Buscar

OFICINA LITERÁRIA (2)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

O QUE É LITERATURA?
		1.
		Leia o poema abaixo, pensando na relação texto/ autor e responda.
 O último pajé
Cheio de angústia e de rancor, calado, Solene e só, a fronte carrancuda, Morre o velho Pajé, crucificado Na sua dor, tragicamente muda. Vê-se-lhe aos pés, disperso e profanado, O troféu dos avós: a flecha aguda, O terrível tacape ensangüentado, Que outrora erguia aquela mão sanhuda. Vencida a sua raça tão valente, Errante, perseguida cruelmente, Ao estertor das matas derrubadas! 'Tupã mentiu!' e erguendo as mãos sagradas, Dobra o joelho e a calva sobranceira Para beijar a terra brasileira."
Péthion de Villar.( A morte do pajé. 1978.)
Com base na leitura de todo o poema, o sentido que a expressão "Na sua dor, tragicamente muda" refere-se a:
	
	
	
	A opressão e o abandono sofridos pelo índio.
	
	
	A dolorosa adaptação do branco ao modo de vida do índio
	
	
	A suave adaptação do índio após a colonização
	
	
	A silenciosa e pacificada tática de resistência aos brancos desenvolvida pelo índio
	
	
	A incapacidade do índio de demonstrar as suas insatisfações
	
		2.
		Leia o poema Isto do poeta português Fernando Pessoa, abaixo transcrito, e depois escolha a alternativa correta.
ISTO
"Dizem que finjo ou minto / Tudo que escrevo. Não. / Eu simplesmente sinto / Com a imaginação. / Não uso o coração. / Tudo o que sonho ou passo, / O que me falha ou finda, / É como que um terraço / Sobre outra coisa ainda. / Essa coisa é que é linda. / Por isso escrevo em meio / Do que não está ao pé, / Livre do meu enleio, / Sério do que não é. / Sentir? Sinta quem lê!"     Fernando Pessoa.
No poema acima, o termo terraço encontra-se empregado em seu sentido:
	
	
	
	original.
	
	
	literal.
	
	
	denotativo.
	
	
	etimológico.
	
	
	conotativo.
	Explicação: A resposta correta é: conotativo.
	
	
	
		3.
		No processo de construção literária, o autor vale-se do exercício diferenciado com a linguagem. A linguagem literária - aquela que sustenta o exercício da Literatura - se diferencia das demais porque:
	
	
	
	É denotativa, permitindo varias interpretações
	
	
	É referencial como nos textos jornalísticos
	
	
	É conotativa, próxima à redação científica
	
	
	É denotativa e, ao mesmo tempo,conotativa
	
	
	É conotativa, abrindomuitas possibilidades de entendimento e interpretação
	Explicação: A linguagem literária é conotativa porque ela é plurissignificativa. Apresenta sempre várias camadas de significados e várias possibilidades de interpretação. A conotação é um dos níveis de concretização dos sentidos numa língua e é a maneira por excelência de a literatura se expressar. Ao contrário do uso denotativo, que preserva a univocidade do signo, a objetividade, a clareza, o uso conotativo se revela pelo uso das metáforas, das alegorias e das demais figuras de linguagem.
	
	
	
	
		4.
		Leia o fragmento do texto que se segue:
"A leitura é o processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de compreensão e interpretação do texto, a partir de seus objetivos, de seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que sabe sobre a linguagem etc. Não se trata de extrair informação, decodificando letra por letra, palavra por palavra. Trata-se de uma atividade que implica estratégias de seleção, antecipação, inferência e verificação, sem as quais não é possível proficiência. É o uso desses procedimentos que possibilita controlar o que vai sendo lido, permitindo tomar decisões diante das dificuldades de compreensão, avançar na busca de esclarecimentos, validar no texto suposições feitas." In: Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos de ensino fundamental: língua portuguesa/Secretaria de Educação Fundamental. - Brasília: MEC/SEF, 1998. pp. 69-70.
A afirmação feita acima é:
	
	
	
	Verdadeira, pois discute exclusivamente a perspectiva do leitor
	
	
	Verdadeira, pois expõe de modo coerente a relação empreendida no ato de ler
	
	
	Falsa, pois comete erros graves de conceituação em relação ao ato de ler
	
	
	Falsa, pois exclui o texto da discussão
	
	
	Falsa, pois não parte da realidade do processo de leitura
	
		5.
		Ao considerar que o verbo grego Poïen é a essência da arte poética clássica, da qual deriva a Poïesis grega, marque a alternativa que não pertence ao seu contexto semântico:
	
	
	
	É o ato de imitar a realidade por meio da palavra.
	
	
	É o ato de produzir a realidade por meio da palavra.
	
	
	É o ato de fabricar a realidade por meio da palavra.
	
	
	É o ato de compor a realidade por meio da palavra.
	
	
	É o ato de construir a realidade por meio da palavra.
	 
	
	
		6.
		Quanto ao sentido, podemos dizer que um texto:
	
	
	
	É construído na interação texto-sujeitos, e não algo que preexista a essa interação
	
	
	É um elemento cujas possibilidades de leitura são limitadas
	
	
	Obedece a um plano preexistente estipulado pelo autor
	
	
	Tem seu sentido atado ao significado das palavras
	
	
	É fechado ao leitor
	Explicação:O sentido do texto resulta do processo de interação entre o próprio texto e o leitor.
	
	
	
		7.
		Leia com atenção trecho proposto:
"Fundamentamo-nos, pois, em uma concepção sociocognitivo-interacional de língua que privilegia os sujeitos e seus conhecimentos em processos de interação. O lugar mesmo de interação -como já dissemos - é o texto cujo sentido "não está lá", mas é construído, considerando-se, para tanto, as "sinalizações" textuais dadas pelo autor e os conhecimentos do leitor, que, durante todo o processo de leitura, deve assumir uma atitude "responsiva ativa". (BAKHTIN, 1992:290).
Assinale a alternativa em se observe a proposta de Bakhtin:
	
	
	
	Uma atitude passiva diante do processo de leitura, sendo as partes reconhecidamente distantes
	
	
	Uma atividade de leitura totalmente autônoma, pois as partes são independentes
	
	
	Que o autor domina o processo de leitura, sendo o comandante do processo
	
	
	Que o leitor, concorde ou não com as ideias do autor, complete-as, adapte-as etc., uma vez que "toda compreensão é prenhe de respostas e, de uma forma ou de outra, forçosamente¿
	
	
	Que o leitor domina o processo de leitura, já que é o destinatário do texto
	
		8.
		Leia o que disse João Cabral de Melo Neto, poeta pernambucano, sobre a função de seus textos. "Falo somente com o que falo: a linguagem enxuta, contato denso; falo somente do que falo: a vida seca, áspera e clara do sertão; falo somente por quem falo: o homem sertanejo sobrevivendo na adversidade e na míngua. Falo somente para quem falo: para os que precisam ser alertados para a situação da miséria no Nordeste." Para João Cabral de Melo Neto, no texto literário:
	
	
	
	A linguagem do texto deve refletir o tema, e a fala do autor deve denunciar o fato social para determinados leitores
	
	
	O escritor deve saber separar a linguagem do tema e a perspectiva pessoal da perspectiva do leitor
	
	
	blablabla
	
	
	A linguagem pode ser separada do tema, e o escritor deve ser o delator do fato social para todos os leitores
	
	
	A linguagem do texto não deve ter relação com o tema, e o autor deve ser imparcial para que seu texto seja lido
	
O QUE É LITERATURA?
	
		1.
		Carta XIII ¿ Ao Rei D. João IV ¿ 4 de abril de 1654 "(...) Tornando aos índios do Pará, dos quais, como dizia, se serve quem ali governa como se foram seus escravos, e os traz quase todos ocupados em seus interesses, principalmente no dos tabacos, obriga-me a consciência a manifestar a V.M. os grandes pecados que por ocasião deste serviço se cometem. Primeiramente nenhum destes índios vai senão violentado e por força, e o trabalho é excessivo, e em que todos os anos morrem muitos, por ser venenosíssimo o vapor do tabaco: o rigor com que são tratados é mais que de escravos; os nomes que lhes chamam e que eles muito sentem, feiíssimos; o comer é quase nenhum; a paga tão limitada que não satisfaz a menor parte do tempo nem do trabalho; e como os tabacos se lavram sempre em terras fortes e novas, e muitodistante das aldeias, estão os índios ausentes de suas mulheres, e ordinariamente eles e elas em mau estado, e os filhos sem quem os sustente, porque não têm os pais tempo para fazer suas roças, com que as aldeias estão sempre em grandíssima fome e miséria. Também assim ausentes e divididos não podem os índios ser doutrinados, e vivem sem conhecimento da fé, nem ouvem missa nem a têm para a ouvir, nem se confessam pela Quaresma, nem recebem nenhum outro sacramento, ainda na morte; e assim morrem e se vão ao Inferno, sem haver quem tenha cuidado de seus corpos nem de suas almas, sendo juntamente causa estas crueldades de que muitos índios já cristãos se ausentam de suas povoações, e se vão para a gentilidade, e de que os gentios do sertão não queiram vir para nós, temendo-se do trabalho a que os obrigam, a que eles de nenhum modo são costumados, e assim se vêm a perder as conversões e os já convertidos; e os que governam são os primeiros que se perdem, e os segundos serão os que os consentem; e isto é o que cá se faz hoje e o que se fez até agora.¿ Padre Antonio Vieira. Carta XIII. 1949 A partir desse fragmento, podemos perceber que Padre Antonio Vieira:
	
	
	
	Assume a noção de que o índio é um ser inferior
	
	
	Baseia-se na realidade que vive e tece um discurso de denúncia
	
	
	Baseia-se na realidade para isolar-se dela
	
	
	Assume uma postura abstrata, afastando o texto da realidade
	
	
	Transforma a realidade que o cerca, para compor uma imagem literária
	
		2.
		A literatura, assim como a língua, constitui um modo de expressão cultural de um grupo, de uma comunidade, de uma nação. Podemos definir o que é cultura de vários modos, exceto:
	
	
	
	Como um elemento agregador que confere identidade a um grupo.
	
