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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA – UNIPAMPA CAMPUS SANTANA DO LIVRAMENTO - RS CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS O AVANÇO DA INDUSTRIALIZAÇÃO SOB GETÚLIO: A Era Vargas - 1930- 1945 Prof. Dr. Altacir Bunde E-mail: altacirbunde@unipampa.edu.br Santana do Livramento – RS – Setembro de 2020 PROCESSO DE SUBSTITUIÇÃO DE IMPORTAÇÕES ➢ A forma assumida pela industrialização brasileira depois de 1930 foi o chamado Processo de Substituição de Importações (PSI). ➢ Essa fase fundamental da industrialização da economia brasileira se estende de 1930 a 1960; A década de 1930 e o deslocamento do centro dinâmico: ➢ A crise de 1930, iniciada nos Estados Unidos e que repercutiu na Europa, chegou ao Brasil por meio de uma rápida queda na demanda por café, acompanhada de forte queda nos seus preços. ➢Outro impacto importante da crise foi a reversão dos fluxos de capital: se a década de 1920 foi bastante favorável ao Brasil no que tange à entrada de capital externo, essa entrada foi revertida com a crise de 1930; ➢ Assim, configurou-se uma grave crise no balanço de pagamentos brasileiros, pois as exportações caíram e a balança de capital passou a ser negativa; ➢ A forma como o Brasil fez frente à crise, provocou o que Celso Furtado chamou de deslocamento do centro dinâmico da economia brasileira. ➢ Este se refere ao período em que o elemento essencial na determinação do nível de renda da economia brasileira deixa de ser a demanda externa, como é típico de uma economia agroexportadora, e passa a ser a atividade voltada ao mercado interno, mais precisamente o consumo e especialmente o investimento doméstico; ➢ Esse deslocamento ocorre em função da crise e da resposta à crise dada pelo governo de Getúlio Vargas, depois de ter ocorrido a Revolução de 30. ➢ Ao longo da década de 1930, o setor industrial passa a ganhar espaço, em detrimento do setor agrícola, na geração de valor adicionado na economia brasileira; ➢ Para conter a crise de 1930 o governo tomou duas medidas: a “a manutenção da renda” e o “deslocamento da demanda”; MANUTENÇÃO DA RENDA ➢ A manutenção do nível de renda, evitando uma queda mais acentuada, foi feita essencialmente por meio do reforço da política de defesa do café. ➢ O governo, dada a enorme dificuldade nas vendas das supersafras de café, decidiu estocar café e acabou por queimá-lo. ➢ Essa política, ainda mais quando financiada, em parte, com crédito e emissão de moeda doméstica, constitui um tipo de política keynesiana de sustentação da demanda agregada (antes de Keynes ter publicado sua principal obra, o que ocorre em 1936). ➢ Assim, mesmo pagando um preço mínimo baixo para os cafeicultores, esse preço ainda viabilizava a realização da própria colheita e, portanto, o emprego e a renda de muitas pessoas, assim como permitia a manutenção de parte do efeito multiplicador exercido pelo café sobre o restante da economia; 7 Ano (A) Toneladas de Café Destruídas (B) Quantidade Produzida de Café % de A sobre B 1931 169.547 1.301.670 13,03 1932 559.778 1.535.745 36,45 1933 821.221 1.776.600 46,22 1934 495.947 1.652.538 30,01 1935 101.587 1.135.872 8,94 1936 223.869 1.577.046 14,20 1937 1.031.786 1.460.959 70,62 1938 480.240 1.404.143 34,20 1939 211.192 1.157.031 18,25 1940 168.964 1.002.062 16,86 1941 205.370 961.552 21,36 1942 138.768 829.879 16,72 1943 76.459 921.934 8,29 1944 8.127 686.686 1,18 Total: 1931 a 1944 4.692.855 17.403.717 26,96 Fonte: dados brutos Pelaez (1973) e IBGE (1990) Café Destruído pelo Governo Federal e Produção Nacional (1931 - 1945) - toneladas DESLOCAMENTO DA DEMANDA ➢Mantida minimamente a demanda, continuava, porém, existindo um problema no balanço de pagamentos. Esse problema, causado pela queda nas exportações de café e na entrada de recursos externos, era ainda agravado pela própria manutenção da demanda nessa economia. Com tal