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UNB - Aula 07

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CURSO EM PDF – LÍNGUA PORTUGUESA PARA O CESPE/UnB 
Prof(a). Fernanda Silva 
www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 1 
 
Aula 07 
 
SUMÁRIO 
1- LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS 
2- LISTA DE QUESTÕES APRESENTADAS 
3- GABARITO 
4- REGÊNCIA: CONCEITOS PRELIMINARES 
5- REGÊNCIA VERBAL 
5.1. REGÊNCIA VERBAL E SIGNIFICAÇÃO DOS VERBOS 
5.2. REGÊNCIA DUPLA 
5.3. REGÊNCIA DE ALGUNS VERBOS 
 
6- REGÊNCIA NOMINAL 
7- REGÊNCIA COM PRONOME RELATIVO 
8- LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS 
9- LISTA DE QUESTÕES APRESENTADAS 
10- GABARITO 
 
 
 
 Olá pessoal? Como passaram a semana? Tudo bem. Espero que sim. 
Preparados para a próxima “maratona” de exercícios? Então, animem-se! 
 Na aula passada, estudamos concordância nominal e concordância 
verbal. Agora, faremos exercícios e seguiremos com regência nominal e 
verbal. Mãos à obra! 
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1- LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS 
Texto para a questão 1 
(...) 
 Produtos orgânicos têm inúmeras vantagens e, sob diversos 
aspectos, são, sim, mais saudáveis do que os tradicionais. 
Entretanto, como se viu no episódio da Escherichia coli, o cultivo 
desses produtos exige cuidados redobrados de segurança, inclusive 
na fase de produção. Ignorar isso pode ser mortal. 
Descuido trágico. In: Veja, jun./2011, p. 90 (com adaptações). 
1- (CESPE/UNB/CBM/DF/Bombeiro Militar Operacional/2011) Na 
linha 17, o emprego do acento circunflexo na forma verbal 
“têm” justifica-se pelo fato de essa forma verbal concordar 
com a expressão no plural “inúmeras vantagens”. 
 
Comentários: 
ERRADO. A expressão que indica a exigência do acento circunflexo é 
“Produtos orgânicos”,ou seja, o sujeito da forma verbal “têm”, e não 
“inúmeras vantagens” que é o objeto direto. 
 
Texto para a questão 2 
(...) A justificativa do Norte foram manobras supostamente feitas 
pelos sulistas em águas sob sua jurisdição. (...) 
2- (CESPE/UNB/Polícia Civil/ES/2011) A forma verbal “forma” 
(l.15) exemplifica um caso em que o verbo está no plural porque 
concorda com o predicativo. 
 
Comentários: 
CERTO. Em “A justificativa do Norte foram manobras”, o verbo “ser” 
concorda com o substantivo “manobras” na função predicativa. Poderíamos 
ainda concordar com o núcleo do sujeito “justificativa”. Temos, então, 
facultatividade de concordância. 
 
Texto para a questão 3 
 Hoje, a era do perdularismo dá lugar a um movimento de 
austeridade. Os governos se veem obrigados a colocar ordem na 
área fiscal e os consumidores cortam gastos pessoais, preocupados 
com o desemprego e o encolhimento na riqueza,. Uma pesquisa 
anual sobre gastos do consumidor indica que dois terços dos norte-
americanos estão reduzindo o padrão e comprando produtos mais 
baratos. (...) 
 
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3- (CESPE/UNB/SEGER/ES/2011) Na linha 6, a flexão de plural em 
“estão” é exigida pela concordância com “dois terços”; se os dados 
fossem alterados e se referissem a um terço dos norte-americanos, 
seria correto flexionar o verbo “estar” no singular, fazendo-se a 
concordância com o numeral e escrevendo-se “está”. 
 
Comentários: 
CERTO. Em “dois terços dos norte-americanos estão reduzindo o padrão”, o 
verbo “estar” (auxiliar) concorda com a parte fracionária “dois”, 
concordância recomendada pela gramática. Se substituirmos “dois terços” 
por “um terço”, a forma verbal “estar” deverá flexionar-se para concordar 
com o numerador “um” que está no singular. 
 
Texto para a questão 4 
(...) A primeira é forecast, previsão, em inglês. Muito utilizada por 
todos aqueles que não desejam ser surpreendidos por fatos que 
poderiam ter sido previstos. Preferida dos economistas, sonda o 
futuro com as ferramentas dos dados, informações, gráficos. (...) 
4- (CESPE/UNB/SEGER/ES/2011) A flexão de singular e de 
feminino em “utilizada” (l.10) e “preferida” (l.12) indica que o 
sujeito da oração “sonda o futuro com as ferramentas doa dados, 
informações, gráficos” (l.13-14) remete a “previsão” (l.10). 
 
Comentários: 
CERTO. A palavra “previsão” apresenta gênero feminino e está no singular. 
Os termos “utilizada”, “preferida” e “sonda o futuro com ferramentas dos 
dados, informações, gráficos” referem-se a referida palavra, apresentando 
gênero feminino e número singular. Logo, a assertiva da banca está correta. 
 
Texto para a questão 5 
(...) 
 Convém não esquecer que as anotações climáticas nas cartas de 
Antônio Viera podiam ter, às vezes, valor puramente metafórico. 
(...) 
5- (CESPE/UNB/ECT/2011) A flexão de plural na forma verbal 
“podiam” (l.25) justifica-se pela concordância com “anotações” 
(l.24). 
 
Comentários: 
CERTO. O sujeito da forma verbal “podiam ter” é “anotações climáticas” 
cujo núcleo “anotações” encontra-se no plural. Logo, o verbo auxiliar que 
carrega a flexão só poderá estar no plural, concordando com o núcleo do 
sujeito. 
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Texto para a questão 6 
(...) São homens e mulheres anônimos que contribuem para o 
milagre da transformação do lixo, que entope bueiros, suja as ruas 
e vai parar nos rios, em matéria útil que volta para a cadeia 
produtiva em forma de insumo para novos produtos. (...) 
6- (CESPE/UNB/Secretaria Estadual de Saúde/ES/2011) A correção 
gramatical do período seria mantida se a forma verbal “vai parar” 
(l.10-11) fosse flexionada no plural. 
 
Comentários: 
ERRADO. Em “São homens e mulheres anônimos que contribuem para o 
milagre da transformação do lixo, que entope bueiros, suja as ruas e vai 
parar nos rios”, temos o uso do pronome relativo “que”, recuperando o 
antecedente “lixo” o qual está no singular. Não podemos substituir pela 
forma verbal “vão parar” no plural, já que o sujeito “que” (pronome 
relativo), recuperando “lixo”, está no singular. 
 
Texto para a questão 7 
(...) 
 Mesmo com a atividade desses trabalhadores, que travam uma 
luta diária pela sobrevivência, repousa, no fundo de muitos rios 
brasileiros, a exemplo dos rios Tietê e Pinheiros, em São Paulo, uma 
colossal quantidade de lixo composta de todo o tipo de materiais, 
inclusive sofás e geladeiras, e sujeiras de toda a espécie despejados 
pelas pessoas. (...) 
7-(CESPE/UNB/Secretaria Estadual de Saúde/ES/2011) Na linha 
18, o termo “despojados” poderia ser empregado no feminino 
singular, em relação de concordância com “espécie”. Alteração que 
manteria o sentido original do texto e atenderia à prescrição 
gramatical. 
 
Comentários: 
ERRADO. O termo “despejados” faz referência aos substantivos “materiais” 
e “sujeiras”. Podemos realizar dois modelos de concordância: ou 
concordaremos com os dois substantivos, como está no texto “despejados” 
ou de maneira atrativa com o substantivo “sujeiras”, feminino plural. Então, 
teríamos “despejadas”. Nota-se que o adjetivo “despejados” não apresenta 
qualquer relação com o termo “espécie” e também haverá erro gramatical 
se empregarmos a forma feminina do adjetivo. 
 
Texto para a questão 8 
(...) As pesquisas, em geral, e a biomédica, em particular, vêm-se 
beneficiando da estabilidade econômica alcançada nos últimos 
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quinze anos, além da criação dos fundos setoriais de ciência e 
tecnologia e da consolidação do financiamento estadual pela 
fundações de apoio à pesquisa. (...) 
8- (CESPE/UNB/Secretaria Estadual de Saúde/ES/2011) A 
eliminação do acento circunflexo da forma verbal “vêm” (l.6) 
manteria a correção gráfica do vocábuloe a correção gramatical do 
texto, dada a possibilidade de a concordância verbal, nesse 
contexto, ser feita com o termo mais próximo – “a biomédica” (l.5). 
 
Comentários: 
ERRADO. A forma verbal “vêm” apresenta acento circunflexo diferencial de 
número, já que concorda com o sujeito posposto “As pesquisas e a 
biomédica”. Se retirarmos o acento circunflexo, provocaremos erro 
gramatical, uma vez que não há a possibilidade de a forma verbal concordar 
com o elemento mais próximo. 
 
Texto para a questão 9 
(...) Nenhum governo pode, hoje, dar por garantida a existência de 
uma população civil desarmada ou o grau de ordem pública há tanto 
tempo vigente em grande parte da Europa. (...) 
9- (CESPE/UNB/Tribunal de Justiça/2010) No trecho “Nenhum 
governo pode, hoje, dar por garantida a existência de uma 
população civil desarmada ou o grau de ordem pública” (l.12-14), 
estaria mantido o sentido do texto caso o termo “garantida” fosse 
substituído por “garantidos”. 
 
Comentários: 
CERTO. Em “Nenhum governo pode, hoje, dar por garantida a existência de 
uma população civil desarmada ou o grau de ordem pública”, o vocábulo 
“garantida” concorda de maneira atrativa com “existência”. Se 
substituirmos “garantida” por “garantidos”, não afetará a semântica do 
texto e também não haverá incorreção gramatical, já que teríamos uma 
concordância gramatical. Lembre-se de que gramaticalmente a preferência 
é o gênero masculino. 
 
