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lIVRO BIO APLICADA

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Fisiologia 
1 
Biologia Aplicada 
Cláudio Augusto Vieira Rangel 
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DIREÇÃO SUPERIOR 
Chanceler Joaquim de Oliveira 
Reitora Marlene Salgado de Oliveira 
Presidente da Mantenedora Wellington Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor de Planejamento e Finanças Wellington Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor de Organização e Desenvolvimento Jefferson Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor Administrativo Wallace Salgado de Oliveira 
Pró-Reitora Acadêmica Jaina dos Santos Mello Ferreira 
Pró-Reitor de Extensão Manuel de Souza Esteves 
 
DEPARTAMENTO DE ENSINO A DISTÂNCIA 
Gerência Nacional do EAD Bruno Mello Ferreira 
Gestor Acadêmico Diogo Pereira da Silva 
 
FICHA TÉCNICA 
Direção Editorial: Diogo Pereira da Silva e Patrícia Figueiredo Pereira Salgado 
Texto: Cláudio Augusto Vieira Rangel 
Revisão Ortográfica: Marcus Vinicius da Silva e Natália Barci de Souza 
Projeto Gráfico e Editoração: Antonia Machado, Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos 
Supervisão de Materiais Instrucionais: Antonia Machado 
Ilustração: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos 
Capa: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos 
 
COORDENAÇÃO GERAL: 
Departamento de Ensino a Distância 
Rua Marechal Deodoro 217, Centro, Niterói, RJ, CEP 24020-420 www.universo.edu.br 
 
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Universo ----- Campus Niterói. 
 
R196e Rangel, Claudio Augusto Vieira. 
Ecologia / Claudio Augusto Vieira Rangel ; revisão de Marcus 
Vinicius da Silva. – 2. ed. – Niterói, RJ: EAD/UNIVERSO, 2017. 
145 p. : il. 
 
 
1. Ecologia. 2. Ecossistema. 3. Meio ambiente. 4. População. I. 
Silva, Marcus Vinicius da. II. Título. 
 
CDD 574.501 
Bibliotecária: Elizabeth Franco Martins ----- CRB 7/4990 
 
Informamos que é de única e exclusiva responsabilidade do autor a originalidade desta obra, não se r esponsabilizando a ASOEC 
pelo conteúdo do texto formulado. 
© Departamento de Ensi no a Dist ância - Universidade Salgado de Oliveira 
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, arquivada ou transmitida de nenhuma forma 
ou por nenhum meio sem permissão expressa e por escrito da Associação Salgado de Oliveira de Educação e Cultura, mantenedor a 
da Univer sidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO). 
 
 
Biologia Aplicada 
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Palavra da Reitora 
 
Acompanhando as necessidades de um mundo cada vez mais complexo, 
exigente e necessitado de aprendizagem contínua, a Universidade Salgado de 
Oliveira (UNIVERSO) apresenta a UNIVERSOEAD, que reúne os diferentes 
segmentos do ensino a distância na universidade. Nosso programa foi 
desenvolvido segundo as diretrizes do MEC e baseado em experiências do gênero 
bem-sucedidas mundialmente. 
São inúmeras as vantagens de se estudar a distância e somente por meio 
dessa modalidade de ensino são sanadas as dificuldades de tempo e espaço 
presentes nos dias de hoje. O aluno tem a possibilidade de administrar seu próprio 
tempo e gerenciar seu estudo de acordo com sua disponibilidade, tornando-se 
responsável pela própria aprendizagem. 
O ensino a distância complementa os estudos presenciais à medida que 
permite que alunos e professores, fisicamente distanciados, possam estar a todo o 
momento, ligados por ferramentas de interação presentes na Internet através de 
nossa plataforma. 
Além disso, nosso material didático foi desenvolvido por professores 
especializados nessa modalidade de ensino, em que a clareza e objetividade são 
fundamentais para a perfeita compreensão dos conteúdos. 
A UNIVERSO tem uma história de sucesso no que diz respeito à educação a 
distância. Nossa experiência nos remete ao final da década de 80, com o bem-
sucedido projeto Novo Saber. Hoje, oferece uma estrutura em constante processo 
de atualização, ampliando as possibilidades de acesso a cursos de atualização, 
graduação ou pós-graduação. 
Reafirmando seu compromisso com a excelência no ensino e compartilhando 
as novas tendências em educação, a UNIVERSO convida seu alunado a conhecer o 
programa e usufruir das vantagens que o estudar a distância proporciona. 
 
Seja bem-vindo à UNIVERSOEAD! 
Professora Marlene Salgado de Oliveira 
Reitora
Biologia Aplicada 
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Biologia Aplicada 
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Sumário 
 
Apresentação da Disciplina .................................................................................................07 
Plano da Disciplina ................................................................................................................09 
Unidade 1- A origem e os Termos da Ecologia .......................................................13 
Unidade 2 – Ecologia Básica ...............................................................................................31 
Unidade 3 – Dinâmica das Populações .........................................................................47 
Unidade 4 –Ecossistemas Terrestres ...............................................................................59 
Unidade 5 – Ecossistemas Terrestres Brasileiros ........................................................... 81 
Unidade 6 – O Homem e a Biosfera ...............................................................................113 
Considerações Finais ............................................................................................................135 
Conhecendo o autor .............................................................................................................137 
Referências ..............................................................................................................................139 
Anexos ......................................................................................................................................141 
 
Biologia Aplicada 
6 
 
 
Biologia Aplicada 
7 
 
Apresentação da Disciplina 
 
Prezado aluno, 
Conheça a disciplina de Biologia Aplicada, seja bem-vindo. 
O gozo da paz está diretamente relacionado e ligado à existência de condições 
mínimas de vida por parte de todos aqueles que se encontram neste planeta, 
sobretudo, a raça humana, que desempenha um papel de responsabilidade maior 
perante todos os demais seres vivos ou não vivos que habitam esta esfera de vida. 
O respeito pelo ambiente em que vivemos é um passo importante para assegurar a 
qualidade de vida e o desenvolvimento ambiental consciente, pois, somente assim 
poderemos pensar serenamente sobre o futuro da humanidade e de todos os seres 
deste planeta. 
A Ecologia, seu conhecimento e entendimento consistem num passo 
importante, para não dizer determinante, no processo de perpetuação da vida 
saudável do planeta, pois, é com esta consciência que iniciamos o processo de 
ensino-aprendizagem desta disciplina no formato “on-line” assim como outras, 
observando o contexto descrito acima. 
A educação deve passar a ter papel principal, ou seja, deverá ser capaz de 
preparar subsídios para que a sociedade tenha sujeitos capazes de pensar e agir de 
forma consciente e criativa, em sua plenitude, e o olhar ecológico estende esta 
observância aos demais fatores do ambiente, nem sempre considerado pela 
humanidade, tão preocupada em produzir e consumir, retirando daí recursos que 
fatalmente irão se extinguir. 
Desta maneira, iremos iniciá-lo no estudo e na compreensão dos principais 
problemas que surgiram ou venham a surgir no contexto teórico desta disciplina, 
buscando enfatizar a importância do seu ensino para atender a diferentes áreas do 
conhecimento, enfatizando sua importância profissional, social e humana, 
contribuindo desta forma na construção de uma postura crítica, consciente e 
participativa do ser humano perante as urgências ambientais que vislumbramos no 
cenário mundial.Nossa presença será observada por você no andamento de suas 
atividades, buscando orientá-lo quando for necessário, por isso vamos em frente, 
estudando, analisando e cumprindo passo a passo todas as atividades. 
Depositamos credibilidadee excelência no seu desempenho. 
 
Biologia Aplicada 
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Biologia Aplicada 
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Plano da Disciplina 
 
A Biologia Aplicada possui objetivos que no contexto do ensino-
aprendizagem propiciam o desenvolvimento de competências e habilidades 
necessárias à formação de um ser humano mais consciente de seus deveres 
ambientais. Ser humano esse que deve esteja preparado para executar atividades 
que contribuam para o bem-estar físico e social da humanidade em face das 
atribuições ambientais do planeta. São objetivos da disciplina Biologia Aplicada : 
 Conhecer os principais termos ecológicos, entender as suas aplicabilidades e 
divisões relacionando-as aos seres vivos e ao meio ambiente, fazendo um 
estudo e análise dos ecossistemas; 
 Identificar e compreender as funções dos organismos em face de seus 
habitats e nichos ecológicos, bem como a dinâmica de suas populações nos 
ecossistemas; 
 Reconhecer os ecossistemas terrestres e suas características, bem como 
interferências antrópicas ou não, apresentadas a esses ecossistemas, 
observando a importância de sua preservação e manutenção; 
 Compreender fatores e identificar problemas que denotem a interferência do 
homem no ambiente ocasionando situações de melhora ou piora no meio 
ambiente. 
O conteúdo programático da disciplina foi dividido em sete unidades, a fim de 
proporcionar um maior detalhamento das questões ambientais, valorizando os 
termos e uma unidade prática onde o aluno pode aprender e observar fenômenos 
ocorridos nos ecossistemas, além de detalhar a questão da dinâmica das 
populações juntamente com as funções de cada indivíduo no contexto ambiental. 
Segue abaixo a apresentação das unidades do curso de Biologia Aplicada e todos 
seus conteúdos. 
 
Biologia Aplicada 
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Unidade 1 - A origem e os Termos da Ecologia 
Nesta unidade você irá conhecer com detalhes como chegamos ao termo 
Ecologia, seus primeiros passos na concepção do homem, suas ramificações, 
divisões e conceitos, para então entender e caminhar seguramente nos caminhos 
que se delineiam esta importante disciplina. 
Além disso, você terá a oportunidade de conhecer com detalhes o significado 
da origem de alguns termos mais utilizados em Ecologia, para então podermos 
prosseguir de modo seguro nos caminhos que se delineiam nesta importante 
disciplina. 
 
Objetivos: 
Conhecer o significado e a origem da Ecologia; 
Entender a importância de se manter vivo o sentido literal do termo Ecologia; 
Conhecer com detalhes como chegamos ao termo Ecologia, seus primeiros 
passos na concepção do homem, suas ramificações, divisões e conceitos. 
 
