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Acesso Vascular Central

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CONCEITO 
Dispositivos utilizados para administração de 
medicamentos, nutrientes ou líquidos diretamente na 
corrente sanguínea. Oferecem acesso ao átrio 
direito, exceto o femoral, que fica na Veia Cava 
Inferior (VCI). Independe do local de inserção. 
 
FUNÇÃO/ INDICAÇÃO 
 Monitorização hemodinâmica invasiva 
 Infusão de soluções hiperosmóticas ou 
cáusticas (ex: repor K). 
 Terapêutica substitutiva renal de urgência 
(hemodiálise ou termotransfusão). 
 Nutrição parenteral prolongada 
 Reposição de fluidos no trauma/cirurgia 
 Veias periféricas de difícil acesso 
 Estimulação cardíaca artificial temporária 
(marca-passo temporário) 
Em extenso 
trauma de partes moles, celulite, queimaduras, 
coagulopatias (contraindicação relativa) e recusa do 
paciente. 
Não puncionar acesso central no mesmo membro 
da fistula funcionante 
verificar motivo da 
solicitação e a possibilidade de um acesso periférico; 
checar uso de anticoagulantes, níveis séricos de K, 
TAP, contagem de plaquetas, hg/ht e RX de tórax. 
Comum: TAP e TTpa 
-> Explicar ao paciente o procedimento e evitar ter 
acompanhantes durante e cuidar com os 
comentários. 
-> Cuidados com antissepsia e assepsia e o correto 
posicionamento do paciente. 
CATETERES 
1) Curta/ longa permanência 
2) Parcial/ totalmente implantável 
3) Quantidade de lúmen (mono lúmen, duplo ou 
trilumens – quanto mais, melhor). 
SEMI- IMPLANTÁVEL DE CURTA 
PERMANÊNCIA 
Duplo-lúmen para diálise -> recomendado até 90 
dias; antes de ter a fístula arteriovenosa definitiva. 
SEMI- IMPLANTÁVEL DE LONGA 
PERMANÊNCIA 
 Permicaths: o cano fica implantado no 
subcutâneo. Até 2 anos no paciente. Realizado 
dentro do centro cirúrgico. 
TOTALMENTE IMPLANTÁVEL 
 Portocaths: exclusivo p/ infusão de 
quimioterápicos oncológicos. Retirar após a cura. 
ESCOLHA DO ACESSO 
 Ordem de preferência: 
1. Veia Jugular Interna Direita 
2. Veia Subclávia 
3. Veia Femoral 
4. Veia Jugular Externa 
A preferência é pelo lado direito para evitar acidentes 
com o ducto torácico (risco de quilotórax – derrame 
pleural de linfa). 
VEIA JUGULAR INTERNA 
Menor taxa de complicação. A agulha só entra, 
aproximadamente, 1,5cm, por ser mais externa. 
-> Realizar em posição de Trendelemburg, com 
pescoço em rotação para lado oposto à punção 
(aumenta a pressão venosa e o tamanho da jugular). 
-> Menor risco de pneumotórax 
 
: é o mais descrito; ápice do 
triângulo, formado pelos ventres esternal e clavicular 
do m. esternocleidomastoideo., cuja base é a 
articulação esternoclavicular. 
 ao músculo esternocleidomastoideo. 
Risco de punção da carótida (hematomas graves, 
desvio traqueal, complicações tromboembólicas 
cerebrais. 
Suspeitar de punção arterial se: sangue mais claro, 
empurra o êmbolo, apresenta pulsação e/ou não 
tem fluxo laminar após conexão ao equipo de soro 
(prova do fluxo-refluxo). 
 Em hipotensão + hipoxemia: sangue arterial 
pode estar mais escuro e confundir com o 
venoso. 
 cateterizar e não dilatar em caso suspeito de 
lesão arterial 
 RISCO: lesão nervo laríngeo-recorrente, 
estenose de jugular ou cava superior; punção de 
carótida, infecção, embolização de segmento de 
cateter (quebra), lesão de plexo nervoso braquial, 
punção tireóidea e traqueia, falso trajeto/ fístula 
arterio-venosa, trombose, aeroembolia.. 
VEIA SUBCLÁVIA 
Maior calibre, não tem válvulas, permanece em 
posicionamento relativamente constante, com < 
risco de infecção e trombose. Pode ser supra ou 
infra clavicular, sendo a infra a mais realizada. 
 RISCO: hematoma, infecção, embolização de 
segmento., hemo/pneumo/hidrotórax ou uma 
combinação entre eles, lesão plexo braquial, falso 
trajeto, fístula arteriovenosa, aeroembolia, 
estenose de subclávia. 
 Punção no vão entre a clavícula e a segunda 
costela. Agulha entra, aprox., 3,5cm. 
 Se em ventilação mecânica, deixar o ventilador 
em standby, pois reduz a chance de 
pneumotórax. 
 Bizel da agulha em direção á fúrcula esternal. 
VEIA FEMORAL 
Localizada medialmente à artéria femoral. Acesso 1 a 
1,5cm abaixo da linha inguinal, infra-ligamento inguinal, 
pois reduz a chance de hematomas retroperitoneais. 
 RISCO: maior risco de infecção, devido ao local – 
higiene mais difícil; estenose de veia femoral/cava 
inferior, hematomas, infecção, trombose, 
pseudoaneurismas, punção de artéria e nervo 
femoral, fistula arteriovenosa, mal 
posicionamento. 
TÉCNICA DE SELDINGER 
Descrição 
 Paciente em decúbito dorsal horizontal 
 Antissepsia + assepsia da região cérvico-torácica 
 Anestesia local com lidocaína 2%. 
 Punção da veia escolhida sob aspiração negativa. 
 Inserção de fio guia + retirada da agulha. 
 Dilatação do trajeto. 
 Inserção de cateter + retirada do fio guia + 
conexão ao equipo de soro. 
 Teste de fluxo e refluxo positivo (fluxo laminar 
com bom retorno venoso). 
 Fixação do cateter à pele com Nylon 2.0 ou 3.0 
 Limpeza e curativo local. 
COMPLICAÇÕES DO ACESSO 
a.. Mecânicas (relacionadas à punção) 
b. Infecciosas (associadas à assepsia e ao tempo de 
permanência do cateter). 
c. Trombóticas (relacionadas à presença do cateter) 
o raio-x antes do uso do cateter é útil para 
identificar possíveis complicações mecânicas. 
Se for necessário mudar o sítio de punção, o ideal é 
permanecer no mesmo lado do paciente, pois as 
complicações ficarão do mesmo lado. Se houver 
dreno, realizar a punção do mesmo lado do dreno. 
GUIADO POR ULTRASSOM 
 Reduz significativamente as complicações 
mecânicas por acidentes de punção 
 Maior sucesso no acesso 
 Diferenças: veia é compressível; artéria não 
colaba. 
 É o método padrão-ouro.

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