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Divórcio e recasamento A ) --- Textos que mostram que a pessoa está ligada ao cônjuge enquanto ele estiver vivo : *** ‘’A mulher casada está ligada pela lei todo o tempo que o seu marido vive; mas, se falecer o seu marido, ela fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor’’ (1 Coríntios 7:39). *** ‘’Porque a mulher que está sujeita ao marido, enquanto ele viver, está-lhe ligada pela lei; mas, morto o marido, está livre da lei do marido’’ (Romanos 7:2). Em ambas as passagens (1 Coríntios 7:39, Romanos 7:2) é dito explicitamente que uma mulher está ligada ao marido enquanto ele viver. Em nenhum lugar é dito que a mulher fica livre do marido desde que ela seja traída, ou vice-versa. A exceção que permite a pessoa se recasar é apenas uma certidão de óbito. A resposta a isso está em : ‘’A mulher casada está ligada pela lei todo o tempo que o seu marido vive; mas, se falecer o seu marido fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor’’ (1 Coríntios 7:39). Porque quem recasa está desonrando a figura bíblica da relação entre a lei e a morte (Romanos capítulo 7). A lei exige a morte. A única coisa que quebra a maldição da lei sobre o pecador é a morte. O crente morreu com Cristo (Romanos 7:4), por isso é que estamos livres da lei. Da mesma maneira, a lei do casamento exige a morte para ser cancelada. O divorciado que recasa, está blasfemando contra a Palavra de Deus, dizendo que o divórcio, e não a morte, anula a lei. Isso destrói totalmente a figura que Deus estabeleceu na Sua Palavra para que entendamos o significado da morte de Cristo. Isso é um assunto muito sério ! Isso de insistir no atalho do divórcio é apenas uma maneira sutil de chamar Deus de mentiroso. Não existe atalho algum para anular a relação entre a lei e o pecador. Só a morte quebra essa relação ! Só a morte quebra a relação entre o marido e a mulher ! Recasamento seguido de divórcio é adultério continuado. B ) --- Questões a se pensar sobre o divórcio e recasamento : O recasamento não existe entre o cristão. Ou ele volta com a pessoa independente do motivo que for ou ele fica só para o resto da vida. Nem todos suportam ouvir essa verdade, mas é isso que a Bíblia ensina. Quem recasa está declarando para todo o mundo que MENTIU ao fazer os votos dizendo ‘’até que a morte nos separe’’. Quem se divorcia e recasa está totalmente desmoralizado para com a próxima geração, destruindo a esperança de exemplo de santidade para com aqueles que nos seguem, em meio a uma sociedade corrompida e perversa. Quem recasa destruiu, irremediavelmente, a figura indissolúvel do relacionamento entre Cristo e a igreja, comparados com o marido e com a esposa respectivamente (Efésios 5:24-25). A analogia entre a relação de Cristo e a Igreja com o casamento não foi feita em vão pelo apóstolo Paulo. Quando a Bíblia diz que o casamento é como Cristo e a Igreja, tudo fica explicado no que tange ao que é correto ou não. Façamos a seguinte pergunta : Quantas vezes por dia a Igreja trai a Cristo ? Se eu fosse contar, perderia as contas. Agora eu pergunto : Como Cristo reage à traição de Seu Corpo ? PERDOANDO ... A Bíblia é clara ao dizer que : ‘’Assim como a igreja está sujeita a Cristo, de igual modo as esposas estejam em tudo sujeitas a seus próprios maridos. Maridos, cada um de vós amai a vossa esposa, assim como Cristo amou a sua Igreja e sacrificou-se por ela’’ ( Efésios 5:24-25 ). Como a Igreja se submete a Cristo ? PEDINDO PERDÃO. Como Cristo ama a Igreja? PERDOANDO. Portanto, na relação do casal deve haver o mesmo seja o motivo que for !!! https://www.bibliaonline.com.br/acf/1co/7/39 https://www.bibliaonline.com.br/acf/1co/7/39 https://www.bibliaonline.com.br/acf/rm/7/2 Quem usa o texto de Mateus 19:9 para tentar aprovar o recasamento, deveria se atentar a pergunta que fazem pra Jesus antes disso : ‘’É lícito ao homem repudiar sua mulher por QUALQUER motivo ?’’ ( Mateus 19:3 ). A palavra ‘’qualquer’’ significa qualquer mesmo (traição, briga, amor que acabou, etc...). Veja a resposta de Jesus no versículo 6 : ‘’Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem’’ ( Mateus 19:6 ). A palavra ‘’homem’’ aqui nesse versículo 6 significa tudo aquilo que vem do homem, ou seja, não tem cartório, instituição humana, juiz, bispo que pode desfazer o casamento que é vitalício. Agora tem gente querendo contradizer esses textos com o texto de Mateus 19:9. Referindo-se ao divórcio, Jesus disse claramente : ‘’Ao princípio não foi assim’’ (Mateus 19:8). Embora o melhor a se fazer entre o casal seja perdoar um ao outro, um divórcio pode acontecer por vários motivos : traição, abandono, agressividade de uma das partes, etc ... Caso o divórcio ocorra, é importante frisar que em nenhum momento a Bíblia permite o recasamento de ambas as partes. Alguém pode dizer que isso é duro e que ficar só é complicado. Primeiro que quem estabeleceu essa condição foi Deus e não eu. Portanto, resolva o seu problema com Ele. Segundo, que isso ai não passa de teologia da acomodação, pois não se pode reduzir a felicidade de uma pessoa apenas num casamento e sexo. Deus dará a pessoa que ficará só condição e graça para suportar isso, do mesmo modo que nascem eunucos assim (Mateus 19:12) e do mesmo modo que nascem hermafroditas assim e nunca na vida se casam ou fazem sexo, mas continuam tendo uma vida cristã saudável, pois Deus as sustenta e dá força e graça para elas continuarem seguindo a vida. O casal quando vai casar faz um juramento diante do altar dizendo a seguinte frase : ‘’até que a morte nos separe’’. Eles dizem exatamente