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Anemias Hemolíticas Caracterizam por um número insuficiente de hemácias no sangue, devido a sua DESTRUIÇÃO PREMATURA (antes dos 120 dias). Palidez - diminuição Hb e Ht; Cansaço; Icterícia - aumento da BI; Esplenomegalia - dependente da causa base da anemia hemolítica (secundária); Crise aplástica e megaloblástica - viróticos e deficiência de ácido fólico por consumo exacerbado - AH hereditárias; Dores ósseas e enfartamento; Úlceras cutâneas - Falta de oxigenação nas extremidades; Lesões ósseas com anormalidades esqueléticas - osteoporose; Colelitíase - excesso de pigmentos biliares por destruição aumentada de hemácias; Alterações radiográficas ósseas - anemias hemolíticas hereditárias - espessamento da díploe refletindo a necessidade de produção de mais hemácias - crânio em borda em escova. Quando a hemácia é destruída a Hb é liberada e sofre um processo de degradação. Ferro/vit.B12/ácido fólico: advindos da dieta por mais que tenhamos um tornouver; Eritropoietina: estimula as stem cells comprometidas com a produção de hemácias - eritroblastos; O oxigênio é medido pelas células glomerulares renais e pneumócitos - quando há redução de O2 - hiperventilação e produção de eritropoietina; Precisamos de um estrutura óssea adequada - alteração pode levar a um quadro de hemólise intravascular. Grupo heme e ferro são liberados, o ferro é captado pela transferrina para ser reapresentado a medula óssea e ser estocado na forma de ferritina (fígado - principalmente). A globina sofre a degradação com a liberação de vários aminoácidos. 1. CONCEITO Fator de Síntese: ferro; Fator de Reprodução: B12 e ácido fólico; Eritropoietina: hormônio secretado pelas células peritubulares renais; Oxigênio - MAIOR ESTIMULADOR DA ERITROPOIESE; Medula Óssea. Esses produtos de degradação das hemácias são altamente tóxicos e o organismo desenvolve mecanismos para proteger o endotélio da lesão por essas moléculas. Como mecanismo compensatório, a MO aumenta a ERITROPOIESE ► Quando o mecanismo é INSUFICIENTE para compensar a destruição prematura = ANEMIA ! Jacyara Vargas As hemácias sofrem o rompimento da membrana liberando o contéudo interno (o grupo heme - com anéis pirrólicos ligado a uma molécula de ferro). ERITROPOIESE ERITRÓCITO Internamente há uma molécula de Hb O restante de hemoglobina que não é reapresentado precisa ser degradado já que é altamente tóxico. 2.No fígado ocorre um processo de conjugação em que a bilirrubina indireta (produção da degradação da hemoglobina) é transformada em bilirrubina direta que se torna urobilinogênio fecal e urinário (mecanismo de eliminação); 3.Temos dois processos de tamponamento pela hemopexina e haptoglobina (é ávida pela hemoglobina livre - bom exame para verificar se há muita hemoglobina livre já que a haptoglobina diminui) - são fagocitados pelos macrófagos dos sistema reticuloendotelial para evitar lesão na parede do vaso; 4.A hemoglobina livre sofre processos de quebra (tetrâmero é transformada em dímero) - eliminada através dos rins: hemossiderina (ferro); hemoglobina livre e metemoglobina (reduzida); 5.Hemoglobina livre é um importante indutor de lesão endotelial. QUADRO CLÍNICO LABORATORIAL Diminuição dos níveis de Hb e Ht (M: Hb<12 e Ht<36 e H: Hb<13 e Ht<38); Policromatofilia/policromasia (hemácias de coloração diferente - hemácias jovens com restos nucleares já que quando madura são anucleadas - assim há uma coloração diferente na lâmina), microesferócitos (alterações nas membranas das hemácias na qual perde a capacidade de ser um disco bicôncavo - alteração no citoesqueleto), fragmentação das hemácias (hemólise por lesão endotelial), poiquilocitose (hemácias de tamanhos diferentes); Corpos de Howell-Jolly, pontilhado basófilo - resquícios nucleares/ribossomos - que aparecem ao corar a lâmina. Eritroblastos circulantes - hemácias jovens nucleadas. Reticulocitose - restos nucleares com coloração diferente - Aumenta em hemólise intravascular e extravascular (todos os tipos de AH). Aumento da BI - destruição da hemoglobina e grupo heme - muito aumentada na H. intravascular e pode estar normal na H. extravascular. Aumento do urobilinogênio urinário e do estercobilina; Diminuição da haptoglobina - ocorre o consumo da haptoglobina para ocorrer o tamponamento da hemoglobina - bom marcador na hemólise intravascular, - diminuição pelo tamponamento da Hb livre. Elevação da desidrogenase láctica - enzima que se encontra dentro das hemácias - EXAME CURINGA - sempre tem valor quando alterado mostrando hemólise ou proliferação; Hemoglobinemia - presença de hemoglobina livre circulando. Urina: hemoglobinúria, hemossiderinúria (restos dos dímeros - saída de ferro na urina) Hemossiderinúria - aumenta na H. intravascular já que na H. extravascular não tem Hb livre circulando. Anemias Hemolíticas Leve/ moderada ou grave: Não depende de transfusão: LEVE Dependente de transfusão com aumento do baço = GRAVE - Esplenectomia. Esses esferócitos