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Relato de caso Diabetes atualizado

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CENTRO UNIVERSITÁRIO PLANALTO DO DISTRITO FEDERAL 
UNIPLAN ITABAIANA 
BACHARELADO EM ENFERMAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO DE CASO - DIABETES MELLITUS TIPO 2 (DM2) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 JOANNA CRISTINE BARBOSA PIRES 
UL20117945 
 
JOSÉ HAMILTON DOS SANTOS MESSIAS 
UL20112268 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Itabaiana – SE 
2023 
JOANNA CRISTINE BARBOSA PIRES 
UL20117945 
 
JOSÉ HAMILTON DOS SANTOS MESSIAS 
UL20112268 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO DE CASO – DIABETES MELLITUS TIPO 2 (DM2) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estudo de caso apresentado à Universidade 
Palácio do Planalto (UNIPLAN) como requisito 
básico para a conclusão da Graduação em 
Enfermagem. 
 
Orientador (a): Prof. Adrielle Mendonça 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Itabaiana – SE 
2023 
SUMÁRIO 
1.0 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 4 
2.0 DESENVOLVIMENTO E ASPECTOS DO RELATO DE CASO ........................... 4 
2.1 DESCRIÇÃO DA PACIENTE E SEU QUADRO CLÍNICO ................................. 5 
2.1.2 DESCRIÇÃO DO EXAME FÍSICO DE DM2 ................................................ 6 
2.2 DISCUSSÃO SOBRE A DIABETES MELLITUS TIPO 2 (DM2) ......................... 7 
2.2.1 TIPOS DE DIABETES MELLITUS (DM) ......................................................... 8 
2.2.2 DIAGNÓSTICO DA DIABETES MELLITUS (DM) ........................................... 9 
2.3 TRATAMENTO DO DIABETES MELLITUS 2 (DM2) E A RELAÇÂO COM O 
CASO CLÍNICO DA PACIENTE............................................................................. 10 
2.4 A IMPORTÂNCIA DA RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE NO TRATAMENTO DA 
DOENÇA ................................................................................................................ 11 
3.0 CONCLUSÃO SOBRE O DM2 ........................................................................... 14 
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1.0 INTRODUÇÃO 
Este trabalho apresentar um estudo de caso sobre Diabetes Mellitus tipo 2 
(DM2), ao explorar discussões relacionadas à doença, com base em dados 
encontrados na literatura científica. É válido lembrar que, “estudo de caso”, é uma 
forma de pesquisa qualitativa que envolve uma análise aprofundada e detalhada de 
um único indivíduo, evento, grupo, organização ou situação. Além disso, visa 
examinar e compreender um fenômeno específico em seu contexto real, coletando 
dados abrangentes e examinando diferentes aspectos relacionados a ele. 
(PRODANOV; FREITAS, 2013) 
Os estudos de caso desempenham um papel fundamental no desenvolvimento 
do discente em enfermagem, pois permite a integração de conhecimentos teóricos 
com a prática clínica. Essas abordagens também ajudam os discentes a desenvolver 
habilidades de raciocínio clínico e pensamento crítico, preparando-os para enfrentar 
com eficácia e segurança situações clínicas complexas. 
Nesse contexto, objetiva-se realizar uma análise de caso de uma paciente de 
59 anos, a qual informa ser portadora de Diabetes Mellitus tipo 2, há 12 anos, e que 
retorna à unidade básica de saúde para controle da doença e para a entrega de 
exames solicitados em sua última consulta. 
Posto isso, têm-se como intenção responder as seguintes questões 
norteadoras: Quais os tipos Diabetes Mellitus? O que é o Diabetes Mellitus tipo 2 e 
suas principais causas? Quais as principais formas de tratamento e 
acompanhamento? Como deve ocorrera reação médico-paciente? Qual o papel da 
atenção básica no suporte do tratamento da doença? 
 
