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TCC70%-Final Orçamentos comentado Flávia M Grigoleto

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A IMPORTÂNCIA DE BONS ORÇAMENTOS PARA AS OBRAS CIVIS
Allan Neipe Nepomuceno 
Otávio José Lopes Santos¹
Saulo Saturnino Sousa²
RESUMO
O presente trabalho teve como objetivo analisar a literatura no que tange orçamentos na construção civil. O trabalho pautou-se em duas fases. A primeira foi orçar obras direcionadas às construtoras de pequeno porte, mostrando a diferença dos valores e trabalhos realizados, por uma empresa de grande porte, apresentando uma composição de custos dos materiais e variações de mercados mediante a economia. E a segunda fase salientando facilidades e dificuldades em chegar aos valores que sejam atrativos para o consumidor e construtor, e analisar orçamentos, preços de serviços e de matéria prima. Foi também apresentado o cenário que a pandemia trouxe à construção civil. Percebe-se através deste, a importância de bons orçamentos para a viabilidade financeira de obras civis.
		
PALAVRAS-CHAVE: Gestão de qualidade, Orçamento de obras, Construção civil.
INTRODUÇÃO
A necessidade de efetuar orçamentos vem de muito anos. Historicamente, o homem sempre precisou estocar comidas durante o tempo frio e assim foi desenvolvendo suas habilidades de realizar orçamentos. Toda obra civil exige um bom planejamento e acompanhamento de obra, bem como um orçamento robusto e assertivo, afim de que se tenha os melhores resultados financeiros.
A fase de planejamento é uma das mais importantes para a Construção Civil. Tal fase está presente em organizações tanto de pequeno quanto de grande porte, órgãos públicos ou até para vida pessoal. É notório que todos os bons administradores trazem consigo métodos eficazes de gestão empresarial, mesmo que empiricamente, e isso inclui o orçamento. Entretanto devido à intensificação das atividades corporativas o planejamento informal se torna obsoleto, de forma tal que se torna imprescindível a oficialização dos métodos utilizados, para que tais condutas sejam continuadas e aprimoradas, maximizando assim os recursos das instituições. Seguindo esse pensamento, o orçamento empresarial é o mecanismo que contempla formalmente técnicas e condutas, e tem por finalidade exprimir a evolução da instituição (LEITE, 2008).
O custo de uma obra é uma das primeiras informações que o empreendedor quer saber ao estudar determinado projeto. Sabe-se que a construção implica em gastos consideráveis e por isso devem ser analisados através de estudos, se há viabilidade econômica em seu empreendimento. Um bom orçamento não se resume em levantar o custo de uma obra, mas em buscar estratégias técnicas e financeiras que possibilitem menos atrasos no andamento do empreendimento e que haja melhor aproveitamento dos materiais e serviços (MOBUS, 2020). 
Sendo assim, o presente artigo tem como objetivo geral analisar em revistas, artigos, livros, materiais digitais e outros, a importância dos orçamentos para viabilidade financeira de obras civis, bem como demonstrar tamanha variabilidade orçamentária, que se pode encontrar no mercado atual. 
DESENVOLVIMENTO
Metodologia de Pesquisa
O presente trabalho contribui para o entendimento do quão é essencial o processo orçamentário para a Construção Civi, O objetivo será um comparativo ORÇAMENTO ANTES DA PANDEMIA X ORÇAMENTO PÓS PANDEMIA. O mesmo será organizado com as informações e observações pertinentes ao tema, apresentando metodologias para o levantamento de orçamentos de obras, com intuito de gerar orçamentos analíticos e assertivos, explanando sobre os critérios a se respeitar, durante as etapas de sua elaboração.
Contexto Histórico 
Estudiosos consideram que o embrião do orçamento público surgiu na Inglaterra Medieval. Em 15 de junho de 1215, quando foi assinada e divulgada a Magna Charta Baronorum (Magna Carta) pelo Rei João Sem Terra (King John Lackland), devido às pressões realizadas pelos barões feudais, principais integrantes do Common Council (Conselho Comum), que buscavam limitar o poder de tributar do rei.
A palavra orçamento, segundo Lunkes (2003), tem sua origem atrelada a uma bolsa de tecido chamada fiscus e utilizada pelos antigos romanos para coletar os impostos. Mais tarde, a palavra foi utilizada para denominar as bolsas de tesouraria e também os funcionários que as usavam. Na França, o termo era conhecido como bougue ou bouguete e, provavelmente entre os anos de 1400 a 1450, o termo bougett foi incluído no vocabulário inglês.
Nos Estados Unidos desenvolveram-se vários conceitos e práticas para planejar e administrar, e que mais tarde veio a se chamar de “movimento do orçamento público”, sendo que a cidade de New York foi a que iniciou com a implementação (GONTIJO, 2004).
No Brasil, na Constituição de 1891, que se seguiu à Proclamação da República, houve importante alteração na distribuição de competências em relação ao orçamento. A elaboração passou a ser privativa do Congresso Nacional, assim como a tomada de contas do Executivo (GONTIJO, 2004). A partir de 1940 os orçamentos começaram a ser analisados e utilizados, mas a técnica foi disseminada somente em 1970, quando várias companhias começaram a utilizar com mais frequência as planilhas orçamentárias. Atualmente orçamentos são utilizados em praticamente todas as empresas.
De acordo com Gontijo (2004), a origem dos orçamentos está ligada a origem do poder de tributar, sendo a tributação um dos assuntos mais relevantes. Segundo Thomé (2016), na Construção Civil, o orçamento de obra é indispensável para o sucesso das empresas em seus projetos. Ter todas as etapas e atividades desenhadas, estimar os recursos necessários e prever a composição das equipes de profissionais são apenas uma parte do desafio. No projeto da obra, o orçamento requer atenção e foco dos profissionais envolvidos. Um bom orçamento na Construção Civil permite prever receitas e despesas futuras, controlar desvios e até projetar, com bastante precisão, o resultado econômico a ser alcançado na conclusão do projeto.
O orçamento pode ser observado de duas maneiras, como processo e como produto. O orçamento de um processo consegue mostra projeções futuras, permitindo visualizar, conhecer e avaliar lucros futuros. Como produto os orçamentos têm o principal foco saber os preços dos materiais pesquisados, definir custos e serviços. Os orçamentos precisam ser calculados levando em consideração vários outros fatores além do simples produto, assim como todas as despesas e custos que possui em uma obra (LOPES; LIBRELOTTO; ÁVILA, 2003).
Orçamento na Construção Civil
Os orçamentos são processos fundamentais já utilizados há vários anos. Esses possibilitam sucesso em vários projetos, e são primordiais para uma excelente execução e podem gerar uma grande economia quando utilizados. Estes, abrangem custos desde a fase de concepção do projeto até a entrega do imóvel.
Os orçamentos precisam ser calculados levando em consideração vários outros fatores além do simples produto/edificação, precisa também, serem levadas em considerações todas as despesas e custos que possui em uma obra. A Figura 1 apresenta algumas despesas e custos que precisam ser consideradas para um bom orçamento.
Quadro 1. Custos e Despesas em obras civis.
	CUSTOS OBRAS
	DESPESAS
	DIRETOS
	INDIRETOS
	
