foi concebida de modo positivo. Platão e Aristóteles, por exemplo, divergiam, pois para Platão, a mimese era:
		
	
	Uma forma de comunicação entre a verdade contida no mundo das ideias e as aparências do mundo sensível.
	
	Uma forma de representar as essências., portanto, uma forma de conhecimento
	
	Uma forma de representar as aparências, portanto, uma forma de conhecimento.
	
	Necessária à construção da República ideal.
	 
	Uma forma de distanciamento da verdade por se tratar de uma cópia da cópia.
	Respondido em 12/08/2020 11:06:39
	
Explicação:
A mimese platônica, ao contrário da aristotélica, considerava que a representação proposta pelos poetas distanciava o homem da verdade e do conhecimento. Por se tratar de uma cópia da cópia, ou seja, por imitar a partir do mundo das aparências.
	
	
	 
		5
        Questão
	
	
	A partir do fragmento abaixo, extraído da Poética de Aristóteles, podemos afirmar que: 
"Como o poeta é um imitador, assim como o pintor ou qualquer artista que modele imagens, ele tem sempre que adotar uma dessas três maneiras de imitar: ele deve representar as coisas ou exatamente como elas foram ou são na realidade; ou então como elas parecem, ou se diz serem; ou ainda como elas deveriam ser."  (Aristóteles, Poética, 1460 b 7.)
		
	
	Tal como Platão, Aristóteles considerou a mimese como referida ao mundo sensível ou das sombras e formas enganosas.
	 
	Aristóteles distinguiu três diferentes modalidades ou possibilidades para a mimese ser realizada, de acordo com a proposta da obra ou a intenção visada pelo autor.
	
	Aristóteles defendeu a mimese como pura expressão da imaginação e da fantasia, resultando portanto na ficção.
	
	Ao contrário de Platão, Aristóteles defendeu a mimese como a cópia fiel da realidade concreta.
	
	Aristóteles posicionou-se contra a mimese e criticou as artes miméticas, defendendo as artes inspiradas pelas musas.
	Respondido em 12/08/2020 11:08:44
	
Explicação:
A resposta correta é: Aristóteles distinguiu três diferentes modalidades ou possibilidades para a mimese ser realizada, de acordo com a proposta da obra ou a intenção visada pelo autor.
	
	
	 
		6
        Questão
	
	
	Leia o poema Meninos Carvoeiros de Manuel Bandeira, abaixo transcrito, e depois escolha a opção correta. 
"Os meninos carvoeiros / Passam a caminho da cidade. /   - Eh, carvoero!   / E vão tocando os animais com um relho enorme. / Os burros são magrinhos e velhos. / Cada um leva seis sacos de carvão de lenha. / A aniagem é toda remendada. / Os carvões caem. / (Pela boca da noite vem uma velhinha que os recolhe, dobrando-se com um gemido.) /   - Eh, carvoero!   / Só mesmo estas crianças raquíticas / Vão bem com estes burrinhos descadeirados. / A madrugada ingênua parece feita para eles... / Pequenina, ingênua miséria! / Adoráveis carvoeirinhos que trabalhais como se brincásseis! /   -Eh, carvoero!   / Quando voltam, vêm mordendo num pão encarvoado, / Encarapitados nas alimárias, / Apostando corrida, / Dançando, bamboleando nas cangalhas como espantalhos desamparados."
		
	 
	A natureza estética da literatura, não apenas não a impede de abordar os problemas da realidade, mas na verdade lhe permite abordá-los de forma mais contundente e eloquente.
	
	A autonomia da literatura implica sua incapacidade para representar a realidade.
	
	A literatura é uma arte inconsequente, desprovida de qualquer pretensão de tratar de questões sérias ou socialmente relevantes.
	
	A literatura deve tratar exclusivamente do que é belo; a realidade tem para ela interesse meramente secundário.
	
	O texto literário expressa metaforicamente as intenções do autor ao escrevê-lo.
	Respondido em 12/08/2020 11:11:37
	
Explicação:
A resposta correta é: A natureza estética da literatura, não apenas não a impede de abordar os problemas da realidade, mas na verdade lhe permite abordá-los de forma mais contundente e eloquente.
	
	
	 
		7
        Questão
	
	
	A mimese é um processo pelo qual a literatura e as artes se realizam. Na literatura, a mimese se realiza por meio das palavras que dão forma a personagens, a ações e a todas as demais realidades ficcionais. Na literatura, a mimese deve ser entendida como a capacidade de:
		
	
	Copiar uma realidade sem elaboração formal do autor.
	 
	Representar qualquer universo ficcional imaginado pelo autor por meio de formas verbais.
	
	Restringir-se a imitar o mundo real de modo fiel, respeitando-o tal como ele é.
	
	Elaborar um texto coerente com o real.
	
	Representar sempre de modo idêntico as várias realidades ficcionais.
	Respondido em 12/08/2020 11:12:07
	
Explicação:
A mimese na literatura permite a representação de qualquer universo por meio da palavra, ou seja, por meio das formas verbais. Desde de universos que se parecem com o que convencionamos chamar de real até os universos fantásticos com seres, ambientes e situações completamente inexistentes da realidade que compartilhamos.
	
	
	 
		8
        Questão
	
	
	Machado de Assis confirmou-se como acurado crítico do caráter humano, extraída da sua capacidade de dialogar com a realidade. Na poesia O casamento do diabo, um dos raros momentos em que o autor escreve em verso, ele faz uma crítica a um dos seus alvos favoritos ¿ a mulher. Leia o poema com atenção e responda à questão proposta. O casamento do diabo Satan teve um dia a idéa De casar. Que original: Queria mulher não feia Virgem corpo, alma leal. Toma um conselho de amigo Não te cases, Belzebú; Que a mulher, como ser humano, É mais fina do que tu. Cortou unhas, cortou rabo, Cortou as pontas, depois Sahio o nosso diabo, Como o heroe dos heroes. Toma um conselho de amigo Não te cases, Belzebú; Que a mulher, como ser humano, É mais fina do que tu. Casar era a sua dita; Correo por terra e por mar, Encontrou mulher bonita E tratou de a sequestrar Toma um conselho de amigo Não te cases, Belzebú; Que a mulher, como ser humano, É mais fina do que tu. Elle quis, ella queria Poseram mão sobre mão, E na melhor harmonia Verificou-se a união. Toma um conselho de amigo Não te cases, Belzebú; Que a mulher, como ser humano, É mais fina do que tu. Passou-se um anno, e ao diabo Não se cresceram por fim, Nem as unhas, nem o rabo... Mas as pontas, essas sim... Toma um conselho de amigo Não te cases, Belzebú; Que a mulher, como ser humano, É mais fina do que tu. Machado de Assis Nesse caso, a crítica à figura feminina reside nas entrelinhas da:
		
	 
	No refrão, quando o poeta alerta para o fato de que a mulher é mais fina que o demônio
	
	Terceira estrofe, marcada pela presença do verbo cortar
	
	Sétima, marcada pela presença dos pronomes Elle e Ella
	
	Primeira estrofe, marcada pela presença do vocábulo mulher
	
	Quinta estrofe, marcada pela presença do vocábulo mulher
	Respondido em 12/08/2020 11:10:15
3 
	
 
		
	
		1.
		O mundo épico está, totalmente, distante da contemporaneidade. Sendo assim, como os aêdos desenvolvem suas narrativas?
	
	
	
	A partir dos relatos feitos pelo herói nacional.
	
	
	A partir de mitos e lendas.
	
	
	A partir de documentos deixados pela nobreza e encontrados por historiadores.
	
