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CENTRO UNIVERSITÁRIO PLANALTO DO DISTRITO FEDERAL UNIPLAN ITABAIANA BACHARELADO EM ENFERMAGEM ESTUDO DE CASO - DIABETES MELLITUS TIPO 2 (DM2) JOANNA CRISTINE BARBOSA PIRES UL20117945 JOSÉ HAMILTON DOS SANTOS MESSIAS UL20112268 Itabaiana – SE 2023 JOANNA CRISTINE BARBOSA PIRES UL20117945 JOSÉ HAMILTON DOS SANTOS MESSIAS UL20112268 ESTUDO DE CASO – DIABETES MELLITUS TIPO 2 (DM2) Estudo de caso apresentado à Universidade Palácio do Planalto (UNIPLAN) como requisito básico para a conclusão da Graduação em Enfermagem. Orientador (a): Prof. Adrielle Mendonça Itabaiana – SE 2023 SUMÁRIO 1.0 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 4 2.0 DESENVOLVIMENTO E ASPECTOS DO RELATO DE CASO ........................... 4 2.1 DESCRIÇÃO DA PACIENTE E SEU QUADRO CLÍNICO ................................. 5 2.1.2 DESCRIÇÃO DO EXAME FÍSICO DE DM2 ................................................ 6 2.2 DISCUSSÃO SOBRE A DIABETES MELLITUS TIPO 2 (DM2) ......................... 7 2.2.1 TIPOS DE DIABETES MELLITUS (DM) ......................................................... 8 2.2.2 DIAGNÓSTICO DA DIABETES MELLITUS (DM) ........................................... 9 2.3 TRATAMENTO DO DIABETES MELLITUS 2 (DM2) E A RELAÇÂO COM O CASO CLÍNICO DA PACIENTE............................................................................. 10 2.4 A IMPORTÂNCIA DA RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE NO TRATAMENTO DA DOENÇA ................................................................................................................ 11 3.0 CONCLUSÃO SOBRE O DM2 ........................................................................... 14 REFERÊNCIAS......................................................................................................... 15 4 1.0 INTRODUÇÃO Este trabalho apresentar um estudo de caso sobre Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2), ao explorar discussões relacionadas à doença, com base em dados encontrados na literatura científica. É válido lembrar que, “estudo de caso”, é uma forma de pesquisa qualitativa que envolve uma análise aprofundada e detalhada de um único indivíduo, evento, grupo, organização ou situação. Além disso, visa examinar e compreender um fenômeno específico em seu contexto real, coletando dados abrangentes e examinando diferentes aspectos relacionados a ele. (PRODANOV; FREITAS, 2013) Os estudos de caso desempenham um papel fundamental no desenvolvimento do discente em enfermagem, pois permite a integração de conhecimentos teóricos com a prática clínica. Essas abordagens também ajudam os discentes a desenvolver habilidades de raciocínio clínico e pensamento crítico, preparando-os para enfrentar com eficácia e segurança situações clínicas complexas. Nesse contexto, objetiva-se realizar uma análise de caso de uma paciente de 59 anos, a qual informa ser portadora de Diabetes Mellitus tipo 2, há 12 anos, e que retorna à unidade básica de saúde para controle da doença e para a entrega de exames solicitados em sua última consulta. Posto isso, têm-se como intenção responder as seguintes questões norteadoras: Quais os tipos Diabetes Mellitus? O que é o Diabetes Mellitus tipo 2 e suas principais causas? Quais as principais formas de tratamento e acompanhamento? Como deve ocorrera reação médico-paciente? Qual o papel da atenção básica no suporte do tratamento da doença? 2.0 DESENVOLVIMENTO E ASPECTOS DO RELATO DE CASO Como citado acima, o propósito deste relato é promover uma análise aprofundada do Diabetes Mellitus tipo 2, explorando dados da literatura, o caso clínico em questão e a abordagem da DM2 na atenção básica à saúde. O objetivo é enfatizar 5 a importância do controle da doença e aprimorar a qualidade de vida do paciente. Nesse segmento, os tópicos a seguir tratarão sobre esses aspectos. 