Buscar

Caso 8 - Mandado de Segurança - Correção

Prévia do material em texto

Aluno (a): ELTON JOHN MELO PESSOA 
Turma: LX RA: 001201602918 Data: 02/07/2020 
 
PEÇA PROCESSUAL 
 
Espécie: ( ) Trabalhista ( X ) Empresarial/tributária ( ) Penal/Constitucional 
( ) Cível 
 
 
Peça 8: MANDADO DE SEGURANÇA C/C PEDIDO LIMINAR (correção) 
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA __ª VARA DA FAZENDA 
PÚBLICA DA COMARCA DE SÃO PAULO/SP 
 
 
 
 
 
 
 
GATO PRETO LTDA., pessoa jurídica de direito privado, 
devidamente constituída (Doc. 01), regularmente inscrita no CNPJ sob nº ___, com sede 
social na rua __, nº __, bairro __, Cidade/UF, CEP __, representada pelo(a) Sr(a). ___, 
pessoa física, regularmente inscrito(a) no CPF sob nº __, residente e domiciliado(a) na 
rua __, nº __, bairro __, Cidade/UF, CEP __, neste ato representada por seu advogado, 
Dr(a) ___ (Doc. 02), com escritório na rua __, nº __, bairro __, Cidade/UF, CEP __, vem, 
mui respeitosamente, com fulcro no artigo 5º, inciso LXIX da CF/88 e na Lei nº 
12.016/2009, impetrar 
 
MANDADO DE SEGURANÇA C/C PEDIDO LIMINAR 
 
em face da FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO, pessoa jurídica de 
direito público interno, regularmente inscrita no CNPJ sob nº ___, sediada na rua __, nº 
__, bairro __, Cidade/UF, CEP __, representada por sua autoridade coatora, o(a) 
Secretário(a) da Receita Estadual de São Paulo, pessoa física, regularmente inscrito(a) 
no CPF sob o nº ___, residente e domiciliado(a) na rua __, nº __, bairro __, Cidade/UF, 
CEP __, pelos argumentos de fato e de direito que a seguir expõe. 
 
I. DO CAMIBENTO DO MANDADO DE SEGURANÇA 
Conforme disposto no artigo 5º, inciso LXIX da CF/88, a presente 
impetração consiste na busca pela tutela de direito líquido e certo, não amparado por 
habeas corpus ou habeas data, em detrimento da iminência do cometimento de 
ilegalidade pela autoridade coatora da ré, pelas razões a seguir demonstradas. 
 
II. DOS FATOS 
Motivada pelos efeitos econômicos danosos decorrentes da atual 
pandemia Covid-19, a Assembleia Legislativa paulista aprovou a lei 1234/20, sancionada 
pelo Governador e de vigência imediata, tendo por fundamento recuperar receitas 
públicas. Por tal lei, passam a ser contribuintes do ICMS as empresas de transporte 
coletivo urbano de passageiros, em razão da prestação de serviços intramunicipais, 
categoria na qual está inserida a autora. 
Com justo receio da iminente prática de atos de cobrança desse 
imposto, a empresa autora entendeu estar exposta a grave perigo de prejuízo, considerada 
o risco de constituição de crédito tributário e posterior inserção na dívida ativa do Estado, 
ficando impossibilitada da obtenção de certidão de regularidade fiscal. 
Salienta-se que o valor apurado pela própria autora, a título de ICMS, 
seria de R$120.000,00 (cento e vinte mil reais) (Doc. 03). 
 
III. DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS 
Primeiramente, há que mencionar a clara legitimidade da empresa 
para a impetração do presente mandado de segurança, uma vez comprovado seu interesse 
processual e como parte, na medida em que se enquadra na categoria de empresa 
destinada ao transporte coletivo urbano intramunicipal. 
Quanto ao mérito, o tributo criado pela Lei Estadual 1234/20 é 
inconstitucional e ilegal. Inconstitucional, na medida em que o ICMS não encontra 
hipótese de incidência sobre o transporte coletivo urbano intramunicipal (artigo 155, II 
da CF/88); e ilegal, na medida em que não é previsto em Lei Complementar Estadual, 
conforme determina o artigo 146, III, “a” da CF/88, configurando, assim, violação 
expressa inclusive ao artigo 150, I da Carta Magna. 
Em relação à própria vigência da Lei nº 1234/20, sua criação, votação 
e publicação ocorreram de forma manifestamente ofensiva ao princípio da anterioridade 
nonagesimal (vacatio legis), positivado também no artigo 150 da CF/88, no inciso III, 
alíneas “b” e “c”. 
 
IV. DA MEDIDA LIMINAR 
Não obstante, conforme o exposto, restam comprovados os requisitos 
para a concessão da tutela de urgência, previstos no artigo 300 do Código de Processo 
Civil vigente, quais sejam: o “fumus boni iuris” e o “periculum em mora”, uma vez que, 
caso se efetive a cobrança do tributo, e, consequentemente, ocorram os desdobramentos 
jurídicos em sua decorrência, a atividade empresarial ficará comprometida, tanto pelo 
aspecto econômico, quanto pelo aspecto tributário. 
 
V. DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, a autora requer: 
a. A concessão da tutela de urgência, em caráter cautelar, observado o artigo 301 
do CPC; 
b. A procedência da ação, com a concessão da ordem de segurança, em 
definitivo; 
c. A juntada dos documentos anexados; 
d. A citação da ré; 
e. A determinação da produção de quaisquer provas que se julgue necessárias, 
aceitas dentro do ordenamento jurídico; 
f. A condenação da ré no pagamento das custas processuais e honorários 
advocatícios. 
 
VI. DO VALOR DA CAUSA 
Atribui-se à causa o valor de R$120.000,00 (cento e vinte mil reais). 
 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
São Paulo, 02 de julho de 2020. 
 
 
Advogado______ 
OAB______

Continue navegando