	
	Como um complexo de normas, símbolos, mitos e imagens absorvidos pelo homem.
	
	
	Como algo comum a todos os seres humanos de todos os tempos e lugares, daí a multiplicidade cultural existente.
	
	
	Como um conjunto de modos de pensar, sentir e fazer de uma comunidade.
	
	
	Como algo reduzido a algumas comunidades, pois nem todas produzem modos de pensar e de se expressar.
	Explicação: Toda comunidade humana produz modos de pensar e de se expressar, até mesmo as comunidades ágrafas, ou seja, que não possuem uma língua escrita.
	
		3.
		A partir do fragmento abaixo, extraído da Poética de Aristóteles, podemos afirmar que: 
"Como o poeta é um imitador, assim como o pintor ou qualquer artista que modele imagens, ele tem sempre que adotar uma dessas três maneiras de imitar: ele deve representar as coisas ou exatamente como elas foram ou são na realidade; ou então como elas parecem, ou se diz serem; ou ainda como elas deveriam ser."  (Aristóteles, Poética, 1460 b 7.)
	
	
	
	Aristóteles distinguiu três diferentes modalidades ou possibilidades para a mimese ser realizada, de acordo com a proposta da obra ou a intenção visada pelo autor.
	
	
	Ao contrário de Platão, Aristóteles defendeu a mimese como a cópia fiel da realidade concreta.
	
	
	Aristóteles posicionou-se contra a mimese e criticou as artes miméticas, defendendo as artes inspiradas pelas musas.
	
	
	Aristóteles defendeu a mimese como pura expressão da imaginação e da fantasia, resultando portanto na ficção.
	
	
	Tal como Platão, Aristóteles considerou a mimese como referida ao mundo sensível ou das sombras e formas enganosas.
	Explicação: A resposta correta é: Aristóteles distinguiu três diferentes modalidades ou possibilidades para a mimese ser realizada, de acordo com a proposta da obra ou a intenção visada pelo autor.
	
		4.
		Numa narrativa, percebermos as personagens se relacionando umas com as outras, bem como suas características físicas e psicológicas e relações de amizade e antagonismo. Percebemos também:
	
	
	
	Somente a dimensão social da realidade escolhida pelo leitor.
	
	
	Somente a moda que deriva da obervação e imitação da realidade.
	
	
	A dimensão social e econômica da realidade à qual o autor pertencia.
	
	
	Somente a dimensão econômica da realidade a qual o autor pertencia.
	
	
	Uma perspectiva alheia e anterior à sociedade que o autor desenvolve.
	
		5.
		A Literatura e a vida real se confundem na medida em que fatos do dia a dia são reconhecíveis nas linhas dos romances e versos de poemas. Conflitos e tensões que atingem as pessoas são os mesmos que, através dos tempos, fazem parte da construção literária. O que foi dito, basicamente tem a ver com o conceito de:
	
	
	
	catharsis
	
	
	pontuação
	
	
	adjetivação
	
	
	mimeses
	
	
	observação
	
		6.
		O último pajé ¿Cheio de angústia e de rancor, calado, Solene e só, a fronte carrancuda, Morre o velho Pajé, crucificado Na sua dor, tragicamente muda. Vê-se-lhe aos pés, disperso e profanado, O troféu dos avós: a flecha aguda, O terrível tacape ensangüentado, Que outrora erguia aquela mão sanhuda. Vencida a sua raça tão valente, Errante, perseguida cruelmente, Ao estertor das matas derrubadas! 'Tupã mentiu!' e erguendo as mãos sagradas, Dobra o joelho e a calva sobranceira Para beijar a terra brasileira." Péthion de Villar. A morte do pajé. 1978. Após a leitura do poema acima, podemos dizer que:
	
	
	
	Mesmo situando seu conteúdo num plano imaginário, idealizado, simbólico, o poema de Péthion inverte a realidade em que se baseia
	
	
	Mesmo situando seu conteúdo num plano imaginário, idealizado, simbólico, o poema de Péthion não desfigura a realidade em que se baseia
	
	
	Mesmo situando seu conteúdo num plano imaginário, idealizado, simbólico, o poema de Péthion anula a realidade em que se baseia
	
	
	Mesmo situando seu conteúdo num plano imaginário, idealizado, simbólico, o poema de Péthion confirma a realidade em que se baseia
	
	
	Mesmo situando seu conteúdo num plano imaginário, idealizado, simbólico, o poema de Péthion desfigura a realidade em que se baseia
	
	
	
	 
	
	
		7.
		"A literatura é um tipo de discurso que representa o real". Dentro do universo das representações temos conceitos básicos como a mímesis e catársis. Assinale a alternativa que representa o conceito básico de mímesis.
	
	
	
	Termo grego que significa imitação. É filosófico que não serve para explicar a arte.
	
	
	Termo grego que significa imitação. É um conceito literário, mas não filosófico que serve para explicar a arte.
	
	
	Termo grego que significa imitação. É um conceito literário que serve para explicar a arte.
	
	
	Termo grego que significa imitação. Não é um conceito literário, mas filosófico que serve para explicar a arte.
	
	
	Termo grego que significa imitação. É um conceito literário e filosófico que serve para explicar a arte.
	
		8.
		Leia o poema que se segue e responda à questão, tendo em vista o que se estudou sobre literatura e ideologia.
 O último pajé
Cheio de angústia e de rancor, calado, Solene e só, a fronte carrancuda, Morre o velho Pajé, crucificado Na sua dor, tragicamente muda. Vê-se-lhe aos pés, disperso e profanado, O troféu dos avós: a flecha aguda, O terrível tacape ensangüentado, Que outrora erguia aquela mão sanhuda. Vencida a sua raça tão valente, Errante, perseguida cruelmente, Ao estertor das matas derrubadas! 'Tupã mentiu!' e erguendo as mãos sagradas, Dobra o joelho e a calva sobranceira Para beijar a terra brasileira." Péthion de Villar. A morte do pajé. 1978.
Algumas palavras usadas pelo autor revelam a sua ótica em relação à situação do indígena numa terra colonizada. Qual seria essa ótica?
	
	
	
	Apóio à realidade do Brasil colônia
	
	
	Simpatia à causa indígena, marcada por termos de conotação negativa
	
	
	Fidelidade ao colonizador, introduzida por palavras elogiosas a ele
	
	
	Vergonha da herança indígena no Brasil.
	
	
	Insensibilidade, caracterizada pela ausência de vocábulos que exprima sentimentos
	OS ESPAÇOS DAS REPRESENTAÇÕES 
		
	
		1.
		Leia o poema abaixo, intitulado "Poema tirado de uma notícia de jornal", do poeta Manuel Bandeira e depois escolha a opção correta. 
"João Gostosoera carregador de feira-livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número. / Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro / Bebeu / Cantou / Dançou / Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado."
	
	
	
	O poema dissimula as verdadeiras condições de existência do povo, idealizando-as.
	
	
	O poema não tem nenhuma relação com a realidade.
	
	
	O personagem João Gostoso é o alterego do autor, levando a vida que ele gostaria de levar.
	
	
	O poema limita-se a oferecer ao leitor uma forma de entretenimento lúdico.
	
	
	O poema traz para o universo lírico e para a reflexão do leitor aspectos do real concreto.
	Explicação: A resposta correta é: O poema traz para o universo lírico e para a reflexão do leitor aspectos do real concreto.
	
	
		2.
		A mimese e a catarse na literatura:
	
	
	
	dependem da interpretação do texto.
	
	
	são independentes, não possuem inter-relação alguma.
	
	
	são excludentes: quando há mimese não pode haver catarse e vice-versa.
	
	
	são dispensáveis, pois nem toda obra literária as incluem.
	
	
	estão interligadas, pois o efeito da catarse advém de uma boa mimese.
	Explicação: A mimese e a catarse estão sempre interligadas. A boa mimese, aquela que convence, conduz à catarse em obras que buscam tal efeito, como as tragédias gregas, por exemplo.
	
	
		3.
		A mimese é um conceito filosófico que busca explicar o processo por meio do qual as artes se realizam. A mimese literária se dá por meio das palavras e nem sempre foi concebida de modo positivo. Platão e Aristóteles, por exemplo, divergiam, pois para Platão, a mimese era:
	
	
	
	Uma forma de representar as aparências, portanto, uma forma de conhecimento.
	
	
	Uma forma de distanciamento da verdade por se tratar de uma cópia da cópia.
	
	
	Uma forma de representar as essências., portanto, uma forma de conhecimento
	
	
	Necessária à construção da República ideal.
	
	
	Uma forma de comunicação entre a verdade contida no mundo das ideias e as aparências do mundo sensível.
	Explicação:A mimese platônica, ao contrário da aristotélica, considerava que a representação proposta pelos poetas distanciava o homem da verdade e do conhecimento. Por se tratar de uma cópia da cópia, ou seja, por imitar a partir do mundo das aparências.
	
	 
	
	
		4.
		A literatura, quando finge o particular, atinge a universalidade. A afirmativa é:
	
	
	
	Não há fingimento da realidade na literatura. A obra literária é a realidade.
	
	
	É correta, apesar do autor não promover a particularização dos fatos nas obras literária.
	
	
	Parcialmente correta, pois é valida para algumas obras literárias e sua relação com a realidade.
	
	
	É correta, pois essa particularização nos leva ao reconhecimento de dados semelhantes na realidade.
	
	
	É incorreta, pois não ocorre esse processo de particularização na obra literária.
	