2.1 DESCRIÇÃO DA PACIENTE E SEU QUADRO CLÍNICO Como citado anteriormente, é uma paciente mulher, com 59 anos, que retorna à Unidade Básica de Saúde para controle de Diabetes e entrega de exames solicitados em sua última consulta. Esta, relata ser portadora de Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2), há 12 anos, e há quatro faz o controle nesse centro de saúde, porém com outro médico. Além disso, a paciente afirma que desde que visou tratar a doença com a ajuda do Centro de Saúde, sua glicemia foi controlada, devido também a algumas mudanças no estilo de vida e uso adequado dos medicamentos. O início do tratamento com Insulina NPH em associação com Nesina, ocorreu em 2013, porém em junho de 2016 foi retirada a insulina e acrescentada Metformina 850gm com manutenção da Nesina. No entanto, a paciente, nos últimos quatro meses apresentou hiporexia (redução ou falta de apetite), apesar de não ser visível a perda de peso. Além do mais, apresentou uma intercorrência desde a última consulta, na qual acabou sendo internada no mês de dezembro, devido a uma crise asmática, sendo atendida na unidade de pronto atendimento Hospital Doutor Pedro Garcia Moreno Filho (HDPGMF). Outro fator importante, é que a paciente trouxe seu diário de glicemia, com registro de glicose capilar pela manhã, que varia de 73 a 223 mg/dL, com média inferior a 150 mg/dL; Glicose pós-prandial de 116 mg/dL. E pela noite, que varia de 70 a 173 mg/dL, com média de 100 mg/dL. Trouxe também os resultados dos seguintes exames: Creatinina: 0,6 mg/dL; Taxa de filtração glomerular do adulto não negro > 90 mL/min; Colesterol Total: 156 mg/dL; HDL: 68 mg/dL; VLDL: 25 mg/dL; LDL: 63 mg/dL; Triglicérides: 125 mg/dL; Hemoglobina Glicada: 7,3%; Glicose em jejum: 103 mg/dL; Ureia: 41 mg/dL; Densitometria óssea: Osteopenia com Coluna. 6 É importante dizer ainda, que além do Diabetes Mellitus tipo 2, a paciente possui diagnóstico de dislipidemia, asma, rinite alérgica, artrose de joelhos, depressão e Síndrome de Sjögren. Por fim, cabe dizer que ela faz uso dos seguintes medicamentos: Nesina (25mg); Glifage XR (1000 mg); Sinvastatina (20 mg); Budesonida (50 mcg); Soro fisiológico (0,5%); Beclometasona (250 mcg); Salbutamol (100 mcg); Loratadina (100 mcg) se crise; Duloxetina (60mg); Topiramato (50 mg); Clonazepam (2 mg); Clorpromazina (25 mg) e Hyabak (0,15%). 2.1.2 DESCRIÇÃO DO EXAME FÍSICO DE DM2 O exame físico desempenha um papel fundamental no cuidado de pacientes com DM2, fornecendo informações essenciais para o diagnóstico, monitoramento, prevenção de complicações e aconselhamento. É uma parte integrante da abordagem multidisciplinar necessária para o manejo eficaz dessa condição crônica. No quadro abaixo segue os resultados do exame físico realizado pela paciente: EXAME DM2 ESTADO DA PACIENTE Paciente em bom estado geral, corada, hidratada, com perfusão capilar menor que dois segundos. ESTATURA 1,54 m. PESO 57 Kg IMC (Índice de Massa Corpórea) 24 Kg/m² PA 100/70 mmHg GLICEMIA 210 mg/dl FC 64 bpm. 7 FR 24 irpm. RESPIRATÓRIO Tórax sem retrações ou abaulamentos, o frêmito toracovocal e a expansibilidade preservados, som claro pulmonar à percussão e à ausculta murmúrio vesicular com sibilo em lobo superior do pulmão direito. CARDIOVASCULAR Pulsos cheios e simétricos, à ausculta bulhas normorrítmicas e normofonéticas em dois tempos. ABDOME Plano, livre e indolor à palpação superficial e profunda, ausência de visceromegalias e os ruídos hidroaéreos presentes. EXAME DE SENSIBILIDADE DOS PÉS Não havia alterações. 2.2 DISCUSSÃO SOBRE A DIABETES MELLITUS TIPO 2 (DM2) Primeiramente, é cabível lembrar que a DiabetesMellitus tipo 2 (DM2) é uma doença metabólica complexa e multifatorial, que afeta pessoas em todo o mundo, tendo um impacto significativo na qualidade de vida e no estilo de vida dos indivíduos afetados. Infelizmente, essa condição pode levar a uma redução acentuada na expectativa de vida da população afetada. (LYRA; et al, 2006). Estudos têm demonstrado que portadores de diabetes podem enfrentar uma redução de 15 anos ou mais em sua expectativa de vida, com a grande maioria falecendo em decorrência de complicações cardiovasculares. (LYRA; et al, 2006). O Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) é causado principalmente pela resistência à insulina e pela obesidade. Outros fatores de risco incluem estilo de vida sedentário, predisposição genética, idade avançada, histórico de diabetes gestacional e presença de condições como hipertensão arterial e dislipidemia. (LYRA; et al, 2006). 