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Instituição Educacional: Centro Educacional Brasil Central Nível: Educação básica Etapa: Ensino Médio Modalidade: Educação de Jovens e Adultos a Distância Regime: Modular Módulo: III Componente curricular: Língua Portuguesa III Carga Horária: 90 horas APRESENTAÇÃO Seja bem-vindo! Caro estudante, A sociedade em que vivemos possui diversos tipos de linguagens, como por exemplo folhetos, letras de canções, entrevistas, entre outros... Porém, mesmo com a diversidade de linguagens não é tão fácil ter o domínio desses recursos linguisticos para ler e produzir textos. Atravez dessa apostila, esperamos que a aprendizagem aconteça de forma natural, trazendo diversas temáticas que também são importantes a cerca do seu cotidiano. A didatica apresentada tem como função ampliar o conhecimento dos temas, propriciando pesquisas, interação com os colegas e com a sociedade e por fim fazer com que opiniões críticas sejam formadas. Esperamos que ao estudar essa matéria tão diversificada que é a língua portuguesa, você possa amar cada vez mais as suas representações. Durante os seus estudos, conte sempre com a equipe do Brasil Central para orientar, esclarecer dúvidas e principalmente socializar sobre os temas propostos. Bons Estudos! Equipe Técnica Pedagógica Brasil Central Sumário Concordância Verbal .............................................................................................................................................. 5 SEÇÃO 02 .................................................................................................................................................................. 6 Casos Gerais de Concordância Verbal ....................................................................................................................... 6 SEÇÃO 03 .................................................................................................................................................................. 8 A Concordância Verbal no Caso de Sujeito Composto ................................................................................................ 8 SEÇÃO 04 .................................................................................................................................................................. 9 Outras observações importantes a respeito da concordância verbal .......................................................................... 9 Termos Acessórios da Oração ................................................................................................................................. 10 SEÇÃO 03 ................................................................................................................................................................ 11 Adjunto adverbial ...................................................................................................................................................... 11 SEÇÃO 04 ................................................................................................................................................................ 15 Estudo do Aposto ...................................................................................................................................................... 15 SEÇÃO 05 ................................................................................................................................................................ 17 Estudo do Vocativo ................................................................................................................................................. 17 SEÇÃO 02 ................................................................................................................................................................ 18 Oração coordenada assindética ............................................................................................................................... 18 Oração coordenada sindética ................................................................................................................................... 19 SEÇÃO 04 ................................................................................................................................................................ 21 Orações Subordinadas Substantivas ........................................................................................................................ 