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13A4 - ÉTICA PROFISSIONAL_Mara_Rubia_de_Morais_Jesus_Conteudo 4

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Questões resolvidas

A exposição de motivos do Código de Ética Profissional do psicólogo nos informa que o mesmo nasce de uma dupla fonte, suas bases.
Assinale a alternativa abaixo que contém estas fontes.
A) As regras e normas de ação profissional e a necessidade de tornar estático o que é dinâmico
B) A sociedade e a política
C) A realidade social e o desejo da busca pela saúde no sujeito.
D) A liberdade e a permissividade
E) A complexidade social e a simplicidade do indivíduo

No Código de ética do psicólogo, encontramos uma referência ao projeto ético aristotélico, por este ser:
Assinale a alternativa correta.
A) um projeto ético singular
B) um projeto ético racional;
C) um projeto ético material
D) um projeto ético individualizante
E) as alternativas B e C estão corretas.

Marque com um (X) a afirmativa correta referente as visões subjacentes ao código ético profissional na psicologia.
Qual alternativa é correta?
A) O mundo vive em constantes mudanças, mas as verdades são eternas. Portanto o Código de Ética deve se basear nessas verdades imutáveis.
B) Ao se basear no Código de Ética para decidir suas ações, o psicólogo terá seus direitos profissionais assegurados e isso é o mais importante.
C) Qualquer sistema ou código só será real se sujeito à transitoriedade que é própria do homem a procura de seu desitno e significação.
D) O Código de Ética define comportamentos e ações de modo que os psicólogos sejam fiéis à realidade.
E) O Código de Ética tem que priorizar sempre o individuo, assegurando o compromisso com o fazer psicologia com ética e sigilosamente.

Com Aristóteles temos assentadas algumas bases auxiliares na proposição do código de ética profissional do psicólogo.
Sobre a relevância do contexto político e social na filosofia aristotélica, assinale a alternativa que melhor a define:
A) Filosofia em forte contraposição ao senso comum
B) Filosofia cientificista.
C) Filosofia com ênfase na dialética
D) Filosofia com forte senso de unidade do mundo e da cultura.
E) Filosofia da lateridade

A metafísica aristotélica propõe que a felicidade pode ser alcançada se a alma exerce atividades que permitem sua plena realização.
A perspectiva conservadora desta concepção pode ser definida por:
A) A possibilidade de todos atingirem sua plena potência
B) Os lugares fixos que cada ser ocupa na hierarquia da natureza.
C) A liberdade intrínseca ao ser.
D) A imperfeição intrínseca ao ser
E) A ausência de hierarquia no conjunto do universo físico.

De acordo com a reflexão de Maiorino (2005) acerca do percurso histórico do novo código de Ética do Psicólogo, podemos afirmar:
Assinale a alternativa correta.
I) A aproximação do psicólogo com o cenário da Saúde pública fomentou a necessidade de se repensar os referenciais teóricos da psicologia frente à realidade brasileira.
II) O contato do psicólogo com a saúde pública impulsionou a discussão sobre a postura ética deste profissional em relação ao usuário do seu serviço.
III) O novo código faz uma clara opção pela defesa da vida, e em seus princípios fundamentais foram mantidos os itens presentes no código anterior (1987), que citam explicitamente a intersecção com os valores éticos presentes na Declaração Universal dos Direitos humanos.
A) Todas estão corretas.
B) I e II estão corretas.
C) Apenas I está correta.
D) II e III estão corretas.
E) Apenas III está correta.

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Questões resolvidas

A exposição de motivos do Código de Ética Profissional do psicólogo nos informa que o mesmo nasce de uma dupla fonte, suas bases.
Assinale a alternativa abaixo que contém estas fontes.
A) As regras e normas de ação profissional e a necessidade de tornar estático o que é dinâmico
B) A sociedade e a política
C) A realidade social e o desejo da busca pela saúde no sujeito.
D) A liberdade e a permissividade
E) A complexidade social e a simplicidade do indivíduo

No Código de ética do psicólogo, encontramos uma referência ao projeto ético aristotélico, por este ser:
Assinale a alternativa correta.
A) um projeto ético singular
B) um projeto ético racional;
C) um projeto ético material
D) um projeto ético individualizante
E) as alternativas B e C estão corretas.