	
	A partir de histórias veiculadas através da Igreja.
	
	
	A partir de estudos acadêmicos.
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		2.
		Acerca do narrador do texto épico, assinale a alternativa incorreta:No texto épico encontramos um único ponto de vista, não havendo espaço para questionamentos.
	
	
	O narrador épico expressa a visão de mundo e os valores da aristocracia.
	
	
	O narrador épico identifica-se com os valores e a visão de mundo representados.
	
	
	O narrador épico narra de dentro do espaço da tradição.
	
	
	O narrador épico adota uma postura crítica sobre os valores e a visão de mundo expressos em sua narrativa.
	
Explicação:
A escolha certa é: O narrador épico adota uma postura crítica sobre os valores e a visão de mundo expressos em sua narrativa.
	
	
	
	 
		
	
		3.
		O que é gênero literário?
	
	
	
	Gênero literário é um agrupamento de obras literárias que pertencem a uma classe, espécie, origem ou tempo de nascimento
	
	
	Gênero literário é um agrupamento de obras literárias que pertencem a uma classe, possuem o mesmo vocabulário e enredo
	
	
	É um conjunto de obras literárias, as quais têm, em comum, tempo, mas não tem a mesma origem de nascimento
	
	
	Gênero literário é um agrupamento de obras literárias que pertencem a uma mesma origem somente
	
	
	É um conjunto de obras literárias, as quais têm, em comum, somente a perspectiva do tempo
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		4.
		Assinale a alternativa que aponta a classe social cujos valores e visão de mundo são representados na epopeia. 
	
	
	
	a aristocracia.
	
	
	a burguesia.
	
	
	a classe sacerdotal.
	
	
	os camponeses.
	
	
	o proletariado.
	
Explicação:
A resposta correta é: a aristocracia.
	
	
	
	 
		
	
		5.
		Em relação à epopéia, podemos dizer que a sua força criadora está na memória e que a sua fonte é a lenda, já que:
	
	
	
	O autor épico cuida das relações dentro do texto para que o leitor possa acompanhar o seu desenvolvimento, sem prejuízo
	
	
	A epopéia reabilita o passado ao resgatá-lo, lançando mão da memória. Não importa a experiência pessoal. O que vale é a lenda nacional
	
	
	A epopéia rompe com a memória para, por conseguinte romper o paradigma do real e criar sobre o imaginário nacional
	
	
	O autor épico não pode esquecer-se da seqüência de fatos que compõem a narrativa que se confirma atemporal
	
	
	O autor precisa da falta dela - do esquecimento - para criar a ficção
	
	
	
	 
		
	
		6.
		Os principais gêneros literários são:
	
	
	
	narrativa, épico e lírico
	
	
	épico e lírico
	
	
	épico, dramático e satírico
	
	
	épico, dramático e lírico
	
	
	dramático, lírico e poético
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		7.
		É correto dizer que a Epopéia é
	
	
	
	uma narrativa longa de caráter heróico e grandioso
	
	
	uma narrativa curta, extremamente objetiva
	
	
	uma narrativa literária, compromissada com o riso
	
	
	uma narrativa curta, com forte traço cômico.
	
	
	uma narrativa longa cujo objetivo é informar
	
Explicação:
A epopéia constitui uma manifestação do gênero narrativo, típica da antiguidade, que conheceu na Ilíada e na Odisseia de Homero e na Eneida de Virgílio as suas principais realizações, sendo reconhecida pela narrativa longa, que versa sobre acontecimentos grandiosos e que tem como figura central um herói que encarna a visão de mundo, os valores e os anseios da coletividade.
	
	
	
	 
		
	
		8.
		Assinale a opção que apresenta uma característica fundamental do texto épico.
	
	
	
	o texto épico é o espaço de representação da coletividade.
	
	
	o texto épico privilegia os questionamentos religiosos dos seres humanos.
	
	
	o texto épico dá vazão aos sentimentos e estados de alma do indivíduo.
	
	
	no texto épico predomina o diálogo.
	
	
	o texto épico disserta sobre as dúvidas existenciais que atormentam a alma humana.
	
Explicação:
A resposta correta é: o texto épico é o espaço de representação da coletividade.
4
	
	
	
		1.
		Enquanto a epopeia encontra-se presa ao passado e vive da memória, nutrindo-se de mitos e lendas que o resgatam, o romance:
	
	
	
	discute as origens remotas dos problemas atuais.
	
	
	representa o presente, os fatos atuais constituindo sua principal fonte de criação.
	
	
	está assinalado pelo embate ético.
	
	
	representa o sonho, a fantasia, o universo imaginário.
	
	
	privilegia a especulação sobre o futuro, como ele pode vir ser, utópico ou distópico.
	
Explicação:
A resposta correta é: representa o presente, os fatos atuais constituindo sua principal fonte de criação.
	
	
	
	 
		
	
		2.
		Leia atentamente o texto abaixo:
Apresentação - nesta parte, o ficcionista mostra ao leitor os primeiros dados do mundo construído, personagens e suas características, espaço em que se movimentam, as relações entre si, e as referências temporais. Complicação - é o momento em que se rompe o equilíbrio do estado inicial, surgem conflitos e ocorrem transformações, onde o encadeamento dos episódios conduz a narrativa a um ponto de tensão. Clímax - é o ponto máximo de tensão. Desfecho ou desenlace - situação final, ou seja, o equilíbrio que se restabelece depois do clímax.
Os elementos acima mencionados ¿ apresentação, complicação, clímax e desfecho ou desenlace ¿ compõem o gênero:
 
	
	
	
	síntese
	
	
	narrativa
	
	
	crítica
	
	
	análise
	
	
	poesia
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		3.
		___________é uma manifestação literária que procura mostrar o desenvolvimento de uma ação no tempo e no espaço por meio da movimentação de personagens, conjunto este transmitido ao leitor por um narrador que adota um determinado ponto de vista(foco narrativo).
O termo que melhor preencheria a lacuna é
	
	
	
	quadra
	
	
	poesia
	
	
	crítica
	
	
	narrativa
	
	
	terceto
	
	
	
	 
		
	
		4.
		O trecho que se segue foi extraído da obra O cortiço, de Aluísio Azevedo:
Ninguém ali sabia ao certo se a Machona era viúva ou desquitada, os filhos não se pareciam um com os outros. A Das Dores sim afirmavam que fora casada e que largara o marido para meter-se com um homem do comércio[...]
Na passagem retirada da obra, podemos perceber que o foco narrativo:
	
	
	
	É o narrador-intruso, pois, ainda que não participe da trama quer dar palpite
	
	
	É externo ou de Terceira Pessoa, pois observa os fatos, desconhecendo daos passados
	
	
	É externo ou Onisciente, pois o narrador apresenta total conhecimento das coisas
	
	
	É Interno ou de Primeira Pessoa, pois relata sua experiência pessoal
	
	
	É externo ou de Terceira Pessoa, pois o narrador dialoga com outro personagem
	
	
	
	 
		
	
		5.
		__________é a forma narrativa em que ocorre um desenvolvimento minucioso da ação dos personagens, proporcionando ao leitor uma visão da totalidade do universo representado. Apresenta uma estrutura complexa capaz de análises, detalhes e pormenores com a finalidade de construir um universo narrativo coerente e organizado. O termo que melhor preencheria a lacuna é
	