	Mão-de-obra diretas
	Taxa e documentação
	institucional
	Pedreiro
	Engenheiros responsáveis
	retirada de diretores
	Carpinteiros
	vale transporte
	salários de funcionários
	Serventes
	alugueis
	alugueis
	Mestre de obras
	impostos s/ faturamento
	IPTU
	Matéria prima
	alimentação em canteiro
	livros e publicações
	Projetos
	propagandas e vendas
	conservação e limpeza
	Aquisição de terrenos
	controle tecnológico
	Honorários
	Demolições
	vigilância
	juros de mora
	Encargos sociais
	despesas com almoxarifado
	assistência médica
	Equipamentos
	água e luz industrial
	conservação e limpeza
	
	assistência medica
	livros, jornais e revistas
	
	combustíveis e lubrificantes
	despesas bancarias
	
	manutenção de equipamentos
	manutenção de veículos
	
	manutenção de veículos
	encargos sociais
	
	encargos sociais
	taxa e anuidade
	
	
	MarketingFonte: LOPES; LIBRELOTTO; ÀVILA, 2003.
Um orçamento Detalhado ou Analítico, consegue demonstrar o custo de cada produto, serviço, como também o preço total do produto a ser cobrado do cliente. A Figura 2 apresenta o detalhamento de um orçamento de uma obra, de forma adequada.
Quadro 2. Detalhamento de um orçamento em uma obra civil.
	Item
	Un.
	Quantidade
	Preço Unitário
	Preço
Total
	1. SERVIÇOS PRELIMINARES
	
	
	
	2.913,13
	1.1 Abrigo provisório
	m²
	12,00
	130,19
	1.562,26
	1.2 Ligação provisória de luz e força
	Vb
	1,00
	169,78
	169,78
	1.3 Instalação provisória de água
	vb
	1,00
	447,09
	447,09
	1.4 Tapume de chapa de madeira
	m²
	29,40
	16,69
	578,92
	1.5 Locação de obra
	m²
	48,40
	1,94
	94,07
	1.6 Raspagem e limpeza do terreno
	m²
	180,00
	0,34
	61,01
	2. INFRAESTRUTURA
	
	
	
	1.137,86
	2.1 Forma de tábua de pinho
	m²
	42,72
	13,78
	588,74
	2.2 Armadura CA-50A ou CA50B
	kg
	225,00
	1,01
	226,14
	2.3 Preparo de concreto estrutural
	m³
	4,50
	68,60
	308,68
	2.4 Escavação manual de valas
--------------------------------------------------
	m³
	3,60
	3,97
	14,30
	13 SERVIÇOS COMPLEMENTARES
	
	
	
	543,03
	· Execução e regularização de base para revestimento de pisos.
	m²
	26,33
	1,54
	40,46
	· Preparo de concreto não estrutural.
	m²
	2,11
	61,09
	128,67
	· Execução de lastro de concreto não estrutural. 
	m²
	26,33
	9,92
	261,09
	13.2 Limpeza geral
	m²
	200,00
	0,56
	112,81
	TOTAL GERAL
	xx.xxxx,xx
	TOTAL COM BDI (x%)
__________________________
Exemplo 1. Orçamento detalhado
	yy.yyy,yy
Fonte: LOPES; LIBRELOTTO; ÀVILA, 2003.
Outro modelo de orçamento muito utilizado é o chamado de Sintético ou Resumido. O mesmo é bem objetivo, mostrando somente o produto e o seu devido valor de cada mercadoria com um subtotal (FIGURA 3).
Quadro 3. Orçamento do tipo Sintético ou Resumido.
	Discriminação
	Preço
	Percentual
(%)
	1. Serviços técnicos profissionais
2. Serviços preliminares
3. Fundações e estruturas
4. Arquitetura e elementos de urbanismo
5. Instalações Hidráulicas e Sanitárias
6. Instalações elétricas
7. Serviços complementares
8. Serviços auxiliares e administrativos
	550,00
2.015,24
4.201,11
6.720,28
1.483,09
952,03
427,07
6.261,89
	2,43
8,91
18,58
29,72
6,56
4,21
1,89
27,70
	Sub-total
BDI
Total
	22.610,71
	100%
	