Unidade 2 – Ecologia Básica 
A abordagem nesta unidade deverá propiciar a compreensão necessária para 
entender como se caminha a matéria e a energia ao longo das ramificações 
existentes entre os seres vivos, teremos a oportunidade de conhecer com detalhes 
como o ambiente procede em relação as trocas realizadas com os seres vivos 
 
Objetivos: 
Identificar e compreender as funções dos organismos em face de seus habitats 
e nichos ecológicos; 
Compreender a relação entre seres vivos, o homem e o ambiente. 
 
Biologia Aplicada 
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Unidade 3 – Dinâmica das Populações 
Nesta unidade você estudará o processo de regulação dos organismos no 
meio ambiente, caracterizando o processo de dinâmica de populações. Com a 
compreensão dos dados e conceitos, poderemos visualizar o procedimento de 
sobrevivência, adaptação e preservação desenvolvidas pelos organismos de forma 
sociável e natural. 
 
Objetivos: 
Identificar e compreender as funções dos organismos em face de seus 
costumes populacionais, bem como a dinâmica de suas populações, nos habitats, 
nichos ecológicos e nos ecossistemas. 
Compreender a relação entre seres vivos, o homem e o ambiente. 
 
Unidade 4 –Ecossistemas Terrestres 
Nesta unidade você estudará os ambientes terrestres e suas particularidades, 
observaremos a porção da biosfera denominada litosfera com as características 
físicas, geográficas e biológicas presentes nesses ambientes, como o homem 
interage com os seres e qual a melhor maneira de entendê-los e 
consequentemente preservá-los. 
 
Objetivo: 
Reconhecer os ecossistemas terrestres e suas características, bem como 
interferências antrópicas ou não, apresentadas a esses ecossistemas, observando a 
importância de sua preservação e manutenção. 
 
Biologia Aplicada 
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Unidade 5 – Ecossistemas Terrestres Brasileiros 
Você irá estudar nesta unidade os ecossistemas terrestres brasileiros, suas 
características físicas, químicas e biológicas, bem como o processo de interação dos 
organismos com esses biomas. Analisaremos também situações em que se possam 
aproveitar os recursos desses biomas sem prejudicá-los, possibilitando assim sua 
preservação. 
 
Objetivo: 
Reconhecer os ecossistemas terrestres brasileiros e suas características, bem 
como interferências antrópicas ou não, apresentadas a esses ecossistemas, 
observando a importância de sua preservação e manutenção. 
 
Unidade 6 – O Homem e a Biosfera 
E, para finalizar, você tomará conhecimento da importância de se possuir o 
título de país da megadiversidade, podendo assim, proceder de forma a não 
sermos mais saqueados do que já somos por nós mesmos ou por interesses 
externos. Além disso, também irá analisar os fenômenos globais naturais que são 
aumentados e agravados pelo homem, tais como: chuva ácida, desmatamentos, 
queimadas, enfim situações que nos levam a pensar no que pode acontecer se não 
começarmos a mudar radicalmente nosso comportamento em face do ambiente. 
 
Objetivos: 
Identificar situações de utilização inadequada dos recursos naturais oriundos da 
biodiversidade.; 
Compreender fatores e identificar problemas que denotem a interferência do 
homem no ambiente ocasionando situações de melhora ou piora no meio 
ambiente. 
 
Bons Estudos. 
Biologia Aplicada 
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1 A Origem e os Termos da Ecologia 
O Surgimento da Ecologia no Contexto da 
Sociedade Humana. 
Apresentação dos Ramos da Ecologia. 
Termos Empregados na Ecologia. 
 
Biologia Aplicada 
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Nesta unidade teremos a oportunidade de conhecer com detalhes como 
chegamos ao termo Ecologia, seus primeiros passos na concepção do homem, suas 
ramificações, divisões e conceitos, para então podermos entender e caminhar 
seguramente nos caminhos que se delineiam esta importante disciplina. 
 
Objetivos da Unidade: 
Conhecer o significado, a origem da Ecologia e reconhecer a importância de 
se manter vivo o sentido literal do termo Ecologia; 
Conhecer o significado da origem de alguns termos utilizados em Ecologia. 
 
Plano da Unidade : 
 
 O Surgimento da Ecologia no Contexto da Sociedade Humana. 
 Apresentação dos Ramos da Ecologia. 
 Termos Empregados na Ecologia. 
 
 
Entre e fique à vontade nos estudos da primeira unidade. 
 
Biologia Aplicada 
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O Surgimento da Ecologia no Contexto da Sociedade 
Humana 
 
Um breve histórico. 
A ecologia não tem um começo precisamente definido, porém, na Grécia 
antiga podemos encontrar indícios de prática da Ecologia, através de um discípulo 
de Aristóteles chamado Teofrasto. Ele foi o primeiro a descrever as relações 
ocorridas com os organismos entre si e com o meio ambiente. 
Muito cedo na história da humanidade já se denotava interesse implícito na 
ecologia de forma prática, pois, o homem para sobreviver, precisava conhecer 
onde se encontrava, ou seja, o ambiente em que vivia, a natureza ambiental ao seu 
redor, exemplificada pelos vegetais, animais como fatores bióticos e as 
montanhas, cavernas, lagos, ar, água, enfim, os fatores abióticos em volta deles 
completando o meio em que eles vivem. 
 
 
 
 
Biologia Aplicada 
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Ecologia tem origem a partir da palavra grega oikos que exprime o sentido de 
“casa” nalíngua portuguesa e logos que significa “estudo”, “tratado”, também 
originado do grego, daí o significado: o estudo da casa ou, o estudo do ambiente, 
ou ainda segundo ODUM (1982) O estudo do “ambiente da casa” que inclui nela 
todos os organismos e processos funcionais que a tornam habitável. 
As bases posteriores para a ecologia moderna foram lançadas 
observando-se trabalhos de fisiologistas sobre plantas e animais (Darwin, 
Lamarck, Mendel) além do aumento do interesse na dinâmica de populações, 
baseado na observação feita por Tomas Malthus no inicio do século XIX sobre o 
conflito entre as populações em expansão e a disponibilidade de recursos 
provenientes do meio em que essas populações habitavam. 
No ano de 1870, Ernst Haeckel, célebre zoólogo alemão, ampliou o significado 
da palavra ecologia proferindo a seguinte definição: 
“Por ecologia, queremos dizer o corpo de conhecimento 
referente à economia da natureza – a investigação das 
relações totais dos animais tanto com seu ambiente 
orgânico quanto com seu ambiente inorgânico; incluindo, 
acima de tudo, suas relações amigáveis e não amigáveis 
com aqueles animais e plantas com os quais vêm direta ou 
indiretamente a entrar em contato – numa palavra, 
ecologia é o estudo de todas as inter-relações complexas 
denominadas por Darwin como as condições de luta pela 
existência.”* 
Trecho retirado do livro A Economia da natureza, por 
Robert E. Ricklefs 2003,p.2. 
 
Apresentação dos Ramos da Ecologia 
 
Como foi dito anteriormente, a ecologia se desenvolveu a partir de dois 
afluentes: a ecologia animal e a ecologia vegetal que aborda as relações das 
plantas entre si e com o seu ambiente. Ao se iniciar o século XX cientistas 
americanos e europeus se autodenominaram ecólogos, na sua grande maioria 
botânicos, os quais passaram a estudar as comunidades vegetais sobre prismas 
diferentes: o grupo europeu se concentrou em estudar a composição, estrutura e a 
distribuição das comunidades vegetais, o grupo americano se concentrou no 
desenvolvimento e sucessão dessas comunidades. 
Biologia Aplicada 
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Neste contexto a ecologia vegetal e a ecologia animal se desenvolveram 
separadamente, até que biólogos americanos e ingleses deram ênfase à inter-
relação de comunidades vegetais e animais como um todo. 
A ecologia alcançou a modernidade e consequente maturidade por volta de 
1942 com o estudo apurado e detalhado do fluxo de energia no ecossistema, 
realizado pelo americano R. L. Lindeman, que foram aprofundados pelos cientistas 
americanos Eugene e Howard Odum. Outros cientistas embarcaram nesses 
estudos, que resultou no surgimento de novas técnicas, métodos e definições que 
possibilitaram aos ecologistas, rastrear, rotular e medir o movimento de nutrientes 
e energias específicas distribuídas pelas cadeias e teias alimentares dos 
ecossistemas. 
 