manutenção de demanda, parte dela materializava-se por meio de importações; ➢A fim de solucionar esse problema, foi feita uma moratória sobre parte da dívida externa do país e permitida uma expressiva desvalorização da moeda nacional. ➢Também se impôs um contingenciamento no uso dos recursos externos, isto é, as poucas divisas (moeda estrangeira) que entravam no país tinham sua utilização regulada pelo governo, e foram utilizadas para o pagamento de alguns compromissos externos e para a aquisição de bens essenciais ao país; ➢A desvalorização de câmbio provocou forte elevação nos preços dos produtos importados. Essa elevação junto com a própria dificuldade em se importarem produtos pelo contingenciamento, tornou os produtos nacionais atraentes; ➢Os produtos nacionais passaram então a substituir os produtos importados no atendimento à demanda. ➢A produção nacional passou, assim, com a proteção recebida frente aos concorrentes externos e com as vendas propiciadas pela manutenção da demanda, a gerar uma rentabilidade que, dada a queda de rentabilidade do setor cafeeiro, atraía o capital de outros setores e o próprio reinvestimento dos lucros gerados na atividade industrial; ➢Nesse momento, são justamente esses investimentos que passam a ditar o ritmo de crescimento da economia brasileira, caracterizando assim o deslocamento do centro dinâmico de nossa economia; ➢Quando a capacidade ocioso da economia se esgotou, passou a ser necessária sua ampliação, que foi possível tanto pelo crescimento da indústria interna de bens de produção, como por meio de novas importações de máquinas e equipamentos. ➢Nesse ponto, ocorreu mudança na pauta de importações; houve aumento da participação, nessa pauta, de bens de produção (máquinas, equipamentos e matéria-prima) em detrimento dos bens de consumo leves que passaram a ser produzidos internamente; ➢Assim, a década de 1930 é marcada pela estagnação e mesmo declínio da produção de café, ao mesmo tempo em que a indústria possui, depois dos dois primeiros anos da década, um crescimento sustentado; CARACTERÍSTICAS DA INDUSTRIALIZAÇÃO POR SUBSTITUIÇÕES DE IMPORTAÇÕES ➢ A década 1930, assim como as décadas subsequentes,compõe o período em que houve forte avanço do setor industrial no Brasil. ➢ Esse avanço teve determinadas características que permitiram chamá-lo de industrialização por substituição de importações. ➢ A principal característica de tal processo é uma industrialização fechada, que responde a desequilíbrios externos e é realizada por partes; ➢ A característica dessa industrialização substituidora de importações é a de ser uma industrialização fechada, em função de dois elementos: a) ser voltada para dentro, isto é, visar ao atendimento do mercado interno, não ser uma industrialização que produz para exportar; b) depender em boa parte de medidas que protegem a indústria nacional dos concorrentes externos; ➢ Em segundo lugar, o processo de substituição de importações, como modelo de desenvolvimento, pode ser caracterizado pela seguinte seqüência: a) Inicia-se com um estrangulamento externo – a queda do valor das exportações, por exemplo; b) Para contrapor-se à crise cambial (o estrangulamento externo), o governo toma medidas, para controlar essa crise, que acabam por proteger a indústria nacional preexistente, aumentando a competitividade e a rentabilidade da produção doméstica; ➢ Gera-se uma onda de investimentos nos setores substituidores de importação, produzindo-se internamente parte do que antes era importado, aumentando a renda nacional e a demanda agregada; ➢ Observa-se, no entanto, um novo estrangulamento externo, em função do próprio crescimento da demanda, que se traduz em aumento das importações e de parte dos investimentos que se transformaram em matérias- primas e equipamentos importados; ➢ como em geral o ritmo do crescimento das importações é mais rápido do que o crescimento das exportações, nova crise