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Apostila Curso CTRMA - Fev 2013 - nova (1)

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DAC-BR – Consultoria, Assessoria e Treinamentos Aeronáuticos Ltda. 
Endereço: EQS 414/415, Bloco A, Sala 144 – Shopping Asa Sul 
Brasília – DF, CEP. 70297-400 
Tel.: 61-3522-1209 
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CTM X SRM: Você Sabe a Diferença? 
 Apesar de nossa legislação aeronáutica ser baseada nos FAR (Federal Aviation 
Regulations ou Regulamentos Federais de Aviação) editados pela FAA (Federal Aviation 
Administration) ela tem características particulares que, muitas vezes, geram erros de 
interpretação dos textos de nossos regulamentos. 
 Alguns RBHA/RBAC (Regulamentos Brasileiros de Homologação Aeronáutica/ 
de Aviação Civl) tiveram que ser adaptados para nossa realidade e, em alguns casos, as 
traduções mal realizadas geram dúvidas sobre as funções e responsabilidades de 
diversos profissionais quando funcionários de empresas de manutenção ou de 
operadores aéreos. Além disso, a formação inicial de nossos profissionais, no que diz 
respeito ao conhecimento de nossa regulamentação, sempre foi deficiente o que causa 
equívocos que até hoje encontramos nos registros de manutenção e liberação de 
aeronaves. Ainda necessitamos da emissão de mais IAC / IS (Instruções de Aviação Civil/ 
de Serviço) que venham corrigir e esclarecer alguns pontos contraditórios, principalmente 
quanto ao treinamento e funções de certos profissionais de manutenção. 
 Dentre estes equívocos cometidos por operadores ou empresas de manutenção 
estão a incorreta avaliação sobre a responsabilidade pelo controle de manutenção e a 
responsabilidade pela liberação de uma aeronave em condições aeronavegáveis que 
geram debates intermináveis e que tentarei esclarecer neste artigo. 
 Conforme descrito no RBHA 91 e RBAC 121 e 135, no que diz respeito à 
conservação e manutenção, o responsável primário pela aeronavegabilidade de uma 
aeronave é seu proprietário/operador: 
91.403.(a): “O proprietário ou o operador de uma aeronave é primariamente o 
responsável pela conservação dessa aeronave em condições aeronavegáveis, incluindo o 
atendimento ao RBHA 39, subparágrafo 39.13(b)(1) (informação de defeitos à ANAC)”. 
135.413 (a): “Cada detentor de certificado é primariamente responsável pela 
aeronavegabilidade de suas aeronaves, incluindo células, motores, hélices, rotores, 
equipamentos e partes, deve manter suas aeronaves de acordo com este regulamento e 
deve reparar os defeitos ocorridos entre as inspeções requeridas pelo RBHA 43, ou 
RBAC que venha a substituí-lo”. 
121.363(a): “Cada detentor de certificado é o responsável primário pela: 
(1) aeronavegabilidade de seus aviões, incluindo células, motores, hélices, equipamentos 
e partes dos mesmos; e 
(2) execução da manutenção, manutenção preventiva, modificações e reparos em seus 
aviões, incluindo células, motores, hélices, equipamentos normais e de emergência e 
partes dos mesmos, de acordo com o seu manual e com as normas dos RBAC.” 
 Isto significa que quando a aeronave é operada conforme o RBHA 91, ou o 
RBAC 121 ou 135, o operador é obrigado a realizar o controle da manutenção 
programada e corretiva o que, em outras palavras, significa que o operador tem que 
conhecer o programa de manutenção da aeronave o qual engloba: 
• Tarefas de inspeções; 
• Controle de componentes com vida limite, inspeções e revisões programadas; 
• Cumprimento de diretrizes de aeronavegabilidade e boletins de serviço de cumprimento 
compulsório. 
 No caso de uma empresa de transporte aéreo (RBAC 121 ou 135), os requisitos 
do RBAC 119 já prevêem a obrigatoriedade de contratação de um funcionário que irá 
responder pelo Controle Técnico de Manutenção (CTM) da empresa e que fará o controle 
 
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da manutenção programada de cada aeronave, porém, para o operador que voa 
conforme o RBHA 91 não há obrigatoriedade de contratar profissional de manutenção 
como seu funcionário, entretanto, isto não o exime de sua responsabilidade conforme 
definido no RBHA 91.403.(a). Toda vez que algum item de uma aeronave fizer parte da 
manutenção programada, o operador é quem deverá saber qual a data, as horas totais ou 
ciclos totais que determinarão o deslocamento da aeronave para uma oficina para se 
efetuar as tarefas de manutenção que estiverem vencidas. NENHUMA OFICINA TEM A 
OBRIGAÇÃO DE AVISAR QUALQUER OPERADOR SOBRE O VENCIMENTO DE 
ITENS DE MANUTENÇÃO PROGRAMADA DE SUA AERONAVE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! 
 Somente durante a realização de uma IAM (Inspeção Anual de Manutenção), a 
oficina é obrigada a fazer o levantamento do histórico de manutenção de uma aeronave 
para confirmar se ela cumpre todos os requisitos da regulamentação. Após a conclusão 
da IAM novamente é o operador que assume o controle da manutenção de sua(s) 
aeronave(s). 
 Finalizadas as tarefas de manutenção e o fechamento da ordem de serviço, 
toda a cópia da documentação gerada deverá ser arquivada na Seção de Registro de 
Manutenção (SRM) que deverá ter pastas individuais da documentação das aeronaves 
mantidas pela oficina. 
 Em uma oficina homologada conforme o RBHA 145 o inspetor designado para a 
ordem de serviço é o profissional responsável por atualizar o programa de manutenção de 
uma aeronave durante uma IAM e também por verificar novas diretrizes de 
aeronavegabilidade emitidas ou se as publicações técnicas e fichas de inspeção, que 
estão sendo usadas pela equipe, estão atualizadas conforme a lista de revisões de 
publicações de cada fabricante. 
 É muito importante que os inspetores saibam que a responsabilidade legal pela 
qualidade do serviço executado em uma aeronave é totalmente deles. Nenhum 
funcionário de uma seção de SRM tem qualquer responsabilidade legal caso algum item 
de manutenção programada vencido não seja incluído na ordem de serviço durante uma 
IAM. Por isso, é dever do inspetor conhecer os capítulos 4 e 5 dos manuais de 
manutenção das aeronaves e nossa legislação aeronáutica e verificar se o programa de 
manutenção da aeronave está sendo corretamente atualizado pela empresa onde ele 
exerce a função de inspetor designado. Lembrem-se que: conforme descrito no RBHA 43 
o inspetor é o responsável pelo retorno ao serviço de uma aeronave e, no caso de uma 
IAM, isto significa confirmar que a aeronave está cumprindo todos os requisitos de 
aeronavegabilidade. Quanto à documentação gerada após a realização das tarefas de 
manutenção são os nomes e assinaturas do mecânico e do inspetor que estarão 
registrados nas fichas de inspeção, ordens de serviço e nos registros de cadernetas, 
portanto, não há vínculo do pessoal da Seção de Registro de Manutenção (SRM) com a 
qualidade do serviço executado ou erros em registros na documentação da aeronave. 
 No caso de proprietários/operadores que possuem programas de manutenção 
ou de inspeções aprovados a oficina deverá solicitar os manuais dos operadores que 
trazem as instruções para realização destas tarefas de manutenção. É responsabilidade 
do operador verificar se a oficina cumpriu corretamente os requisitos de seu programa de 
manutenção (RBHA 91.405.(b)). 
Resumindo: O planejamento da manutenção e a guarda permanente da documentação 
de sua frota é dever do operador tendo este um departamento de CTM ou não (RBHA 91, 
RBAC 121 e 135), enquanto que a função da oficina é executar as tarefas de manutenção 
programadas ou corretivas solicitadas pelo operador e manter registros de manutenção 
das aeronaves de seus clientes em sua Seção de Registro de Manutenção (RBHA 145) 
pelo período definido em nossa legislação. 
 
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DEFINIÇÕES E CONCEITOSBÁSICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DEFINIÇÕES E CONCEITOS BÁSICOS 
1 - DEFINIÇÕES 
Adequadamente instrumentada e equipada – significa possuir TODOS os instrumentos 
e equipamentos requeridos, tanto pelos regulamentos de homologação quanto pelos de 
operação (RBHA/RBAC 91, 121, 133, 135, 137...), instalados, operantes e em 
conformidade com o projeto de tipo aprovado. 
Aeronave – todo aparelho manobrável em vôo, que possa sustentar-se e circular no 
espaço aéreo, mediante reações aerodinâmicas, apto a transportar pessoas ou coisas. É 
um bem móvel registrável para efeito de nacionalidade, matrícula, aeronavegabilidade e 
propriedade. 
Aeronave civil – significa uma aeronave que não se enquadra na definição de aeronave 
militar. 
Aeronave de asa fixa – mais pesada que o ar, propelida a motor e que é sustentada no 
ar pela reação dinâmica do ar contra suas superfícies de sustentação que permanecem 
fixas sob determinadas condições de vôo. Ex.: avião, planador. 
Aeronave de asa rotativa – significa uma aeronave mais pesada que o ar que depende 
principalmente da sustentação gerada por um ou mais rotores para manter-se no ar. Ex.: 
helicóptero. 
Aeronave de categoria primária – significa uma aeronave homologada segundo os 
requisitos de aeronavegabilidade estabelecidos pelo parágrafo 21.17(f) do RBAC 21 
devendo ter as características especificadas no parágrafo 21.24(a) (1) do mesmo RBAC. 
Aeronavegável – a compreensão clara do termo aeronavegável é importante para os 
trabalhos de certificação de aeronavegabilidade. De acordo com o RBAC 21.183(a), (b) e 
(c), duas condições são necessárias para a emissão de um certificado de 
aeronavegabilidade: 
i) A aeronave deve estar em conformidade com seu projeto de tipo. A conformidade 
com o projeto de tipo é considerada atingida quando a configuração da aeronave e 
os componentes nela instalados estiverem consistentes com os desenhos, 
especificações e outros dados que fazem parte do projeto de tipo aprovado. 
ii) A aeronave deve estar em condição de operação segura. Isto significa à 
condição da aeronave relativa ao uso e deterioração, como por exemplo, corrosão 
 