Marque com um (X) a afirmativa correta referente as visões subjacentes ao código ético profissional na psicologia.
Qual alternativa é correta?
A) O mundo vive em constantes mudanças, mas as verdades são eternas. Portanto o Código de Ética deve se basear nessas verdades imutáveis.
B) Ao se basear no Código de Ética para decidir suas ações, o psicólogo terá seus direitos profissionais assegurados e isso é o mais importante.
C) Qualquer sistema ou código só será real se sujeito à transitoriedade que é própria do homem a procura de seu desitno e significação.
D) O Código de Ética define comportamentos e ações de modo que os psicólogos sejam fiéis à realidade.
E) O Código de Ética tem que priorizar sempre o individuo, assegurando o compromisso com o fazer psicologia com ética e sigilosamente.

Com Aristóteles temos assentadas algumas bases auxiliares na proposição do código de ética profissional do psicólogo.
Sobre a relevância do contexto político e social na filosofia aristotélica, assinale a alternativa que melhor a define:
A) Filosofia em forte contraposição ao senso comum
B) Filosofia cientificista.
C) Filosofia com ênfase na dialética
D) Filosofia com forte senso de unidade do mundo e da cultura.
E) Filosofia da lateridade

A metafísica aristotélica propõe que a felicidade pode ser alcançada se a alma exerce atividades que permitem sua plena realização.
A perspectiva conservadora desta concepção pode ser definida por:
A) A possibilidade de todos atingirem sua plena potência
B) Os lugares fixos que cada ser ocupa na hierarquia da natureza.
C) A liberdade intrínseca ao ser.
D) A imperfeição intrínseca ao ser
E) A ausência de hierarquia no conjunto do universo físico.

De acordo com a reflexão de Maiorino (2005) acerca do percurso histórico do novo código de Ética do Psicólogo, podemos afirmar:
Assinale a alternativa correta.
I) A aproximação do psicólogo com o cenário da Saúde pública fomentou a necessidade de se repensar os referenciais teóricos da psicologia frente à realidade brasileira.
II) O contato do psicólogo com a saúde pública impulsionou a discussão sobre a postura ética deste profissional em relação ao usuário do seu serviço.
III) O novo código faz uma clara opção pela defesa da vida, e em seus princípios fundamentais foram mantidos os itens presentes no código anterior (1987), que citam explicitamente a intersecção com os valores éticos presentes na Declaração Universal dos Direitos humanos.
A) Todas estão corretas.
B) I e II estão corretas.
C) Apenas I está correta.
D) II e III estão corretas.
E) Apenas III está correta.