Texto para a questão 10 
 Inovar é recriar de modo a agregar valor e incrementar a 
eficiência, a produtividade e a competitividade nos processos 
gerenciais e nos produtos e serviços das organizações. Ou seja, é o 
fermento do crescimento econômico e social de um país. (...) 
10- (CESPE/UNB/MPU/2010) A forma verbal “é” (l.4) está 
flexionada no singular, porque, na oração em que ocorre, subtende-
se “Inovar” (l.1) como sujeito. 
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Comentários: 
CERTO. Se seguirmos a leitura do texto, perceberemos que no trecho “é o 
fermento do crescimento econômico e social de um país”, há a omissão do 
verbo “inovar”. Logo, a forma verbal “é” está no singular porque o sujeito 
está no singular também. 
 
Texto para a questão 11 
(...) Além disso, cada uma das ideologias em que se fundamentam 
essas teorias políticas e econômicas constitui uma visão dos 
fenômenos sociais e individuais que pretende firmar-se em uma 
descrição verdadeira da natureza biológica, psicológica ou espiritual 
do humano. 
11- (CESPE/UNB/MPU/2010) Na linha 16, na com concordância com 
“cada uma das ideologias”, a flexão de plural em “fundamentam” 
reforça a ideia de pluralidade de “ideologias”; mas estaria 
gramaticalmente correto e textualmente coerente enfatizar “cada 
uma”, empregando-se o referido verbo no singular. 
 
Comentários: 
ERRADO. A forma verbal “fundamentam” está no plural, pois o sujeito 
“essas teorias políticas e econômicas” também se encontra no plural. O que 
invalida a assertiva proposta pela banca. Os outros comentários presentes 
na afirmativa visam a levar o candidato a achar que o relativo “que” 
retomaria “cada uma das ideologias” na função de sujeito, o que não está 
correto, pois temos a presença de uma preposição. Lembre-se de que o 
sujeito não virá preposicionado. 
 
Texto para a questão 12 
 As diferenças de classes vão ser estabelecidas em dois níveis 
polares: classe privilegiada e classe não privilegiada. Nessa 
dicotomia, um leitor crítico vai perceber que se trata de um corte 
epistemológico, na medida em que fica óbvio que classificar por 
extremos não reflete a complexidade de classes da sociedade 
brasileira, apesar de indicar os picos. (...) 
12- (CESPE/UNB/MPU/2010) O uso da forma verbal “se trata” (l.3), 
no singular, atende às regras de concordância com o termo “um 
corte epistemológico” (l.4) e seriam mantidas a coerência entre os 
argumentos e a correção gramatical do texto se fosse usado o termo 
plural, “cortes epistemológicos”, desde que o verbo fosse flexionado 
no plural: se tratam. 
 
Comentários: 
ERRADO. Não há relação de concordância entre os termos “um corte 
epistemológico” e “se trata”, já que o primeiro termo é o objeto direto do 
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segundo termo. O verbo “trata-se” apresenta-se sem sujeito e está na 
terceira pessoa do singular por uma imposição gramatical. Não poderíamos, 
então, flexioná-lo. 
 
Texto para a questão 13 
(...) O particularismo das diferenças produz exclusão social e 
simbólica, dificultando os sentimentos de pertencimento e 
interdependência social, necessários para a efetiva 
institucionalização o universalismo na esfera pública. (...) 
13- (CESPE/UNB/MPU/2010) As relações entre as ideias do texto 
mostram que a forma verbal “dificultando” (l.10) está ligada a 
“diferenças” (l.9); por isso, seriam respeitadas as relações entre os 
argumentos dessa estrutura, como também a correção gramatical, 
caso se tornasse explícita essa relação, por meio da substituição 
dessa forma verbal por “e dificultam”. 
 
Comentários: 
ERRADO. O verbo “dificultando” está ligado ao termo “particularismo”, e 
não ao vocábulo “diferenças”. Se o sujeito está no singular, não podemos 
substituir por “e dificultam” como a banca sugere. Por isso, a assertiva está 
errada. 
 
Texto para a questão 14 
(...) Como tentativas de acompanhar essa velocidade vertiginosa 
que marca o processo de constituição da sociedade hipermoderna, 
surge a flexibilidade do mundo do trabalho e a fluidez das relações 
interpessoais. (...) 
14- (CESPE/UNB/MPU/2010) A forma verbal “surge” (l.13) está 
flexionada no singular porque estabelece relação de concordância 
com o conjunto das ideias que compõe a oração anterior. 
 
Comentários: 
ERRADO. Os núcleos do sujeito da forma verbal “surge” são “flexibilidade” 
e “fluidez”, o que justifica a forma singular com base na concordância 
atrativa com o núcleo “flexibilidade”. Logo, a assertiva da banca está 
errada. 
 
Texto para a questão 15 
(...) Entre outros exemplos, citemos a formação da consciência 
moral, das modalidades de controle de pulsões e afetos numa dada 
civilização, ou o dinheiro e o tempo. A cada um deles correspondem 
maneiras pessoais de agir e sentir, um habitus social que o 
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indivíduo compartilha com outros e que se integra na estrutura de 
sua personalidade.(...) 
15- (CESPE/UNB/TCU/2010) Na linha 22, a flexão de plural em 
“correspondem” mostra que, pela concordância, se estabelece a 
coesão com “maneiras”; mas seria igualmente correto e coerente 
estabelecer a coesão com “cada um”, enfatizando este termo pelo 
uso do verbo no singular: corresponde. 
 
Comentários: 
ERRADO. Não poderemos empregar o verbo na forma singular 
“corresponde”, já que o núcleo do sujeito “maneiras” está no plural. Já a 
expressão “a cada um deles” é o objeto indireto. Veja a frase na ordem 
direta: Maneiras pessoais de agir e sentir correspondem a cada um deles. 
 
Texto para a questão 16 
 Nas sociedades modernas, somos diariamente confrontados com 
uma grande massa de informações. As novas questões e os eventos 
que surgem no horizonte social frequentemente exigem, por nos 
afetarem de alguma maneira, que busquemos compreendê-los, 
aproximando-os daquilo que já conhecemos. (...) 
16- (CESPE/UNB/TCU/2010) O uso da flexão de terceira pessoa do 
plural em “afetarem” (l.4) estabelece a relação desse verbo com 
“novas questões e os eventos” (l.2-3). 
 
Comentários: 
CERTO. O sujeito composto da forma verbal “afetarem” é “novas questões 
e os eventos” que estáno plural. Logo, o verbo só poderá concordar com o 
elemento sujeito em número e em pessoa. 
 
Texto para a questão 17 
 A relação de poder e status entre grupos está ligada à 
identidade social, que permite ao grupo dominante na sociedade, 
por deter o poder e o status, impor valores e ideologias, que, por 
sua vez, servem para legitimar e perpetuar o satus quo. (...) 
17- (CESPE/UNB/TCU/2010) O desenvolvimento das ideias no texto 
permite considerar mais de uma “relação de poder e status entre 
grupos” (l.1); por isso, estaria coerente e gramaticalmente correto 
iniciar o parágrafo empregando-se o plural, mediante a substituição 
do trecho “A relação de poder” (l.1) por “As relações de poder”. 
 
 
 
 
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Comentários: 
ERRADO. Se substituirmos “As relações de poder” no trecho haverá erro 
gramatical, pois o núcleo do sujeito está no plural e o verbo “está” 
encontra-se no singular. 
 
Texto para a questão 18 
(...) Só são, entretanto, suscetíveis de medidas as grandezas que 
admitem um elemento como base de comparação. (...) 
18- (CESPE/UNB/INMTERO/Analista Executivo em Tecnologia e 
Qualidade/2009) Respeitando-se as normas gramaticais, seria 
possível reescrever o período iniciado com “Só” (l.9), flexionando-
se a palavra “grandezas” (l.10) no singular, da seguinte forma: Só 
são, entretanto, suscetíveis de medida a grandeza que admite um 
elemento como base de comparação. 
 
Comentários: 
ERRADO. Se substituirmos “grandezas” por “grandeza” haverá incorreção 
gramatical, já que a forma verbal “são” que se subordinada ao termo 
permanece no plural. 
 
Texto para a questão 19 
(...) 
 Construções e usos de interesse particular desrespeitam 
sistematicamente os códigos de obra e as leis de ocupação do solo. 
Invadem o espaço público, e o resultado é uma cidade de edificação 
monstruosa e hostil ao transeunte. 
(...) 
19- (CESPE/UNB/SEPLAG/DETRAN/DF/Analista de Trânsito/2008) 
A forma verbal “Invadem” (l.15) está no plural porque concorda 
com “códigos de obra” (l.14). 
 
Comentários: 
ERRADO. O sujeito da forma verbal “invadem” é “construções e usos de 
interesse particular” que se encontra implícito. Logo, a afirmativa da banca 
está errada. 
 
Texto para a questão 20 
(...) O que há são relações de poder heterogêneas e em constante 
transformação.(...) 
20- (CESPE/UNB/TCU/Auditor Federal de Controle Externo/2009) 
Respeitam-se as relações de coerência e coesão gramatical do texto 
se a forma verbal “há” (l.8) for substituída por “existe”. 
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Comentários: 
CERTO. Podemos realizar a substituição, já que o verbo “haver” quando 
significa “existir” é impessoal e ficará na 3ª pessoa do singular. O verbo 
“haver” de transitividade direta recupera o pronome relativo “que” 
representado semanticamente pelo pronome demonstrativo “o”. Se 
trocarmos o verbo “haver” por “existir”, o sujeito continuará a ser o 
pronome relativo “que”. A concordância no singular, então, está correta. 
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2- LISTA DE QUESTÕES APRESENTADAS 
Texto para a questão 1 
(...) 
 Produtos orgânicos têm inúmeras vantagens e, sob diversos 
aspectos, são, sim, mais saudáveis do que os tradicionais. 
Entretanto, como se viu no episódio da Escherichia coli, o cultivo 
desses produtos exige cuidados redobrados de segurança, inclusive 
na fase de produção. Ignorar isso pode ser mortal. 
Descuido trágico. In: Veja, jun./2011, p. 90 (com adaptações). 
1- (CESPE/UNB/CBM/DF/Bombeiro Militar Operacional/2011) Na 
linha 17, o emprego do acento circunflexo na forma verbal 
“têm” justifica-se pelo fato de essa forma verbal concordar 
com a expressão no plural “inúmeras vantagens”. 
Texto para a questão 2 
(...) A justificativa do Norte foram manobras supostamente feitas 
pelos sulistas em águas sob sua jurisdição. (...) 
2- (CESPE/UNB/Polícia Civil/ES/2011) A forma verbal “forma” 
(l.15) exemplifica um caso em que o verbo está no plural porque 
concorda com o predicativo. 
 