	 
		
	
		5.
		O processo mimético é capaz de estabelecer diferentes interpretações do texto. Em relação ao que foi dito, podemos afirmar que:
	
	
	
	A afirmação é correta, pois para que uma obra literária sobreviva ela, é constituída por uma linguagem impenetrável
	
	
	A afirmação é invalida, pois a linguagem do texto literário é incalculável
	
	
	Isso acontece pois a linguagem do texto literário é ambígua e sofre constante atualização
	
	
	Isso acontece, pois o texto literário em relação à linguagem, mas não à leitura
	
	
	A afirmação é incorreta, pois para que uma obra literária sobreviva, é constituída por uma linguagem impenetrável
	 
		
	
		6.
		Considere o fragmento a seguir em relação ao conceito de mimese e escolha a alternativa correta. 
"A Literatura, como toda arte, é uma transfiguração do real, é a realidade recriada através do espírito do artista e retransmitida através da língua para as formas, que são os gêneros, e com os quais ela toma corpo e nova realidade. Passa, então, a viver outra vida, autônoma, independente do autor e da experiência de realidade de onde proveio. Os fatos que lhe deram às vezes origem perderam a realidade primitiva e adquiriram outra, graças à imaginação do artista. São agora fatos de outra natureza, diferentes dos fatos naturais objetivados pela ciência ou pela história ou pelo social. O artista literário cria ou recria um mundo de verdades que não são mensuráveis pelos mesmos padrões das verdades factuais. Os fatos que manipula não têm comparação com os da realidade concreta." (COUTINHO, A. Notas de teoria literária. 2.ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.)
	
	
	
	com relação à representação da realidade, não há nenhuma diferença entre textos literários e não literários: ambos são fiéis ao real, o texto literário sendo apenas bem escrito e melhor elaborado. 
	
	
	a rigor, a mimese não deve ser entendida como mera cópia ou imitação da realidade, uma vez que no texto literário a realidade encontra-se transformada, recriada pelo artista.
	
	
	o conceito de mimese implica invariavelmente a imitação exata da realidade.
	
	
	cabe ao leitor depreender o reflexo da realidade concreta que constitui o texto literário.
	
	
	o texto literário mantem uma relação de dependência com relação à realidade por ele retratada.
	
Explicação: A resposta correta é: a rigor, a mimese não deve ser entendida como mera cópia ou imitação da realidade, uma fez que no texto literário a realidade encontra-se transformada, recriada pelo artista.
	
	
	
	 
	
	
		7.
		Machado de Assis confirmou-se como acurado crítico do caráter humano, extraída da sua capacidade de dialogar com a realidade. Na poesia O casamento do diabo, um dos raros momentos em que o autor escreve em verso, ele faz uma crítica a um dos seus alvos favoritos ¿ a mulher. Leia o poema com atenção e responda à questão proposta. O casamento do diabo Satan teve um dia a idéa De casar. Que original: Queria mulher não feia Virgem corpo, alma leal. Toma um conselho de amigo Não te cases, Belzebú; Que a mulher, como ser humano, É mais fina do que tu. Cortou unhas, cortou rabo, Cortou as pontas, depois Sahio o nosso diabo, Como o heroe dos heroes. Toma um conselho de amigo Não te cases, Belzebú; Que a mulher, como ser humano, É mais fina do que tu. Casar era a sua dita; Correo por terra e por mar, Encontrou mulher bonita E tratou de a sequestrar Toma um conselho de amigo Não te cases, Belzebú; Que a mulher, como ser humano, É mais fina do que tu. Elle quis, ella queria Poseram mão sobre mão, E na melhor harmonia Verificou-se a união. Toma um conselho de amigo Não te cases, Belzebú; Que a mulher, como ser humano, É mais fina do que tu. Passou-se um anno, e ao diabo Não se cresceram por fim, Nem as unhas, nem o rabo... Mas as pontas, essas sim... Toma um conselho de amigo Não te cases, Belzebú; Que a mulher, como ser humano, É mais fina do que tu. Machado de Assis Nesse caso, a crítica à figura feminina reside nas entrelinhas da:
	
	
	
	Sétima, marcada pela presença dos pronomes Elle e Ella
	
	
	Quinta estrofe, marcada pela presença do vocábulo mulher
	
	
	Primeira estrofe, marcada pela presença do vocábulo mulher
	
	
	Terceira estrofe, marcada pela presença do verbo cortar
	
	
	No refrão, quando o poeta alerta para o fato de que a mulher é mais fina que o demônio
	
	
		8.
		Podemos dizer que ao imitar a realidade em suas obras literárias o autor sempre exerce um processo revelador porque:
	
	
	
	A construção literária é um processo
	
	
	No processo de imitação, o autor revela a realidade e a transforma em bem cultural
	
	
	Esconde o que pode desgostar o leitor.
	
	
	Renega a realidade que o cerca, anulando-a.
	
	
	a imitação é um processo que anula a realidade, já que se afasta totelmente dela
	
	OS ESPAÇOES DAS REPRESENTAÇÕES
	 
		
	
		1.
		Acerca do narrador do texto épico, assinale a alternativa incorreta:
	
	
	
	O narrador épico narra de dentro do espaço da tradição.
	
	
	O narrador épico expressa a visão de mundo e os valores da aristocracia.No texto épico encontramos um único ponto de vista, não havendo espaço para questionamentos.
	
	
	O narrador épico adota uma postura crítica sobre os valores e a visão de mundo expressos em sua narrativa.
	
	
	O narrador épico identifica-se com os valores e a visão de mundo representados.
	Explicação: A escolha certa é: O narrador épico adota uma postura crítica sobre os valores e a visão de mundo expressos em sua narrativa.
	
	
	
		2.
		Quanto ao gênero épico, não podemos dizer que:
	
	
	
	É uma narrativa de caráter heróico, grandioso
	
	
	Há, também, uma atmosfera maravilhosa onde o sobrenatural toma forma
	
	
	Neste universo narrativo, o homem só tem espaço como ser único, ou seja, como portador de uma individualidade
	
	
	Expressa, sempre, o interesse nacional e social
	
	
	O texto épico é o espaço de representação da coletividade
	
		3.
		O que é gênero literário?
	
	
	
	Gênero literário é um agrupamento de obras literárias que pertencem a uma mesma origem somente
	
	
	É um conjunto de obras literárias, as quais têm, em comum, tempo, mas não tem a mesma origem de nascimento
	
	
	Gênero literário é um agrupamento de obras literárias que pertencem a uma classe, espécie, origem ou tempo de nascimento
	
	
	Gênero literário é um agrupamento de obras literárias que pertencem a uma classe, possuem o mesmo vocabulário e enredo
	
	
	É um conjunto de obras literárias, as quais têm, em comum, somente a perspectiva do tempo
	
		4.
		Assinale a opção que apresenta uma característica fundamental do texto épico.
	
	
	
	o texto épico dá vazão aos sentimentos e estados de alma do indivíduo.
	
	
	o texto épico privilegia os questionamentos religiosos dos seres humanos.
	
	
	no texto épico predomina o diálogo.
	
	
	o texto épico é o espaço de representação da coletividade.
	
	
	o texto épico disserta sobre as dúvidas existenciais que atormentam a alma humana.
	Explicação: A resposta correta é: o texto épico é o espaço de representação da coletividade.
	
	
	
	
	
		5.
		O ____________deve apresentar originalidade: Ele deve ser um modelo, suscitar a admiração ou o desgosto, o amor ou o ódio. É preciso provocar uma reação forte no íntimo do leitor(...). O personagem deve ter certa proximidade com o leitor. Para que o leitor se identifique com o personagem, deve haver características comuns e gerais, próprias de todo ser humano (amor, sensibilidade, etc.).
Marque a alternativa que contenha o vocábulo que preencha corretamente a lacuna:
	
	
	
	clímax
	
	
	herói
	
	
	enredo.
	
	
	narrador
	
	
	personagem
	
	
		6.
		A epopéia é um gênero que apresenta valores de uma única classe social que os cede. Essas classes envolvidas nessa troca grandiosa e histórica são:
	
	
	
	Príncipes e nobres
	
	
	Reis e príncipe
	
	
	aristocracia e o povo
	
	
	povo e os camponeses
	
	
	Povo e mulheres
	
	
	
		7.
		Na literatura, as temáticas da luta, do povo em guerra, da coletividade e do herói à frente de um povo traduzem bem o universo:
	
	
	
	dramático.
	
	
	cômico.
	
	
	trágico.
	
	
	romântico.
	
	
	épico.
	Explicação: Trata-se de temáticas exploradas pelo universo épico. O que caracteriza a epopeia é a motivação coletiva do registro das façanhas dos heróis que se eternizam no imaginário de determinado povo, conferindo-lhe grandeza análoga a dos seus heróis.
	
	
	
	
		8.
		É correto dizer que a Epopéia é
	
	
	
	uma narrativa curta, com forte traço cômico.
	
	
	uma narrativa longa cujo objetivo é informar
	
	
	uma narrativa curta, extremamente objetiva
	
	
	uma narrativa longa de caráter heróico e grandioso
	
	
	uma narrativa literária, compromissada com o riso
	Explicação: A epopéia constitui uma manifestação do gênero narrativo, típica da antiguidade, que conheceu na Ilíada e na Odisseia de Homero e na Eneida de Virgílio as suas principais realizações, sendo reconhecida pela narrativa longa, que versa sobre acontecimentos grandiosos e que tem como figura central um herói que encarna a visão de mundo, os valores e os anseios da coletividade.
	