2.0 DESENVOLVIMENTO E ASPECTOS DO RELATO DE CASO 
Como citado acima, o propósito deste relato é promover uma análise 
aprofundada do Diabetes Mellitus tipo 2, explorando dados da literatura, o caso clínico 
em questão e a abordagem da DM2 na atenção básica à saúde. O objetivo é enfatizar 
5 
 
a importância do controle da doença e aprimorar a qualidade de vida do paciente. 
Nesse segmento, os tópicos a seguir tratarão sobre esses aspectos. 
 
2.1 DESCRIÇÃO DA PACIENTE E SEU QUADRO CLÍNICO 
Como citado anteriormente, é uma paciente mulher, com 59 anos, que retorna 
à Unidade Básica de Saúde para controle de Diabetes e entrega de exames 
solicitados em sua última consulta. Esta, relata ser portadora de Diabetes Mellitus tipo 
2 (DM2), há 12 anos, e há quatro faz o controle nesse centro de saúde, porém com 
outro médico. 
 Além disso, a paciente afirma que desde que visou tratar a doença com a ajuda 
do Centro de Saúde, sua glicemia foi controlada, devido também a algumas mudanças 
no estilo de vida e uso adequado dos medicamentos. 
 O início do tratamento com Insulina NPH em associação com Nesina, ocorreu 
em 2013, porém em junho de 2016 foi retirada a insulina e acrescentada Metformina 
850gm com manutenção da Nesina. 
No entanto, a paciente, nos últimos quatro meses apresentou hiporexia 
(redução ou falta de apetite), apesar de não ser visível a perda de peso. Além do mais, 
apresentou uma intercorrência desde a última consulta, na qual acabou sendo 
internada no mês de dezembro, devido a uma crise asmática, sendo atendida na 
unidade de pronto atendimento Hospital Doutor Pedro Garcia Moreno Filho 
(HDPGMF). 
Outro fator importante, é que a paciente trouxe seu diário de glicemia, com 
registro de glicose capilar pela manhã, que varia de 73 a 223 mg/dL, com média 
inferior a 150 mg/dL; Glicose pós-prandial de 116 mg/dL. E pela noite, que varia de 70 
a 173 mg/dL, com média de 100 mg/dL. 
Trouxe também os resultados dos seguintes exames: Creatinina: 0,6 mg/dL; 
Taxa de filtração glomerular do adulto não negro > 90 mL/min; Colesterol Total: 156 
mg/dL; HDL: 68 mg/dL; VLDL: 25 mg/dL; LDL: 63 mg/dL; Triglicérides: 125 mg/dL; 
Hemoglobina Glicada: 7,3%; Glicose em jejum: 103 mg/dL; Ureia: 41 mg/dL; 
Densitometria óssea: Osteopenia com Coluna. 
6 
 
É importante dizer ainda, que além do Diabetes Mellitus tipo 2, a paciente 
possui diagnóstico de dislipidemia, asma, rinite alérgica, artrose de joelhos, depressão 
e Síndrome de Sjögren. 
Por fim, cabe dizer que ela faz uso dos seguintes medicamentos: Nesina 
(25mg); Glifage XR (1000 mg); Sinvastatina (20 mg); Budesonida (50 mcg); Soro 
fisiológico (0,5%); Beclometasona (250 mcg); Salbutamol (100 mcg); Loratadina (100 
mcg) se crise; Duloxetina (60mg); Topiramato (50 mg); Clonazepam (2 mg); 
Clorpromazina (25 mg) e Hyabak (0,15%). 
 
2.1.2 DESCRIÇÃO DO EXAME FÍSICO DE DM2 
 O exame físico desempenha um papel fundamental no cuidado de pacientes 
com DM2, fornecendo informações essenciais para o diagnóstico, monitoramento, 
prevenção de complicações e aconselhamento. É uma parte integrante da abordagem 
multidisciplinar necessária para o manejo eficaz dessa condição crônica. 
 No quadro abaixo segue os resultados do exame físico realizado pela paciente: 
 
EXAME DM2 
 
 
ESTADO DA PACIENTE 
 
Paciente em bom estado geral, corada, hidratada, 
com perfusão capilar menor que dois segundos. 
 