Texto para a questão 3 
 Hoje, a era do perdularismo dá lugar a um movimento de 
austeridade. Os governos se veem obrigados a colocar ordem na 
área fiscal e os consumidores cortam gastos pessoais, preocupados 
com o desemprego e o encolhimento na riqueza,. Uma pesquisa 
anual sobre gastos do consumidor indica que dois terços dos norte-
americanos estão reduzindo o padrão e comprando produtos mais 
baratos. (...) 
 
3- (CESPE/UNB/SEGER/ES/2011) Na linha 6, a flexão de plural em 
“estão” é exigida pela concordância com “dois terços”; se os dados 
fossem alterados e se referissem a um terço dos norte-americanos, 
seria correto flexionar o verbo “estar” no singular, fazendo-se a 
concordância com o numeral e escrevendo-se “está”. 
 
Texto para a questão 4 
(...) A primeira é forecast, previsão, em inglês. Muito utilizada por 
todos aqueles que não desejam ser surpreendidos por fatos que 
poderiam ter sido previstos. Preferida dos economistas, sonda o 
futuro com as ferramentas dos dados, informações, gráficos. (...) 
 
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4- (CESPE/UNB/SEGER/ES/2011) A flexão de singular e de 
feminino em “utilizada” (l.10) e “preferida” (l.12) indica que o 
sujeito da oração “sonda o futuro com as ferramentas doa dados, 
informações, gráficos” (l.13-14) remete a “previsão” (l.10). 
 
Texto para a questão 5 
(...) 
 Convém não esquecer que as anotações climáticas nas cartas de 
Antônio Viera podiam ter, às vezes, valor puramente metafórico. 
(...) 
5- (CESPE/UNB/ECT/2011) A flexão de plural na forma verbal 
“podiam” (l.25) justifica-se pela concordância com “anotações” 
(l.24). 
 
Texto para a questão 6 
(...) São homens e mulheres anônimos que contribuem para o 
milagre da transformação do lixo, que entope bueiros, suja as ruas 
e vai parar nos rios, em matéria útil que volta para a cadeia 
produtiva em forma de insumo para novos produtos. (...) 
6- (CESPE/UNB/Secretaria Estadual de Saúde/ES/2011) A correção 
gramatical do período seria mantida se a forma verbal “vai parar” 
(l.10-11) fosse flexionada no plural. 
 
Texto para a questão 7 
(...) 
 Mesmo com a atividade desses trabalhadores, que travam uma 
luta diária pela sobrevivência, repousa, no fundo de muitos rios 
brasileiros, a exemplo dos rios Tietê e Pinheiros, em São Paulo, uma 
colossal quantidade de lixo composta de todo o tipo de materiais, 
inclusive sofás e geladeiras, e sujeiras de toda a espécie despejados 
pelas pessoas. (...) 
7-(CESPE/UNB/Secretaria Estadual de Saúde/ES/2011) Na linha 
18, o termo “despojados” poderia ser empregado no feminino 
singular, em relação de concordância com “espécie”. Alteração que 
manteria o sentido original do texto e atenderia à prescrição 
gramatical. 
 
Texto para a questão 8 
(...) As pesquisas, em geral, e a biomédica, em particular, vêm-se 
beneficiando da estabilidade econômica alcançada nos últimos 
quinze anos, além da criação dos fundos setoriais de ciência e 
tecnologia e da consolidação do financiamento estadual pela 
fundações de apoio à pesquisa. (...) 
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8- (CESPE/UNB/Secretaria Estadual de Saúde/ES/2011) A 
eliminação do acento circunflexo da forma verbal “vêm” (l.6) 
manteria a correçãográfica do vocábulo e a correção gramatical do 
texto, dada a possibilidade de a concordância verbal, nesse 
contexto, ser feita com o termo mais próximo – “a biomédica” (l.5). 
 
Texto para a questão 9 
(...) Nenhum governo pode, hoje, dar por garantida a existência de 
uma população civil desarmada ou o grau de ordem pública há tanto 
tempo vigente em grande parte da Europa. (...) 
9- (CESPE/UNB/Tribunal de Justiça/2010) No trecho “Nenhum 
governo pode, hoje, dar por garantida a existência de uma 
população civil desarmada ou o grau de ordem pública” (l.12-14), 
estaria mantido o sentido do texto caso o termo “garantida” fosse 
substituído por “garantidos”. 
 
Texto para a questão 10 
 Inovar é recriar de modo a agregar valor e incrementar a 
eficiência, a produtividade e a competitividade nos processos 
gerenciais e nos produtos e serviços das organizações. Ou seja, é o 
fermento do crescimento econômico e social de um país. (...) 
10- (CESPE/UNB/MPU/2010) A forma verbal “é” (l.4) está 
flexionada no singular, porque, na oração em que ocorre, subtende-
se “Inovar” (l.1) como sujeito. 
 
Texto para a questão 11 
(...) Além disso, cada uma das ideologias em que se fundamentam 
essas teorias políticas e econômicas constitui uma visão dos 
fenômenos sociais e individuais que pretende firmar-se em uma 
descrição verdadeira da natureza biológica, psicológica ou espiritual 
do humano. 
11- (CESPE/UNB/MPU/2010) Na linha 16, na com concordância com 
“cada uma das ideologias”, a flexão de plural em “fundamentam” 
reforça a ideia de pluralidade de “ideologias”; mas estaria 
gramaticalmente correto e textualmente coerente enfatizar “cada 
uma”, empregando-se o referido verbo no singular. 
 
Texto para a questão 12 
 As diferenças de classes vão ser estabelecidas em dois níveis 
polares: classe privilegiada e classe não privilegiada. Nessa 
dicotomia, um leitor crítico vai perceber que se trata de um corte 
epistemológico, na medida em que fica óbvio que classificar por 
extremos não reflete a complexidade de classes da sociedade 
brasileira, apesar de indicar os picos. (...) 
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12- (CESPE/UNB/MPU/2010) O uso da forma verbal “se trata” (l.3), 
no singular, atende às regras de concordância com o termo “um 
corte epistemológico” (l.4) e seriam mantidas a coerência entre os 
argumentos e a correção gramatical do texto se fosse usado o termo 
plural, “cortes epistemológicos”, desde que o verbo fosse flexionado 
no plural: se tratam. 
 
Texto para a questão 13 
(...) O particularismo das diferenças produz exclusão social e 
simbólica, dificultando os sentimentos de pertencimento e 
interdependência social, necessários para a efetiva 
institucionalização o universalismo na esfera pública. (...) 
13- (CESPE/UNB/MPU/2010) As relações entre as ideias do texto 
mostram que a forma verbal “dificultando” (l.10) está ligada a 
“diferenças” (l.9); por isso, seriam respeitadas as relações entre os 
argumentos dessa estrutura, como também a correção gramatical, 
caso se tornasse explícita essa relação, por meio da substituição 
dessa forma verbal por “e dificultam”. 
 
Texto para a questão 14 
(...) Como tentativas de acompanhar essa velocidade vertiginosa 
que marca o processo de constituição da sociedade hipermoderna, 
surge a flexibilidade do mundo do trabalho e a fluidez das relações 
interpessoais. (...) 
14- (CESPE/UNB/MPU/2010) A forma verbal “surge” (l.13) está 
flexionada no singular porque estabelece relação de concordância 
com o conjunto das ideias que compõe a oração anterior. 
 
Texto para a questão 15 
(...) Entre outros exemplos, citemos a formação da consciência 
moral, das modalidades de controle de pulsões e afetos numa dada 
civilização, ou o dinheiro e o tempo. A cada um deles correspondem 
maneiras pessoais de agir e sentir, um habitus social que o 
indivíduo compartilha com outros e que se integra na estrutura de 
sua personalidade.(...) 
15- (CESPE/UNB/TCU/2010) Na linha 22, a flexão de plural em 
“correspondem” mostra que, pela concordância, se estabelece a 
coesão com “maneiras”; mas seria igualmente correto e coerente 
estabelecer a coesão com “cada um”, enfatizando este termo pelo 
uso do verbo no singular: corresponde. 
 
Texto para a questão 16 
 Nas sociedades modernas, somos diariamente confrontados com 
uma grande massa de informações. As novas questões e os eventos 
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que surgem no horizonte social frequentemente exigem, por nos 
afetarem de alguma maneira, que busquemos compreendê-los, 
aproximando-os daquilo que já conhecemos. (...) 
16- (CESPE/UNB/TCU/2010) O uso da flexão de terceira pessoa do 
plural em “afetarem” (l.4) estabelece a relação desse verbo com 
“novas questões e os eventos” (l.2-3). 
 
Texto para a questão 17 
 A relação de poder e status entre grupos está ligada à 
identidade social, que permite ao grupo dominante na sociedade, 
por deter o poder e o status, impor valores e ideologias, que, por 
sua vez, servem para legitimar e perpetuar o satus quo. (...) 
17- (CESPE/UNB/TCU/2010) O desenvolvimento das ideias no texto 
permite considerar mais de uma “relação de poder e status entre 
grupos” (l.1); por isso, estaria coerente e gramaticalmente correto 
iniciar o parágrafo empregando-se o plural, mediante a substituição 
do trecho “A relação de poder” (l.1) por “As relações de poder”. 
 
Texto para a questão 18 
(...) Só são, entretanto, suscetíveis de medidas as grandezas que 
admitem um elemento como base de comparação. (...) 
18- (CESPE/UNB/INMTERO/Analista Executivo em Tecnologia e 
Qualidade/2009) Respeitando-se as normas gramaticais, seria 
possível reescrever o período iniciado com “Só” (l.9), flexionando-
se a palavra “grandezas” (l.10) no singular, da seguinte forma: Só 
são, entretanto, suscetíveis de medida a grandeza que admite um 
elemento como base de comparação. 
 