	
O UNIVERSO ROMANTESCO
	
		
		1.
		Leia atentamente o texto abaixo:
Apresentação - nesta parte, o ficcionista mostra ao leitor os primeiros dados do mundo construído, personagens e suas características, espaço em que se movimentam, as relações entre si, e as referências temporais. Complicação - é o momento em que se rompe o equilíbrio do estado inicial, surgem conflitos e ocorrem transformações, onde o encadeamento dos episódios conduz a narrativa a um ponto de tensão. Clímax - é o ponto máximo de tensão. Desfecho ou desenlace - situação final, ou seja, o equilíbrio que se restabelece depois do clímax.
Os elementos acima mencionados ¿ apresentação, complicação, clímax e desfecho ou desenlace ¿ compõem o gênero:
 
	
	
	
	crítica
	
	
	narrativa
	
	
	análise
	
	
	poesia
	
	
	síntese
	
		2.
		O romance é uma mistura, um condensado de ficção e realidade. Estes dois critérios devem modelar-se e articular-se de maneira equilibrada. A coesão, a força do romance, provém tanto das qualidades de imaginação quanto da análise dos fatos reais do autor. Nesse sentido, podemos dizer que
	
	
	
	a força do romance está no fato de sua estrutura estar baseada no real e no modo como ele é visto e reproduzido pelo autor.
	
	
	o romance não tem apelo suficiente, pois é difícil de ser lido, afastando o ser humano em geral
	
	
	a força do romance está no distanciamento que se materializa nas suas entrelinhas, devido ao autor realidade.
	
	
	a força do romance varia de acordo com as palavras que o povoam.
	
	
	o romance tende a perder a sua força, já que o distanciamento da realidade é a sua maior característica.
	
	
	
	 
	
	
		3.
		O trecho que se segue foi extraído da obra O cortiço, de Aluísio Azevedo:
Ninguém ali sabia ao certo se a Machona era viúva ou desquitada, os filhos não se pareciam um com os outros. A Das Dores sim afirmavam que fora casada e que largara o marido para meter-se com um homem do comércio[...]
Na passagem retirada da obra, podemos perceber que o foco narrativo:
	
	
	
	É externo ou de Terceira Pessoa, pois o narrador dialoga com outro personagem
	
	
	É externo ou Onisciente, pois o narrador apresenta total conhecimento das coisas
	
	
	É o narrador-intruso, pois, ainda que não participe da trama quer dar palpite
	
	
	É externo ou de Terceira Pessoa, pois observa os fatos, desconhecendo daos passados
	
	
	É Interno ou de Primeira Pessoa, pois relata sua experiência pessoal
	
	 
		
	
		4.
		Quais são as partes da história de uma narrativa ?
	
	
	
	Investigação - Complicação - Clímax
	
	
	Apresentação - Complicação - Continuação
	
	
	Apresentação - Complicação - Interrogação
	
	
	Apresentação - Complicação - Reapresentação
	
	
	Apresentação - Complicação - Clímax
	
	
	 
	
	
		5.
		Leia o texto a seguir:
Capitães d' areia, Jorge Amado - Crianças ladronas
As aventuras sinistras dos "Capitães da Areia" - A cidade infestada por crianças que vivem do furto - urge uma providência do Juiz de Menores e do chefe de polícia - ontem houve mais um assalto Já por várias vezes o nosso jornal, que é sem dúvida o órgão das mais legítimas aspirações da população baiana, tem trazido noticias sobre a atividade criminosa dos "Capitães da Areia", nome pelo qual é conhecido o grupo de meninos assaltantes e ladrões que infestam a nossa urbe. Essas crianças que tão cedo se dedicaram à tenebrosa carreira do crime não têm moradia certa ou pelo menos a sua moradia ainda não foi localizada. Como também ainda não foi localizado o local onde escondem o produto dos seus assaltos, que se tornam diários, fazendo Jus a unia Imediata providência do Juiz de Menores e do dr. Chefe de Polícia.
http://www.culturabrasil.org/zip/capitaesdeareia.pdf
O fragmento apresentado faz parte da obra Capitães d'areia, de Jorge Amado. Após a leitura, que característica do romance, enquanto gênero literário,predomina no texto?
	
	
	
	  A representação das aventuras de alguns meninos.
   
	
	
	A representação da falta de habilidade da justiça brasileira, pois não consegue localizar os menores infratores.
	
	
	A representação dos diversos segmentos sociais. Dentre eles, o submundo dos ladrões.
	
	
	A representação da elite baiana.
  
	
	
	 A representação das inquietações daqueles que fazem parte da aristocracia baiana.
 
	 
		
	
		6.
		Vale ressaltar algumas características do romance: *os personagens e os acontecimentos podem ser vários, interligados ao conflito central; *pode ser verossímil ou totalmente fictício; *geralmente narrado na 3ª pessoa; *os personagens antagonistas surgem e desaparecem à deriva dos acontecimentos; *é composto por: ação, espaço, tempo, personagem e foco narrativo;*pode ser de natureza: histórica, de cavalaria, policial, psicológico.
As informações acerca do romance presentes no parágrafo acima são:
	
	
	
	Falsas, pois mencionam dados como questão da verossimilhança
	
	
	Verdadeiras, pois referem-se ao conto com precisão
	
	
	Falsas pois, não há menção À questão do narrador
	
	
	Falsas, pois não mencionam a questão da rima
	
	
	Verdadeiras, já que não cometem o erro de falar na figura dos personagens
	
Explicação: As caraterísticas apontadas - a variedade de personagens e acontecimentos, interligados a um conflito central; a possibilidade de ser verossímil ou totalmente fictício; a predominância da narrativa em 3ª pessoa; os antagonistas que surgem e desaparecem ao sabor dos acontecimentos; composto por: ação, espaço, tempo, personagem e foco narrativo; a possibilidade de assumir natureza histórica, de cavalaria, policial, psicológico - sintetizam corretamente o gênero romanesco.
	
	
	
	
	
	
		7.
		   Leia as afirmativas e escolha uma das opções apresentadas.
I-             No romance, o narrador é peça fundamental.
II-            O narrador fala de seu tempo, revelando a ideologia de sua época.
	
	
	
	  As afirmativas I e II estão incorretas.
	
	
	       A afirmativa I está incorreta e a II está correta.
	
	
	   Apenas, a afirmativa I está correta.
	
	
	  A afirmativa I está correta, mas a afirmativa II não a justifica.
	
	
	       A afirmativa I está correta e a II justifica a primeira.
   
	 
		
	
		8.
		Ao contrário do romance, o conto é uma narrativa curta. Não há espaço para o crescimento da personagem. Sendo assim, que perfil tem a personagem do conto?
	
	
	
	Ela leva ao leitor a um mergulho na alma humana, pois desenvolve temas complexos que movem o ser humano.
	
	
	Ela é vista pelo leitor em, apenas, um momento de sua existência, por isso não apresenta variação psicológica.
	
	
	Ela apresenta múltiplas faces. O leitor não consegue defini-la.
	
	
	É uma personagem dinâmica. Apresenta variações de temperamento ou de caráter.
	
	
	Ela sofre variações. Pode passar de vilã à heroína.
		
	
	
	
	5- OUTRAS FORMAS DE NARRAR UM CONTO
 
		
	
		1.
		Sobre o conto, assinale a afirmação incorreta:
	
	
	
	A contração dos elementos estruturais confere ao conto uma grande densidade dramática.
	
	
	Quanto ao sentido, o conto é o canto da totalidade da vida de um povo em determinado estágio da sua civilização. O conto está diretamente relacionado com o surgimento ou o progresso de uma nacionalidade
	
	
	O conto tem uma larga tradição cultural, como as narrativas encontradas em alguns episódios das Sagradas Escrituras que podem ser considerados contos, como o filho pródigo, Salomé etc.
	
	
	Enquanto no romance o conteúdo textual encontra-se diluído na multiplicidade de ações, personagens, espaços, tempos descrições, reflexões, no conto temos uma condensação no sentido que se revela ao leitor de uma forma mais rápida e surpreendente.
	
	
	No conto, a categoria do espaço está reduzida a poucos ambientes ou a apenas um, o tempo, o enredo e o número de personagens são igualmente limitados.
	Explicação: A afirmação errada refere-se às circunstâncias da epopeia e não apresenta relação alguma com o conto.
	
	
		2.
		Acerca do conto literário, todas as afirmações abaixo estão corretas, exceto:
	
	
	
	O conto deve, mesmo com uma estrutura enxuta, ser capaz de impactar de modo profundo o leitor.
	
	
	Ao contrário do romance, o conto não possui regras. Trata-se de um gênero que pode tanto ser concentrado quanto disperso.
	
	
	Ao contrário do romance, o conto não tem a pretensão de abarcar a totalidade, configura-se em torno de um só conflito.
	
	
	O conto busca captar um acontecimento, uma questão, um elemento impactante e trabalhar a narrativa em cima dele.
	
	
	A estrutura do conto é concisa, por isso a exploração de conflitos secundários não importa ao conto.
	Explicação: O que define o conto é justamente o traço conciso, concentrado e tenso dos elementos que compõem a sua estrutura narrativa. O conto não pode ser distenso nem se dispersar do conflito central. Ao expandir-se, corre o risco de ser identificado com a estrutura da novela, abrindo outras discussões, como as existentes em torno de O alienista, de Machado de Assis, e de A Metamorfose, de Franz Kafka, por exemplo.
	
	
		3.
		"As unidades requeridas de ação, tempo, lugar e tom só podem estabelecer-se com poucas personagens. Só não existe o conto com uma única personagem. Se uma só aparecer, outra figura deve estar atuando para a formulação do conflito. Por fim, as personagens tendem a ser estáticas, imóveis no tempo, no espaço e na personalidade. Figura-se uma tela em que se fixa plasticamente o apogeu de uma situação humana." (Moisés, p.127). MOISÉS, Massaud. A Criação Literária. São Paulo: Melhoramentos, 1973, p.127.
 O que garante ao conto uma unidade de ação?
	