ESTATURA 
 
1,54 m. 
 
PESO 
 
57 Kg 
 
IMC (Índice de Massa Corpórea) 
 
24 Kg/m² 
 
PA 
 
100/70 mmHg 
 
GLICEMIA 
 
210 mg/dl 
 
FC 
 
64 bpm. 
7 
 
 
FR 
 
24 irpm. 
 
 
 
RESPIRATÓRIO 
 
Tórax sem retrações ou abaulamentos, o frêmito 
toracovocal e a expansibilidade preservados, som 
claro pulmonar à percussão e à ausculta murmúrio 
vesicular com sibilo em lobo superior do pulmão 
direito. 
 
 
 
CARDIOVASCULAR 
 
Pulsos cheios e simétricos, à ausculta bulhas 
normorrítmicas e normofonéticas em dois tempos. 
 
 
ABDOME 
 
Plano, livre e indolor à palpação superficial e 
profunda, ausência de visceromegalias e os ruídos 
hidroaéreos presentes. 
 
 
EXAME DE SENSIBILIDADE DOS PÉS 
 
Não havia alterações. 
 
 
2.2 DISCUSSÃO SOBRE A DIABETES MELLITUS TIPO 2 (DM2) 
 Primeiramente, é cabível lembrar que a DiabetesMellitus tipo 2 (DM2) é uma 
doença metabólica complexa e multifatorial, que afeta pessoas em todo o mundo, 
tendo um impacto significativo na qualidade de vida e no estilo de vida dos indivíduos 
afetados. Infelizmente, essa condição pode levar a uma redução acentuada na 
expectativa de vida da população afetada. (LYRA; et al, 2006). 
Estudos têm demonstrado que portadores de diabetes podem enfrentar uma 
redução de 15 anos ou mais em sua expectativa de vida, com a grande maioria 
falecendo em decorrência de complicações cardiovasculares. (LYRA; et al, 2006). 
 O Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) é causado principalmente pela resistência à 
insulina e pela obesidade. Outros fatores de risco incluem estilo de vida sedentário, 
predisposição genética, idade avançada, histórico de diabetes gestacional e presença 
de condições como hipertensão arterial e dislipidemia. (LYRA; et al, 2006). 
8 
 
A interação entre fatores genéticos e ambientais desempenha um papel 
importante no desenvolvimento do DM2. Adotar um estilo de vida saudável, incluindo 
uma dieta equilibrada, atividade física regular e controle do peso, é fundamental para 
prevenir e controlar o DM2. (LYRA; et al, 2006). 
Assim, nesta seção serão realizadas discussões teóricas sobre os tipos de 
Diabetes Mellitus com foco maior no DM2, o diagnóstico, o tratamento e a relação 
médico-paciente. 
 
2.2.1 TIPOS DE DIABETES MELLITUS (DM) 
 O Diabetes Mellitus (DM) é subdividido em dois tipos, sendo o que o tipo 1 
apresenta caráter autoimune, e devido a isso, há uma destruição das células do 
pâncreas, o que leva a uma diminuição progressiva da produção do hormônio insulina. 
Dessa maneira o paciente portador do DM1 não apresenta secreção de insulina ou 
apresenta de forma insignificante. (VWLIKKAKAM, 2018). 
Já o DM2, responsável pela maioria dos casos de diabetes, pode ocorrer 
devido a uma resistência periférica à insulina, ou seja, as células receptoras desse 
hormônio não são ativadas quando se ligam ao seu receptor. Assim, a insulina que 
geralmente está sendo produzida em quantidades fisiológicas no pâncreas, não 
consegue desempenhar seu papel no organismo, deixando os níveis de glicemia 
elevados. (NERES, 2021) 
Vale ressaltar que nem sempre esse é o mecanismo que leva a hiperglicemia 
no DM2, pode haver alguma patologia em que a secreção de insulina seja insuficiente 
e/ou que exista uma resistência hepática à insulina, levando a uma produção 
excessiva de glicose. 
 Portanto, nota-se que tanto o diabetes mellitus tipo 1 quanto o tipo 2 são 
condições crônicas sérias e podem levar a complicações graves se não forem 
adequadamente gerenciados. No entanto, em termos de periculosidade, o diabetes 
tipo 1 geralmente é considerado mais grave do que o tipo 2. Ademais, é importante 
ressaltar que a gravidade e o risco de complicações associados ao diabetes podem 
variar de pessoa para pessoa, e que o gerenciamento adequado do diabetes, seja tipo 
9 
 
