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Esporotricose A esporotricose é uma zoonose causada pelo fungo dimórfico Sporothrix schenckii, este se apresenta filamentoso no ambiente e em cultivo a 25 graus, já quando está em um hospedeiro ou em cultura a 37 graus apresenta crescimento leveduriforme, pode ser encontrado na natureza em ambientes úmidos e quentes e com riqueza de matéria orgânica em decomposição. Pode acometer várias espécies animais, porém destaca-se em felinos domésticos pelo alto número de leveduras que se desenvolvem nas lesões. Dentre as espécies que este fungo infecta se encontram felinos, bovinos, cães, equinos, primatas, suínos, camelos e o homem. Epidemiologia A transmissão da esporotricose se dá por lesões traumáticas na pele ou por contato direto com as lesões de animais infectados, os gatos desempenham um papel importante na disseminação da doença pois pode portar o fungo em suas garras e por ter o hábito de brigar com outros felinos e de arranhar ocasionalmente seus proprietários pode introduzir o patógeno em novos hospedeiros. Patogenia da doença A doença se caracteriza por ser uma micose cutânea aguda ou crônica, podendo se tornar sistêmica e se disseminar pelo corpo através do sistema linfático no interior de macrófagos. Os sinais clínicos da esporotricose são lesões nodulares ulcerativas na pele ou em mucosas, aparecendo principalmente na face e na porção distal dos membros, há o exsudato de líquido cerosanguinolento. Histopatologia Deve-se coletar swabs das lesões para análise histopatológica, pode-se também fazer a coleta de pelos nos bordos da lesão, aspirar abscessos não ulcerados, fazer uma biópsia incisional nos bordos da lesão ou até mesmo com o uso de uma lâmina fazer um imprinting, apenas encostando a lâmina e pressionando-a suavemente a fim de coletar material para análise. No microscópio faz-se a busca por estruturas fúngicas características, células leveduriformes, ovais e alongadas com formato de “charuto”. Profilaxia Deve-se evitar contato com lesões de pele de animais infectados, evitar o acesso de felinos domésticos com ambientes propícios ao desenvolvimento do fungo na natureza e até mesmo castrá- los pois a incidência diminui em gatos castrados uma vez que a castração reduz as brigas com animais errantes. Guilherme V. F. Guirau Referência ALMEIDA, Adriana J. et al . Esporotricose em felinos domésticos (Felis catus domesticus) em Campos dos Goytacazes, RJ. Pesq. Vet. Bras., Rio de Janeiro , v. 38, n. 7, p. 1438- 1443, Julh 2018.
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