	
	
	O embate entre os personagens
	
	
	A descrição detalhada dos cenários onde a narrativa se desenrola
	
	
	O número de linhas que formam o conto
	
	
	O narrador garante a unidade do Conto
	
	
	A descrição do estado emocional dos personagens
	
		4.
		Ao ler um conto, a compreensão do leitor deve ser imediata. Sendo assim, escolha a alternativa que conceitue a linguagem utilizada nessa forma de narrar.
	
	
	
	A línguagem revela múltiplas intenções do narrador.
	
	
	A linguagem é subjetiva. Há muitos implícitos que precisam ser desvendados pelo leitor.
	
	
	A linguagem pode ser representada pelo silêncio da personagem. Sendo assim, o diálogo não tem importância.
	
	
	A linguagem deve ser clara, objetiva. Não há muitas metáforas.
	
	
	A linguagem não tem importância para o desenrolar do conflito.
	
		5.
		Sobre o conto, pode-se afirmar que:
	
	
	
	Numerosas são as personagens que intervêm no conto.
	
	
	O conto expande-se para vários conflitos simultâneos.
	
	
	O conto valoriza as digressões temporais, as divagações e os excessos de descrição.
	
	
	O conto estrutura-se em torno de várias ideias.
	
	
	O conto despreza tudo o que foge ao núcleo da narrativa e centra-se em torno de uma só ideia.
	Explicação: O conto é uma narrativa comprometida com uma forma contraída de apresentar uma situação. Tudo nele busca a síntese, a confluência a um único ponto, a fim de não comprometer a unidade sobre a qual se fundamenta.
	 
	
	
		6.
		Qual é o foco do conto?
	
	
	
	o cenário
	
	
	o leitor
	
	
	os personagens
	
	
	o tempo
	
	
	o cenário e os personagens.
	Explicação: O leitor constitui o foco do conto.
	
	
	
	 
	
	
		7.
		O que garante ao conto uma unidade de ação?
	
	
	
	O narrador garante a unidade do Conto
	
	
	A descrição detalhada dos cenários onde a narrativa se desenrola
	
	
	A descrição do estado emocional dos personagens
	
	
	O embate entre os personagens
	
	
	O número de linhas que formam o conto
	Explicação: O embate entre os personagens garante a unidade de ação que assinala o conto.
	
	
		8.
		Sobre o conto, é possível afirmarmos que se trata de:
	
	
	
	uma narrativa com múltiplos conflitos.
	
	
	uma narrativa concisa,em torno de uma única célula de conflito.
	
	
	uma narrativa concisa, porém com inúmeros núcleos de personagens em ação.
	
	
	uma narrativa desdobrada em muitos tempos e espaços.
	
	
	uma narrativa extensa com várias unidades dramáticas.
	Explicação: O conto é um gênero que busca uma concentração narrativa e uma unidade de ação e de efeito. Não se dispersa em inúmeros conflitos nem articula vários núcleos de personagens como ocorre no romance, por exemplo.
	
6-OUTRAS FORMAS DE NARRAR- A CRÔNICA
		.
		A crônica aborda de preferência:
	
	
	
	questões filosóficas e existenciais.
	
	
	situações fantásticas e incomuns.
	
	
	situações e fatos do cotidiano.
	
	
	situações e fatos do passado distante.
	
	
	situações e fatos do passado recente.
	Explicação: A resposta correta é: situações e fatos do cotidiano.
	
	
		2.
		Escolha, dentre as alternativa apresentadas, aquela que cita dois elementos presentes na crônica.
	
	
	
	Linguagem coloquial / muitas personagens
	
	
	Surpresa / temas polêmicos
   
	
	
	Surpresa / humor
  
	
	
	 Trivialidade / linguagem formal 
	
	
	 Assuntos do cotidiano / densidade psicológica
   
	
		3.
		A OUTRA NOITE
"Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma noite de vento sul e chuva, tanto lá como aqui. Quando vinha para casa de táxi, encontrei um amigo e o trouxe até Copacabana; e contei a ele que lá em cima, além das nuvens, estava um luar lindo, de lua cheia; e que as nuvens feias que cobriam a cidade eram, vistas de cima, enluaradas, colchões de sonho, alvas, uma paisagem irreal.
Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer aproveitou o sinal fechado para voltar-se para mim:
-O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua conversa. Mas, tem mesmo luar lá em cima?
Confirmei: sim, acima da nossa noite preta e enlamaçada e torpe havia uma outra - pura, perfeita e linda.
-Mas, que coisa...
Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar o céu fechado de chuva. Depois continuou guiando mais lentamente. Não sei se sonhava em ser aviador ou pensava em outra coisa.
-Ora, sim senhor...
E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse um "boa noite" e um "muito obrigado ao senhor" tão sinceros, tão veementes, como se eu lhe tivesse feito um presente de rei."
Rubem Bragahttp://pensador.uol.com.br/cronicas_de_rubem_braga/
Sabemos que a crônica é uma forma de narrar que apresenta, assim como o conto, uma história curta. Qual das alternativas apresenta uma característica que, também, nos possibilita conceituar o texto apresentado como crônica?
	
	
	
	O uso da linguagem com certa polidez.
	
	
	Apresenta como cenário Copacabana, o famoso bairro da cidade do Rio de Janeiro.
	
	
	O questionamento do chofer.
	
	
	O diálogo entre duas personagens.
	
	
	A trivialidade é o destaque do texto, por isso as personagens sequer apresentam nomes.
	
		4.
		Leia o texto a seguir:
Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da Alfândega - tudo malandro velho - começou a desconfiar da velhinha.
Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da Alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela:
- Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?
http://pensador.uol.com.br/frase/NTE3MzQ5/
No fragmento apresentado, as personagens não possuem nomes. Sabemos, apenas, que se trata de uma velhinha e de um fiscal. Que relação existe entre este fato e a crônica?
 
	
	
	
	   A crônica destaca o narrador. Não há preocupação com as personagens.
	
	
	A crônica destaca o tempo, por isso não é dado importância ao nome das personagens.
	
	
	A crônica destaca a trivialidade, por isso, algumas vezes, não aparecem os nomes das personagens.
  
	
	
	 A crônica dá ênfase aos aspectos psicológicos das personagens, por isso não revela preocupação em nomeá-las.
 
	
	
	  A crônica, por apresentar a referencialidade do jornal, não cita nomes.
 
	
		5.
		A crônica Maneira de Amar, de Carlos Drummond de Andrade, apresenta uma história simples que tem como personagens o jardineiro e suas flores. Observe que há o uso de uma linguagem coloquial. Após a leitura, escolha a alternativa que explique a importância desta forma de linguagem para a construção da crônica enquanto narrativa.
 
MANEIRA DE AMAR
O jardineiro conversava com as flores e elas se habituaram ao diálogo. Passava manhãs contando coisas a uma cravina ou escutando o que lhe confiava um gerânio. O girassol não ia muito com sua cara, ou porque não fosse homem bonito, ou porque os girassóis são orgulhosos de natureza.
Em vão o jardineiro tentava captar-lhe as graças, pois o girassol chegava a voltar-se contra a luz para não ver o rosto que lhe sorria. Era uma situação bastante embaraçosa, que as outras flores não comentavam. Nunca, entretanto, o jardineiro deixou de regar o pé de girassol e de renovar-lhe a terra, na devida ocasião.
O dono do jardim achou que seu empregado perdia muito tempo parado diante dos canteiros, aparentemente não fazendo coisa alguma. E mando-o embora,depois de assinar a carteira de trabalho.
Depois que o jardineiro saiu, as flores ficaram tristes e censuravam-se porque não tinham induzido o girassol a mudar de atitude. A mais triste de todas era o girassol, que não se conformava com a ausência do homem. "VOCÊ O TRATAVA MAL, AGORA ESTÁ ARREPENDIDO?" "NÃO, RESPODEU, ESTOU TRISTE PORQUE AGORA NÃO POSSO TRATÁ-LO MAL. É A MINHA MANEIRA DE AMAR, ELE SABIA DISSO, E GOSTAVA".
http://pensador.uol.com.br/cronicas_de_carlos_drummond_de_andrade/2/
	
	
	
	   O uso da linguagem coloquial atende, apenas, a um determinado público.
	
	
	   O uso da linguagem coloquial é adequada ao contexto de fantasia que se revela através da conversa entre o jardineiro e suas flores.
	
	
	   O uso da linguagem coloquial revela que o assunto não é importante.
	
	
	  O uso da linguagem coloquial faz com que a crônica seja uma forma de narrar, facilmente, compreendida por qualquer leitor.
	
	
	   O uso da linguagem coloquial é adequado ao ambiente de trabalho do jardineiro.
	
		6.
		A crônica literária é produzida por poetas e ficcionistas que:
	
	
	
	Evitam compor textos que acrescentem um sentido poético aos temas do cotidiano.
	
	
	Apresentam uma versão muito próxima da notícia e rejeitam a fantasia.
	
	
	Descartam as trivialidades e privilegiam os temas de maior relevância social.
	
	
	Transformam temas do dia-a-dia pela força criadora da fantasia.
	
	
	Constroem depoimentos rigorosos acerca das notícias.
	Explicação: A crônica literária, como é próprio de qualquer texto literário, constrói-se sob a força criadora da fantasia e da imaginação, ainda que seus temas sejam selecionados a partir da realidade.
	
	
		7.
		A crônica se define por inúmeros traços, exceto:
	
	
	
	pelos temas do cotidiano.
	
	
	pela subjetividade.
	
	
	pelo estilo solene de linguagem.
	
	
	pela brevidade.
	
	
	pelo estilo entre o oral e o literário.
	Explicação: crônica possui uma linguagem espontânea, despretensiosa, de fácil entendimento. O cronista busca se comunicar com o leitor numa linguagem entre o oral e o literário. O estilo solene não faz parte do gênero crônica.
	