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22/09/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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 MÓDULO 3 – INTRODUÇÃO AO CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO
PSICOLOGO
OBJETIVOS:
-Apresentar a História Breve dos Códigos de Ética do Psicólogo no Brasil.
-Apresentar as concepções de homem e mundo que subjazem o Código de Ética Profissional
do Psicólogo: a concepção de homem social (provinda da ética material de Aristóteles) e a
concepção sócio-histórica.
 INTRODUÇÃO E BIBLIOGRAFIAS
Toda profissão ao se definir como um conjunto de práticas e teorias que buscam atender as
necessidades psicossociais de uma população, controlada por padrões técnicos e éticos,
organiza-se e regulamenta-se a partir de um documento deontológico, denominado
comumente de Código de Ética. Com a regulamentação da Psicologia em 1962, fez-se
necessário construir um Código de normas para o reconhecimento social da profissão em
âmbito nacional.
 O novo Código de Ética do Psicólogo foi proposto em 2005, como resultado de um
percurso histórico da Psicologia frente às novas demandas sociais e também como carta que
dialoga ativamente com a Cultura de Direitos Humanos, instituída a partir da Constituição
Federal de 1988.
 Esse documento promulgado em 27 de agosto de 2005, é o quarto Código de Ética do
Psicólogo no Brasil. Ele veio responder, principalmente, ao contexto organizacional e
institucional, oriundo de um pedido social para as entidades representativas, os Conselhos
Regionais de Psicologia. Portanto, esse é um Código que veio atender à evolução do
contexto institucional do Brasil, com a crescente democratização e industrialização.
Em 1967, o primeiro Código de Ética do Psicólogo foi aprovado pela Associação Brasileira de
Psicólogos, presidida por Arrigo Angelini, possuía cinco princípios fundamentais e 40 artigos.
Em 1975, por sua vez, este foi modificado e reorganizado como oficialmente o primeiro
Código de Ética, agora promulgado por um Conselho Federal de Psicologia. (Romaro, 2006)
Em 1979, aprova-se o segundo Código de Ética da profissão, em tempos de ditadura militar
no Brasil. Esse documento possuía, segundo Romaro (2006), cinco princípios fundamentais e
50 artigos, com grifos sobre o trabalho do psicólogo em equipes multiprofissionais.
Em 1987, aprova-se o terceiro Código de Ética Profissional da Psicologia, mais denso e com
grande quantidade de artigos e alíneas, refletindo, segundo Romaro (2006), as dificuldades
enfrentadas na confecção desse documento em um momento de transição da ditadura para a
redemocratização do país. Os pontos salientados foram o respeito pelo outro e sua
integridade, que faz alusão aos Direitos Humanos, e também à importância da função social
do psicólogo por meio de uma análise crítica da realidade.
Depois de 40 anos, a classe profissional se viu mobilizada a rever esse documento, num
contexto sócio político mais amadurecido e com novas demandas psicossociais,
principalmente no cenário institucional, no qual os psicólogos brasileiros intervinham e
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encontravam dilemas éticos, complexos e pouco contemplados pelo Conselho Federal de
Psicologia.
A partir desse novo cenário e dos novos fazeres, a Psicologia Brasileira foi chamada a
participar de um processo de reflexão e construção de novas diretrizes para as ações
profissionais da Psicologia. Esse processo se iniciou em 2001, quando os psicólogos foram
convocados a confeccionar um novo código, superando o anterior que havia sido feito em
1987. O documento anterior tinha marcas direcionadas predominantemente ao campo clínico,
e não dialogava com as novas configurações psicossociais e com leis mais modernas, como
o Estatuto da Criança e do Adolescente(1990).
 Os Conselhos Regionais de Psicologia em território nacional foram mobilizados a
chamar os seus participantes a organizarem Fóruns Regionais de Ética, formulando teses
que indicariam quais mudanças seriam realizadas em um novo documento da categoria
profissional.
 O Código retrata a imagem da nossa prática profissional, que muitas vezes
incomoda a classe profissional, pelo seu viés ainda elitista e curativo, resultado da identidade
clássica do psicólogo clínico e do modelo biomédico de atendimento. A partir disso, os
psicólogos brasileiros buscaram uma prática mais refletida, um retrato mais fiel do que
fazem de fato ou do que querem fazer na Psicologia. Por isso, o novo Código de Ética do
Psicólogo é um projeto profissional coletivo, que desenha uma possível nova identidade
desse sujeito que trabalha e faz psicologia no Brasil.
O novo código foi pensado dentro do movimento da história da Psicologia, na sua prática com
a sociedade brasileira. Desse modo ele expõe princípios que: representa essa história;
valoriza o sujeito na perspectiva social; respeita as diversidades humanas na trama sócio
cultural; reconhece a diversidade interna da própria Psicologia em suas diferentes teorias e
fazeres; garante os direitos do individuo e apresenta uma perspectiva de promoção de saúde.
 Esse novo documento modificou sua forma, apresentando metade dos artigos, em
contraponto ao antigo código com 50 artigos. É uma mudança formal, mas primordialmente
de sentido. Buscou-se um código que permite uma maior reflexão do sujeito, enfocando
amplos princípios norteadores e que não dita somente regras fechadas. Com isso, temos um
documento voltado para os direitos do psicólogo.
As concepções filosóficas referentes à concepção de homem e de mundo presentes no
Código de Ética, podem ser reconhecidas em dois eixos:
a) Aristotélico – ressalta a concepção de homem como um animal político e que tem sua
existência permeada de sentido no coletivo.
b) Sócio histórico- destaca a constituição do homem a partir da condição humana e da
relação com a sociedade e a cultura em que está inserido.
 