8 A interação entre fatores genéticos e ambientais desempenha um papel importante no desenvolvimento do DM2. Adotar um estilo de vida saudável, incluindo uma dieta equilibrada, atividade física regular e controle do peso, é fundamental para prevenir e controlar o DM2. (LYRA; et al, 2006). Assim, nesta seção serão realizadas discussões teóricas sobre os tipos de Diabetes Mellitus com foco maior no DM2, o diagnóstico, o tratamento e a relação médico-paciente. 2.2.1 TIPOS DE DIABETES MELLITUS (DM) O Diabetes Mellitus (DM) é subdividido em dois tipos, sendo o que o tipo 1 apresenta caráter autoimune, e devido a isso, há uma destruição das células do pâncreas, o que leva a uma diminuição progressiva da produção do hormônio insulina. Dessa maneira o paciente portador do DM1 não apresenta secreção de insulina ou apresenta de forma insignificante. (VWLIKKAKAM, 2018). Já o DM2, responsável pela maioria dos casos de diabetes, pode ocorrer devido a uma resistência periférica à insulina, ou seja, as células receptoras desse hormônio não são ativadas quando se ligam ao seu receptor. Assim, a insulina que geralmente está sendo produzida em quantidades fisiológicas no pâncreas, não consegue desempenhar seu papel no organismo, deixando os níveis de glicemia elevados. (NERES, 2021) Vale ressaltar que nem sempre esse é o mecanismo que leva a hiperglicemia no DM2, pode haver alguma patologia em que a secreção de insulina seja insuficiente e/ou que exista uma resistência hepática à insulina, levando a uma produção excessiva de glicose. Portanto, nota-se que tanto o diabetes mellitus tipo 1 quanto o tipo 2 são condições crônicas sérias e podem levar a complicações graves se não forem adequadamente gerenciados. No entanto, em termos de periculosidade, o diabetes tipo 1 geralmente é considerado mais grave do que o tipo 2. Ademais, é importante ressaltar que a gravidade e o risco de complicações associados ao diabetes podem variar de pessoa para pessoa, e que o gerenciamento adequado do diabetes, seja tipo 9 1 ou tipo 2, é essencial para reduzir o risco de complicações a longo prazo e manter uma boa qualidade de vida. (NERES, 2021) 2.2.2 DIAGNÓSTICO DA DIABETES MELLITUS (DM) O DM é diagnosticado baseado de acordo com alguns marcadores glicêmicos, entre eles está a glicemia em jejum (GJ), a hemoglobina glicada (A1C) e o teste de tolerância oral à glicose (TOTG). (GROSS, 2003). Desse modo, para estabelecer o diagnóstico, são necessários dois exames alterados, podendo ser dois de glicemia em jejum >126 mg/dL, realizados em duas ocasiões diferentes, ou uma glicemia em jejum > 200 mg/dL mais sintomas. Além disso, pode-se ter uma glicemia em jejum alterada mais um TOTG > 200 mg/dL, ou ainda uma glicemia em jejum ou um TOTG alterados mais uma hemoglobina glicada > 6,5%. Geralmente os pacientes portadores de DM não possuem sintomatologia e acabam descobrindo a doença por algum exame de rotina ou quando a glicemia se eleva a níveis altos a ponto de gerar repercussões sistêmicas. Dessa forma, cabe reforçar que as orientações oferecidas no atendimento básico à saúde e o rastreamento de doenças comuns e assintomáticas, como o diabetes, assumem uma grande importância na prevenção de complicações. No início da doença, é possível observar manifestações como vulvovaginite recorrente e disfunção erétil. A maioria dos pacientes com Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) apresenta obesidade e síndrome metabólica. Segundo Ribeiro (2006), a síndrome metabólica é uma condição caracterizada pela presença de vários fatores de risco metabólicos e cardiovasculares, como obesidade abdominal, resistência à insulina, hipertensão arterial, alterações nos lipídios e elevação da glicose no sangue. Esses fatores aumentam o risco de doenças cardiovasculares. Essa síndrome consiste em uma obesidade abdominal adicionada a dois outros critérios que podem ser: Glicemia em jejum >100 mg/dL e/ou triglicérides >150 mg/dL e/ou HDL < 50 mg/dL e/ou pressão arterial > 130×85 mmHg. 10 Finalmente, o diagnóstico precoce do DM2 é fundamental para iniciar o tratamento adequado, prevenir complicações, promover o autocuidado e melhorar a qualidade de vida do paciente. É essencial que as pessoas com fatores de risco, como obesidade, histórico familiar de diabetes e idade avançada, façam exames regulares e busquem orientação médica se apresentarem sintomas sugestivos ou estiverem preocupadas com a possibilidade de desenvolver a doença. 