Texto para a questão 19 
(...) 
 Construções e usos de interesse particular desrespeitam 
sistematicamente os códigos de obra e as leis de ocupação do solo. 
Invadem o espaço público, e o resultado é uma cidade de edificação 
monstruosa e hostil ao transeunte. 
(...) 
19- (CESPE/UNB/SEPLAG/DETRAN/DF/Analista de Trânsito/2008) 
A forma verbal “Invadem” (l.15) está no plural porque concorda 
com “códigos de obra” (l.14). 
 
Texto para a questão 20 
(...) O que há são relações de poder heterogêneas e em constante 
transformação.(...) 
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20- (CESPE/UNB/TCU/Auditor Federal de Controle Externo/2009) 
Respeitam-se as relações de coerência e coesão gramatical do texto 
se a forma verbal “há” (l.8) for substituída por “existe”. 
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3- GABARITO 
1- ERRADO 11- ERRADO 
2- CERTO 12- ERRADO 
3- CERTO 13- ERRADO 
4- CERTO 14- ERRADO 
5- CERTO 15- ERRADO 
6- ERRADO 16- CERTO 
7- ERRADO 17- ERRADO 
8- ERRADO 18- ERRADO 
9- CERTO 19- ERRADO 
10- CERTO 20- CERTO 
 
4- REGÊNCIA: CONCEITOS PRELIMINARES 
 A sintaxe da regência trata das relações de dependência existentes 
entre os termos na oração ou entre as orações no período composto. Os 
termos regentes ou subordinantes são aqueles que exigem a presença 
de outros; aqueles que completam a sua significação são denominados 
termos regidos ou subordinados. 
 Existem dois tipos de regência: a nominal e a verbal. Quando o termo 
regente ou subordinante é um nome,temos a regência nominal. Se o 
termo regente ou subordinante for um verbo, denominamos regência 
verbal. Observe os exemplos a seguir: 
 
Fizemos REFERÊNCIA A você. 
 
 Termo regente (substantivo 
abstrato) 
 
 
Fui NOCIVO A você. 
 
 
 Termo regente (adjetivo) 
 
Agiu FAVORAVELMENTE A você. 
 
 Termo regente (advérbio) 
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 Note que nos três exemplos acima, os termos regentes ou 
subordinados - nomes (substantivo abstrato, adjetivo ou advérbio)- 
exigiram o uso da preposição “a”. Temos, nesses casos, a regência 
nominal. 
 
OBSERVAÇÃO: 
Na regência nominal, o termo regido é obrigatoriamente preposicionado. 
 
 Vejamos mais exemplos: 
 
ALUDIMOS A você. 
 
 Termo regente (verbo transitivo indireto) 
 
COMPREI uma blusa. 
 
 Termo regente (verbo transitivo direto) 
 
 Nos exemplos acima, os termos regentes são verbos. Por esse motivo, 
temos regência verbal. 
 
OBSERVAÇÃO: 
Na regência verbal, o termo regido pode ser preposicionado ou não. 
 
5- REGÊNCIA VERBAL 
 Em virtude da regência verbal ser mais valorizada em provas de 
concurso público e pelo fato de muitos nomes (substantivos abstratos, 
adjetivos ou advérbios) apresentarem o mesmo regime de regência dos 
verbos, começaremos a abordar tal tópico. 
 Conforme exposto, denomina-se regência verbal a relação de 
dependência que se estabelece entre um verbo e seus complementos 
verbais. Notamos que, nas relações dos verbos com os seus complementos, 
estes podem vir diretamente ligados àqueles (VTD), ou indiretamente 
(VTI). Esses conceitos de transitividade verbal ou predicação verbal já 
foram abordados na aula de sintaxe da oração – período simples. 
Recomendo, então, que você consulte este tópico, se houver dificuldade. O 
aluno que estuda para concurso deve retomar determinados conceitos que 
serão fundamentais para o entendimento de outros assuntos. Não pense 
que está perdendo tempo! Não! Está apenas esquematizando e 
aprofundando o seu estudo. 
 O objetivo desta aula será registrar os casos de regência que mais 
aparecem em provas e também abordar aqueles verbos que comumente 
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oferecem dúvidas. As formas verbais apresentadas foram baseadas no 
“Dicionário Prático de Regência Verbal – Ed. Ática – 8ª edição – 2002”. 
 
5.1. REGÊNCIA VERBAL E SIGNIFICAÇÃO DOS VERBOS 
 Existem verbos, que dependendo da acepção que pretendemos 
apresentar, podem exigir determinada preposição, aceitar mais de uma ou 
até mesmo dispensá-la, isto é, as formas verbais apresentam significados 
diferentes a depender da preposição que for empregada. 
 Por outro lado, podemos encontrar ainda verbos que admitem mais de 
uma regência, porém sem que haja mudança de sentido. Vejamos os 
exemplos a seguir: 
a) Cumprimos a promessa. 
b) Cumprimos com a promessa. 
 O verbo “cumprir” que foi empregado apresenta transitividade direta 
(quem cumpre, cumpre algo). Na letra b, houve o uso da preposição “com” 
apenas para enfatizar a ideia de cuidado e zelo. Acompanhe mais exemplos: 
a) Beberam o vinho. 
b) Beberam do vinho. 
 Mais uma vez o verbo “beber” apresenta regência direta (quem bebe, 
bebe algo). Porém, na letra b, empregou-se a preposição “de”, indicando 
valor partitivo (beberam parte do vinho, e não o vinho todo). 
 
5.2. REGÊNCIA DUPLA 
 Denomina-se regência dupla, quando,em uma construção, surgirem 
dois ou mais verbos com regências diferentes em relação a um mesmo 
elemento. Veja o exemplo a seguir: 
Todos vendemos e gostamos de motos novas. 
 O verbo “vender” não exige preposição. Porém, o verbo “gostar” rege a 
preposição “de”. Para que se observe a norma gramatical, devemos colocar 
cada verbo acompanhado de seu complemento: “Todos vendemos motos 
novas e gostamos delas”. Observe mais um exemplo: 
Assisto e gosto de jogos de futebol. 
 Apesar de os verbos “assistir” e “gostar” apresentarem transitividade 
indireta, cada verbo rege uma determinada preposição (“a” e “de”, 
respectivamente). Logo, essa construção gramatical está incorreta. Por isso, 
devemos reformular a frase: “Assisto a jogos e gosto deles”. 
 Se a transitividade dos verbos for a mesma, pode-se apresentar 
somente um dos elementos. Veja o exemplo: 
Vendo e compro motos. 
 Nesse exemplo, os verbos “vender” e “comprar’ apresentam a mesma 
regência. São transitivos diretos. Logo, temos a presença de um 
complemento apenas “motos” que serve para os dois verbos. Podemos 
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ainda repetir o complemento verbal para valorizar cada um dos verbos. Por 
exemplo: “Eu muito os amo e os respeito”. 
 
5.3. REGÊNCIA DE ALGUNS VERBOS 
 Vamos avaliar agora alguns verbos que mais caem em concursos e que 
apresentam dúvidas quanto à predicação verbal. Sempre que necessário 
farei apontamentos importantes, já que os verbos sofrem “mudanças” 
decorrentes do uso cotidiano. Então, trataremos também de tais mudanças. 
 Usarei como código: VI (verbo intransitivo), VTD (verbo transitivo 
direto), VTI (verbo transitivo indireto) e VTDI (verbo transitivo direto e 
indireto). 
 
- AGRADAR 
a) Agradou os cabelos da menina. (VTD= acariciar, acarinhar) 
b) Agradei aos idosos carentes. (VTI = ser agradável a, satisfazer, 
contentar) 
OBSERVAÇÃO: 
O gramático Celso Pedro Luft aponta que o verbo “agradar” por analogia 
com “contentar” é transitivo direto. 
Exemplo: Luta muito, mas não consegue agradá-la. (VTD= contentar) 
 Você deverá analisar qual é o posicionamento da banca em 
relação à forma verbal “agradar” no sentido de “contentar”. Se for 
tradicional, o verbo será VTI, se for moderna será VTD. Se a banca 
solicitar a “norma culta” ou “norma padrão”, você deve marcar a 
sintaxe original (VTI). 
 
- ASPIRAR 
a) Aspiramos o ar da manhã. (VTD= inspirar, sorver, respirar) 
b) Aspiramos ao cargo público. (VTI + preposição “a”=almejar, desejar, 
pretender) 
OBSERVAÇÃO: 
Não se diz aspiro-lhe, e sim aspiro a ele(s), a ela(s). 
Exemplo: Ao cargo de chefe, aspiro a ele. 
 
- ASSISTIR 
a) Assistimos ao jogo de futebol. (VTI= ver, presenciar) 
 
 
DICA !!! 
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OBSERVAÇÕES: 
1- Se o objeto indireto for expresso por pronome de 3ª pessoa, exigirá a 
forma a ele(s), ou a ela(s) (nunca lhe/lhes). 
Exemplo: Os meninos assistiam à peça teatral. (a ela) 
2- Na linguagem oral, o verbo “assistir” é comumente empregado na voz 
passiva. Por exemplo: 
A peça teatral foi assistida pelos meninos. 
Porém, de acordo com a regra gramática, tal construção é condenada. 
Então, devemos tomar cuidado com as opções apresentadas pela banca. 
b) Este assunto não assiste aos cidadãos. (VTI= caber,competir, pertencer 
de direito ou razão) 
 
OBSERVAÇÃO: 
Neste sentido, admite lhe(s) como complemento. 
Exemplo: Este assunto não lhes assiste. 
c) Assistiu o paciente. (VTD= prestar socorro, dar assistência, ajudar, 
proteger) 
 Assistiu ao paciente. (VTI= prestar socorro, dar assistência, ajudar,proteger) 
d) Assisto em Realengo. (VI= morar, residir) 
 
OBSERVAÇÃO: 
Nesta acepção, o verbo já caiu em desuso. 
- ATENDER 
a) Eu atendi ao telefone. (VTI = complemento para coisa) 
 
OBSERVAÇÃO: 
Na linguagem moderna, o verbo “atender”, quando apresenta como 
complemento coisa, pode ser empregado como transitivo direto. 
Exemplo: Eu atendi o telefone. 
b) Atendi a aluna / Atendi à aluna. (VTD / VTI = complemento para 
pessoa) 
 
OBSERVAÇÃO: 
Se a preferência pelo complemento for pelo pronome (e não o substantivo), 
usa-se somente de forma direta o, a, os, as (e não lhe/lhes): 
Exemplo: O empresário a atendeu. 
 