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do revestimento, rachadura e descolamento das janelas, vazamento de fluidos, 
desgaste de pneus, etc. 
NOTA: Se uma ou ambas as condições não são cumpridas, a aeronave pode ser 
considerada não aeronavegável. A aeronave, para a qual o projeto de tipo não está 
aprovado, deve cumprir o estabelecido no item (2) acima. 
Adendo ao Certificado de Homologação de Empresa – documento vinculado ao 
Certificado de Homologação de Empresa, contendo os tipos e as limitações dos serviços 
que a empresa está autorizada a executar, ou seja, especifica os produtos aeronáuticos 
nos quais o detentor do Certificado está autorizado a realizar serviços de manutenção 
aeronáutica, assim como, apresenta as limitações desses serviços, conforme aplicável. 
Auditoria – exame sistemático, realizado por inspetor do SEGVÔO, para determinar se 
as atividades desenvolvidas por uma empresa aérea ou por uma empresa de manutenção 
estão de acordo com os requisitos aplicáveis dos RBHA/RBAC e IAC/IS, se estas foram 
efetivamente implementadas e se são adequadas. 
Boletim de serviço – documento emitido pelo fabricante do produto aeronáutico 
(aeronave, motor, equipamento e componente), com o objetivo de corrigir falha ou mau 
funcionamento deste produto ou nele introduzir modificações e/ou aperfeiçoamentos, ou 
ainda visando à implantação de ação de manutenção ou manutenção preventiva aditiva 
àquelas previstas no programa de manutenção básico do fabricante. 
 Um BS, mesmo classificado como "mandatório" pelo fabricante, somente terá 
caráter mandatório quando a ANAC ou a autoridade aeronáutica do país de origem do 
produto aeronáutico emitir uma Diretriz de Aeronavegabilidade ou estabelecer no próprio 
Boletim de Serviço o seu caráter mandatório, ou quando incorporado por referência 
através de outro documento mandatório. 
Categoria – o termo categoria, quando usado com relação à certificação de tipo de 
aeronaves, significa o agrupamento de aeronaves, segundo o emprego previsto ou suas 
limitações operacionais. Exemplo: categoria normal, utilidade, acrobática e transporte. 
 O termo categoria, quando empregado em relação à emissão de certificado de 
matrícula, significa um agrupamento de aeronaves relacionado com a atividade comercial 
pretendida. Estas categorias estão discriminadas na Seção 47.63 do RBHA 47. 
Certificado de Empresa de Transporte Aéreo (Certificado ETA) – documento emitido 
com base no art. 70 do CBA e no parágrafo 119.5(a) do RBHA 119 que concede à 
empresa de manutenção a prerrogativa legal para prestar serviços de manutenção, 
 
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manutenção preventiva, recondicionamento, modificação ou reparo em produtos 
aeronáuticos. 
Certificado de Homologação de Empresa (CHE) – documento emitido com base no art. 
70 do CBA e no parágrafo 145.11(b) do RBHA 145 que concede à empresa de 
manutenção a prerrogativa legal para prestar serviços de manutenção, manutenção 
preventiva, recondicionamento, modificação ou reparo em produtos aeronáuticos. 
Chefe/Diretor de manutenção – é o funcionário, elemento qualificado e habilitado, 
contratado para ser o responsável, frente à autoridade Aeronáutica e demais autoridades, 
quanto à manutenção das aeronaves da(s) empresa(s) de transporte aéreo público. 
Componente – materiais processados, peças e conjuntos que constituem parte 
integrante de uma aeronave, motor de aeronave ou hélice, que sejam empregados em 
sua fabricação; dispositivos, bem como os acessórios instalados, cuja falha ou 
funcionamento incorreto possa afetar a segurança do vôo e/ou dos ocupantes da mesma. 
Componente Crítico ou controlado – aquele que possui limite de utilização para 
revisão, substituição, teste e/ou calibração previstos no programa de manutenção do 
fabricante. Estes limites podem ser estipulados em horas de utilização, número de pousos 
ou de ciclos, tempo calendárico, métodos estatísticos de controle ou quaisquer outros 
métodos de controle pré-definidos e aprovados; podem ser propostos pelos fabricantes 
(inicialmente e de forma conservativa) ou pelos operadores (em função de suas 
operações específicas), com a necessária aprovação e o acompanhamento da autoridade 
de aviação civil. 
Dado técnico – informação que suporta e/ou descreve a modificação ou reparo, podendo 
ser classificados em dados técnicos aceitáveis e; ou aprovados, incluindo o seguinte: 
- Desenhos, esquemas, e/ou fotografias; 
- Análise de tensões; 
- Boletins de Serviço; 
- Ordens de Engenharia; e 
- Limitações de operação. 
Declaração de Estação de Aeronave – documento no qual o proprietário ou o operador 
da aeronave declara, para fins de licenciamento junto ao órgão competente do 
Ministério das Comunicações, os equipamentos de radiocomunicação instalados em 
sua aeronave. 
 
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Declaração de Inspeção Anual de Manutenção – DIAM – documento no qual o 
responsável técnico e o proprietário da empresa homologada, ou pessoa por ele 
delegada, constante em contrato social, conjuntamente declaram e atestam a realização 
da IAM junto à ANAC da sua área. 
Declaração de Inspeção Anual de Manutenção Eletrônica – E-DIAM – documento no 
qual o responsável técnico e o proprietário da empresa homologada, ou pessoa por ele 
delegada, constante em contrato social, conjuntamente declaram e atestam a realização 
da IAM junto à ANAC da sua área. 
Diretriz de Aeronavegabilidade – DA – informação de aeronavegabilidade continuada 
de caráter mandatório emitida pelaautoridade de aviação civil como emenda ao RBAC 
39 e que estabelece, como apropriado, inspeções, modificações, instruções e limitações 
aplicáveis a produtos aeronáuticos, quando existir uma condição insegura em um produto 
e essa condição tiver probabilidade de existir ou se desenvolver em outros produtos de 
mesmo projeto de tipo, de modo a eliminar essa condição (RBAC 39 - Diretrizes de 
Aeronavegabilidade). 
Elo executivo – sistema de Segurança de Vôo (SEGVÔO), conforme estabelecido no 
RBHA 01, é uma organização constituída pelo Órgão Central (ANAC) e por outros órgãos 
e elementos designados como Elos Executivos. São Elos Executivos do SEGVÔO: As 
Superintendências da ANAC (SSA, SSO, SAR, SIE, SAF, SRI e SEP), as Divisões de 
Aeronavegabilidade (DAR), a Gerência Geral de Certificação de Produtos Aeronáuticos 
(GGCP) e o Centro de Medicina Aeroespacial (CEMAL). 
Estrutura primária – conjunto dos elementos estruturais de uma aeronave que garante a 
rigidez de sua forma e a integridade de sua estrutura, quando submetida aos esforços 
máximos para que foi projetada. A falha de um desses elementos, por quaisquer motivos, 
pode comprometer uma (ou ambas) dessas características, colocando em risco a 
operação da aeronave. 
Ficha de Cumprimento de Diretriz de Aeronavegabilidade – (FCDA) – formato 
aceitável de registro de cumprimento ou da não aplicabilidade de uma Diretriz de 
Aeronavegabilidade prevista para uma aeronave, motor, hélice ou qualquer outro 
componente. 
Ficha de Inspeção Anual de Manutenção – FIAM – documento no qual o responsável 
técnico da empresa homologada registra os serviços realizados durante a IAM. 
Ficha de Instrumentos e Equipamentos de Vôo – FIEV – documento no qual o Inspetor 
de Aviação Civil – INSPAC, o Representante Credenciado ou a Empresa Certificada 
 
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relaciona os instrumentos e os equipamentos de vôo instalados na aeronave no ato da 
Vistoria Técnica Inicial – VTI, da Vistoria Técnica Especial – VTE ou da Inspeção Anual de 
Manutenção – IAM. 
Grande aeronave – significa uma aeronave com peso máximo de decolagem aprovado 
superior a 5.670 kg (12.500 lb). 
Grande modificação – significa uma modificação não listada na especificação técnica 
aprovada da aeronave, motor ou hélice e que: 
- Possa afetar substancialmente o peso, balanceamento, resistência estrutural, 
características de vôo e de manobrabilidade ou qualquer outra característica ligada 
a aeronavegabilidade; ou 
- Não possa ser executada de acordo com práticas aceitáveis e usuais ou que não 
possa ser executada usando operações elementares. 
Grande reparo – um reparo significa: 
- Que se feito inadequadamente pode afetar substancialmente peso, 
balanceamento, resistência estrutural, desempenho, operação do grupo moto-
propulsor, características de vôo ou qualquer outra característica ligada a 
aeronavegabilidade; ou 
- Que não possa ser feito usando práticas aceitáveis e usuais ou que não possa ser 
executado usando operações elementares. 
Grupo motopropulsor – conjunto constituído por um ou mais motores (convencional ou à 
reação), hélices, sistemas (combustível, lubrificação, etc.) e acessórios (caixas-de-
redução, tomadas-de-força, etc.). 
Homologação: 
1) referindo-se a produtos aeronáuticos, significa a confirmação, devidamente 
certificada pela autoridade competente, de que o produto está em conformidade 
com os requisitos aplicáveis estabelecidos pela referida autoridade; ou 
2) referindo-se a empresas, significa o reconhecimento, devidamente certificado 
pela autoridade competente, de que a empresa tem capacidade para executar os 
serviços e operações a que se propõe, de acordo com os requisitos aplicáveis 
estabelecidos pela referida autoridade. 
Inspetor – é um mecânico de manutenção aeronáutica (MMA), detentor de um Certificado 
de Habilitação Técnica (CHT), em Célula ou em Grupo Motopropulsor ou em Aviônicos, 
 
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com experiência comprovada de mais de 4 (quatro) anos, após a emissão da Licença, de 
acordo com o estabelecido no RBHA 65, e que, como tal, foi designado pelo responsável 
pela qualidade dos serviços em uma empresa de manutenção, visando aprovação para o 
retorno ao serviço de produtos aeronáuticos de acordo com o que requer o parágrafo 
43.7(b) do RBHA 43. 
Inspetor Chefe – mesmo que responsável pela qualidade dos serviços, de acordo com a 
terminologia usada no parágrafo 145.40(f) do RBHA 145. Não deve ser confundido com o 
responsável pelo setor de inspeção da empresa (Chefe dos Inspetores) ou com o 
responsável pelo setor de qualidade da empresa, conforme aplicável. 
Inspetor de Aviação Civil – INSPAC – agente público designado pela ANAC para 
executar a fiscalização e o apoio à aviação civil. Para os objetivos deste curso e de 
acordo com o MPR-100, entende-se como INSPAC os INSPAC 
AERONAVEGABILIDADE, os quais têm sua formação e designação definida em ato 
normativo específico. 
Inspeção Anual de Manutenção – IAM – inspeção em que se procura atestar as 
condições de aeronavegabilidade das aeronaves, seus componentes e equipamentos, 
conforme definido no parágrafo 91.409(a) do RBHA 91, no apêndice D do RBHA 43. 
Limitações de Aeronavegabilidade – Uma seção das Instruções para 
Aeronavegabilidade Continuada que contém cada momento de substituição, intervalo de 
inspeção estrutural e tarefa de inspeção estrutural relacionada obrigatórios [normalmente 
estão inseridos nos Manuais de Manutenção das aeronaves Capítulo 4 (ATA 100). Esta 
seção pode também ser usada para definir um limite para as inspeções relacionadas a 
fadiga, e a necessidade de controlar a corrosão no Nível 1 ou melhor. As informações 
contidas na seção de Limitações de Aeronavegabilidade podem ser modificadas, para 
refletirem a experiência de serviço e/ou teste, ou novos métodos de exame. 
 Os tempos de substituição obrigatórios para peças de duração de segurança 
estrutural estão incluídos nas Limitações de Aeronavegabilidade, exigidas pelas 
autoridades normativas como parte das Instruções para Aeronavegabilidade Permanente. 
Alguns dos itens que requerem inspeções relacionadas a fadiga podem também ser 
incluídos, bem como tarefas específicas do Programa de Prevenção e Controle de 
Corrosão (CPCP - Corrosion Prevention and Control Program) que posteriormente 
garantem inclusão, com base na experiência em serviço das operadoras . 
 