2.3 TRATAMENTO DO DIABETES MELLITUS 2 (DM2) E A RELAÇÂO COM O CASO CLÍNICO DA PACIENTE Como vimos, a Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2), que está frequentemente relacionada à obesidade, pode ser controlada por meio de mudanças no estilo de vida, como perda de peso, modificação da dieta e prática regular de atividade física. No entanto, em alguns pacientes, devido à falta de adesão a essas mudanças ou à dificuldade em alcançar metas de controle, é necessário o uso de medicamentos. Entre as classes farmacológicas mais prescritas, os sensibilizadores da ação insulínica, especialmente a metformina (uma biguanida), são os mais utilizados. (ARAÚJO, 2000). De acordo com as informações fornecidas, a paciente do caso clínico conseguiu um tratamento mais eficaz ao modificar alguns hábitos de vida. Inicialmente, parece ser verdadeiro, uma vez que seu Índice de Massa Corporal (IMC) está dentro da faixa considerada normal. Porém, ao analisarmos os exames trazidos, juntamente com o diário glicêmico, nota-se que pode haver algum fator que não se conecta, pois nos dados do diário, a glicemia ficou nos valores médios considerados normais, e a hemoglobina glicada (7,3%) se encontra alta, ou seja, a paciente pode não está fazendo uma dieta adequada. Dentre os marcadores glicêmicos utilizados para o controle metabólico do DM2, está a glicemia em jejum e a hemoglobina glicada. O teste de glicemia em jejum é amplamente utilizado para diagnosticar o Diabetes Mellitus. Em indivíduos considerados normais, a taxa de glicose circulante no sangue deve ser inferior a 100 mg/dL durante o jejum. Valores entre 100 e 125 mg/dL indicam uma alteração na glicemia em jejum, também conhecida como 11 hiperglicemia não diabética ou pré-diabetes. Esse teste clássico fornece informações importantes para a avaliação do status glicêmico do paciente. (SÁ, 2014) Já a hemoglobina glicada consiste em um método mais eficiente de avaliação da glicemia, pois ela se baseia na vida média da hemácia humana, e, portanto, reflete a glicemia média dos últimos 2 a 3 meses. Este ainda é muito eficaz e solicitado pelos médicos no acompanhamento dos pacientes já diagnosticados com a doença. (SÁ, 2014) Relacionado a esses dados, a paciente deste relato encontra-se em um quadro relativamente estável do DM2, pois, por ainda ser jovem e possuir comorbidades que estão sendo tratadas com eficácia, pode-se estabelecer como meta uma hemoglobina glicada <7%. Apesar disso, ao analisarde maneira crítica, o ideal seria ter orientado melhor a paciente sobre a importância das MEV (Mudanças no Estilo de Vida) para o caso dela, tentando estimulá-la a uma melhor a alimentação e estimular mais ainda a prática de atividades físicas. Nesse sentido, é fundamental que o médico responsável pelo acompanhamento da paciente, juntamente com a equipe multidisciplinar da atenção básica à saúde, trabalhe em conjunto para corrigir essa situação. É essencial que o médico destaque e demonstre ao paciente os benefícios significativos das mudanças efetivas no estilo de vida para o controle do diabetes. Essa abordagem colaborativa e educativa pode ser crucial para motivar o paciente a adotar e manter um estilo de vida saudável, promovendo um melhor controle da doença. 2.4 A IMPORTÂNCIA DA RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE NO TRATAMENTO DA DOENÇA É fundamental estabelecer uma relação médico-paciente sólida desde a primeira consulta, pois isso permite que a paciente confie no médico e se sinta à vontade para compartilhar abertamente sua rotina alimentar e de exercícios físicos. Essa abertura de diálogo facilita com que a equipe de saúde possa reforçar positivamente todas às ações corretas para paciente seguir, elogiando seu esforço, e também oferecendo sugestões de modificações para aquilo que está incorreto ou que 12 pode ser aprimorado. Uma boa relação médico-paciente promove uma parceria colaborativa, na qual ambos trabalham juntos em prol do cuidado da paciente e do seu bem-estar. (MAEYAMA, 2020) Assim, coletar o