essa frase, pois a exceção para se recasar é a morte de um dos cônjuges como ensina o texto de 1 Coríntios 7:39. No entanto, como alguns cristãos ‘’modernos’’ inventam que a Bíblia ensina o recasamento, eles deveriam mudar a frase do casamento para a seguinte : ‘’prometo ser fiel até que a morte nos separe e até que eu seja traído ou abandonado ou qualquer outro motivo’’. C ) --- Detalhando o texto de Romanos 7:2-3 : A Psicologia da auto-ajuda gospel tomou lugar da Palavra de Deus nos púlpitos. Hoje, quando um pastor moderno vai pregar, ele se preocupa com a auto-estima das ovelhas e não com suas almas. Troca-se o ‘’tome a sua cruz’’ pelo ‘’seja feliz’’. Alguns líderes religiosos tem se afrouxado diante de homens e mulheres que já se divorciaram e casaram com outros. Quando deparados com a situação, omitem partes da verdade com o intuito de não ofender o pecador não-convertido. Então eu pergunto : Como continuar no ‘’segundo casamento’’, se isso implica em ‘’continuar no adultério’’ ? A menos que esse seja um conselho de como caminhar para o inferno, não se pode afirmar outra coisa senão que se trata de heresia. Preste muita atenção ao que é dito em Romanos 7:2-3, pois aqui será provado que todo o ‘’segundo casamento’’ é, na realidade, um contínuo adultério, exceto em caso de viuvez : *** ‘’Porque a mulher que tem marido, está ligada pela lei ao marido dela enquanto ele estiver vivendo; mas se o marido morrer, ela está livre da lei do marido dela. De sorte que, enquanto estiver vivendo o marido dela, se ela se casar com outro homem, ela será chamada de adúltera; mas, se morto o marido dela, ela livre está daquela lei; de modo que ela não é adúltera, ainda que ela se case com outro homem’’ (Romanos 7:2-3). Note aqui a seriedade da real situação : 1 - Essa mulher casa novamente com outro homem, estando o seu marido ainda vivo. 2 - Essa mulher que casa novamente (não interessa o motivo nem a ‘’legitimidade’’ atribuída pelos homens) com outro homem, não se livrou do fato de que o seu legítimo marido (o primeiro) ainda é chamado de M-A-R-I-D-O. Não existe ‘’ex-marido’’ na Bíblia. Isso foi inventado por pecadores para racionalizar o pecado do adultério. Somente esse argumento de que o legítimo marido ainda é chamado de M-A-R-I-D-O, apesar da mulher estar divorciada e casada com outro, derruba por terra toda a tentativainútil de dizer que a nova união é reconhecida por Deus. A nova união não é reconhecida por Deus, sendo a essa mulher aplicado o título de adúltera ! Ela tem dois maridos ! Veja o verso ! Se o divórcio é válido e anula o casamento, então esse versículo estaria totalmente errado na sua afirmação, pois ele contradiz claramente a tese do divórcio e novo casamento, gerando um total descrédito na Palavra de Deus e lançando a inerrância na lata do lixo ! 3 - Ela será chamada (grego chrematizo = considere-se avisada por Deus) de adúltera. Isso significa que ela está num estado de adultério, não apenas num ato de adultério isolado como querem afirmar alguns. Ela será chamada de adúltera ! Esse é o título dela. Note que a situação de adúltera é válida enquanto o marido verdadeiro estiver vivo. Isso é uma tragédia muito triste, mas é o retrato que a Palavra de Deus apresenta acerca desse pecado ! 4 - Note que a condição é ‘’enquanto ele estiver vivendo’’ e não ‘’enquanto ele for fiel’’ ou ‘’até quando eles se divorciarem’’, como querem afirmar os defensores do divórcio por causa de infidelidade. ● Infidelidade não quebra a união do casamento. ● Abandono não quebra a união do casamento. ● Divórcio não quebra a união do casamento. Infidelidade, abandono e divórcio trazem maldição e profanação para o casamento, mas não quebra a união do casamento. Os dois cônjuges continuam uma só carne até que a morte os separem. Não há uma só linha no Novo Testamento que dê base para quebra do pacto do casamento que não seja a morte. A única condição para o novo casamento é somente ´´ se o marido/esposa morrer ´´ e ponto final ( 1 Coríntios 7:39 ). Isso é óbvio e cristalino !!! D ) --- A ‘’cláusula de exceção’’ em Mateus 19:9 ou em Mateus 5:32 : Alguns interpretam o texto de Mateus 19:9 como se referindo ao casamento nos dias de hoje. *** ‘’Eu, porém, vos afirmo que todo aquele que se divorciar de sua mulher, exceto por imoralidade sexual, e se casar com outra mulher, estará cometendo adultério’’ (Mateus 19:9). Essa não é a interpretação mais correta do texto, mas quem entende que Mateus 19:9 fala de casamento nos dias de hoje deveria se atentar que o texto está falando apenas que pode haver divórcio em casa de imoralidade sexual. Em nenhum momento esse texto está falando sobre recasamento, seja da parte inocente ou de ambas. No entanto, essa não é a explicação mais aceita entre os grandes teólogos sobre Mateus 19:9. Na verdade, se você se aprofundar no estudo das línguas originais, o grego do Novo Testamento, você verá que o texto de Mateus 19:9 não se refere a casamento. O segredo do texto de Mateus 19:9 se encontra em Mateus 15:19, onde vemos que o autor do evangelho de Mateus sabia muito bem diferenciar a palavra ‘’fornicação’’ e ‘’adultério’’. O autor de Mateus sabia muito bem diferenciar ‘’porneia’’ (fornicação) de ‘’moicheia’’ (adultério), como ele fez no texto de Mateus 15:19. Veja : *** ‘’Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios (moicheia), fornicação (porneia), furtos, falsos testemunhos e blasfêmias’’ (Mateus 15:19). Agora analisando o texto de Mateus 19:9 vemos que a palavra utilizada foi ‘’porneia’’ (fornicação). E só comete fornicação quem está solteiro. Os solteiros cometem fornicação e os