	
	
	análise
	
	
	poesia
	
	
	romance
	
	
	crítica
	
	
	terceto
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		6.
		Leia os fragmentos de textos abaixo.
Texto I
Logo depois transferiram para o trapiche o depósito dos objetos que o trabalho do dia lhes proporcionava. Estranhas coisas entraram então para o trapiche. Nãomais estranhas, porém, que aqueles meninos, moleques de todas as cores e de idades as mais variadas, desde os nove aos dezesseis anos, que à noite se estendiam pelo assoalho e por debaixo da ponte e dormiam, indiferentes ao vento que circundava o casarão uivando, indiferentes à chuva que muitas vezes os lavava, mas com os olhos puxados para as luzes dos navios, com os ouvidos presos às canções que vinham das embarcações...AMADO, J. Capitães da Areia. São Paulo: Companhia das Letras, 2008 (fragmento).
Texto II
À margem esquerda do Rio Belém, nos fundos do mercado do peixe, ergue-se o velho ingazeiro, ali os bêbados são felizes. Curitiba os considera animais sagrados, provê as suas necessidades de cachaçae pirão. No trivial contentavam-se com as sobras do mercado. TREVISAN, L. 35 noites de paixão: contos escolhidos.Rio de Janeiro: BestBolso, 2009 (fragmento).
Sob diferentes perspectivas, os fragmentos citados são exemplos de uma abordagem literária recorrente na Literatura Brasileira do século XIX. Podemos afirmar que em ambos os textos:
	
	
	
	a crítica à indiferença da sociedade pelos marginalizados é direta
	
	
	o detalhamento do cotidiano dos personagens revela a sua origem social
	
	
	a ironia marca o distanciamento dos narradores em relação aos personagens
	
	
	a linguagem afetiva aproxima os narradores dos personagens marginalizados
	
	
	o espaço onde vivem os personagens é uma das marcas de sua exclusão
	
Explicação:
A problemática social, que ganha evidência na literatura brasileira nos projetos estéticos realista e naturalista do século XIX, é retomada pelos escritores modernistas do século XX, mais notadamente pelos romancistas. Ao lidar com a questão social, a representação do espaço romanesco torna-se um elemento decisivo, contribuindo para a caracterização dos personagens.
	
	
	
	 
		
	
		7.
		No desenrolar dos fatos num romance, cada personagem expõe a sua visão de mundo. Por isso, o romance é um gênero que comporta:
	
	
	
	um conjunto de ações isento de ideologias.
	
	
	apenas o ponto de vista dado pelo narrador.
	
	
	uma única ideologia.
	
	
	várias ideologias.
	
	
	apenas o ponto de vista da personagem principal.
	
Explicação:
O romance é um gênero em que várias ideologias podem ser identificadas por meio dos universos em que habitam os personagens. Alguns trazem isso de modo mais explícito, outros menos. De todo modo, sempre aparecem pontos de vista variados e em conflito num romance. Trata-se de um gênero polifônico.
	
	
	
	 
		
	
		8.
		O romance é um gênero que expressa os valores:
	
	
	
	arraigados à Antiguidade Clássica.
	
	
	exclusivamente medievais.
	
	
	de heróis modelares.
	
	
	da aristocracia, tal como ocorre na epopeia.
	
	
	de diversos segmentos sociais: da burguesia às classes mais populares.
	
Explicação:
O romance nasce identificado com os valores do Romantismo e da burguesia. É um gênero que valoriza o indivíduo, os seus dramas e o seu meio. Trata-se de um gênero elástico que incorpora todos os segmentos sociais. Há romances burgueses, regionalistas, históricos, indianistas, de tese etc.
5
		
	
		1.
		Pensando no conto em comparação com a crônica, podemos dizer que:
	
	
	
	esses dois tipos de textos são completamente destinados à informação
	
	
	não há sequer um elemento que aproxime esses dois tipos de textos
	
	
	só o conto tem uma estrutura narrativa
	
	
	só a crônica tem uma estrutura narrativa
	
	
	são tipos de textos extremamente semelhantes, ficando difícil estabelecer os limites entre eles
	
	
	
	 
		
	
		2.
		O conto deve ser simples, sem grandes complicações ou jogos psicológicos profundos e complexos. Essa afirmativa é:
	
	
	
	Falsa. O conto está diretamente ligado à etensão da Epopéia
	
	
	Falsa. No conto, o que importa é a descrição pormenorizada do cenário
	
	
	Falsa. Esse tipo de questionamento não se aplica ao conto
	
	
	Correta. O conto é um momento textual sem muitas peripécias ou relações psicológicas mais profundas
	
	
	Correta. O conto não se enquadra em qualquer regra ou padrão
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		3.
		O que garante ao conto uma unidade de ação?
	
	
	
	A descrição do estado emocional dos personagens
	
	
	O número de linhas que formam o conto
	
	
	O embate entre os personagens
	
	
	O narrador garante a unidade do Conto
	
	
	A descrição detalhada dos cenários onde a narrativa se desenrola
	
Explicação:
O embate entre os personagens garante a unidade de ação que assinala o conto.
	
	
	
	 
		
	
		4.
		Os personagens de um conto necessariamente possuem:
	
	
	
	refinamento de traços psicológicos.
	
	
	nomes próprios.
	
	
	um conflito que os moverá a alguma direção.
	
	
	um desfecho trágico.
	
	
	rica descrição física
	
Explicação:
Nas narrativas em geral, não apenas no conto, o conflito é um elemento fundamental. É ele o complicador que precipita as ações em direção a um desfecho.
	
	
	
	 
		
	
		5.
		Joaquim Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta nasceu no Rio de Janeiro, em 21 de Junho de 1839. Filho de um operário mestiço de negro e português, Francisco José de Assis, aquele que viria a tornar-se o maior escritor do país e um mestre da língua, perde a mãe muito cedo e é criado pela madrasta, Maria Inês, também mulata, que se deica ao menino dedica ao menino e o matricula na escola pública, única que freqüentou o auto didata Machado de Assis. Considerando os seus conhecimentos sobre os gêneros textuais, o texto citado constitui-se de:
	
	
	
	explicações da vida de um renomado escritor, com estrutura argumentativa, destacando como tema seus principais feitos
	
	
	fatos ficcionais relacionados a outros de caráter realista relativos à vida de um renomado escritor
	
	
	apresentação da vida de uma personalidade, organizada sobretudo pela ordem tipológica da narração, com um estilo marcado por linguagem objetiva
	
	
	representações generalizadas acerca da vida de membros da sociedade por seus trabalhos e vida cotidiana
	
	
	questões controversas e fatos diversos da vida de personalidade histórica, ressaltando sua intimidade familiar em detrimento de seus feitos públicos
	
	
	
	 
		
	
		6.
		Sabemos que os diferente modos de narrar indicam diferentes relações com o tempo em que o enredo se desenvolve. No conto, como funciona o tempo em relação ao desenvolvimento da narrativa?
	
	
	
	Nem se questiona o quesito tempo nesta narrativa
	
	
	Neste tipo de narrativa o tempo passa arrastado.
	
	
	O autor do conto n.ao tem noção de tempo
	
	
	Tudo, neste tipo de narrativa, se passa em um tempo curtíssimo. São, apenas, algumas horas ou dias.
	
	
	O leitor gosta de narrartivas longas
	
	
	
	 
		
	
		7.
		Qual é o foco do conto?
	
	
	
	o cenário e os personagens.
	
	
	o cenário
	
	
	o tempo
	
	
	o leitor
	
	
	os personagens
	
Explicação:
O leitor constitui o foco do conto.
	
	
	
	 
		
	
		8.
		Ao ler um conto, a compreensão do leitor deve ser imediata. Sendo assim, escolha a alternativa que conceitue a linguagem utilizada nessa forma de narrar.
	