	5.652,68
	25%
	
	28.263,38
	125%
	Exemplo 2. Orçamento sintético
 Fonte: LOPES; LIBRELOTTO; ÀVILA, 2003.
Definições sobre Orçamento 
Orçamento é um contrato proveniente de análises minuciosas de projetos, na busca de relacionar e quantificar todos os serviços necessários, que tem por alvo delimitar custos para a realização dos empreendimentos. Fundamentado nos serviços levantados, são determinados os quantitativos, calculados os custos unitários referente a cada serviço, e coletado os valores de mercado dos insumos juntamente com seus respectivos fornecedores. Realizando sempre que possíveis ajustes nas composições de custo, para adequá-las ao projeto e as mudanças constantes do mercado. Por fim, são definidos os Benefícios e Despesas Indiretas (BDI) que serão utilizados para obtenção dos custos finais que irão compor o orçamento. As etapas citadas acima podem ser orientadas através de um fluxograma (Figura 4) para facilitar o processo de orçamentação (BRASIL, 2014).
Fluxograma 1. Fluxograma das etapas para a elaboração de orçamentos
 (
Projetos/ Especificações/ Planejamento/ Vistoria Técnica
)
 (
Estudo das condicionantes 
)
 (
Composição de custos 
) (
Identificação dos serviços
)
 (
Levantamento de Quantitativos
)
	Custo Direto
	Cotação de preços
	Encargos sociais e trabalhistas (mão-de- obra direta)
	Composição de custo
	Custo Indireto
	Cotação de preços
	Encargos sociais e trabalhistas (mão-de- obra indireta)
 (
Fechamento do orçamento 
) (
Levantamento de Quantitativos
)
 (
CUSTO TOTAL
)
 (
B.D.I
)
 (
RELATÓRIOS
)
Fonte: JESUS; BARROS (2008).
Construtoras distintas podem obter valores diferentes para um mesmo empreendimento, visto que há diversos métodos de construir, uma ampla gama de materiais e os encargos de mão de obra influenciam diretamente no fechamento do orçamento. Um ponto muito importante que deve considerado prioritariamente nas composições de custo é o transporte, levando em conta todas as etapas (ida, descarga e volta), pois atrasos oriundos de um transporte ineficiente, gera improdutividade e atrasos na obra. Dentre os principais erros que ocorrem durante o processo de orçamentação, alguns se destacam por se repetirem com certa frequência:
1. Detalhamento insuficiente do projeto.
2. Descrição imprecisa dos serviços a serem executados.
3. Previsão de quantitativos incompatíveis com as previsões reais.
4. Planilha com itens de difícil aferição, controle, medição e comprovação.
5. Planilha com sequência de serviços fora de ordem de execução.
6. Omissão de serviços essenciais concernentes à execução.
Dentre as causas citadas acima para deficiências na etapa de orçamentação, pode-se dizer também que os profissionais mal preparados, em termos de fundamentos básicos de engenharia de custos, impactam de forma direta e indireta, inserindo informações incoerentes na análise de custos de uma obra (Figura 5).
Figura 1. Causas da ineficiência orçamentária
Fonte: BRASIL, 2014.
O processo de orçamentação se fundamenta em tabelas que levam em conta, parâmetro de custos e composições de custos padronizados. Utilizam-se também conjuntos representativos de custos, que resguardam o engenheiro orçamentista, e servem de parâmetro para órgãos de fiscalização. 
Em função disto o Tribunal de contas da união (TCU) compreende que “os preços medianos constantes do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil - Sinapi são indicativos dos valores praticados no mercado e, portanto, há sobrepreço quando o preço global está injustificadamente acima do total previsto no Sinapi”. (Acórdão 618/2006 –Plenário).
Alguns dos principais conjuntos representativos de custos que os órgãos de fiscalização, evidenciam se encontram nas tabelas do Dnocs e da Codevasf. Similarmente encontram-se inúmeros conjuntos representativos de custos perdurados por entidades estaduais e municipais, como:
· SCO/RJ (Município do Rio de Janeiro);
· EMOP – Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro;
· Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – Prefeitura de SP;
· SEINFRA/CE;
· SETOP/MG;
· ORSE/SE;
· SANEPAR/PR;
· CAESB/DF;
· COPASA/MG;
· EMBASA/BA;
· DERSA/SP.
É indispensável para o uso dessas tabelas, uma prévia formação acadêmica em construção civil e experiência para adaptar as informações contidas nas tabelas em execução técnica no canteiro de obras. Resumidamente, as tabelas do Sinapi salientam a composição de custos unitários e é categorizada da seguinte forma:
· Composição primária: representam de forma definitiva algumas composições que contemplam transportes horizontais dentro do canteiro de obras e ou no pavimento onde está sendo executado algum serviço.
· Composição secundária: exibe de forma detalhada uma determinada composição já consolidada.
· Composição de transporte: aponta custos como (em hora-homem em hora-máquina) e quantitativo unitário de matéria prima. Esse transporte é dividido em transporte horizontal e transporte vertical.
· Composição de custos de equipamentos: determina quantidades de produção de um determinado insumo, e através disso determina quantidade de horas que um maquinário deve ser incumbido para tal tarefa.
· Composição de custos de mão de obra complementar: compreende pagamentos e encargos sociais. 
Elementos do Orçamento
Um orçamento bem estruturado deve trazer em seu escopo todas as etapas da obra. Devem ser descritos de forma clara e sucinta os serviços e materiais que serão empregados nas obras, pré-dispostos no projeto. Embasado nisso, se inicia o levantamento de quantitativos e composição unitária de custos de cada serviço, englobando todos os custos diretos, e todas as Bonificações e Despesas Indiretas(BDI) (TISAKA, 2006). É indispensável ter posse de todos os projetos de forma detalhada para desenvolver um orçamento sólido. Segundo Tisaka (2011) é fundamental que um orçamente tenha esses elementos:
· Relação e quantificação de todos os serviços e insumo;
· Composição analítica dos custos unitários dos serviços, com indicação dos insumos a serem utilizados e respectivas produtividades, assim como os custos unitários dos equipamentos e cálculo dos salários com encargos sociais e complementares;
· Cálculo do BDI – Benefício e Despesas Indiretas;
· Especificações técnicas dos serviços (ET);
· Memorial descritivo da construção;
· Cronograma físico-financeiro da obra;
· Planilha Orçamentária.
Levantamento de Quantitativos
O levantamento de quantitativos se baseia nas informações obtidas através de todos os projetos e das informações detalhadas na descrição dos serviços a serem executados (SCHAEFER, 2018). Essa etapa é de suma importância, pois exige uma precisão cirúrgica do engenheiro orçamentista, tendo em vista que o mesmo tem que analisar de forma minuciosa todo o projeto, pois se o quantitativo estimado for incompatível com o real, gera custo que divergem de forma negativa com o orçamento.
Os Engenheiros orçamentistas na etapa de elaboração do levantamento, produzem o que chamamos de memorial de cálculo, tal memorial deve ser sucinto e de fácil compreensão para outros profissionais, para que em uma eventual mudança no projeto, não seja necessário um novo levantamento, evitando assim o retrabalho. A partir dessas informações algumas empresas elaboraram tabelas e formulários normalizados, que compõe essa etapa do processo orçamentário.
O levantamento envolve quantificar elementos de naturezas distintas, portanto no memorial de calculo deve ser bem especificado a natureza do insumo, suas dimensões e unidade de metida e designar qual serviço está vinculado (XAVIER, 2008).
Os elementos de entrada normalmente são compostos pelas três dimensões, altura, largura e comprimento de cada ambiente, como forma de simplificar os cálculos. Na Figura 6 será exemplificado de forma hipotética um levantamento quantitativo de revestimento de paredes e pisos. 
Quadro 4. Levantamento Quantitativo.
	Peça
	Dimensões unitárias
	Perímetro
	Áreas: Pisos e forros
	Descrição
	Quantidade 
	Comprimento (C)
	Largura (L)
	Altura (H)
	2x(C+L) (P)
	CxL (m²)
	Piso
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Pavimento tipo
	