	
		8.
		 Tanto a crônica quanto o conto são formas curtas de narrar. Sendo assim, qual das alternativas abaixo apontam a principal diferença entre esses dois gêneros literários?
	
	
	
	A crônica se diferencia do conto por dar destaque à trivialidade.
 
	
	
	  A crônica se diferencia do conto por apresentar poucas personagens
	
	
	A crônica se diferencia do conto por apresentar temas com profundidade psicológica.
	
	
	A crônica se diferencia do conto por nomear as personagens.
	
	
	A crônica se diferencia do conto por privilegiar a presença do narrador-personagem
	
	
	 
		
7-O DRAMÁTICO E SUAS FORMAS1.
		A essência da arte dramática repousa no princípio do conflito, no choque entre vontades opostas que colidem em busca de uma superação. No caso da tragédia, o conflito é:
	
	
	
	marcado por ordens opostas que se diluem de modo harmônico no final.
	
	
	marcado por ordens opostas e superáveis.
	
	
	marcado por ordens opostas e conciliáveis.
	
	
	marcado por ordens opostas que não buscam uma solução.
	
	
	marcado por ordens opostas e inconciliáveis.
	Explicação: O conflito na tragédia é insuperável. Faz parte da essência do trágico a impossibilidade de conciliação entre as forças envolvidas.
	
	 
	
	
		2.
		A palavra drama significa AÇÃO. Sendo assim, como podemos entender o gênero dramático?
	
	
	
	Trata-se de um gênero em que a ação precisa de muitas personagens.
	
	
	Trata-se de um gênero em que a história acontece através de personagens em ação.
	
	
	Trata-se de um gênero em que a ação revela a a subjetividade do autor.
	
	
	Trata-se de um gênero em que a ação é expressa por intermédio de um narrador.
	
	
	Trata-se de um gênero em que a ação só acontece para expressar a dor do herói.
	
		3.
		No gênero dramático, o tempo é, apenas, aquele destinado à representação da história. Que relação existe entre o tempo e a tensão?
	
	
	
	O tempo ganha ritmo próprio quando o espectador percebe a tensão.
	
	
	O tempo não tem ritmo próprio. Ele é psicológico. Está ligado ao fluxo de consciência das personagens.
	
	
	O tempo é marcado pelo fim da tensão.
	
	
	Não há relação entre o tempo e a tensão.
	
	
	Quando o herói descarrega a tensão, o espectador percebe a existência do tempo.
	
		4.
		Na comédia, o ridículo contribui para que a tensão seja desfeita. A partir dessa informação, escolha a altenativa que defina o homem cômico.
	
	
	
	Trata-se do herói que revela fraquezas contra sua vontade.
	
	
	Trata-se de um herói que cede aos vícios pelas forças do destino. Tudo acontece contra sua vontade.
	
	
	Trata-se de um herói com nobreza de caráter.
	
	
	Trata-se daquele que, diante do riso, percebe seus limites.
	
	
	Trata-se do herói que não tem consciência de seus erros.
	
	 
		
	
		5.
		O gênero dramático trágico é marcado pelo paradoxo entre:
	
	
	
	O Herói e o Vilão.
	
	
	O Corifeu e o Coro
	
	
	O Herói e o Coro
	
	
	O Herói e seu Destino
	
	
	O Olimpo e o Hades
	
	
	
		6.
		Qual das características abaixo não pertence ao homem trágico?
	
	
	
	O homem trágico sofre um choque imenso ao deparar-se com um destino que contraria as suas crenças.
	
	
	O homem trágico é enredado por um destino fora dos seu alcance e que contraria os seus ideais e princípios.
	
	
	O homem trágico vive ao sabor das paixões, totlamente influenciável, pois não tem ideais.
	
	
	O homem trágico sofre um destino imutável e é movido a viver por uma força interna
	
	
	O homem trágico envolve-se em situações erradas e chega a cometer atos errados, mas não tem consciência disso.
	
	 
		
	
		7.
		A encenação do texto dramático dirige a atenção do público para a tensão desencadeada pelo enredo. A tensão é considerada a essência do gênero dramático e ela é movida por duas características principais:
	
	
	
	conflito e pathos.
	
	
	pathos e problema.
	
	
	pathos e indecisão.
	
	
	ambição e vaidade.
	
	
	conflito e arrependimento.
	Explicação: A resposta correta é: pathos e problema.
	
	
		8.
		Identifique qual é a alternativa abaixo que não pertence às características do gênero dramático cômico, segundo Aristóteles:
	
	
	
	A crítica social pelo sarcasmo, sátira e ironia.
	
	
	A tipificação e representação dos homens nobres.
	
	
	A denúncia dos vícios e da corrupção moral do homem.
	
	
	O caráter lúdico e divertido da linguagem.
	
	
	O final feliz.
	
	
	
	O LÍRICO E SUAS FORMAS
		1.
		Leia este poema de Vinícius de Moraes e em seguida assinale a alternativa incorreta.
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure     
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama     
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
	
	
	
	Há um evidente esquema de rima, facilmente identificado pela sonoridade no final de cada verso.
	
	
	Trata-se de uma composição moderna, sem preocupações com a forma, como expressam os versos livres, sem agrupamento em estrofes e sem rima.
	
	
	Há um paradoxo, ou seja, uma contradição no verso "Mas que seja infinito enquanto dure". Com ele, no entanto, o eu lírico esclarece a intensidade com que vive o amor.
	
	
	Trata-se de um soneto, composição de forma fixa, composta por dois quartetos e dois tercetos.
	
	
	Embora este poema trate do tema do amor, a poesia lírica não se restringe a temas sentimentais ou amorosos.
	Explicação: Há preocupação formal, pois o poema é um soneto, que é uma forma clássica, uma composição de forma fixa, com esquema de rima, versos regulares com 10 sílabas poéticas cada um e agrupados segundo uma organização específica: dois quartetos e dois tercetos.
	 
	
	
		2.
		Trata-se de um eu que vive as dificuldades do cotidiano e as alegrias da vida. É aquela parte do ser humano que está comprometida com os fatos, com o mundo e com a lógica.
 O conceito apresentado e trabalhado em aula define:
	
	
	
	o herói
	
	
	o antagonista
	
	
	o protagonista
	
	
	o eu-biográfico
	
	
	o eu-lírico
	
	
	 
	
	
		3.
		O gênero lírico é caracterizado por:
	
	
	
	ocultar as emoções.
	
	
	distanciar-se de temas amorosos e filosóficos.
	
	
	centrar-se na subjetividade.
	
	
	manifestar apenas o mundo exterior.
	
	
	centrar-se na objetividade.
	Explicação: É próprio do gênero lírico expressar, antes de tudo, a subjetividade. A ponto de a lírica se conceituar como a poesia do "eu", ao contrário da épica.
	
	 
	
	
		4.
		O poema abaixo pertence ao Cancioneiro de Fernando Pessoa. "Ah, quanta vez, na hora suave Em que me esqueço, Vejo passar um vôo de ave E me entristeço! Por que é ligeiro, leve, certo No ar de amávio? Por que vai sob o céu aberto Sem um desvio? Por que ter asas simboliza A liberdade Que a vida nega e a alma precisa? Sei que me invade Um horror de me ter que cobre Como uma cheia Meu coração, e entorna sobre Minh'alma alheia Um desejo, não de ser ave, Mas de poder Ter não sei quê do vôo suave Dentro em meu ser." Fernando Pessoa. Obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1995. p. 138 Que relação o eu lírico estabelece entre a tristeza e a liberdade?
	
	
	
	Complementação
	
	
	Oposição
	
	
	Unívoca
	
	
	Comparação
	
	
	Negação
	 
	
	
		5.
		Sobre a poesia lírica, é correto afirmar que:
	
	
	
	A poesia lírica apresenta forma fixa e não admite variações em sua estrutura. Os moldes clássicos obedecem aos princípios de que a poesia deve sempre contemplar aquilo que é belo e agradável.
	
	
	A poesia lírica se conceitua como a poesia do ¿nós¿, privilegiando percepções e valores coletivos.
	
	
	A poesia lírica é exclusividade da literatura e não pode ser encontrada em outras manifestações artísticas, como a música.
	
	
	A poesia lírica é um gênero literário com características bem definidas, um gênero puro que se resume em versos e rimas, portanto, muito fácil de ser identificada na literatura.
	
	
	A poesia lírica pode ser encontrada em diversos gêneros literários, bem como em manifestações artísticas como a música, por exemplo.
	
Explicação: O lírico pode se manifestar em outros gêneros literários ou linguagens. Na narrativa, tem-se a prosa poética. No drama, na ópera, na música, igualmente pode haver a presença do lírico.
	
	 
	
	
		6.
		Sobre o LIRISMO, podemos defini-locomo:
	
	
	
	A expressão impessoal de uma razão demonstrada por versos livres e brancos.
	
	
	A expressão impessoal de uma emoção demonstrada por versos livres e brancos.
	
	
	A expressão pessoal de uma emoção demonstrada por vias rítmicas e musicais.
	
	
	A expressão impessoal de uma emoção demonstrada por vias rítmicas e musicais.
	
	
	A expressão pessoal de uma razão demonstrada por vias rítmicas e musicais.
	 
	
	
		7.
		Écloga, Idílio, Elegia e Balada são exemplo de
	
	
	
	tragédias.
	
	
	comédias.
	
	
	contos.
	
	
	formas líricas.
	
	
	crônicas.
	
		8.
		Na antiguidade, se falava numa lírica pessoal e em outra impessoal. Qual das opções abaixo define, claramente, o que é lírica pessoal?
	
	
	
	É aquela em que o poeta expressa os sentimentos da coletividade.
	
	
	É aquela em que o poeta se expressa, insentando-se.
	
	
	É aquela em que o poeta jamais se insenta de alguma coisa.
	
	
	É aquela em que o poeta se insenta de alguma coisa, mas expressa o sentimento da coletividade.
	