	
	
	A linguagem é subjetiva. Há muitos implícitos que precisam ser desvendados pelo leitor.
	
	
	A linguagem pode ser representada pelo silêncio da personagem. Sendo assim, o diálogo não tem importância.
	
	
	A linguagem não tem importância para o desenrolar do conflito.
	
	
	A linguagem deve ser clara, objetiva. Não há muitas metáforas.
	
	
	A línguagem revela múltiplas intenções do narrador.
6
	
	
	
		1.
		Dentre as alternativas abaixo, escolha aquela que  NÃO  apresenta uma informação que nos faz considerar a crônica um texto literário.
	
	
	
	O cronista apresenta o real como é. Está centrado, apenas, na referencialidade do jornal.
  
	
	
	O cronista recria o real de acordo com o seu olhar.
	
	
	  O cronista reveste o real de fantasia e imaginação.
 
	
	
	 O cronista tem por objetivo conquistar qualquer leitor.
	
	
	 O cronista valoriza os aspectos mais comuns do cotidiano
  
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		2.
		Escolha, dentre as alternativa apresentadas, aquela que cita dois elementos presentes na crônica.
	
	
	
	Surpresa / temas polêmicos
   
	
	
	 Assuntos do cotidiano / densidade psicológica
   
	
	
	Surpresa / humor
  
	
	
	Linguagem coloquial / muitas personagens
	
	
	 Trivialidade / linguagem formal 
		
	Gabarito
Comentado
	
	
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		3.
		A crônica literária é produzida por poetase ficcionistas que:
	
	
	
	Transformam temas do dia-a-dia pela força criadora da fantasia.
	
	
	Constroem depoimentos rigorosos acerca das notícias.
	
	
	Descartam as trivialidades e privilegiam os temas de maior relevância social.
	
	
	Apresentam uma versão muito próxima da notícia e rejeitam a fantasia.
	
	
	Evitam compor textos que acrescentem um sentido poético aos temas do cotidiano.
	
Explicação:
A crônica literária, como é próprio de qualquer texto literário, constrói-se sob a força criadora da fantasia e da imaginação, ainda que seus temas sejam selecionados a partir da realidade.
	
	
	
	 
		
	
		4.
		Especialmente no Brasil, o gênero crônica foi cultivado pelos melhores poetas (Carlos Drummond de Andrade) e prosadores (Machado de Assis). Há, inclusive, escritores que se especializaram nessa forma sucinta de narratividade, sendo conhecidos principalmente como cronistas: Rubem Braga, Paulo Mendes Campos, Fernando Sabino, Raquel de Queirós e tantos outros. (D' ONOFRIO, S. Teoria do Texto 1: prolegômenos e teoria da narrativa. São Paulo: Ática, 1999, p. 123). Cabe ao cronista literário:
	
	
	
	escolher temas complexos e os desenvolver com erudição.
	
	
	desenvolver com sutileza e riqueza de detalhes as ações dramáticas.
	
	
	Desenvolver a sua narrativa em torno de um fato grandioso.
	
	
	articular bem os inúmeros personagens com o espaço.
	
	
	superar os limites da transitoriedade própria da notícia, tratando do universal dentro do particular.
	
Explicação:
A crônica, mesmo sendo de curta extensão, para atingir a qualidade de um texto literário precisa apresentar características que transcendam a simples notícia ou os temas do cotidiano aos quais se liga. E uma forma de fazê-lo é, a partir dos temas particulares, datados, presos ao tempo e circunstanciais, alcançar um caráter universal, um sentido mais profundo.
	
	
	
	 
		
	
		5.
		Sabemos que o texto literário faz parte de uma relação de produção e consumo. A partir dessa informação, leia as afirmativas abaixo e escolha uma das alternativas apresentada.
I- O cronista estabelece um falso diálogo com o leitor.
PORQUE
II - O leitor não tem espaço para revelar sua opinião sobre o que está sendo contado.
	
	
	
	A afirmativa I é falsa.
	
	
	 As afirmativas I e II são falsas.
	
	
	   
A afirmativa I é verdadeira e a II a justifica.
	
	
	  A afirmativa I é verdadeira, mas a II não a justifica.
	
	
	A afirmativa II é falsa.
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		6.
		A crônica é uma forma de narrar que utiliza o jornal como veículo de divulgação. No entanto, por que não podemos considerá-la como um texto, exclusivamente, jornalístico?
	
	
	
	Porque apresenta fatos distantes da realidade.
 
	
	
	  
Porque se trata de um texto que seleciona os fatos do cotidiano e os reveste de imaginação.
	
	
	 Porque os fatos narrados estão, por séculos, distantes do tempo de narração.
	
	
	 Porque apresenta o uso excessivo da formalidade da língua.
	
	
	Porque o leitor sempre duvida da veracidade dos fatos narrados.
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		7.
		Sabemos que a palavra crônica deriva da palavra grega Chrônos. A partir desta informação, escolha a alternativa que estabeleça a relação entre esta forma de narrar e o tempo.
	
	
	
	Trata-se de um conjunto de fatos resgatados de um passado histórico.
 
	
	
	Trata-se de um conjunto de fatos desordenados, seguindo o fluxo de consciência do narrador.
	
	
	Trata-se de um conjunto de fatos ordenados a partir de um tempo psicológico.
 
	
	
	 Trata-se de um conjunto de fatos que alternam a marcação cronológica com o fluxo de memória.
	
	
	    Trata-se de um conjunto de fatos reunidos dentro de uma ordem cronológica.
  
		
	Gabarito
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	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		8.
		Leia o texto a seguir:
Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da Alfândega - tudo malandro velho - começou a desconfiar da velhinha.
Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da Alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela:
- Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?
http://pensador.uol.com.br/frase/NTE3MzQ5/
No fragmento apresentado, as personagens não possuem nomes. Sabemos, apenas, que se trata de uma velhinha e de um fiscal. Que relação existe entre este fato e a crônica?
 
	
	
	
	A crônica destaca o tempo, por isso não é dado importância ao nome das personagens.
	
	
	  A crônica, por apresentar a referencialidade do jornal, não cita nomes.
 
	
	
	   A crônica destaca o narrador. Não há preocupação com as personagens.
	
	
	A crônica destaca a trivialidade, por isso, algumas vezes, não aparecem os nomes das personagens.
  
	
	
	 A crônica dá ênfase aos aspectos psicológicos das personagens, por isso não revela preocupação em nomeá-las.
7
		1.
		O efeito visado pela encenação do texto dramático sobre o público é conhecido como:
	
	
	
	logos.
	
	
	peripécia.
	
	
	catarse.
	
	
	mimese.
	
	
	hamartia.
	
Explicação:
A resposta correta é: catarse.
	
	
	
	 
		
	
		2.
		Sabemos que a "tensão" é a essência do dramático. Quais são as duas características principais que as movem?
 
 
	
	
	
	Pathos e dor
 
	
	
	Pathos e paixão
 
	
	
	Pathos e prazer
 
	
	
	Pathos e esperança
	
	
	Pathos e problema
 
	
	
	
	 
		
	
		3.
		A palavra drama significa AÇÃO. Sendo assim, como podemos entender o gênero dramático?
	
	
	
	Trata-se de um gênero em que a ação precisa de muitas personagens.
	
	
	Trata-se de um gênero em que a ação só acontece para expressar a dor do herói.
	
	
	Trata-se de um gênero em que a ação revela a a subjetividade do autor.
	
	
	Trata-se de um gênero em que a história acontece através de personagens em ação.
	