	W.C
	1
	2,14
	1,4
	2,9
	7,08
	3,00
	2
	
	Deposito
	1
	1,42
	1,4
	2,9
	5,64
	1,99
	2
	
	Despensa
	1
	1,42
	1,4
	2,9
	5,64
	1,99
	2
	
	Cozinha
	1
	3,24
	2,27
	2,9
	11,02
	7,35
	2
	
	Jantar
	1
	4,44
	3,71
	2,9
	16,3
	16,47
	3
	
	Estar
	1
	4,25
	3,93
	2,9
	16,36
	16,70
	3
	
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	
	Sub Total: Pavimento: Tipo
	 
	47,50
	 
	
Fonte: Dados de pesquisa
Composição de Custos e Serviços
A composição de custos e serviços é definida como um grupo de informações que apresentam os materiais que serão utilizados e suas respectivas perdas. Essa ferramenta utilizada durante a orçamentação, de forma geral, pondera índices de produtividade, consumo de matéria prima e equipamentos utilizados durante um serviço (RIBEIRO, 2017).
Está contido em uma composição de custos e insumos, valores cotados acrescido aos demais encargos referentes a taxas e benefícios referentes a funcionários. Para chegar nesses números é necessário somar os encargos sociais, salários base, não esquecendo dos encargos amplos como cesta básica, almoço, entre outros (MATOS, 2006).
Cálculo (BDI)
As Bonificações e Despesas Indiretas são valores percentuais acrescidos ao custo, para chegar um valor final de venda apresentado ao consumidor final. Este índice é calculado de diversas formas, porem segundo jurisprudência do TCU, a fórmula que melhor expressa essa incidência do BDI na formulação dos preços de venda é a seguinte:
Fórmula do BDI:
Onde:
· AC = é a taxa de rateio da administração central;
· S = é uma taxa representativa de seguros;
· R = corresponde aos riscos e imprevistos;
· G = é a taxa que representa o ônus das garantias exigidas em edital;
· DF = é a taxa representativa das despesas financeiras;
· L = corresponde à remuneração bruta do construtor; 
· I = é a taxa representativa dos tributos incidentes sobre o preço de venda (PIS, COFINS, CPRB e ISS).
As Figura 7, 8 e 9 apresentam os parâmetros que compõem referencialmente o BDI, bem como um exemplo de cálculo e se detalhamento.
Tabela 1. Parâmetros do BDI.
	Tipos de obra
	ADMINISTRAÇÃO CENTRAL
	SEGURO + GARANTIA
	RISCO
	
	1º Quartil
	Médio
	3º Quartil
	1º Quartil
	Médio
	3º Quartil
	1º Quartil
	Médio
	3º Quartil
	Construção de edifícios
	3,00%
	4,00 %
	5,50 %
	0,80 %
	0,80%
	1,00%
	0,97%
	1,27%
	1,27%
	Construção de rodovias e ferrovias
	3,80%
	4,01%
	4,67%
	0,32%
	0,40%
	0,74%
	0,50%
	0,56%
	0,97%
	Construção de redes de abastecimento de água, coleta de esgoto e construções correlatas
	3,43%
	4,93%
	6,71%
	0,28%
	0,49%
	0,75%
	1,00%
	1,39%
	1,74%
	Construção e manutenção de estações e redes de distribuição de energia elétrica
	5,29%
	5,92%
	7,93%
	0,25%
	0,51%
	0,56%
	1,00%
	1,48%
	1,97%
	Obras portuárias, marítimas e fluviais
	4,00%
	5,52%
	7,85%
	0,81%
	1,22%
	1,99%
	1,46%
	2,32%
	3,16%
Fonte: BRASIL, 2014.
Tabela 2. Exemplo de cálculo de BDI.
	Tipos de obra
	DESPESA FINANCEIRA
	LUCRO
	