- CHAMAR 
a) Chamamos a menina. (VTD= pedir a presença, convocar) 
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Agora veremos o 2° sentido do verbo “chamar” = apelidar, qualificar. Nesse 
caso, o verbo vem seguido de predicativo do objeto. 
b) Chamei-o covarde. (VTD) 
c) Chamei-o * de covarde. (VTD) 
d) Chamei-lhe covarde. (VTI) 
e) Chamei-lhe * de covarde. (VTI) 
 
OBSERVAÇÃO: 
*O uso da preposição é facultativo. Todas as construções estão corretas. 
- CHEGAR / IR 
a) Fomos ao cinema. (VI com adjunto adverbial de lugar + preposição “A”) 
b) Cheguei ao teatro. (VI com adjunto adverbial de lugar + preposição “A”) 
 
OBSERVAÇÃO: 
Como esses verbos indicam deslocamento, usa-se a preposição “A”. 
 
- CUSTAR 
a) Custou-me dormir. (VTI= ser difícil, ser custoso) 
b) Dormir custou a mim. (VTI= ser difícil, ser custoso) 
 
OBSERVAÇÃO: 
O sujeito da forma verbal “custar” será aquilo que é difícil. Pode se 
apresentar sob a forma de uma oração reduzida de infinitivo, que pode vir 
precedida da preposição a. 
c) A desobediência custou castigo ao rapaz. (VTDI= acarretar) 
d) A blusa custa 35 reais. (VI= ter o valor de com adjunto adverbial de 
preço) 
 
OBSERVAÇÃO: 
Segundo Celso Luft, o verbo “custar” pode apresentar transitividade direta. 
Nessas construções, não se atribuiu nenhum preço exato, e o que se segue 
exerce a função de objeto direto. 
Exemplo: Aquela casa custa milhões. 
 
- ESQUECER e LEMBRAR 
a) Esqueci o nome dela. / Lembrei o nome dela. (VTD= NÃO 
PRONOMINAIS- aqueles que não se conjugam com os pronomes ”me, te, 
se, nos,vos, se”) 
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b) Esqueci-me do nome dela. / Lembrei-me do nome dela. (VTI= 
PRONOMINAIS- aqueles que se conjugam com os pronomes ”me, te, se, 
nos,vos, se”) 
 
OBSERVAÇÕES: 
1- Se os verbos “esquecer-se” e “lembrar-se” apresentarem um 
complemento oracional, especialmente em orações desenvolvidas 
(iniciadas pela conjunção que), admite-se a omissão da preposição DE. 
Exemplo: Nunca me esquecerei que você me amou.l 
2- Há ainda uma construção típica portuguesa. O sujeito será aquilo que é 
esquecido ou aquilo que é lembrado. 
Lembram-me os bons momentos da infância. (sujeito) 
Esquecia-nos o passado. (sujeito) 
 
- IMPLICAR 
a) A falta de serviço implicou a sua demissão. (VTD= acarretar) 
 
OBSERVAÇÃO: 
O verbo “implicar”, no sentido de “acarretar”, já é aceito como VTD. Tal 
acepção é consagrada pela Gramática Normativa da Língua Portuguesa cujo 
autor é Rocha Lima. Celso Pedro Luft também apresenta essa 
transitividade. 
b) Lúcia implicava com os funcionários da empresa. (VTI= ter implicância, 
perturbar) 
c) Atualmente não são poucas as pessoas que se implicam em dívidas. (= 
comprometer-se, envolver-se em situações embaraçosas, acompanhado de 
pronome reflexivo + preposição EM) 
 
- MORAR/ RESIDIR/ SITUAR 
a) Moro em Realengo. (VI com adjunto adverbial de lugar + preposição 
“EM”) 
b) Residimos em Realengo. (VI com adjunto adverbial de lugar + 
preposição “EM”) 
 
OBSERVAÇÃO: 
Como esses verbos indicam permanência, usa-se a preposição “EM”. 
 
- OBEDECER 
a) Obedeço às regras. (VTI com preposição “A”) 
 
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OBSERVAÇÕES: 
1- A maior parte dos gramáticos é favorável à troca dos pronomes oblíquos 
lhe/lhes no lugar de a ele(s)/ela(s). 
Exemplos: 
Ela não obedece às regras. 
Quem lhe desobedecer sofrerá punições. 
2- Na linguagem moderna, admite-se o uso da voz passiva, 
Já que é reminiscência do antigo regime transitivo direto. Temos registros 
dessa possibilidade na gramática de Celso Cunha e Lindley Cintra. Já Celso 
Luft discorda desse posicionamento. 
 
ATENÇÃO! 
Para a prova, você deve buscar qual é o posicionamento da banca. Se é 
tradicionalista ou moderna. Se isso não for possível, analise cada alternativa 
para marcar a opção correta. 
O verbo desobedecer segue a mesma regência. 
Exemplo: Ela desobedeceu às regras. 
 
- PAGAR e PERDOAR 
a) Paguei as contas do mês. (VTD= como complemento “coisa”) 
b) Perdoou a dívida. (VTD= como complemento “coisa”) 
c) Paguei ao funcionário. (VTI= como complemento “pessoa”) 
d) Perdoou ao namorado. (VTI= como complemento “pessoa”) 
e) Paguei o salário ao funcionário. (VTDI= aquilo que você paga =OD; a 
quem você paga = OI) 
f) Perdoei os erros ao amigo. (VTDI= aquilo que você perdoa =OD; a quem 
você perdoa = OI) 
 
 Aquilo que você paga ou perdoa =OD 
A quem você paga ou a quem você perdoa = OI 
 
 
- PREFERIR 
- Não aceita expressões comparativas (do que, que) 
- Não aceita intensificadores (muito, mais, antes) 
Prefiro cinema a teatro. (VTDI) 
 
DICA !!! 
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 Memorize esta estrutura: preferir ALGO A ALGO 
 
- Proceder 
a) Sua dúvida não procede. (VI=ter fundamento) 
b) Os artistas procediam brilhantemente. (VI= portar-se, conduzir-se, 
seguido de adjunto adverbial de modo) 
b) A língua portuguesa procede do latim. (=provir, originar-se, usa-se com 
preposição de) 
c) Procedemos ao início do discurso. (VTI= dar início, realizar, usa-se com 
preposição a) 
 
- QUERER 
Eu quero aos meus avós. (VTI= amar, estimar) 
Quero uma casa. (VTD= desejar para si) 
 
- REFERIR 
Referiu a história. (VTD= relatar) 
 
- RESPONDER 
Respondi ao professor. (VTI= coisa ou pessoa) 
Respondi ao chamado. (VTI= coisa ou pessoa) 
Respondi a carta ao amigo. (VTDI= OD como complemento coisa; OI= 
como complemento pessoa) 
 
- SIMPATIZAR 
a) Não simpatizo com aquela menina. (VTI) 
 
OBSERVAÇÃO: 
O verbo simpatizar não é pronominal. 
O verbo antipatizar apresenta o mesmo regime. 
Exemplo: A classe antipatizou com a nova direção. 
 
- VISAR 
Os gerentes visaram o cheque. (VTD = pôr visto) 
O caçador visou o leopardo. (VTD= mirar, apontar) 
DICA !!! 
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Visaram à posição de chefia. (VTI= desejar, pretender) 
 
OBSERVAÇÃO: 
Modernamente, o verbo visar já se constrói, nesse sentido, sem a 
preposição. 
Exemplo: Os políticos visam o lucro. 
Essa inovação ocorre, principalmente, quando o complemento vem sob a 
forma nominal de infinitivo. 
Exemplo: Os políticos visam alcançar seus lucros. 
 A partir de agora trabalharemos com os verbos que admitem dupla 
regência. São aqueles que apresentam regência indistintamente direta e 
indireta para coisa ou pessoa (flexíveis), e outros que possuem somente 
uma forma para coisa e outra para pessoa (inflexíveis). Começaremos 
pelos verbos flexíveis: 
 
- INFORMAR 
a) Informei a notícia ao aluno. (VTDI; informar algo a alguém) 
b) Informei a menina do ocorrido. (VTDI, OD para pessoa e OI para coisa) 
 
- AVISAR 
a) Avisei o amigo do ocorrido./ Avisei o ocorrido ao amigo. 
Em construções de voz passiva, tanto a pessoa como a coisa podem exercer 
a função de sujeito paciente, porque qualquer desses termos pode ser o 
objeto direto, indiferentemente: 
O amigo foi avisado do ocorrido. / O ocorrido foi avisado ao amigo. 
 Partiremos agora para os verbos inflexíveis: 
 
- COMUNICAR 
Comuniquei a notícia ao amigo. (=tornar algo comum, como OD coisa- 
ALGO, como OI a pessoa- A ALGUÉM) 
 
- CIENTIFICAR 
Cientifiquei o professor do trabalho. (=tornar alguém ciente, como OD 
pessoa, como OI coisa) 
 
OBSERVAÇÃO: 
Na linguagem moderna, o autor Celso Luft diz que o verbo “cientificar” pode 
apresentar a seguinte estrutura: cientificar algo a alguém. Isso também 
pode ocorrer com os verbos “informar, avisar, certificar”. Entretanto, na 
linguagem culta, dê preferência para a construção abordada pela Gramática 
Normativa (OD pessoa, como OI coisa) 
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6- REGÊNCIA NOMINAL 
 É a relação de dependência entre um nome (substantivo, adjetivo ou 
advérbio) e seu complemento. Essa relação é SEMPRE regida por 
preposição. 
 Conforme já exposto, muitos nomes apresentam o mesmo regime dos 
verbos de que derivam. Por esse motivo, trabalhamos primeiro com 
regência verbal. Assim, o nosso trabalho ficará mais facilitado. Por exemplo, 
o substantivo abstrato “necessidade” deriva do verbo “necessitar”. Ambos 
pedem o uso da preposição “de”. Entendeu o raciocínio? 
 Seguem abaixo várias listinhas com as preposições de cada nome. 
Lembre-se de que o nosso estudo está pautado no livre de regência de 
Celso Pedro Luft. 
 