	
	Trata-se de um gênero em que a ação é expressa por intermédio de um narrador.
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		4.
		A tensão essência do dramático. O pathos é uma de suas características. Ele configura o sentimento exacerbado na tragédia. Como o autor dramático expressa o pathos?
	
	
	
	Através do problema.
	
	
	Através da fala de um narrador.
	
	
	Através da dor do herói.
	
	
	Através de uma linguagem comovente, impetuosa.
	
	
	Através, apenas, da alegria do herói.
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		5.
		Dentro do gênero dramático, encontramos a comédia e a tragédia. O que é a comédia?
	
	
	
	Trata-se da representação de temas religiosos.
	
	
	Trata-se da representação de pessoas de qualidade moral ou psíquica inferior. É a expressão artística dos vícios.
	
	
	Trata-se da representação artística em que o homem é posto em desequilíbrio pelas forças do destino.
	
	
	Trata-se da representação artística da mudança de sorte do indivíduo.
	
	
	Trata-se de um produção artística em que tudo caminha para um fim inevitável.
		
	Gabarito
Comentado
	
	
		
	Gabarito
Comentado
	
	
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		6.
		No gênero dramático, o tempo é, apenas, aquele destinado à representação da história. Que relação existe entre o tempo e a tensão?
	
	
	
	Não há relação entre o tempo e a tensão.
	
	
	O tempo ganha ritmo próprio quando o espectador percebe a tensão.
	
	
	O tempo é marcado pelo fim da tensão.
	
	
	Quando o herói descarrega a tensão, o espectador percebe a existência do tempo.
	
	
	O tempo não tem ritmo próprio. Ele é psicológico. Está ligado ao fluxo de consciência das personagens.
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		7.
		 Em Édipo Rei, tragédia de Sófocles, a profecia de Delfos determina que Édipo casará com a mãe e matará o pai. Diante desta revelação, o rei tentafugir de seu texto. De acordo com as principais características do texto trágico, o que isto significa?
 
I-             Trata-se de algo impossível para o herói trágico.
 
PORQUE
 
II-            É um herói sem escolha. Tudo está, previamente, traçado pelas forças do destino.
	
	
	
	   A afirmativa I é verdadeira e a II é falsa.
	
	
	 As afirmativas I e II são verdadeiras, mas a segunda não justifica a primeira.
	
	
	   Ambas as afirmativas são falsas.
	
	
	  A afirmativa I é falsa e a II verdadeira.
	
	
	   As afirmativas I e II são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		8.
		É aquele que crê em suas ideias e vive de acordo com elas, mas se vê, inesperadamente, diante do destino inevitável. Trata-se de um destino que contraria as suas verdades. De repente, tudo não é bem como ele acreditava ser.
Entre as alternativas abaixo, marque a que não corresponde ao herói trágico:
	
	
	
	A queda do herói trágico é o que lhe possibilita resplandecer em sua grandeza.
	
	
	Está numa situação errada ou em atos errados, mas não tem consciência disto; inconscientemente, é movida por uma força que o leva a viver no erro.
	
	
	Descobre que é o mais fraco na correlação de forças, embora aparente ser o mais forte, ou ainda que tenha acreditado ser o mais forte.
	
	
	Ainda que passe por grandes dificuldades e provações, e ainda que venha a constituir boa parte de sua grandeza através de uma série de baixezas (matar, mentir, enganar etc.), sua negatividade é transformada em positividade.
	
	
	Nunca é um membro do povo ou da camada média; ele geralmente está no topo do poder.
8
		
	
		1.
		Opinião
 Podem me prender Podem me bater Podem até deixar-me sem comer Que eu não mudo de opinião. Aqui do morro eu não saio não Aqui do morro eu não saio não. Se não tem água Eu furo um poço Se não tem carne Eu compro um osso e ponho na sopa E deixa andar, deixa andar... Falem de mim Quem quiser falar Aqui eu não pago aluguel Se eu morrer amanhã seu doutor, Estou pertinho do céu. (Zé Ketti.Opinião)
 Essa música fez parte de um importante espetáculo teatral que estreou no ano de 1964, no Rio de Janeiro. O papel exercido pela Música Popular Brasileira (MPB) nesse contexto, evidenciado pela poesia na forma de letra de música citada, foi o de:
	
	
	
	entretenimento para os grupos intelectuais
	
	
	valorização do progresso econômico do país
	
	
	denúncia da situação social e política do país
	
	
	mobilização dos setores que apoiavam a Ditadura Militar
	
	
	crítica à passividade dos setores populares
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		2.
		Trata-se de um eu que vive as dificuldades do cotidiano e as alegrias da vida. É aquela parte do ser humano que está comprometida com os fatos, com o mundo e com a lógica.
 O conceito apresentado e trabalhado em aula define:
	
	
	
	o eu-lírico
	
	
	o protagonista
	
	
	o antagonista
	
	
	o eu-biográfico
	
	
	o herói
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		3.
		O gênero lírico tem seu nome derivado de lira, instrumento musical, porque:
	
	
	
	a lira era o instrumento usado para acompanhar os poemas, porque esses textos eram considerados sem graça e desinteressantes, precisando de um acompanhamento para torná-los mais atraentes para o público.
	
	
	todo texto lírico deriva de uma música que já existia antes.
	
	
	o texto lírico apresenta musicalidade e originalmente era escrito para ser dito com acompanhamento musical.
	
	
	a música é a mãe de todas as artes e a literatura tem origem nela.
	
	
	o texto lírico resulta da transcrição dos sons de uma música para o texto escrito.
	
Explicação:
A resposta correta é: o texto lírico apresenta musicalidade e originalmente era escrito para ser dito com acompanhamento musical.
	
	
	
	 
		
	
		4.
		Partirmos do pressuposto de que, no gênero lírico, a relação entre o conteúdo e a forma é o que existe de importante, podemos concluir que
	
	
	
	forma e conteúdo estão relacionadas à musicalidade e são totalmente dependentes disso para serem usadas pelo poeta.
	
	
	qualquer palavra pode ser usada em qualquer contexto, pois não haveria qualquer diferença em escolher essa ou aquela, contanto que ela caiba no poema.
	
	
	o poeta, ao montar a sua obra, só pensa nas palavras e não se ocupa do conteúdo. O que importa é rimar.
	
	
	cada palavra é insubstituível. Cada uma delas, aliadas ao som permite o acontecimento da lírica.
	
	
	a forma de cada poema define a palavra que será usada, já que a relação citada baseia-se no tamanho de cada vocábulo.
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		5.
		O gênero lírico é caracterizado por:
	
	
	
	manifestar apenas o mundo exterior.
	
	
	centrar-se na objetividade.
	
	
	ocultar as emoções.
	
	
	distanciar-se de temas amorosos e filosóficos.
	
	
	centrar-se na subjetividade.
	
Explicação:
É próprio do gênero lírico expressar, antes de tudo, a subjetividade. A ponto de a lírica se conceituar como a poesia do "eu", ao contrário da épica.
	
	
	
	 
		
	
		6.
		Leia este poema de Vinícius de Moraes e em seguida assinale a alternativa incorreta.
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure     
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama     
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
	
	
	
	Trata-se de um soneto, composição de forma fixa, composta por dois quartetos e dois tercetos.
	
	
	Há um evidente esquema de rima, facilmente identificado pela sonoridade no final de cada verso.
	
	
	Há um paradoxo, ou seja, uma contradição no verso "Mas que seja infinito enquanto dure". Com ele, no entanto, o eu lírico esclarece a intensidade com que vive o amor.
	
	
	Trata-se de uma composição moderna, sem preocupações com a forma, como expressam os versos livres, sem agrupamento em estrofes e sem rima.
	