	1º Quartil
	Médio
	3º Quartil
	1º Quartil
	Médio
	3º Quartil
	Construção de edifícios
	0,59%
	1,23%
	1,39%
	6,16%
	7,40%
	8,96%
	Construção de rodovias e ferrovias
	1,02%
	1,11%
	1,21%
	6,64%
	7,30%
	8,69%
	Construção de redes de abastecimento de água, coleta de esgoto e construções correlatas
	0,94%
	0,99%
	1,17%
	6,74%
	8,04%
	9,40%
	Construção e manutenção de estações e redes de distribuição de energia elétrica
	1,01%
	1,07%
	1,11%
	8,00%
	8,31%
	9,51%
	Obras portuárias, marítimas e fluviais
	0,94%
	1,02%
	1,33%
	7,14%
	8,40%
	10,43%
Fonte: BRASIL, 2014.
Tabela 3. Detalhamento do BDI para uma suposta obra.
	DETALHAMENTO DO BDI
	Item
	Descrição dos Serviços
	%
PV
	%
CD
	1
	ADMINISTRAÇÃO CENTRAL
	
	4,00
	1.1
	ESCRITÓRIO CENTRAL
	
	
	1.2
	VIAGENS 
	
	
	1.3
	OUTROS
	
	
	2
	IMPOSTOS E TAXAS
	6,65
	
	2.1
	ISS
	3,00
	
	2.2
	PIS 
	0,65
	
	2.3
	CONFINS
	3,00
	
	3
	TAXA DE RISCO
	
	2,07
	3.1
	SEGURO
	
	0,40
	3.2
	RISCO 
	
	1,27
	3.3
	GARANTIA
	
	0,40
	4
	DESPESAS FINANCEIRAS
	
	1,23
	5 
	LUCRO
	
	7,40
	
	BDI - CALCULADO
	
	23,54
Fonte: BRASIL, 2014.
Análise de Desempenho
A análise performática, atualmente, é uma técnica que está introduzida na política interna das organizações, independentemente de sua vertente. A técnica de analisar o desempenho admite que as informações obtidas através desse estudo, auxiliem numa tomada de decisão mais assertiva, que siga uma linha de raciocínio alinhada aos princípios e valores da organização. O material selecionado para compor a pesquisa aborda concepções e princípios acerca da análise de desempenho sendo:
(a) A avaliação de desempenho baseada em determinar possíveis ameaças através de experiências anteriores e em um modelo matemático que, a partir desse histórico, possa determinar a possibilidade e os valores associados a riscos de projetos futuros (AZEVEDO, CIOFFI & KHAMOOSHI, 2009, apud AZEVEDO et al, 2013);
(b) Entende-se que a análise de desempenho tem por finalidade permitir que o departamento tenha visões atualizadas sobre o que pode impactar nas mudanças em seu processo de engenharia e em relação ao cronograma de projeto, embasada na utilização de índices que concomitantemente considera o tempo de execução de projeto e as variáveis de entrada (FARRIS et al., 2006, apud AZEVEDO et al, 2013);
(c)  Essa atividade contempla uma análise minuciosa das possíveis falhas decorrentes de um projeto, visando antever ações para amenizar os riscos em um nível aceitável (FAN, LIN & SHEU, 2008, apud AZEVEDO et al, 2013);
(d) Indica métodos que auxiliam na tomada de decisão. Têm sido desenvolvidos dinamicamente e existe uma dependência evidente de novas e sofisticadas tecnologias de informaçãopara auxiliar neste processo (KAPLIŃSKI, 2008, apud AZEVEDO et al, 2013);
(e) explicitam que a avaliação de desempenho deve mensurar a duração e o custo da tarefa, e também levar em consideração o critério de qualidade de execução dessas tarefas (POLLACK-JOHNSON & LIBERATORE, 2006, apud AZEVEDO et al, 2013);
(f) A avaliação de desempenho deve permitir melhorar a competitividade da indústria da construção, através da utilização de informações mais precisas sobre os fatores críticos, tal como o custo da construção, já nas fases iniciais de um projeto de construção (KOO et al., 2010, apud AZEVEDO et al, 2013).
A Construção Civil na Pandemia	Comment by Flávia: Revisar toda esta parte escrita do texto para que ela permaneça a mesma se lida amanhã ou daqui dez anos. Mencionar Pandemia Covid-19 no subtítulo também.
Atualmente o mercado financeiro global passa por um momento de turbulências com uma grande mudança dos preços de diversos produtos, fazendo com que os orçamentos também oscilassem. A área de construção civil viu seus preços dispararem no mercado, com grande falta de materiais devido à grande procura. Os orçamentos tiveram diversas alterações e os clientes tiveram maiores gastos para concluir as obras. É perceptível a importância de se disponibilizar um tempo para desenvolver um orçamento bem detalhado, não se esquecendo de colocar a data de validade dos orçamentos para não ter seus compromissos alterados, com alterações de preços que não foram planejados.
Conforme Evaldo Magalhães (2020), o Levantamento da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) mostrou que, entre abril e julho, em meio à pandemia do novo coronavírus, os preços dos insumos do setor dispararam no país. De todos os itens, o cimento foi o que teve maior elevação: 95% das 462 empresas consultadas (52 delas mineiras) apontaram subida de 10% ou mais nos valores do produto. Além disso, temos um aumento do prazo de entrega, em especial o cimento. Os materiais que antes eram fornecidos num prazo de 48 a 72 horas, nos meses de agosto e setembro (2020), passaram a demandar aproximados 20 dias. Esses fatores pressionam o custo da obra em relação à venda, prejudicando a lucratividade prevista pelas empresas.	Comment by Flávia: Espaço faltando	Comment by Flávia: Espaço sobrando!	Comment by Flávia: Sugiro escrever vinte dias
Segundo Magalhães (2020), em entrevista com o gerente do depósito Malta, o pacote de 50 quilos de cimento custava, antes da pandemia, R$ 17,90. Hoje, sai por R$ 23,90 (33,5% mais caro). Já o tijolo de 12 furos, que era vendido em março a R$ 0,99, custa agora R$ 1,60, em média (61,6% de alta). O exemplo que mais chama a atenção, contudo, é o da barra de ferro de três oitavos de bitola e 12 metros de comprimento: subiu de R$ 39 para R$ 52,99 (35,87%), em apenas 2 semanas. A pandemia culminou na falta de diversos produtos derivados de plásticos, que podem chegar a aproximadamente um aumento de 40% segundo informações do setor.	Comment by Flávia: Os dados deste parágrafo ficariam melhor numa tabela.
A construção civil continuou seus trabalhos durante a pandemia e avançou em reformas de diversas áreas, entre elas reformas comercias e residenciais. Como muitas pessoas estão trabalhando em suas casas, escritórios ou até mesmo sem poder abrir seus estabelecimentos comercias, as mesmas decidiram fazer várias reformas para quando ocorrer a liberação das voltas as atividades, se preparando para um público muito mais exigente em segurança e conforto. 
Este setor vinha em uma pequena melhora nos últimos meses, e a pandemia fez com que o mercado regredisse, ocasionando a falta de matéria prima e fazendo com que os preços dos produtos necessários para a construção tivessem esse grande salto. Os orçamentos tiveram que ser refeitos e vários profissionais/empresas que não tinhas suas matérias primas já em estoque tiveram que arcar com a demanda. A Figura 10 demonstra o cenário que a pandemia trouxe à construção civil. Projetando, mesmo em crise, um crescimento vertiginoso.
Figura 2. Evolução Construção civil Brasileira	Comment by Flávia: Se os dados referem-se ao Brasil, sugiro nomear como: Evolução da Construção Civil Brasileira
Fonte: Engenharia360.com/pandemia-construcao-civil (2020)
ANALISES E DISCUSSÕES
O atual cenário da construção civil teve um aumento significativo, aumento tal fundamentado na alta de alguns materiais da construção civil, destacando alguns em especifico, por terem maior relevância. 
O presente estudo foi realizado com base na comparação de custos de uma planilha orçamentária. Os dados foram obtidos através de dois orçamentos da mesma obra, o primeiro com data-base de setembro de 2019 e o segundo em setembro de 2020. A planilha utilizada como referência foi a do SINAPI. As TABELAS 4 e 5 a seguir detalham os serviços que os serviços que foram orçados de forma resumida.
	