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Manutenção – significa qualquer atividade de inspeção, revisão, reparo, limpeza, 
conservação ou substituição de partes de uma aeronave e seus componentes, mas exclui 
a manutenção preventiva. 
Manutenção de linha – é qualquer manutenção de baixa complexidade realizada antes 
do vôo para assegurar que a aeronave está aeronavegável. A manutenção de linha inclui: 
(a) Pesquisa de pane; 
(b) Correção de defeitos de baixa complexidade; 
(c) Troca de componentes LRU; 
(d) Manutenção programada e/ou cheques que incluam inspeções visuais com o 
intuito de detectar discrepâncias/condições insatisfatórias óbvias e que não 
requeiram inspeções detalhadas extensas. Normalmente, são inspeções de pré-
vôo, diárias, semanais, e inspeções tradicionalmente conhecidas como cheque A 
(básico) para grandes aeronaves. Para aeronaves de pequeno porte, deve ser 
considerado que uma inspeção de 100 horas pode ser a mais abrangente das 
inspeções daquele modelo de aeronave e, portanto, não pode ser considerada 
manutenção de linha. 
Manutenção de base – é toda manutenção não enquadrada como manutenção de linha. 
Manutenção em dia – significa que a aeronave, seus motores, hélices e demais 
equipamentos vêm sofrendo inspeção e manutenção periódicas, conforme plano 
aprovado (ou aceito) pela ANAC. E ainda, que as panes de instrumentos e equipamentos 
encontram-se “administradas”, também conforme procedimentos aprovados(ou aceitos) 
pela autoridade aeronáutica. Já durante a homologação do projeto de tipo são avaliadas 
as ações de manutenção as quais um determinado modelo de aeronave, motor, hélice ou 
componente estará submetido, bem como são definidos aqueles componentes que 
podem estar inoperantes, sem comprometimento da aeronavegabilidade (Master 
Minimum Equipament List ). 
Manutenção preventiva – significa uma operação de preservação simples e de pequena 
monta, assim como a substituição de pequenas partes padronizadas que não envolvam 
operações complexas de montagem e desmontagem. 
Mecânico Chefe – profissional, requerido pela seção 145.40 do RBHA 145, que será o 
responsável pelo setor de execução de manutenção da empresa. 
Modificação – significa qualquer alteração levada a efeito em aeronaves e seus 
componentes. 
 
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Motor aeronáutico – significa um motor que é usado ou que se pretende usar para 
propelir uma aeronave. Inclui turbo-alimentadores, dispositivos e controles necessários ao 
seu funcionamento, mas exclui hélices e rotores. A menos que explicitado diferentemente 
no texto, o motor aeronáutico é referido nos RBHA/RBAC apenas como "motor". Existem 
dois tipos básicos de motor aeronáutico: convencional e a turbina. 
Motor convencional – significa um motor aeronáutico no qual pistões, que se movem 
dentro de cilindros, acionam um eixo de manivelas que, diretamente ou através de uma 
caixa de redução, aciona uma hélice (aviões) ou um rotor (aeronave de asas rotativas). 
Motor a turbina – significa um motor aeronáutico cujo funcionamento se dá através de 
uma turbina a gases. Os motores a turbina dividem-se, basicamente, em três diferentes 
tipos: 
i) motor turboélice é um motor projetado para acionar uma hélice responsável pela 
propulsão do avião; a participação dos gases de escapamento nessa propulsão, 
quando existe, é meramente residual; 
ii) motor turboeixo é um motor projetado para acionar o rotor de uma aeronave de 
asas rotativas; os gases de escapamento não têm nenhuma participação no 
processo; e 
iii) motor a reação ou motor turbojato é um motor projetado para aviões que, pela 
aplicação das Leis de Newton (ação e reação) utiliza os gases de escapamento 
para propulsionar o avião. Os motores denominados turbofan, qualquer que seja a 
razão de diluição dos mesmos, são motores a reação pois a participação do fan na 
propulsão, agindo como uma hélice, é pequena se comparada com o empuxo do 
motor. 
Não-aeronavegável – aeronave que deixa de atender aos requisitos de 
aeronavegabilidade. 
Não-conformidade – não atendimento de um requisito específico da legislação 
aeronáutica em vigor, ou ainda de um requisito técnico estabelecido em manual ou 
documento técnico, conforme aplicável, para os objetivos de vistoria de aeronave. 
Notificação de Condição Irregular de Aeronave – NCIA – documento pelo qual o 
INSPAC, face à legislação vigente, notifica o proprietário, o operador da aeronave ou o 
seu representante legal, da sua responsabilidade por irregularidade constatada. 
 
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Notificação de Proposta de Regra – NPR – documento elaborado por uma autoridade 
aeronáutica na busca de sugestões e de comentários entre os diversos setores 
envolvidos numa possível futura regulamentação (RBAC 11). 
País de origem (State of Design) – país da organização responsável pelo projeto de tipo 
do produto aeronáutico (Anexo 8 da OACI). 
País exportador – país, segundo o qual uma aeronave possuía marcas de nacionalidade 
antes de receber reserva de marcas brasileiras e também significa um país, segundo o 
qual um produto aeronáutico operou e/ou tenha passado por serviços de manutenção, 
manutenção preventiva, recondicionamento, modificação ou reparo de acordo com as 
regras do mesmo. 
Pequena aeronave – significa uma aeronave com peso máximo de decolagem aprovado 
igual ou inferior a 5670 kg (12.500 lb). 
Pequena modificação – significa uma modificação que não se enquadra na definição de 
grande modificação. 
Pequeno reparo – significa um reparo que não se enquadra na definição de grande 
reparo. 
Produto aeronáutico – significa uma aeronave, um motor ou uma hélice, assim como 
componentes e partes dos mesmos. Inclui ainda qualquer instrumento, mecanismo, peça, 
aparelho, pertence, acessório e equipamento de comunicação, desde que sejam usados 
ou que se pretenda usar na operação e no controle de uma aeronave em vôo, que sejam 
instalados ou fixados à aeronave e que não sejam parte de uma aeronave, um motor ou 
uma hélice. Inclui, finalmente, materiais e processos usados na fabricação de todos os 
itens acima. 
Produto aeronáutico classe I – é uma aeronave, motor ou hélice completos. 
Produto aeronáutico classe II – é um componente maior de um produto Classe I, cuja 
falha pode prejudicar a segurança do produto Classe I. Ex: asas, fuselagens, conjuntos de 
empenagens, trem de pouso, transmissões de potência, superfícies de comando, etc. 
Produto aeronáutico classe III – é qualquer peça ou componente não enquadrado como 
produto Classe I ou II e inclui peças padronizadas como as peças “Army/Navy 
Specification (NA)", “National Aerospace Standard (NAS)", “Society of Automotive Engines 
(SAE)“, “Military Specification (MIL)”, etc. 
 
CCTTRRMMAA –– EEDDIIÇÇÃÃOO FFEEVV 22001133 Página 16 
Produtos aeronáuticos isentos – os produtos aeronáuticos que já tenham recebido um 
registro brasileiro antes de 19 de dezembro de 1986, inclusive, poderão ser considerados 
isentos de homologação brasileira – RBAC 21.29(d). 
Programa de manutenção – PM – documento que descreve as tarefas específicas de 
manutenção programada e suas freqüências de realização e procedimentos relacionados, 
assim como um programa de confiabilidade necessário para a operação segura das 
aeronaves às quais se aplica. 
Projeto de Tipo Aprovado – significa que a aeronave teve seu projeto avaliado 
(ANAC/SAR/GGCP) e considerado em conformidade com os requisitos de homologação 
(RBAC 21, 23, 25, 27, 29...) - nesta fase são definidos quais instrumentos e equipamentos 
são mínimos. 
Publicações técnicas – documentos emitidos pela organização responsável pelo projeto 
de tipo de um produto aeronáutico com o objetivo de manter a aeronavegabilidade 
continuada desse produto dentro dos padrões exigidos pela autoridade aeronáutica 
competente, garantindo a segurança de vôo. 
Recondicionamento – certificar que uma célula, motor, hélice, rotor, equipamento ou 
parte componente foi recondicionada, significa que a mesma foi desmontada, limpa, 
inspecionada, reparada como necessário, remontada e testada para as mesmas 
tolerâncias e limites de um item novo, usando componentes novos ou usados que 
atendam às tolerâncias e limites de partes novas ou que possuam dimensões submedidas 
ou sobremedidas aprovadas. Um motor que tenha sofrido recondicionamento pode, em 
casos especiais, perder sua identidade anterior (número de série, histórico etc.) (RBHA 
43.2(b)). 
Registro primário de manutenção – de acordo com a seção 43.9 do RBHA 43, os 
registros de manutenção de um produto aeronáutico devem conter a descrição dos 
serviços executados (ou referência a dados aceitáveis pela autoridade competente). 
Desta forma, constituem registros primários de manutenção aqueles que apresentam a 
descrição do serviço realizado, como por exemplo, Cadernetas de célula, motores e 
hélices, Ordens de Serviços, Fichas de Cumprimento de Diretriz de Aeronavegabilidade 
(FCDA), Formulários SEGVÔO 001 e SEGVÔO 003, etc. 
Registro secundário de manutenção – de acordo com as seções 91.417, 135.439 e 
121.380 do RBHA 91 e RBAC 135 e 121 respectivamente, os registros de manutenção de 
um produto aeronáutico devem conter a situação corrente das partes com tempo de vida 
limitado, tempo desde a última revisão geral de cada item sujeito a revisão instalado emCCTTRRMMAA –– EEDDIIÇÇÃÃOO FFEEVV 22001133 Página 17 
aeronave, identificação da presente situação de inspeções da aeronave e a situação 
corrente das aplicáveis diretrizes de aeronavegabilidade (DA), e se a diretriz de 
aeronavegabilidade envolver ações periódicas, o tempo e data da próxima ação 
requerida. Desta forma, constituem registros secundários de manutenção aqueles que 
apresentem tais informações, como por exemplo, uma ficha de situação de componentes 
controlados instalados em uma aeronave ou uma ficha de situação de cumprimento de 
diretrizes de aeronavegabilidade. Os registros secundários devem ser rastreáveis aos 
registros primários. 
Relação Anexa ao Adendo ao CHE – documento que complementa o Adendo ao CHE, 
proposto e emitido pela empresa de manutenção e aceito e autenticado pelo Elo 
Executivo do SEGVÔO que é responsável pela supervisão da empresa. A emissão e a 
autenticação da Relação Anexa do Adendo ao CHE decorrem do elevado número que 
componentes aeronáuticos que são reparados/revisados pela empresa e da dificuldade 
de incluir-se todos esses itens diretamente no Adendo ao CHE. 
Reparo – significa a restituição de uma aeronave e/ou de seus componentes à situação 
aeronavegável, após a eliminação de defeitos ou danos, inclusive os causados por 
acidentes/incidentes. 
Responsável pela Qualidade dos Serviços (RPQS) / Responsável Técnico (RT) – 
profissional que atende as qualificações requeridas na seção 145.40 do RBHA 145, 
conforme os padrões e as classes de homologação da empresa e que será o responsável 
técnico final por todos os serviços prestados pela empresa segundo o RBHA 145 e o 
RBHA 43. 
Resumo da(s) Não Conformidade(s) – RNC – documento pelo qual um INSPAC 
AERONAVEGABILIDADE, após atividade de auditoria em empresa de transporte aéreo, 
de manutenção ou vistoria de aeronave, apresenta ao proprietário, operador ou 
representante legal, em caráter informal, as não conformidades detectadas. 
Seção de Consulta Técnica – escritório apropriado para recebimento, classificação, 
arquivamento e consulta da documentação técnica relacionada aos serviços de 
manutenção para os quais a empresa está homologada. Quando necessário deve estar 
disponível equipamentos adequados para leitura e impressão de informações contidas em 
meios eletrônicos ou microfilmados. Em algumas IAC / IS, essa Seção é também referida 
como Biblioteca Técnica. 
 
