Estudo de Caso - St Mary Axe

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Caio Teles Gonçalves, N273232 
Gabriely de Almeida, D6232A3 
Jonathan Santos, N234BG5 
Joyce Toyo, N2725D5 
Mayra Alves, D2702C5 
Queren Hapuque, N293EA4 
Turma - AU6P33 
 
 
 
 
 
 
 
Estudo de Caso 
Edifício 30 St Mary Axe 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo 
2020 
Introdução 
O edifício escolhido para estudo foi a 
torre 30 St Mary Axe, situado ao centro 
de Londres, é sede da Swiss 
Reinsurance Company e um marco na 
paisagem britânica, sendo ele a 
primeira construção ecológica da 
capital, além de sua incrível 
aerodinâmica que fazem dele uma 
verdadeira obra de arte, sendo ele 
então o ganhador do prêmio RIBA 
Stirling Prize em 2004 com 
unanimidade. 
O 30 Mary Axe, foi concluído de 2001 a 
2003 e inaugurado em abril de 2004. 
Tem entorno de 64.469 m² de área 
construída, 41 andares e 180 metros de 
altura. É um grande complexo de 
escritórios e em seu piso superior há um 
restaurante com vista em 360º para 
toda a cidade. 
Arquiteto 
Norman Foster nasceu em Stockport 
(Inglaterra), estudou arquitetura 
da Universidade de Manchester, 
graduando-se em 1961. Mais tarde se 
tornou amigo de Richard Rogers, seu 
futuro socio, na Universidade de 
Yale onde concluiu seu mestrado. 
Retornou ao Reino Unido em 1962 e se 
tornou um dos maiores arquitetos da 
Europa. 
Hoje, a Foster and Partners é famosa 
pelo estilo de arquitetura ousada, 
usando o aço e vidro como elementos 
fundamentais para sua arquitetura 
contemporânea, além disso, é 
conhecido por concretizar obras e 
restaurações dos prédios pertencentes 
aos órgãos do governo de diferentes 
países. Essa reputação é devida a 4 
décadas de trabalho, no qual foi reconhecido pela coroa britânica como Barão 
do Rio Tâmisa, ganhando até mesmo prêmio Pritzker em 1999. 
Foto do edifício. Fonte:archdaily.com.br 
Foto de Norman Foster. Fonte:adorocinema.com 
 
 
Edifício 30 St Mary Axe 
A edificação foi construída nas antigas instalações do Baltic Exchange, a sede 
de uma empresa de construção naval e frete, e da Chamber of Shipping. Esses 
edifícios sofreram graves danos em suas estruturas por causa de uma bomba 
detonada em 10 de abril de 1992 pelo Exército Republicano, na época 
consideram uma restauração, porém a ideia logo foi descartada pela 
precariedade dos edifícios. 
Assim, após a recusa de vários outros projetos, surgiu a proposta do edifício que 
vemos hoje, este que rendeu muitas polémicas pela sua forma e estrutura 
singular. 
O edifício tornou-se um marco reconhecível de Londres e é um dos exemplos 
mais reconhecidos da arquitetura contemporânea londrina, sendo popularmente 
conhecido como The Gherkin ("o pepino”, em português). 
Assim como é fácil de encontra-lo devido seu grande porte, o tamanho também 
resulta em impactos ao entorno. 
A obra possui uma base de 49 metros de dímetro, seu formato se assemelha 
com uma ogiva, sendo ela então arredondada, fugindo do padrão de 4 lados de 
faixada. Devido esse formado, as características favorecem muito a ventilação, 
diminuindo as ações naturais que agem contra a construção, ao mesmo tempo 
aumentando a iluminação natural e preservando o meio ambiente, o que é de 
grande importância projetual para Foster. 
 
Foto do edifício com seu entorno. Fonte:Arch2o.com 
A premissa do projeto surgiu dos estudos de movimentação dos ventos, estes 
nortearam a forma do edifício como podemos ver nas figuras abaixo. Ao analisa-
las percebemos que a aerodinâmica do edifício permite o fluxo suave dos ventos 
em torno de si, minimizando a pressão na estrutura e nos fechamentos. 
 
Dessa forma, o design do 30 St. Mary Axe resulta em uma estrutura ecológica, 
pois maximiza a utilização da luz solar e de ventilações naturais, reduzindo 
consideravelmente a necessidade de energia em sua operação, além de diminuir 
o impacto do edifício no seu entorno. 
Esta estratégia permitiu a utilização de uma estrutura mais leve e 
eficiente. O vento não ser defletido para o chão, diferente do que 
acontece com edifícios retangulares, é outra condição de destaque 
da forma, mantendo o conforto dos pedestres no nível da via. 
Utilizando modelo computacional baseado nas equações 
matemáticas da mecânica dos fluidos, os profissionais do SMG 
simularam as propriedades aerodinâmicas da forma. Este recurso 
demonstrou que o formato cilíndrico responderia melhor aos fluxos 
de ar, mantendo uma diferença de pressão satisfatória para a 
ventilação natural entre as orientações opostas do edifício 
(FREIBERGER, 2007). 
Devido a isso, após 10 anos de sua 
construção, em 2014, ganhou o prêmio 
inglês que trata sobre a qualidade da 
obra, usando então como termo 
avaliativo o desempenho geral de 
conforto ambiental, ou seja, avalia 
iluminação, ventilação e a qualidade dos 
espaços de uso misto e destinados ao 
público. 
Permitir um fluxo suave dos ventos em torno do edifício 
foi uma das considerações abordadas no projeto. 
Fonte: victorbuyck.be. 
Fluxos das massas de ar no interior do pavimento, pelos 
átrios e exterior. Fonte: archdaily.com. 
Simulação computacional de fluxo de ar. Fonte: 
plus.maths.org 
 