	
	Embora este poema trate do tema do amor, a poesia lírica não se restringe a temas sentimentais ou amorosos.
	
Explicação:
Há preocupação formal, pois o poema é um soneto, que é uma forma clássica, uma composição de forma fixa, com esquema de rima, versos regulares com 10 sílabas poéticas cada um e agrupados segundo uma organização específica: dois quartetos e dois tercetos.
	
	
	
	 
		
	
		7.
		Escolha a opção que completa corretamente as lacunas da sentença.  
Antes de alcançarmos uma compreensão racional do texto lírico, é comum passamos primeiramente pelo plano da _________.
	
	
	
	contemplação.
	
	
	emoção.
	
	
	meditação.
	
	
	crítica.
	
	
	reflexão.
	
Explicação:
A resposta correta é: emoção.
	
	
	
	 
		
	
		8.
		Leia o fragmento do poema Meus oito anos do poeta Casimiro de Abreu e depois escolha a opção que completa corretamente a afirmativa abaixo. 
"Oh! que saudades que tenho / Da aurora da minha vida, / Da minha infância querida / Que os anos não trazem mais! / Que amor, que sonhos, que flores, / Naquelas tardes fagueiras / À sombra das bananeiras, / Debaixo dos laranjais! / Como são belos os dias / Do despontar da existência! / - Respira a alma inocência / Como perfumes a flor; / O mar é - lago sereno, / O céu - um manto azulado, / O mundo - um sonho dourado, / A vida - um hino d'amor!"
Da leitura do fragmento do poema, depreendemos que uma das características centrais do gênero lírico é a:
	
	
	
	argumentação.
	
	
	contestação.
	
	
	questionamento.
	
	
	debate.
	
	
	recordação.
	
Explicação:
A resposta correta é: recordação.
9 
	
	
	
		1.
		Os fatos narrados em Memórias Póstumas de Brás Cubaspassaram, em sua maioria, entre os anos de 1840 e 1850, mas o narrador só os conta em 1881, doze anos após sua morte. Esse distanciamento faz com que os fatos e situações narrados sejam transformados pela:
	
	
	
	tradução.
	
	
	emoção.
	
	
	reflexão.
	
	
	imaginação.
	
	
	memória.
	
Explicação:
A resposta correta é: memória.
	
	
	
	 
		
	
		2.
		(UNIFESP)
(...) Um poeta dizia que o menino é pai do homem. Se isto é verdade, vejamos alguns lineamentos do menino.
Desde os cinco anos merecera eu a alcunha de «menino diabo»; e verdadeiramente não era outra cousa; fui dos mais malignos do meu tempo, arguto, indiscreto, traquinas e voluntarioso. Por exemplo, um dia quebrei a cabeça de uma escrava, porque me negara uma colher do doce de coco que estava fazendo, e, não contente com o malefício, deitei um punhado de cinza ao tacho, e, não satisfeito da travessura, fui dizer à minha mãe que a escrava é que estragara o doce «por pirraça»; e eu tinha apenas seis anos. Prudêncio, um moleque de casa, era o meu cavalo de todos os dias; punha as mãos no chão, recebia um cordel nos queixos, à guisa de freio, eu trepava-lhe ao dorso, com uma varinha na mão, fustigava-o, dava mil voltas a um e outro lado, e ele obedecia, -- algumas vezes gemendo,-- mas obedecia sem dizer palavra, ou, quando muito, um -- «ai, nhonhô!» -- ao que eu retorquia: -- «Cala a boca, besta!» -- Esconder os chapéus das visitas, deitar rabos de papel a pessoas graves, puxar pelo rabicho das cabeleiras, dar beliscões nos braços das matronas, e outras muitas façanhas deste jaez, eram mostras de um gênio indócil, mas devo crer que eram também expressões de um espírito robusto, porque meu pai tinha-me em grande admiração; e se às vezes me repreendia, à vista de gente, fazia-o por simples formalidade: em particular dava-me beijos.
Não se conclua daqui que eu levasse todo o resto da minha vida a quebrar a cabeça dos outros nem a esconder-lhes os chapéus; mas opiniático, egoísta e algo contemptor dos homens, isso fui; se não passei o tempo a esconder-lhes os chapéus, alguma vez lhes puxei pelo rabicho das cabeleiras. (Machado de Assis. Memórias póstumas de Brás Cubas)
 
Indique a frase que, no contexto do fragmento, confirma o sentido de o menino é o pai do homem, citação inicial do narrador.
	
	
	
	[...] fui dos mais malignos do meu tempo [...]
	
	
	[...] deitei um punhado de cinza ao tacho [...]
	
	
	[...] alguma vez lhes puxei pelo rabicho das cabeleiras.
	
	
	[...] um dia quebrei a cabeça de uma escrava [...]
	
	
	[...] fustigava-o, dava mil voltas a um e a outro lado [...]
	
Explicação:
No texto, a citação inicial do narrador "o menino é o pai do homem" é confirmada em "(...) alguma vez lhes puxei pelo rabicho das cabeleiras", referindo-se ao fato de que seu comportamento infantil, que lhe fez merecedor da alcunha "menino diabo", perdurou até ele se tornar adulto, como fica dito no último parágrafo do texto.
	
	
	
	 
		
	
		3.
		No romance Memórias Póstumas de Brás Cubas, o narrador traça o perfil das personagens com matéria de memória, conforme sinaliza o título da obra. Diante deste fato, como podemos nos posicionar enquanto leitores?
	
	
	
	Devemos observar que as personagens são definidas com simplicidade.
	
	
	Devemos aceitar os fatos, pois, ao narrar do além-túmulo, o narrador tem uma visão mais ampla dos acontecimentos.
	
	
	Devemos observar que as personagens são, totalmente, diferentes do narrador-personagem
	
	
	Podemos acreditar em tudo que está sendo narrado, pois o narrador personagem participou dos acontecimentos.
	
	
	Devemos colocar como suspeita a veracidade dos fatos, pois a memória não registra, integralmente, os acontecimentos.
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		4.
		Urupês
"Jeca Tatu é um piraquara do Paraíba, maravilhoso epítome de carne onde se resumem todas as características da espécie.
Hei-lo que vem falar ao patrão. Entrou, saudou. Seu primeiro movimento após prender entre os lábios a palha de milho, sacar o rolete de fumo e disparar a cusparada d'esguicho, é sentar-se jeitosamente sobre os calcanhares. Só então destrava a língua e a inteligência.
- 'Não vê que'
De pé ou sentado as ideias se lhe entramam, a língua emperra e não há de dizer coisa com coisa.
De noite, na choça de palha, acocora-se em frente ao fogo para "aquentá-lo", imitado da mulher e da prole.
Para comer, negociar uma barganha, ingerir um café, tostas um cabo de foice, fazê-lo noutra posição será desastre infalível. Há de ser de cócoras.
Nos mercados, para onde leva a quitanda domingueira, é de cócoras, como um faquir do Bramaputra, que vigia os cachinhos de brejaúva ou o feixe de três palmitos.
Pobre Jeca Tatu! Como és bonito no romance e feio na realidade!
Jeca mercador, Jeca lavrador, Jeca filósofo..." . (Monteiro Lobato "Urupês " ed. Brasiliense, 2004. p. 166-170)
EXPLICAÇÃO NECESSÁRIA
"E aqui aproveito o lance para implorar perdão ao pobre Jeca. Eu ignorava que eras assim, meu Tatu, por motivo de doença. Hoje é com piedade infinita que te encara quem, naquele tempo, só via em ti um maparreiro de marca. Perdoas? "  (Monteiro Lobato. Urupês. São Paulo: Monteiro Lobato & Cia. Editores, 1923, p.VII.
Nos dois excertos da personagem 'Jeca Tatu', de Monteiro Lobato, como única opção correta, com base no segundo, pode-se dizer que o autor?
 
