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Resumo PRÁTICAS DE COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA

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FACULDADE – ÚNICA
CURSO: pós graduação em Gestão escolar	ALUNA: Roseli de Souza Silva
PRÁTICAS DE COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
	Segundo o dicionário Aurélio, coordenação significa o ato ou efeito de coordenar; relação entre elementos que funcionam de modo articulado dentro de uma totalidade ordenada. No nosso caso específico, a escola.
	Com efeito, originalmente, pedagogia está ligada ao ato de condução ao saber. Historicamente, a pedagogia adquire características e status de teoria, podendo, de acordo com Franco, ser dividia em três grandes tendências: a Pedagogia filosófica, a Pedagogia técnico-científica e a Pedagogia crítico-emancipatória.
Nesse primeiro momento, a Pedagogia adquire o sentido de um conjunto de ideias e aplicação de meios voltados à sua realização.
	Um exemplo dessa tendência pedagógica é o pensamento educacional de Paulo Freire. Além dessa classificação apresentada por Franco, é importante ter em vista as tendências pedagógicas atuais, influenciadas por correntes de pensamento denominadas pós-modernas, que questionam alguns paradigmas do pensamento pedagógico anterior.
	A ideia de constituir a figura de um especialista na educação, responsável pela mediação entre professores/alunos/pais/administração escolar remete à função do Inspetor de Ensino, introduzida no Brasil no Período Imperial. Aos poucos, os próprios professores passam a exercê-la, mantendo os objetivos iniciais de sua criação: fiscalizar o trabalho e a conduta dos professores; garantir o bom funcionamento das escolas.
	É na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1971 que ocorre a sistematização da figura do especialista da educação, ainda como desdobramento da inspeção escolar. 
	Os artigos abaixo estabelecem critérios que reconhecem e estruturam a carreira de especialista nas redes pública e particular de educação.
Nessa perspectiva, a práxis ou ação educativa e a reflexão metódica sobre o processo educativo são os sustentáculos da coordenação pedagógica. O que esperar da coordenação pedagógica? Quais os desafios enfrentados? Qual o perfil do ocupante de um cargo de coordenação? Que procedimentos precisa adotar?
	É fundamental que o coordenador procure exercer uma liderança democrática, conseguindo mobilizar todos os interessados em torno de projetos e ações, evitando os desabafos corriqueiros. Por isso, precisa ser bem formado na teoria e na prática pedagógica, e ter a capacidade de articular ideias, discutir os sentidos atribuídos à escola e fomentar a reflexão sobre a práxis educativa. Esse é o perfil desejado do coordenador pedagógico.
	Nessa perspectiva, torna-se fundamental a existência de um espaço institucional para esse trabalho coletivo na escola com o objetivo de:
- Promover encontros de formação docente, sob a forma de seminários, oficinas de reflexão sobre a prática, revisões de teorias científicas, levantamento de questões relacionadas à profissão docente; Definir procedimentos e processos de transformação de situações cotidianas da prática;
- Compreender os problemas ligados às características de vida do aluno que interferem no seu aproveitamento e, consequentemente, no trabalho do professor;
- Identificar e analisar a estrutura organizacional escolar, desfazendo equívocos e expectativas que interferem nas relações pessoais e profissionais no ambiente escolar;
-Discutir conjuntura histórica e políticas educacionais, buscando ressignificá-las no cotidiano escolar.
	Caso o Coordenador Pedagógico trabalhasse com os professores diretamente ou através de Professores Coordenadores, devido ao seu papel específico de dinamizador das atividades pedagógicas da Escola, o seu trabalho na Unidade Escolar resultaria em importância. Utilizando as habilidades e talentos especiais dos professores em favor do ensino-aprendizagem, ambos, 	Coordenador Pedagógico e Professores Coordenadores, trabalhariam em áreas que incluem problemas curriculares e de assistência técnica específica. Ambos trabalhariam em áreas que contribuem para a eficiência e eficácia do ensino aprendizagem na escola.
	A Resolução SE nº 28, de 04/04/96, dispôs sobre o processo de escolha para designação de Professor para exercer as funções de coordenação pedagógica nas escolas da rede pública estadual. A instrução Anexa à Resolução baixou regulamentação complementar. O artigo 8º da referida Resolução especifica que “A escola que contar com cargo provido de Coordenador Pedagógico poderá designar, ainda, um professor para exercer as funções de coordenação no período noturno, observado o disposto nos artigos 1º, inciso II e 7º desta resolução”.
	Para prover o cargo de Coordenador Pedagógico, a Lei Complementar nº 444/85 exige que o professor tenha habilitação em Supervisão Escolar do Curso de Pedagogia. Para designação de Professor Coordenador Pedagógico, a Resolução SE 28/96, embora exija prova escrita e proposta de trabalho, não exige Habilitação em Supervisão Escolar. Assim sendo, pouquíssimas Escolas têm Coordenador Pedagógico, a maioria conta com o Professor Coordenador Pedagógico que, às vezes, nem o Curso de Pedagogia possui, portanto, com carência de fundamentação teórica, com falta de clareza sobre o papel a ser desempenhado, causa entraves que dificultam o exercício da função (QUAGLIO, 2006).
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9394 de 20de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional . Brasília: 1996.
DUARTE, R. C. O professor coordenador das escolas públicas estaduais paulistas: análise das condições de trabalho e a construção do projeto político pedagógico. 2007, 133 f. Dissertação (Mestrado em Educação Escolar) – Faculdade de Ciências e Letras. Universidade Estadual Paulista, Araraquara.
DUARTE, Sérgio Guerra. Dicionário Brasileiro de Educação. Rio de Janeiro:
Edições Antares: Nobel, 1986.
DURKHEIM, E. Éducation et Sociologie . Paris: PUF, 1985.
FERNANDES, Maria José da Silva. A análise da função de professor coordenador no contexto das reformas educacionais paulistas: uma nova forma de controle do trabalho docente? VII Seminário redestrado – nuevas regulaciones en américa latina Buenos Aires, 3, 4 y 5 de julio de 2008.
FERNANDEZ, Francisca E. A coordenação pedagógica: por uma perspectiva
docente. São Paulo: Editora Intersubjetiva, 2003.
FRANCO, Maria Amélia Santoro. Coordenação pedagógica: uma práxis em busca de sua identidade. Múltiplas Leituras. Faculdade de Educação e Letras da Universidade Metodista de São Paulo, ed. nº 1, 1º semestre de 2008.
FRANCO, Maria Amélia Santoro. Pedagogia como ciência da educação. São Paulo: Papirus, 2003.
FREIRE, Paulo. Pedagogia	da	autonomia:	saberes	necessários	à prática.
Educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1999, 11ª ed.
GADOTTI, Moacir. A supervisão escolar e a tendência tecnocrata da educação brasileira. In: GADOTTI, Moacir. Educação e poder: Introdução à pedagogia do conflito. São Paulo: Cortez, 2001, 12ª. ed. p. 105-111.
HAMELINE, D. et DARDELINE M-J. La liberté d’apprendre. Situation II. Paris: Les editions Ouvriéres, 1977.

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