recoloca-se, retomando-se o processo;➢Percebe-se que o motor dinâmico do PSI era o estrangulamento externo. ➢Tal estrangulamento externo era recorrente e relativo, pois a tendência era repetir-se sistematicamente ao longo do processo de substituição das importações, e relativo porque não poderia haver um desequilíbrio externo absoluto que significasse um limite completo às importações, as quais deveriam se manter minimamente para fazer face às necessidades relativas aos investimentos e à ampliação da capacidade produtiva do país; ➢O investimento, nesse momento, passa a ser variável- chave para determinar o ritmo do crescimento econômico nacional, substituindo as exportações que eram o ponto-chave do ritmo de crescimento do país em sua fase agroexportadora; ➢Todavia, conforme o investimento e a produção avançavam em determinado setor, geravam-se pontos de estrangulamento em outros. ➢A demanda pelos bens desses outros setores era atendida por meio de importações; ➢Houve um processo de industrialização por etapas, a pauta de importações ditaria a seqüência dos setores objeto dos investimentos industriais: bens de consumo não duráveis, bens de consumo duráveis, bens intermediários, bens de capital; C o n su m o n ã o d u rá v e l C o n su m o d u rá v e l In te r m e d iá rio s C a p ita l 4 ª ro d a d a 3 ª ro d a d a 2 ª ro d a d a 1 ª ro d a d a I n d u s tr ia liza ç ã o p o r s u b s t itu iç ã o d e im p o r ta ç õ e s – a in d u s tr ia liza ç ã o p o r e ta p a s ➢O processo de industrialização por substituição das importações caracterizava-se pela ideia de “construção nacional”, ou seja, alcançar o desenvolvimento e a autonomia com base na industrialização, de forma a superar as restrições externas e a tendência à especialização na exportação de produtos primários; MECANISMOS DE PROTEÇÃO À INDÚSTRIA NACIONAL UTILIZADOS NO PSI ➢ Frente a uma crise cambial, o governo adotava determinadas medidas que, ao reduzirem as importações, acabavam por se constituir em um sistema de proteção à indústria nacional, sustentando seu desenvolvimento. Pode-se apontar, do ponto de vista comercial, quatro tipos de respostas a crises cambiais: ➢ 1. Desvalorização real do câmbio: promovendo-se uma forte desvalorização da taxa nominal de câmbio, acima do aumento de preços internos, acaba-se por aumentar o preço dos produtos importados frente aos nacionais, o que se constitui em uma proteção aos produtores nacionais; ➢ 2. Controle de câmbio: estabelece-se um sistema de licenças para importar, controlando o acesso dos demandantes de divisas à moeda estrangeira; ➢ 3. Taxas múltiplas de câmbio: nesse sistema, estabelecem-se vários mercados cambiais (denominados, por exemplo, de câmbio livre, flutuante, comercial) destinando-se a cada um deles alguns tipos de demanda de oferta de divisas. Em cada mercado surge uma taxa específica de câmbio. ➢ 4. Elevação das tarifas aduaneiras: aqui, em vez de controlar o câmbio, simplesmente se elevam as tarifas de importação, diminuindo-as; DIFICULDADES NA IMPLEMENTAÇÃO DO PSI ➢ Ao longo de três décadas, esse processo foi implementado, modificando substancialmente as características da economia brasileira, industrializando-a e urbanizando-a. ➢ Isso, foi feito com inúmeros percalços e algumas dificuldades. As principais dificuldades na implementação do PSI no Brasil foram as seguintes: ➢ 1) Tendência ao desequilíbrio externo: aparecimento por causa da política cambial, pela indústria sem competitividade e pela elevada demanda por importações; ➢ 2) Aumento da participação do Estado: ao Estado coube as funções de adequação do arcabouço institucional à indústria, geração de infra-estrutura básica, fornecimento dos insumos básicos e captação e distribuição de poupança; ➢ 3) Aumento do grau de concentração de renda: êxodo rural do desincentivo à agricultura, capital intensivo no investimento industrial, gerando poucos empregos no setor