1 ou tipo 2, é essencial para reduzir o risco de complicações a longo prazo e manter 
uma boa qualidade de vida. (NERES, 2021) 
 
2.2.2 DIAGNÓSTICO DA DIABETES MELLITUS (DM) 
 O DM é diagnosticado baseado de acordo com alguns marcadores glicêmicos, 
entre eles está a glicemia em jejum (GJ), a hemoglobina glicada (A1C) e o teste de 
tolerância oral à glicose (TOTG). (GROSS, 2003). 
 Desse modo, para estabelecer o diagnóstico, são necessários dois exames 
alterados, podendo ser dois de glicemia em jejum >126 mg/dL, realizados em duas 
ocasiões diferentes, ou uma glicemia em jejum > 200 mg/dL mais sintomas. 
 Além disso, pode-se ter uma glicemia em jejum alterada mais um TOTG > 200 
mg/dL, ou ainda uma glicemia em jejum ou um TOTG alterados mais uma 
hemoglobina glicada > 6,5%. 
 Geralmente os pacientes portadores de DM não possuem sintomatologia e 
acabam descobrindo a doença por algum exame de rotina ou quando a glicemia se 
eleva a níveis altos a ponto de gerar repercussões sistêmicas. 
 Dessa forma, cabe reforçar que as orientações oferecidas no atendimento 
básico à saúde e o rastreamento de doenças comuns e assintomáticas, como o 
diabetes, assumem uma grande importância na prevenção de complicações. 
 No início da doença, é possível observar manifestações como vulvovaginite 
recorrente e disfunção erétil. A maioria dos pacientes com Diabetes Mellitus tipo 2 
(DM2) apresenta obesidade e síndrome metabólica. 
 Segundo Ribeiro (2006), a síndrome metabólica é uma condição caracterizada 
pela presença de vários fatores de risco metabólicos e cardiovasculares, como 
obesidade abdominal, resistência à insulina, hipertensão arterial, alterações nos 
lipídios e elevação da glicose no sangue. Esses fatores aumentam o risco de doenças 
cardiovasculares. 
 Essa síndrome consiste em uma obesidade abdominal adicionada a dois outros 
critérios que podem ser: Glicemia em jejum >100 mg/dL e/ou triglicérides >150 mg/dL 
e/ou HDL < 50 mg/dL e/ou pressão arterial > 130×85 mmHg. 
10 
 
 Finalmente, o diagnóstico precoce do DM2 é fundamental para iniciar o 
tratamento adequado, prevenir complicações, promover o autocuidado e melhorar a 
qualidade de vida do paciente. É essencial que as pessoas com fatores de risco, como 
obesidade, histórico familiar de diabetes e idade avançada, façam exames regulares 
e busquem orientação médica se apresentarem sintomas sugestivos ou estiverem 
preocupadas com a possibilidade de desenvolver a doença. 
 