CCTTRRMMAA –– EEDDIIÇÇÃÃOO FFEEVV 22001133 Página 18 
Segurança de vôo – é o conjunto de atividades visando garantir a segurança das 
operações aéreas, incluindo o estabelecimento de normas, procedimentos e padrões 
mínimos para: 
1) projeto, construção, desempenho, inspeção, manutenção e reparos de 
aeronaves, motores, hélices e componentes dos mesmos; 
2) operação de aeronaves; 
3) formação, treinamento e controle de qualificação e da saúde de tripulantes e de 
pessoal de terra envolvido na operação e no apoio das atividades aéreas; 
4) projeto, construção, manutenção e operação de infra-estrutura aeroportuária; e 
5) serviços de tráfego aéreo e proteção ao vôo. 
TBO (Time Between Overhaul) – é o tempo máximo entre revisões gerais definido nos 
respectivos programas de manutenção. Ex.: TBO de 1800 horas dos motores Continental. 
TSO (Time Since Overhaul) – é o tempo de operação desde a última revisão geral 
realizada. 
TSLI (Time Since Last Inspection) – é o tempo de operação desde a última inspeção 
realizada. 
Teste em vôo [flight test] – significa o teste em vôo realizado para verificar as reais 
condições de aeronavegabilidade da aeronave, de acordo com o estabelecido no Manual 
de Operação ou em outro manual, conforme aplicável para o modelo da aeronave. A 
realização desse teste deverá ocorrer antes da realização de Vistoria Técnica Inicial ou 
antes de Vistoria Técnica Especial para renovação ou obtenção de novo Certificado de 
Aeronavegabilidade, após vencimento ou cancelamento do anterior. A responsabilidade 
pela realização do teste em vôo é do operador da aeronave, podendo, se assim julgar 
necessário, solicitar auxílio de empresas homologadas segundo o RBHA 145 para o 
acompanhamento e assessoramento quanto aos testes necessários. 
Tipo – referindo-se a: 
1) certificados, habilitações, prerrogativas e limitações de pessoas, significa um 
específico tipo e modelo básico de aeronave, incluindo modificações que não 
alterem as características de vôo e de manobrabilidade. Exemplos: DC-7, 1049, F-
27 etc.; 
 
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2) certificados de homologação de aeronaves, significa aquelas aeronaves que são 
similares em projetos. Exemplos: DC-7 e DC-7C; 1049 G e 1049 H; F-27 e F-27F; 
etc.; 
3) certificados de homologação de motores aeronáuticos, significa aqueles motores 
que são similares em projeto. Exemplo: JT8D e JT8D-7; JT9D-3A e JT9D-9; etc. 
Vistoria – auditoria técnica através da qual a autoridade competente, ou alguém por ela 
credenciado especificamente para tal fim, procura constatar as condições de 
conservação, aeronavegabilidade e operação das aeronaves, de seus componentes e 
equipamentos, segundo as determinações da ANAC e, ainda, se estão em ordem e em 
dia os documentos técnicos e legais pertinentes. 
2 - PROCESSOS DE MANUTENÇÃO 
2.1 - Hard time (HT) 
 Este tipo de processo de manutenção é aplicado quando o item é programado 
para “overhaul” – Revisão geral, ou seja, o item é removido da aeronave e revisado antes 
de exceder o tempo ou intervalo especificado (TBO-time between overhaul – tempo entre 
revisões gerais). É também um processo de manutenção preventiva. 
 Após a revisão geral o produto aeronáutico item é “zerado”, recebendo uma 
nova vida, ou seja, fica disponível para mais um ciclo de TBO (horas após revisão 
geral/TBO). 
 Itens não sujeitos a desgastes, corrosão ou outras deteriorações não devem 
utilizar este tipo de programa. 
 O controle adequado por HT-TBO elimina ou reduz drasticamente falhas devido 
a desgastes, porém não elimina falhas aleatórias, falhas por sobrecarga e falhas devido a 
má manutenção ou má utilização. 
 Deve ser usado para controlar os períodos de revisão geral dos itens que, em 
caso de falha, comprometem a segurança de vôo e itens que se deterioram com o uso, 
mas não é possível uma verificação “on condition”. 
 O TLV (Tempo Limite de Vida) de um item é o tempo máximo de operação 
permitido (normalmente pelo fabricante) para um item, após o qual o mesmo é descartado 
para o uso. Após TLV o item deve ser destruído, isto é, não é aplicável a revisão geral 
deste item em tal condição. 
 
CCTTRRMMAA –– EEDDIIÇÇÃÃOO FFEEVV 22001133 Página 20 
 MTBF (Tempo Médio Entre Falhas) é a média dos tempos que um determinado 
grupo de itens operam até falharem. É uma ferramenta utilizada pelos fabricantes para se 
determinar o TBO para um determinado produto, ou seja, para itens controlados por TBO, 
o ideal é que o valor do MTBF coincida com o TBO. 
2.1.1 - Crítica 
• Pode levar a um sub aproveitamento da vida útil do componente. 
• Ineficiência econômica 
• Reação negativa à manutenção 
• Manutenção não executada ⇒Segurança comprometida 
 
2.2 - On condition (OC) 
 Processo de controle de Revisão Geral no qual se enquadram os itens que são 
periodicamente submetidos a verificações quanto ao estado de desgaste ou de 
deterioração. É aplicado quando um item é acompanhado, sendo verificadas 
regularmente determinadas condições preestabelecidas. 
 O item é removido quando a condição verificada não atende aos requisitos 
estabelecidos, podendo tratar-se da medida de uma folga, nível de vibração, condição de 
operação, etc. 
 “OC” é também um processo de manutenção preventiva. 
 A verificação OC deve assegurar a aeronavegabilidade, sua operação 
continuada até a próxima verificação. 
 Esse processo normalmente é aplicável a itens cuja verificação da condição 
realizada nas inspeções programadas é suficientepara assegurar seu funcionamento até 
a próxima verificação. Deve ser restrito a componentes onde a determinação de sua 
aeronavegabilidade continuada possa ser feita através de inspeções visuais, medidas, 
testes ou outras maneiras, porém sem a necessidade de que a verificação seja com o 
item desmontado. 
 A definição da aeronavegabilidade de um item OC é um “check” quantitativo 
das tolerâncias especificadas e/ou limites de desgastes definidos nos manuais de 
manutenção. 
 
CCTTRRMMAA –– EEDDIIÇÇÃÃOO FFEEVV 22001133 Página 21 
 “Checks” OC são realizados normalmente com o item instalado na aeronave, 
mas, também, são aceitáveis quando realizados em testes ou bancadas. 
2.2.1 - Crítica 
• Medição periódica de parâmetros em intervalos regulares. 
• A comparação do valor medido do parâmetro com um valor especificado do mesmo 
parâmetro irá decidir se o equipamento permanece em serviço ou é removido para serviço 
de manutenção. 
• Os intervalos de medição e o valor limite especificado são determinados de modo que 
se previna a ocorrência de falha até a próxima medição – é um processo de manutenção 
preventiva. 
2.3 - Condition monitoring (CM) 
 São os itens que não se enquadram em nenhum processo de controle de 
manutenção, sofrendo as ações necessárias da manutenção quando apresentam defeito. 
 Componentes CM não têm controle para Revisão Geral e são operados até 
falhar. A maioria dos componentes CM são itens de sistemas complexos para os quais 
não existe meio de prever a falha. 
 Temos como exemplo os equipamentos de navegação e comunicação, 
instrumentos e relês, solenóides e outros, onde testes ou trocas não resultam em melhora 
na expectativa de vida. 
 Para os itens CM cuja falha é suscetível de conseqüências na segurança de 
vôo, são utilizados os recursos da redundância. 
 Freqüentemente os seguintes itens são definidos como CM: 23-Comunicação, 
30-Proteção contra chuva ou gelo, 31-Instrumentos, 33-Luzes, 34-Navegação. 
 Os itens CM são acompanhados (monitorados) através das listagens de dados 
de demanda e dos registros das suas passagens nas respectivas oficinas recuperadoras. 
2.3.1 - Crítica 
• Não é processo de manutenção preventiva. Não visa a prevenção de falhas. 
• Só é admitido como processo primário em componentes cuja falha não afete 
diretamente a segurança de vôo e seja perceptível à tripulação. 
 