urbano. ➢ 4) Escassez de fontes de financiamento: praticamente inexistência de um sistema financeiro e de uma reforma tributária ampla; PAPEL DA AGRICULTURA NA INDUSTRIALIZAÇÃO DO PAÍS ➢Apesar dessa diminuição de participação do setor agrícola, deve-se destacar sua importância para tal industrialização. Consideram-se as seguintes funções da agricultura em um processo de industrialização: ➢Liberação de mão-de-obra: ao longo do processo de industrialização, a força de trabalho antes concentrada no campo deve ser transferida para as indústrias; ➢Fornecimento de alimentos e matérias-primas: à medida que ocorre o crescimento das zonas urbanas e o desenvolvimento da indústria, estes setores necessitam cada vez mais de produtos fornecidos pela agricultura (alimentos e diversas matérias-primas; ➢ Transferência de capital: quando se parte de uma economia tipicamente agrícola, não só os trabalhadores estão concentrados no campo, mas também o capital está aplicado na agricultura, assim a industrialização exige que parte desses recursos sejam transferidos para os setores industriais; ➢ Geração de divisas: uma importante função do setor agrícola é manter elevado nível de exportações, a fim de viabilizar, com as divisas obtidas com essas exportações; ➢ Mercado consumidor: a agricultura também se constitui em importante mercado consumidor dos produtos gerados no setor industrial e nas cidades; PROCESSO DE SUBSTITUIÇÃO DE IMPORTAÇÕES ➢No Brasil, durante o processo de substituição de importações, alguns autores alegavam relativo atraso do setor agrícola, que representa um entrave ao processo de crescimento econômico do país; ➢Dentro dessas concepções destaca-se a visão estruturalista de inflação, segundo a qual a agricultura atrasada impedia que o crescimento da oferta de produtos agrícolas acompanhasse a demanda urbana, constituindo-se em constantes choques de oferta, que levavam à elevação do nível de preços; ➢Outro problema diagnosticado era a ausência de reforma agrária, em que a existência de grandes latifúndios levava a uma profunda concentração de renda, impedindo a criação de um mercado consumidor mais amplo para a indústria; CONTEXTO HISTÓRICO ➢Revolução de 1930 ➢Governo Provisório 1930 - 1934 ➢Governo Constitucional 1934 - 1937 ➢Governo Ditatorial 1937 - 1945 ➢O Populismo de Vargas ➢ Indicadores Sociais do Governo de Vargas REVOLUÇÃO DE 30 • A Revolução de 1930: inconformados com a derrota, o Rio Grande do Sul , Minas Gerais , Paraíba e Pernambuco iniciam confrontos armados contra tropas do governo. A situação foi agravada quando João Pessoa – candidato a vice de Getúlio Vargas – foi assassinado. Em 24 de outubro de 1930 os militares do Rio de Janeiro depuseram o presidente Washington Luis colocando Getúlio Vargas na presidência do Brasil. REVOLUÇÃO DE 1930 ➢ Em 1930 acontecem eleições para escolher um novo presidente, mas desta vez o acordo café com leite não deu certo pois os dois estados queriam lançar candidatos. Então o estado de Minas Gerais aliou-se ao Rio Grande do Sul formando a Aliança Liberal. ➢A Aliança Liberal queria adotar o voto secreto e instituir leis trabalhistas o que agradou a população urbana e aos trabalhadores em geral. ➢Na apuração dos votos o candidato da Aliança Liberal, Getulio Vargas, foi derrotado pelo candidato apoiado por São Paulo, Julio Prestes. ➢Derrotado nas urnas e alegando fraude, Vargas comanda um movimento armado que acabaria derrubando o presidente Washington Luís. A ERA VARGAS • Os 15 anos de governo de Vargas pode ser dividido em três fases: • Governo Provisório (1930 a 1934) • Governo Constitucional (1934 a 1937) • Governo Ditatorial (1937 a 1945) GOVERNO PROVISÓRIO 1930 - 1934 ➢ Neste período Getulio Vargas tentou apagar todas as marcas deixadas pelo coronelismo e pela política do café com leite, para isso nomeou interventores militares para os estados, suspendeu a constituição e fechou o congresso nacional e as