casados é que cometem adultério. https://www.bibliaonline.com.br/nvi/mt/19/9 https://www.bibliaonline.com.br/acf/mt/15/19 É interessante ressaltarmos que algumas traduções de Mateus 19:9 traduzem ‘’porneia’’ por ‘’infidelidade’’ ou ‘’imoralidade sexual’’. Infelizmente, essas traduções estão equivocadas por vários motivos : se Jesus quisesse dizer ‘’adultério’’ (infidelidade conjugal), Ele teria utilizado a palavra ‘’moicheia’’. Além disso, vemos em Mateus 15:19 que o autor sabia diferenciar uma palavra da outra. A palavra foi escolhida com um propósito definido e não por um acaso, ainda mais que o debate em questão envolvia doutores da lei. Vejamos a tradução mais correta desse texto : *** ‘’Eu, porém, vos afirmo que todo aquele que se divorciar de sua mulher, exceto por fornicação (porneia), e se casar com outra mulher, estará cometendo adultério’’ (Mateus 19:9). Portanto, o texto de Mateus 19:9 não está se referindo a casamento, mas sim está falando de duas pessoas ainda solteiras. Na verdade, o texto de Mateus 19:9 se refere ao compromisso do noivado judaico que era algo muito mais rigoroso do que o noivado ou namoro nos dias de hoje. No noivado judaico o casal tinha um contrato e a mulher permanecia virgem até o casamento. No costume dos judeus, o compromisso de noivado começava com um pedido de casamento em um compromisso feito publicamente perante testemunhas. Além do mais, as partes desposadas já eram chamadas de marido e mulher : ‘’José, seu marido ... Maria, tua mulher’’ ( Mateus 1:19-20 ). Portanto, para desfazer um compromisso de noivado na sociedade judaica era preciso fazer uma separação legal, uma carta de divórcio semelhante à que era necessária para os casados. Portanto, a exceção de Jesus visava principalmente esta situação dos costumes judaicos. Em outras palavras, Jesus estava dizendo que o divórcio é sempre errado a não ser no caso de um dos compromissados que é infiel durante o noivado. José enfrentou esta situação constrangedora quando ficou sabendo que Maria, sua noiva, estava grávida : ‘’Então José, seu marido, como era justo, e a não queria difamar, intentou deixa-la secretamente’’ (Mateus 1:19). Os proponentes da teoria da exceção no compromisso de noivado veem a ação proposta por José como um exemplo daquilo a que Jesus se referia quando falou de ‘’repudiar sua mulher por causa de fornicação’’. Note que em Mateus 1:20 o anjo dirigindo-se a José, chamou Maria de ‘’tua mulher’’ (ou esposa) embora o casamento não tinha sido celebrado e consumado, ou seja, eles ainda não tinham se tornado uma só carne, mas eram marido e mulher. Nesse caso, Jesus está dizendo que o casamento poderia ser cancelado, caso houvesse fornicação no noivado, situação na qual a pessoa está a um passo do inferno (1 Coríntios 6:10, Apocalipse 21:8). É por isso que somente o texto de Mateus traz essa cláusula de exceção, pois ele foi escrito para judeus. A cláusula de exceção de Mateus 19:9 não é para casais casados e sim para casais solteiros que estavam noivos no contexto daquela época do judaísmo. O autor está se referindo ao caso de José e Maria. Quando José e Maria estavam juntos, eles estavam no noivado judeu, mas não havia ainda relação sexual. Quando José soube que Maria estava grávida, ele vai se divorciar dela, mas note que ele ainda não estava legalmente casado. Para José, Maria cometeu ‘’porneia’’ (fornicação). Por isso que os fariseus chamam Jesus de filho de ‘’porneia’’, ou seja, filho da fornicação (João 8:41). Não podemos fugir do fato de que a distinção entre o que era considerado como ‘’porneia’’ e o que era considerado como ‘’moicheia’’ foi minuciosamente mantida na literatura judaica pré- cristã no Novo Testamento. Teria Jesus se esquecido de usar a palavra ‘’moicheia’’ (adultério) ? A palavra adultério não foi usada porque a exceção não se aplica aos que se tornaram uma só carne, mas aos que estavam em contrato de casamento. Note que no mesmo evangelho (Mateus 1:18), Maria era desposada (grego: mnesteuo) com José e não casada (gameo). É para esse caso especial, e apenas nesse caso dos judeus, que Jesus está se referindo, porque o casamento não tinha se https://www.bibliaonline.com.br/nvi/mt/19/9 https://www.bibliaonline.com.br/nvi/mt/19/9 consumado. Nesse caso, o pecado é a fornicação que quebraria o pacto do ‘’esposamento’’ e não de casamento. É muito simples ! Note também que Jesus começa Mateus 19:9 com a conjunção adversativa ‘’porém’’. Isso nos diz que há um contraste entre o que os judeus queriam ouvir e o que Jesus estava ensinando. Se Jesus estivesse defendendo o divórcio após o casamento, não haveria nenhuma necessidade da conjunção adversativa ´´porém ´´. Confira as palavras de John Piper sobre essa interpretação : ( A próxima pista de minha busca por uma explicação veio quando estudei sobre o uso de ‘’porneia’’ em João 8:41, em que os líderes judeus indiretamente acusam Jesus de ser nascido de ‘’porneia’’ . Em outras palavras, uma vez que eles não aceitavam o nascimento virginal de Jesus, assumem que Maria havia cometido fornicação, e Jesus era resultado deste ato. Com base nesta pista, eu voltei para estudar o registro de Mateus do nascimento de Jesus em Mateus 1:18-20. Isto foi extremamente elucidador. Nesses versos, José e Maria são referidos como marido (aner) e esposa (gunaika). Ainda assim, eles são descritos como noivos somente. Isto provavelmente vem do fato de que as palavras para marido e esposa eram simplesmente homem e mulher, e do fato de que o noivado era um comprometimento muito mais significante do que é hoje. No verso 19, José resolve ‘’divorciar-se’’ de Maria. A