Concepção Aristotélica e o Código de Ética do Psicólogo (2005)
 
A antropologia aristotélica continua sendo, até hoje, um dos 
fundamentos da concepção ocidental do homem. Os problemas
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 levantados por Aristóteles em torno da pergunta sobre o que é
 o homem e as categorias com que tentou resolvê-los, embora
 tivessem como alvo principal o homem helênico no contexto da
 Polis, tornaram-se o fundo conceptual permanente da filosofia
 moderna, e nada indica que sua fecundidade heurística tende
 a esgotar-se.( LIMA VAZ, 2004,p.40)
 
 Aristóteles desenvolveu em sua obra De Anima, um repertório filosófico significativo,
referente à concepção antropológica, ou seja, sobre sua visão da constituição humana.
Definiu-a primeiramente demarcada pela estrutura biopsíquica, na qual a psyqué é o conceito
fundamental, significando um princípio vital que é o ato ou a perfeição de todo ser vivo e ao
qual compete a capacidade de mover-se a si mesmo (autokinêton). A gênese
dapsyqué está na dimensão da physis (natureza), caracterizando o homem como um ser vivo
que possui psyché (como forma racional) e soma (corpo). 
 Para Aristóteles, o homem é definido como zoon logikón. Ele se distingue de todos os
outros seres da natureza em virtudes do predicado da racionalidade: “ele é um animal
racional que fala e discorre, enquanto ser dotado de logos, o homem transcende de alguma
maneira a natureza e não pode ser considerado simplesmente um ser natural” (LIMA VAZ,
2004, p. 37).
 Everson (2007, pág 168) afirma que a psicologia aristotélica não se interessou por
um enfoquemental ou o entendimento da diferença entre corpo e mente, mas sim por uma
psicologia da vida, especialmente na distinção entre vida e morte: “What determines the
scope of his psychology is not the recognition of a distinction to be drawn between the mental
and the physical, but rather that between the living and the dead. “
 Uma das maiores contribuições de Aristóteles para a Psicologia e a visão de homem
presente, na maioria dos Códigos de Ética profissionais do Ocidente, se encontra no livro I
da Política, no qual ele afirma que o homem é um animal político (Zoôn politikón) por
natureza. Afirma que o indivíduo, não é auto-suficiente e necessita sempre do Outro nas
relações de sociabilidade.
 Também no livro I da obra Ética à Nicômaco, Aristóteles afirma que o homem possui
uma marca essencial que o diferencia dos outros, sua racionalidade. Essa capacidade o faz
criar a ética, como um modo de refletir sobre sua vida e seus hábitos cotidianos, em direção a
um fim, que para o pensador resumia-se na seguinte questão: O que posso e devo fazer para
ser feliz junto a minha comunidade na pólis? Porém, para Aristóteles, nem tudo que quero,
como individuo, pode ser vivido em nome dessa felicidade. Há um balizador importante nessa
história: a pólis, ou seja, a cidade e a sociedade nela vivente. Pegoraro apud Aristóteles
(2006, p 36) reafirma para seus leitores: “O homem é um animal capaz de pensar e de fazer
política”
 Essa supremacia política do âmbito público sobre o privado é uma contribuição
evidente para a elaboração dos códigos deontológicos na contemporaneidade, pois evidencia
uma preocupação com o coletivo ao invés de privilegiar o individualismo, marca recorrente de
tempos atuais (MAIORINO, 2005).
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 Essa valorização do público e do aspecto político está evidente na obra Política,
quando o pensador grego afirma que a cidade é uma comunidade política, que visa um bem
maior e abrange outras comunidades menores, como a família e os indivíduos. A cidade tem
como finalidade promover uma vida boa aos seus cidadãos, porém, ela deve ter e ser o poder
político supremo e fundamental em relação as aldeias, famílias e indivíduos que a
constituem. Aristóteles afirma ainda, que a natureza humana só pode ser realizada de modo
pleno pelo pertencimento a comunidade social e política.
 No livro III, da obra Política, Aristóteles discute a importância sobre a condição de
cidadania nas cidades, definindo como cidadão aquele sujeito que participa da vida política
verdadeiramente, seja por funções deliberativas ou judiciais. Com essa lógica, o pensador
ainda complementa, que a cidade não existe apenas para se viver. É preciso viver uma vida
boa (eu zen), ou seja, realizar a excelência humana em comunidade é primordial na visão
aristotélica. Portanto, define que a cidade é uma comunidade de homens livres.
 Com relação ao projeto ético, Aristóteles o define como aquele que está subordinado
ao plano político, tornando-se uma ciência prática da vida. Afirma que a ética deve estudar o
bem supremo, a partir de um conhecimento do humano, investigando em que consiste a sua
felicidade (eudamonia).
 Pegoraro (2006) delimita quatro eixos em torno dos quais giram o projeto ético
aristotélico, denominado de material, são eles: (1) a ética é natural, emerge da estrutura
biológica do ser humano; (2) a ética é finalista, todas as escolhas e decisões humanas visam
alcançar um fim, produzir um bem; (3) a ética é racional, ou seja, a razão deve harmonizar a
luta entre os desejos instintivos do homem e as exigências sociais; (4) a ética é heterônoma,
ou seja, ela vem do exterior, não está dada, o homem nasce como um animal ético que
precisará escolher, pelo uso da razão que o faz livre.
 Essas quatro marcas do projeto ético aristotélico são a base da materialidade do seu
entendimento da ética, pois ele a compreende como um exercício racional realizado junto ao
mundo em que se vive, e não como um dado deliberativo a priori. Dessa forma, Aristóteles
torna-se atual para as práticas profissionais na contemporaneidade, pois ele apresenta uma
visão de ética material e racional, que está na base da maioria dos códigos de normas das
profissões. Essa visão ética que transcende o individuo está na apresentação do Código de
Ética do Psicólogo:
 