CCTTRRMMAA –– EEDDIIÇÇÃÃOO FFEEVV 22001133 Página 22 
• A condição de funcionamento da população é monitorada através da coleta sistemática 
de dados relativos à ocorrências individuais matematicamente tratadas. Os índices 
obtidos poderão recomendar ações de manutenção. 
2.4 - Conclusão 
 Tendo sido vistos os conceitos dos processos clássicos de manutenção 
aeronáutica, fica fácil identificar as seguintes relações: 
• “On Condition” ⇒Manutenção preditiva por análise de sintoma. 
• “Condition Monitoring” ⇒Manutenção preditiva por análise estatística. 
 Técnicas mais comuns de manutenção preditiva por análise de sintomas: 
• Análise de óleo 
• Análise de vibração mecânica 
• Inspeções boroscópicas 
 A definição da aeronavegabilidade de um item OC é um “check” quantitativo 
das tolerâncias especificadas e/ou limites de desgastes definidos nos manuais de 
manutenção. 
 “Checks” OC são realizados normalmente com o item instalado na aeronave, 
mas, também, são aceitáveis quando realizados em testes ou bancadas. 
 No Brasil, as empresas aéreas adotam programas “Condition Monitoring” do 
tipo alerta. 
 Os programas deste tipo caracterizam-se pelo arbitrariamento de um valor 
limite (nível de alerta) para o índice estatístico considerado. 
 Enquanto o nível de alerta não for atingido, o índice estatístico obtido no 
período é considerado satisfatório e nenhuma ação é tomada. 
 Sendo atingido ou ultrapassado o nível de alerta, será efetuada uma pesquisa 
com o objetivo de apontar as causas de tal ultrapassagem e orientar ações visando 
restabelecimento de índices satisfatórios. 
 Os índices estatísticos mais utilizados são: 
• Taxa de falha confirmada (CFR). 
• Taxa de remoções não programadas (URR). 
• Taxa de reportes de pilotos (PIREP). 
 
CCTTRRMMAA –– EEDDIIÇÇÃÃOO FFEEVV 22001133 Página 23 
3 - DIAGONAL DE MANUTENÇÃO 
 É uma ferramenta utilizada no Planejamento e Controle da Manutenção. 
 É uma técnica utilizada para controlar o uso das aeronaves e determinados 
equipamentos, buscando fazer com que seu uso seja distribuído o mais equilibradamente 
possível dentro de um perfil previamente planejado. É muito utilizada pela aviação militar. 
 São elaboradas para: 
• Escalonar a quantidade de aeronaves a entrarem em inspeção, de modo a haver 
harmonia com os recursos de mão de obra disponíveis. 
• Distribuir, entre as aeronaves, os vôos a serem executados, de modo que cada 
aeronave voe determinada média de horas mensais, previamente estabelecida, 
objetivando que, ao fim de determinado período, cada uma tenha cumprido determinado 
esforço. 
• Permitir a visualização planificada da programação das atividades aéreas e de 
manutenção das aeronaves, a serem cumpridas num determinado período (normalmente 
mensal) 
 Fatores a serem considerados na diagonal de manutenção: 
• quantidade de aeronaves; 
• viagens programadas; 
• periodicidade das inspeções programadas; 
• cumprimento de Diretrizes de Aeronavegabilidade; 
• vencimento de itens controlados; 
• programa de lavagem e lubrificação; 
• programa de dedetização; e 
• recursos materiais e mão de Obra. 
 Fatores a serem considerados no planejamento das inspeções: 
• Conhecer o programa de manutenção da aeronave, seus grandes componentes e 
acessórios. 
• Identificar as atividades a serem executadas em cada ciclo de inspeção. 
 
CCTTRRMMAA –– EEDDIIÇÇÃÃOO FFEEVV 22001133 Página 24 
• Alocar os recursos materiais e humanos necessários para o cumprimento das 
atividades acima identificadas. 
• Considerar as necessidades relativas a remoções e/ou desmontagens de itens, a fim 
de prever as peças periféricas de troca obrigatória. 
• Identificar os itens que serão substituídos por vencimento de TBO e TLV, assegurando 
que os substitutos foram requisitados e estarão disponíveis no estoque na data 
programada para a substituição. 
• Avaliar quando, onde e quem realizará o Serviço. O material deve ser previsto com 
antecedência. 
• Estar atento às atualizações das publicações técnicas a serem consultadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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RBHA 43 – MANUTENÇÃO, 
RESPONSABILIDADES E 
REGISTROS 
 
 
 
 
 
 
 
 
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RBHA 43 
1 - INTRODUÇÃO 
 Manutenção significa qualquer atividade de inspeção, revisão, 
recondicionamento, reparo, modificação, conservação ou substituição de partes de uma 
aeronave e seus componentes. A manutenção preventiva é uma operação de 
preservação simples ou de pequena monta, assim como a substituição de pequenas 
partes padronizadas que não envolva operações complexas de montagem e 
desmontagem. 
1.1 - Código Brasileiro de Aeronáutica - CBAer 
Base legal 
Art. 66. Compete à autoridade aeronáutica promover a segurança de vôo, devendo 
estabelecer os padrões mínimos de segurança: 
 II - relativos à inspeção, manutenção em todos os níveis, reparos e operação de 
aeronaves, motores, hélices e demais componentes aeronáuticos. 
 § 1° Os padrões mínimos serão estabelecidos em Regulamentos Brasileiros de 
Homologação Aeronáutica, a vigorar a partir de sua publicação. 
1.2 - Finalidade do RBHA 43 
 Estabelecer os requisitos necessários para gerir a manutenção preventiva, 
manutenção, recondicionamento, modificações e reparo de qualquer aeronave, e seus 
componentes, que possua um certificado de aeronavegabilidadebrasileiro. 
2 - REGISTRO DE REVISÃO GERAL E RECONDICIONAMENTO 
2.1 - Revisão geral 
 Ninguém pode certificar que uma aeronave, motor, hélice, rotor ou componente 
sofreu revisão geral, a menos que: 
1) Use métodos, técnicas e práticas aceitáveis pela autoridade aeronáutica, a para 
desmontar, limpar, inspecionar, reparar como necessário e remontar. 
2) Teste de acordo com padrões e dados técnicos aprovados ou de acordo com padrões 
e dados técnicos aceitáveis pela autoridade aeronáutica. 
Obs.: Uma aeronave, motor, hélice, rotor ou equipamento que tenha sofrido revisão geral 
mantém sua identidade anterior (matrícula, número de série etc.). 
 
CCTTRRMMAA –– EEDDIIÇÇÃÃOO FFEEVV 22001133 Página 28 
2.2 - Recondicionamento e Reparo 
 Ninguém pode certificar equipamento foi recondicionado ou reparado, a menos 
que ele tenha sido desmontado, limpo, inspecionado, reparado, remontado e testado para 
as mesmas tolerâncias e limites de um item novo, usando componentes novos ou usados 
que atendam às tolerâncias e limites de partes novas. 
Obs: Um motor ou hélice que tenha sofrido recondicionamento pode, em casos especiais, 
perder sua identidade anterior (número de série, histórico etc.). 
3 - PESSOAS AUTORIZADAS A EXECUTAR MANUTENÇÃO, MANUTENÇÃO 
PREVENTIVA, RECONDICIONAMENTO, MODIFICAÇÕES E REPAROS 
1) O possuidor de uma licença de mecânico (vinculado a uma empresa 145, 135 ou 121) 
pode executar os serviços de manutenção, manutenção preventiva, modificação e reparos 
previstos para sua qualificação e para os quais tenha sido especificamente habilitado pela 
ANAC. 
2) Uma pessoa trabalhando sob a supervisão de um MMA. 
3) Uma oficina homologada. 
4) Uma empresa aérea homologada conforme os RBAC 121 ou 135. 
5) Um fabricante. 
4 - APROVAÇÃO PARA RETORNO AO SERVIÇO 
 Ninguém pode aprovar o retorno ao serviço de um equipamento que tenha 
sofrido manutenção, recondicionamento, modificação ou reparo a menos que: 
1) A anotação nos registros de manutenção requerida por 43.9 ou 43.11, como aplicável, 
tenha sido feita; 
2) Um formulário de grande reparo, ou grande modificação, ou reparo após acidente 
aprovado pela autoridade competente ou por ela fornecido tenha sido adequadamente 
preenchido; e 
3) Se o reparo ou modificação tiver acarretado qualquer alteração nas limitações 
operacionais da aeronave ou nos dados de vôo contidos no Manual de Vôo aprovado, tais 
limitações e modificações tenham sido apropriadamente revisadas e listadas como 
requerido pelo RBHA 91, seção 91.9. 
 
 
 
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5 - PESSOAS AUTORIZADAS PARA APROVAR O RETORNO AO SERVIÇO 
1) Detentor de um CHT de MMA que atenda os requisitos da seção 65.101 do RBHA 65 e 
que seja designado como inspetor por uma empresa ou oficina homologada segundo os 
RBAC 121, 135 ou RBHA 145 pode autorizar o retorno ao serviço de célula, motor, hélice, 
rotor, equipamento ou componente, conforme sua habilitação. 
2) Detentor de um CHT de MMA habilitado em CEL e GMP, com qualificação de inspetor 
pode autorizar o retorno ao serviços após inspeções até: 
i) 100 horas – aeronaves de aeroclube ou entidades assemelhadas, de entidades 
da administração pública federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal. 
ii) 100 horas – aeronaves de empresas que operem segundo os RBHA 91, RBAC 
135 ou 121. 
iii) 50 horas – de aeronaves que não estejam vinculadas a uma empresa que opere 
segundo os RBAC 121 ou 135. 
iv) Aeronaves antigas ou clássicas. 
3) Oficina homologada, de acordo com o Adendo ao CHE. 
4) Um fabricante. 
5) Uma empresa aérea detentora EO emitido conforme os RBAC 135 ou 121 (desde que 
esteja descrito no mesmo essa prerrogativa). 
6) Profissional de engenharia cadastrado na ANAC no caso de grande modificação ou 
grande reparo. 
6 - CONTEÚDO E FORMA DE REGISTROS DE INSPEÇÕES 
6.1 - Anotação nos registros de manutenção: 
1) Descrição (ou referência a dados técnicos aceitáveis) do trabalho realizado ou tipo de 
inspeção realizada e extensão da mesma; 
2) Data de início e término do trabalho realizado; 
3) Nome da pessoa que executou o serviço se for diferente daquela que aprovou descrita 
no próximo item; 
4) Assinatura, o tipo e número do certificado da pessoa aprovando ou desaprovando o 
retorno ao serviço. 
 