21 Período composto por subordinação. ...................................................................................... 22 SEÇÃO 03 ................................................................................................................................................................ 22 Orações Subordinadas Adjetivas .............................................................................................................................. 22 Oração Subordinada Adjetiva Explicativa ................................................................................................................. 23 SEÇÃO 05 ................................................................................................................................................................ 23 Oração Subordinada Adjetiva Restritiva ................................................................................................................... 23 SEÇÃO06 Orações Subordinadas Adverbiais .......................................................................................................... 23 Referências Bibliográfica .......................................................................................................................................... 25 5 UNIDADE I OLÁ ALUNOS ! ESSE MÓDULO ABORDA TEMAS COMO: APOSTO VOCATIVO ORAÇÕES PERIODO VAMOS COMEÇAR?! Concordância Verbal Agora, vamos falar um pouco de um fenômeno muito importante no processo de comunicação, ou seja, a escrita. Sempre que se escreve algo, é necessário que se faça isso da maneira mais clara, simples e objetiva possível. Para que assim, o seu texto seja claro e objetivo. Você precisa, então, cuidar para que os termos deste texto estejam concordando uns com os outros. Como regra geral, podemos dizer que o verbo sempre tem que concordar com o sujeito e para que você consiga essa concordância, terá que observar bem o contexto escrito na hora de produzir e usar de raciocínio para adequar sempre o verbo às características do sujeito, ou seja, o Número e a Pessoa. Vejamos o exemplo a seguir: “As leis que regem a sociedade proporcionam a ordem geral”. Perceba que o verbo “proporcionar” está em pleno acordo de número (plural) e pessoa (3ª Pessoa) com o sujeito. Desta forma, a regra de concordância verbal foi seguida adequadamente. MÓDULO III SEÇÃO 01 6 SEÇÃO 02 Casos Gerais de Concordância Verbal Sujeito simples A Concordância Verbal no Caso de Sujeito simples, nesse caso, o verbo faz a concordância com o núcleo do sujeito em número e pessoa. Ex.: Nós iremos ao parque. Ex.: Eu irei ao parque. Sujeito coletivo Quando o sujeito é um coletivo - nesse caso, o verbo deverá ficar no singular. Ex.: A multidão pediu apoio da polícia. Observação importante! Se o coletivo estiver especificado, o verbo poderáficar no singular ou ir para a forma plural. Ex.: A multidão de trabalhadores pediu. Ex.: A multidão de trabalhadores pediram. Coletivos partitivos Coletivos partitivos, ou seja, que indicam metade, a maior parte ou maioria – nesse caso o verbo deverá ficar no singular ou ir para o plural. Ex.: A maior parte dos estudantes fez a avaliação. Ex.: A maior parte dos estudantes fizeram a avaliação. Sujeito representado por pronome de tratamento Quando o sujeito é um pronome de tratamento - o verbo deverá ficar sempre na 3ª pessoa, seja ela do singular ou do plural. Ex.: Vossa Senhoria pediu pressa. Ex.: Vossas Senhorias pediram pressa. Sujeito representado por pronome relativo “que”. Quando o sujeito é o pronome relativo "que" – o verbo deverá concordar com o antecedente do pronome relativo. Ex.: Fui eu que pedi o lanche. Ex.: Fomos nós que pedimos o lanche. Sujeito representado por pronome relativo “quem”. Quando o sujeito é o pronome relativo "quem" - o verbo poderá ficar na 3ª pessoa do singular ou concordar com o antecedente do pronome relativo “quem”. Ex.: Fui eu quem pediu 7 o lanche. Ex.: Fomos nós quem pedimos o lanche. Expressões “Alguns de nós, poucos de vós, quais de..., quantos de...” Quando o sujeito é formado pelas expressões “alguns de nós, poucos de vós, quais de..., quantos de...” o verbo fará a concordância com o pronome interrogativo ou com o pronome indefinido ou com o pronome pessoal, no caso: pronomes nós ou vós. Ex.: Quais de vós me prenderão? Ex.: Quais de vós me prendereis? Observação importante! Os pronomes interrogativos ou indefinidos usados no singular levam o verbo a concordar com eles em pessoa e número. Ex.: Qual de vós me