Buscar

Semana 12 - APH - Doençãs infecto-contagiosas



Continue navegando


Prévia do material em texto

PRÉ- CFS - 2021 MAJ. ENF. DANGELO 
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR – APH - Aula 12 – Doenças Infecto-Contagiosas 
Doenças infecto-contagiosas. 
As doenças infectocontagiosas são aquelas de fácil e rápida transmissão, provocadas por agentes 
patogênicos, como príons, vírus, bactérias, protozoários e fungos. Em algumas ocasiões, para que se 
produza a doença, é necessário um agente intermediário, transmissor ou vetor. 
As doenças infecciosas podem ser adquiridas por meio do contato direto com o agente infeccioso ou através 
da exposição da pessoa à água ou alimentos contaminados, bem como também por meio da via respiratória, 
sexual ou ferimentos causados por animais. Muitas vezes as doenças infecciosas também podem ser 
transmitidas de pessoa para pessoa, sendo denominadas doenças infectocontagiosas. 
Dados epidemiológicos mostram que os profissionais de saúde são muito mais propensos a contrair doenças 
transmitidas pelo sangue de seus pacientes do que seus pacientes adoecerem pelos profissionais de saúde. 
As exposições percutâneas ocorrem quando um indivíduo sofre uma punção com um objeto pontiagudo 
contaminado, como uma agulha ou bisturi, com o risco de transmissão diretamente relacionado ao agente 
infectante e ao volume de sangue infectado introduzido pela lesão. Exposições mucocutâneas são 
geralmente menos propensas a resultar em transmissão e incluem exposição sanguínea à pele lesionadas, 
como feridas ao tecido mole (por exemplo, abrasões, lacerações superficiais) ou uma condição de pele (por 
exemplo, acne) ou membranas mucosas (por exemplo, conjuntivo do olho). 
Os procedimentos adequados de controle de infecção devem ser seguidos para evitar a aquisição ou 
transmissão de doenças como tuberculose, influenza, vírus da imunodeficiência humana (HIV), 
staphylococcus aureus resistente, meningite meningococo e vários outros microrganismos. 
A atual pandemia do novo coronavírus SARS-Cov-2, causador da COVID-19, alarma o mundo. Sua alta 
transmissibilidade, detectada também em assintomáticos, com grande número de infectados e enfermos, têm 
forte impacto nos serviços de saúde. 
Os principais agentes infecciosos transmitidos pelo sangue incluem o vírus da hepatite B (HBV), o vírus 
da hepatite C (HCV) e o HIV. 
Hepatite Viral 
Pode ser transmitida aos profissionais de saúde através de agulhas e exposições mucocutâneas na pele 
lesionada. A explicação provável para a variação das taxas de infecção é a concentração relativa de 
partículas de vírus encontradas no sangue infectado. 
Embora alguns vírus de hepatite tenham sido identificados, a Hepatite B (HBV) e a Hepatite C (HCV) são os 
mais preocupantes para os profissionais de saúde que sofrem exposição sanguínea. A hepatite viral causa 
inflamação aguda do fígado. O período de incubação (o tempo de exposição à manifestação dos sintomas) é 
geralmente de 60 a 90 dias. Até 30% dos infectados com HBV podem ter um curso assintomático. 
Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) 
O HIV ataca o sistema imunológico do seu novo hospedeiro. Com o tempo, o número de certos tipos de 
leucócitos cai notavelmente, deixando o indivíduo propenso ao desenvolvimento de infecções raras ou 
câncer. 
O HIV é transmitido principalmente através do sangue ou sêmen infectados, mas leite materno, secreções 
vaginais e fluidos como pericardial, peritoneal, pleural, amniótico e fluido cefalorraquidiano são considerados 
potencialmente infectados. As lágrimas, urina, suor, fezes e saliva são geralmente considerados não 
infecciosos, a menos que haja evidencia de sangue. 
Precauções de Contato 
Esse nível de proteção é recomendado para reduzir a probabilidade de transmissão de microrganismos por 
contato direto ou indireta. As precauções de contato incluem o uso de luvas e avental. 
Os microrganismos comumente encontrados que requerem precaução de contato incluem: conjuntivite viral, 
escabiose e herpes-vírus simples ou herpes-Zóster. 
 
Precauções Respiratórias 
Esse nível de proteção é recomendado para reduzir a probabilidade de transmissão de microrganismos que 
sejam sabidamente transmitidos por gotículas (maiores do que 5µm) expelidas por uma pessoa infectada 
durante a fala, espirros ou tosse ou durante procedimento de rotina como aspiração. Essas gotículas infectam 
ao cair em mucosas expostas dos olhos, nariz, e da boca. As precauções de contato com luvas e avental 
acrescidas de proteção ocular e máscara cirúrgica. Como as gotículas não permanecem em suspensão 
no ar, não há necessidade de proteção respiratório adicional. 
Os microrganismos geralmente encontrados nessa categoria incluem: Síndrome Respiratória Aguda - 
coronavírus (SARS-CoV2- COVID-19), MRSA, mycoplasma pneumoniae, influenza A (H1N1), 
Precauções com Aerossóis 
Esse nível de precaução é recomendado para reduzir a probabilidade de transmissão de microrganismos pela 
via respiratória. Alguns microrganismos podem ficar em suspensão no ar ligado a núcleos de gotículas 
pequenas (menores que 5µm) ou ligadas a partículas de poeira. Nesse caso, os microrganismos podem ser 
amplamente disseminados pelas correntes de ar imediatamente ao redor da fonte ou mais distante da fonte. 
As precauções com aerossóis incluem luvas, avental, proteção ocular e máscara com a N95. Os 
exemplos de doenças geralmente encontradas necessitando de precaução para aerossóis incluem: 
tuberculose, sarampo, varicela (catapora), varíola e SRAG. 
Sequencia de Colocação e Retirada de Equipamento de Proteção Individual - EPI