 
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6.2 - Texto de aprovação ou reprovação 
1) Ex: "Certifico que a aeronave (identificação) foi inspecionada de acordo com a 
inspeção (tipo da mesma) e foi verificado estar em condições aeronavegáveis"; 
2) "Certifico que a aeronave (identificação) foi inspecionada de acordo com a inspeção 
(tipo da mesma) e uma lista de discrepâncias e itens não aeronavegáveis foi entregue 
ao proprietário (ou operador) da mesma". 
 Se a inspeção foi realizada conforme um programa de inspeções aprovado 
segundo o RBHA 91 ou o parágrafo 135.411 (a) (1) do RBAC 135, a anotação deve 
identificar o programa aprovado e qual a parte do programa foi executada. 
7 - LISTA DE DISCREPÂNCIAS 
 Se uma pessoa executando uma inspeção considerar que a aeronave não está 
aeronavegável ou não cumpre itens de homologação de tipo, de diretrizes de 
aeronavegabilidade ou de outros requisitos necessários à aeronavegabilidade, a pessoa 
deve fornecer ao proprietário ou operador da aeronave uma lista, assinada e datada, 
contendo tais discrepâncias. 
 Para os itens permitidos ficarem inoperantes, segundo o RBHA 91.213(d)(2), 
deverá ser instalado um placar, que cumpra com a regulamentação de certificação de 
aeronave, em cada instrumento inoperante e nos controles na cabine de comando de 
cada um dos equipamentos inoperantes, marcando-o “INOPERANTE”, devendo adicionar 
tais itens à lista de discrepâncias fornecida ao operador ou proprietário da aeronave 
8 - REGISTRO PRIMÁRIO DE MANUTENÇÃO 
 De acordo com a seção 43.9 os registros de manutenção de um produto 
aeronáutico devem conter a descrição dos serviços executados (ou referência a dados 
aceitáveis pela autoridade competente). Desta forma, constituem registros primários de 
manutenção aqueles que apresentam a descrição do serviço realizado, como por 
exemplo, cadernetas de célula, motores e hélices, Ordens de Serviços, Fichas de 
Cumprimento de Diretriz de Aeronavegabilidade (FCDA), Formulários SEGVÔO 001 e 
SEGVÔO 003, etc. 
9 - REGISTRO SECUNDÁRIO DE MANUTENÇÃO 
 Constituem registros secundários de manutenção aqueles que apresentem tais 
informações: 
1) Tempo total de vôo de cada célula, motor e hélice; 
 
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2) Presente situação de partes com TLV e/ou TBO (componentes controlados) - tempo 
total desde a última revisão geral (TSO) ou da instalação e/ou fabricação; 
3) Identificação da presente situação da aeronave e suas partes em relação ao programa 
de inspeções; e 
4) Presente situação das aplicáveis DA’s, incluindo, para cada uma, método para cumpri-
la, número da DA, data da revisão da mesma, e se requerer ações periódicas, o tempo e 
data em que a próxima ação requerida. 
10 - REGRAS ADICIONAIS PARA EXECUÇÃO DE INSPEÇÕES 
10.1 - Geral: 
1) Executar a inspeção de maneira a determinar se a aeronave ou a parte da mesma sob 
inspeção atende a todos os requisitos de aeronavegabilidade aplicáveis; e 
2) Executar a inspeção de acordo com as instruções e procedimentos relacionados no 
programa de inspeções para a aeronave envolvida se a inspeção for requerida pelo RBHA 
91 (91.409 (e)) ou 135 (grandes aviões, aviões multimotores com motores a turbina e 
helicópteros com motor a turbina). 
10.2 - Inspeção Anual de Manutenção (IAM) e inspeção de 100h – check list 
 Cada pessoa habilitada a fazer IAM (Inspeção anual de manutenção) ou 
inspeção de 100 horas deve usar uma lista de verificações (check-list) enquanto 
realizando a inspeção. A lista pode ser elaborada pela própria pessoa ou pelo fabricante 
do equipamento.10.3 - Inspeções Progressivas 
 Sistema de inspeções, que basicamente se originam das fichas originais do 
fabricante da aeronave, modificadas em sua ordem de execução, e fragmentadas no que 
concerne à localização na aeronave, das áreas a serem trabalhadas e é caracterizado 
pelos critérios de tempo de realização do serviço, grau de dificuldade do mesmo, e 
equipamentos utilizados para a realização destes serviços. 
10.4 - Limitações de Aeronavegabilidade 
 Cada pessoa executando uma inspeção ou outra manutenção especificada em 
uma seção de limitação de aeronavegabilidade de um manual de manutenção do 
fabricante ou nas instruções de aeronavegabilidade continuada deve executar o trabalho 
em conformidade com aquela seção ou conforme especificações operativas emitidas 
 
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segundo os RBAC 121 ou 135 ou, ainda, conforme um programa de inspeções aprovado 
conforme o parágrafo 91.409(e) do RBHA 91. 
11 - APÊNDICE A - GRANDES MODIFICAÇÕES, GRANDES REPAROS E 
MANUTENÇÃO PREVENTIVA 
 Grandes Modificações significa um serviço não listado na especificação técnica 
aprovada da aeronave, motor ou hélice e que possa afetar substancialmente o peso, 
balanceamento, resistência estrutural, características de vôo ou qualquer outra 
característica ligada a aeronavegabilidade, ou que não possa ser executada de acordo 
com práticas aceitáveis e usuais, ou que não possa ser executada usando operações 
elementares. 
 Grandes Reparos significa que se feito inadequadamente poderá afetar 
substancialmente peso, balanceamento, resistência estrutural, desempenho, operação do 
grupo moto-propulsor, características de vôo ou qualquer outra característica ligada a 
aeronavegabilidade; ou que não possa ser feito usando práticas aceitáveis e usuais ou 
que não possa ser executado usando operações elementares 
 Manutenção Preventiva é uma operação de preservação simples e de pequena 
monta, assim como a substituição de pequenas partes padronizadas que não envolvam 
operações complexas de montagem e desmontagem. 
12 - APÊNDICE B - REGISTROS DE GRANDES REPAROS E GRANDES 
MODIFICAÇÕES 
 O formulário SEGVÔO 001, para registro de grande modificação e grande 
reparo. Este formulário tem, basicamente, três funções: 
1) Prover proprietários e operadores de um registro de grandes modificações e grandes 
reparos feitos em sua aeronave, indicando-se detalhes e aprovação; 
2) Prover à ANAC de uma cópia do formulário para inclusão no processo da aeronave no 
Registro Geral de Aeronavegabilidade – RGA; e 
3) Prover o executante do serviço de um registro. 
 Quando uma pessoa executar um grande reparo ou grande modificação deverá: 
1) Preencher o formulário padrão da ANAC em 3 vias; 
2) Dar o original assinado para o proprietário da aeronave; 
 
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3) Remeter uma cópia do formulário ao órgão da ANAC a que estiver vinculado dentro de 
72 horas após a aeronave, a célula, o motor, a hélice, o rotor ou o equipamento ter sido 
aprovado para retorno ao serviço; 
4) Conservar sua cópia por, pelo menos, 5 anos. 
 Para grandes reparos feitos conforme um manual ou especificações 
anteriormente aprovadas, uma oficina homologada, em lugar do descrito no parágrafo 
anterior: 
1) Usar a ordem de serviço segundo a qual o reparo foi executado; 
2) Fornecer ao proprietário da aeronave o original da ordem de serviço cumprida e 
conservar uma cópia assinada da mesma por pelo menos 5 anos após a data de 
aprovação para retorno ao serviço da aeronave, célula, motor, hélice, rotor ou 
equipamento; 
3) Fornecer ao proprietário da aeronave uma declaração sobre o serviço executado, 
assinada por um representante autorizado da oficina, contendo as seguintes informações: 
i) Identificação da aeronave, célula, motor, hélice, rotor ou equipamento; 
ii) Se for aeronave, informar o fabricante, tipo/ modelo, número de série, matrícula e 
localização da área reparada; 
iii) Se for uma célula, motor, hélice, rotor ou equipamento, informar o fabricante, o 
nome da parte, modelo e número de série (se houver); e 
iv) Encerrar a declaração com o texto abaixo (ou equivalente): 
 
“A aeronave, célula, motor, hélice, rotor ou equipamento acima identificado foi 
reparado e inspecionado de acordo com (manual, instruções, etc.) aprovado pela 
ANAC e foi aprovado para retorno ao serviço.” 
Detalhes pertinentes ao reparo constam da ordem de serviço nº x, anexa”. 
Data................................................ 
Assinatura ............................................................... 
(de pessoa autorizada pela ANAC, nº da carteira ou do cadastramento da ANAC) 
................................................ .................................... 
Nome da Oficina Nº CHE 
........................................................................................ 
Endereço da Oficina” 
 
 
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 Para tanques de combustível instalados dentro do compartimento de 
passageiros ou de bagagens para vôos de alcance prolongado, a pessoa que executar o 
trabalho e a pessoa autorizada a aprovar o retorno ao serviço conforme a seção 43.7 do 
RBHA 43 deverá preencher o formulário padrão da ANAC em 3 vias. Uma cópia do 
formulário deve ser colocada a bordo da aeronave, e o original e a outra cópia deverão 
ser entregues ao proprietário da aeronave e remetida à ANAC, respectivamente. 
Obs.: As instruções de preenchimento do SEGVÔO 001 encontram-se no item II da IS 
43.9-001A. 
13 - APÊNDICE D - OBJETIVOS E DETALHES DE ITENS A SEREM INCLUÍDOS NAS 
INSPEÇÕES ANUAIS DE MANUTENÇÃO (IAM) E INSPEÇÕES DE 100 HORAS 
 Cada pessoa executando uma inspeção anual de manutenção ou inspeção de 
100 horas deve, antes dessa inspeção, remover ou abrir todas as janelas de inspeção, 
portas de acesso, carenagens e capotas dos motores. 
 Deve, ainda, limpar toda a aeronave e seus motores. 
14 - APÊNDICE E - TESTES E INSPEÇÕES DO SISTEMA DO ALTÍMETRO 
 Teste e inspeção do sistema de altímetro como requerido na seção 91.411 do 
RBHA 91: 
1) Sistema de pressão estática; 
2) Altímetro teste e calibração; e 
3) Teste de Integração de Equipamentos Automáticos de Informação de Altitude e 
Sistemas Transponder. 
 Cumprir as provisões de 43.9 no que diz respeito ao conteúdo e forma dos 
registros. A pessoa executando os testes de altímetro deve marcar em cada altímetro a 
data e a altitude máxima na qual o altímetro foi testado e as pessoas aprovando o retorno 
da aeronave ao serviço, devem anotar nos registros de manutenção da mesma os 
referidos dados. 
15 - APÊNDICE F - TESTES E INSPEÇÕES NO TRANSPONDER 
 Os testes de transponder requeridos pelo RBHA 91.413 podem ser conduzidos 
usando um banco de testes ou equipamento portátil de teste e devem atender aos 
requisitos estabelecidos nos parágrafos (a) até (j) do apêndice F do RBHA 43. 
 Atender a 43.9 no que diz respeito ao conteúdo, forma e distribuição dos 
registros de manutenção. 
 