- SUBSTANTIVO 
 Admiração (a, de, por, para (com), perante) 
Afeição (a, para (com), por) 
Aversão (a, por, em) 
Atentado (a, contra) 
Capacidade (de, para, em) 
Devoção (a, com, para com, por) 
Dúvida (acerca de, de, em, sobre) 
Habilidade (de, em, para) 
Liberdade (a, para, de) 
Manutenção (de, em) 
Medo (a, de) 
Obediência (a, de, para com) 
Ojeriza (a, contra, por) 
Respeito (a, com, de, com, para com, por) 
 
OBSERVAÇÃO: 
A preposição “de” pode ser omitida antes de oração desenvolvida. 
Exemplo: Não há dúvida (de) que faremos o melhor. 
 
 
 
 
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- ADJETIVO 
Acostumado (a, com) Hábil (em, para) 
Agradável (a, para, de) Habituado (a, com) 
Ansioso (de, para, por) Imbuído (de, em) 
Ávido (de, por) Impróprio (a, de, para) 
Capaz (de, para) Insensível (a, para, com, para com) 
Compatível (com, entre) Passível (de, a) 
Contemporâneo (a, de) Prestes (a, em, para) 
Contíguo (a, com, entre) Próximo, junto (a, de) 
Contraditório (a, de, com, entre) Relacionado (a, com) 
Diferente (de, entre, por) Satisfeito (com, de, em, por) 
Essencial (a, para, em) Semelhante (a, em) 
Fácil (a, para, em, de) Sensível (a, para) 
Favorável (a, para) Sito (em) 
 
OBSERVAÇÕES: 
1- A preposição “de” pode ser omitida antes de oração desenvolvida. 
Exemplo: Estava ansioso (de) que a palestra acabasse. 
2- “Habituado com” deve ser imitação de “acostumado com”. 
3- “Passível a” deve ser empregado como se fosse “sujeito a”. 
4- O adjetivo “sito” indica permanência. Logo, usaremos a preposição 
“em”. 
 
ADVÉRBIOS 
 Em relação aos advérbios terminados em -mente, devemos olhar para 
os adjetivos, pois, via de regra, seguem o regime dos adjetivos de que 
derivam. 
Exemplos: análogo (a) - analogamente (a); contrário (a) - contrariamente 
(a); contraditório (com) - contraditoriamente (com); diferente (de) – 
diferentemente (de); favorável (a) – favoravelmente (a); relativo (a) - 
relativamente (a). 
 
7- REGÊNCIA COM PRONOME RELATIVO 
 Este tópico vem sendo muito, mas muito cobrado em concursos 
públicos. Especialmente a banca FCC. Mas do que se trata regência com 
pronome relativo? Trata-se do uso dos pronomes relativos que virão 
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precedidos (regidos) de preposição se a regência dos verbos ou dos nomes 
assim determinar. 
 Para ilustrar esse raciocínio, faremos um passo a passo. Depois, iremos 
completar as frases que seguem. 
 1- Encontre a frase que apresenta o pronome relativo; 
2- Veja se na própria frase existe um verbo ou um nome que exija a 
preposição; 
3- Se houver, coloque a preposição SEMPRE antes do pronome 
relativo. 
 
 Agora que já dei as dicas, vamos completar as frases: 
Essa é a bota que sempre gostei. 
 Note a presença do pronome relativo “que. O verbo “gostar” rege a 
preposição “de” que deve ser colocada antes do pronome relativo. Veja: 
“Essa é a bota de que sempre gostei”. 
Estas são as regras ___a____ que todos devem obedecer. (quem obedece, 
obedece a) 
Aquela é a garota com que simpatizo. 
Aquela é a garota ____a___ que fiz referência. 
Essa é a repórter de cujo depoimento duvidei. 
 Essa é a banda por que tenho simpatia. 
O menino de cujos olhos gosto ainda não voltou. 
 Fique atento a essas frases porque costumam cair muito em prova! 
 
 Por hoje finalizamos a nossa aula. Vamos realizar exercícios!!! 
DICAS !!! 
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8- LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS 
Texto para a questão 1 
 O recurso às queimadas deve parecer aos colonos 
estabelecidos em mata virgem de uma tão patente necessidade que 
não lhes ocorre a lembrança de outros métodos de desbravamento. 
Parece-lhes que a produtividade do solo desbravado e destocado 
sem auxílio do fogo não é tão grande que compense o trabalho 
gasto em seu arroteio. 
 Além de prejudicar a fertilidade do solo, as queimadas, 
destruindo facilmente grandes áreas de vegetação natural, trariam 
outras desvantagens, como a de retirar aos pássaros a possibilidade 
de construírem seus ninhos. E o desaparecimento dos pássaros 
acarreta o desaparecimento de um importante fator de extermínio 
de pragas de toda espécie. O fato é que, nas diversas regiões onde 
há grande destruição de florestas, a broca invade as plantações e 
condena os arbustos à morte. As próprias lagartas multiplicam-se 
consideravelmente com a diminuição das matas. 
Sérgio Buarque de Holanda. Raízes do Brasil. 26.ª ed. SãPaulo: 
Companhia das Letras, 1995, p. 67-8 (com adaptações). 
1- (CESPE/UNB/CBM/DF/Bombeiro Militar Operacional/2011) 
Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir o 
trecho “como a de retirar aos pássaros” (l.9-10) por como a 
retirada dos pássaros. 
 
Comentários: 
ERRADO. A substituição da expressão “como a de retirar aos pássaros” por 
“como a retirada dos pássaros” não provoca mudança de sentido, porém 
teremos erro gramatical, já que a nova construção da frase exigirá o 
preposicionamento do vocábulo “possibilidade”, fato que é visto em “como a 
retirada dos pássaros da possibilidade de construírem seus ninhos”. Como 
não existe a preposição, apresenta-se erro de regência. 
 
Texto para a questão 2 
(...) Com o movimento de pedestres em qualquer outra hora do dia 
não haveria problema, mas com o trânsito nas caçadas àquela hora 
da tarde na avenida Copacabana, as pessoas saindo do trabalho e o 
movimento ainda intenso do comércio, a morosidade com que a 
multidão se deslocava impedia toda pressa. (...) 
2- (CESPE/UNB/CBM/Bombeiro Militar Geral/2011) No trecho “a 
morosidade com que a multidão se deslocava impedia toda pressa” 
(l.14-15), a correção gramaticalseria mantida caso se substituísse 
“com que” por “na qual”. 
 
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Comentários: 
ERRADO. Em “a morosidade com que a multidão se deslocava impedia toda 
pressa” há duas orações. A primeira é “a morosidade impedia toda pressa” 
(oração principal) e a segunda “com que a multidão se deslocava” (oração 
adjetiva). Se substituirmos “com que” que traduz a ideia de modo por “na 
qual” que remete à circunstância de interior, ocorrerá erro gramatical, visto 
que o verbo “deslocava” não admite a ideia de interior. 
 
Texto para a questão 3 
(...) 
 Recentemente, a Coreia do Norte, mais uma vez, atacou seus 
irmãos do Sul. Mesmo 65 anos depois do fim da Segunda Guerra 
Mundial e do rateio do mundo entre comunistas e capitalistas, os 
coreanos seguem presos aos dogmas de seus governos. 
(...) 
3- (CESPE/UNB/Polícia Civil/ES/2011) A presença da preposição 
“a” em “aos dogmas” (l.11-12) decorre da exigência da forma 
verbal “seguem” (l.11), que exige complemento regido por essa 
preposição. 
 
Comentários: 
ERRADO. A presença da preposição “a” é exigência do nome “presos”, e 
não da forma verbal “seguem” como afirma a banca. Logo, a assertiva está 
errada. 
 
Texto para a questão 4 
 A história está repleta de exemplos de tentativas de previsão, 
dos antigos gregos em seus oráculos até a atualidade, quando 
cérebros privilegiados dedicam sua energia a apreciar uma 
paisagem ainda inexistente. (...) 
4- (CESPE/UNB/SEGER/ES/2011) A preposição “de”, nas três 
ocorrências, em “A história está repleta de exemplos de tentativas 
de previsão” (l.1-2), relaciona o termo “repleta” a seus 
complementos, isto é, aos termos “exemplos”, “tentativas” e 
“previsão”. 
 
Comentários: 
ERRADO. A primeira ocorrência da preposição “de” relaciona a forma verbal 
“repleta” a seu complemento verbal “exemplos”. As demais ocorrências não 
ligam qualquer complemento introduzido pelo verbo “repleta”. Temos 
adjuntos adnominais (“tentativas” e “previsão”) ligados à palavra 
“exemplos”. Logo, a assertiva está errada. 
 
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Texto para a questão 5 
(...) Sujeitado a residência forçada , Antônio Vieira ansiava pela 
chegada do correio, sobretudo o que provinha de Lisboa e da 
Corte, mas também dos outros lugares onde tinha amigos. (...) 
5- (CESPE/UNB/ECT/2011) O vocábulo “onde” (l.17) poderia ser 
substituído por “aonde”. 
 
Comentários: 
ERRADO. O verbo “tinha” que está presente na oração adjetiva “onde tinha 
amigos” não solicita a preposição “a”. Por esse motivo, não poderemos 
realizar a substituição do pronome relativo “onde” por “aonde”. 
 
Texto para as questões 6 e 7 
Os garotos da Rua Noel Rosa 
onde um talo de samba viça no calçamento, 
viram o pombo-correio cansado 
confuso 
aproximar-se em voo baixo. 
 
Tão baixo voava: mais raso 
que os sonhos municipais de cada um, 
Seria o Exército em manobras 
ou simplesmente 
trazia recados de ai! amor 
à namorada do tenente em Aldeia Campista? 
 
E voando e baixando entrançou-se 
entre folhas e galhos de fícus: 
era um papagaio de papel, 
estrelinha presa, suspiro 
metade ainda no peito, outra metade 
no ar. 
 
Antes que o ferissem, 
pois o carinho dos pequenos ainda é mais desastrado 
que o dos homens 
e o dos homens costuma ser mortal 
uma senhora o salva 
tornando-o no berço das mãos 
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e brandamente alisa-lhe 
a medrosa plumagem azulcinza 
cinza de fundos neutros de Mondrian 
azul de abril pensando maio. 
 
