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PROJETO DE PESQUISA CURSO: BACHARELADO EM FISIOTERAPIA ACADÊMICOS: ALEF BRAGA TEMA: A IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO DO DIABETES. 1. INTRODUÇÃO A Fisioterapia é um grande aliado para uma boa qualidade de vida de pacientes com Diabetes. A diabetes é uma doença metabólica crônica grave que tem relação direta com os mecanismos da ação do hormônio insulina. Pacientes vem adquirindo diabetes gradativamente ao longo dos anos, e o numero só cresce, tornando-se um sério problema na saúde publica de todo o mundo, não sendo tratada e controlada adequadamente pode ocasionar outras sérias doenças. De acordo com o Ministério da Saúde (2006, Cadernos de Atenção Básica – nº. 16), O Diabetes Mellitus tem sido conceituado de diferentes formas, mas no geral prevalece noção de que se trata de uma “síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade da insulina de exercer adequadamente seus efeitos. Esta é caracterizada por hiperglicemia crônica frequentemente acompanhada de dislipidemia, hipertensão arterial e disfunção endotelial”. Conforme o Ministério da Saúde, “sua incidência e prevalência já alcançam proporções epidêmicas, consideradas graves, à medida que pode passar despercebidas, levando o indivíduo ao risco de complicações crônicas mesmo antes do diagnóstico”. (BRASIL, 2006) O fisioterapeuta, junto à equipe multiprofissional, tem ação decisiva nos três níveis de prevenção do diabetes mellitus. Para tanto, é necessário conhecer profundamente a doença, as alterações e impactos que ela gera sobre a saúde dos indivíduos portadores. (Bernardi, 2010) Realizando esse estudo de revisão de literatura, descobrimos a importância da fisioterapia no tratamento de pessoas com Diabetes. Sendo assim a fisioterapia é um grande aliado para uma boa qualidade de vida de pacientes com diabetes. 2 OBJETIVO GERAL Mostrar a importância da atuação da Fisioterapia destacando ações preventivas para o tratamento do Diabetes assim como suas alterações e possíveis complicações. 3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Abordar teoricamente a doença Diabetes; - Demonstrar a importância da Fisioterapia na prevenção e tratamento do Diabetes e de como ela é realizada. 4 JUSTIFICATIVA Levantamos uma preocupação em relação à validação da Fisioterapia no tratamento do diabetes na resolução da problemática que se refere em haver ganhos específicos ou não na melhoria sintomatológica, uma vez que trata-se de uma doença crônica. Os estudos mostram um amplo campo de atuação do fisioterapeuta no cuidado do paciente diabético, sobretudo perante as manifestações neurológicas e na prevenção de complicações do Diabetes. Desta forma a inserção do fisioterapeuta na equipe multiprofissional voltada para o tratamento e prevenção da doença deve ser estimulada. 5 PROBLEMA Qual a importância da fisioterapia no tratamento de diabetes? 7 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 7.1 Diabetes Brunner e Suddarth (2005, v. 3, p. 1217), “conceituam o Diabetes como uma alteração do metabolismo, sobretudo, do controle dos níveis de açúcar do organismo, que afeta todos os sistemas do nosso corpo, sendo relacionados diretamente ao aproveitamento dos alimentos, e não a sua digestão”. A Sociedade Brasileira de Diabetes (1994, p. 04) explica que os alimentos após serem deglutidos darão início ao processo digestivo, transformando-se em partículas no estômago e intestinos. Estes absorvem os nutrientes essenciais e lançam para todo sistema circulatório. A principal substância lançada na circulação é a glicose, é proveniente das proteínas, gordura e carboidratos. Porém, quando o fígado passa a lançar glicose demasiadamente, e esta não é aproveitada, acumula-se no sangue resultando em hiperglicemia. Quando há uma elevação dos níveis de glicemia, a quantidade de insulina também aumenta para que este excesso de glicose possa ser rapidamente absorvido pelas células. 