prenderá? O sujeito formado de nomes no plural Se ocorrer do sujeito não estar precedido de um artigo e for formado por nomes que somente são usados no plural - o verbo deverá ficar no singular. Porém, caso o sujeito venha antecipado de artigo, nesse caso, o verbo concordará com o artigo. Ex.: Estados Unidos é país bélico. Ex.: Os Estados Unidos são um país bélico. Expressões “mais de um, menos de dois, cerca de...” Quando o sujeito for formado pelas expressões “mais de um, menos de dois, cerca de...” – o verbo fará a concordância com o numeral. Ex.: Mais de um estudante não veio à escola hoje. Ex.: Mais de seis estudantes não vieram à escola hoje. Expressões “a maioria, a maior parte, grande parte” Quando o sujeito é formado pelas expressões “a maioria, a maior parte, grande parte” - o verbo fará uma concordância lógica e ficará no singular ou fará uma concordância por atração e ficará no plural. Ex.: Grande parte do alunos faltou hoje Ex.: Grande parte dos alunos faltaram hoje. Uso de “Gente” em sentido coletivo e núcleo do sujeito da oração Quando o sujeito possuir a palavra gente atuando como núcleo e em sentido coletivo - o verbo será usado ou no singular ou no plural, mas isso, se ele estiver afastado do substantivo. Ex.: A gente do campo, temendo as fortes chuvas, permanece em casa. Ex.: A gente do campo, temendo as fortes chuvas, permanecem em casa. 8 IMPORTANTE! TAMBÉM É COMUM OCORRER CONCORDÂNCIA DO VERBO COM A TERCEIRA PESSOA. SEÇÃO 03 A Concordância Verbal no Caso de Sujeito Composto A regra geral de concordância verbal referente ao sujeito composto dita que o verbo sempre vai para o plural. Ex.: Ana Beatriz e Ana Júlia foram passear no shopping. Vejamos os casos especiais de a concordância verbal no caso de sujeito composto. 1°- Pessoas gramaticais diferentes Quando os núcleos do sujeito são compostos por pessoas gramaticais diferentes - o verbo deverá ficar no plural, seguindo-se a uma ordem de prioridade definida como: 1ª, 2ª e 3ª pessoa. Ex.: Eu (1ª pessoa) e ela (3ª pessoa) seremos (1ª pessoa plural) namorados. O verbo ficou na 1ª pessoa porque a 1ª pessoa tem prioridade sob a 3ª pessoa. Ex: Tu (2ª pessoa) e ela (3ª pessoa) tendes um compromisso (2ª pessoa plural). O verbo ficou na 2ª pessoa porque a 2ª pessoa tem prioridade sob a 3ª. Ex.: Tu e ele têm um compromisso. (3ª pessoa do plural) Observação importante! Se o sujeito estiver posposto, ou seja, depois do verbo, será possível a concordância por atração com o núcleo mais próximo do verbo. Ex.: Tens tu e ela um compromisso. 2° - Coordenados assindeticamente ou ligados por “e”. Quando os núcleos do sujeito estão coordenados assindeticamente ou estão ligados por “e” - o verbo deverá concordar com os dois núcleos. Ex.: A aluna e a sua tia foram ao evento da escola. Observação importante! Se o sujeito estiver posposto ao verbo, permite-se a concordância por atração com o núcleo mais próximo. 9 Ex.: Foi ao evento a aluna e a sua tia. 3° - Núcleos sinônimos Quando os núcleos do sujeito são sinônimos ou quase sinônimos, muito parecidos e eles estão no singular – haverá a concordância lógica ou a concordância atrativa, assim o verbo poderá ficar no plural ou no singular . Ex.: A angústia e a ansiedade não o deixavam em paz. Ex.: A angústia e a ansiedade não o deixava em paz. 4° - Gradação entre os núcleos No caso de gradação entre os núcleos do sujeito – poderá haver a concordância lógica ou a concordância atrativa, assim o verbo poderá ficar no plural ou no singular . Ex.: Um sorriso, um olhar, uma palavra já eram suficientes. Ex.: Um sorriso, um olhar, uma palavra já era suficiente. 5° - Sujeitos resumidos pelas expressões “por nada, tudo, ninguém” No caso de sujeitos resumidos pelas expressões “por nada, tudo, ninguém” - o verbo fará a concordância com o chamado “aposto resumidor” . Ex.: O clamor, a súplica, o desespero, nada o comoveu. 6° - Expressões “um e outro, nem um nem outro”. Sendo o sujeito constituído por expressões do tipo “um e outro, nem um nem outro” - o verbo ficará no singular ou no plural. Ex.: Um e outro já chegou. Ex.: Um e outro já chegaram. 