palavra para ‘’deixá-la’’ é a mesma palavra de Mateus 5:32 e Mateus 19:9. Mas, mais importante que tudo, Mateus diz que José foi ‘’justo’’ ao tomar a decisão de divorciar-se de Maria, presumivelmente por causa de porneia, fornicação ). Essa explicação dada acima é a mais correta de todas em relação a Mateus 19:9. Essa explicação não força o evangelho de Mateus a contradizer o significado claro e absoluto dos evangelhos de Marcos e Lucas, e o inteiro ensinamento restante do Novo Testamento sobre o assunto. Essa explicação encaixa-se com a necessidade do contexto maior de Mateus a respeito de José considerar o divórcio em relação a Maria, mesmo eles ainda não estando casados propriamente dito. E essa explicação detalha o texto de Mateus 15:19 onde ele diferencia muito bem o que é fornicação e adultério. Repare que somente o texto de Mateus contém essa cláusula de exceção, porque ele foi escrito para judeus e era algo específico do noivado judaico. Os evangelhos de Marcos e Lucas não registram a exceção : *** ‘’Ele respondeu : Todo aquele que se divorciar de sua mulher e se casar com outra mulher, estará cometendo adultério contra ela. E se ela se divorciar de seu marido e se casar com outro homem, estará cometendo adultério’’ (Marcos 10:11-12). *** ‘’Qualquer que deixa sua mulher, e casa com outra, adultera; e aquele que casa com a repudiada pelo marido, adultera também’’ (Lucas 16:18). Note que em Marcos a proibição às novas núpcias é dada tanto à mulher como ao homem. Por isso, o apóstolo Paulo proibiu a separação dos casais, proibiu as novas núpcias e recomendou a reconciliação no caso de casais separados. Veja : ‘’Todavia, aos casados mando, não eu mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido. Se, porém, se apartar, que fique sem casar, ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher’’ (1 Coríntios 7:10-11). --- Portanto, novas núpcias enquanto há um cônjuge vivo é adultério. E ) --- A escola de Hillel e Shammai : Hillel e Shammai foram dois de nossos maiores sábios, cujas discussões sobre a lei judaica resultaram na criação de duas escolas de pensamentos que existiam na época de Jesus. A https://www.bibliaonline.com.br/nvi/mc/10/11,12 https://www.bibliaonline.com.br/acf/lc/16/18 https://www.bibliaonline.com.br/acf/1co/7/10,11 escola de Hillel permitia o divórcio a qualquer pretexto. Já a escola de Shammai que era mais rígida, permitia o divórcio apenas em casos de infidelidade matrimonial. Em Mateus 19, os fariseus estavam tentando envolver Jesus numa controvérsia que eles tinham entre si. Eles fizeram-lhe uma pergunta ‘’tentando-o’’. Os defensores de um lado da questão seguiam um mestre chamado Hillel que permitia o divórcio a qualquer pretexto. Os seguidores do outro lado seguiam a Shammai que permitia o divórcio em caso de adultério. Jesus não se alinhou com nenhuma das duas escolas. Ele disse : ‘’Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem’’ (Mateus 19:6). Ou seja, o divórcio é proibido (equivale a dizer : ‘’Eu não concordo com nenhum dos dois lados dessas duas escolas’’). É interessante notar que se Jesus tivesse confirmado a posição da escola de Shammai, os discípulos Dele não teriam achado o Seu ensinamento radical, afinal eles disseram : ‘’Se essa é a condição do homem relativamente à mulher, é melhor não se casar’’ (Mateus 19:10). Estava claro que Jesus estava ensinando uma posição que era novidade até para os discípulos e muito mais rígida que a escola de Shammai. Eu prefiro viver o resto da minha vida desacompanhado fisicamente por um mulher e ser obediente a Deus, do que ser casado e estar em desobediência a Deus. Isso talvez seja a demonstração direta da declaração de Jesus : ‘’Há eunucos que se castraram a si mesmos, por causa do reino dos céus’’ (Mateus 19:12). Aqui, nessa parte do versículo, se refere ao eunuco espiritual que prefere viver o celibato, o que não é o caso do eunuco castrado fisicamente que tem a ereção sexual comprometida. F ) --- O divórcio no Antigo Testamento e o que mudou no Novo Testamento : O texto de Deuteronômio 24:1-4 ensina que o divórcio exigia uma ação oficial e requeria um documento escrito. Ensina também que o divórcio incluía o direito a novas núpcias. E também ensina que após as novas núpcias, os divorciados jamais podiam voltar para o seu companheiro original. Nas culturas dos países vizinhos a Israel, naqueles tempos, as mulheres eram consideradas pouco mais que uma propriedade que podia ser negociada, trocada ou retida pelos homens ao seu bel-prazer. No entanto, na cultura hebraica, o homem não podia dispensar a sua mulher e depois retomá-la quando quisesse. Na ‘’carta de repúdio’’ ela tinha proteção legal de tais atributos. De acordo com o texto de Malaquias 2:14-16, Deus está repreendendo os israelitas por sua infidelidade a Ele. O povo havia se unido a deuses estranhos. Isto é adultério espiritual. Este espírito de infidelidade neles aparecia também nos seus casamentos. Assim como repudiavam a Deus, repudiavam também às suas esposas. Quem é infiel em alguns de seus relacionamentos, também será em outros. Por isso, Deus odeia o repúdio. O divórcio representa infidelidade, deslealdade, traição e amor abandonado. Deus quer que seus filhos sejam pessoa fiéis, sinceras, leais e constantes no seu amor. A atitude de Deus em relação ao divórcio é demonstrada no fato, que mesmo permitindo o divórcio sob Moisés, ainda era proibido para os sacerdotes : ‘’Não tomarão mulher prostituta ou desonrada, nem tomarão mulher repudiada de seu marido, pois santo é o seu Deus’’ (Levítico 21:7). Aqui o divórcio está claramente