O surgimento de novos métodos e técnicas deram início a um novo patamar 
no desenvolvimento dessa ciência, a ecologia que estuda a estrutura e o 
funcionamento dos ecossistemas, porém faltava uma base conceitual a essa 
ciência, apesar da ecologia moderna se concentrar no conceito e estudo do 
ecossistema, faltava a presença de uma unidade funcional e delimitadora que 
ampliasse e definisse os estudos em qualquer área da ecologia, surgiram, então, os 
componentes vivos e não vivos que se encontram presentes nos ciclos de 
nutrientes, nos fluxos de energia, nos ecossistemas, enfim, em todos os campos de 
estudo dessa ciência. 
Biologia Aplicada 
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Como ciência, a ecologia é multidisciplinar, isto quer dizer que envolve 
biologia vegetal, animal, taxonomia, geografia, meteorologia, fisiologia, 
comportamento, sociologia, matemática, física, química e muitas outras não 
descritas o que torna muito difícil delinear a sua fronteira com qualquer outra 
ciência, pois, todas exercem influência sobre ela. Esta situação também se observa 
dentro da própria ecologia; quando observamos as interações dos organismos 
entre si ou com o ambiente fica difícil, por exemplo, separar o comportamento 
individual do comportamento populacional, ou ainda na escala das definições, o 
sentido de comunidade e ecossistema são diferentes e, ao mesmo tempo, referem-
se aos mesmos componentes, pois não se pode separar um leão, uma zebra, e o 
capim, do solo que se encontram esses organismos. 
Na maioria dos casos ignorando a influência dos animais ou mesmo, dos 
parâmetros físicos e químicos existentes ao seu redor. 
A ecologia animal aborda a dinâmica, a distribuição e o comportamento das 
populações, das interações dos seus indivíduos 
com seu ambiente. Sabemos que os animais 
dependem dos vegetais, por isso não se pode 
estudar nem compreender totalmente a 
ecologia animal sem um considerável 
conhecimento da ecologia vegetal, tal fato pode 
ser observado no manejo de animais em seu 
ambiente natural, sempre se encontra um amplo 
ecossistema vegetal interagindo com o 
ecossistema animal. 
A ecologia animal e a vegetal são 
observadas também na forma de estudos 
individuais das interações de um organismo com 
seu ambiente, o que caracterizaria outro termo 
dentro da ecologia, a saber, autoecologia. Sendo estudada e aplicada de forma 
clássica, experimental e indutiva, é facilmente quantificável e útil nas pesquisas de 
campo e de laboratório. Algumas de suas técnicas são tomadas de empréstimo de 
outras áreas como: química, física, e filosofia. A autoecologia contribuiu com pelo 
menos dois importantes conceitos, a interação entre o(s) organismo(s) e seu 
ambiente, e a adaptabilidade genética de populações às condições ambientais do 
local onde vivem. 
Biologia Aplicada 
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Ao observarmos o estudo de comunidades de organismos caracterizamos a 
sinecologia, ou seja, a parte filosófica e dedutiva, amplamente descritiva e muito 
difícil de se quantificar, pois contém uma terminologia muito vasta. Apenas 
recentemente, com o advento da era eletrônica e atômica, a sinecologia 
desenvolveu instrumentos para estudar sistemas complexos e dar inicio a sua fase 
experimental. Os conceitos importantes desenvolvidos pela sinecologia são 
aqueles ligados ao ciclo de nutrientes, reservas energéticas e desenvolvimento de 
ecossistemas. A sinecologia possui ligações estreitas com a geologia, a 
meteorologia e a antropologia cultural, e pode também ser subdividida de acordo 
com os tipos de ambiente, como terrestre e aquático. 
A ecologia terrestre destina-se ao estudo de florestas, desertos, aborda 
aspectos dos ecossistemas como um todo, além de apresentar subdivisões que 
observam microclimas, química dos solos, fauna dos solos, ecogenética, ciclos e 
produtividade, pois os ecossistemas terrestres são muito mais sujeitos à influência 
dos organismos, causando flutuações ambientais muito maiores, do que nos 
ecossistemas aquáticos. Estes últimos são mais afetados pelas águas, além de 
apresentar uma resistência maior a variações ambientais como, por exemplo, a 
temperatura. Pela sua grande importância nos ambientes aquáticos, o ambiente 
físico destaca-se no estudo das características físicas do ecossistema, das correntes 
e da composição química da água. Por convenção, a ecologia aquática, 
denominada limnologia, limita-se à ecologia de cursos d’água, que estuda a vida 
em águas correntes e a ecologia dos lagos, que se detém sobre a vida em águas 
relativamente estáveis. A vida em mar aberto e estuários é objeto da ecologia 
marinha. 
Existem outras formas de denominação na ecologia, estas se encontram 
abordadas de forma especializada, por exemplo, na distribuição geográfica dos 
seres, animal ou vegetal. Denominamos geografia ecológica, o crescimento 
populacional, mortalidade e natalidade que são abordados na ecologia 
populacional. O estudo da genética e a ecologia das raças locais e espécies 
distintas é abordado pela ecologia genética. O comportamento, as reações dos 
animais em seu ambiente e as interações sociais são estudadas pela ecologiacomportamental (etologia), e através do estudo quantificado, estruturado e 
sistematizado dos ecossistemas. Através da análise de dados, matemática aplicada, 
modelos matemáticos, propiciou-se o rápido desenvolvimento da ecologia 
aplicada, que consiste no manejo dos recursos naturais na produção de interesse 
humano, tais como: agricultura, pecuária, poluição ambiental e outras. 
Biologia Aplicada 
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Enfim, mediante descrição dos campos e atuações em que se encaixam a 
ecologia podemos concluir que esta consiste no estudo das relações dos seres 
vivos individualmente, entre si, e com o ambiente que estes se encontram ou não. 
 
A seguir poderemos observar detalhadamente o significado e o emprego de 
termos empregados na Ecologia , suas atribuições, bem como as situações onde 
este ou aquele significado melhor se encaixa, juntamente com as suas divisões, 
quando este houver. 
 
Termos Empregados na Ecologia 
 
Ao iniciarmos esta unidade, pensamos em como pode ser interessante tomar 
conhecimento do significado de algumas palavras, sobretudo, quando estas se 
situam em ambientes diversos. Neste contexto, vamos observar o início de tudo, do 
ponto de vista científico, ou seja, com o átomo, e a partir dele, traçar os níveis de 
organização dos seres. Como foi dito anteriormente, o átomo inicia a sequência de 
componentes que irão se formar os seres, porém seu conjunto irá formar 
estruturas denominadas moléculas ou compostos químicos que não são 
diferenciáveis em seres bióticos ou abióticos, porém a partir daí temos o 
protoplasma, formando a célula. D aí os 
tecidos, que constituem os órgãos que se 
agrupam em sistemas que formam os 
organismos, que por sua vez são agrupados 
em espécies e assim por diante. Podemos organizar os termos ecológicos, a partir 
de espécies, nos seguintes níveis: 
Leitura Complementar : 
PINTO-COELHO, R. M. Fundamentos em Ecologia. 1ª reimpressão. Porto Alegre: 
Artmed Editora,2002. 
GEVERTZ, R.; AVELAR, W. E. P. et. al. Em busca do conhecimento ecológico – uma 
introdução à metodologia. 2. ed. São Paulo: Editora Edgard Blücher, 1995. 
Protoplasma: matéria viva 
Biologia Aplicada 
21 
 
Espécie (do lat. espécie “tipo”, “ modelo”)- é o conjunto de populações 
formadas por indivíduos semelhantes entre si (estruturalmente, funcionalmente e 
bioquimicamente) capazes de se entrecruzarem, reproduzindo, naturalmente, 
descendentes férteis. Ex.: Homo sapiens. 
Organismo (do gr. Organon, “instrumento”, “parte de um corpo vivo, que 
executa uma função especial; + suf. -ismo, “natureza de”) é designação que se 
dá a qualquer ser vivo, micro-organismo, ou mesmo organismo inferior. Consiste 
na unidade fundamental no estudo da ecologia. Com exceção dos protistas e 
bactérias, que são organismos unicelulares, não encontramos unidade menor de 
seres que, ao longo de suas vidas, exercem relações de troca ou obtenção de 
energia com os meios externos, propiciando assim , modificações com o meio 
externo ou consigo mesmo, além de fornecerem ao meio substâncias (fezes, 
excretas), que de alguma forma desencadeiam relações de utilidade com outros 
seres, contribuindo com o ciclo da vida. 
População (do lat. Populatione) - é o conjunto de organismos de mesma 
espécie que vivem numa mesma área e num determinado período, mantendo ou 
não isolamento em relação a outros grupos semelhantes e habitantes de outros 
locais. Ex.: população de ratos em um bueiro, em um determinado dia; população 
de bactérias causando infecção de garganta por 10 dias; 100 mil pessoas vivendo 
em uma metrópole no ano de 1996, etc. As trocas exercidas entre essas populações 
são regidas e controladas com o objetivo maior que é a sobrevivência, seguida da 
perpetuação da espécie. 
Comunidade ou biocenose (do lat. Commnitats, “estado de vida em 
comum”) é compreendida como o conjunto de populações de diversas espécies 
que habita numa mesma área ou região num determinado período. Ex.: seres de 
uma floresta, de um rio, de um lago, de um brejo, dos campos, dos oceanos, etc. 
Essas populações interagem de forma contundente e dinâmica entre si dentro 
dessa comunidade, como por exemplo, uma comunidade de gaviões interage 
diretamente com uma comunidade de cobras ou mesmo com outra de pássaros 
menores, ou ainda assim, com coelhos ou lebres que, por sua vez, interagem com 
as cobras e assim por diante. 
 
Biologia Aplicada 
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Ecossistema (do gr. Oikos, “casa”, “ambiente”; + elemento composto; 
sistema, também conhecido como sistema ecológico, é compreendido como o 
conjunto formado pelo meio ambiente físico, ou seja, o biótopo, também chamado 
biócoro (formado por fatores abióticos - sem vida - como: solo, água, ar), mais a 
comunidade (formada por componentes bióticos - seres vivos) que com o meio se 
relaciona). O ecossistema se caracteriza de forma complexa e abrangente, ora 
incluindo milhares de organismos diferentes interagindo em estruturas abióticas 
complexas, ora em uma gota d’água, sem, contudo, deixar de apresentar uma 
enorme complexidade. Podemos observar diferentes tipos de ambientes como: 
florestas, campos, estuários, que exercem pouca interação entre si, no entanto, 
internamente esses ecossistemas, realizam profundas trocas de energia e matéria. 
Segundo a sua situação geográfica, os principais ecossistemas são classificados 
em terrestres e aquáticos. Em qualquer dos casos, são quatro os seus constituintes 
básicos: substâncias abióticas (compostos básicos do meio ambiente); produtores 
(seres autotróficos, na maior parte dos casos plantas verdes, capazes de fabricar a 
sua própria substância a partir de substâncias inorgânicas simples); consumidores 
(organismos heterotróficos, quase sempre animais que se alimentam de outros 
seres ou de partículas de matéria orgânica); decompositores (seres heterotróficos, 
na sua maioria bactérias e fungos que, decompondo as complexas substâncias dos 
organismos mortos, ingerem partes destes materiais libertando, em contrapartida, 
substâncias simples que, lançadas no ambiente, podem ser assimiladas pelos 
produtores). 
 
Há grande diversidade de ecossistemas: 
 
 Ecossistemas naturais - bosques, florestas, desertos, prados, rios, oceanos, 
etc. 
 Ecossistemas artificiais - construídos pelo Homem: açudes, aquários, 
plantações, etc. 
 