7° - Núcleos ligados por “ou”. Os núcleos do sujeito estando na oração ligados por “ou” fará com que o verbo vá para o singular quando a ideia apresentada for de “exclusão”, e irá para o plural quando a ideia for de “inclusão”. Ex.: Paula ou Emília vencerá o desfile. ( ideia de exclusão) Ex.: Paula e Emília vencerão o desfile. (ideia de inclusão) SEÇÃO 04 Outras observações importantes a respeito da concordância verbal 10 UNIDADE II Observação 01 – No caso de partícula apassivadora “Partícula SE” - o verbo “transitivo direto” (VTD) deverá concordar com o sujeito passivo. Ex.: Vende-se casa. (Vende = VTD) (P.A = SE) Ex.: Vendem-se casas. (Vendem = VTD) (P.A = SE). Observação 02 - No caso de Índice de indeterminação do sujeito (I.I.S) - o verbo “transitivo indireto” sempre ficará na forma “singular”. Ex.: Precisa-se de professores. Ex.: Concorda-se com as opiniões. Observação 03 - No caso dos verbos impessoais, ou seja, aqueles que não possuem sujeito. Por serem impessoais ficarão sempre na 3ª pessoa do singular. Havia coisa para resolver. Fazia quinze anos que não falava com ela. Deve haver uma solução. Faz tempo que não a vejo. Termos Acessórios da Oração Antes de estudarmos os termos acessórios da oração é necessário relembrarmos o que é sujeito e predicado e o que é oração. Vejamos: O Sujeito é o termo da oração a quem é atribuída a ação expressa pelo verbo do enunciado, ou seja, é o ser sobre o qual o predicado declara alguma coisa. Ex.: Minhas pernas me levam diretamente ao meu destino. Sujeito = Minhas pernas. Já o Predicado diz respeito a tudo aquilo que expressa ou declara algo referente ao sujeito. O Predicado é o local onde o verbo da oração fica situado. O Predicado é o pedaço da oração que traz referências ao que acontece com o sujeito da oração da qual ele faz parte.Ex.: Minhas pernas me levam diretamente ao meu destino. Predicado = me levam diretamente ao meu destino. Por fim, todo enunciado construído ao redor de um verbo ou de uma locução verbal é chamado de Oração. Assim, para que tenhamos uma Oração será obrigatória a presença de um verbo ou de uma locução verbal, mas não será necessário que ela, a Oração, tenha, obrigatoriamente, sentido completo. SEÇÃO 01 11 Ex.: Eu e minha esposa viajaremos logo cedinho. Adjunto adnominal representado por um adjetivo: Ex.: Eu simplesmente adorava ouvir música agitada. • Nesse caso, o adjetivo “agitada” funciona como Adjunto adnominal, pois atua caracterizando o substantivo “música”. Adjunto adnominal representado por um numeral: Ex.: O concurso recebeu mais de mil inscritos à vaga de estagiário. • Nesse caso, o numeral “mil” funciona como Adjunto adnominal, pois atua caracterizando o substantivo “inscritos”. Adjunto adnominal representado por um pronome: Ex.: Minhas colegas de trabalho prepararam uma festa surpresa. • Nesse caso, o pronome “minhas” funciona como Adjunto adnominal, pois atua especificando o substantivo “colegas”. Adjunto adnominal representado por um locução adjetiva: Ex.:As picadas de abelha provocam muita dor. • Nesse caso, a locução adjetiva “de abelha” funciona como Adjunto adnominal, pois atua especificando o substantivo “picadas”. SEÇÃO 03 Adjunto adverbial O adjunto adverbial é o termo acessório da oração que indica diferentes circunstâncias ou intensifica o sentido de um verbo, de um adjetivo ou de outro advérbio. Devemos notar que, ao indicar uma circunstância, o adjunto adverbial passa, dentre outras, a ideia de tempo, lugar, modo, causa e finalidade. Deste modo, ao passar a ideia de tempo, lugar, modo, por exemplo, os adjuntos adverbiais serão, respectivamente, classificados como sendo: adjunto adverbial de tempo, adjunto adverbial de lugar e adjunto adverbial de modo. Vejamos o exemplo abaixo: 12 Na oração “todos nós estudamos muito bem hoje no curso”, existem quantos adjuntos adverbiais? A resposta é: quatro. Vejamos o quadro abaixo: Todos nós estuda mos mui to bem hoj e no curso Sujeito Verbo Adj. Adv. De Intensi dade Adj. Adv. De Modo Adj. Adv. De Tempo Adj. Adv. De Lugar Vamos agora verificar outras circunstâncias possíveis para o adjunto adverbial: Adjunto adverbial: Circunstância expressa: Exemplos: De instrumento (com machado) De instrumento Raimundo cortou a árvore com machado. De Companhia (com os amigos) De Companhia Sebastiana foi para a festa com os amigos. De transporte (de avião) De transporte Nós da família Barros de avião viajaremos de avião. De assunto (de política) De assunto Paulo e eu falávamos de política. De causa (de infarto) De causa O vizinho do prédio morreu de infarto. De preço (mil reais) De preço O terno que eu comprei custou mil reais. 