identificado como sendo profano. Era algo que contaminaria o sacerdote e o impediria de servir na casa de Deus. Repetindo, Deus odeia o divórcio. Se Deus odeia o divórcio, porque o permitiu ? Vamos ler Marcos 10:2-5 : ‘’E, aproximando-se dele os fariseus, perguntaram-lhe, tentando-o : É lícito ao homem repudiar sua mulher ? Mas ele, respondendo, disse-lhes : Que vos mandou Moisés ? E eles disseram: Moisés permitiu escrever carta de divórcio e repudiar. E Jesus, respondendo, disse-lhes: Pela dureza dos vossos corações vos deixou ele escrito esse mandamento’’. Aqui temos a chave do enigma do divórcio ser odiado por Deus, mas permitido sob Moisés. O divórcio nunca foi aprovado, mas sob a Antiga Aliança da lei de Moisés, Deus o permitiu devido à dureza dos corações do povo de Israel. Deus o permitiu, mas já previa a Nova Aliança, na qual exigiu um padrão mais alto de justiça, alcançado por meio da graça e luz do Seu Filho Jesus Cristo. Jesus deixou claro que aquilo que era permitido por Moisés não seria mais aceito : ‘’Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem’’ (Marcos 10:9). Sob a Nova Aliança, maridos e esposas com corações endurecidos podem receber novos corações através do poder transformador do Espírito Santo. No Antigo Testamento Deus permitia o divórcio em determinadas circunstâncias. O divórcio dava o direito de novas núpcias,mas era proibido voltar a casar-se com o cônjuge anterior. No entanto, no Novo Testamento Jesus restabeleceu a ordem original de Deus e além de proibir o divórcio, ainda disse que quem divorciar-se e casar-se com outro está cometendo adultério, pois o casamento original ainda permanece aos olhos de Deus. Por isso a Bíblia diz : ‘’Todavia, aos casados mando, não eu mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido. Se, porém, se apartar, que fique sem casar, ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher’’ (1 Coríntios 7:10-11). G ) --- A poligamia no Novo testamento : Mesmo na igreja havia homens casados com mais de uma esposa. A poligamia era comum no mundo antigo e muitos dos que se convertiam eram casados com mais de uma mulher ou tinham se divorciado e se casado novamente. Por isso Paulo demonstra cautela em relação aos cargos de liderança e ordena a Timóteo que tanto pastores quanto diáconos fossem ‘’maridos de uma só esposa’’ (1 Timóteo 3:2,12). A Tito o apóstolo escreve o mesmo (Tito 1:5-6). Quando notamos as qualificações dadas por Paulo para a escolha de pastores e diáconos, percebemos que não há nenhum critério óbvio para um crente como o de ‘’ter fé em Cristo’’. Todos os itens apontam para qualidades que realmente poderiam excluir candidatos crentes aos cargos de liderança. Havia crentes que, em uma ou outra área, não se apresentavam aptos para o cargo. Havia crentes irascíveis (Colossenses 3:8), dados a muito vinho (1 Coríntios 11:21), não modestos (Tiago 4:16) e não inimigos de contendas (Gálatas 5:15). Do mesmo modo, havia os que não eram ‘’maridos de uma só esposa’’. Esses homens não podiam assumir cargos de liderança por causa do seu recasamento. H ) --- A Bíblia reconhece que a formação de ‘’uma só carne’’ pode ocorrer mais de uma vez : Uma objeção comum à existência de laços matrimoniais no recasamento é a ordem de Deus ao homem para que se una à mulher ‘’tornando‐se os dois uma só carne’’ (Gênesis 2:24). Esse ensino é repetido várias vezes nas Escrituras (Mateus 19:5-6, Marcos 10:7-8, Efésios 5:31). Porém, Paulo alerta os coríntios quanto à imoralidade sexual e diz que ‘’o homem que se une à prostituta forma um só corpo com ela ...’’ (1 Coríntios 6:16). Quando Paulo dá esse alerta, ele não o faz somente aos solteiros, mas a toda a igreja. Mesmo os homens casados, ao se unirem a uma prostituta, formavam um só corpo com ela. Algo passível de confusão é o fato de Paulo usar a palavra ‘’corpo’’ (soma) em lugar da palavra ‘’carne’’ (σάρξ, sarx) para descrever tal união. Contudo, imediatamente explica o motivo do https://www.bibliaonline.com.br/acf/1co/7/10,11 erro de se unir a uma prostituta, dizendo : ‘’... Porque, como se diz, serão os dois uma só carne’’. Ao escrever a expressão ‘’um só corpo’’ Paulo tinha em mente a união descrita por Deus que também ocorre no casamento. O motivo de ter usado a palavra corpo em vez de carne se deve ao fato de Paulo discorrer no parágrafo em questão sobre o uso do corpo pelos crentes (1 Coríntios 6:13,15,18‐20). É por isso que, em contraposição à união ‘’corporal’’ entre o homem e a prostituta, o apóstolo apresenta a união ‘’espiritual’’ entre o crente e o Senhor (1 Coríntios 6:17). Assim, a Bíblia reconhece a possibilidade de uma pessoa se unir em uma condição descrita como ‘’uma só carne’’ com mais de uma pessoa. Isso também revela que o termo ‘’uma só carne’’ não é sinônimo exato de casamento e que para haver união matrimonial deve existir mais que união carnal, necessitando da devida formalização do vínculo. O casamento começa com um evento (as bodas) que marca o fim da condição de solteiros e o começo das responsabilidades da vida a dois na presença de testemunhas. Na nossa cultura o casamento começa quando o casal se casa no civil. É o Estado que casa o casal !!! A igreja apenas abençoa a união já feita no civil. Quem casa ‘’só na igreja’’ não está casado ! *** ‘’E, ao terceiro dia, fizeram-se umas bodas em Caná da Galiléia, e estava ali a mãe de Jesus. E foi também convidado Jesus e os seus discípulos para as bodas’’ (João 2:1-2). O inicio do casamento é marcado por uma cerimônia, proclamação, festa ou evento semelhante. Este evento pode variar de acordo com a cultura e local, mas tanto para