Biologia Aplicada 
23 
 
Ao observarmos uma paisagem, de qualquer ponto, percebemos a existência 
de descontinuidades como, margens do rio, limites do bosque, bordos dos 
campos, etc. que utilizamos frequentemente para delimitar vários ecossistemas 
mais ou menos definidos pelos aspectos particulares da flora que aí se 
desenvolve. No entanto, na passagem, por exemplo, de uma floresta para uma 
pradaria, as árvores não desaparecem bruscamente; há quase sempre uma zona de 
transição, aonde as árvores vão sendo cada vez menos abundantes. Sendo assim, é 
possível, por falta de limites bem definidos e fronteiras intransponíveis, 
denominarmos como ecótono, a região de transição entre duas comunidades ou 
entre dois ecossistemas. Na área de transição vamos encontrar grande número de 
espécies e, por conseguinte, grande número de nichos ecológicos. 
 
Por fim, temos a biosfera que se define como o conjunto de todos os 
ecossistemas presentes no planeta. A biosfera divide-se em três partes distintas, 
mas que se interpõem da seguinte maneira: atmosfera ou ar, litosfera ou crosta e 
hidrosfera ou água, ambas caracterizando ambientes distintos que se inter-
relacionam com cada ser vivo, ligando as partes distantes do planeta através da 
energia que se propaga no ambiente nos seres vivos e nos seres não vivos, 
utilizando como veículo propagador a água, os nutrientes, as correntes, ou até 
mesmo alguns organismos. Vem daí o termo “agente dispersor”, erroneamente 
Biologia Aplicada 
24 
 
confundido com polinização. O agente 
dispersor transporta sementes em suaboca e 
nas suas fezes, atuando assim, de forma 
variada, de acordo com o interesse da 
natureza, sempre ao acaso, ou transportados 
também por seres não vivos, como vento, 
água das chuvas, rios ou mares. 
A biosfera é dividida em biociclos. Estes 
são ambientes menores dentro da biosfera. Há 
três biociclos: Talassociclo - biociclo marinho. 
Epinociclo - biociclo terrestre. Limnociclo - biociclo da água doce. 
Costuma-se dividir os biociclos em biócoros, como por exemplo, o biociclo 
terrestre se divide em quatro biócoros: floresta, savana, campo e deserto. Por sua 
vez, os biócoros são divididos em zonas diferentes denominadas Biomas (do gr. 
Bios, vida; omã, massa, proliferação) denominação dada a cada uma das grandes 
comunidades clímax da Terra, aos grandes grupamentos faunísticos e florísticos do 
globo. Se tomarmos como exemplo o bioma florestal teremos diferentes tipos de 
floresta: F. Tropical, F. Temperada, F. de Conífera etc. Cada tipo desses 
representantes é um bioma. 
Observe na figura abaixo como se distribui os seres de acordo com seus níveis 
e definições ecológicas. 
 
Na figura anterior, observamos os organismos e as regiões, isso nos faz 
lembrar de outro termo, o Habitat, que significa o local ou a área onde esse 
organismo seguramente pode ser encontrado, isto é, sua residência. É fisicamente 
impossível você encontrar um leão no meio do oceano, calmamente repousando, 
ele só estará naquele local se ocorrer um fenômeno atípico, ou seja, o barco que o 
transportava, naufragou, com isso podemos identificar o organismo de acordo com 
o local que ele frequenta. 
Polinização. (Do lat. Pollen, pó, farinha fina; 
+ suf. -izar, “ação factiva”, e ação). 
Transporte dos grãos de pólen desde a 
antera até o estigma (estrutura própria do 
gineceu) da mesma ou de outra flor. A 
polinização só é eficiente quando o pólen é 
conduzido de uma flor para outra, 
carregado nas patas de um inseto. 
Biologia Aplicada 
25 
 
Neste habitat, podemos observar que cada organismo desempenha uma 
função específica, isto é, possui um nicho ecológico, que compreende a posição 
biológica ou funcional que uma espécie ocupa num determinado meio, ou seja, é o 
conjunto de atividades ecológicas que uma espécie desempenha no ecossistema. 
O nicho informa às custas de que o organismo se alimenta, a quem serve de 
alimento, como se reproduz e as formas que ele utiliza para realizar tudo isso. 
 
Entende-se por biota (do gr. Bios, ‘vida’; ota, ‘diminutivo de”) o nome dado aos 
seres integrantes da fauna e da flora de uma determinada região. O termo tem 
referência específica dentro do complexo biológico local. Ele faz menção às 
espécies. Devemos distinguir de outro termo, bionte (do gr. Bios, ‘vida’; onthos, 
“ser” ) que caracteriza qualquer ser vivo, superior ou inferior; qualquer integrante 
de uma população ou de uma comunidade, ou seja, termo que faz referência ao 
indivíduo. 
A nutrição é essencial para a continuidade e manutenção da vida dos 
organismos, em ecologia os seres são classificados de acordo com seus hábitos 
alimentares apresentando assim as definições que seguem abaixo. 
Importante : 
Em alguns casos confundem-se os dois termos citados anteriormente, porém são 
definições diferentes e específicas, ou seja, o habitat é onde você encontra o 
organismo e o nicho ecológico é onde ele desempenha uma função, uma espécie 
de profissão a desempenhar. 
 Encontramos termos utilizados no campo da ecologia que são considerados 
básicos, porém não menos importantes e que no decorrer do aprendizado, serão 
amplamente citados. Vejamos alguns deles: 
Biótipo (do gr. Bios, “vida”; typo, “modelo”, “molde’). Grupo de indivíduos que 
apresentam o mesmo quadro geral de caracteres e que representam o padrão 
geral da espécie ou de uma raça; aspecto do indivíduo segundo sua complexão 
física ou seu temperamento, também conhecido como biótipo. 
Biologia Aplicada 
26 
 
Produtores (do lat. productore, ‘o que produz’, no sentido de quem produz 
“em primeira mão” a matéria orgânica usada como nutriente) são organismos 
denominados autótrofos, ou seja, capazes de produzir seu próprio alimento, 
através de ação fotossintetizante ou quimiossintetizante. 
Consumidores (do lat. consumere, ‘consumir’, ‘gastar’; + suf. -or, ‘acostumado’) 
diz-se dos organismos heterótrofos que por incapacidade de produção autótrofa 
de sua própria matéria, consomem a dos organismos fotossintetizantes, ditos 
produtores, ou mesmo de outros seres iguais a eles, ditos heterótrofos. São 
designados basicamente pelos nomes de herbívoros, carnívoros e onívoros, 
apesar de existirem outros tipos. 
Decompositores (do lat. de, pref. indica ‘retirar’, ‘desfazer’; composit(ionis), 
composição; + suf. -or, ‘qualidade de’ ) são micro-organismos encontrados no solo 
ou em ambientes aquáticos, que ocupam o último nível trófico de uma cadeia 
alimentar, podendo também ser constituído de organismos mais complexos como 
por exemplo, o urubu, o abutre, o caranguejo e o siri, dependendo do ambiente e 
da ocasião. 
 
Na próxima unidade iremos estudar como caminha a matéria e a energia ao 
longo das ramificações existentes entre os seres vivos. 
 
Leitura Complementar : 
RICKLEFS, R. E., A Economia da Natureza. 5. ed. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara 
Koogan, 2003. 
SOARES, J.L. Dicionário etimológico e circunstanciado de biologia. 1. ed. 
São Paulo. Ed. Scipione, 1997. 
Biologia Aplicada 
27 
 
 
Exercícios - Unidade 1 
 
1) O estudo das interações dos seres vivos entre si e com o meio ambiente é uma 
definição que parte da Biologia. Qual termo define Biologia? 
 
a) Zoologia. 
b) Histologia. 
c) Botânica. 
d) Meio ambiente. 
e) Ecologia. 
 
2) Podemos encontrar indícios da prática da Ecologia a partir de qual período? 
 
a) Na Inglaterra, através de Newton. 
b) Nos Estados Unidos, através dos californianos. 
c) Na Grécia antiga, através de Teofrasto. 
d) Nos Estados Unidos, através dos Botânicos. 
e) Em Roma, através de Darwin. 
 
3) A Limnologia tem um foco de estudo dentro da Ecologia. Aponte, nas 
alternativas abaixo, qual é esse foco. 
 
a) vida nos oceanos. 
b) morte nos oceanos. 
c) morte em água corrente. 
d) vida em água corrente. 
e) vida em águas paradas. 
Biologia Aplicada 
28 
 
4) As técnicas, métodos e definições, estudados por R. Lindeman, que 
possibilitaram aos ecologistas, rastrear, rotular e medir o movimento de nutrientes 
e energias específicas distribuídas pelas cadeias e teias alimentares dos 
ecossistemas contribuíram para a melhor compreensão do(a): 
 
a) fluxo de energia. 
b) surgimento da energia. 
c) desaparecimento da energia. 
d) contaminação da energia. 
e) nascimento da energia. 
 
5) Qual foi a parte da ecologia que contribuiu com dois conceitos importantes? 
 
a) Ecologia vegetal. 
b) Autoecologia. 
c) Ecologia animal. 
d) Ecologia aplicada. 
e) Ecologia comportamental. 
 
6 - O que vem a definir biocenose? 
 
a) É o conjunto formado pelas vários nichos que vivem e se inter-relacionam em 
uma região. 
b) É o conjunto formado pela biosfera e sua inter-relação em uma região. 
c) É o conjunto formado pelos vários biomas e sua inter-relação em uma região. 
d) É o conjunto formado pelas várias populações que vivem e se inter-relacionam 
em uma região. 
e) É o conjunto formado pelas várias populações que não vivem e se inter-
relacionam em um continente. 
Biologia Aplicada 
29 
 
7 - Em ecologia, chama-se bioma uma comunidade biológica, ou seja, fauna e flora 
e suas interações entre si e com o ambiente físico: solo, água e ar. 
Sendo assim, o que vem a ser área biótica? 
 
a) Biosfera de um nicho ecológico. 
b) Biosfera de um bioma. 
c) área geográfica ocupada por um bioma. 
d) área geográfica ocupada de um ecossistema. 
e) área linear não ocupada pelos seres abióticos. 
 
8 - O que vem a ser ecótono? 
 
a) É a região de transição entre duascomunidades ou entre dois ecossistemas. 
b) É a região de transição entre duas comunidades e três ecossistemas. 
c) É a região de transição entre três comunidades ou entre dois ecossistemas. 
d) É a região de separação entre duas comunidades ou entre dois ecossistemas. 
e) É a região de transição entre dois ecossistemas. 
 