13 Vejamos outras circunstâncias e adjuntos adverbiais possíveis: Circunstânci a: Adjuntos adverbiais: Exemplos: De tempo Hoje; ontem; cedo; tarde; agora; em breve; de vez em quando; durante; à noite; de manhã. Ana foi ao teatro ontem. De intensidade Muito; pouco; bastante; tão; quão; demais; mais; menos. Estava muito doente. De negação Não; nunca; jamais; de jeito algum; de modo algum; de forma alguma; em hipótese alguma. Ela não foi. De afirmação Sim; com certeza; claro; certamente; sem dúvida; de fato; realmente. Sem dúvidas, ela foi! De dúvida Talvez; quem sabe; quiçá; provavelmente; porventura; acaso. Que sabe, ela vá. De finalidade Para; para que; a fim de; por. Vim, afim de ver o diretor. De causa Porque; por causa de; devido a; graças a; por; pois; em virtude de; em razão de. O poço secou devido a falta de chuvas. Prosseguindo com os nossos estudos, é necessário tratarmos da intensificação dos termos, ou seja, dos verbos, adjetivos ou dos advérbios no que se refere ao adjunto adverbial. Vejamos, então: Na oração “Ele discursou muito bem ontem à tarde”, temos: Ele discu rsou muit o be m onte m à tard e sujeito verbo Adj. Adv. De intensid ade Adj. Adv. De Modo Adj. Adv. De tempo Adj. Adv. De tempo Perceba que a palavra “muito” está intensificando o advérbio “bem” – Ele discursou bem – (muito bem). Por isso, o adjunto adverbial é a palavra que intensifica outro advérbio. 14 AGORA QUE VOCÊ JÁ CONHECE OS ADVERBIOS, VOCÊ CONSEGUE IDENTIFICA-LOS NO SEU COTIDIANO? Já na oração “Ele mora muito longe”, temos: Ele mora muito longe Sujeito Verbo Adj. Adv. De Intensidad e Adj. Adv. De lugar Perceba que, nesse caso, a palavra “muito” está intensificando o advérbio “longe” – Ele mora longe – (muito longe). Por isso, o adjunto adverbial é a palavra que intensifica outro advérbio. Observe agora, na oração “Ela está muito triste”, temos: Ela está muito triste Sujeito Verbo Adj. Adv. De Intensidad e Predicativo do sujetio (adjetivo) Perceba, nesse caso, a palavra “muito” está intensificando o adjetivo “triste” – Ela está triste (muito triste) - Por isso, o adjunto adverbial é a palavra que intensifica um adjetivo. Por fim, na oração “Eles não estudaram”, temos: Eles não estudaram sujeito Adj. Adv. De Negação verbo Note que, nesse caso, a palavra “não” modifica o sentido do verbo “estudaram” – Eles estudaram (não estudaram). Por isso, o adjunto adverbial é a palavra que modifica o sentido de um verbo. 15 SEÇÃO 04 Estudo do Aposto O aposto é o termo da oração que atua explicando, desenvolvendo, identificando ou resumindo um outro termo presente na oração. O aposto pode ser do tipo: explicativo, enumerativo, especificativo, recapitulativo, distributivo ou comparativo. Vejamos: Na oração “Brasília, a capital do país, fica no Planalto Central”. Note que o sujeito desta oração é: Brasília. Repare que o termo “a capital do país” é um termo acessório, usado com a função de explicar, de esclarecer e de identificar melhor o nome “Brasília”. Este termo recebe o nome de “aposto”. O aposto pode vir entre vírgulas, entre travessões ou depois de dois pontos, mas poderá aparecer sem. Vejamos mais algumas orações: a. Castro Alves – poeta romântico − foi abolicionista. b. Meu amigo José acaba de chegar. c. O romance A moreninha foi escrito por Macedo. d. O rio Capibaribe transbordou. e. Meu coração, uma nau ao vento, está sem rumo. Todos os termos, acima destacados, são exemplos de apostos. Vejamos de modo mais completo os tipos de aposto: Aposto Explicativo É aquele utilizado para explicar outro termo oração, ele sempre está isolado na por sinais de pontuação, sejam: vírgulas, parênteses ou travessões. Ex.: Paula, estudante bastante dedicada, foi aprovada. Aposto Enumerativo Ele é utilizado para enumerar os elementos que fazem parte de um termo da oração. Ex.: Paula foi à feira e comprou várias coisas: frutas, verduras e legumes. Aposto Especificativo É utilizado para especificar ou para individualizar um termo dos termos da oração. Esse termo da oração, geralmente, é um nome próprio de pessoa ou de lugar e não aparece entre vírgulas. Ex.: Visitei a cidade do Rio de Janeiro.16 IMPORTANTE! A LOCUÇÃO ADJETIVA É DEFINIDA PELA GRAMÁTICA DA LÍNGUA PORTUGUESA COMO SENDO UM CONJUNTO DE DUAS OU MAIS PALAVRAS QUE ATUAM JUNTAS COMO SE FOSSEM UM ADJETIVO. Agora que já refrescamos nossa memória, podemos prosseguir com o estudo dos termos acessórios da oração, ou seja, com o estudo do adjunto adnominal, adjunto adverbial e do aposto. Os termos acessórios da oração são aqueles que se juntam a um nome ou a um verbo para especificar o significado deles. Desta forma, mesmo sendo dispensáveis na estrutura básica da oração, esses termos são importantes por ajudarem na compreensão do