	
	É aquela em que o poeta fala de si, dos seus sentimentos e de suas ideias.
	MINHAS LEITURAS 1
	
	 
		
	
		1.
		(Adaptado - UNIFESP)
(...) Um poeta dizia que o menino é pai do homem. Se isto é verdade, vejamos alguns lineamentos do menino.
Desde os cinco anos merecera eu a alcunha de «menino diabo»; e verdadeiramente não era outra cousa; fui dos mais malignos do meu tempo, arguto, indiscreto, traquinas e voluntarioso. Por exemplo, um dia quebrei a cabeça de uma escrava, porque me negara uma colher do doce de coco que estava fazendo, e, não contente com o malefício, deitei um punhado de cinza ao tacho, e, não satisfeito da travessura, fui dizer à minha mãe que a escrava é que estragara o doce «por pirraça»; e eu tinha apenas seis anos. Prudêncio, um moleque de casa, era o meu cavalo de todos os dias; punha as mãos no chão, recebia um cordel nos queixos, à guisa de freio, eu trepava-lhe ao dorso, com uma varinha na mão, fustigava-o, dava mil voltas a um e outro lado, e ele obedecia, -- algumas vezes gemendo,-- mas obedecia sem dizer palavra, ou, quando muito, um -- «ai, nhonhô!» -- ao que eu retorquia: -- «Cala a boca, besta!» -- Esconder os chapéus das visitas, deitar rabos de papel a pessoas graves, puxar pelo rabicho das cabeleiras, dar beliscões nos braços das matronas, e outras muitas façanhas deste jaez, eram mostras de um gênio indócil, mas devo crer que eram também expressões de um espírito robusto, porque meu pai tinha-me em grande admiração; e se às vezes me repreendia, à vista de gente, fazia-o por simples formalidade: em particular dava-me beijos.
Não se conclua daqui que eu levasse todo o resto da minha vida a quebrar a cabeça dos outros nem a esconder-lhes os chapéus; mas opiniático, egoísta e algo contemptor dos homens, isso fui; se não passei o tempo a esconder-lhes os chapéus, alguma vez lhes puxei pelo rabicho das cabeleiras. (Machado de Assis. Memórias póstumas de Brás Cubas)
É correto afirmar que:
	
	
	
	o narrador se apresenta bastante sisudo e amargo, bem ao gosto machadiano.
	
	
	a identidade do narrador é desnudada por ele próprio ao revelar alguns comportamentos e características presentes desde a sua infância.
	
	
	se trata basicamente de um texto naturalista, fundado no Determinismo.
	
	
	o texto revela um juízo crítico do contexto escravista da época.
	
	
	o texto apresenta papéis sociais ambíguos das personagens em foco.
	Explicação: Neste trecho, o próprio narrador se desnuda ao revelar a criança que fora. Confessa também que a essência não mudou na vida adulta: abandonou as travessuras do menino diabo da infância, mas permaneceu opiniático, egoísta e contemptor [desprezador] dos homens.
	 
		
	
		2.
		O narrador de Memórias Póstumas de Brás Cubas não é um narrador confiável porque, para cada afirmação que faz há uma negação correspondente, em um processo de construção e desconstrução, que torna questionável a veracidade do narrado. Essa estratégia faz o leitor:
	
	
	
	desconfiar da aparência e se questionar sobre a essência dos personagens.
	
	
	pensar que o autor não teve tempo de rever e corrigir seu texto antes de publicá-lo.
	
	
	pensar que o autor não percebeu as contradições em seu texto.
	
	
	considerar a obra mal escrita.
	
	
	acreditar na veracidade do narrado, apesar de tudo.
	Explicação: A resposta correta é: desconfiar da aparência e se questionar sobre a essência dos personagens.
	
	 
		
	
		3.
		Mas eu ainda espero angariar as simpatias da opinião, e o primeiro remédio é fugir a um prólogo explícito e longo. (...)A obra em si mesma é tudo: se te agradar, fino leitor, pago-me da tarefa; se te não agradar, pago-te com um piparote, e adeus.
Brás Cubas
 
Leia o fragmento do prólogo do romance Memórias Póstumas de Brás Cubas e observe que o defunto-autor deseja ganhar a simpatia do público, mas, ao mesmo tempo, paga o fino leitor com um piparote. Através dessas afirmações opostas, podemos dizer que o narrador criado por Machado de Assis é volúvel?
	
	
	
	   Não. Trata-se de um narrador que deixa claro o objetivo de conquistar o leitor.
	
	
	    Sim. Trata-se de um narrador que muda de opinião.
	
	
	    Não. Trata-se de um narrador que deseja ser pago por realizar uma boa tarefa.
	
	
	    Não. Brás Cubas, enquanto narrador, sabe o que quer: ele ri de tudo e de todos. Inclusive, do leitor.
	
	
	    
   Sim. Trata-se de um narrador que engana o leitor.
	
	 
		
	
		4.
		No romance Memórias Póstumas de Brás Cubas, o narrador traça o perfil das personagens com matéria de memória, conforme sinaliza o título da obra. Diante deste fato, como podemos nos posicionar enquanto leitores?
	
	
	
	Devemos observar que as personagens são, totalmente, diferentes do narrador-personagem
	
	
	Devemos observar que as personagens são definidas com simplicidade.
	
	
	Devemos colocar como suspeita a veracidade dos fatos, pois a memória não registra, integralmente, os acontecimentos.
	
	
	Podemos acreditar em tudo que está sendo narrado, pois o narrador personagem participou dos acontecimentos.
	
	
	Devemos aceitar os fatos, pois, ao narrar do além-túmulo, o narrador tem uma visão mais ampla dos acontecimentos.
	
	 
		
	
		5.
		O narrador exerce um papel crucial em todos os romances de Machado de Assis. A condição de defunto autor de Brás Cubas torna possível ao narrador: 
	
	
	
	adotar uma perspectiva religiosa na consideração dos problemas humanos.
	
	
	assumir um tom mais cerimonioso e cauteloso ao falar do mundo dos vivos.
	
	
	dizer livremente o que pensa do mundo dos vivos, sem se preocupar com a opinião pública. 
	
	
	considerar criticamente as injustiças sociais.
	
	
	olhar com absoluta indiferença as preocupações em que a humanidade consome a existência.
	Explicação: A resposta correta é: dizer livremente o que pensa do mundo dos vivos, sem se preocupar com a opinião pública. 
	 
		
	
		6.
		O romance introdutor do Realismo no Brasil, Memórias póstumas de Brás Cubas (1881) começa da seguinte maneira:
 
AO VERME
QUE
PRIMEIRO ROEU AS FRIAS CARNES
DO MEU CADÁVER
DEDICO
COMO SAUDOSA LEMBRANÇA
ESTAS MEMÓRIAS PÓSTUMAS
 
Esta dedicatória contém um elemento importante de Memórias póstumas de Brás Cubas, presente em toda a narrativa, que é:
	
	
	
	o desespero de quem não existe mais.
	
	
	o rigor científico de um narrador realista.
	
	
	a loucura de um doente que se sente em decomposição.
	
	
	o delírio de um narrador em estado alterado de consciência.
	
	
	O humor com certa melancolia existencial.
	Explicação: Memórias póstumas de Brás Cubas é um romance com uma perspectiva humorístico-melancólica que é percebida pelo modo como o narrador apresenta a sua existência e a sociedade à qual pertenceu em vida.
	
	 
		
	
		7.
		O narrador é a instância organizadora do discurso. Cabe ao leitor, prestar muita atenção a este importante elemento da narrativa. Em "Memórias póstumas de Brás Cubas", por exemplo,temos uma narração em primeira pessoa, sobre a qual é correto afirmar que:
	
	
	
	se trata de um narrador que participa do que narra, pois é também o protagonista da narrativa.
	
	
	se trata de um narrador que atua como um personagem secundário.
	
	
	se trata de um narrador que não participa dos fatos narrados, apenas os observa e os relata em primeira pessoa.
	
	
	se trata de um narrador que não apresenta qualquer participação nos fatos narrados.
	
	
	se trata de um narrador que conta as memórias de um antepassado de sua família.
	Explicação: Brás Cubas é, a um só tempo, o narrador e o protagonista daquilo que narra. Ele é o personagem principal das suas memórias.
	
	 
		
	
		8.
		 (...)
O meu fim evidente era atar as duas pontas da vida, e restaurar na velhice a adolescência. Pois, senhor, não consegui recompor o que foi nem o que fui. Em tudo, se o rosto é igual, a fisionomia é diferente. Se só me faltassem os outros, vá um homem consola-se mais ou menos das pessoas que perde; mais falto eu mesmo, e esta lacuna é tudo. O que aqui está é, mal comparando, semelhante à pintura que se põe na barba e nos cabelos, e que apenas conserva o hábito externo, como se diz nas autópsias; o interno não agüenta tinta. 
(...)
http://fragmentosliterariospauloavila.blogspot.com.br/2011/11/fragmentos-da-obra-prima-de-machado-de.html
O texto apresentado é um fragmento do romance Dom. Casmurro, de Machado de Assis. Sabemos que, para fazer a leitura de um romance, devemos estar atentos ao papel assumido pelo narrador. Sendo assim, como podemos analisar o fragmento destacado?
	
	
	
	   Como narrador-personagem, reconstrói, interiormente na idade madura, o homem que existiu na adolescência.
	
	
	  Trata-se de uma narrativa de memória. O narrador tenta, na velhice, recuperar fatos da juventude, mas isto é impossível porque o tempo desgasta fatos vividos e transforma o homem.
	
	
	    Como se trata de um narrador-personagem, ele sabe todos os fatos. Dessa forma, recupera com facilidade os fatos da juventude.
	
	
	    Trata-se de uma narrativa de memória. O narrador-personagem relembra, com facilidade, os fatos da juventude.
	
