Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Pressão arterial O coração é o órgão muscular responsável por bombear o sangue pressão arterial o nosso corpo. Quando o sangue é impulsionado, ele acaba exercendo certa força contra as pressões arteriais das artérias. Essa força é chamada de pressão arterial e pode ser definida como a pressão que o sangue em circulação exerce na pressão arterial de nossas artérias. Os valores normais da pressão arterial são determinados por ações do sistema nervoso, sistema cardiovascular e os rins. Distúrbios nesses sistemas e órgãos podem alterar a pressão arterial e causar problemas, como a hipertensão. Determinantes da pressão arterial: pa = dc x rpt Pa: volume sistólico x frequência cardíaca (simpático e vago) Rpt: lei de poiseuille r=8nl/(pi r4) (fatores locais, hormonais) Pressão sistólica: a pressão do sangue quando ele é bombeado pressão arterial o corpo. Pressão diastólica: representa a pressão no momento em que o coração relaxa entre um batimento e outro. Vasoconstrição: É o processo que ocorre quando os músculos lisos das paredes dos vasos sanguíneos se contraem e também está relacionado com a manutenção e regulação da temperatura corporal, evitando que o corpo perca calor para o meio exterior. O mecanismo de controle da vasoconstrição é proveniente do hipotálamo, pois possui efeitos excitatórios e inibitórios sobre o centro vasomotor. São substâncias vasoconstritoras a norepinefrina, epinefrina, angiotensina e vasopressina. A pressão arterial média é regulada por dois sistemas principressão arteriais: • Reflexo Barorreceptor (neuromediado): tenta restaurar a pressão arterial pressão arterial seu valor prefixado em questão de segundos. • Sistema Renina-angiotensina-aldosterona: regula a pressão arterial mais lentamente, agindo principressão arterial sobre o volume sanguíneo. Reflexo Barorreceptor Os barorreceptores são sensores de pressão, localizados nas paredes do seio carotídeo e do arco aórtico. Eles transmitem informações sobre a pressão arterial aos centros vasomotores cardiovasculares no tronco encefálico. Os barorreceptores do seio carotídeo são reativos aos aumentos ou diminuições da pressão arterial, enquanto os barorreceptores do arco aórtico são principalmente sensíveis aos aumentos da pressão arterial. Eles funcionam como mecanorreceptores, que percebem a variação da pressão arterial por meio do estiramento. O aumento da pressão arterial causa aumento do estiramento dos barorreceptores e aumento da frequência de disparo dos nervos aferentes. O contrário ocorre com a redução da pressão arterial. Importante salientar que os barorreceptores são muito sensíveis às variações de pressão e a velocidade de variação da pressão. O estímulo mais forte para o barorreceptor é a mudança rápida na pressão arterial. A sensibilidade dos barorreceptores pode ser alterada por doença, como a hipertensão arterial crônica. Situação em que ocorre diminuição da sensibilidade a aumentos na pressão arterial. Facilitando a neurofisiologia por detrás do reflexo barorreceptor As informações captadas pelos barorreceptores do seio carotídeo são transportadas para o tronco encefálico por meio do nervo do seio carotídeo e as informações oriundas do arco aórtico são transportadas por meio do nervo vago. Após ascender ao tronco encefálico, as informações são integradas no bulbo, no núcleo do trato solitário. O bulho direcionará as mudanças da atividade de vários centros cardiovasculares (sabe o que esse núcleo faz? Direciona o aumento ou diminuição no fluxo eferente dos sistemas nervosos simpático e parassimpático). O fluxo eferente parassimpático exercerá a diminuição da frequência cardíaca. Já o fluxo simpático possui quatro funções: efeito sobre o nodo SA (aumentando a frequência cardíaca), efeito sobre o músculo cardíaco (aumentando a contratilidade e volume sistólico), efeito sobre as arteríolas (produzindo vasoconstrição e aumentando a RPT) e efeito sobre as veias (produzindo venoconstrição). Dessa forma, por meio do reflexo barorreceptor, o nosso corpo consegue atuar nas variações agudas da pressão arterial. Vamos analisar a seguinte situação: Imagine uma pessoa que acabou de sofrer um