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Exercício de Fixação do Filme Interativo 1

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Exercício de Fixação do Filme Interativo 1
Márcio sai desapontado e perplexo, sem saber, ao certo, o que fazer:
1. Trazer a questão na próxima reunião da equipe, expor o preconceito e descaso da coordenadora e falar com as colegas da equipe para pensarem juntos numa solução?
2. Não levar a questão adiante, tendo em vista o poder exercido por Felipa e, no máximo, Márcio tentar fazer uma denúncia anônima aos órgãos competentes?
Sabemos que cada caso é um caso, mas há vários elementos que permitem a reflexão sobre a violência estrutural, que extrapola o plano individual e relaciona-se com o contexto social mais amplo. Pode parecer estranho e improvável haver violência doméstica numa relação entre duas mulheres, mas algumas mulheres reproduzem comportamentos abusivos em uma relação. É complexo mesmo de entender, mas somos socializados (as) em uma cultura marcada pelo machismo, então as mulheres não estão ilesas de terem atitudes assim. 
Entendendo a complexidade da realidade, sabemos que as estratégias ora apresentadas são hipotéticas e têm o objetivo de proporcionar uma reflexão sobre possíveis encaminhamentos. Portanto, são ideias de situações que podem ocorrer, mas não resumem todas as possibilidades e desdobramentos.
Encaminhamento 1 - Clique aqui para vê-lo!
Encaminhamento 2 - Clique aqui para vê-lo!
Fonte: Camilo Cunha. 
 
Encaminhamento 1 - Reflexões e possibilidades de atuação:
Não cabe à política de Assistência Social assumir a atribuição de investigação sobre o caso de violência, cabe a essa o papel de proteção aos indivíduos e famílias, respeitando a heterogeneidade, potencialidades, valores, crenças e identidades das famílias. Não há a necessidade de uma denúncia formal para o CREAS atuar e é importante ressaltar que a adesão das famílias e indivíduos ao PAEFI é voluntária.
Assim, a postura preconceituosa da coordenadora do CREAS não condiz com a postura ética, de respeito à dignidade e à diversidade, e de não-discriminação a ser compartilhada por toda a equipe da unidade, especialmente pela líder da equipe. Partindo dessa compreensão, Márcio decide enfrentar a chefe e relata toda a situação durante a reunião. Suas colegas de equipe também partilham do entendimento que o caso relatado indica a ocorrência de diferentes violações de direitos, tanto em relação à Larissa quanto aos seus filhos, indicando a necessária intervenção da equipe do CREAS . Com Felipa pressionada pela equipe, decidem tomar as providências necessárias para a inclusão da família e seus membros no acompanhamento do PAEFI e demais serviços socioassistenciais, proporcionando a acolhida à família e visando contribuir para romper com o ciclo de violência e aumentar a proteção social da família de Larissa. Também é realizado o acesso de Larissa aos benefícios sociais a que tem direito, com vistas a apoiar na sua segurança de renda. A equipe do CREAS, tendo por base uma análise interseccional sobre o caso e considerando os sujeitos e suas demandas de maneira integral, além de pensar estratégias de intervenção adequadas às particularidades de Larissa e de seus filhos, também os encaminha para acesso a outras políticas públicas, acionando o Conselho Tutelar para garantir a proteção das crianças e apoiando Larissa na decisão sobre realizar denúncia na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, a partir da qual ela poderá ter acesso à assistência e às medidas protetivas de urgência cabíveis, previstas na Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006).  
Essas são algumas das possibilidades de atuação diante da situação apresentada.
Com base no conteúdo da Unidade 1 do curso e na sua experiência profissional no SUAS, você consegue pensar em outras possibilidades para enfrentar a situação de violações de direitos vivenciadas por Larissa e seus filhos?
E se Márcio tivesse escolhido “Não levar a questão adiante, tendo em vista o poder exercido por Felipa e, no máximo, tentar fazer uma denúncia anônima aos órgãos competentes”, quais seriam as possibilidades de atuação?
Reflita sobre essa situação, relendo novamente o caso e então verifique o outro encaminhamento. Reler o Caso - Clique aqui para vê-lo!
Clique aqui para voltar à página principal do curso.
Encaminhamento 2 - Reflexões e possibilidades de atuação:
Ao não levar a questão para a discussão da equipe do CREAS, tendo em vista o poder exercido por Felipa, Márcio decide fazer uma denúncia anônima aos órgãos competentes. Nesse caso, ele não estaria assumindo a questão de modo institucional e nem enfrentando o preconceito imposto por sua chefe. Nessa situação, o caso pode chegar para atendimento e acompanhamento do CREAS por encaminhamentos dos órgãos de justiça, porém, isso pode demorar mais tempo, e nesse intervalo é possível que o processo de desproteção da Larissa e de seus filhos se perpetue, algo que deve ser evitado. No entanto, é sabido que podem ter situações nas quais as(os) profissionais não terão nenhum apoio da coordenação do serviço ou unidade (como vemos nesse caso) e nem das(dos) demais colegas da equipe, visto que estes reproduzem discriminações e preconceitos. Então, podem ter situações em que o enfrentamento direto não seja algo possível e não contribua para assegurar a inclusão da família nos serviços socioassistenciais. Nesses casos, a opção de buscar encaminhar por outros meios que não pela institucionalidade do CREAS, ainda que não seja a ideal, pode ser a única possível em algumas situações. Diante desse cenário, além de buscar outros meios de encaminhar o caso de Larissa, Márcio poderia propor à equipe do CREAS a elaboração de uma agenda de grupos de estudos, rodas de conversa, cine debate, entre outros meios para conseguir inserir algumas reflexões e discussões cruciais para a atuação na perspectiva ética, de respeito às diversidades e comprometida com os direitos humanos. Além disso, poderia ainda buscar apoio junto à equipe do órgão gestor da Assistência Social, sinalizando sobre a necessidade de promover ou fomentar a participação em oficinas, capacitações, cursos, dentre outras ações de educação permanente, com temas sobre direitos humanos, ética profissional, diversidades, entre outros.
Estas são apenas algumas possibilidades diante da situação apresentada. Mas é fundamental ter em mente que, em todo caso, a atuação profissional deve ser orientada pelo compromisso com a garantia da proteção social pautada nos princípios e diretrizes da política de Assistência Social e na perspectiva dos direitos humanos, conforme apresentado na Unidade 1 desse curso.
Com base no conteúdo da Unidade 1 do curso e na sua experiência profissional no SUAS, você consegue pensar em outras possibilidades para qualificar a atuação da equipe, de modo a enfrentar a situação de violações de direitos vivenciadas por Larissa e seus filhos?
E se Márcio tivesse escolhido “Trazer a questão na próxima reunião da equipe, expor o preconceito e descaso da coordenadora e falar com as colegas da equipe para pensarem juntos numa solução”, quais seriam as possibilidades de atuação?
Reflita sobre essa situação, relendo novamente o caso e então verifique o outro encaminhamento. Reler o Caso - Clique aqui para vê-lo!

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