É a ética, enquanto Filosofia Moral, que impede um Código sem criticismo, e também uma visão
cristalizada do comportamento humano. É essa ética filosófica que apela para uma reflexão e
compreensão das singularidades; é ela que faz um apelo à criatividade, liberdade e
espontaneidade. É ela que faz o profissional ver seu cliente como pessoa, como um ser de
relação no mundo, como um ser singular à procura de uma compreensão que lhe é pertinente. É
essa visão de totalidade existencial-filosófica que faz com que o profissional abra as janelas de
sua mente para ver o mundo como uma realidade social, política, comunitária e perca a
mesquinhez de só ver o indivíduo no seu imediatismo. É essa visão que o faz transcender do
indivíduo para o grupo, do momento para a história, de soluções precárias para procuras mais
globais. (Apresentação do Código de Ética de Psicologia, 2005, disponível <
http://site.cfp.org.br/legislacao/codigo-de-etica/, acesso novembro
2013)
 
http://site.cfp.org.br/legislacao/codigo-de-etica/
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 Pode-se aprender com a visão aristotélica de homem e de projeto ético, pois ela ensina que
o humano se define como ser complexo, pertencente ao mesmo tempo, à natureza, como ser
biológico, mas também como um ser político, que se organiza a partir da sua racionalidade.
Ao se inserir na comunidade citadina, o homem torna-se ético, usa de sua razão para ser livre
e escolher, dentro da complexidade sócio-política a qual pertence. Portanto, o exercício ético
depende das condições materiais e sociais dessa realidade que o cerca.
 Concepção Sócio Histórica e o Código de Ética do Psicólogo
 
