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A CAÇA - PSICOLOGIA COMUNITÁRIA

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UNIVERSIDADE PAULISTA 
 CAMPUS NORTE
 PSICOLOGIA COMUNITÁRIA 
 CURSO: Psicologia
 PERÍODO: Noturno
 TURMA: PS5P20
 ALUNA: Solange P. Higa Scarmagnani R.A.: T641IH7
 PROFA: Carolina T. Nakagawa Lanfranchi
 SÃO PAULO – 2020
 RESUMO DO FILME A CAÇA
Uma história que envolve muitos temas sociais nos dias de hoje como: o abuso sexual com crianças; o excesso da pornografia na sociedade e a exposição prematura as crianças; as falsas memórias; erros e danos que o especialista pode causar quando não conduz uma adequada entrevista com o entrevistado; e os efeitos da cultura e da psicologia das massas em um determinado grupo ou comunidade. 
 O filme conta a história do professor Lucas que trabalha no jardim de infância de uma pequena comunidade onde todos se conhecem. Lucas vive toda infância e adolescência ali e mantinha laços afetivos com os membros dessa comunidade. Era muito querido pelas crianças da escolinha, que é recebido com festa quando é avistado pelos pequenos. Lucas está acabando de superar alguns problemas sociais, mas de repente tudo muda em sua vida por uma falsa acusação de abuso infantil com sua aluna Clara que é filha do seu melhor amigo, Theo. Ela presencia discussões entre seus pais e sem ter a atenção deles, parece viver em conflitos. Vê em Lucas mais que um pai e um amigo e acaba se apaixonando por ele seu professor e protetor, chegando a desenhar um coração para ele e dar um selinho na boca dele quando vê ele brincando com outras crianças. Lucas então, de uma maneira natural, explica para ela que não é para ser feito isso e recusa o desenho do coração e Clara se sente rejeitada. Magoada e com raiva, Clara fala para diretora da escolinha que não gosta de Lucas e que ele deu o desenho do coração para ela e que viu as partes intimas dele, isso porque ela associou a imagem de uma foto que o amigo do seu irmão lhe mostrou, uns dias antes. A diretora então, mesmo sem provas concretas, baseada apenas na entrevista onde o entrevistador induziu a menina a falar o que ele queria ouvir, expulsou Lucas da escola. A comunidade toda se volta contra ele. Clara até fala para a mãe que aquilo era mentira, mas a mãe insiste em dizer para menina que aquilo foi verdade, fazendo ela aceitar como uma verdade construindo uma falsa memória. A única pessoa que ainda acredita nele é sua namorada e seu filho Marcus, que mora com a mãe em outra cidade, e estava tudo certo dele vir morar com o pai, mas, por conta dessa acusação a mãe volta atrás e proíbe. O filho se revolta e tenta provar a inocência do pai que chegou a ser preso, e liberado por falta de provas, mas ele continua sendo vítima de agressões físicas e verbais. Julgam ele como culpado, apedrejando sua casa. Sua cachorrinha foi morta como retaliação e quando vai ao mercado é espancado. Sua vida e a de seu filho se complicam a cada dia, ficando insuportável. Todo machucado, resolve ir à igreja assistir à celebração da missa do Natal. A comunidade toda está presente, inclusive a Clara que está cantando no coral e os pais dela que estão ali assistindo. Todos olham para ele, e é nesse momento que ele vai até seu amigo e olhando nos olhos dele começa a gritar tentando fazer ele acreditar que não está mentindo. No olhar, o amigo consegue observar que ele não seria capaz de ter feito aquilo e vai até a casa dele para levar comida, voltando a serem amigos. Com o tempo os moradores, seguem esse movimento e ele se reintegra a comunidade. O filho vem morar com ele e na comemoração do seu diploma de caça, Lucas lhe dá a arma que era do avô e leva o filho para o bosque seguindo a tradição da caça a animais que é passado de geração para geração. O filme termina com a cena de Lucas ao olhar para um cervo inocente, e nesse momento tem a impressão de atirarem contra ele ficando ali paralisado. Será somente imaginação, que um dia ele também foi caçado inocentemente pela comunidade, ou uma demonstração clara de que a dúvida não foi dissipada e que o atirador é real, representando a parte da comunidade não convencida da sua inocência.
 ANÁLISE DO FILME
