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Resenha Crítica - Fome de Poder

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UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO
FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS, ADMINISTRATIVAS E CONTÁBEIS
ACADÊMICAS: LOUISE DA SILVA ROOS, LUÍSA CHAPUIS ALVES, MATHEUS PIFFER E RAFAELA REZENDE.
DISCIPLINA: LEGISLAÇÃO E ÉTICA DAS CIÊNCIAS GERENCIAIS 
PROFESSORA: MONICA DA PIEVE ANTUNES
RESENHA CRÍTICA SOBRE O FILME “FOME DE PODER”
De um lado, Mac McDonald e Dick McDonald: dois simplórios irmãos com um sonho em comum de obter uma lanchonete própria baseada em seus princípios de família, conforto e qualidade. Após algumas tentativas falhas, finalmente realizam tal sonho, e com a criação de um sistema de take-out e agilidade, se tornam o sucesso da cidade. O grande arco amarelo. Do outro lado, Ray Kroc, um homem ambicioso e inquieto, que busca realização profissional em qualquer oportunidade que aparece em sua frente. Da venda de colchões à copos plásticos, sua fala audaciosa e convincente atrai os mais diversos públicos, mas foi apostando em máquinas de milk shake que sua cartada final se inicia. 
O encontro dos irmãos com o microempresário ocorre por conta da tal máquina de milk shake, quando os McDonald’s decidem adquirir o produto de Ray, fazendo um pedido com uma demanda maior que Ray está acostumado a receber. Curioso com o estabelecimento ter feito esta compra, Kroc decide visitar o lugar, e assim como ele mesmo cita ao longo do filme, foi amor à primeira vista. Fascinado com o método dos irmãos e a enorme fila para atendimento, Ray com seu olhar visionário logo imagina filiais dos arcos amarelos da costa leste a costa oeste, fazendo, sem excitar, tal proposta para eles. 
Raymond Alexander Kroc era ambicioso, muito persistente e tinha uma convicção de que iria se tornar uma pessoa de sucesso. Se dispôs a trabalhar com inúmeras coisas para conquistar esse almejado sucesso financeiro, profissional e pessoal e quando se deparou com um modelo revolucionário de restaurantes, não se permitiu deixar passar. Essa determinação acabou por mostrar um lado antiético de Ray, uma ganância sem controle e uma falta de consideração pelos criadores do modelo inovador de negócio. 
Tendo em vista que os irmãos McDonald’s não tinham a mesma visão de negócios que Ray, sendo totalmente contrários a praticamente toda forma extra de geração de renda para a franquia, muitas desavenças e conflitos foram criados ao longo do filme. Ao analisar as várias desavenças ocorridas entre eles, foi notado que os irmãos eram propícios ao comodismo, resistentes à mudança e se sentiam seguros da forma com que administravam a empresa, o que os mostra como profissionais propícios a Teoria X. Algo muito diferente de Ray, que se encaixa na Teoria Y, sendo um profissional ambicioso, criativo e que buscava assumir riscos e responsabilidades. Contudo, Ray se mostrou uma pessoa antiética ao quebrar vários acordos feitos com os irmãos por meio de contrato, sendo esse o maior motivo de seus conflitos. Os irmãos tentaram fazer acordos com Ray para que pelo menos saíssem com alguma vantagem e com algum ganho monetário, o qual Ray se mostrou totalmente contrário, o que acabou fazendo com que os McDonald’s perdessem a maioria de seus direitos e o grande nome da empresa que eles, depois de várias tentativas fracassadas de negócios, montaram.
Sem dúvida, Ray Kroc foi um homem visionário. Ele soube, com muita persistência, superar um contrato que não lhe trazia nenhuma vantagem ou lucro; encontrou – com a ajuda de pessoas que entraram em seu caminho – alternativas para poder transformar a McDonald’s num negócio que fosse lucrativo para ele, sendo uma prova viva do mantra que ele evoca em um determinado momento de Fome de Poder: “a persistência e a determinação sozinhas são totalmente poderosas”. Porém, mesmo com toda sua visão empreendedora e visionária, Ray falhou como pessoa e como profissional ao se mostrar alguém antiético e que só pensava em seu ganho pessoal, sem pensar ou ao menos projetar um futuro harmônico ao lado dos irmãos McDonald’s, em que os dois lados saíssem ganhando.

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