9- Defina o termo polinização. 
 
 
 
 
 
 
10- A biosfera também é dividida em biociclos. Cite os nomes destes biociclos, bem 
como suas características. 
 
 
 
 
 
 
 
Biologia Aplicada 
30 
 
Biologia Aplicada 
31 
 
 
 
Ecologia Básica 2
O Ambiente Físico e o Ambiente Biológico. 
A Temperatura influenciando o Comportamento e as Características 
dos Animais. 
 A Importância da Água. 
A Cadeia Alimentar. 
O Fluxo de Energia. 
Biologia Aplicada 
32 
 
A abordagem nesta unidade deverá propiciar a compreensão necessária para 
entender como se caminha a matéria e a energia ao longo das ramificações 
existentes entre os seres vivos, teremos a oportunidade de conhecer com detalhes 
como o ambiente procede em relação às trocas realizadas com os seres vivos. 
 
Objetivos da Unidade : 
Identificar e compreender as funções dos organismos em face de seus habitats 
e nichos ecológicos. 
 
Plano da Unidade: 
 O Ambiente Físico e o Ambiente Biológico. 
 A Temperatura influenciando o Comportamento e as Características dos 
Animais. 
 A Importância da Água. 
 A Cadeia Alimentar. 
 O Fluxo de Energia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bem-vindo à segunda unidade. 
 
Biologia Aplicada 
33 
 
 
O Ambiente Físico e o Ambiente Biológico 
 
Apesar de termos devidamente separados e identificados o ambiente físico e o 
biológico, devemos nesse momento retratá-los individualmente, destacando 
assim, suas principais características e particularidades. Destacamos os elementos 
componentes do ambiente físico e químico que agem sobre quase todos os 
aspectos da vida dos diferentes organismos, constituindo os fatores abióticos, 
também chamados componentes abióticos. Estes influenciam o crescimento, 
atividade e as características que os seres apresentam, assim como a sua 
distribuição por diferentes locais. Estes fatores variam de valor de local para local, 
determinando uma grande diversidade de 
ambientes. Os diferentes fatores abióticos 
podem agrupar-se em dois tipos principais - os 
fatores climáticos, como a luz, a temperatura e 
a umidade, que caracterizam o clima de uma 
região - e os fatores edáficos, dos quais se 
destacam a composição química e a estrutura 
do solo. 
A luz é uma manifestação de energia, cuja principal fonte é o Sol. É 
indispensável ao desenvolvimento dos organismos, principalmente das plantas. De 
fato, os vegetais produzem a matéria de que o seu organismo é formado através de 
um processo denominado fotossíntese, realizado a partir da captação da energia 
luminosa, originada do sol, possibilitando a sustentabilidade de suas estruturas. 
Como foi dito anteriormente, todos os animais necessitam de luz para sobreviver, a 
exceção se dá entre os seres que habitam nas profundezas dos oceanos (seres 
abissais) ou seres que habitam em ambientes fechados (cavernas, túneis, etc.) estes 
últimos desenvolvem mecanismos de adaptação e os anteriores praticam o 
processo quimiossintetizante. 
Certos animais como, por exemplo, as 
borboletas necessitam de elevada 
intensidade luminosa e são atraídas por ela, 
por isso, são designadas por espécies lucípetas 
(Gr.lux,luci, “luz”; petere, “procura”) sinônimo 
de fototactismo, ou ainda fototaxismo. Por 
oposição, seres como o caracol e a minhoca 
não necessitam de muita luz, evitando-a, pelo 
que são denominadas espécies lucífugas (Gr.lux,luci, “luz”; fugere, “fugir”) o mesmo 
que fotófobo, ou ainda troglóbios. A luz influencia o comportamento e a 
distribuição dos seres vivos e, também, as suas características morfológicas. 
Edáfico. (Do gr. Édaphos, “solo”). Relativo à 
constituição físico-química do solo; 
referente à Edafologia, ou seja, ciência que 
trata da composição do solo. 
Fototactismo. (Do gr. Photos, “luz”; lat. 
tactu, “sensibilidade ao toque”; + suf. 
–ismo). Deslocamento orientado de um 
organismo em função ou por influência da 
luz. 
Biologia Aplicada 
34 
 
 
Tal como os animais, as plantas também se orientam em relação à luz, ou seja, 
apresentam fototropismo. Os animais e as 
plantas apresentam fotoperiodismo, isto é, 
capacidade de reagir à duração da 
luminosidade diária a que estão submetidos - 
fotoperíodo. Muitas plantas com flor reagem 
de diferentes modos ao fotoperíodo, tendo, 
por isso, diferentes épocas de floração. 
Também os animais reagem de diversos 
modos ao fotoperíodo, pelo que apresentam o seu período de atividade em 
diferentes momentos do dia. 
 
A Temperatura, os Comportamentos e as Características 
dos Animais 
 
Alguns animais, nas épocas do ano em que as temperaturas se afastam do 
valor ótimo para o desenvolvimento das suas atividades, adquirem 
comportamentos que lhes permitem sobreviver: animais que não têm facilidade 
em realizar grandes deslocações como, por exemplo, lagartixas, reduzem as suas 
atividades vitais para valores mínimos, ficando num estado de vida latente; animais 
que podem se deslocar com facilidade como, por exemplo, as andorinhas, migram, 
ou seja, partem em determinada época do ano para outras regiões com 
temperaturas favoráveis. 
Ao longo do ano, certas plantas sofrem alterações no seu aspecto, provocados 
pelas variações de temperatura. Os animais também apresentam características 
próprias de adaptação aos diferentes valores de temperatura. Por exemplo, os que 
vivem em regiões muito frias apresentam, geralmente, pelagem longa e uma 
camada de gordura sob a pele. 
Cada espécie só consegue sobreviver entre certos limites de temperatura, o 
que confere a este fator uma grande importância. Cada ser sobrevive entre certos 
limites de temperatura - amplitude térmica de existência -, não existindo acima de 
um determinado valor - temperatura máxima - nem abaixo de outro - temperatura 
mínima. Cada espécie possui uma temperatura ótima para a realização das suas 
atividades vitais. Alguns seres têm grande amplitude térmica de existência – seres 
euritérmicos -enquanto outros só sobrevivem entre limites estreitos de 
temperatura - seres estenotérmicos. 
Fototropismo. (Do gr. Photos, ‘luz’; tropein, 
‘desvio’, ‘mudança de direção’, + suf. -ismo, 
‘característica de’ ). Desenvolvimento 
orientado das plantas em função da 
intensidade e da direção da luz que sobre 
elas incide. 
Biologia Aplicada 
35 
 
 
A Importância da Água 
 
A água é um componente indispensável à vida de todos os organismos. 
Silveira (2004, p.19) declara que: “A água, sem dúvida, é o mais poderoso dos 
elementos da natureza, ainda mais com toda essa dificuldade que estamos 
passando neste momento”. 
Tundisi (2004) afirma que desde os primórdios da vida no planeta Terra e da 
história da espécie humana, o Homo sapiens, a água sempre foi essencial. Qualquer 
forma de vida depende da água para sua sobrevivência e/ou para seu 
desenvolvimento. 
O homem tem a sua práxis, ou seja, o seu pensar e agir, condicionados por 
fatores externos, religiosos, sociais, políticos, econômicos e ambientais, sofrendo e 
exercendo influências e interferências sobre eles. 
É responsável pelo aumento da demanda de recursos naturais e pela geração 
de resíduos lançados ao meio ambiente. Disso decorre a crise ambiental, um dos 
grandes desafios da sociedade contemporânea. É fundamental desenvolver e 
implantar mecanismos de controle e prevenção dos recursos naturais, 
principalmente aqueles em que a ação do homem se faz de maneira inadequada, 
degradando água, solo e ar. Assis (2001, p.2, 3) cita em Águas e Vida na Terra o 
seguinte: “A importância da água para os seres vivos reside no fato de todas as 
substâncias por eles absorvidas e todas as reações do seu metabolismo serem 
feitaspor vias aquosas”. 
Apesar de todos saberem da condição essencial da presença de água para 
continuidade da vida, muitos seres humanos não conseguem associar essa 
importância com o fator preservação. É neste caso que se pode utilizar a educação 
ambiental com os alunos, objetivando um maior esclarecimento da importância da 
preservação dos recursos hídricos (na forma de água tratada) minimizando assim 
seu desperdício. 
Segundo Tundisi (2003), o suprimento de água doce de boa qualidade é 
essencial para o desenvolvimento econômico, para qualidade de vida das 
populações humanas e para a sustentabilidade dos ciclos do planeta. No Brasil, 
encontramos cerca de 12% de toda água doce de superfície na região Amazônica, 
Biologia Aplicada 
36 
 
 
denotando uma grande importância em relação à questão hídrica. Aliás, já se 
manifesta uma grande preocupação de que a falta de água seja o grande motivo 
para guerras no próximo século e a utilização de lençóis subterrâneos pode se 
converter (apesar da poluição dos lençóis freáticos) numa alternativa satisfatória 
para a população. 
Segundo Assis (2002), a poluição e a contaminação das águas, também são 
outros graves problemas dos rios brasileiros. Todos os 10 mil cursos d’água, entre 
rios e córregos, encontram-se de alguma forma poluídos. Estima-se que estejam 
contaminados; tal informação promove um grau de importância maior no que diz 
respeito à preservação da água no ambiente urbano, sobretudo, escolar, pois toda 
água aproveitada, tratada ou não, propicia um tempo maior para os ecossistemas 
lóticos se recuperarem. 
 