2.3 TRATAMENTO DO DIABETES MELLITUS 2 (DM2) E A RELAÇÂO COM O 
CASO CLÍNICO DA PACIENTE 
Como vimos, a Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2), que está frequentemente 
relacionada à obesidade, pode ser controlada por meio de mudanças no estilo de vida, 
como perda de peso, modificação da dieta e prática regular de atividade física. No 
entanto, em alguns pacientes, devido à falta de adesão a essas mudanças ou à 
dificuldade em alcançar metas de controle, é necessário o uso de medicamentos. 
Entre as classes farmacológicas mais prescritas, os sensibilizadores da ação 
insulínica, especialmente a metformina (uma biguanida), são os mais utilizados. 
(ARAÚJO, 2000). 
De acordo com as informações fornecidas, a paciente do caso clínico 
conseguiu um tratamento mais eficaz ao modificar alguns hábitos de vida. 
Inicialmente, parece ser verdadeiro, uma vez que seu Índice de Massa Corporal (IMC) 
está dentro da faixa considerada normal. Porém, ao analisarmos os exames trazidos, 
juntamente com o diário glicêmico, nota-se que pode haver algum fator que não se 
conecta, pois nos dados do diário, a glicemia ficou nos valores médios considerados 
normais, e a hemoglobina glicada (7,3%) se encontra alta, ou seja, a paciente pode 
não está fazendo uma dieta adequada. 
Dentre os marcadores glicêmicos utilizados para o controle metabólico do DM2, 
está a glicemia em jejum e a hemoglobina glicada. 
O teste de glicemia em jejum é amplamente utilizado para diagnosticar o 
Diabetes Mellitus. Em indivíduos considerados normais, a taxa de glicose circulante 
no sangue deve ser inferior a 100 mg/dL durante o jejum. Valores entre 100 e 125 
mg/dL indicam uma alteração na glicemia em jejum, também conhecida como 
11 
 
hiperglicemia não diabética ou pré-diabetes. Esse teste clássico fornece informações 
importantes para a avaliação do status glicêmico do paciente. (SÁ, 2014) 
Já a hemoglobina glicada consiste em um método mais eficiente de avaliação 
da glicemia, pois ela se baseia na vida média da hemácia humana, e, portanto, reflete 
a glicemia média dos últimos 2 a 3 meses. Este ainda é muito eficaz e solicitado pelos 
médicos no acompanhamento dos pacientes já diagnosticados com a doença. (SÁ, 
2014) 
Relacionado a esses dados, a paciente deste relato encontra-se em um quadro 
relativamente estável do DM2, pois, por ainda ser jovem e possuir comorbidades que 
estão sendo tratadas com eficácia, pode-se estabelecer como meta uma hemoglobina 
glicada <7%. 
Apesar disso, ao analisarde maneira crítica, o ideal seria ter orientado melhor 
a paciente sobre a importância das MEV (Mudanças no Estilo de Vida) para o caso 
dela, tentando estimulá-la a uma melhor a alimentação e estimular mais ainda a 
prática de atividades físicas. 
Nesse sentido, é fundamental que o médico responsável pelo 
acompanhamento da paciente, juntamente com a equipe multidisciplinar da atenção 
básica à saúde, trabalhe em conjunto para corrigir essa situação. É essencial que o 
médico destaque e demonstre ao paciente os benefícios significativos das mudanças 
efetivas no estilo de vida para o controle do diabetes. Essa abordagem colaborativa e 
educativa pode ser crucial para motivar o paciente a adotar e manter um estilo de vida 
saudável, promovendo um melhor controle da doença. 
 
2.4 A IMPORTÂNCIA DA RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE NO TRATAMENTO DA 
DOENÇA 
 É fundamental estabelecer uma relação médico-paciente sólida desde a 
primeira consulta, pois isso permite que a paciente confie no médico e se sinta à 
vontade para compartilhar abertamente sua rotina alimentar e de exercícios físicos. 
Essa abertura de diálogo facilita com que a equipe de saúde possa reforçar 
positivamente todas às ações corretas para paciente seguir, elogiando seu esforço, e 
também oferecendo sugestões de modificações para aquilo que está incorreto ou que 
12 
 