transportam O2 em menor quantidade, esperamos até os 5 anos de idade para a esplenectomia já que a MO assume um papel importante em detrimento do baço nessa idade. Alterações da membrana: Esferocitose hereditária; Eliptocitose hereditária; Alterações do metabolismo: 2 enzimas - glicose 6 fosfato desidrogenase e piruvato quinase; Hemoglobinopatias: Alterações de síntese - (talassemias) e variantes estruturais (falciforme). Anemia muito leve, pode apresentar icterícia e raramente esplenomegalia; Esses pacientes são achados de hemogramas já que as hemácias apresentam formas de eliptocitócitos; Geralmente não é necessário o tratamento. Diagnóstico: História familiar - 75% relatos de esplenectomia; Esferócitos e reticulocitose; Exames de triagem para hemólise alterados (aumento de BI, diminuição de Hb, diminuição do Ht, aumento do reticulócito, diminuição da haptoglobina e aumento da desidrogenase lática); Exame padrão - alteração da curva de fragilidade osmótica; Teste para antiglobulina direta negativa (Coombs); PCR paca ANC GEN - exames caros pedidos quando há uma curva de fragilidade osmótica normal mas com suspeita de esferocitose hereditária. Alterações imune: Anemia hemolítica do RN; Autoimune - IgG (Ac quentes) e IgM (Ac frios); Alteração lipídica na parede da hemácia - comum em doenças hepáticas -Ex: cirrose desenvolvendo acantocitose - hemácia em forma de acontócito destruída precocemente; Drogas, parasitas e toxinas que causam hemólise diretamente na membrana da hemácia ou lesão vascular; GLICOSE 6 FOSFATO: Mais prevalente/ maior prevalência nos afrodescendentes; Relacionado ao cromossomo X - homens tem mais chances de desenvolver a deficiência da enzima; Pct exposto a uma droga oxidativa - a enzima reduz drasticamente e ocorre hemólise; É controlável, pct deve evitar anti- inflamatórios, antibióticos sulfa e não apresenta sintomas; FAVISMO: o favo de mel possuí substâncias oxidantes que levavam a hemólise. Físicos - traumas nos vasos: Vasculopatias (DM/reumatismo) e microangiopatias (DRC), HAS, próteses valvulares (biológicas e metálicas); Hiperesplenismo - pct cirrótico - hipertensão portal - retira a hemácia da circulação antes dos 120 dias; Hemoglobinúria paroxística noturna (HPN) - rompimento da hemácia por deposição de complemento. DGN por citometria de fluxo p/ hemácias CD55 ou CD59 ou leucócitos - pré- neoplásica. Espectrina sustentando a anquirina na membranas das hemácias para ter o formato bicôncavo e permite a entrada e saída de íons. Quando tem alteração na anquirina e ausência ou diminuição da espectrina = íons entram na hemácia e rompem antes dos 120 dias. PIRUVATOQUINASE: Rara Grau leve a moderado - geralmente autossômica recessiva; Pode apresentar uma forma adquirida nas síndromes mielodisplásicas e doença linfo- mieloproliferativas (leucemias/linfomas) levando a uma diminuição da enzima e faz um processo de hemólise. Diagnóstico: dosagem da enzima que está incluída na teste do pezinho - diagnóstico precoce; A G6PD contribui para o metabolismo da glicose, quando não há a enzima éproduzido metabólitos que destroem a hemácia - a G6PD produz a glutationa que evita a hemólise prematura quando presente; AUTOIMUNES Anticorpos produzidos pelo próprio sistema imune; Idiopática em 50% dos casos, mas são mais comuns em idosos e mulheres podendo anteceder outras doenças hematológicas graves e reumatológicas (LUPUS); Podem acontecer juntamente com LLC, LED, LNH e DH. AHAI + Trombocitopenia = Síndrome de Evans. Curva de fragilidade osmótica: sangue normal e sangue com esferocitose - adicionamos NaCl - paciente com esferocitose tem um desvio da curva para o lado esquerdo com distruição das hemácias já que a hemácia normal consegue suportar. altas concentrações de NaCl. CONGÊNITAS Alterações na espectrina e anquirina por redução da síntese ou instabilidade; Doença da membrana da hemácia - formato de esfera; Clínica: anemia, esplenomegalia presente fazendo sequestro de hemácias e vivendo menos de 120 dias e icterícia (aumento de bilirrubina). Jacyara Vargas ESFEROCITOSE HEREDITÁRIA DEFEITOS ENZIMÁTICOS ELIPTOCITOSE ADQUIRIDAS Diagnóstico: A gravidade da anemia depende da quantidade de Ac; Reticulocitose, BI aumentada, elevação de LDH, diminuição da haptoglobina; Padrão ouro: teste da antiglobulina direta positiva (Teste de Coombs) - É PATOGNOMÔNICO. Tratamentos: Agentes imunossupressores e tratar a causa; Não fazemos esplenectomia. Ac FRIOS: mycoplasma pneumoniae, mononucleose, endocardite, linfomas, leucemias e macrobulinemia de Waldesntrom; Presença de aglutininas frias em títulos elevados, diminuição do complemento e presença ag do grupo P; Coombs direto: aplicamos o soro de Coombs que se liga o autoanticorpo a hemácia. Secundárias a drogas: metildopa (gestantes), antibióticos da família da penicilina e alguns antiflamatórios - paciente tomando medicamento e começar a hemolisar devemos lembrar da AHAI secundária a drogas.
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