A Cadeia Alimentar 
 
Uma sequência de seres vivos em que um serve de alimento para o outro é 
denominada cadeia alimentar. Em um ecossistema, as cadeias alimentares se 
interligam, formando redes alimentares, também chamadas de teias alimentares. 
Na teia alimentar é reapresentado o máximo de relações tróficas existentes entre 
os diversos seres vivos do ecossistema. Nela se observa que um mesmo animal 
pode pertencer a níveis tróficos diferentes. É o caso dos organismos onívoros, que 
se nutrem de vegetais e animais, e dos carnívoros que atacam as mais variadas 
presas. Todos os organismos de um ecossistema que possuem o mesmo tipo de 
nutrição formam um nível trófico. O primeiro nível trófico é ocupado pelos 
produtores, seres autótrofos os quais produzem o alimento que é a base de 
qualquer cadeia alimentar. A energia transformada através da fotossíntese é 
repassada a todos os outros componentes da cadeia alimentar. Os principais 
produtores são as plantas e algas microscópicas. O total de energia luminosa 
captada pelos autótrofos constitui a chamada produtividade primária bruta (PPB). 
Uma parte desta energia será usada para cobrir as necessidades básicas de 
sobrevivência (R). O montante que sobra será a produtividade primária líquida 
(PPL). Temos, assim, que: PPL = PPB - R. O segundo nível trófico é ocupado por 
animais herbívoros, que são consumidores primários, se alimentando dos 
autótrofos. 
Biologia Aplicada 
37 
 
 
O terceiro nível trófico é ocupado por animais carnívoros, que são 
consumidores secundários, se alimentando de animais herbívoros. O quarto nível 
trófico é ocupado por animais carnívoros, que são consumidores terciários, se 
alimentando de animais carnívoros e assim por diante. Um organismo pode 
ocupar mais de um nível trófico, como os animais onívoros, que se alimentam de 
plantas, de herbívoros e de carnívoros, podendo participar de várias cadeias. 
Os decompositores são organismos que transformam matéria orgânica em 
inorgânica, fazendo com que estes compostos retornem ao solo para serem 
utilizados pelos produtores, gerando uma nova cadeia alimentar. Os 
decompositores mais importantes são bactérias e fungos, que por se alimentarem 
de matéria em decomposição são chamados de saprófitos ou sapróvoros. Todos os 
seres vivos necessitam de matéria-prima e de energia para a realização de suas 
atividades vitais. 
Os organismos produtores sintetizam seu próprio alimento orgânico a partir 
de matéria inorgânica e esse alimento é utilizado por eles e pelos consumidores 
que não são capazes de executar esta função. Dentro de um ecossistema existem 
níveis tróficos (de tomada de alimento). Todos os ecossistemas possuem pelo 
menos dois níveis tróficos: os autótrofos, que são plantas ou algas 
fotossintetizantes e os herbívoros, que geralmente são animais. Os autótrofos, 
produtores primários do ecossistema, convertem uma pequena proporção (acima 
de 1 por cento) da energia do sol recebida em energia química. Os herbívoros, que 
comem os autótrofos, são os consumidores primários. Um carnívoro que come um 
herbívoro é um consumidor secundário e assim por diante. Cerca de 10 por cento 
da energia transferida a cada nível trófico são armazenados nos tecidos corporais. 
Raramente há mais do que cinco elos em uma cadeia alimentar. 
 
O Fluxo de Energia 
 
Os principais produtores são os organismos fotossintetizantes. A energia 
luminosa do sol é transformada em energia química pelos produtores e é 
transmitida aos demais seres vivos, no entanto, diminui à medida que passa de um 
consumidor para outro, pois parte dela é liberada sob forma de calor e parte é 
Biologia Aplicada 
38 
 
utilizada na realização dos processos vitais do organismo. Por isso, o fluxo de 
energia é unidirecional, iniciando sempre com a luz do sol incidindo sobre os 
produtores e diminuindo a cada nível alimentar dos consumidores. 
A representação gráfica da transferência de energia e de matéria adquire 
forma de pirâmide, pois há uma redução através dos níveis tróficos. As pirâmides 
ecológicas podem ser de número, de biomassa ou de energia. Nelas cada nível 
trófico é representado por um retângulo, cujo comprimento é proporcional à 
quantidade da representação e a altura é sempre a mesma. A pirâmide de números 
representa o número de indivíduos em cada nível trófico. A pirâmide de biomassa 
representa a quantidade de matéria orgânica por unidade de área em dado 
momento. 
A pirâmide de energia é construída levando-se em consideração a biomassa 
acumulada por unidade de área e por unidade de tempo em cada nível trófico, 
representando graficamente as taxas de fluxo energético entre vários níveis 
tróficos. Um aspecto importante para entendermos a transferência de energia 
dentro de um ecossistema é a compreensão da primeira lei fundamental da 
termodinâmica que diz: “A energia não pode ser criada nem destruída e sim 
transformada”. 
Outro aspecto importante é o fato de que a quantidade de energia disponível 
diminui à medida que é transferida de um nível trófico para outro. A explicação 
para este decréscimo energético de um nível trófico para outro, é o fato de cada 
organismo necessitar de grande parte da energia absorvida para a manutenção das 
suas atividades vitais tais como: divisão celular, movimento, reprodução, etc. 
O esquema a seguir mostra as proporções em biomassa de um nível trófico 
para outro. Podemos notar que à medida que se passa de um nível trófico para o 
seguinte, diminui o número de organismos e aumenta o tamanho de cada um 
(biomassa), apesar de não se tratar de uma regra, pois encontramos organismos de 
grande porte ocupando o segundo nível trófico de uma cadeia ou teia. Porém a 
falta de coerência, associada ao descaso e ignorância humana, com a utilização de 
pastos e engorda de suínos, caprinos e bovinos de forma intensiva altera o 
ambiente e a drástica alteração na quantidade de indivíduos de um nível trófico 
pode influenciar em outro, causando escassez ou extinção de algumas espécies. O 
equilíbrio do ecossistema depende da realização de cada etapa da cadeia 
alimentar. E o fluxo pode ser observado nas pirâmides ecológicas denominadas de 
energia, de biomassa e de números, que seguem apresentadas abaixo. 
Biologia Aplicada 
39 
 
Pirâmide de Energia 
A pirâmide de energia expressa à quantidadede energia acumulada em cada 
nível da cadeia alimentar. 
 
O fluxo decrescente de energia da cadeia alimentar justifica o fato de a 
pirâmide apresentar o vértice voltado para cima. O comprimento do retângulo 
(tamanho das palavras) indica o conteúdo energético presente em cada elo da 
cadeia. Estima-se que cada nível trófico transfira apenas 10% da capacidade 
energética para o nível trófico seguinte, por isso uma pirâmide dificilmente 
apresentará mais que cinco níveis tróficos. Assim, podemos presumir o seguinte: se 
em uma área de plantio que durante o ano alimenta 100 pessoas for utilizada para 
engorda do gado, o número de gado será tão pequeno que não alimentará mais 
que cinco pessoas durante o ano. 
Vemos, então, que a quantidade de energia que se perdeu de um nível trófico 
para outro foi muito grande. Concluímos, assim, que os consumidores primários 
estão muito mais servidos energeticamente que os demais níveis tróficos da 
pirâmide energética. 
 
Pirâmide de Biomassa 
Este tipo de gráfico expressa a quantidade de matéria orgânica acumulada em 
cada nível trófico da cadeia alimentar. 
 
Biologia Aplicada 
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Sabemos que apenas uma pequena quantidade de biomassa adquirida é 
utilizada na formação de matéria viva. A maior parte dessa biomassa é utilizada 
como fonte de energia e depois eliminada para o meio ambiente na forma de 
resíduos respiratórios (CO2 e H2O) e excreções (como urina e fezes). Como no caso 
anterior (pirâmide de energia), apenas 10% dessa matéria é transferida para o nível 
trófico seguinte. 
 
Pirâmide de Números 
A pirâmide de número expressa à quantidade de indivíduos presente em cada 
nível trófico da cadeia alimentar. 
Biologia Aplicada 
41 
 
Como o número de indivíduos diminui ao longo dos sucessivos elos de uma 
cadeia alimentar, a pirâmide de número é representada com o vértice voltado para 
cima. Entretanto, existem inúmeros exemplos que contrariam esse fato. 
 
Na unidade seguinte, você poderá aplicar os conceitos aprendidos até agora, 
além de poder entender alguns processos de utilização em grupo pelos seres vivos 
e aprender a dinâmica de populações dos organismos. 
 
 
Leitura Complementar : 
RICKLEFS, R. E., A Economia da Natureza. 5. ed. Rio de Janeiro: Ed.Guanabara 
Koogan, 2003. 
LÉVÊQUE, C. A biodiversidade. 1. ed. Bauru, SP: EDUSP, 1999. 
É HORA DE SE AVALIAR! 
Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo. Elas irão ajudá-lo 
a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de ensino-
aprendizagem. 
Biologia Aplicada 
42 
 
 
Exercícios - Unidade 2 
 
1- Todos os organismos requerem energia para se manterem vivos, para crescerem, 
para se reproduzirem e, no caso de muitas espécies, para se movimentarem. Sendo 
assim, qual das alternativas abaixo está correta? 
 
a) Os produtores usam a energia luminosa para sintetizar moléculas orgânicas 
pobres em energia química, a partir das quais produzem energia biológica (ATP). E 
os consumidores não usam a energia química que está acumulada nas substâncias 
orgânicas que utilizam na alimentação. 
 
b) Os produtores usam a energia luminosa para sintetizar moléculas orgânicas ricas 
em energia química, a partir das quais produzem energia biológica (ATP). E os 
consumidores usam a energia química que está acumulada nas substâncias 
orgânicas que utilizam na alimentação. 
 
c) Os produtores e os consumidores usam a energia luminosa para sintetizar 
moléculas orgânicas ricas em energia química, a partir das quais produzem energia 
biológica (ATP). 
 
d) Os consumidores usam a energia luminosa para sintetizar moléculas orgânicas 
ricas em energia química, a partir das quais produzem energia biológica (ATP). E os 
produtores usam a energia química que está acumulada nas substâncias orgânicas 
que utilizam na alimentação. 
 
e) Os produtores usam a energia química que está acumulada nas substâncias 
orgânicas que utilizam na alimentação. 
 
Biologia Aplicada 
43 
 
2) Das alternativas abaixo, a única que permite um estudo completo de um 
ecossistema é: 
 
a) examinar as condições físicas e químicas do ambiente. 
b) estudar as relações entre as populações nele existentes. 
c) relacionar o meio abiótico à comunidade de organismos. 
d) estabelecer a densidade das populações nele existentes. 
e) examinar as populações do ambiente. 
 