enunciado, apresentando informações novas ao contexto da estrutura da oração. O Adjunto adnominal é o termo acessório da oração que possui a função de caracterizar, especificar ou determinar um substantivo, por meio de um artigo, de um adjetivo, de um numeral, de um pronome ou de uma locução adjetiva. Assim, pode-se dizer que ele é o elemento da oração que busca acompanhar e modificar um substantivo, conferindo-lhe características e atributos. Desta forma caracterizando um substantivo, como ocorre nos exemplos abaixo: Oração com locução adjetiva: Oração com o adjetivo correspondente: Adoro carne de boi. Adoro carne bovina. Gosto muito desse creme de cabelo. Gosto muito desse creme capilar. É água de chuva. É água pluvial. Trabalha como artista de circo. Trabalha como artista circense. 17 Vejamos caso a caso o uso dos adjuntos adnominais: Adjunto adnominal representado por um artigo: Ex.: A garota era muito educada. • Nesse caso, o artigo “A” funciona como Adjunto adnominal, pois atua determinando o substantivo “garota”. Aposto Oracional O aposto oracional, como o próprio nome diz é uma oração utilizada para resumir termos anteriores. Ex.: Os avôs têm um grande objetivo: que os seus netos sejam muito felizes. Aposto Resumidor É aquele utilizado quando se deseja resumir os termos anteriores em apenas uma única palavra, que em geral é representada por um pronome indefinido. Ex.: Comprei um par de botas, uma jaqueta e uma camisa, tudo em liquidação. Aposto Comparativo É aquele, separado por vírgulas, utilizado quando se deseja comparar um termo da oração com alguma outra coisa. Ex.: Os seus olhos, verdes como a floresta, miravam-me intensamente. Aposto distributivo É aquele utilizado quando a intenção é distribuir, de modo separado, as informações dos termos da oração. Ex.: O diretor e a professora estavam pela escola, aquele no pátio e esta na quadra de esportes. SEÇÃO 05 Estudo do Vocativo A Gramática da Língua Portuguesa informa que o vocativo é termo independente da oração, ou seja, ele não possui relação sintática com qualquer outro termo da oração. Isso quer dizer que o vocativo não pertence nem ao sujeito nem ao predicado. Na verdade, o vocativo serve para chamar, invocar ou para interpelar um ouvinte. É interessante saber que, geralmente, ele se relaciona à segunda pessoa do discurso. 18 UNIDADE III Vejamos mais algumas orações: a. Crianças, podem sair para o recreio b. Maria, você gostou do nosso trabalho? c. Senhores passageiros, queiram apertar os cintos. d. Gosto muito de você, Leãozinho. e. Ó céus, que confusão! Todos os termos, acima destacados, são exemplos de vocativos. Estudo das Orações Coordenadas Orações coordenadas são aquelas que se encontram encadeadas, mas que são independentes do ponto de vista sintático, porque não exercem funções sintáticas umas nas outras. O período composto por coordenação é formado apenas por orações coordenadas. No período composto por coordenação, as orações coordenadas podem estar colocadas uma ao lado da outra, sem conectivo algum que as ligue. São, portanto, as chamadas orações coordenadas assindéticas. E podem também, aparecer ligadas por uma conjunção coordenativa. Nesse caso, serão chamadas de orações coordenadas sindéticas. SEÇÃO 02 Oração coordenada assindética Como já sabemos, a oração coordenada assindética é aquela que não vem iniciada por conjunção, como ocorre nos exemplos abaixo: Ex.: Vi, vim, venci. Ex.: Chegou, gostou, ficou para sempre. SEÇÃO 01 19 SEÇÃO 03 Oração coordenada sindética Oração coordenada sindética é aquela quem vem introduzida por uma conjunção coordenativa. Vejamos os exemplos abaixo: Ex.: [Não se perca de mim,] [nem desapareça]. Perca: or. Coord. Assindética - Nem: conjunção coordenativa - Desapareça: or. Coord. Sindética. Classificação das orações coordenadas sindéticas Cada conjunção coordenativa tem um valor semântico diferente. Assim, além de ligar duas orações de mesmo valor sintático, elas acrescentam este valor semântico à relação entre as orações e ideias que estão ligando. As orações coordenadas sindéticas são classificadas de acordo com as conjunções que se iniciam em: Aditivas: exprimem ideia de adição, de soma. São iniciadas por conjunções coordenativas aditivas. As principais são: e, nem (mesmo sentido de e não) mas também, como também, estas últimas são usadas quando, na oração assindética coordenada, houver a expressão “não só”. Vejamos alguns exemplos: Ex.: [Ele não que ir ao cinema] [nem jogar futebol]. Ex.: [Preciso falar com você] [e combinar nosso passeio]. Ex.: [Entrou na área] [e fez o gol]. Or. Coord.assindética + or. Coord.sindética aditiva. Observe que a primeira oração é assindética, ou seja, não possui conectivo e que a segunda oração, por expressar uma idéia de soma, é uma oração coordenada sindética aditiva. Adversativas: exprimem ideia de oposição, de contraste. São iniciadas por conjunções coordenativas adversativas. As principais conjunções adversativas são: mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto. Vejamos alguns exemplos: Ex.: [Estava tarde,] [mas ele ainda dormia]. Ex.: [Preciso falar com você] [porém estou ocupado agora]. Ex.: [Ele parece interessado em ir ao passeio,] [ no entanto ainda não se inscreveu]. Or. 20 Coord. Assindética + or. Coord. Sindética adversativa. Observe que a segunda oração, por expressar uma ideia que se opõe, que contrasta com a da primeira oração, é uma oração coordenada sindética adversativa. Alternativas: exprimem ideia de alternância, de escolha entre dois fatos “ou coisas” que não podem existir ao mesmo tempo. São iniciadas por conjunções coordenativas alternativas. As principais conjunções alternativas são: ou, ou...ou, ora...ora, quer...quer, já...já, seja...seja. Vejamos alguns exemplos: Ex.: [Você trouxe o livro] [ou esqueceu em casa]? Ex.: [Ou você escuta rádio,] [ou você vê televisão]. Ex.: [Todos farão o teste,] [quer já tenham média, quer não]. Or. Coord. Assindética + or. Coord. Sindética alternativa. Repare que a segunda oração, por expressar um fato que se alterna com o da primeiraoração, é uma oração coordenada sindética alternativa. Conclusivas: exprimem ideia de conclusão. São iniciadas por conjunções coordenativas conclusivas; as principais conjunções conclusivas são: logo, portanto, então, pois, por conseguinte, assim. Vejamos alguns exemplos: Ex.: [Já é meio dia,] [portanto está na hora do nosso almoço]. Ex.: [Já são 9 horas;] [é, pois, hora de levantar]. Ex.: [Você quer sair com a sua amiga,] [logo, termine rápido a sua tarefa]. Or. Coord. Assindética + Or. Coord. Assindética conclusiva. Repare que a segunda oração, por expressar uma ideia de conclusão é uma oração coordenada sindética conclusiva. 2ª- Período composto “mais de uma oração”: Ex.: [Juca esperou] [que a irmã chegasse]. Verbo + objeto direto = oração subordinada. Oração principal (OP) + oração subordinada (OS) É importante lembrarmos que as orações subordinadas são divididas em três grupos, de acordo com a função sintática que desempenham dentro da oração e também da classe de palavras a que elas são equivalentes. Assim, podem ser: Substantivas, Adjetivas e 21 UNIDADE IV Adverbiais. SEÇÃO 04 Orações Subordinadas Substantivas No que diz respeito às Orações Subordinadas Substantivas, como já visto anteriormente, são orações que exercem funções típicas de um substantivo, ou seja, funções de “sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo do sujeito e aposto”. Observe que estas orações possuem a mesma função sintática que um substantivo tem na estrutura oracional. Vejamos alguns exemplos já estudados anteriormente de Orações Subordinadas Substantivas: Explicativas: exprimem ideia de explicação, de justificativa. São iniciadas por conjunções coordenativas explicativas; as principais conjunções explicativas são: que, porque, pois, porquanto. Vejamos alguns exemplos: [Espera um pouco,] [que ainda está cedo]. [Empreste- me seu caderno,] [porque no meu não tem esse assunto]. [Basta, sanduíche,] [pois estou com pouca fome]. Or. Coord. Assindética + Or. Coord. Sindética explicativa. Note que a segunda oração justifica a ideia contida na primeira e é, portanto, uma oração coordenada sindética explicativa. A oração coordenada explicativa vem, geralmente, precedida de vírgula. Substantiva subjetiva: Convém estudar mais para a avaliação de português. Substantiva objetiva direta: Todos eles querem que você vença. Substantiva objetiva indireta: Os mais velhos necessitam de que cuidemos deles. Substantiva completiva nominal: Somente nos restou a saudade do que vivemos. Substantiva predicativa: Nosso maior desejo é que todos sejam aprovados. Substantiva apositiva: Nosso maior receio: que você não aceitasse o acordo. 