o casal como para o público, ele marca o início do casamento. O processo de casamento deve incluir os passos sócios e civis necessários para que seja reconhecido como um casamento legítimo na sociedade. O livro de Rute relata o cuidado de Boaz em cumprir os passos sócio-civis no seu casamento com Rute (Rute 3:12-13, Rute 4:1- 11). A prática judaica no tempo de Cristo incluía uma aliança feita perante testemunhas na hora do noivado e uma festa com familiares e amigos na hora do casamento. Mesmo que a Bíblia não defina os passos sócio-civis para o casamento, podemos ter a certeza de que o povo de Deus sempre seguiu e deve continuar seguindo os costumes sociais e os requerimentos civis no casamento. I ) --- O texto de 1 Coríntios 7:15 : *** ‘’Mas, se o descrente se apartar, aparte-se; porque neste caso o irmão, ou irmã, não está sujeito à servidão; mas Deus chamou-nos para a paz’’ (1 Coríntios 7:15). Mesmo quando um cônjuge é descrente, não deve haver separação, pois o parceiro cristão pode ser o meio de levar tanto o descrente quanto os filhos à salvação. Há quem faça uma má interpretação do termo ‘’não sujeito a servidão’’, dizendo que isto significa que se o descrente divorcia o cônjuge fiel, o fiel pode casar-se de novo. Se isso fosse o caso, o apóstolo Paulo estaria se contradizendo, pois ele acabava de dizer : ‘’Se, porém, se apartar, que fique sem casar, ou que se reconcilie com o marido, e que o marido não deixe a mulher’’ (1 Coríntios 7:11). As palavras ‘’não está sujeito à servidão’’, foram escritas no contexto do que se dizia sobre as obrigações conjugais, de dar a ‘’devida benevolência’’, não negar as relações sexuais, vivendo em paz com o descrente, ajudando a santificar o conjugue descrente e os filhos. Se o descrente apartar-se, o fiel tem a liberdade de deixa-lo ir sem sentir culpa pelas obrigações que não pode cumprir. E isso não tem nada a ver com a parte fiel poder casar de novo, pois ela não pode mais. https://www.bibliaonline.com.br/acf/jo/2/1,2 https://www.bibliaonline.com.br/acf/1co/7/15 J) A samaritana e seus ‘’cinco’’ maridos : Uma vez que as dúvidas acerca do polêmico versículo de Mateus 19:9 foram desfeitas sob o uso responsável de uma exegese sadia, uma simples leitura das normas prescritas nas epístolas será suficiente para reforçar a lei da imutabilidade da união matrimonial feita por Deus entre um homem e uma mulher. Depois de observarmos o que é dito em Romanos 7 e 1 Coríntios 7, é importante que o leitor preste muita atenção ao diálogo entre Jesus e uma mulher samaritana que havia passado por cinco maridos em sua vida: *** ‘’Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede, e não venha aqui tirá-la. Disse-lhe Jesus: Vai, chama o teu marido, e vem cá. A mulher respondeu, e disse: Não tenho marido. Disse-lhe Jesus: Disseste bem: Não tenho marido; Porque tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade’’ (João 4:15- 18). A mulher com quem Jesus está falando nesta passagem era uma samaritana. Os samaritanos surgiram de uma mistura de povos e crenças pagãs, e não eram bem vistos pelos judeus em Jerusalém, nem mesmo considerados como humanos, mas como animais (Marcos 7:25-27). O fato de Jesus não rejeitar os samaritanos quando estes se achegavam a Ele foi motivo de escândalo para a maioria dos judeus. Além da idolatria (adoração a outros deuses) misturada aos conceitos judaicos, os samaritanos acreditavam que o local correto de se adorar a Deus era o monte Gerizim, e não o templo de Jerusalém. A crença de que a adoração a Deus devia ser feita no monte Gerizim é descrita na continuação deste mesmo diálogo de Jesus com amulher samaritana, do verso 19 ao 24. Foi ali que Jesus declarou que a verdadeira adoração não seria mais avaliada com base no lugar onde uma pessoa estivesse, mas que a verdadeira adoração seria reconhecida por um espírito sincero, independente de se estar em um templo ou monte qualquer. Fica difícil imaginar que Jesus teria em vão intimidado a mulher samaritana a chamar seu ‘’marido’’ para, só então, receber a água da vida, que traz a vida eterna. Cristo a instiga a confessar seu real estado espiritual. Ela não necessitava do marido por perto para receber a salvação. Isto parece insignificante para doutores diplomados que não se interessam por cada mensagem que Jesus transmite toda vez que abre Sua boca. Mas o fato é que, sabendo que a mulher estava em adultério, Jesus provoca a mulher a dizer que seu atual marido não era, de fato, MARIDO. A conclusão textual é a peça-chave que coloca a samaritana em uma posição de adultério. Jesus diz : ‘’Disseste bem: ‘Não tenho marido’; porque tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade’’ (João 4:17-18). Isso ocorre pelo fato de que seu MARIDO certamente ainda estava vivo. De outra maneira, Cristo não teria dito que o atual ‘’cônjuge’’ não era de fato seu marido. Se ela havia ficado viúva do primeiro, ou do segundo, ou, ainda, do terceiro, isso não é revelado na Escritura, nem mesmo necessário para a conclusão de uma premissa. O fato é que esta mulher estava em adultério porque se separou do legítimo marido e se ‘’casou’’ outra vez. E é assim que o diálogo sobre casamento se encerra em João 4:15-18. K) Satanás falando nos dias atuais sobre o assunto : Deus ordenou a Adão que não comesse da árvore do conhecimento do bem e do mal, e reforçou: ‘’Porque, no dia que dela comeres, certamente morrerás’’ (Gênesis 2:17). Mas Satanás disse : ‘’É certo que não morrereis’’ (Gênesis 3:4). Deus estabeleceu uma ordem clara ao homem, mas o homem a desobedeceu, e nós já conhecemos as consequências. Deus não se