	
	
	
	Denuncia o descaso do governo com relação às pessoas da zona rural, uma vez que, segundo Monteiro Lobato, "Jeca Tatu não é assim, ele está assim".
	
	
	Denuncia o descaso do governo com relação à saúde e ao ensino, uma vez que, segundo Monteiro Lobato, "Jeca Tatu não é assim, ele está assim"
 
	
	
	Denuncia a falta de educação uma vez que, segundo Monteiro Lobato, "Jeca Tatu não é assim, ele está assim".
 
	
	
	Denuncia o descaso do governo com relação às pessoas que produzem na zona rural, uma vez que, segundo Monteiro Lobato, "Jeca Tatu não é assim, ele está assim".
	
	
	Denuncia o descaso do governo na distribuição de terras, uma vez que, segundo Monteiro Lobato, "Jeca Tatu não é assim, ele está assim".
 
		
	Gabarito
Comentado
	
	
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		5.
		Os três grandes romances da maturidade de Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas, Dom Casmurro e Quincas Borba, abordam, ainda que em perspectivas diversas, a questão de: 
	
	
	
	sexualidade.
	
	
	luta pela sobrevivência.
	
	
	adultério.
	
	
	morte.
	
	
	ciúmes entre irmãos.
	
Explicação:
A resposta correta é: adultério.
	
	
	
	 
		
	
		6.
		O narrador é a instância organizadora do discurso. Cabe ao leitor, prestar muita atenção a este importante elemento da narrativa. Em "Memórias póstumas de Brás Cubas", por exemplo, temos uma narração em primeira pessoa, sobre a qual é correto afirmar que:
	
	
	
	se trata de um narrador que não participa dos fatos narrados, apenas os observa e os relata em primeira pessoa.
	
	
	se trata de um narrador que participa do que narra, pois é também o protagonista da narrativa.
	
	
	se trata de um narrador que conta as memórias de um antepassado de sua família.
	
	
	se trata de um narrador que não apresenta qualquer participação nos fatos narrados.
	
	
	se trata de um narrador que atua como um personagem secundário.
	
Explicação:
Brás Cubas é, a um só tempo, o narrador e o protagonista daquilo que narra. Ele é o personagem principal das suas memórias.
	
	
	
	 
		
	
		7.
		O romance introdutor do Realismo no Brasil, Memórias póstumas de Brás Cubas (1881) começa da seguinte maneira:
 
AO VERME
QUE
PRIMEIRO ROEU AS FRIAS CARNES
DO MEU CADÁVER
DEDICO
COMO SAUDOSA LEMBRANÇA
ESTAS MEMÓRIAS PÓSTUMAS
 
Esta dedicatória contém um elemento importante de Memórias póstumas de Brás Cubas, presente em toda a narrativa, que é:
	
	
	
	a loucura de um doente que se sente em decomposição.
	
	
	o desespero de quem não existe mais.
	
	
	O humor com certa melancolia existencial.
	
	
	o rigor científicode um narrador realista.
	
	
	o delírio de um narrador em estado alterado de consciência.
	
Explicação:
Memórias póstumas de Brás Cubas é um romance com uma perspectiva humorístico-melancólica que é percebida pelo modo como o narrador apresenta a sua existência e a sociedade à qual pertenceu em vida.
	
	
	
	 
		
	
		8.
		O narrador exerce um papel crucial em todos os romances de Machado de Assis. A condição de defunto autor de Brás Cubas torna possível ao narrador: 
	
	
	
	adotar uma perspectiva religiosa na consideração dos problemas humanos.
	
	
	assumir um tom mais cerimonioso e cauteloso ao falar do mundo dos vivos.
	
	
	olhar com absoluta indiferença as preocupações em que a humanidade consome a existência.
	
	
	dizer livremente o que pensa do mundo dos vivos, sem se preocupar com a opinião pública. 
	
	
	considerar criticamente as injustiças sociais.
	
Explicação:
A resposta correta é: dizer livremente o que pensa do mundo dos vivos, sem se preocupar com a opinião pública
10 
	
 
		
	
		1.
		Da relação de Machado de Assis com a realidade que o cercava resultou um fino espírito crítico, cuja acidez incide sobre a figura humana e a sociedade como um todo.
O casamento do diabo
Satã teve um dia a idéia
De casar. Que original!
Queria mulher não feia,
Virgem corpo, alma leal.
(...)
Casar era a sua dita;
Correu por terra e por mar,
Encontrou mulher bonita
E tratou de a requestar.
(...)
Ele quis, ela queria,
Puseram mão sobre mão,
E na melhor harmonia
Verificou-se a união.
(...)
Passou-se um ano, e ao diabo,
Não lhe cresceram por fim,
Nem as unhas, nem o rabo...
Mas as pontas, essas sim.
 
Toma um conselho de amigo,
Não te cases, Belzebu;
Que a mulher, com ser humana
É mais fina do que tu.
 Em O casamento do diabo, um dos raros momentos em que o autor escreve em verso, Machado dialoga com a realidade tendo como tema:
	
	
	
	a vida e a morte
	
	
	a religião
	
	
	a riqueza e a pobreza
	
	
	a relação homem e mulher
	
	
	a diferença social
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		2.
		A música e a literatura caminham de mãos dadas. A letra de música é um gênero textual que apresenta lirismo. Assinale a alternativa que justifica essa afirmação.
	
	
	
	A letra de música, assim como o poema, afasta o leitor da realidade.
	
	
	A letra de música, assim como o poema, gera o sonho, pois apresenta alto grau de subjetividade.
	
	
	Na letra de música e no poema, existe um olhar singular, uma forma única de sentir o mundo.
	
	
	A letra de música, assim como o poema, revela o homem numa condição distante da realidade.
	
	
	A letra de música, assim como o poema, revela sempre um descontentamento com o mundo que nos cerca.
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		3.
		Considere o poema de Gullar transcrito abaixo e marque a alternativa que não está em conformidade com o que diz o poema.
Meu povo, meu poema
 
Meu povo e meu poema crescem juntos
como cresce no fruto
a árvore nova.
 
No povo meu poema vai nascendo
como no canavial
nasce verde o açúcar.
 
No povo meu poema está maduro
como o sol
na garganta do futuro.
 
Meu povo em meu poema
se reflete
como a espiga se funde em terra fértil.
 
Ao povo seu poema aqui devolvo
menos como quem canta
do que planta.
	
	
	
	No título se anuncia o ritmo inicial de cada uma das cinco estrofes do texto, em cujo primeiro verso surge sempre o substantivo povo.
	
	
	A segunda e a terceira estrofes apresentam um movimento, em que o povo agora é o próprio espaço onde rebenta o poema, é a própria terra nutriente que concebe e alimenta o broto.
	
	
	A intenção do autor é clara: colocar a palavra povo no início de cada estrofe, com a mesma função sintática, ou seja, objeto indireto.
	
	
	Partindo da palavra povo, o poema se constituirá a fim de retornar ao seu ponto de origem.
	