22 VOCÊ SABE QUAL A PRINCIPAL DIFERENÇA ENTRE ORAÇÃO E PERIODO? Período composto por subordinação. Quando o sujeito, o objetivo direto ou indireto, o adjunto adnominal, o complemento nominal ou qualquer outra função de uma oração for representado por outra oração, esta outra será subordinada à primeira e o período será composto por subordinação. Assim, período composto por subordinação é aquele em que há uma oração principal e uma ou mais orações subordinadas. A oração principal tem pelo menos um de seus termos representado por uma oração subordinada. A oração subordinada exerce função sintática em outra oração, chamada de oração principal Vamos comparar os dois períodos abaixo: um deles é simples “ uma só oração” e outro, composto “mais de uma oração”, vejamos: 1ª- Período simples “uma oração”: Ex.: [Juca esperou a irmã]. Sujeito + verbo + objeto direto. SEÇÃO 03 Orações Subordinadas Adjetivas As Orações subordinadas adjetivas exercem a função sintática de adjunto adnominal de um termo da oração principal, ou seja, eles têm a mesma função que um adjetivo tem na estrutura oracional. Geralmente, as orações subordinadas adjetivas começam com o pronome SEÇÃO 01 23 relativo “que” e sua classificação é feita segundo a sua capacidade de ampliar ou de reduzir o sentido do nome a que elas se referem. As Orações subordinadas adjetivas podem ser do tipo: “Explicativa” ou “Restritiva”. Oração Subordinada Adjetiva Explicativa A Oração subordinada adjetiva explicativa é aquela que acrescenta uma informação, que amplia ou esclarece o sentido. Detalhes importantes são que ela está sempre separada por vírgulas e pode ser retirada da frase sem que ocorra alteração do sentido, tal qual o exemplo abaixo: Ex.: O urso, que é uma fera selvagem, atacou o domador. Perceba que a informação “,que é uma fera selvagem,” está entre vírgulas e pode até mesmo ser retirada do texto, pois mesmo assim será mantido o sentido geral da oração, ou seja, que “O urso atacou o domador”. Com isso, percebe-se realmente que o termo “que é uma fera selvagem” possui valor simplesmente “explicativo”. SEÇÃO 05 Oração Subordinada Adjetiva Restritiva Já a Oração subordinada Adjetiva Restritiva tem como função especificar o sentido do nome a qual se refere, pois na verdade, ela atual restringindo seu significado a um único ser. Atenção! Na Oração subordinada adjetiva restritiva não há vírgulas ou outras marcas de pausa. Além disso, as Adjetivas Restritivas são indispensáveis na oração, pois sem elas a compreensão ficaria prejudicada. Vejamos o exemplo a seguir: Ex.: José é um gerente que é apreciado por todos os funcionários. Perceba que a informação “que é apreciado por todos os funcionários” não está entre vírgulas e não pode ser retirada do texto, pois isso prejudicaria o sentido geral da oração, ou seja, que “José é um gerente que é apreciado por todos os funcionários”. Percebe-se, então, que a oração adjetiva restritiva específica o sentido de um nome, no caso, “gerente”. SEÇÃO06 Orações Subordinadas Adverbiais 24 As Orações Subordinadas Adverbiais são aquelas que exercem a mesma função de um adjunto adverbial relativa ao verbo da oração principal. É importante sabermos que elas são iniciadas por meio de conjunções subordinativas adverbiais, as quais se classificam conforme as circunstâncias que trazem para o verbo da oração principal. Assim, podem ser classificadas conforme indica o quadro abaixo e seus respectivos exemplos: Tipo: Exemplos: Causais Já que estudou, suas chances são boas. Consecutivas Falou tanto que ficou sem voz. Finais Cumpriu todas as tarefas afim de que fosse aprovado. Temporais Ficou estudando até que soubesse tudo. Condicionais Só vou se você for. Concessivas Embora discordasse, aceitou Comparativas Ele dorme como uma pedra. Conformativa s O contrato foi assinado conforme combinado. Proporcionai s Quanto mais estudo, mais aprendo. Com este último conteúdo, finalizamos nossos estudos. Boa sorte, sempre! E Lembre-se: “O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, nomínimo fará coisas admiráveis”. José de Alencar. 25 Referências Bibliográfica BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37ª Ed. Rio de Janeiro: Lucena, 2009. BECHARA, Evanildo. Lições de Português pela Análise Sintática. 19ª Ed. Rio de Janeiro: Lucena, 2014. CEREJA, Willian. Gramática Reflexiva: Texto, Semântica e Interação. 4ª Ed. São Paulo: Atual, 2013. HOUAISS, Antônio. Houaiss: Dicionário da Língua Portuguesa. 4ª Ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2010. PASCHOALIN, Maria Aparecida. Gramática: Teoria e Exercícios. Ed. Renovada. São Paulo: FTD, 2008. TERRA, Ernani. Curso Prático de Gramática. 6ª Ed. São Paulo: Scipione, 2011. 26
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