	
	    Trata-se de uma narrativa de memória. Na condição de Dom. Casmurro, o narrador-personagem consegue compreender, com mais facilidade, quem ele foi na juventude
MINHAS LEITURAS 2
		1.
		Considere o poema, de Manuel Bandeira:
Nova poética
Vou lançar a teoria do poeta sórdido.
Poeta sórdido: Aquele em cuja poesia há a marca suja da vida.
Vai um sujeito,
Sai um sujeito de casa com a roupa de brim branco muito bem engomada, e na primeira esquina passa um caminhão, salpica-lhe o paletó de uma nódoa de lama.
É a vida.
O poema deve ser como a nódoa no brim:
Fazer o leito satisfeito de si dar o desespero.
Sei que a poesia é também orvalho.
Mas este fica para as menininhas, as estrelas alfas, as virgens cem por cento e as amadas que envelheceram sem maldade.
 
Sobre o poema, não se pode afirmar:
	
	
	
	O papel do caminhão é sórdido como o do poeta: é a vida que fica impressa no brim branco do passante; é a vida que deve ser impressa no branco do papel.
	
	
	A vida no poema, objetiva retirar o leitor acomodado de sua passividade, fazer com que o indivíduo apático e insípido passe a sentir na própria pele a marca da vida.
	
	
	Manuel Bandeira ironiza a poesia que se ocupa de um mundo tão amplo, rico e plural como o mundo dos homens.
	
	
	O poeta aponta, ironicamente, a existência da poesia sem a marca suja da vida, ou seja, a poesia orvalho, cujos assuntos poéticos são os amores cor-de-rosa escritos em versos certinhos e rimados.
	
	
	O quinto verso, muito longo, sujeito de roupa de brim branco engomadinha sugere a típica figura do cidadão que aceita a vida sem qualquer questionamento, cuja roupa atende às convenções sociais.
	
	 
		
	
		2.
		Embora a letra de música não seja um gênero literário, é um gênero textual que dialoga, estreitamente, com a literatura. Tanto quanto um poema, a letra de música pode exercer a função de veículo de denúncias sociais. Sendo assim, após a leitura do texto apresentado, marque a alternativa que revela o questionamento apresentado no refrão.
Não me convidaram
Pra esta festa pobre
Que os homens armaram
Pra me convencer
A pagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada
Antes de eu nascer
Não me ofereceram
Nem um cigarro
Fiquei na porta
Estacionando os carros
Não me elegeram
Chefe de nada
O meu cartão de crédito
É uma navalha
Brasil!
Mostra tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil!
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim
http://letras.mus.br/cazuza/7246/
 
	
	
	
	O refrão apresenta a imagem de um país em evolução financeira, pois gerencia muitos negócios.
	
	
	O refrão apresenta, através da frase "Confia em mim", um sentimento de confiança, de esperança de dias melhores.
	
	
	O refrão revela, através de palavras como negócio e sócio, que se trata de um país próspero e gerenciador de boas relações.
	
	
	O refrão, através da frase "Brasil! Mostra tua cara", revela uma tentativa de busca da identidade nacional.
	
	
	O refrão apresenta um conformismo do povo diante do cenário social apresentado.
	
	 
		
	
		3.
		O bicho
 
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre detritos.
 
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
 
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
 
O bicho, meu Deus, era um homem.
 
Este poema de Manuel Bandeira permite-nos afirmar que:
 
	
	
	
	A poesia lírica rejeita temas perturbadores como este expresso no poema ¿O bicho¿.
	
	
	A poesia lírica pode tratar do tema que desejar. A sua marca é o olhar subjetivo do poeta sobre qualquer realidade.
	
	
	A poesia lírica dedica-se apenas a temas amorosos.
	
	
	A poesia lírica dedica-se exclusivamente a temas de denúncia social.
	
	
	A poesia lírica dedica-se somente a temas sociais.
	Explicação: A poesia lírica não tem restrição temática. Ela pode tanto tratar de temas amorosos quanto de temas filosóficos, metalinguísticos ou sociais. Pode ser séria ou satírica.
	
	 
		
	
		4.
		Considere o poema de Gullar transcrito abaixo e marque a alternativa que não está em conformidade com o que diz o poema.
Meu povo, meu poema
 
Meu povo e meu poema crescem juntos
como cresce no fruto
a árvore nova.
 
No povo meu poema vai nascendo
como no canavial
nasce verde o açúcar.
 
No povo meu poema está maduro
como o sol
na garganta do futuro.
 
Meu povo em meu poema
se reflete
como a espiga se funde em terra fértil.
 
Ao povo seu poema aqui devolvo
menos como quem canta
do que planta.
	
	
	
	A intenção do autor é clara: colocar a palavra povo no início de cada estrofe, com a mesma função sintática, ou seja, objeto indireto.
	
	
	Partindo da palavra povo, o poema se constituirá a fim de retornar ao seu ponto de origem.
	
	
	Na primeira das cinco estrofes, povo e poema possuem crescimento simultâneo; sua forma de crescer é igual à da árvore que, em forma de semente, de vida potencial, repousa no interior do fruto.
	
	
	No título se anuncia o ritmo inicial de cada uma das cinco estrofes do texto, em cujo primeiro verso surge sempre o substantivo povo.
	
	
	A segunda e a terceira estrofes apresentam um movimento, em que o povo agora é o próprio espaço onde rebenta o poema, é a própria terra nutriente que concebe e alimenta o broto.
	
	 
		
	
		5.
		A música e a literatura caminham de mãos dadas. A letra de música é um gênero textual que apresenta lirismo. Assinale a alternativa que justifica essa afirmação.
	
	
	
	A letra de música, assim como o poema, revela sempre um descontentamento com o mundo que nos cerca.
	
	
	A letra de música, assim como o poema, gera o sonho, pois apresenta alto grau de subjetividade.
	
	
	A letra de música, assim como o poema, revela o homem numa condição distante da realidade.
	
	
	A letra de música, assim como o poema, afasta o leitor da realidade.Na letra de música e no poema, existe um olhar singular, uma forma única de sentir o mundo.
	 
		
	
		6.
		Na primeira estrofe da letra da canção Que país é esse? de Renato Russo encontramos os seguintes versos: "Nas favelas, no senado / Sujeira pra todo lado / Ninguém respeita a constituição / Mas todos acreditam no futuro da nação / Que país é esse? / Que país é esse? / Que país é esse? / Que país é esse?". O texto manifesta preocupação com a situação do país e uma visão crítica dos problemas enfrentados. Pode-se perceber a ironia com que o texto fala do futuro da nação, que se encontra ameaçado:
	
	
	
	pela corrupção generalizada.
	
	
	pela ideologia dominante.
	
	
	pelo fanatismo religioso.
	
	
	pela falta de instrução do povo.
	
	
	pelo sectarismo político.
	
Explicação: A resposta correta é: pela corrupção generalizada.
	
	
	 
		
	
		7.
		Leia atentamente a letra de canção Suíte do Pescador, de Dorival Caymmi, abaixo transcrita, e depois escolha a opção correta. 
"Minha jangada vai sair pro mar/ Vou trabalhar, meu bem querer/ Se Deus quiser quando eu voltar do mar/ Um peixe bom eu vou trazer/ Meus companheiros também vão voltar/ E a Deus do céu vamos agradecer/ Adeus, adeus/ Pescador não se esqueça de mim/ Vou rezar pra ter bom tempo, meu bem/ Pra não ter tempo ruim/ Vou fazer sua caminha macia/ Perfumada com alecrim."
	
	
	
	o mar constitui uma figura empregada exclusivamente na literatura erudita.
	
	
	na letra da canção em questão, o eu lírico encontra-se integrado ao mar, constituindo para ele a fonte de sua subsistência.
	
	
	para o eu lírico, o mar constitui um lugar de privação material e provação espiritual.
	
	
	na letra da canção em questão, o mar é fonte de angústia e apreensão para o eu lírico.
	
	
	na letra da canção em questão, ter que ir para o mar representa uma punição para o eu lírico.
	Explicação: A resposta correta é: na letra da canção em questão, o eu lírico encontra-se integrado ao mar, constituindo para ele a fonte de sua subsistência.
	
	 
		
	
		8.
		Belo belo 
Belo belo minha bela 
Tenho tudo que não quero 
Não tenho nada que quero 
Não quero óculos nem tosse 
Nem obrigação de voto 
Quero quero 
Quero a solidão dos píncaros 
A água da fonte escondida 
A rosa que floresceu 
Sobre a escarpa inacessível 
A luz da primeira estrela 
Piscando no lusco-fusco 
Quero quero 
Quero dar a volta ao mundo 
Só num navio de vela 
Quero rever Pernambuco 
Quero ver Bagdá e Cusco 
Quero quero 
Quero o moreno de Estela 
Quero a brancura de Elisa 
Quero a saliva de Bela 
Quero as sardas de Adalgisa 
Quero quero tanta coisa 
Belo belo 
Mas basta de lero-lero 
Vida noves fora zero.
(Manuel Bandeira)
O título do poema remete a um outro poema de Bandeira, que aparece no livro Lira dos cinquent¿anos. No texto sob análise observa-se que o eu lírico:
	
	
	
	Está insatisfeito, embora tenha tudo o que deseja.
	
	
	Está insatisfeito, pois tem o que não quer. E não tem aquilo que quer.
	
	
	Está satisfeito com o que tem, porque deseja tudo aquilo de que dispõe.
	
	
	Está pleno com as mulheres que teve. De cada uma delas, deseja o todo.
	
	
	Está satisfeito, pois seus desejos se harmonizam com a realidade de tal forma que o eu lírico não tem desejos.
	Explicação: O estado do eu lírico é a insatisfação, expressa pelos muitos desejos que são todos colocados no paradigma da impossibilidade.

Outros materiais