@import url(https://fonts.googleapis.com/css?family=Source+Sans+Pro:300,400,600,700); Cuidados com a fase móvel em HPLC Um equipamento de HPLC (Hight Pressure Liquid Chromatography) é composto, em geral, por cinco compartimentos. O primeiro onde são acondicionados os frascos contendo a fase móvel; seguido de compartimento que contém uma bomba de alta pressão; em terceiro, o amostrador; na sequência, o compartimento da coluna; e por último o detector. A fase estacionária utilizada é uma coluna fechada recheada com partículas muito finas, que oferecem grande resistência à passagem da fase móvel, que é líquida. Por isso é necessário o uso de uma bomba de alta pressão para forçar a passagem do líquido. HPLCs convencionais utilizam colunas com partículas que variam, em geral, de 3 a 10 \u03bcm, que são capazes de suportar uma pressão até de 5000 psi. Quanto menor o tamanho de partícula, maior é a pressão necessária para a passagem da fase móvel. Dessa forma, equipamentos de UHPLC (Ultra Hight Pressure Liquid Chromatography) utilizam colunas com tamanhos de partícula menores do que 3 \u03bcm, capazes de suportar pressões até 11000 psi. A fase móvel atravessa todo o sistema por meio de tubos de diâmetro capilar, que interligam os compartimentos, que também devem ser resistentes a altas pressões. Em geral, eles são compostos de aço inoxidável com diâmetro interno da ordem de 0,5 milímetros. Essa combinação de micropartículas, tubos extremamente finos e alta pressão faz com que sejam necessários alguns cuidados no preparo da fase móvel para evitar problemas durante a análise, pois a presença de partículas ou bolhas no líquido pode causar sérios problemas de entupimento, que podem levar à perda da coluna cromatográfica ou de peças do equipamento. Além disso, a presença de outros tipos de impurezas pode causar outros problemas como: a) levar ao surgimento de problemas como picos fantasma ou linhas de base com ruído excessivo no cromatograma; b) reduzir a eficiência e a vida útil da coluna; c) comprometer a sensibilidade do método; d) causar mudanças no tempo de retenção dos analitos. Os solventes orgânicos utilizados no preparo da fase móvel devem ser adquiridos comercialmente com a especificação \u201cgrau HPLC\u201d, que apresentam alto grau de pureza, pois são submetidos a múltiplos processos de destilação e filtração. A água utilizada deve ser ultrapura, ou Tipo I, da qual são removidos íons e demais impurezas presentes na água recebida pelo encanamento. O grau de pureza é obtido por meio da combinação de sucessivas destilações e processos de deionização ou osmose reversa, realizados por equipamentos de purificação de água adequados, normalmente presentes nos laboratórios analíticos. Não se deve utilizar água destilada comum. Quando a fase aquosa é composta por tampões ou outro tipo de solução aquosa, é necessário realizar uma filtração adicional após o preparo e ajuste de pH da solução, utilizando filtração a vácuo com membrana de filtração adequada. Além disso, antes de ser colocada no equipamento, a fase móvel deve passar por um processo de degaseificação em banho de ultrassom, por cerca de 15 a 20 minutos, para eliminação dos gases dissolvidos e, assim, evitar a formação de bolhas no sistema. Quando são utilizadas misturas de solvente orgânico com solução aquosa, essa etapa é ainda mais importante, uma vez que a solubilidade dos gases na mistura é menor do que nos componentes separados. Os mesmos cuidados devem ser tomados no preparo da amostra, com a utilização de reagentes e solventes (orgânicos ou água) com alto grau de pureza. Outro ponto imprescindível é garantir que a amostra a ser analisada seja solúvel no solvente ou misturas de solventes escolhidos como fase móvel, pois, caso contrário, pode ocorrer a precipitação da amostra ao longo do sistema, o que seria extremamente danoso ao equipamento e à coluna cromatográfica.
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