acidente automobilístico e está com um sangramento abdominal importante. A queda da pressão arterial agudamente levará à diminuição do estiramento dos barorreceptores, que por meio da ativação simpática ocasionará aumento da pressão arterial média, visando restaurar a volemia e manter os tecidos perfundidos. Regulação humoral A regulação humoral da circulação significa a regulação por substâncias secretadas ou absorvidas pressões arteriais os líquidos corporais como hormônios, íons e assim por diante. Algumas dessas substâncias são formadas por glândulas especiais e, então, transportadas no sangue por todo o corpo. Outras são formadas em áreas localizadas de tecido em resposta a condições locais ou são liberadas por nervos excitados. Causam então efeitos circulatórios locais. Entre os fatores humorais mais importantes que afetam a função circulatória estão os seguintes: agentes vasoconstritores e agentes vasodilatadores. Os agentes vasoconstritores mais conhecidos são: norepinefrina, epinefrina, angiotensina, vasopressina e a endotelina. A angiotensina é uma das substâncias vasoconstritoras mais poderosas das que são conhecidas. Uma quantidade tão pequena como um milionésimo de grama pode aumentar a pressão arterial (PRESSÃO ARTERIAL) de uma pessoa por até 50 ou mais mmHg. O efeito da angiotensina é provocar constrição muito intensa das pequenas arteríolas. A verdadeira importância da angiotensina no sangue é que ela normalmente atua de forma simultânea sobre todas as arteríolas do corpo pressão arterial ira aumentar a resistência periférica total, aumentando assim a pressão arterial. Por causa disso e de vários efeitos estimulatórios renais e adrenocorticais da angiotensina, esse hormônio desempenha uma pressão arterial integral na regulação da PRESSÃO ARTERIAL. Sistema Renina-Angiotensina II – Aldosterona (SRAA) O SRAA regula a pressão arterial média por meio da regulação do volume sanguíneo. É um reflexo mais lento que o barorreceptor por ser hormonalmente mediado. É ativado em resposta à diminuição da pressão arterial. Observe as seguintes etapressão artérias de ativação: 1. A diminuição da pressão arterial causa diminuição da perfusão renal, que é percebida pelos mecanorreceptores nas arteríolas aferentes do rim. A diminuição da pressão arterial faz com que a pró- renina seja convertida em renina nas células justaglomerulares. A secreção de renina pelas células justaglomerulares é aumentada por estimulação dos nervos simpáticos renais e pelos agonistas do ß1 e reduzida pelos antagonistas de ß1, como o propranolol. 2. A renina é uma enzina que no plasma catalisa a conversão de angiotensinogênio em angiotensina I (possui pouca atividade biológica). 3. Nos pulmões e rins, a angiotensina I é convertida em angiotensina II, reação catalisada pela Enzima conversora de angiotensina (ECA). 4. A angiotensina II atua sobre as células da zona glomerulosa do córtex suprarrenal, estimulando a síntese e a secreção de aldosterona. A aldosterona, atua sobre as células principressão arteriais do túbulo renal dista e ducto coletor aumentando a reabsorção de Na⁺, levando o aumento do LEC e volume sanguíneo. 5. A angiotensina II tem ação direta sobre o rim, estimulando a troca de Na⁺– H⁺ no túbulo proximal renal e aumentando a reabsorção de Na⁺ e de HCO3⁻. 6. A angiotensina II atua sobre o hipotálamo, ativando a atividade simpática, aumentando a sede e a ingestão de água. E estimula a secreção do hormônio antidiurético, que aumenta a reabsorção de água nos ductos coletores. 7. Por fim, a angiotensina II atua diretamente sobre as arteríolas, levando a vasoconstrição. A diminuiçãoda pressão arterial ativa o SRAA, produzindo um conjunto de respostas tentando normalizar a pressão arterial. A resposta mais importante é o efeito da aldosterona aumentando a reabsorção renal de Na⁺. Ao se promover a reabsorção de Na⁺, aumenta-se o volume do LEC e o volume sanguíneo, com isso ocorre aumento do retorno venoso, e pelo mecanismo de Frank-Starling, aumento do débito cardíaco e da pressão arterial. A vasopressina, também chamada de hormônio antidiurético (é um hormônio humano secretado em casos de desidratação e queda da pressão arterial; fazendo