Tabela 4: Orçamentária Resumida (09/2019)
	Item
	Descrição
	Total
	Peso (%)
	 1 
	SERVIÇOS PRELIMINARES
	R$ 5.052,76
	1,92 %
	 2 
	FUNDAÇÃO
	R$ 27.894,91
	10,63 %
	 3 
	ESTRUTURAS DE CONCRETO
	R$ 26.993,60
	10,28 %
	 4 
	IMPERMEABILIZAÇÕES
	R$ 1.080,76
	0,41 %
	 5 
	ALVENARIA
	R$ 15.734,32
	5,99 %
	 6 
	COBERTURAS E FORROS
	R$ 18.256,75
	6,95 %
	 7 
	ESQUADRIAS
	R$ 12.787,04
	4,87 %
	 8 
	REVESTIMENTOS DE PAREDE
	R$ 21.911,70
	8,35 %
	 9 
	PISOS, RODAPES, SOLEIRAS E PEITORIS
	R$ 27.093,88
	10,32 %
	 10 
	INSTALAÇAO HIDROSSANITARIA
	R$ 9.122,06
	3,48 %
	 11 
	INSTALAÇÃO ELÉTRICA E TELEFÔNICA
	R$ 6.194,55
	2,36 %
	 12 
	PINTURA
	R$ 10.739,45
	4,09 %
	 13 
	MURO EXTERNO
	R$ 40.964,91
	15,61 %
	 14 
	ADMINISTRAÇÃO LOCAL
	R$ 38.672,76
	14,73 %
	 
	 
	R$ 262.499,45
	Fonte: Autoria própria, 2020.
	