 A visão aristotélica anuncia a base sócio histórica que também está presente na
confecção do código de ética do psicólogo brasileiro, participando de uma visão de homem
materialista-histórico-dialética.
 Essa visão é oriunda da Psicologia Sócio Histórica, de origem latino americana que
tem enfrentado a realidade sócio-cultural e econômica desses países em desenvolvimento,
por meio de uma postura crítica, reflexiva e combativa. O homem é compreendido como um
ser multideterminado pelas relações dialógicas que mantém com a sociedade, com a cultura,
com os laços intersubjetivos, e consigo mesmo, através da auto reflexão consciente. Não
existe natureza humana apriorística para essa visão, o homem nasce como um ser biológico.
Essa condição é necessária, mas não suficiente para constituir o homem psicossocial. Para
isso, é preciso adentrar em uma sociedade, a partir da mediação de instrumentos técnicos e
pela linguagem, agir e constituir consciência, racional e afetiva, que o faz produto e ao
mesmo tempo produtor da sua realidade. A esse processo, chama-se hominização. Conforme
Aguiar nos ensina:
O homem é, assim, visto como um ser inerentemente social e, como tal, sempre ligado às
condições sociais. Homem que, além de produto da evolução biológica das espécies, é também
produto histórico, mutável, pertencente a uma determinada sociedade, em uma determinada
etapa de sua evolução. Não se está simplesmente afirmando, no caso, que o homem se
encontra ligado ao mundo e à sociedade ou que é influenciado por ela, mas sim que se constitui
sob determinadas condições sociais, resultado da atividade de gerações anteriores. (AGUIAR,
2000, p.126)
 Na visão sócio histórica concebe-se o homem dialeticamentecomo um ser produzido pelas
condições sócio históricas, culturais e econômicas, mas também como um ser produtor da
sua realidade. Essa capacidade de transformar o mundo e a si mesmo, está em conformidade
com a filosofia do Código de Ética do Psicólogo, que em seu preâmbulo reafirma:
 
Se o homem é um ser de relação, sujeito a contínuas mudanças na sua luta por ocupar, a cada
momento, o espaço que lhe compete no mundo e se, ao mesmo tempo, ele é o sujeito e o objeto
do estudo da Psicologia, segue que qualquer sistema ou Código só será real se sujeito, também
ele, a essa transitoriedade que é própria do homem à procura de seu destino e significação.
(Apresentação do Código de Ética de Psicologia, 2005 disponível <
http://site.cfp.org.br/legislacao/codigo-de-etica/, acesso novembro
2013)
 
 Gonçalvez (2010) reafirma que a Psicologia Sócio Histórica é uma visão pertinente
aos novos tempos da psicologia brasileira, pois ela permite que se observe a produção
http://site.cfp.org.br/legislacao/codigo-de-etica/
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histórica da subjetividade no país, contestando visões naturalizantes de outrora, que visavam
a adaptação do indivíduo aos padrões normapatológicos.
 Essas concepções naturalizadas, segundo a autora, implicam em práticas normativas,
fechadas, inflexíveis que dificultam ou impedem o movimento de transformação social. Ao
contrário, no viés sócio histórico, a consideração do determinante histórico permite o incentivo
de práticas voltadas à liberdade e autonomia dos sujeitos, garantindo os seus direitos, pois
eles podem aprender com os acontecimentos passados, abrindo assim, uma maior
oportunidade de uma vida melhor e saudável. 
Desse modo, percebe-se como a Psicologia Sócia Histórica está presente na elaboração do
novo Código de Ética do Psicólogo, em suas premissas filosóficas e antropológicas, partindo
de uma visão de homem atuante, crítico e criativo, que pode vir a transformar o seu cotidiano,
convidando a humanidade ao inusitado e a vida.
 
BIBLIOGRAFIAS BASICAS:
ROMARO, R. A. Ética na psicologia. São Paulo: Ed. Vozes, 2006.
PEGORARO. O. Ética dos maiores mestres através da história. São Paulo: Ed Vozes,
2006.
BIBLIOGRAFIAS COMPLEMENTARES:
ARISTOTELES. Ética à Nicômaco. Tradução de Pietro Nassetti. SP: Ed Martin Claret, 2003.
_____________.De Anima. Tradução de Maria Cecília Gomes dos Reis. SP: Ed 34, 2006.
____________. Metafísica. Tradução de Edson Bini. SP: Ed EDIPRO, 2006.
________________.  Política. Tradução de Maria da Gama Kury. 3. ed. Brasília: Editora UnB,
1997.
 EVERSON. Psychology. IN BARNES, J. The Cambridge Companion to
Aristotle. Cambridge University Press, 1995.
 GONÇALVEZ, M. Psicologia, subjetividade e políticas públicas. SP: Ed Cortez, 2010.
 LIMA VAZ, H. Antropologia Filosófica. Vol I e II. SP: Ed Loyola. 2004.
 