que a paciente relata como MEV e fazer as adaptações necessárias é essencial ao médico da atenção básica, bem como ter o conhecimento necessário para o controle da diabetes. De modo que se com o ajuste das MEV e da medicação a paciente continuar com resultados alterados, possa começar a avaliar a necessidade de uma avaliação mais especializada no que tange o ajuste da medicação. (MAEYAMA, 2020) O padrão de sono dos pacientes com DM é de suma importância, uma metanálise recente apresentada pela ADA 2017, mostra que a má qualidade do sono, o sono curto e o muito prolongado aumenta os valores de hemoglobina glicada A1C em pessoas com DM2. (FACHANHA, 2022). No entanto, o estímulo à atividade adequada pode desempenhar um papel importante na melhoria do quadro depressivo. Certas atividades proporcionam maior convívio social com pessoas da mesma faixa etária, além de estimular a liberação de hormônios que auxiliam no controle do humor. Nesse sentido, organizar os dados prévios que o paciente possui ou fornecer informações novas aos pacientes pode ser extremamente benéfico. O compartilhamento de conhecimentos e orientações contribui para um melhor entendimento da condição, fortalece o vínculo médico- paciente e capacita o paciente a tomar medidas positivas para sua saúde e bem-estar. (MAEYAMA, 2020) Por fim, vale salientar que a abordagem educativa e os cuidados especializados por parte dos profissionais de saúde da atenção básica, podem evitar complicações graves, já que o DM2 é uma entidade clínica que pode ser prevenida, tratada e bem controlada se o paciente, sua família e a equipe de saúde atuarem juntas; mesmo que a paciente não apresente um IMC elevado. 2.5 PROCESSO DE ENFERMAGEM Quadro do Planejamento da Assistência de Enfermagem a um paciente com Diabetes Mellitus Tipo II. 13 DIAGNÓSTICOS RESULTADOS ESPERADOS INTERVENÇÕES - Controle eficaz do regime terapêutico relacionado a conflitos decisão familiar. - Controle eficaz do Regime Terapêutico. - Orientar o paciente sobre o seu estado clínico. Disponibilizar tempo e espaço para que o paciente expresse seus sentimentos, dúvidas e preocupações. Verificar os fatores familiares e outros, que impedem o crescimento e a adesão do paciente ao tratamento - Adaptação prejudicada relacionada à ausência de intenção de mudar de Comportamento e hábitos de vida - Adaptação moderada ou satisfatória. - Orientar o paciente e a família sobre o tratamento e informar sobre as medidas que contribuem para uma melhor qualidade de vida. Orientar o paciente para o auto-cuidado. Incentivar a realização de atividades físicas, que melhoram o estado de saúde e favorece a auto-estima. - Imagem Corporal perturbada relacionada à perda de falanges podálicas, artrose palmar e retinopatia, evidenciada por expressão verbal. - Diminuição da imagem corporal perturbada. - Encorajar o cliente a demonstrar como ele se vê, e exteriorizar suas angústias pela perda de algum membro ou função biológica. Proporcionar ao paciente ambiente favorável para que o mesmo faça questionamentos sobre seu problema. Proporcionar maior número de informações confiáveis possíveis. Orientar o paciente quanto às perdas corporais para que ele transcenda a fase da raiva e chegue à compreensão e melhor adaptação do seu estado. 14 - Risco para Integridade da Pele Prejudicada relacionado a Retinopatia e comprometimento circulatório em extremidades. - Ausência de risco para Integridade da Pele Prejudicada - Examinar periodicamente a pele do paciente, nas consultas. Orientar o paciente a cortar as unhas para evitar lesões ao coçar a pele. Informar ao paciente sobre a importância de retirar móveis do percurso no ambiente domiciliar e ter mais cuidado com objetos pontiagudos e outros. Estimular a ingestão de líquidos para hidratar a pele, reduzindo o risco de lesões (Disponível em: https://www.scielo.br/j/reben/a/W8GTHgQ3nVrwXWVkkfz8Q5Q/?format=pdf&lang=pt. ) 3.0 CONCLUSÃO A partir dos dados apresentados, fica nítido que é de extrema importância tratar o Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) de forma adequada, já que essa doença crônica pode levar a complicações graves e impactar significativamente a qualidade de vida dos indivíduos afetados. A atenção