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EXEMPLOS DE TIPOS E FORMAS DE REGISTROS DIVERSOS: 
1) REGISTROS DE IAM 
 
EXECUÇÃO DE IAM 
NÚMERO DO CHE/CHETA: CÓDIGO DA EMPRESA: 
MARCAS: FABRICANTE: MODELO: 
Nº DE SÉRIE: ANO DE FABRICAÇÃO: CAT. REGISTRO: 
HORAS TOTAIS: CICLOS TOTAIS: TIPO DA INSPEÇÃO: 
VALIDADE DA IAM: VALIDADE DO CA: VALIDADE LIC. EST.: 
COMPONENTE FABRICANTE MODELO Nº DE SÉRIE TSN CSN TSO CSO 
MOTOR 1 
MOTOR 2 
HÉLICE 1/ 
ROTOR PRINCIPAL 
 
HÉLICE 2/ 
ROTOR AUXILIAR 
 
 
Certifico, para todos os fins, que nesta data foi concluída a Inspeção Anual de Manutenção (IAM) na 
aeronave acima identificada, tendo sido a mesma liberada para o retorno ao serviço por terem sido verificados e 
encontrados em ordem e em dia todos os requisitos aplicáveis da regulamentação em vigor, em particular o 
atendimento ao programa de manutenção aprovado/aceito,o adequado cumprimento das Diretrizes de 
Aeronavegabilidade, a conformidade com o projeto de tipo aprovado/validado no Brasil, a disponibilidade e o 
bom estado de conservação da documentação de porte obrigatório a bordo. 
O acima exposto é a expressão da verdade. 
 
RESP. P/ EXECUÇÃO:_________________________ CÓD.ANAC/CREA:______________________ 
 
RESP. P/ INSPEÇÃO: __________________________ CÓD.ANAC/CREA:______________________ 
 
 _____________________ ________________________ _____________________________ 
 Local e data Ass. Resp. p/ Execução Ass. Resp. p/ Inspeção 
 
 
OBS: 1 - O registro acima deverá ser adaptado à quantidade de motores e hélices que equipam a 
aeronave, quando for o caso, bem como a aeronaves de asa rotativa, balões, dirigíveis ou outros 
tipos. 
 
 2 - No caso da aeronave não ter sido aprovada na IAM, deverá ser providenciado registro apropriado 
em caderneta, informando os motivos que levaram à reprovação, em substituição ao registro 
proposto neste Anexo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2) REGISTROS DE INCORPORAÇÃO DE DA - FICHA DE CUMPRIMENTO DE “DA” (FCDA) 
 
1 AERONAVE MARCAS 
 
2 DA Nº 
 
3 EFETIVAÇÃO 4 VENCIMENTO 
(data/horas/ciclos/pousos) 
 
5 AERONAVE ( ) MOTOR ( ) HÉLICE ( ) COMPONENTE ( ) 
6 AÇÃO ý TERMINAL ( ) REPETITIVA ( ) PARCIAL ( ) 
7 APLICABILIDADE ý APLICÁVEL ( ) NÃO APLICÁVEL ( ) 
8 JUSTIFICAR A NÃO APLICABILIDADE ý 
 
9 TIPO E N° DO BOLETIM DE SERVIÇO DE REFERÊNCIA ý 
10 TIPO E N° DE OUTROS DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA ý 
11 IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO AERONÁUTICO EM QUE FOI APLICADA A “DA” 
(A/M/H/C) FABRICANTE MODELO S/N L/N V/N OU P/N 
 
12 DADOS DO CUMPRIMENTO DA DIRETRIZ DE AERONAVEGABILIDADE 
 DATA TSN CSN TSO CSO TSLI CSLI LOCALIZAÇÃO 
AERONAVE N/A 
MOTOR 
HÉLICE 
COMPONENTE 
13 MÉTODO DE CUMPRIMENTO UTILIZADO ýýýý 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 RESULTADO DA AÇÃO DE MANUTENÇÃO REALIZADA ýýýý 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 NOME DO MECÂNICO/CÓDIGO ANAC: 16 ASSINATURA: 
17 NOME DO INSPETOR/CÓDIGO ANAC: 18 ASSINATURA: 
19 NOME DA EMPRESA: 20 CHE/CHETA: 
21 CIDADE/ESTADO: 22 DATA: 
23 NOME DO CHEFE MNT (OU CONT. QUALID./ OU ENGENHARIA) E 
CÓDIGO ANAC E/OU CREA: 
24 ASSINATURA: 
 
 
 
 
 
 
3) REGISTROS DE GRANDES MODIFICAÇÕES E GRANDES REPAROS – SEGVOO 001 
 
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DEPARTAMENTO DE AVIAÇÃO CIVIL 
REGISTRO DE GRANDE MODIFICAÇÃO/REPARO 
(CÉLULA, MOTOR, HÉLICE OU PARTE COMPONENTE) 
(BRAZILIAN CIVIL AVIATION AUTHORITY - MAJOR ALTERATION/REPAIR RECORD 
AIRFRAME, POWERPLANT, PROPELLER OR COMPONENT) 
 
FORMULÁRIO (FORM) 
SEGVÔO 001 
INSTRUÇÃO: Preencher todos os campos, inutilizando os não aplicáveis. Ver RBHA 43 (seção 43.9 e apêndice 
B) e IAC-3133 para instrução sobre este formulário. (Instruction: Fill all blank fields, invalidating non-applied fields. See RBHA 43.9 
and appendix B and IAC-3133 for instructions about this form.) 
1 . AERONAVE 
 (Aircraft) 
Fabricante (Manufacturer) Modelo (Model) 
 
 Número de Série (Serial Number) Marcas (Marks) 
 
1. PROPRIETÁRIO 
 (Owner) 
Nome (Name) Endereço (Address) 
 
3. PARA USO DA AUTORIDADE AERONÁUTICA (FOR AERONAUTICAL AUTHORITY USE ONLY) 
 
 
 
4. IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE (UNITY IDENTIFICATION) 5. TIPO (TYPE) 
Unidade (Unity) Fabricante (Manufacturer) Modelo 
(Model) 
Número de série 
(Serial Number) 
Reparo 
(Repair) 
Modificação 
(Alteration) 
Célula (Airframe) ------- (Como descrito no item 1 acima) -------------- 
------------(As described in the item 1 above) -------------- 
 
Motor 
(Powerplant) 
 
Hélice 
(Propeller) 
 
Componente 
(Appliance) 
Tipo (Type) 
 
 
 Fabricante (Manufacturer) 
 
 
6. DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE (CONFORMITY STATEMENT) 
A. Nome e Endereço do Agente Executor 
(Agency’s Name and Address) 
B. Tipo Agente Executor 
(Kind of Agency) 
C. Nº do Certificado 
(Certificate No.) 
 
 Mecânico Habilitado (Certificated Mechanic) 
 Empresa Homologada 
(Certificated Repair Station) 
 
 Fabricante Homologado 
(Certificated Manufacturer) 
 
D. Declaro que o reparo e/ou modificação feita na(s) unidade(s) identificada(s) no item 4 acima e descrita(s) no 
verso desta folha e/ou nas demais folhas anexas foi feito de acordo com os requisitos do RBHA 43 e que a 
informação aqui fornecida é verdadeira e correta de acordo com meus conhecimentos. (I certify that the repair and/or 
alteration made to the unit(s) identified in item 4 above and described on the reverse of this sheet and/or additional continuation sheets, have been done in 
accordance with RBHA 43 requirements and the information furnished herein are true and correct to the best of my knowledge) 
Data (Date) 
 
Identificação (Identification) Assinatura (Signature) 
 
7. APROVAÇÃO PARA RETORNO AO SERVIÇO (APPROVAL FOR RETURN TO SERVICE) 
De acordo com a autoridade que me foi concedida, declaro que a unidade identificada no item 4 foi avaliada e inspecionada 
da maneira prescrita pela ANAC e está (According to the authority to me concerned, I declare that the unity identified in item 4 above has been 
evaluated and inspected through the procedures established by the ANAC and is) �Aprovada (Approved) �Rejeitada (Rejected) 
 
 Pela 
(By) 
� ANAC 
 
� GGCP 
� Eng. Aeronáutico Cadastrado 
 (Registered Aeronautical Engineer) 
� Empresa Homologada 
 (Certificated Repair Station) 
� Fabricante Homologado 
 (Certificated Manufacturer) 
� Mecânico Habilitado 
 (Certificated Mechanic) 
� Outro (Especificar) 
 (Other (Specify)) 
 
Data da aprovação ou rejeição 
(Date - Approval or Rejection) 
 
Nº Certificado ANAC 
(ANAC Certificate Number) 
Assinatura (Signature) 
 
 
 
NOTA 
 
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Alterações no peso e balanceamento ou nas limitações operacionais deverão ser anotadas nos registros 
apropriados da aeronave. Uma alteração deve ser compatível com todas as alterações anteriores para assegurar 
conformidade permanente com os requisitos de aeronavegabilidade aplicáveis. (NOTE: Weight and balance or operating 
limitation changes must be entered in the appropriate record. An alteration must be compatible with all previous alterations to assure continued 
conformity with the applicable airworthiness requirements.) 
8. DESCRIÇÃO DO TRABALHO EXECUTADO (Se mais espaço for necessário, anexar folhas adicionais. 
Identifique-as com as marcas da aeronave e a data em que o trabalho foi concluído.) (DESCRIPTION OF WORK ACCOMPLISHED 
(If more space is required attach additional sheets. Identify with aircraft nationality and registration marks and date work completed.)) 
 
 
 
 
 
�Folhas adicionais estão anexadas. (Additional sheets are attached.) 
 