pode ser aprimorado. Uma boa relação médico-paciente promove uma parceria 
colaborativa, na qual ambos trabalham juntos em prol do cuidado da paciente e do 
seu bem-estar. (MAEYAMA, 2020) 
Assim, coletar o que a paciente relata como MEV e fazer as adaptações 
necessárias é essencial ao médico da atenção básica, bem como ter o conhecimento 
necessário para o controle da diabetes. De modo que se com o ajuste das MEV e da 
medicação a paciente continuar com resultados alterados, possa começar a avaliar a 
necessidade de uma avaliação mais especializada no que tange o ajuste da 
medicação. (MAEYAMA, 2020) 
O padrão de sono dos pacientes com DM é de suma importância, uma 
metanálise recente apresentada pela ADA 2017, mostra que a má qualidade do sono, 
o sono curto e o muito prolongado aumenta os valores de hemoglobina glicada A1C 
em pessoas com DM2. (FACHANHA, 2022). 
No entanto, o estímulo à atividade adequada pode desempenhar um papel 
importante na melhoria do quadro depressivo. Certas atividades proporcionam maior 
convívio social com pessoas da mesma faixa etária, além de estimular a liberação de 
hormônios que auxiliam no controle do humor. Nesse sentido, organizar os dados 
prévios que o paciente possui ou fornecer informações novas aos pacientes pode ser 
extremamente benéfico. O compartilhamento de conhecimentos e orientações 
contribui para um melhor entendimento da condição, fortalece o vínculo médico-
paciente e capacita o paciente a tomar medidas positivas para sua saúde e bem-estar. 
(MAEYAMA, 2020) 
 Por fim, vale salientar que a abordagem educativa e os cuidados 
especializados por parte dos profissionais de saúde da atenção básica, podem evitar 
complicações graves, já que o DM2 é uma entidade clínica que pode ser prevenida, 
tratada e bem controlada se o paciente, sua família e a equipe de saúde atuarem 
juntas; mesmo que a paciente não apresente um IMC elevado. 
2.5 PROCESSO DE ENFERMAGEM 
Quadro do Planejamento da Assistência de Enfermagem a um paciente com 
Diabetes Mellitus Tipo II. 
 
13 
 
DIAGNÓSTICOS RESULTADOS 
ESPERADOS 
INTERVENÇÕES 
 
 
 
 
- Controle eficaz do regime 
terapêutico relacionado a conflitos 
decisão familiar. 
 
 
 
 
- Controle eficaz do Regime 
Terapêutico. 
 
- Orientar o paciente sobre o seu estado clínico. 
Disponibilizar tempo e espaço para que o paciente 
expresse seus sentimentos, 
dúvidas e preocupações. 
Verificar os fatores familiares e outros, que impedem 
o crescimento e a adesão do 
paciente ao tratamento 
 
 
 
 
- Adaptação prejudicada 
relacionada à ausência de intenção 
de mudar de 
Comportamento e hábitos de vida 
 
 
 
 
 
- Adaptação moderada ou 
satisfatória. 
 
 
- Orientar o paciente e a família sobre o tratamento 
e informar sobre as medidas que 
contribuem para uma melhor qualidade de vida. 
Orientar o paciente para o auto-cuidado. 
Incentivar a realização de atividades físicas, que 
melhoram o estado de saúde e 
favorece a auto-estima. 
- Imagem Corporal perturbada 
relacionada à perda de falanges 
podálicas, artrose palmar e 
retinopatia, evidenciada por 
expressão verbal. 
 
 
- Diminuição da imagem corporal 
perturbada. 
 
- Encorajar o cliente a demonstrar como ele se vê, e 
exteriorizar suas angústias pela 
perda de algum membro ou função biológica. 
Proporcionar ao paciente ambiente favorável para 
que o mesmo faça 
questionamentos sobre seu problema. 
Proporcionar maior número de informações 
confiáveis possíveis. 
Orientar o paciente quanto às perdas corporais para 
que ele transcenda a fase da 
raiva e chegue à compreensão e melhor adaptação 
do seu estado. 
14 
 
 
 
 
 
- Risco para Integridade da Pele 
Prejudicada relacionado a 
Retinopatia e comprometimento 
circulatório em extremidades. 
 