Uma Reflexão Inquietante: Um dos pressupostos presentes na construção do nosso código
refere-se à ética material aristotélica. A partir disso, pode-se questionar: o que essa forma
de pensar eticamente, tão antiga, pode contribuir para a formação do psicólogo na
atualidade?Por que é ainda uma ética tão atual?
 
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https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 7/13
AGUIAR, W. Reflexões a partir da Psicologia Sócio Histórica sobre a categoria
consciência. Cadernos de Pesquisa, nº 110, PP 125-142, julho/2000. Disponível em
< http://www.scielo.br/pdf/cp/n110/n110a05.pdf>, acesso nov/2013.
 
Apresentação do Código de ética do Psicólogo (2005), disponível
<http://www.crpsp.org.br/portal/orientacao/codigo/fr_codigo_etica_exposicao.aspx>, acesso
em novembro /2013.
 
GRETER&FERMINO. Comunicação e seus aspectos ideológicos. Revista Filosofia,
Ciência e Vida Online. Disponível em 
<http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESFI/Edicoes/71/artigo265223-1.asp>, acesso em
novembro/2013.
 
MALINOSKI & SILVA. Felicidade: o bem supremo, no livro I da Obra Ética a Nicâmaco de
Aristóteles. Disponível em <http://coral.ufsm.br/gpforma/2senafe/PDF/069e4.pdf>, acesso
em novembro/2013.
 Atividades Teórico-Práticas: 
I) Entre no site do Conselho Federal De Psicologia (http://www.pol.org.br) e imprima o código de
ética do psicólogo, as principais resoluções éticas, como a referente às avaliações psicológicas
(007/2003). Monte uma pasta com documentos éticos importantes para o psicólogo.
II) Entre no site < http://www.youtube.com/watch?v=zZEwXlI8BYA>, assista a palestra do
Professor Antonio Severino, sobre a Filosofia dos Gregos Clássicos, incluindo Aristóteles. Organize
então, um quadro resumo das principais ideias desse pensador. Em seguida relacione-as com a
visão de homem contida no Código de Ética.
 Exercício comentado:
 Assinale a alternativa correta referente a visão sócio-histórica do fenômeno psicológico e do
homem encontrada no Código de Ética do Psicólogo(2005):
 
A) A idéia do homem como um ser autônomo, possuidor de uma natureza humana.
B) O psiquismo como fenômeno inerente ao ser humano, no seu agir e pensar.
C) O homem possui uma "natureza humana", isto é, uma essência, que deve ser descoberta
e investigada pela Psicologia.
D) O homem contendo uma condição humana, estruturada a partir da sua filogênese e do
acesso ao mundo da linguagem.
E) O homem como possuidor de uma essência humana, que é influenciada pelo seu meio
ambiente.
Comentários: a alternativa correta é a D, que remete a construção sócio histórica humana,
que é condizente com as premissas presentes no CEP (2005), que concebe o homem como
http://www.scielo.br/pdf/cp/n110/n110a05.pdf
http://www.crpsp.org.br/portal/orientacao/codigo/fr_codigo_etica_exposicao.aspx
http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESFI/Edicoes/71/artigo265223-1.asp
http://coral.ufsm.br/gpforma/2senafe/PDF/069e4.pdf
http://www.youtube.com/watch?v=zZEwXlI8BYA
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um ser construído a partir da sociedade a qual pertence, assim como determinado pelo
aspecto temporal histórico. Desse modo essa é a alternativa única que remete a idéia de
constituição , as outras remetem a idéia de natureza humana, como algo dado e naturalizado.
 