	
	Na primeira das cinco estrofes, povo e poema possuem crescimento simultâneo; sua forma de crescer é igual à da árvore que, em forma de semente, de vida potencial, repousa no interior do fruto.
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		4.
		José Régio (1901-1969) é um dos autores mais importantes da segunda geração do Modernismo português, o Presencismo, e um dos fundadores da revista Presença, que dá nome ao movimento. Leia o soneto "Narciso" e, em seguida, responda a questão.
Dentro de mim me quis eu ver. Tremia,/ Dobrado em dois sobre o meu próprio poço.../ Ah, que terrível face e que arcabouço/ Este meu corpo lânguido escondia!/ Ó boca tumular, cerrada e fria,/ Cujo silêncio esfíngico bem ouço!/ Ó lindos olhos sôfregos, de moço,/ Numa fronte a suar melancolia!/ Assim me desejei nestas imagens./ Meus poemas requintados e selvagens,/ O meu Desejo os sulca de vermelho:/ Que eu vivo à espera dessa noite estranha,/ Noite de amor em que me goze e tenha,/ ...Lá no fundo do poço em que me espelho!
De acordo com o soneto de José Régio, considere as afirmativas a seguir.
I - ao contrário de Narciso, personagem mitológico condenado a nunca conhecer a sua face externa sob o risco de morrer, o poema de José Régio explicita que o eu lírico busca conhecer a sua face interna. Há uma nítida preocupação com a autoanálise.
II - o eu lírico se decepciona com o que encontra ao dobrar-se sobre o seu próprio poço. A sugestão é de que o poço tem pouca água, pois o seu reflexo é visto muito lá no fundo. O eu lírico acha terrível o que encontra, sofre e deseja de se reconciliar consigo mesmo. Passa a viver à espera do momento, da noite estranha, em que possa, finalmente, como Narciso, seduzir-se com o que vê, ou seja, gostar de si mesmo, ideia reforçada pelos versos do segundo terceto.
III - o eu lírico, assim como Narciso, contempla a sua própria face e expressa fascinação, encantamento e prazer com o que encontra. Deseja ficar consigo próprio no fundo do poço em que se espelha, evidenciando egocentrismo e autossuficiência. Assinale a alternativa correta.
	
	
	
	Somente a afirmativa II é correta.
	
	
	As afirmativas I e II são corretas.
	
	
	As afirmativas I e III são corretas.
	
	
	Somente a afirmativa I é correta.
	
	
	Todas as alternativas são corretas.
		
	Gabarito
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	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		5.
		Embora a letra de música não seja um gênero literário, é um gênero textual que dialoga, estreitamente, com a literatura. Tanto quanto um poema, a letra de música pode exercer a função de veículo de denúncias sociais. Sendo assim, após a leitura do texto apresentado, marque a alternativa que revela o questionamento apresentado no refrão.
Não me convidaram
Pra esta festa pobre
Que os homens armaram
Pra me convencer
A pagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada
Antes de eu nascer
Não me ofereceram
Nem um cigarro
Fiquei na porta
Estacionando os carros
Não me elegeram
Chefe de nada
O meu cartão de crédito
É uma navalha
Brasil!
Mostra tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil!
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim
http://letras.mus.br/cazuza/7246/
 
	
	
	
	O refrão, através da frase "Brasil! Mostra tua cara", revela uma tentativa de busca da identidade nacional.
	
	
	O refrão apresenta, através da frase "Confia em mim", um sentimento de confiança, de esperança de dias melhores.
	
	
	O refrão apresenta a imagem de um país em evolução financeira, pois gerencia muitos negócios.
	
	
	O refrão revela, através de palavras como negócio e sócio, que se trata de um país próspero e gerenciador de boas relações.
	
	
	O refrão apresenta um conformismo do povo diante do cenário social apresentado.
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		6.
		Leia atentamente a letra de canção Suíte do Pescador, de Dorival Caymmi, abaixo transcrita, e depois escolha a opção correta. 
"Minha jangada vai sair pro mar/ Vou trabalhar, meu bem querer/ Se Deus quiser quando eu voltar do mar/ Um peixe bom eu vou trazer/ Meus companheiros também vão voltar/ E a Deus do céu vamos agradecer/ Adeus, adeus/Pescador não se esqueça de mim/ Vou rezar pra ter bom tempo, meu bem/ Pra não ter tempo ruim/ Vou fazer sua caminha macia/ Perfumada com alecrim."
	
	
	
	na letra da canção em questão, o mar é fonte de angústia e apreensão para o eu lírico.
	
	
	para o eu lírico, o mar constitui um lugar de privação material e provação espiritual.
	
	
	na letra da canção em questão, ter que ir para o mar representa uma punição para o eu lírico.
	
	
	o mar constitui uma figura empregada exclusivamente na literatura erudita.
	
	
	na letra da canção em questão, o eu lírico encontra-se integrado ao mar, constituindo para ele a fonte de sua subsistência.
	
Explicação:
A resposta correta é: na letra da canção em questão, o eu lírico encontra-se integrado ao mar, constituindo para ele a fonte de sua subsistência.
	
	
	
	 
		
	
		7.
		Belo belo 
Belo belo minha bela 
Tenho tudo que não quero 
Não tenho nada que quero 
Não quero óculos nem tosse 
Nem obrigação de voto 
Quero quero 
Quero a solidão dos píncaros 
A água da fonte escondida 
A rosa que floresceu 
Sobre a escarpa inacessível 
A luz da primeira estrela 
Piscando no lusco-fusco 
Quero quero 
Quero dar a volta ao mundo 
Só num navio de vela 
Quero rever Pernambuco 
Quero ver Bagdá e Cusco 
Quero quero 
Quero o moreno de Estela 
Quero a brancura de Elisa 
Quero a saliva de Bela 
Quero as sardas de Adalgisa 
Quero quero tanta coisa 
Belo belo 
Mas basta de lero-lero 
Vida noves fora zero.
(Manuel Bandeira)
O título do poema remete a um outro poema de Bandeira, que aparece no livro Lira dos cinquent¿anos. No texto sob análise observa-se que o eu lírico:
	
	
	
	Está pleno com as mulheres que teve. De cada uma delas, deseja o todo.
	
	
	Está satisfeito, pois seus desejos se harmonizam com a realidade de tal forma que o eu lírico não tem desejos.
	
	
	Está insatisfeito, pois tem o que não quer. E não tem aquilo que quer.
	
	
	Está satisfeito com o que tem, porque deseja tudo aquilo de que dispõe.
	
	
	Está insatisfeito, embora tenha tudo o que deseja.
	
Explicação:
O estado do eu lírico é a insatisfação, expressa pelos muitos desejos que são todos colocados no paradigma da impossibilidade.
	
	
	
	 
		
	
		8.
		O texto que segue é um poema escrito em 1930, de Ricardo Reis, heterônimo do poeta do Modernismo português Fernando Pessoa.
 
Quando, Lídia, vier o nosso Outono
Com o Inverno que há nele, reservemos
Um pensamento, não para a futura
Primavera, que é de outrem,
Nem para o Estio, de quem somos mortos,
Senão para o que fica do que passa,
O amarelo atual que as folhas vivem
E as torna diferentes.
 
Desses versos, é possível extrair o tema da:
	
	
	
	Inveja da juventude.
	
	
	Relação amorosa.
	
	
	Competição entre pessoas de gerações diferentes.
	
	
	Existência humana e de seus ciclos.
	
	
	Mudança de estação do ano.
	
Explicação:
Esse poema trata dos ciclos únicos da existência humana. O poeta recorre às estações do ano para ilustrar as várias fases da vida e ressaltar que a transformação é irreversível, pois cada indivíduo tem somente uma Primavera, uma Verão, um Outono e um Inverno. Prepara a amada para um pensamento quando o `amarelo das folhas outonais¿ chegar

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