Tabela 5: Orçamentária Resumida (09/2020)
	Item
	Descrição
	Total
	Peso (%)
	 1 
	SERVIÇOS PRELIMINARES
	R$ 5.148,59
	1,93 %
	 2 
	FUNDAÇÃO
	R$ 28.312,68
	10,64 %
	 3 
	ESTRUTURAS DE CONCRETO
	R$ 28.769,84
	10,81 %
	 4 
	IMPERMEABILIZAÇÕES
	R$ 725,02
	0,27 %
	 5 
	ALVENARIA
	R$ 17.822,90
	6,70 %
	 6 
	COBERTURAS E FORROS
	R$ 18.392,36
	6,91 %
	 7 
	ESQUADRIAS
	R$ 7.024,47
	2,64 %
	 8 
	REVESTIMENTOS DE PAREDE
	R$ 22.337,22
	8,39 %
	 9 
	PISOS, RODAPES, SOLEIRAS E PEITORIS
	R$ 29.425,31
	11,06 %
	 10 
	INSTALAÇAO HIDROSSANITARIA
	R$ 9.455,61
	3,55 %
	 11 
	INSTALAÇÃO ELÉTRICA E TELEFÔNICA
	R$ 6.827,35
	2,57 %
	 12 
	PINTURA
	R$ 11.219,73
	4,22 %
	 13 
	MURO EXTERNO
	R$ 43.148,84
	16,22 %
	 14 
	ADMINISTRAÇÃO LOCAL
	R$ 37.480,20
	14,09 %
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	R$ 266.090,12
	Fonte: Autoria própria, 2020.
Para fácil compreensão o gráfico a seguir, mostra a variação de preço referente a cada serviço.
Grafico 01: Orçamento comparativo (2019/2020)
Fonte: Autoria própria, 2020.
Foi possível observar com base no GRAF.01, que os serviços que sofreram maior reajuste foram: Estruturas de Concreto; Pisos, Rodapes, Soleiras e Peitoris; Muro Externo. 
Estes serviços tiveram aumento, pois, grande parte dos serviços tem em sua composição o cimento e o aço como material, isso influenciou diretamente para o aumento de preço. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O orçamento de obra é indispensável na construção civil, pois prevê receitas e despesas, bem como desvios e o resultado econômico na conclusão do projeto. Estes orçamentos são fundamentados em tabelas com parâmetros de custos e composições padronizadas, que servem também de parâmetro para órgãos de fiscalização. O levantamento de quantitativos possibilita a precisão e a análise minuciosa do projeto, garantindo a compatibilidade com o custo. A composição de custos e serviços, grupo de informações referentes aos materiais utilizados e respectivas perdas, pondera índices de produtividade, consumo de matéria prima e equipamentos durante o serviço. 
Ao utilizar a análise de desempenho, técnica que auxilia na tomada de decisão mais assertiva, seguindo uma linha de raciocínio alinhada aos princípios e valores dos demandantes, é possível determinar ameaças através de experiências anteriores e de um modelo matemático; permitindo assim melhorar a competitividade da indústria daconstrução, utilizando informações mais precisas sobre fatores críticos, como o custo da construção em sua fase inicial, por exemplo.
Nesse sentido, atualmente, com a pandemia do coronavírus, constatou-se um grande aumento dos preços de materiais de construção, como o derivado de plásticos, cimento, ferros e demais insumos, devido à grande demanda do mercado, gerando a falta de materiais. Este fator, também gera alterações nos orçamentos, devido a oscilações de preços, bem como pressão no custo de obra em relação a venda, prejudicando a lucratividade, e do prazo de entrega de materiais. Tais fatores contribuem para a necessidade de detalhamento do orçamento e a reafirmação da importância do orçamento como processo e produto na Construção Civil.	Comment by Flávia: Fazer a amarração correta dos objetivos traçados, exemplificando a importância da elaboração e revisão de orçamentos corretamente neste período pandêmico 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 	Comment by Flávia: Revisar de forma geral para que todas as partes citadas no corpo do texto apareçam aqui listadas corretamente, ver regulamento/normas para tal.
AZEVEDO, Rogério Cabral de et al. Modelo para avaliação de desempenho: aplicação em um orçamento de uma obra de construção civil. Production, v. 23, n. 4, p. 705-722, 2013. 
BRASIL. Tribunal de Contas da União. Orientações para elaboração de planilhas orçamentárias de obras públicas / Tribunal de Contas da União, Coordenação Geral de Controle Externo da Área de Infraestrutura e da Região Sudeste. – Brasília: TCU, 2014.
CECCATO, Alex. História do Orçamento, e sua importância para as empresas nos dias atuais. 2018. Disponível em: <https://www.linkedin.com/pulse/hist%C3%B3ria-do-or%C3%A7amento-e-sua-import%C3%A2ncia-para-empresas-ceccato > . Acesso em: 20 set. de 2020.
CONHEÇA as fases para compor um orçamento de obras bem-sucedido. Mobuss Construção, 2020. Disponível em: <https://www.mobussconstrucao.com.br/blog/fases-orcamento-de-obras/ > . Acesso em: 20 set. de 2020.
CONSTRU FACIL RJ. Documentos de Obras: Especificações Técnicas. Disponível em: <https://construfacilrj.com.br/documentos-de-obras-especificacoes-tecnicas/>. Acesso em: 20 set. de 2020.
GONTIJO, Vander. Origens do Orçamento. 2004. Disponível em: <https://www2.camara.leg.br/orcamento-da-niao/cidadao/entenda/cursopo/origens#:~:text= Outros%20estudiosos(2)%20consideram%20que,bar%C3%B5es%20feudais%2C%20principais%20integrantes%20do >. Acesso em: 20 set. de 2020.