 
 
 
 
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4) REGISTROS DE RECUPERAÇÃO APÓS ACIDENTE/INCIDENTE 
 
 
5) REGISTROS DE REVISÃO GERAL (TBO) POSTERGADA (de acordo com o “MÉTODO PARA DEMONSTRAR A 
MANUTENÇÃO DO NÍVEL DE SEGURANÇA APÓS O VENCIMENTO DO PRAZO DE EXECUÇÃO DA REVISÃO GERAL EM 
MOTORES A PISTÃO”, estabelecido pela SAR em 02/06/2010) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REVISÃO –GERAL 
 
Este motor foi considerado adequado por esta oficina, tendo sido inspecionado de 
acordo com o RBHA 43 e com as recomendações dos fabricantes da aeronave e motores; 
 
Certificamos que todas as Diretrizes de Aeronavegabilidade estão cumpridas e em dia; 
 
Declaramos que a execução da revisão geral do motor, prevista na IAC 3108, deverá ser 
reavaliada na [inserir “próxima inspeção de 100 horas ou inspeção anual de manutenção, 
o que ocorrer primeiro” ou “em uma inspeção, daqui a X horas”], estando o motor em 
condições de operação segura. 
 
Local, dataCHE: 
 
Assinatura ___________________________ 
 RPQS 
 
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Página 41 
 
6) SEGVOO 003 - CERTIFICADO DE LIBERAÇÃO AUTORIZADA (ETIQUETA DE APROVAÇÃO DE AERONAVEGABILIDADE) 
 
 
1. País (Country) 
BRASIL 
2. AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL (BRAZILIAN CIVIL AVIATION AUTHORITY) 
CERTIFICADO DE LIBERAÇÃO AUTORIZADA (AUTHORIZED RELEASE CERTIFICATE) 
ETIQUETA DE APROVAÇÃO DE AERONAVEGABILIDADE (AIRWORTHINESS APPROVAL TAG) 
Formulário (Form) SEGVÔO 003 
3. Certificado Nº (Certificate No./System Tracking Ref.) 
4. Empresa 
 (Organization) 
 5. Ordem Serviço/ Contrato / Nota Fiscal (Work Order, Contract or Invoice) 
6. Item 
 (Item) 
7. Descrição 
 (Description) 
8. Número da Peça 
(Part Number) 
9. Aplicabilidade* 
 (Eligibility) 
10. Quantidade 
(Quantity) 
11. Número de Série / Lote 
(Serial / Batch Number) 
12. Categoria / Trabalho 
(Status / Work) 
 
13. Observações 
 (Remarks) 
 
 
 
Partes com vida limitada devem ser acompanhadas de histórico de manutenção incluindo tempo total / ciclo total / tempo desde que novo. (Limited life parts must be accompanied by maintenance history including total time/total cycles/times since new) 
14. Certifica que o(s) item(ns) acima identificado(s) foi (foram) fabricado(s) em conformidade aos: 
(Certifies that the article(s) identified above was (were) manufactured in conformity to: ) 
 dados de projeto aprovados e está (ão) em condição segura de operação 
(approved design data and are in a condition for safe operation) 
 dados de projeto não aprovado especificados no bloco 13 
(non-approved design data specified in block 13) 
19. Retorno ao serviço de acordo com RBHA 43.9 Outros regulamentos especificados no bloco 13 
(Return to service in accordance with RBHA 43.9) (Other regulations specified in block 13) 
 
Certifica que, a menos especificado no bloco 13, o trabalho especificado no bloco 12 e descrito no bloco 13 
foi executado de acordo com o eronavegabilidade da ANAC – part RBHA 43 e, em relação ao trabalho 
realizado, a(s) peça(s) é (são) aprovada(s) para retorno ao serviço. 
(Certifies that, unless otherwise specified in block 13, the work identified in block 12 and described in block 13 was accomplished in 
accordance with gulations – part RBHA 43 and in respect to the work performed the part(s) is (are) approved for return to service.) 
15. Assinatura do Representante da ANAC-(Signature ANAC 
Representative). 
 
16. Nº Autorização da ANAC (ANAC Authorization Number) 
 
20. Pessoa Autorizada (Authorized Signature) 
 
21. Nº CHE/CHETA - (Certificate Number) 
 
17. Nome (Name) 
 
18. Data (Date) 
 
22. Nome (Name) 
 
23. Data (Date) 
 
* O INSTALADOR DEVE FAZER VERIFICAÇÃO CRUZADA DA APLICABILIDADE ATRAVÉS DOS DADOS TÉCNICOS APLICÁVEIS. (INSTALLER MUST CROSS CHECK ELIGIBILITY WITH APPLICABLE TECHNICAL DATA) 
RESPONSABILIDADE DO USUÁRIO / INSTALADOR 
É IMPORTANTE COMPREENDER QUE A EXISTÊNCIA DESTE DOCUMENTO POR SI SÓ NÃO CONSTITUI AUTOMATICAMENTE UMA AUTORIZAÇÃO PARA INSTALAR A PARTE / 
COMPONENTE / CONJUNTO. 
SE O TRABALHO DO USUÁRIO/INSTALADOR É REALIZADO DE ACORDO COM OS REGULAMENTOS NACIONAIS DE UMA AUTORIDADE DE AERONAVEGABILIDADE DIFERENTE DA 
AUTORIDADE DE AERONAVEGABILIDADE DO PAÍS ESPECIFICADO NO BLOCO 1, É ESSENCIAL QUE O USUÁRIO/INSTALADOR ASSEGURE QUE A SUA AUTORIDADE DE 
AERONAVEGABILIDADE ACEITA PARTES/COMPONENTES/CONJUNTOS DA AUTORIDADE DE AERONAVEGABILIDADE DO PAÍS ESPECIFICADO NO BLOCO 1. 
AS DECLARAÇÕES NOS BLOCOS 14 E 19 NÃO CONSTITUEM UM CERTIFICADO DE INSTALAÇÃO EM TODOS OS CASOS, OS REGISTROS DE MANUTENÇÃO DA AERONAVE DEVEM 
CONTER UM CERTIFICADO DE INSTALAÇÃO EMITIDO DE ACORDO COM REGULAMENTOS NACIONAIS PELO USUÁRIO/INSTALADOR ANTES QUE A AERONAVE POSSA SER 
LIBERADA PARA VÔO 
(USER / INSTALLER RESPONSABILITY) 
(IT IS IMPORTANT TO UNDERSTAND THAT THE EXISTENCE OF THIS DOCUMENT ALONE DOES NOT AUTOMATICALLY CONSTITUTE AUTHORITH TO INSTALL THE PART / 
COMPONENT / ASSEMBLY). 
(WHERE THE USER / INSTALLER WORK IS PERFORMED IN ACCORDANCE WITH THE NATIONAL REGULATIONS OF NA AIRWORTHINESS AUTHORITY DIFFERENT THAN THE 
AIRWORTHINESS AUTHORITY OF THE COUNTRY SPECIFIED IN BLOCK 1, IT IS ESSENTIAL THAT THE USER/INSTALLER ENSURES THAT HIS/HER AIRWORTHINESS AUTHORITY 
ACCEPTS PARTS/COMPONENTS/ASSEMBLIES FROM THE AIRWORTHINESS AUTHORITY OF THE COUNTRY SPECIFIED IN BLOCK 1). 
(STATEMENTS IN BLOCK 14 AND 19 DO NOT CONSTITUTE INSTALLATION CERTIFICATION. IN ALL CASES, AIRCRAFT MAINTENANCE RECORDS MUST CONTAIN AN INSTALLATION 
CERTIFICATION ISSUED IN ACCORDANCE WITH THE NATIONAL REGULATIONS BY THE USER / INSTALLER BEFORE THE AIRCRAFT MAY BE FLOWN). 
 
Página 42 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Página 43 
 
 
 
 
 
RBHA 91 – REGRAS 
GERAIS DE OPERAÇÃO 
PARA AERONAVES CIVIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Página 44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Página 45 
RBHA 91 
1 - APLICABILIDADE 
 O RBHA 91 estabelece as regras aplicáveis à operação de qualquer aeronave 
civil dentro do Brasil, incluindo águas territoriais, e também se aplica a qualquer pessoa a 
bordo dessas aeronaves. 
 O mesmo não se aplica a balões cativos, foguetes não tripulados e balões 
livres não tripulados, por serem regidos pelo RBHA 101, e veículos ultraleves não 
propulsados, estes por serem regidos pelo RBHA 104. 
2 - RESPONSABILIDADE E AUTORIDADE DO PILOTO EM COMANDO 
 De acordo com o RBHA 91, o piloto em comando de uma aeronave é 
diretamente responsável pela operação da aeronave e tem a autoridade final para tanto. 
3 - AERONAVEGABILIDADE DE AERONAVE CIVIL 
 Uma aeronave civil somente poderá se operada se a mesma estiver em 
condições aeronavegáveis. 
 O piloto em comando de uma aeronave civil é responsável pela verificação das 
condições da aeronave quanto à segurança do vôo, devendo descontinuar o vôo quando 
ocorrerem problemas de manutenção ou estruturais degradando a aeronavegabilidade da 
aeronave. 
4 - REQUISITOS PARA MANUAL DE VÔO, MARCAS E LETREIROS DE AVIÕES 
 Uma aeronave civil somente poderá ser operada se estiver cumprindo as 
limitações operacionais especificadas no seu Manual de Vôo aprovado e nas marcas e 
letreiros nela afixadas, de acordo com o estabelecido pelas autoridades aeronáuticas do 
país de registro da aeronave. 
 A aeronave quando estiver sendo operada deverá portar a bordo o respectivo 
Manual de Vôo aprovado e atualizado e a mesma deverá estar identificada conforme o 
estabelecido no RBHA 45. 
5 - TESTE DO EQUIPAMENTO DE VOR PARA VÔO IFR 
 Uma aeronave somente poderá operar em condições IFR usando um sistema 
de rádionavegação VOR, desde que o mesmo: 
1) Seja mantido, verificado e inspecionado conforme um procedimento aprovado; ou 
 
Página 46 
2) Tenha sido verificado operacionalmente dentro dos últimos 30 dias e tenha sido 
comprovado encontrar-se dentro dos limites permissíveis de erro de indicação de 
marcação magnética estabelecidos nessa seção. 
 A pessoa que realizar o teste operacional de VOR deverá efetuar o registro da 
data, local, erro de marcação e sua assinatura no livro de manutenção de bordo ou 
documento similar. No caso do sinal para o teste ser emitido por oficina homologada, a 
mesma deverá certificar, no livro de manutenção (ou documento similar), que o sinal foi 
por ela transmitido e registrar a data da transmissão. 
6 - DOCUMENTAÇÃO OBRIGATÓRIA A BORDO DE AERONAVE CIVIL 
1) Certificados de matrícula e de aeronavegabilidade, válidos, emitidos pelo Registro 
Aeronáutico Brasileiro (RAB); 
2) Manual de vôo e lista de verificações; 
3) NSCA 3-5 e 3-7, expedidas pelo CENIPA; 
4) Exceto para aeronaves operadas segundo o RBHA 121 ou 135: 
i) Apólice de seguro ou certificado de seguro com comprovante de pagamento; 
ii) Licença de estação da aeronave;

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