283235-58-Brasil 
dizia o anel na perninha direita. 
Mensagem não havia nenhuma 
ou a perdera o mensageiro 
como se perdem os maiores segredos de Estado 
que graças a isto se tornam invioláveis, 
ou o grito de paixão abafado 
pela buzina dos ônibus. 
Como o correio (az vezes) esquece cartas 
teria o pombo esquecido 
a razão de seu voo? 
 
Ou sua razão seria apenas voar 
baixinho sem mensagem como a gente 
vai todos os dias à cidade 
e somente algum minuto em cada vida 
se sente repleto de eternidade, ansioso 
por transmitir a outros sua fortuna? 
 
Era um pombo assustado 
perdido 
e há perguntas na Rua Noel Rosa 
e em toda parte sem resposta. 
 
Pelo quê a senhora o confiou 
ao senhor Manuel Duarte, que passava 
para ser devolvido com urgência 
ao destino dos pombos militares 
que não é um destino. 
 
Carlos Drummond de Andrade. Pombo-correio. In: Carlos 
Drummond de Andrade: obra completa. Rio de Janeiro: Nova 
Aguilar,2002, p.483. <WWW.releituras.com>. 
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6- (CESPE/UNB/ECT/2011) Do ponto de vista sintático, pode-se 
atribuir à expressão “à namorada” (v.11) a função de complemento 
da forma verbal “trazia” (v.10) ou do nome “amor” (v.10); em 
ambas as possibilidades de interpretação, o sentido do período 
permanece o mesmo. 
 
Comentários: 
ERRADO. Se voltarmos na segunda estrofe, percebemos que o 
complemento do verbo “trazia” é “recados de ai”, e não o termo “à 
namorada”. Logo, isso altera o sentido e a interpretação do trecho. Por isso, 
a assertiva está errada. 
 
7- (CESPE/UNB/ECT/2011) O vocábulo “o” empregado nos versos 
18,22 e 23 desempenha função de complemento verbal. 
 
Comentários: 
CERTO. No verso 18, o verbo “ferissem” solicita complemento que está em 
formato do pronome oblíquo átono “o”. Já no verso 22, o vocábulo “o” é 
complemento da forma verbal “salva” e, por último, no verso 23, temos a 
forma “comando”. 
 
Texto para a questão 8 
(...) Com base nesse pressuposto, argumento que, em nossa 
sociedade, na esfera pública, duas formas de particularismo – o das 
diferenças e o das relações pessoais – se reforçam e se articulam 
em diversas arenas e situações, na produção e reprodução de 
desigualdades sociais e simbólicas. (...) 
8- (CESPE/UNB/MPU/2010) Na estrutura sintática em que ocorre, a 
preposição “em” (l.7) poderia ser omitida, o que não prejudicaria a 
coerência nem a correção gramatical do texto, pois a preposição 
ficaria subentendida. 
 
Comentários: 
ERRADO. Em “duas formas de particularismo – o das diferenças e o das 
relações pessoais – se reforçam e se articulam em diversas arenas e 
situações”, a preposição “em” introduz o advérbio “em diversas arenas e 
situações”. Se retirarmos a preposição “em”, haverá erro gramatical, uma 
vez que a introdução deste seguimento adverbial deve ser regida por esta. 
 
Texto para a questão 9 
(...) Finalmente, considero que, embora a formação de novos 
sujeitos sociais e políticos e de arenas de participação da sociedade 
na formulação e gestão das políticas públicas traga as marcas de 
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nossa trajetória histórica, constitui, ao mesmo tempo, possibilidade 
aberta para outra equação entre universalismo e particularismo na 
sociedade brasileira. 
9- (CESPE/UNB/MPU/2010) Por meio da conjunção “e”, empregada 
duas vezes na linha 17 e uma vez na linha 18, é estabelecida a 
seguinte organização de ideias: a primeira ocorrência liga duas 
características de “novos sujeitos” (l.17); a segunda liga dois 
complementos de “formação” (l.17); a terceira, dois complementos 
de “arenas de participação da sociedade” (l.18). 
 
Comentários: 
CERTO. No trecho “embora a formação de novos sujeitos sociais e políticos 
e de arenasde participação da sociedade na formulação e gestão das 
políticas públicas traga as marcas de nossa trajetória histórica”, a conjunção 
“e” une os termos “sociais” e “políticos” que se ligam a “novos sujeitos”. Já 
a segunda ocorrência do “e” liga dois complementos de “formação”, ou seja, 
“novos sujeitos” e “arenas”. Por fim, dos complementos de “arenas de 
participação da sociedade”, ou seja, “formulação” e “gestão das políticas 
públicas. 
 
Texto para a questão 10 
(...) O indivíduo da “cultura” tecnicista vivencia uma situação 
paradoxal: ao mesmo tempo em que lhe são ofertados 
continuamente os recursos para que possa gozar efetivamente as 
dádivas materiais da vida, ocorre, no entanto, a impossibilidade de 
se desfrutar plenamente desses recursos. 
10- (CESPE/UNB/MPU/2010) O uso da preposição “em”, na linha 
16, é obrigatório para marcar a relação estabelecida com a forma 
verbal “vivencia” (l.15); por isso, a omissão dessa preposição 
provocaria erro gramatical e impossibilitaria a retomada do 
referente do pronome “que” (l.16). 
 
Comentários: 
ERRADO. Em “ao mesmo tempo em que lhe são ofertados continuamente 
os recursos”, a expressão relativa “em que” recupera “mesmo tempo”. Se 
retiramos a preposição “em”, haverá erro de regência, uma vez que o 
relativo “que” apresenta semântica adverbial e exige o uso da preposição. 
 
Texto para a questão 11 
(...) Dessa forma, adquirem as categorias sociais definitivas dos 
grupos aos quais pertencem e que podem ter valores sociais 
positivos ou negativos. (...) 
11-(CESPE/UNB/TCU/2010) A preposição “a”, em “aos quais” (l.9), 
estabelece relações sintático-semânticas com o verbo pertencer; 
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por tal motivo, essa preposição não poderia ser omitida no período, 
mesmo se o pronome fosse substituído por “a que”. 
 
Comentários: 
CERTO. Em “aos quais pertencem”, o pronome relativo “os quais” está 
subordinado ao verbo “pertencer”. Como o verbo exige a preposição, na 
relação estabelecida com o seu complemento, nota-se que mesmo havendo 
uma substituição pelo relativo “que”, o uso da preposição “a” torna-se 
indispensável em função sob pena de erro de regência. 
 
Texto para a questão 12 
 Não há personagem mais criticado na sociedade contemporânea 
que o político. De fato, os políticos são, muitas vezes, responsáveis 
por diversas mazelas sociais. Mas uma coisa não deve ser 
esquecida: são os cidadãos que elegem seus representantes, o que 
lhes dá o poder de premiar os melhores e punir os piores. 
Fernando Abrucio. Porque o eleitor deve mudar a forma de votar. 
In: Época, 11/8/2008. P.56 (com adaptações) 
12- (CESPE/UNB/ADRAGI/SE/2009) Na linha 3, o termo “por 
diversas mazelas sociais” complementa o sentido do vocábulo 
“responsáveis”. 
 
Comentários: 
CERTO. Temos uma caso de regência nominal, já que o vocábulo 
“responsáveis” é um adjetivo que solicita um complemento. Nesse caso, o 
termo “por diversas mazelas sociais” de fato completa o vocábulo 
“responsáveis”. 
 
Texto para a questão 13 
 O real não é constituído por coisas. Nossa experiência direta e 
imediata da realidade leva-nos a imaginar que o real é feito de 
coisas (sejam elas naturais ou humanas), isto é, de objetos físicos, 
psíquicos, culturais oferecidos à nossa percepção e às nossas 
vivências. (...) 
13- (CESPE/UNB/ANATEL/Analista Administrativo/2009) 
Preservam-se as relações de coerência e a correção gramatical do 
texto ao se inserir a preposição “de” logo depois da forma verbal 
“imaginar” (l.2), escrevendo-se: (...) imaginar de que o real (...). 
 
Comentários: 
ERRADO. O verbo “imaginar” é transitivo direto, ou seja, exige um 
complemento sem preposição obrigatória. Se inserimos a preposição “de”, 
haverá erro de regência. Logo, a assertiva está errada. 
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Texto para a questão 14 
(...) Tendo como principal propósito a interligação das distantes e 
isoladas províncias com vistas à constituição de uma nação-Estado 
verdadeiramente unificada, esses pioneiros da promoção dos 
transportes no país explicitavam firmemente a sua crença de que o 
crescimento era enormemente inibido pela ausência de um sistema 
nacional de comunicações e de que o desenvolvimento dos 
transportes constituía um fator crucial para o alargamento da base 
econômica do país. (...) 
14- (CESPE/UNB/ SEPLAG/DETRAN/DF/Analista de Trânsito/2008) 
A preposição em (l.18-19) é exigida pela regência da palavra 
“crença” (l.16). 
 
Comentários: 
CERTO. O vocábulo “crença” exige a preposição “de” que completa o seu 
sentido através do termo “de que o desenvolvimento”. Logo, a assertiva da 
banca está correta. 
 
Texto para a questão 15 
(...) A chaga encontra terreno fértil nas sociedades 
subdesenvolvidas, mas também viceja onde o capitalismo, em seu 
ambiente mais selvagem, obriga crianças e adolescentes a 
participarem do processo de produção. (...) 
15- (CESPE/UNB/MPU/Técnico Administrativo/2010) Na linha 6, o 
emprego de preposição em “a participarem” é exigido pela regência 
da forma verbal “obriga”. 
 
Comentários: 
CERTO. O verbo “obrigar” é transitivo direto e indireto, ou seja, exige dois 
complementos: um objeto direto (crianças e adolescentes) e outro indireto 
(a participarem do processo de produção) que está em formato de oração. 
Logo, a assertiva da banca está correta. 
 
Texto para a questão 16 
(...) 
 A palavra “projeto” remete-se à antecipação e, em boa parte, ao 
voluntarismo. (...) 
16- (CESPE/UNB/ANEEL/Analista Administrativo/2010) A 
supressão da preposição antes dos vocábulos “antecipação” (l.4) e 
“voluntarismo” (l.5), com a manutenção dos artigos definidos, não 
acarretaria prejuízo sintático ao texto. 
 