3) Qual dos termos abaixo engloba os fatores físicos e os fatores biológicos que 
operam em determinada área? 
 
a) Ecossistema. 
b) Comunidade. 
c) Nicho ecológico. 
d) População. 
e) Habitat. 
 
4) No mar aberto, o papel correspondente ao das gramíneas em um pasto é 
desempenhado: 
 
a) pelas algas unicelulares. 
b) pelas algas pluricelulares. 
c) pelos vegetais superiores marinhos. 
d) pelo zooplâncton. 
e) pelos zooflagelos. 
Biologia Aplicada 
44 
 
5) A capivara, o maior roedor, embora perseguida pelos agricultores em virtude de 
devastar plantações de milho e arroz, pelo que causa prejuízos enormes, é também 
útil às populações ribeirinhas. À noite, esse animal pasta; durante o dia, fica 
escondido junto às águas de rios e lagos, onde deposita seus excrementos, que 
contribuem para a proliferação de algas. Estas, por sua vez, servirão de alimento a 
peixes, os quais, ricos em proteínas, são o prato básico das populações ribeirinhas. 
Indique, nesta cadeia alimentar, os produtores. 
 
a) Capivaras. 
b) Algas. 
c) Peixes. 
d) Algas e peixes. 
e) Capivaras e peixes. 
 
6) Se classificarmos os consumidores de qualquer teia alimentar, segundo a ordem 
que ocupam, aqueles que sempre ocuparão a ordem mais elevada serão: 
 
a) os decompositores. 
b) os comensais. 
c) os mamíferos carnívoros. 
d) as aves de rapina. 
e) os herbívoros. 
 
Biologia Aplicada 
45 
 
7) O que melhor descreve as inter-relações, que fazem com que diferentes 
populações animais de uma floresta constituam uma comunidade é: 
 
a) a teia alimentar. 
b) a cadeia alimentar. 
c) a pirâmide de energia. 
d) o ciclo da matéria. 
e) o ciclo da água. 
 
8) Assinale a alternativa correta em relação ao seguinte: num Ecossistema 
completo de água doce observa-se a interdependência entre os membros da 
comunidade, diretamente, do seguinte modo: 
 
a) os peixes carnívoros dependem do fitoplâncton. 
b) os hospedeiros dependem de seus parasitos. 
c) o zooplâncton depende do fitoplâncton. 
d) as plantas clorofiladas dependem do zooplâncton. 
e) o fitoplâncton depende do zooplânton. 
9) Duas ilhas têm o mesmo potencial de produção agrícola. Numa das ilhas, uma 
população humana tem hábito alimentar essencialmente vegetariano e, na outra, 
há uma população de hábito alimentar essencialmente carnívoro. Ao considerar o 
fluxo de energia e matéria num ecossistema, explique em que ilha a população 
humana deverá ser maior. 
 
 
 
 
 
Biologia Aplicada 
46 
 
10) Explique a importância ecológica entre algas e fungos no ecossistema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Biologia Aplicada 
47 
 
 
Dinâmica das Populações 3
O Espaço Ocupado. 
Variações da População dentro do Ecossistema. 
Tabelas de Vida. 
Curvas de Sobrevivência. 
Regulação de Populações. 
Biologia Aplicada 
48 
 
Nesta unidade teremos contato com o processo de regulação dos organismos 
no meio ambiente, caracterizando o processo de dinâmica de populações. Com a 
compreensão dos dados e conceitos, poderemos visualizar o procedimento de 
sobrevivência, adaptação, preservação desenvolvida pelos organismos de forma 
sociável e natural. 
 
Objetivos da Unidade: 
Identificar e compreender as funções dos organismos em face de seus 
costumes populacionais, bem como a dinâmica de suas populações nos habitats, 
nichos ecológicos e nos ecossistemas; 
Compreender a relação entre seres vivos, o homem e o ambiente. 
 
Plano da Unidade : 
 O EspaçoOcupado. 
 Variações da População dentro do Ecossistema. 
 Tabelas de Vida. 
 Curvas de Sobrevivência. 
 Regulação de Populações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bem-vindo à terceira unidade. 
 
Biologia Aplicada 
49 
 
 
 
O Espaço Ocupado 
 
A população de um ecossistema pode crescer infinitamente em teoria, mas 
existe uma curva real de crescimento de uma população que é determinada pelo 
aumento dos indivíduos, modificada pela chamada resistência do ambiente. Esta 
resistência é composta por todos os fatores abióticos que podem influenciar no 
crescimento da população. O gráfico abaixo representa a curva normal de 
crescimento de uma população. A linha mais espessa representa o crescimento 
potencial e a linha sinuosa, o equilíbrio atingido pela população que é chamado 
equilíbrio dinâmico. Este equilíbrio tem flutuações. Este número de indivíduos, 
relativamente constante, será o número máximo ou a capacidade limite deste 
ambiente em relação a essa população. 
 
Variações da População dentro do Ecossistema 
 
O número de indivíduos de um ecossistema pode variar, modificando o 
tamanho das populações que o compõe. Os principais fatores que promovem 
modificações em uma população são: 
 
Biologia Aplicada 
50 
 
 emigração. 
 imigração. 
 natalidade. 
 mortalidade. 
 
Esses fatores podem modificar a chamada densidade populacional que pode 
ser descrita pela fórmula: densidade é a razão entre o número de indivíduos e a 
área ou volume por eles ocupados. 
O tamanho de qualquer população é determinado pelas taxas de natalidade e 
de mortalidade. A taxa de natalidade teórica de uma população é medida 
observando-se o número de nascimentos ocorridos em um determinado período 
dividido pelo número total da população na metade deste mesmo período. A 
evolução da população, ou seja, seu potencial reprodutivo é exponencial (isto é, 2, 
4, 8, 16, 32); quanto maior for o número de indivíduos de uma população mais 
rapidamente ela crescerá. A taxa de crescimento de uma população que se 
expande pode geralmente ser tabulada por uma curva sigmóide, que começa 
lentamente, aumenta de modo exponencial durante um certo tempo e depois se 
nivela, à medida que a população atinge os limites de algum recurso disponível 
como: alimento, espaço ou, no caso de organismos aquáticos, oxigênio. 
Na maioria das comunidades, a taxa de mortalidade de uma espécie é 
observada pelo número de mortes ocorridas em um determinado período dividido 
pelo número total da população na metade deste mesmo período, sendo 
aproximadamente igual à taxa de natalidade e a população permanece 
relativamente estável de uma geração para a seguinte. 
Fatores bióticos e abióticos desempenham um papel na regulação natural da 
abundância dos organismos. Esses fatores podem ser independentes de densidade 
(temperatura ou duração do dia) ou dependentes de densidade (fonte de alimento 
ou predação). A densidade é obtida através da razão entre o número de indivíduos 
e a área ou volume (no caso de ambientes aquáticos) por eles ocupados. 
 
Biologia Aplicada 
51 
 
Os tipos e a abundância dos organismos em uma comunidade dependem não 
somente dos fatores abióticos, como os descritos na unidade anterior, mas 
também de fatores bióticos, ou seja, das interações entre as várias populações. A 
estes fatores dá-se o nome de resistência ambiental definida basicamente como 
um conjunto de fatores, abióticos ou bióticos, que desempenham um papel 
regulador no desenvolvimento populacional. Pode reduzir ou aumentar o tamanho 
da população, dependendo das condições do ambiente. Em algumas literaturas, a 
resistência ambiental também é conhecida como resistência do meio. 
O clima é uma resistência ambiental abiótica determinante no processo de 
desenvolvimento populacional e influi diretamente no processo dinâmico de uma 
população ou comunidade. Outro fator, não menos importante, é o espaço e a 
disponibilidade de água. 
Entre os tipos de resistência ambiental biótica está a competição, que pode 
resultar na eliminação de uma espécie (caso das angiospermas do gênero Lemna) 
ou sua conformidade a um quadro não competitivo (cracas e icterídeos). As plantas 
competem às vezes uma com a outra, produzindo substâncias tóxicas que limitam 
o crescimento de espécies próximas; esse fenômeno é chamado alelopatia. A 
simbiose é a associação estreita entre organismos de espécies diferentes. A 
associação pode ser benéfica a ambos os organismos (mutualismo), benéfica a um 
e inócua ao outro (comensalismo), ou benéfica a um e prejudicial ao outro 
(parasitismo). Em alguns casos de simbiose, como no dos liquens e das formigas 
cultivadoras de fungos, as formas associadas não podem viver separadas. 
A maioria das doenças nos organismos é causada por parasitas. A maior parte 
dos parasitas não mata o hospedeiro e raramente extermina populações inteiras. 
Os parasitas tendem a adaptar-se tão completamente aos seus hospedeiros 
que passam a depender completamente desses. 
Os níveis tróficos de um ecossistema estão ligados pela associação predador-
presa. Essa associação exerce papel regulador no tamanho das populações e 
profundos efeitos evolutivos nas diversas espécies implicadas. 
As plantas e os animais desenvolveram uma variedade de processos de defesa 
contra a predação. Esses tipos de defesa incluem a "armadura" e outras formas de 
proteção física, como as observadas nos cactos, tatus, tartarugas e numerosos 
organismos além de armas químicas, tais como: venenos de plantas e secreções 
aversivas de insetos. Muitos organismos se camuflam. 
Biologia Aplicada 
52 
 
 
 
Alguns insetos vieram a assemelhar-se a organismos de outra espécie, seja 
para exibir um dispositivo protetor eficaz que tenham em comum com essa outra 
espécie (mimetismo mülleriano), seja para "dar a impressão" de possuírem esse 
dispositivo, embora, na verdade, não o possuam (mimetismo batesiano). 
Todas essas associações contribuem para determinar o caráter da comunidade 
e dos organismos que nela vivem. 
 