fez de desentendido, não deixou de cumprir Sua Palavra e não teve Adão por inocente. Deus não torna atrás em Sua Palavra (Isaías 45:23). Apliquemos, agora, esta mensagem ao tema “Divórcio e Segundo Casamento de Divorciados”: Deus disse: ● ‘’Eu odeio o divórcio; Eu odeio o homem que faz uma coisa tão cruel assim’’ (Malaquias 2:16); ● ‘’O que Deus uniu, não o separe o homem’’ (Mateus 19:6); ● ‘’Marido e esposa estão ligados pela lei até que a morte os separe’’ (Romanos 7:2-3); ● ‘’A união matrimonial é indissolúvel, e uma nova união só é permitida em caso de viuvez’’ (1 Coríntios 7:39); ● ‘’Não é permitida a separação. Se, porém, ocorrer uma separação forçada (caso de abandono, por exemplo), fique sem se casar ou se reconcilie com o seu cônjuge’’ (1 Coríntios 7:10-11); ● ‘’Quem se casa de novo, estando o marido (ou esposa) vivo, está em contínuo adultério’’ (Mateus 19:3-6, Mateus 5:27-28, Romanos 7:2-3); ● ‘’Os adúlteros não herdarão o reino dos céus’’ (Romanos 1:31-32, 1 Coríntios 6:10, Gálatas 5:19-21, Efésios 5:3-5, Apocalipse 22:14-15). A Palavra de Deus é clara, imutável, direta, irrefutável e consistente ! Nela não há sombra de variação ou espaço para a auto-justificação. Deus disse: ‘’É proibido se divorciar; é proibido o segundo casamento de divorciados !’’. Ponto !!! Satanás diz: ➤ “Ah, Deus não me quer sofrendo”; ➤ “Ah, Deus me fez para ser feliz”; ➤ “Ah, Deus não leva em conta o tempo da ignorância”; ➤ “Ah, Deus me perdoa sem que eu me converta; Ele não vai querer minha tristeza”; ➤ “Ah, larga ele(a) e case-se de novo; Deus quer o seu bem”; ➤ “Ah, estou feliz no meu atual [segundo] casamento! Deus não é carrasco”! Estas e outras infinidades de justificativas são usadas a fim de ignorar, distorcer ou blasfemar as ordens claras e diretas de Deus. Assim como Adão e Eva, os adúlteros continuam [igualmente] buscando a quem culpar por seu pecado de estimação: ‘’A culpa é do meu marido’’... ‘’a culpa é da minha esposa’’... ‘’a culpa é do diabo’’ (Gênesis 3:12-13). Mas, você se atentou para o que Deus fez com Adão e Eva? Por que tantos adúlteros, se dizendo cristãos, acham que Ele não cumprirá Sua Palavra para conosco? Porventura Deus torna atrás em Sua Palavra? A Palavra do Deus vivo é absolutamente clara: *** ‘’Eu odeio o divórcio; Eu odeio o homem que faz uma coisa tão cruel assim. Portanto, tenham cuidado, e que ninguém seja infiel à sua mulher’’ (Malaquias 2:16). Malaquias lembra-nos aqui que a vontade de Deus a respeito do casamento sempre foi a mesma. Enquanto alguns podem procurar justificativas baseadas nos abusos que eram tolerados durante a era patriarcal, ou sob a Lei Mosaica, Jesus nos diz que a vontade MORAL de Deus sempre foi a mesma : ‘’Não tendes lido que o Criador, desde o princípio os fez homem e mulher, e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne ? ...Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem’’ (Mateus 19:4-6). O princípio da hermenêutica irrefutável nos mostra que qualquer passagem da Escritura, por mais difícil que seja de se interpretar, não pode, em hipótese alguma, entrar em conflito com a ANTÍTESE da Lei da Criação apresentada pelos textos acima. Divórcio não; segundo casamento (exceto em caso de viuvez) também não. Você serve ao Deus da Bíblia? Então saiba que Ele odeia o divórcio. E Ele não muda. Esse Deus é imutável. Você quer se divorciar? Quer se recasar? Então faça-o sem perturbar as Escrituras. Não tente se apoiar nos santos preceitos de Deus para isso. *** ‘’Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna’’ (Gálatas 6:7-8). Deus não terá o culpado por inocente (Êxodo 34:7, Números 14:18, Naum 1:3). Ele irá despejar sua ira sobre os filhos da desobediência (Colossenses 3:6, Efésios 5:6). Não sou eu quem estou dizendo isso; é a Palavra de Deus; é o próprio DEUS! *** ‘’Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor’’ (Atos 3:19). L) Adultério : o pecado de estimação da igreja moderna : A igreja contemporânea impingiu na mente dos incautos que o adultério cometido no segundo casamento é tolerado por Deus em vista da impossibilidade de ser abandonado. A segunda justificativa, igualmente contrária às Escrituras, é de que Deus considera os tempos da ignorância em que os cônjuges deram início a tal iniqüidade. Os adeptos do divórcio e segundo casamento de divorciados tratam essa prática como um "pecado de estimação", condenando os demais pecados e elevando-os a um nível de iniqüidade superior ao divórcio e segundo casamento de divorciados. Todos os pecados que devem ser abandonados no novo nascimento em Cristo são, em sua maioria, condenados pela igreja. Mas, quando o pecado do adultério vem à tona, joga-se a inerrância das Escrituras na lata do lixo e adota-se uma premissa sensacionalista e que apela para a emoção em detrimento da lei de Cristo. Isto é, o ladrão deve se arrepender e parar de roubar... o mentiroso deve se arrepender e parar de mentir... mas o adúltero, embora seja chamado ao arrependimento, não necessita parar de adulterar com o ‘’segundo marido’’. Ora, onde está a lógica e o temor a Deus nisso? É impossível um pecador remido por Cristo dar continuidade em um pecado. De fato, santidade não é sinônimo de perfeição neste mundo, mas é o contínuo arrependimento e abandono do pecado e de tudo que é impuro (Romanos 6). É como se os advogados do ‘’segundo casamento’’ estivessem dizendo que o Espírito Santo é débil e limitado em seu poder de conceder arrependimento ao casal adúltero, conforme a graça que opera eficazmente em todos os santos. Tais amantes de si mesmos estabelecem, por conta própria,uma ‘’cláusula’’ inexistente