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1 Espermograma A avaliação da fertilidade masculina começa com o espermograma. Este exame é importante para verificar, inicialmente, se o volume do esperma, o pH (acidez), a viscosidade, a cor e a liquefação do sêmen estão normais. Em seguida, determina-se o número de espermatozoides além da motilidade dos mesmos, tanto do ponto de vista quantitativo quanto qualitativo. A contagem do número de espermatozoides e a avaliação da motilidade são realizadas no microscópio, com auxílio de câmaras especiais, especialmente desenvolvidas para este fim. Principais alterações identificadas no espermograma Os principais problemas que podem ser identificados no espermograma incluem: Problemas na próstata Os problemas na próstata normalmente manifestam-se através de alterações na viscosidade do esperma e, nesses casos, o paciente pode precisar fazer toque retal ou biópsia da próstata para avaliar se há alterações na próstata. Azoospermia A azoospermia é a ausência de espermatozoides na amostra de esperma e, por isso, manifesta-se através da redução do volume ou da concentração do esperma, por exemplo. As principais causas são obstruções dos canais seminais, infecções do sistema reprodutor ou doenças sexualmente transmissíveis. Saiba mais sobra a azoospermia. Oligospermia A oligospermia é a redução do número de espermatozoides, sendo indicado no espermograma como uma concentração inferior a 15 milhões por mL ou 39 milhões por volume total. A oligospermia pode ser consequência de infecções do sistema reprodutor, doenças sexualmente transmissíveis, efeito colateral de algum medicamento, como o Cetoconazol ou o Metotrexato, ou varicocele, que corresponde à dilatação das veias do testículo, causando acúmulo de sangue, dor e inchaço local. Astenospermia A astenospermia é o problema mais comum e surge quando a motilidade ou a vitalidade apresentam valores inferiores ao normal no espermograma, podendo ser causada por excesso de estresse, alcoolismo ou doenças autoimunes, como lúpus e HIV, por exemplo. Teratospermia A teratospermia é caracterizada por alterações na morfologia dos espermatozoides e pode ser provocada por inflamações, malformações, varicocele ou uso de drogas. Estes problemas podem resultar em infertilidade ou apenas em dificuldade do espermatozóide em fecundar o óvulo, dependendo do seu grau. No entanto, existem alguns tratamento, que podem ser indicados pelo urologista, e que podem aumentar as chances de engravidar. Outras alterações Além das alterações já citadas, pode ser indicado no espermograma o número aumentado de leucócitos no sêmen, denominado leucospermia, que pode ser sinal de infecção. Outra alteração pode envolver tanto a motilidade quanto a quantidade de espermatozóides presentes no sêmen, sendo denominada oligoastenospermia. O que pode alterar o resultado O resultado do espermograma pode ser alterado por alguns fatores, como por exemplo: · Temperatura de armazenamento do sêmen incorreta, pois temperaturas muito frias podem interferir na motilidade do espermatozóide, enquanto que temperaturas muito quentes podem provocar sua morte; · Quantidade insuficiente de esperma, o que acontece principalmente devido à técnica incorreta de coleta, devendo o homem repetir o procedimento; · Estresse, já que pode dificultar o processo ejaculatório; · Exposição à radiação por um período prolongado, já que pode interferir diretamente na produção de espermatozóides; · Uso de alguns medicamentos, pois podem ter efeito negativo sobre a quantidade e a qualidade dos espermatozóides produzidos. Normalmente quando o resultado do espermograma é alterado, o urologista verifica se houve interferência por qualquer um dos fatores citados, solicita novo espermograma e, a depender do segundo resultado, solicita exames complementares, como fragmentação do DNA, FISH e espermograma sob magnificação.
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