com que os rins conservem a água no corpo, concentrando e reduzindo o volume da urina.) é formada no hipotálamo, mas é transportada pressão arterial baixo, ao longo do centro de axônios nervosos, pressão arterial a glândula hipófise posterior, onde é finalmente secretada no sangue. A vasopressina é ainda mais poderosa que a angiotensina como vasoconstritor, que talvez a torne assim a substância constritora mais potente do corpo. Normalmente apenas quantidades muito diminutas de vasopressina são secretadas. Entretanto, após a hemorragia grave que cause uma grande baixa da PRESSÃO ARTERIAL, a concentração de vasopressina pode subir a suficiente pressão arterial aumentar a PRESSÃO ARTERIAL até 60 mmHg. Em muitos casos, isso pode, por si só, trazer a PRESSÃO ARTERIAL quase de volta ao normal. A secreção de vasopressina é regulada pelos osmoreceptores quando simulada por fatores como sede (alteração de osmolaridade), o rim começa atuar, impedindo o fluxo de excreta de urina, desta forma normaliza a pressão arterial e volume de líquidos. A endotelina é um grande peptídeo com 21 aminoácidos que, com pequenas quantidades, pode causar uma vasoconstrição poderosa. Atua sempre quando há aumento de volume sanguíneo, aumenta a diurese e inibe a ADH e renina que causam a vasoconstrição, aumenta urina, para abaixa a concentração de agua no sangue, desta maneira abaixa a pressão arterial. Essa substância está presente nas células endoteliais de todos ou quase todos os vasos sanguíneos do corpo. O estímulo usual pressão arterial a liberação é a lesão do endotélio, como a causada pelo esmagamento dos tecidos ou pela injeção de uma substância química traumatizante dentro do vaso sanguíneo. Após lesão grave do vaso sanguíneo, são provavelmente a liberação de endotelina local e a vasoconstrição subsequente que impedem o sangramento profuso das artérias de até 5 mm de diâmetro, que foram abertas pressão arterial lesão do esmagamento. As catecolaminas são substâncias essenciais à resposta adrenérgica em nosso organismo. A noradrenalina, também conhecida como norepinefrina, NOR, NA, NE é produzida pelas terminações nervosas pós-ganglionares simpáticas e, em menor quantidade, pelas células da medula adrenal. Esse neurotransmissor é um precursor da adrenalina, ou seja, ele aparece antes da adrenalina ser metabolizada. Já a adrenalina, também chamada de epinefrina, ADR ou E, é produzida pelas células da medula adrenal. A adrenalina é responsável por preparar o corpo para grandes esforços, ela acelera o coração e, em alguns casos, aumenta a força muscular da pessoa. A noradrenalina é menos eficaz para estimular o receptor Beta-2 e é tão potente quanto a adrenalina para estimular o receptor Beta-1. Por estarem presentes também nos vasos sanguíneos, um outro efeito, extremamente importante, é a vasoconstricção. Estão presentes em vasos da pele, mucosas e até mesmo nos vasos de vísceras abdominais. A vasoconstricção aumenta a resistência vascular periférica (RVP), e com isso aumenta a pressão arterial (PA= DC x RVP). Além disso, realiza também a contração dos vasos venosos, provocando aumento do retorno venoso. O coração, um órgão essencial à vida, possui receptores β1 tanto no miocárdio contrátil, quando no miocárdio especializado. Ao se ligar, uma série de efeitos cardíacos podem acontecer. Um desses efeitos é o aumento do inotropismo (é a força de contração do coração). Há um aumento também da frequência cardíaca, e dessa forma o coração se contrai mais vezes por minuto, bombeando mais sangue, e aumenta assim o débito cardíaco (DC = VS x FC). Todo o processo de contração é desencadeado por um estímulo nervoso, originado pelo miocárdio especializado. Uma vez que o coração está “acelerado”, esse estímulo também deve “acelerar”, e por isso o efeito das catecolaminas nos receptores β1 do miocárdio especializado é aumentar a velocidade de condução do estímulo. Mas com todo esse aumento, de frequência cardíaca, da condução, e do inotropismo, há um grande potencial de ocorrerem arritmias. E não podemos nos esquecer de que uma vez que a frequência cardíaca e o débito cardíaco aumentaram, há aumento também da pressão arterial (PA = DC x RVP).
Compartilhar