O senso de comunidade é bem retratado no filme; mostrando que todos na cidade se conhecem e tem uma ótima relação entre eles. A personagem principal frequenta a igreja como os demais moradores e tem um grupo de amigos que se reúnem para confraternizar frequentemente. A rotina sai do normal com a suposta acusação de Clara. Analisamos então, os riscos de exposição de crianças a pornografia e as consequências desta exposição que pode ser devastadora. Tal construção acerca do órgão masculino surgiu para Clara a partir de uma das cenas iniciais em que alguns garotos mostram para ela uma foto de uma mulher diante de um pênis ereto, o que nos sugere o encontro de Clara com uma cena sexual para a qual não possuía ainda recursos psíquicos para simbolizar, assim constrói a mentira contra o professor Lucas. De acordo com a teoria de Freud, a fase fálica é a fase mais crucial para o desenvolvimento sexual na vida de uma criança. Ela se concentra nos órgãos genitais (Complexo de Édipo), ou a falta deles (Complexo de Electra). Essa construção é por volta do terceiro ao seis ano de idade (provável idade da Clara no filme). Podem desenvolver ciúmes ou mostrar condutas que vão deste o afeto possessivo pelo pai até uma certa hostilidade se em um dado momento a menina não consegue o que deseja da figura materna. Sentimento de confiança e segurança da criança em relação a si mesma e, principalmente, em relação àqueles que a rodeiam, sejam figuras parentais ou outros integrantes de seu círculo e relações sociais. Isso pode explicar a reação de Clara quando se sentiu rejeitada. A diretora buscou ajuda com um psicólogo para investigar o que ela disse, mas o entrevistador comete muitos erros. Chega atrasado e nem se apresenta a Clara. Não cria um vínculo para que se possa estabelecer uma conversa sobre o assunto tão delicado, como o suposto abuso sexual. Clara nem entende por que está ali. Escuta as crianças brincando lá fora e seu interesse no momento é estar lá. Ele faz uma pergunta sugestiva, buscando uma afirmação sobre uma situação que ele e a diretora imaginaram ter acontecido. Clara nega, mas o entrevistador insiste na pergunta e ela com insegurança balança a cabeça que sim, para acabar logo e ir brincar. Neste caso o entrevistador sugere o abuso a criança e está começa a fantasiar para agradar ao interrogador. Ela começa a acreditar que sofreu realmente os acontecimentos vividos e testemunhados, mas implantados na sua mente pelas sugestões do entrevistador, cria assim uma falsa memória, que em psicologia, são memórias de eventos que nunca foram efetivamente vivenciados pelo sujeito. As falsas memórias são mais facilmente visualizadas ou inseridas nas crianças, já que o psicológico ainda está em formação. A criação de falsas memórias é extremamente perigosa quando feita por testemunhas de crimes que estão sendo julgados, pois podem levar inocentes a serem considerados culpados de crimes hediondos e mortos. Portanto é fundamental que profissionais estejam devidamente capacitados para a tarefa de entrevistar. No caso do professor Lucas, ele foi pré-julgado e antecipar-se a um fato fazendo um pré-julgamento pode ser danoso, e muitas vezes traz consequências e traumas irreversíveis. Foi isolado do grupo de amigos. Esse grupo se reúne em uma das casas discutindo a segurança de seus filhos. Freud, em sua obra “Psicologia de grupo e a análise do ego” (1921/1969ª), discute algumas ideias sobre grupos a partir dos estudos de Le Bom. Ele utiliza o termo grupo como equivalente a massa e multidão. No grupo o indivíduotem um sentimento de poder invencível. Seus instintos são aflorados as vezes até de forma irresponsável. Além disso, há o fenômeno do contágio, que faz com que os sentimentos e atos sejam contagiosos quando o indivíduo está no grupo. Assim as massas tendem a se formar seguindo docilmente um líder, este vivenciando como figura paterna idealizada. E o que leva, tanto nos dias anteriores quanto no dia atuais a possível formação de um regime totalitário. A cultura também está muito presente nessa comunidade que tem a caça a animais, como um sustento e tradição, passando de geração para geração. Se tomada como uma caça excessiva, contribui fortemente para a ameaça e extinção de muitos animais, causando danos a natureza. Nos dias atuais, mesmo os praticantes e defensores da prática da Caça para fins esportivos, culturais ou tradicionais tendem a apoiar atitudes preservacionistas e de diminuição do dano à natureza que tal prática pode causar.
 
 
 
UNIVERSIDADE PAULISTA
 
 
 
 
 
CAMPUS NORTE
 
 
 
PSICOLOGIA COMUNITÁRIA
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO: Psicologia
 
 
 
 
 
PERÍODO: Noturno
 
 
 
 
TURMA: 
PS5P20
 
 
 
ALUNA: Solange P. Higa Scarmagnani R.A.: T641I
H7
 
 
 
PROFA
: Carolina T. Nakagawa Lanfranchi
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
–
 
2020
 
 UNIVERSIDADE PAULISTA 
 CAMPUS NORTE 
 PSICOLOGIA COMUNITÁRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CURSO: Psicologia 
 PERÍODO: Noturno 
 TURMA: PS5P20 
 ALUNA: Solange P. Higa Scarmagnani R.A.: T641IH7 
 PROFA: Carolina T. Nakagawa Lanfranchi 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 SÃO PAULO – 2020

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