primária à saúde tem a responsabilidade de promover a prevenção e o controle do Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2), uma doença altamente prevalente e com diversas repercussões clínicas. O descontrole glicêmico em pacientes com Diabetes Mellitus tipo 2, como descrito no relato, pode resultar em complicações graves que impactam negativamente a qualidade de vida. Essas complicações podem reduzir a expectativa de vida, deteriorar a qualidade de vida, causar incapacidade para o trabalho e aumentar os custos relacionados à saúde pública. Desse modo, é essencial que se priorize o controle glicêmico adequado por meio de intervenções eficazes, a fim de evitar tais complicações e promover uma série de hábitos saudáveis. Além disso, ao atuar nesse nível de atenção básica à saúde, é possível facilitar o acesso dos pacientes aos especialistas necessários. Isso garante que aqueles que realmente precisam de encaminhamentos específicos, sejam identificados e direcionados adequadamente. Esse processo contribui para uma abordagem mais https://www.scielo.br/j/reben/a/W8GTHgQ3nVrwXWVkkfz8Q5Q/?format=pdf&lang=pt 15 eficiente e direcionada, otimizando o cuidado e garantindo que os pacientes recebam o tratamento especializado necessário. Finalmente, a implementação de um plano de cuidados contínuos bem- sucedido no enfrentamento do Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) tem na educação em saúde um aspecto crucial. Por meio da promoção do autocuidado e da adesão às orientações adequadas, é possível alcançar a eficácia terapêutica para o paciente, especialmente quando há uma relação sólida entre o centro de saúde e o paciente. A educação em saúde desempenha um papel fundamental ao capacitar o paciente com conhecimentos e habilidades necessárias para gerenciar sua condição, garantindo assim um maior controle do DM2 e uma melhora na qualidade de vida. REFERÊNCIAS ARAÚJO,Leila Maria Batista; BRITTO, Maria M.; PORTO DA CRUZ, Thomaz R. Tratamento do diabetes mellitus do tipo 2: novas opções. Arquivos brasileiros de endocrinologia & metabologia, v. 44, p. 509-518, 2000. Disponível em: https://www.scielo.br/j/abem/a/VVbkRYkksT6M5m6HkkNtFhd/abstract/?lang=pt. Acesso em 18 de maio de 2023. FAÇANHA, Cristina Figueiredo Sampaio. Alterações do sono e do ritmo circadiano em pacientes com diabetes gestacional. 2021. Disponível em: https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/59998. Acesso em: 26 de maio de 2023. GROSS, Jorge Luiz; FERREIRA, Sandra RG; OLIVEIRA, José Egídio de. Glicemia pós-prandial. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, v. 47, p. 728- 738, 2003. Disponível em: https://www.scielo.br/j/abem/a/sStZh6PjhfXYzK65yjPQvcf/abstract/?lang=pt. Acesso em 18 de maio de 2023. LUCENA, Joana Bezerra da Silva. Diabetes mellitus tipo 1 e tipo 2. Monografia]. São Paulo (SP): Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas, 2007. Disponível em: https://encurtador.com.br/cG069. Acesso em 18 de maio de 2023. https://www.scielo.br/j/abem/a/VVbkRYkksT6M5m6HkkNtFhd/abstract/?lang=pt https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/59998 https://www.scielo.br/j/abem/a/sStZh6PjhfXYzK65yjPQvcf/abstract/?lang=pt https://encurtador.com.br/cG069 16 MAEYAMA, Marcos Aurélio et al. Aspectos relacionados à dificuldade do controle glicêmico em pacientes com Diabetes Mellitus tipo 2 na Atenção Básica. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 7, p. 47352-47369, 2020. Disponível: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/13278. Acesso em: 24 de maio de 2023. NERES, Larissa da Rocha. Diabetes mellitus tipo 2: comprometimento imunológico e propensão a doenças infecciosas. 2021. Disponível em: http://131.0.244.66:8082/jspui/handle/123456789/2424. Acesso em 17 de maio de 2923. RIBEIRO FILHO, Fernando F. et al. Gordura visceral e síndrome metabólica: mais que uma simples associação. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, v. 50, p. 230-238, 2006. Disponível em: https://www.scielo.br/j/abem/a/796fkhXfmrNtFfdQLj6KSvQ/?lang=pt&format=html. Acesso em 16 de maio de 2023. SÁ, Rodrigo Cimino; ALVES, Silvio Rubens; DE ARAÚJO NAVAS, Edna Aparecida Ferraz. 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