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Complicações agudas da diabete mellitus Hipoglicemia Cetoacidose diabética Estado hiperosmolar não cetótico HIPOGLICEMIA Causa mais comum de coma no paciente diabético, e pode ter como causa a alimentação regular, uso excessivo de insulina ou exercício físico não programado. Quadro clínico o Coma sem causa evidente o Sudorese, tremor, taquicardia, ansiedade, fome (SNA) o Cefaleia, vertigem, mal estar, escurecimento da visão, confusão mental, convulsão e coma (neuroglicopênicos/SNC) Tríade de Whipple: hipoglicemia + sinais e sintomas clínicos + melhoram com a administração de glicose Se foi devida ao uso de NPH ou hipoglicemiante oral, manter infusão contínua e monitoração por 24! Conduta: 1. Administrar glicose EV (24 a 50 G/ 50 a 100 ml de glicose a 50%) 2. Colher previamente sangue para análise 3. Se há possibilidade de etilismo/desnutrição associar tiamina prevenção de encefalopatia de Wernicke (5 a 10 AMP Complexo B) CETOACIDOSE DIABÉTICA É uma condição de emergência causada por uma deficiência absoluta ou relativa de insulina que evolui com hiperglicemia, desidratação, cetose e acidose metabólica. Hiperglicemia: o Aumento da produção hepática de glicose o Diminuição da sua utilização pelos tecidos o Hemoconcentração (diurese osmótica e diminuição da excreção de glicose na urina secundária a deterioração renal). Cetonemia o Presença de corpos cetônicos pela lipólise excessiva (principalmente o ácido B- hidroxibutírico e o ácido acetoacético). o Os ácidos graxos livres na circulação vão gerar hipertrigliceridemia grave Acidemia o Consequente ao excesso de cetoácidos Quadro clínico A formação de cetoácidos vai levar a alteração do hálito do paciente. Vai haver alterações respiratórias como forma de compensação: kussmaul. Somado também, a alteração do turgor da pele por desidratação. O paciente vai ter poliúria, polidipsia (sede excessiva) e polifagia (fome excessiva). Dor abdominal pode está presente. Avaliação inicial o Anamnese: procurar fatores precipitantes o Confirmam diagnósticos - glicemia > 250mg%/glicosúria - cetonemia / cetonúria - gasometria: pH < 7,3 e HCO3 < 15mEg/L o Ajudam no diagnóstico - hálito de maça - aumento da amilasemia - aumento do ânion Gap - leucocitose com desvio a esquerda (25.000/ml) o Outros: ECG, RX tórax, culturas, LCR Fatores precipitantes (regras do I) o Infecção (pneumonia, ITU), inflamação. o Insuficiente dose de insulina o Inicio de diabetes tipo 1 o Infarto agudo do miocárdio o Isquemia ou hemorragia cerebral (AVC) o Ingestão aguda de álcool o Idiopático Tratamento 1. Hidratação – prioridade o Soro fisiológico isotônico o Coloides se há choque hipovolêmico o Osmolaridade plasmática Esquema – SF a 0,9% o 1 litro infusão rápida o 1 litro em 1 hora o 1 litro em 2 horas o 1 litro em 4 horas o 1 litro em 8 horas 5litros/15 horas G menor ou igual a 250mg -> SG a 5% Na > 150mEq/l -> SF a 0,45% 2. Insulinoterapia o Dose de ataque: 0,1 U/kg em bolus o Manutenção: 0,1/kg/hora (bomba de infusão) o Via de administração: IV x IM x SC 3. Potássio Bicarbonato – desvantagens do uso: o Piora da hipopotassemia o Acidose paradoxal no SNC Complicações: edema cerebral, hipocalemia, hipoglicemia, síndrome de angustia respiratória do adulto/edema pulmonar, trombose vascular e mucormicose rinocerebral. ESTADO HIPEROSMOLAR NÃO CETÓTICO o Pacientes idosos o Mecanismo da não formação de cetonas - maior insulinemia portal - menores concentrações de hormônios contrarreguladores - elevada osmolaridade: inibe lipólise