7.2 Causas da Diabetes Segundo Malafaia, (2003, p. 02) o diabetes pode ser considerado uma doença da vida urbana moderna, sendo que antigamente as pessoas tinham uma atividade muscular desenvolvida, e hoje com a evolução das máquinas e alta tecnologia, o sedentarismo tornou-se uma realidade. Os hábitos alimentares que eram saudáveis tornaram-se prejudiciais, dando lugar aos alimentos refinados e industrializados. O estresse e as preocupações diárias aumentaram consideravelmente. São por esses fatores que o diabetes mellitus tende afetar cada vez mais pessoas, por estar diretamente ligado ao estilo de vida. Brunner e Suddarth (2005, v. 3, p. 1220), afirmam que “o diabetes, apresenta como principais sintomas: a poliúria que ocorre quando o corpo tenta eliminar o excesso de açúcar da circulação sangüínea. A polidipsia ocorre quando o corpo tenta repor a água que está sendo eliminada. Podem apresentar ainda fadiga, fraqueza e perda de peso devido à incapacidade de armazenar glicose. A polifagia acontece numa tentativa de fornecer ao corpo mais alimento para gerar energia. Em alguns casos, podemos observar outros sintomas como infecção vaginal, cicatrização lenta, prurido, dormência, dor ou formigamento nas mãos e pés, e turvação visual. 7.2.1 Fatores de risco que podem contribuir para o desenvolvimento da diabetes Além dos fatores genéticos e a ausência de hábitos saudáveis, existem outros fatores de risco que pode contribuir para o desenvolvimento do diabetes. Diagnóstico de pré-diabetes; Pressão alta; Colesterol alto ou alterações na taxa de triglicérides no sangue; Sobrepeso, principalmente se a gordura estiver concentrada em volta da cintura; Pais, irmãos ou parentes próximos com diabetes; Doenças renais crônicas; Mulher que deu à luz criança com mais de 4kg; Diabetes gestacional; Síndrome de ovários policísticos; Diagnóstico de distúrbios psiquiátricos - esquizofrenia, depressão, transtorno bipolar; Apneia do sono. 7.2.2 Sintomas da diabetes Há vários tipos de diabetes, que diferem na etiologia, evolução clínica e tratamento. O mais frequente é o tipo 2. Segundo Brunner e Suddarth (2005, v. 3, p. 1217), o Diabetes Mellitus Tipo 2, é um distúrbio metabólico caracterizado pela deficiência relativa de produção de insulina e uma diminuição na ação desta, ocasionando outras complicações. O início é geralmente insidioso, sendo a história familiar comum e associada a fatores de risco. As mesmas autoras ressaltam que as manifestações clínicas mais frequentes com o aumento da glicemia são: poliúria, nictúria, polidipsia, boca seca, polifagia, emagrecimento rápido, fadiga, fraqueza, tonturas, etc. Além dos sintomas citados, o paciente pode evoluir para uma Cetoacidose Diabética e Coma Hiperosmolar. As manifestações em longo prazo, que podem atingir órgãos vitais, são a Retinopatia Diabética, problemas cardiovasculares, alterações circulatórias e Neuropatias. 7.3 A importância das atividades fisioterápica para o tratamento do diabetes È grande a relevância das atividades físicas para o tratamento do Diabetes, já que é comprovado cientificamente que a realização de atividades físicas diminui consideravelmente os sintomas dessa doença, sendo que aumenta a capacidade de lidar com os fatores de estresse, melhora à autoestima, melhora também a capacidade de concentração e contribui para a maior qualidade do sono, além de melhorar a qualidade de vida e saúde das pessoas. Os benefícios da prática da atividade física regular para a saúde têm sido amplamente documentados. Há várias evidências de que os resultados inicialmente obtidos em programa de atividadefísica só serão mantidos se os indivíduos continuarem praticando exercício apropriado em longo prazo (GÓES, 2008). No tratamento para diabetes, a promoção da saúde é essencial e envolve a prevenção da doença, incluindo a atividade física e programas de alimentação saudável para todas as idades. No entanto, a fisioterapia também ajuda no tratamento para diabetes. E a resposta está na indicação de um exercício fisioterápico seguro e efetivo, já que muitos diabéticos estão acima do peso e apresentam problemas articulares e cardiovasculares. No tratamento para diabetes, o fisioterapeuta deve recomendar atividades aeróbicas de resistência e movimentos que consideram importantes, além de evitar aqueles que podem prejudicar o paciente, de acordo com a sua condição de saúde. O profissional também ensinará treinos específicos para melhorar a função e o controle glicêmico, aliados à terapia manual, com o objetivo de atingir problemas comuns aos doentes. 