Sobre a estrutura, o edifício é formado por estruturas de aço em espiral, 
formando uma malha diagonalmente conectadas. O sistema ajuda na condução 
do vento para o interior da obra no qual é instalado os painéis de vidro que 
cobrem a construção, tais painéis possuem uma tripla espessura, vidro duplo na 
parte externa com filme e um vidro interno laminado, com intenção de controlar 
o excesso de luz e consequentemente a temperatura. Devido a cobertura por 
vidro 97% das salas possuem visão para a paisagem externa, com exceção das 
salas de reuniões. 
Simulação computacional de fluxo de ar. Fonte: 
plus.maths.org 
Edifício em construção. Fonte: fosterandpartners.com Corte mostrando a estrutura. Fonte: Munro (2004) 
Implantação com planta do térreo. Fonte: archdaily.com. Elevação. Fonte: archdaily.com. 
Sua planta circular adota pilares cônicos na base e no coroamento para melhorar 
as conexões com as ruas circundantes e permitir a quantidade máxima de luz 
solar no nível da praça. Ela permite também que grande parte da área do local 
seja usada como praça pública ajardinada, com árvores maduras e muros baixos 
de pedra que marcam sutilmente os limites do local e funcionam como assentos. 
Metade do embasamento da torre é composto por lojas e a outra parte abriga 
um restaurante, com café ao ar livre se espalhando pela praça. 
 
 
Planta térreo. Fonte: fosterandpartners.com 
 
Planta Tipo 1. Fonte: fosterandpartners.com 
Planta Tipo 3. Fonte: fosterandpartners.com Planta Tipo 2. Fonte: fosterandpartners.com 
 
Planta do Pavimento 18. Fonte: fosterandpartners.com 
• Stairs - escadas 
• Good lift - Elevador de mercadoria ou de serviço 
• Space for higher level lifts - Espaço para elevador zona alta ou para andares mais altos 
• Fire lift - Elevador de incendio 
• Passenger Lift - Elevador de Passageiros 
• Toilets – Sanitarios 
• Electrical and data cable duct - duto ou canal para cabos de dados e cabos elétricos 
• Service duct - duto ou canal de serviço 
 
Uma curiosidade sobre o prédio é que alguns filmes como Harry Potter e o 
Enigma do Príncipe, Match Point entre outros foram gravados nas instalações, 
mostrando a importância desse projeto e o quanto ele é significativo para os 
londrinos, por certo um ponto de referência conhecido mundialmente. 
 
Considerações Finais 
Em suma, o projeto arquitetônico de Norman Foster é uma verdadeira obra de 
arte não pintada em tela, mas sim, construída a partir do aço e do 
desenvolvimento contemporâneo high tech, um verdadeiro e claro exemplo de 
arquitetura para uso misto, com o maior aproveitamento natural possível, seja 
iluminação ou ventilação. Foster atende seus princípios quanto a edificações 
ecológicas, fazendo com que o 30 St Mary Axe seja merecedor do belo cartão 
postal de Londres e faça sentido a todosos prêmios que ganhou. 
 
 
 
 
Bibliografia 
Amaral, V. Moraes, B. Santos, L. Costa, K. Arquitetura de Norman Foster. 
Encontro Nacional de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 19 a 
22 de outubro, 2015. 
Massey, Jonathan. Weigand, Andrew. The Gherkin: Como a famosa Torre de 
Londres Alavancou o Risco e Tornou-se um Ícone. Architectural Design School. 
Disponível em:< https://por.architecturaldesignschool.com/gherkin-how-london-
s-famous-tower-leveraged-risk-36305 >. Acesso em: 02 de set de 2020. 
Hernandez, José Miguel. 30 St. Mary Axe (The Gherkin), London, UK. Disponível 
em:< https://www.jmhdezhdez.com/2011/08/gherkin-london-30-st-mary-
axe.html>. Acesso em: 02 de Set de 2020. 
Swiss Re. Wiki Arquitectura. Disponível em:< 
https://pt.wikiarquitectura.com/constru%C3%A7%C3%A3o/swiss-re/>. Acesso 
em: 02 de Set de 2020. 
Gherkin (30 St Mary Axe). Xpecial Design. Disponível em:< 
https://www.xpecialdesign.com.br/arquitetura/gherkin-30-st-mary-axe/ >. Acesso 
em: 02 de Set de 2020. 
30 St Mary Axe. Portal Foster and Partners. Disponível em:< 
https://www.fosterandpartners.com/projects/30-st-mary-axe/ >. Acesso em: 02 
de Set de 2020. 
Pintos, Paula. Torre 30 St Mary Axe / Foster + Partners. ArchDaily. Disponível 
em:< https://www.archdaily.com.br/br/930272/torre-30-st-mary-axe-foster-plus-
partners >. Acesso em: 02 de set de 2020. 
Tecnologia, iluminação e criatividade: saiba mais sobre o estilo único de Norman 
Foster. ArchTrends. Disponível em: < https://archtrends.com/blog/norman-
foster/>. Acesso em: 02 de Set de 2020. 
 
Silva, Felipe Pereira. Arquitetura Performática: Decisão formal em resposta a 
parâmetros ambientais no processo projetual. Trabalho final de graduação 
apresentado à Universidade Presbiteriana Mackenzie. São Paulo. 2018.