na Palavra de Deus a fim de legitimar algo que Deus odeia! – ‘’Eu odeio o divórcio; Eu odeio o homem que faz uma coisa tão cruel assim. Portanto, tenham cuidado, e que ninguém seja infiel à sua mulher’’ (Malaquias 2:16). Eis que o divórcio e o segundo casamento de divorciados são dois [dentre muitos] Bezerros de Ouro da igreja do século XXI. Se um pastor sobe no púlpito e condena a mentira, todos batem palmas e não medem esforços para repreender o que permanece na mentira. Os que ainda se mantém no pecado do homicídio, da idolatria ou da prostituição (sexo entre solteiros) são vistos como monstros; afinal, ninguém está vendo você mentir em casa, no trabalho ou nas ruas. Ninguém está vendo você matar o próximo ao nutrir ódio por alguém que lhe fez mal; e ninguém está vendo você dizer que seus filhos são a coisa mais importante da sua vida (idolatria). Porém, se um presbítero sobe no púlpito e prega a sã doutrina, condenando o divórcio e o segundo casamento de divorciados, quantos, no dia de hoje, poderão se esconder debaixo das cadeiras e manter a aparência de santidade ? Com isto em mente, temos constatado que, na maioria dos casos, o que ocorre não é ignorância acerca do pecado do divórcio e segundo casamento, mas sim a vergonha da exposição à igreja. Embora a máscara do bom testemunho seja facilmente mantida por um tempo, certamente um dia a Palavra de Deus saltará aos brados contra os que adulteram, na frente de toda a congregação. Esconder o pecado da mentira é fácil. O difícil é esconder o "ex-marido" (não existe esse termo na Bíblia) debaixo da cama e fingir que é fiel à Bíblia. Quem pode dizer e provar que a mentira é mais fácil de ser abandonada do que o adultério? Ou, quem pode afirmar, sem falso-temor, que a avareza (que é idolatria) é mais fácil de ser abandonada do que o adultério? Examine-se a si mesmo e pergunte: “Seria eu capaz de lançar minha TV a Cabo pela janela hoje”? Homens e mulheres que se divorciaram e se uniram a terceiros costumam se colocar em um status elevado diante de Deus por meio de um gnosticismo presunçoso e sem nenhum consenso com a Bíblia. Quando as justificativas baseadas na lei mosaica falham – e certamente irão falhar – se refugiam em subterfúgios sensacionalistas, tais como a auto-justificação (uma vez que não possuem o amparo das Escrituras Sagradas). Eles dizem : ‘’Você não sabe o que eu sinto... você não conhece o meu coração... você não sabe o que é dor...”, como se os demais crentes da igreja não tivessem sua própria cruz para carregar, e, assim, lançam pedras sobre os que de bom grado tentam alertá-los. É como se o pecado do divórcio e “recasamento” fosse uma espécie de iniquidade tolerável à parte, com exceções variadas e atalhos para o reino dos céus. Todavia, é necessário que se diga: Não existe justificação sem santificação. A crença de que um homem pode caminhar para o Céu sem ser santificado [dia após dia] provém do Antinomianismo. Alguns alegam que Deus tolera o adultério por parte daqueles que se casaram várias vezes porque ainda não haviam se convertido. Mas a lei do casamento não consiste numa união que pode ser dissolvida enquanto se é um ímpio. Ao contrário disso, quando Deus diz aos seus filhos que não considera os “tempos da ignorância”, Ele está dizendo que o chamado ao arrependimento é universal, independente do que os homens tenham feito no passado. Mas, se alguém insiste em me contradizer, o que lhe restará senão uma total ausência de sensatez quando eu fizer a seguinte indagação: Se a regra é considerar os tempos da ignorância, por que os defensores do divórcio e da permanência no adultério do segundo casamento não a aplicam da mesma maneira aos outros pecados, ao invés de ensinar as ovelhas a abandonarem "o velho homem”? Em termos diretos, por que tais facínoras, que se auto-proclamam pastores, ensinam aos quatro ventos que a vida de pecado deve ser abandonada pelo crente ao se tornar “nova criatura” (2 Coríntios 5:17), mas, paradoxalmente, tomam para si a autoridade de abrir uma “exceçãozinha” para os que permanecem no adultério? Minha pergunta final aos atuais pastores é: Por que a passagem de Romanos 7:2-3 não é lida no púlpito da igreja, ou, no mínimo, é tão evitada? *** “A mulher que tem marido está ligada pela lei ao marido dela enquanto ele estiver vivendo; mas se o marido morrer, ela está livre da lei do marido dela. De sorte que, enquanto estiver vivendo o marido dela, se ela se casar com outro homem, ela será chamada de adúltera; mas, se morto o marido dela, ela livre está daquela lei; de modo que ela não é adúltera, ainda que ela se case com outro homem” (Romanos 7:2-3). M) Observação : Muitas igrejas estão ensinando que Deus perdoa sempre um recasamento, independente da situação que ele tenha acontecido. Com isso, vários evangélicos estão se divorciando e se recasando várias vezes, pois eles tem em mente que Deus sempre perdoará o último recasamento. Esse ensino pode levar o povo a ficar toda hora se recasando a vontade. Eu conheço gente que já está no 3° casamento, pois foi ensinado pra ela que basta ela pedir perdão por esse casamento errado e adúltero que Deus perdoará. Caso esse 3° casamento não dê certo, ela pode aplicar esse raciocínio e se casar pela 4° vez, pois ela já tem em mente que Deus vai perdoar esse 4° casamento. A desculpa que é dada é que o único pecado imperdoável é apenas o pecado contra o Espírito Santo. É claro que Deus perdoa um adultério, desde que o adultério seja quebrado e desfeito. O que adianta pedir perdão pra Deus e continuar no adultério ?
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