7.4 A prevenção e cuidados A atuação da Fisioterapia se faz através de ações promotoras para impedir o estabelecimento de ulcerações, bem como, de exercícios de fortalecimento, alongamento, treino de marcha e equilíbrio (SILVA, 2012). Não podemos deixar de sempre avaliar o equilíbrio para análise do centro de massa e a sensibilidade tátil da região plantar (SANTOS, 2008). O grande desafio para a redução de amputações e portanto, para a melhoria da qualidade de vida de pacientes predispostos ao desenvolvimento do pé diabético, é a prevenção da formação de úlceras (CARVALHO, 2003). A avaliação é de extrema importância para direcionar o tratamento do paciente, bem como prevenir progressão da patologia. Estudos demonstram que a presença do fisioterapeuta na avaliação, como na reabilitação, ou mesmo na melhora do quadro já estabelecido é de extrema relevância Se faz necessário a utilização de exercícios respiratórios com movimentos ativos lentos, bem como alongamento da musculatura de membros superiores e inferiores, além dos músculos lombares (SANTOS, 2008). 8 METODOLOGIA Foram selecionados livros e artigos relacionados ao tema que é: A importância da Fisioterapia no tratamento de Diabetes. A pesquisa foi realizada através da revisão bibliográfica, onde pesquisamos em acervos públicos e privados, bem como na Biblioteca Virtual em Saúde, caracterizados como Literatura Latino-Americana em Ciências de Saúde (LILACS) e na Scientifc Electronic Library Online (SciELO). 9 CONCLUSÃO De acordo com resultados de estudos anteriores, podemos relatar que a fisioterapia apresenta um importante papel no tratamento do diabetes mellitus de acordo com muitas pesquisas e artigos científicos realizados anteriormente, principalmente no que se refere ao tratamento das neuropatias periféricas melhorando a sensibilidade tátil plantar, instabilidade postural e equilíbrio, o que reduz o risco a quedas em muitos dos pacientes idosos. Pela escassez de estudos relacionados à intervenção fisioterapêutica em pacientes com diabetes, se faz necessário incentivo a novas pesquisas neste âmbito para melhor quantificar e qualificar sua eficácia. 10 CRONOGRAMA Ação JUL AG SET Elaboração da introdução X Elaboração dos objetivos, problemas e hipótese X Elaboração da justificativa X Elaboração do referencial bibliográfico X Elaboração da metodologia X Revisão final X 11 REFERENCIAS BRASIL, Ministério da saúde; Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Diabetes Mellitus. Cadernos de Atenção Básica – n. 16. Brasília: 2006. Bernardi DF. Fisioterapia preventiva em foco. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2010. P.156-163. BRUNNER; SUDDARTH. Tratado de Enfermagem Médico Cirúrgico. 10ª ed.vol.3. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. CARVALHO, Marcio. Um sistema para o monitoramento do pé diabético. Sergipe, 2003. Disponível em: <http://www.lbd.dcc.ufmg.br/colecoes/wim/2003/004.pdf>. Acesso em: 22 de julho 2020. GÓES, Anna Paula P. Diabetes mellitus tipo 1 no contexto familiar e social. São Jose do Rio Preto, 2008. Disponível em: <http://www.portaleducacao.com.br/medicina/artigos/5829/diabetes-mellitus-tipo-1-no- contexto-familiar-e-social>. Acesso em: 16 de julho 2020. MALAFAIA, S. A base de sua saúde. Disponível em: <http://www.diabetes.org.br/pubicações/ms19/19_hmt> Acesso em: 09 de julho de 2020. SANTOS, A. A. Efeito do treinamento proprioceptivo em mulheres diabéticas. Revista Brasileira de Fisioterapia, São Carlos, v. 12, n. 3, p. 183-7 SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Como cuidar do seu diabetes. 1ªed. São Paulo. 1994. http://www.diabetes.org.br/pubicações/ms19/19_hmt
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