 
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Comentários: 
ERRADO. A preposição “a” é uma exigência sintática do verbo “remete-se” 
que é transitivo direto e indireto ao mesmo tempo. Se suprimirmos a 
preposição “a”,teremos erro de regência. Logo, a afirmativa da banca está 
errada. 
 
Texto para a questão 17 
(...) Dessa forma, adquirem as categorias sociais definitivas dos 
grupos aos quais pertencem e que podem ter valores sociais 
positivos ou negativos. (...) 
17- (CESPE/UNB/TCU/Auditor Fiscal de Controle Externo/2010) A 
preposição “a”, em “aos quais” (l.7), estabelece relações sintático-
semânticas com o verbo “pertencer”; por tal motivo, essa 
preposição não poderia ser omitida no período, mesmo se o 
pronome fosse substituído por “a que”. 
 
Comentários: 
CERTO. O verbo “pertencem” é transitivo indireto. Exige, portanto, um 
objeto indireto. Se substituirmos “os quais” pelo pronome relativo “que” 
poderá ser efetuada, desde que se mantenha a preposição “a” antes do 
referido relativo, atendo à regência. 
 
Texto para a questão 18 
(...) 
 O combate a malfeitores não se deve restringir às metrópoles. 
Deve, para atingir o fim a que se propõe – erradicar o crime ou 
reduzir os casos a níveis civilizados -, estender a guerra aos novos 
territórios. (...) 
18- (CESPE/UNB/SERPRO/Analista/2010) O trecho “estender a 
guerra aos novos territórios” (l.31) pode ser alterado para 
“estender os novos territórios à guerra” sem se prejudicar a 
correção gramatical e o sentido original do período. 
 
Comentários: 
ERRADO. O verbo “estender” quando apresenta o sentido de “fazer 
chegar,levar” é transitivo direto e indireto. Seus complementos são, 
respectivamente, “a guerra” (objeto direto) e “aos novos territórios” (objeto 
indireto). A banca sugere que possamos inverter os complementos, mas o 
verbo “estender” não admitetal inversão. 
 
 
 
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Texto para a questão 19 
(...) 
 Mais: os dados reforçam tendências que vêm causando 
crescente apreensão às autoridades atentas à evolução do perfil da 
violência no país. (...) 
19- (CESPE/UNB/SERPRO/Analista/2010) Em “autoridades atentas 
à evolução do perfil da violência no país” (l.15), o termo “à” poderia 
ser substituído, sem prejuízo gramatical ou de sentido para o texto, 
por “para a”. 
 
Comentários: 
CERTO. O adjetivo “atento” rege as seguintes preposições: “a, em, para”. 
Logo, poderemos realizar a substituição, sem prejuízo gramatical ou de 
sentido para o texto. 
 
Texto para a questão 20 
(...) O episódio transformou, no período de 10 a 16 de novembro de 
1904, a recém-reconstruída cidade do Rio de Janeiro em uma praça 
de guerra, onde foram erguidas barricadas e ocorreram confrontos 
generalizados. 
20- (CESPE/UNB/INSS/Perito Médico Previdenciário/2010) Nas 
linhas 33-34, a expressão “confrontos generalizados” desempenha 
a função sintática de complemento de “ocorreram”. 
 
Comentários: 
ERRADO. A expressão “confrontos generalizados” funciona como sujeito 
do verbo “ocorreram”, e não complemento. O referido verbo, quando 
significa “acontecer, suceder”, é intransitivo, logo não exige complemento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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9- LISTA DE QUESTÕES APRESENTADAS 
Texto para a questão 1 
 O recurso às queimadas deve parecer aos colonos 
estabelecidos em mata virgem de uma tão patente necessidade que 
não lhes ocorre a lembrança de outros métodos de desbravamento. 
Parece-lhes que a produtividade do solo desbravado e destocado 
sem auxílio do fogo não é tão grande que compense o trabalho 
gasto em seu arroteio. 
 Além de prejudicar a fertilidade do solo, as queimadas, 
destruindo facilmente grandes áreas de vegetação natural, trariam 
outras desvantagens, como a de retirar aos pássaros a possibilidade 
de construírem seus ninhos. E o desaparecimento dos pássaros 
acarreta o desaparecimento de um importante fator de extermínio 
de pragas de toda espécie. O fato é que, nas diversas regiões onde 
há grande destruição de florestas, a broca invade as plantações e 
condena os arbustos à morte. As próprias lagartas multiplicam-se 
consideravelmente com a diminuição das matas. 
Sérgio Buarque de Holanda. Raízes do Brasil. 26.ª ed. SãPaulo: 
Companhia das Letras, 1995, p. 67-8 (com adaptações). 
1- (CESPE/UNB/CBM/DF/Bombeiro Militar Operacional/2011) 
Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir o 
trecho “como a de retirar aos pássaros” (l.9-10) por como a 
retirada dos pássaros. 
 
Texto para a questão 2 
(...) Com o movimento de pedestres em qualquer outra hora do dia 
não haveria problema, mas com o trânsito nas caçadas àquela hora 
da tarde na avenida Copacabana, as pessoas saindo do trabalho e o 
movimento ainda intenso do comércio, a morosidade com que a 
multidão se deslocava impedia toda pressa. (...) 
2- (CESPE/UNB/CBM/Bombeiro Militar Geral/2011) No trecho “a 
morosidade com que a multidão se deslocava impedia toda pressa” 
(l.14-15), a correção gramatical seria mantida caso se substituísse 
“com que” por “na qual”. 
 
Texto para a questão 3 
(...) 
 Recentemente, a Coreia do Norte, mais uma vez, atacou seus 
irmãos do Sul. Mesmo 65 anos depois do fim da Segunda Guerra 
Mundial e do rateio do mundo entre comunistas e capitalistas, os 
coreanos seguem presos aos dogmas de seus governos. 
(...) 
 
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3- (CESPE/UNB/Polícia Civil/ES/2011) A presença da preposição 
“a” em “aos dogmas” (l.11-12) decorre da exigência da forma 
verbal “seguem” (l.11), que exige complemento regido por essa 
preposição. 
 
Texto para a questão 4 
 A história está repleta de exemplos de tentativas de previsão, 
dos antigos gregos em seus oráculos até a atualidade, quando 
cérebros privilegiados dedicam sua energia a apreciar uma 
paisagem ainda inexistente. (...) 
4- (CESPE/UNB/SEGER/ES/2011) A preposição “de”, nas três 
ocorrências, em “A história está repleta de exemplos de tentativas 
de previsão” (l.1-2), relaciona o termo “repleta” a seus 
complementos, isto é, aos termos “exemplos”, “tentativas” e 
“previsão”. 
 
Texto para a questão 5 
(...) Sujeitado a residência forçada , Antônio Vieira ansiava pela 
chegada do correio, sobretudo o que provinha de Lisboa e da 
Corte, mas também dos outros lugares onde tinha amigos. (...) 
 
5- (CESPE/UNB/ECT/2011) O vocábulo “onde” (l.17) poderia ser 
substituído por “aonde”. 
 
Texto para as questões 6 e 7 
Os garotos da Rua Noel Rosa 
onde um talo de samba viça no calçamento, 
viram o pombo-correio cansado 
confuso 
aproximar-se em voo baixo. 
 
Tão baixo voava: mais raso 
que os sonhos municipais de cada um, 
Seria o Exército em manobras 
ou simplesmente 
trazia recados de ai! amor 
à namorada do tenente em Aldeia Campista? 
 
E voando e baixando entrançou-se 
entre folhas e galhos de fícus: 
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era um papagaio de papel, 
estrelinha presa, suspiro 
metade ainda no peito, outra metade 
no ar. 
 
Antes que o ferissem, 
pois o carinho dos pequenos ainda é mais desastrado 
que o dos homens 
e o dos homens costuma ser mortal 
uma senhora o salva 
tornando-o no berço das mãos 
e brandamente alisa-lhe 
a medrosa plumagem azulcinza 
cinza de fundos neutros de Mondrian 
azul de abril pensando maio. 
 
283235-58-Brasil 
dizia o anel na perninha direita. 
Mensagem não havia nenhuma 
ou a perdera o mensageiro 
como se perdem os maiores segredos de Estado 
que graças a isto se tornam invioláveis, 
ou o grito de paixão abafado 
pela buzina dos ônibus. 
Como o correio (az vezes) esquece cartas 
teria o pombo esquecido 
a razão de seu voo? 
 
Ou sua razão seria apenas voar 
baixinho sem mensagem como a gente 
vai todos os dias à cidade 
e somente algum minuto em cada vida 
se sente repleto de eternidade, ansioso 
por transmitir a outros sua fortuna? 
 
Era um pombo assustado 
perdido 
e há perguntas na Rua Noel Rosa 
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e em toda parte sem resposta. 
 
Pelo quê a senhora o confiou 
ao senhor Manuel Duarte, que passava 
para ser devolvido com urgência 
ao destino dos pombos militares 
que não é um destino. 
 
Carlos Drummond de Andrade. Pombo-correio. In: Carlos 
Drummond de Andrade: obra completa. Rio de Janeiro: Nova 
Aguilar,2002, p.483. <WWW.releituras.com>. 
6- (CESPE/UNB/ECT/2011) Do ponto de vista sintático, pode-se 
atribuir à expressão “à namorada” (v.11) a função de complemento 
da forma verbal “trazia” (v.10) ou do nome “amor” (v.10); em 
ambas as possibilidades de interpretação, o sentido do período 
permanece o mesmo. 
 
7- (CESPE/UNB/ECT/2011) O vocábulo “o” empregado nos versos 
18,22 e 23 desempenha função de complemento verbal. 
 
Texto para a questão 8 
(...) Com base nesse pressuposto, argumento que, em nossa 
sociedade, na esfera pública, duas formas de particularismo – o das 
diferenças e o das relações pessoais – se reforçam e se articulam 
em diversas arenas e situações, na produção e reprodução de 
desigualdades sociais e simbólicas. (...) 
8- (CESPE/UNB/MPU/2010) Na estrutura sintática em que ocorre, a 
preposição “em” (l.7)

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