assembléiaslegislativas e câmaras municipais, pois todas haviam sido eleitas ainda na República Velha. GOVERNO PROVISÓRIO 1930 - 1934 • Revolução Constitucionalista ➢ Em 1932 explodiu a chamada “revolução constitucionalista” de 9 de julho em São Paulo. ➢ Foi uma revolta patrocinada pela oligarquia paulista a pretexto de exigir do governo federal a reconstitucionalização do país. ➢ De fato, os coronéis paulistas ansiavam por reassumir o poder através de eleições controladas por eles. GOVERNO PROVISÓRIO 1930 - 1934 ➢ Em maio de 1932, quatro estudantes de São Paulo – Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo foram mortos numa manifestação pública em confronto com o governo federal. ➢ Que formou a sigla M.M.D.C símbolo do movimento da Revolução Constitucionalista GOVERNO PROVISÓRIO 1930 - 1934 ➢ Depois de três meses de luta e muitos mortos e feridos, os soldados paulistas foram derrotados pelas tropas paulistas. ➢ A revolta foi dominada pelo governo federal, mas Getúlio Vargas teve que convocar uma Assembléia Constituinte para elaborar uma nova Constituição, sendo essa, a principal reivindicação formal do movimento de 1932. GOVERNO PROVISÓRIO 1930 - 1934 ➢ A Constituição de 1934: dentre as principais características desta constituição destacamos: a) O voto secreto; b) Direito de voto para as mulheres; c) Eleições diretas; d) Mandato presidencial de 4 anos; e) Direitos trabalhistas; f) Limite de jornada de trabalho; g) Férias anuais; h) Indenização por demissão sem justa causa; i) Proteção das riquezas naturais do país. GOVERNO PROVISÓRIO 1930 - 1934 ➢ A constituição de 1934 estabelecia que, após sua divulgação, o primeiro presidente da república seria eleito de forma indireta, pelos membros da Assembléia Constituinte. ➢ Vargas foi vitorioso nessa primeira eleição, iniciando seu mandato constitucional: ➢ 175 votos - Vargas ➢ 59 votos - Borges Medeiros Os Integralistas x Os Aliancistas O Combate ao comunismo GOVERNO PROVISÓRIO 1930 - 1934 ➢Durante esse período ganharam destaque na vida pública do país dois grupos políticos com ideologias bastante diferentes. GOVERNO PROVISÓRIO 1930 - 1934 ➢ AIB- Ação Integralista Brasileira: seus integrantes eram conhecidos como integralistas, defendiam um regime político autoritário, eram contrários ao comunismo, queriam a censura das atividades artísticas. ➢ ANL – Aliança Nacional Libertadora: seus integrantes eram chamados de aliancistas e defendiam o não pagamento da dívida externa, a nacionalização de empresas estrangeiras. GOVERNO PROVISÓRIO 1930 - 1934 • O combate ao comunismo ➢ A Aliança Nacional Libertadora (ANL) cresceu rapidamente, contando com cerca de 1600 núcleos pelo país e reunindo cerca de 70 mil e 100 mil membros. ➢ Vargas considerou a ANL ilegal e mandou prender seus líderes, havendo muita preocupação da parte dele, devido a força que se formava. ➢Diante da repressão, os comunistas planejavam um revolta militar contra o governo. ➢ Em novembro de 1935, os comunistas das rebeliões de batalhões do Rio Grande do Norte, Pernambuco e Rio de Janeiro, foram dominadas pelo governo. GOVERNO DITATORIAL 1937 - 1945 1. Plano Cohen 2. Vargas na Segunda Guerra GOVERNO DITATORIAL 1937 - 1945 ➢As principais características deste período foi: a) a elaboração de uma Constituição em 1937, b) a criação da Companhia Siderúrgica Nacional e da Companhia Vale do Rio Doce, c) elaboração da CLT –Consolidação das Leis do Trabalho, d) criação do DIP – Departamento de Imprensa e Propaganda – para fazer uma propaganda positiva de Getúlio Vargas e da 2ª Guerra Mundial. GOVERNO DITATORIAL 1937 - 1945 ➢Como o mandato de Vargas estava chegando ao fim ele elaborou um plano, aproveitando –se do “Combate ao Comunismo” e alegando haver um plano dos comunistas chamado - Plano Cohen-. ➢ Segundo Vargas o Plano Cohen seria um plano para tomar o poder. ➢ Vargas declarou estado de emergência; que detinha em suas mãos os poderes mais