 
 
 
 
· 
Exercício 1:
A partir da lógica filosófica presente no CEP( 2005) do Psicólogo Brasileiro,
podemos afirmar que a práxis profissional deve ser alcançada por qual máxima?
A)
A aprendemos a fazer, fazendo.
B)
B não aprendemos a fazer até que estejamos aptos
C)
C aprendemos a fazer sem que precisemos fazê-lo
D)
D aprendemos a fazer, observando
E)
E observamos e fazemos
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
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B) 
C) 
D) 
E) 
A) 
Exercício 2:
A exposição de motivos do Código de Ética Profissional do psicólogo nos informa que o mesmo nasce
de uma dupla fonte, suas bases. Assinale a alternativa abaixo que contém estas fontes
A)
As regras e normas de ação profissional e a necessidade de tornar estático o que é dinâmico
B)
A sociedade e a política
C)
A realidade social e o desejo da busca pela saúde no sujeito.
D)
A liberdade e a permissividade
E)
A complexidade social e a simplicidade do indivíduo
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
C) 
Exercício 3:
No Código de ética do psicólogo, encontramos uma referência ao projeto ético
aristotélico, por este ser:
A)
um projeto ético singular
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B)
um projeto ético racional;
C)
um projeto ético material
D)
um projeto ético individualizante
E)
as alternativas B e C estão corretas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
E) 
Exercício 4:
Marque com um (X) a afirmativa correta referente as visões subjacentes ao código
ético profissional na psicologia
A)
O mundo vive em constantes mudanças, mas as verdades são eternas. Portanto o
Código de Ética deve se basear nessas verdades imutáveis
B)
Ao se basear no Código de Ética para decidir suas ações, o psicólogo terá seus
direitos profissionais assegurados e isso é o mais importante
C)
Qualquer sistema ou código só será real se sujeito à transitoriedade que é própria
do homem a procura de seu desitno e significação.
D)
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O Código de Ética define comportamentos e ações de modo que os psicólogos
sejam fiéis à realidade
E)
O Código de Ética tem que priorizar sempre o individuo, assegurando o
compromisso com o fazer psicologia com ética e sigilosamente.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
C) 
Exercício 5:
Com Aristóteles temos assentadas algumas bases auxiliares na proposição
do código de ética profissional do psicólogo. Sobre a relevância do contexto
político e social na filosofia aristotélica, asssinale a alternativa que melhor a
define:
A)
Filosofia em forte contraposição ao senso comum
B)
Filosofia cientificista.
C)
Filosofia com ênfase na dialética
D)
Filosofia com forte senso de unidade do mundo e da cultura.
E)
Filosofia da lateridade
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
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D) 
Exercício 6:
A metafísica aristotélica propõe que a felicidade pode ser alcançada se a alma exerce
atividades que permitem sua plena realização. A perspectiva conservadora desta concepção
pode ser definida por:
 
A)
A possibilidade de todos atingirem sua plena potência
B)
Os lugares fixos que cada ser ocupa na hierarquia da natureza.
C)
A liberdade intrínseca ao ser.
D)
A imperfeição intrínseca ao ser
E)
A ausência de hierarquia no conjunto do universo físico.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
B) 
Exercício 7:
De acordo com a reflexão de Maiorino (2005) acerca do percurso histórico do novo
código de Ética do Psicólogo, podemos afirmar:
 
I i)A aproximação do psicólogo com o cenário da Saúde pública fomentou a necessidade de se
repensar os referenciais teóricos da psicologia frente à realidade brasileira.
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II - III) contato do psicólogo com a saúde pública impulsionou a discussão sobre a postura ética
deste profissional em relação ao usuário do seu serviço. 
 
III - O novo código faz uma clara opção pela defesa da vida, e em seus princípios
 fundamentais foram mantidos os itens presentes no código anterior (1987), que citam
explicitamente a intersecção com os valores éticos presentes na Declaração Universal
dos Direitos humanos.
A)
Todas estão corretas.
B)
I e II estão corretas.
C)
Apenas I está correta.
D)
II e III estão corretas.
E)
Apenas III está correta.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A)

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