JESUS, Christiano Romanholo Marques de; BARROS, Mércia Maria Semensato Bottura de. Custos e Orçamentos na Construção Civil. Disponível em: <https://silo.tips/download/resumo-abstract-custos-e-oramentos-na-construao-civil-christiano-r-marques-de-je >. Acesso em: 20 set. de 2020.
LEITE, Rita Mara et al. Orçamento empresarial: levantamento da produção científica no período de 1995 a 2006. Revista Contabilidade & Finanças, v. 19, n. 47, p. 56-72, 2008. Disponível em: < https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519- 0772008000200006&lng=pt&tlng=pt > . Acesso em: 20 set. de 2020.
LOPES, Oscar Ciro; LIBRELOTTO, Lisiane Ilha; ÀVILA, Antonio Victorino. Orçamento de obras. 2003. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/210025/Avila_Librelotto_Lopes_Orcamento.pdf?sequence=1 >. Acesso em: 20 set. de 2020.
LUNKES, Rogério João. Manual de orçamento. Atlas, 2003.
MAGALHÃES, Evaldo. Preço de insumos dispara na pandemia e onera construção civil: cimento subiu 33%; tijolo, 61%. 2020. Disponível em: < https://www.hojeemdia.com.br/primeiro-plano/economia/pre%C3%A7o-de-insumos-dispara-na-pandemia-e-onera-constru%C3%A7%C3%A3o-civil-cimento-subiu-33-tijolo-61-1.800006 >. Acesso em: 20 set. de 2020.
TISAKA, Maçahico. Orçamento na Construção Civil: Consultoria, Projeto e Execução. 1ª Edição. São Paulo: PINI, 2006.
TISAKA, Maçahico. Norma Técnica para elaboração de orçamento de obras de construção civil. Instituto de Engenharia, 2011.
RIBEIRO, Maciel. Composição de custos de serviços: entenda como fazer. 2017. Disponível em: <https://maiscontroleerp.com.br/composicao-de-custos/>. Acesso em: 20 set. de 2020.
SCHAEFER, Cecília Ogliari. Levantamento de quantitativos em projetos de engenharia. 2018. Disponível em: <https://www.sienge.com.br/blog/levantamento-de-quantitativos-em-projetos-de-engenharia/>. Acesso em: 18 set. de 2020.
THOMÉ, Brenda Bressan. Orçamento na Construção Civil: por que elaborar um? 2016 . Disponível em: <https://www.sienge.com.br/blog/orcamento-na-construcao-civil-por-que-elaborar-um/>. Acesso em: 20 set. de 2020.
XAVIER, Ivan. Orçamento Planejamento e Custo de Obras FUPAN 2008. 
Uso inadequado de referências de preços.
Projetos incompletos Profissionais despreparados
Sistemas referenciais deficientes
Orçamento 
Deficiente
SERVIÇOS PRELIMINARES	FUNDAÇÃO	ESTRUTURAS DE CONCRETO	IMPERMEABILIZAÇÕES	ALVENARIA	COBERTURAS E FORROS	ESQUADRIAS	REVESTIMENTOS DE PAREDE	PISOS, RODAPES, SOLEIRAS E PEITORIS	INSTALAÇAO HIDROSSANITARIA	INSTALAÇÃO ELÉTRICA E TELEFÔNICA	PINTURA	MURO EXTERNO	ADMINISTRAÇÃO LOCAL	SERVIÇOS PRELIMINARES	FUNDAÇÃO	ESTRUTURAS DE CONCRETO	IMPERMEABILIZAÇÕES	ALVENARIA	COBERTURAS E FORROS	ESQUADRIAS	REVESTIMENTOS DE PAREDE	PISOS, RODAPES, SOLEIRAS E PEITORIS	INSTALAÇAO HIDROSSANITARIA	INSTALAÇÃO ELÉTRICA E TELEFÔNICA	PINTURA	MURO EXTERNO	ADMINISTRAÇÃO LOCAL	SERVIÇOS PRELIMINARES	FUNDAÇÃO	ESTRUTURAS DE CONCRETO	IMPERMEABILIZAÇÕES	ALVENARIA	COBERTURAS E FORROS	ESQUADRIAS	REVESTIMENTOS DE PAREDE	PISOS, RODAPES, SOLEIRAS E PEITORIS	INSTALAÇAO HIDROSSANITARIA	INSTALAÇÃO ELÉTRICA E TELEFÔNICA	PINTURA	MURO EXTERNO	ADMINISTRAÇÃO LOCAL	SERVIÇOS PRELIMINARES	FUNDAÇÃO	ESTRUTURAS DE CONCRETO	IMPERMEABILIZAÇÕES	ALVENARIA	COBERTURAS E FORROS	ESQUADRIAS	REVESTIMENTOS DE PAREDE	PISOS, RODAPES, SOLEIRAS E PEITORIS	INSTALAÇAO HIDROSSANITARIA	INSTALAÇÃO ELÉTRICA E TELEFÔNICA	PINTURA	MURO EXTERNO	ADMINISTRAÇÃO LOCAL	SERVIÇOS PRELIMINARES	FUNDAÇÃO	ESTRUTURAS DE CONCRETO	IMPERMEABILIZAÇÕES	ALVENARIA	COBERTURAS E FORROS	ESQUADRIAS	REVESTIMENTOS DE PAREDE	PISOS, RODAPES, SOLEIRAS E PEITORIS	INSTALAÇAO HIDROSSANITARIA	INSTALAÇÃO ELÉTRICA E TELEFÔNICA	PINTURA	MURO EXTERNO	ADMINISTRAÇÃO LOCAL	2019	SERVIÇOS PRELIMINARES	FUNDAÇÃO	ESTRUTURAS DE CONCRETO	IMPERMEABILIZAÇÕES	ALVENARIA	COBERTURAS E FORROS	ESQUADRIAS	REVESTIMENTOS DE PAREDE	PISOS, RODAPES, SOLEIRAS E PEITORIS	INSTALAÇAO HIDROSSANITARIA	INSTALAÇÃO ELÉTRICA E TELEFÔNICA	PINTURA	MURO EXTERNO	ADMINISTRAÇÃO LOCAL	5052.76	27894.91	26993.599999999995	1080.76	15734.32	18256.75	12787.04	21911.7	27093.88	9122.06	6194.55	10739.449999999999	40964.910000000003	38672.759999999995	2020	SERVIÇOS PRELIMINARES	FUNDAÇÃO	ESTRUTURAS DE CONCRETO	IMPERMEABILIZAÇÕES	ALVENARIA	COBERTURAS E FORROS	ESQUADRIAS	REVESTIMENTOS DE PAREDE	PISOS, RODAPES, SOLEIRAS E PEITORIS	INSTALAÇAO HIDROSSANITARIA	INSTALAÇÃO ELÉTRICA E TELEFÔNICA	PINTURA	MURO EXTERNO	ADMINISTRAÇÃO LOCAL	5148.59	28312.68	28769.84	725.02	17822.900000000001	18392.36	7024.4699999999993	22337.22	29425.309999999998	9455.61	6827.35	11219.730000000001	43148.840000000004	37480.199999999997	________________________________________________________________________________________________________________________________________
1 Alunos do 10º período do Curso de Engenharia Civil das Faculdades Promove de Sete Lagoas.
2 Orientador do Curso de Engenharia Civil das Faculdades Promove de Sete Lagoas.

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