amplos, ➢ 10 de novembro de 1937 Vargas ortogou uma nova constituição, substituindo a de 1937 GOVERNO DITATORIAL 1937 - 1945 ➢Durante a 2ª Guerra Mundial, Vargas decidiu apoiar os Aliados e conseguiu em troca um financiamento para a construção da usina de Volta Redonda e contratos de fornecimento de matéria prima de primeira necessidade durante a guerra (borracha e ferro). ➢ Em contrapartida sofremos retaliações dos alemães, por causa desse apoio, que afundaram 9 navios brasileiros no Oceano Atlântico. O POPULISMO DE VARGAS ➢ Populismo: política fundamentada no aliciamento das classes sociais de menor poder aquisitivo; pretende representar os interesses do cidadão comum. ➢ As indústrias cresceram e o número de trabalhadores também, ao mesmo tempo os trabalhadores foram tomando consciência de que era preciso lutar pelos seus direitos, o governo federal então elaborou uma política trabalhista que ao mesmo tempo que conquistava a simpatia dos trabalhadores exercia domínio sobre eles. ➢ A propaganda política do governo apresentava Vargas como “pai dos pobres”. INDICADORES SOCIAIS DO GOVERNO DE VARGAS I. Agricultura II. Industrias ➢Getúlio Vargas promoveu medidas importantes para resolver os problemas do café , que apesar da industrialização brasileira o café ainda era importante gerador de riquezas , incentivando o cultivo de outros produtos (algodão, cana de açúcar e frutas). ➢ Para defender a indústria nacional aumentou os impostos sobre produtos importados que tivessem semelhantes no país e ganhou o apelido de “Pai dos Pobres” pelos grandes avanços nos direitos trabalhistas que fez. INDICADORES SOCIAIS DO GOVERNO DE VARGAS ➢ Agricultura 1) Vargas recuperou a valorização do café 2) Incentivou o cultivo de; algodão, cana-de-açúcar, óleos vegetais e frutas tropicais. INDICADORES SOCIAIS DO GOVERNO DE VARGAS • Industrialização 1. Aumentou os impostos de importação 2. Diminuiu os impostos sobre a indústria nacional 3. Estimulou a produção e o consumo de produtos nacionais 4. Companhia Vale do Rio Doce 5. Companhia Siderúrgica Nacional QUESTÕES Fazer RESUMO dos cap. 30 a 35 do Livro - FURTADO, Celso. Formação econômica do Brasil. 32. ed. — Corapanhia Editeis Nacional, 2003 Data de entrega 07/10/2020 QUESTÕES DE REVISÕES – ECONOMIA BRASILEIRA I – 2020/1 Livro - Economia brasileira / Antônio Corrêa de Lacerda… [et al.]; organizadores José Márcio Rego, Rosa Maria Marques; colaboração especial Rodrigo Antonio Moreno Serra. — 4.ed. — São Paulo : Saraiva, 2010 Cap. 03 - A economia cafeeira 1. Por que a cultura do café revelou-se adequada ao Brasil, tendo sido, durante décadas, o carro chefe da economia brasileira? 2. Por que se pode afirmar que o comerciante de café desempenhava um papel fundamental na economia cafeeira? 3. Sobre que bases se assentava a relação entre fazendeiros e comerciantes de café? 4. Como funcionava o sistema de financiamento da produção cafeeira? Quais eram suas limitações? 5. Como foi equacionado o problema da inadequação da população nativa ao trabalho nas lavouras de café? Cap. 05 - A crise de 1930 e o avanço da industrialização brasileira 1. Quais foram os efeitos da Grande Depressão sobre a política econômica brasileira? 2. Que mecanismos de defesa do café foram utilizados durante a Grande Depressão? De que forma a desvalorização cambial atendia ao objetivo de defesa do café? 3. Quais foram as consequências da defesa do café durante a Depressão dos anos 1930 com relação à renda nacional? 4. Que papel assumiu o mercado interno após a Grande Depressão? 5. O que caracteriza o modelo de industrialização por substituição de importações? 6. Explique o conceito de industrialização restringida. 7. Qual foi o projeto nacional que se tentou implantar durante o Estado Novo? 8. Como evoluiu o crescimento industrial do país no pós-guerra, durante o governo Dutra? PRAZO DE ENTREGA – 07/10/2020
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