Tabelas de Vida 
 
Estas foram inicialmente desenvolvidas por profissionais da área censitária 
humana, onde se reúnem dados por faixa de idades em relação a mortalidade dos 
organismos. Encontramos basicamente dois tipos de tabelas de vida: a estática 
vertical, que se refere à população em um tempo definido e a de corte ou 
horizontal que se baseia nos indivíduos da população com a mesma idade. Elas se 
diferenciam apenas na maneira como os dados são coletados, sendo então 
montadas a partir de parâmetros como: intervalo de idade (x), número de 
sobreviventes no início e no final da idade x (lx), número de indivíduos mortos no 
intervalo x a (x+1) (dx), taxa de mortalidade durante o intervalo x a (x+1) (qx), 
esperança média de vida no início da idade x (ex) , média de probabilidade de 
sobrevivência entre duas idades sucessivas (Lx) e número total de dias que restam 
de vida aos sobreviventes que tenham alcançado a idade x (Tx). É possível, a partir 
de uma tabela de vida, calcular as taxas líquidas de crescimento de uma população, 
observando os parâmetros necessários que possibilitem os cálculos. 
 
Curvas de Sobrevivência 
 
É a expressão gráfica de uma coluna dita lx de uma tabela de vida; pode ser 
considerada também como probabilidade de sobrevivência, uma vez que 
representa uma proporção de indivíduos vivos em uma determinada classe etária 
(x). Podemos encontrar três tipos de curvas de sobrevivência: aquela que 
determina mortes massivas ao longo da etapa final de vida, esta é a do tipo I; temos 
a que delineia o número de mortes durante todas as fases do ciclo vital, 
denominada tipo II e a que causa mortalidade, sobretudo, em indivíduos jovens, 
esta é do tipo III. 
Biologia Aplicada 
53 
 
 
Regulação de Populações 
 
Ocorre observando as oscilações de populações de acordo com o seu ciclo 
vital, ou seja, como ocorrem essas flutuações ao longo dos anos. Sejacomo for, 
pouco se sabe sobre as verdadeiras causas dessas flutuações, em virtude disso, este 
se apresenta como um dos temas centrais no estudo da ecologia, visto que é um 
fenômeno de ocorrência generalizada com causas pouco conhecidas. Atualmente, 
temos três escolas de ecologia que buscam através de teorias explicar as causas da 
flutuação dessas populações. São as seguintes: 1 – Escola de Andrewartha-birch; 2 
– Escola de Nicholson-Bailey; 3 – Escola de Wynne Edwards. Em 1975, Price fez uma 
síntese sobre essas teorias mais aceitas e classificou-as em dois fatores: exógenos 
(predação, alimento, espaço) e endógenos (clima, regulação genética, mudanças 
biológicas reprodutivas, competição e dispersão) . 
 
Na unidade seguinte, observaremos as características dos ecossistemas 
terrestres, destacando as florestas e suas vantagens para os seres vivos que 
habitam esses biomas. Até lá! 
Leitura Complementar : 
PINTO-COELHO, R. M. Fundamentos em Ecologia. 1ª reimpressão. Porto Alegre: 
Artmed Editora, 2002. 
RICKLEFS, R. E., A Economia da Natureza. 5. ed. Rio de Janeiro: Ed.Guanabara 
Koogan, 2003. 
É HORA DE SE AVALIAR! 
Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo. Elas irão ajudá-lo 
a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de ensino-
aprendizagem. 
Biologia Aplicada 
54 
 
 
Exercícios - Unidade 3 
 
1) O conjunto de indivíduos de uma mesma espécie, que ocupam uma 
determinada área ao mesmo tempo, é considerado uma: 
 
a) colônia. 
b) sociedade. 
c) imigração. 
d) população. 
e) comunidade. 
2) Pesquisadores fizeram na última década uma estimativa relacionada ao 
número de anos em que a quantidade de indivíduos dobraria em determinadas 
populações de diversas regiões do mundo: 
 
África..................................27 anos 
América do Norte...............63 anos 
América Latina....................24 anos 
Ásia.....................................31 anos 
Austrália..............................35 anos 
Europa.................................88 anos 
 
Analisando os dados acima, chegamos a variadas conclusões, exceto que: 
 
Biologia Aplicada 
55 
 
(a) na América Latina, o crescimento populacional deverá ser maior do que nas 
outras regiões. 
(b) a América do Norte e a Europa tenderão a ser as regiões mais populosas do 
mundo. 
(c) a Europa é a região que terá o menor crescimento populacional do mundo. 
(d) nas regiões subdesenvolvidas, o crescimento populacional tenderá a ser maior 
do que nas regiões desenvolvidas. 
(e) nas regiões desenvolvidas, o crescimento populacional será pequeno. 
 
3) Condições ambientais favoráveis podem simplesmente capacitar o aumento do 
número de indivíduos em uma determinada população, essa capacidade pode ser 
considerada como: 
 
a) a sua taxa de crescimento. 
b) sua densidade. 
c) seu potencial biótico. 
d) uma forma de competição intraespecífica. 
e) uma forma de competição interespecífica. 
 
4) Quais os fatores abaixo podem ser considerados reguladores de crescimento das 
populações? 
 
a) Espaço, alimento, competição e clima. 
b) Espaço e competição. 
c) Espaço e alimento. 
d) Competição e clima. 
e) Clima, espaço e competição. 
Biologia Aplicada 
56 
 
5) Em um lago, havia três espécies de peixes: A, que vivia na superfície, 
alimentando-se de insetos e era a espécie dominante; B, que também vivia na 
superfície, mas se alimentava de plâncton; C, que vivia nas profundidades. O 
homem introduziu a espécie D e, depois de algum tempo, B passou a ser a espécie 
dominante. Esses dados permitem supor que a espécie D: 
 
a) tem taxa reprodutiva igual à das espécies nativas. 
b) compete com B pelo alimento. 
c) compete com A pelo alimento. 
d) também vive nas profundidades do lago. 
e) e a espécie C não são predadoras de outros peixes. 
 
6) A razão entre o número de nascimentos em um determinado período e o 
tamanho da população na metade deste período tem como definição: 
 
a) emigração. 
b) imigração. 
c) taxas de natalidade. 
d) taxas de mortalidade. 
e) densidade. 
 
7) Em uma população, I e II representam, respectivamente, taxas de mortalidade, 
natalidade e III e IV, imigração e emigração. Para que ocorra crescimento nessa 
população, é preciso que: 
 
a) I + III + II = IV. 
b) I > II + III. 
c) I + IV > II + III. 
d) I < II ou III < IV. 
e) I – II > III – II. 
Biologia Aplicada 
57 
 
8) “Equilíbrio populacional” - este termo está ligado à natureza quando ocorre: 
 
a) um dinamismo devido a constantes alterações no tamanho das populações. 
b) equivalência entre os consumidores dos vários níveis ecológicos. 
c) constância no número de indivíduos que constituem as populações. 
d) igualdade entre o número de produtores e o de consumidores primários. 
e) igualdade entre as taxas de natalidade e mortalidade. 
 
9) Como ocorre a regulação de populações? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10) Explique o significado de potencial biótico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Biologia Aplicada 
58 
 
Biologia Aplicada 
59 
 
 
Ecossistemas Terrestres 
 
Biomas 
Os principais biomas da Terra 
A influência da vegetação na atmosfera 
 
4
Biologia Aplicada 
60 
 
Nesta unidade teremos contato com os ambientes terrestres e suas 
particularidades, observaremos a porção da biosfera denominada litosfera com as 
características físicas, geográficas e biológicas presentes nesses ambientes, como o 
homem interage com os seres e qual a melhor maneira de entendê-los e 
consequentemente preservá-los. 
 
Objetivos da Unidade: 
Reconhecer os ecossistemas terrestres e suas características, bem como 
interferências antrópicas ou não apresentadas a esses ecossistemas, observando a 
importância de sua preservação e manutenção. 
 
Plano da Unidade: 
 Biomas 
 Os principais biomas da Terra 
 A influência da vegetação na atmosfera 
 
 
 
 
 
Bem-vindo à quinta unidade. 
 
Biologia Aplicada 
61 
 
 
Biomas 
 
Biomas são as grandes formações vegetais encontradas nos diferentes 
continentes e devidas, principalmente, aos fatores climáticos (temperatura e 
umidade) relacionados à latitude. Veja na tabela abaixo as características gerais dos 
principais biomas da Terra. As variações da vegetação encontradas dentro do 
mesmo bioma devem-se, principalmente, ao solo, à topografia e à disponibilidade 
de água e ação humana. Estas recebem o nome de biótopos. 
Biologia Aplicada 
62 
 
Características Físicas e Biológicas dos Principais Biomas 
Biomas Precipitação e umidade 
Temperatura Vegetação Solo Diversidade 
Tundra Umidade e chuvas 
moderadas. 
Frio perpétuo; 
verão muito curto. 
Herbáceas, liquens e 
musgos. 
Solo congelado na 
maior parte do ano. 
Baixíssima. 
Taiga (Florestas 
Boreais) 
Umidade e chuvas 
moderadas. 
Inverno muito frio 
e verão frio. 
Árvores perenifólias; 
arbustos. 
Solo raso; pedregoso. Muito baixa. 
Florestas Temperadas Chuva homogênea 
e moderada. 
Estações quente e 
fria. 
Árvores caducifólias. Fértil. Moderada. 
Campos de Gramíneas Estação de seca 
longa. 
Inverno frio e verão 
moderado. 
Principalmente 
gramíneas. 
Moderado a fértil. Baixa. 
Florestas Tropicais Muita chuva, 
umidade alta e pouca 
sazonalidade. 
Quente o ano todo. Árvores perenes; 
arbustos; cipós e 
epífitas. 
Pobre a 
moderadamente fértil. 
Altíssima. 
Savanas Tropicais Estações secas e 
úmidas bem 
marcadas. 
Alta a moderada. Gramíneas; árvores 
baixas e arbustos. 
Pobre a 
moderadamente fértil. 
Alta. 
Desertos Pouca umidade e 
pouca chuva. 
Grande variação 
diária. 
Arbustos; cactos. Pobre a fértil. Baixa à moderada. 
Biologia Aplicada 
63 
 
Características Climáticas, produção primária e biomassa dos principais Biomas: 
Biomas Precipitação (mm) Temperatura (oC) Produção Primária (Líq.) 105 g C Biomassa t/ha 
Tundra 10 a 1.000 -15 a -5 0,4 a 0,6 6 
Taiga (Florestas Boreais) 10 a 1.700 -5 a 3 1,1

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