 
 
 
 
- Ausência de risco para 
Integridade da Pele Prejudicada 
 
 
 - Examinar periodicamente a pele do paciente, nas 
consultas. 
Orientar o paciente a cortar as unhas para evitar 
lesões ao coçar a pele. 
Informar ao paciente sobre a importância de retirar 
móveis do percurso no ambiente 
domiciliar e ter mais cuidado com objetos 
pontiagudos e outros. 
Estimular a ingestão de líquidos para hidratar a pele, 
reduzindo o risco de lesões 
(Disponível em: 
https://www.scielo.br/j/reben/a/W8GTHgQ3nVrwXWVkkfz8Q5Q/?format=pdf&lang=pt. ) 
3.0 CONCLUSÃO 
 A partir dos dados apresentados, fica nítido que é de extrema importância 
tratar o Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) de forma adequada, já que essa doença crônica 
pode levar a complicações graves e impactar significativamente a qualidade de vida 
dos indivíduos afetados. 
A atenção primária à saúde tem a responsabilidade de promover a prevenção 
e o controle do Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2), uma doença altamente prevalente e 
com diversas repercussões clínicas. 
 O descontrole glicêmico em pacientes com Diabetes Mellitus tipo 2, como 
descrito no relato, pode resultar em complicações graves que impactam 
negativamente a qualidade de vida. Essas complicações podem reduzir a expectativa 
de vida, deteriorar a qualidade de vida, causar incapacidade para o trabalho e 
aumentar os custos relacionados à saúde pública. Desse modo, é essencial que se 
priorize o controle glicêmico adequado por meio de intervenções eficazes, a fim de 
evitar tais complicações e promover uma série de hábitos saudáveis. 
 Além disso, ao atuar nesse nível de atenção básica à saúde, é possível facilitar 
o acesso dos pacientes aos especialistas necessários. Isso garante que aqueles que 
realmente precisam de encaminhamentos específicos, sejam identificados e 
direcionados adequadamente. Esse processo contribui para uma abordagem mais 
https://www.scielo.br/j/reben/a/W8GTHgQ3nVrwXWVkkfz8Q5Q/?format=pdf&lang=pt
15 
 
eficiente e direcionada, otimizando o cuidado e garantindo que os pacientes recebam 
o tratamento especializado necessário. 
 Finalmente, a implementação de um plano de cuidados contínuos bem-
sucedido no enfrentamento do Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) tem na educação em 
saúde um aspecto crucial. Por meio da promoção do autocuidado e da adesão às 
orientações adequadas, é possível alcançar a eficácia terapêutica para o paciente, 
especialmente quando há uma relação sólida entre o centro de saúde e o paciente. A 
educação em saúde desempenha um papel fundamental ao capacitar o paciente com 
conhecimentos e habilidades necessárias para gerenciar sua condição, garantindo 
assim um maior controle do DM2 e uma melhora na qualidade de vida. 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
ARAÚJO,Leila Maria Batista; BRITTO, Maria M.; PORTO DA CRUZ, Thomaz R. 
Tratamento do diabetes mellitus do tipo 2: novas opções. Arquivos brasileiros de 
endocrinologia & metabologia, v. 44, p. 509-518, 2000. Disponível em: 
https://www.scielo.br/j/abem/a/VVbkRYkksT6M5m6HkkNtFhd/abstract/?lang=pt. 
Acesso em 18 de maio de 2023. 
FAÇANHA, Cristina Figueiredo Sampaio. Alterações do sono e do ritmo circadiano 
em pacientes com diabetes gestacional. 2021. Disponível em: 
https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/59998. Acesso em: 26 de maio de 2023. 
GROSS, Jorge Luiz; FERREIRA, Sandra RG; OLIVEIRA, José Egídio de. Glicemia 
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