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Fármaco: Qualquer substância que altera a função biológica por meio de suas ações químicas. • Geralmente interagem com um receptor agonista ou antagonista (se combinam com o mesmo ponto sem causar ativação e bloqueiam o efeito dos agonistas sobre aquele receptor.) • As moléculas dos fármacos precisam exercer alguma influência química sobre um ou mais constituintes das células para produzir uma resposta farmacológica. • Para que o fármaco funcione é necessário que haja uma distribuição irregular das moléculas de fármaco dentro do organismo ou do tecido. • O fármaco não agirá, a menos que não esteja ligado ao receptor. Alvos para a ligação dos fármacos: • Receptores • Enzimas • Moléculas carregadoras (transportadoras) • Canais iônicos SINALIZAÇÃO CELULAR: É um processo complexo de comunicação existente entre as células. Ele é fundamental para o funcionamento dos organismos multicelulares. As células dos organismos multicelulares comunicam-se entre si por meio de sinais que emitem umas as outras. Sinalização endócrina: As moléculas sinalizadoras (hormônios) são secretadas e, pela corrente sanguínea, chegam ate sua célula alvo. Sinalização parácrina: É um tipo de sinalização que atua em curtas distãncias, alcançando as células alvo pelo processo de difusão. Sinalização autócrina: A molécula sinalizadora atua na própria célula. Sinalização sináptica: As moléculas sinalizadoras, que são neurotransmissores são lançadas nas sinapses, junções especializadas entre neurônios e células-alvo. Sinalização neuroendócrina: Nesses casos, neurônios especializados secretam neuro-hormônios que, por meio da corrente sanguínea, desencadeiam respostas em células alvo localizadas em outras parte do organismo. RECEPTORES FARMACOLÓGICOS: • Molécula de reconhecimento para um mediador químico através do qual uma resposta é traduzida. • Molécula alvo em quem uma molécula de fármaco tem que se ligar para desencadear um efeito específico. • Os receptores farmacológicos respondem a proteínas fixas na superfície das células ou em estruturas extracelulares. • Sua função é reconhecer os sinais químicos endógenos e responder a eles. • Possui especificidade; Nenhum fármaco é completamente específico em sua ação, o que pode levar a efeitos colaterais. quanto menor a potência de um fármaco e maior a dose necessária, maior a probabilidade de que outros pontos de ação, diferentes do local primário, ganhem importância. • Pode ser considerado um componente de uma célula ou organismo que interage com um fármaco e inicia a cadeia de eventos que leva aos efeitos observados desse fármaco. É importante lembrar que: 1. Os receptores determinam largamente as relações quantitativas entre dose ou concentração de fármacos e efeitos farmacológicos. 2. Os receptores são responsáveis pela seletividade da ação do fármaco. 3. Os receptores medeiam as ações de agonistas e antagonistas farmacológicos. Tipos de receptores: CANAIS IÔNICOS REGULADOS POR LIGANTES: • Controlam os eventos sinápticos mais rápidos do sistema nervoso, onde um neurotransmissor atua sobre a membrana Giulianna Barreto-S3 pós-sináptica de uma célula nervosa ou muscular. • Canais iônicos: Proteínas que formam um poro aquoso que comunica a parte externa da célula com a interna. • Modulam reações bioquímicas intracelulares. • Ex: Nicotínico para a acetilcolina, receptor de GABA e receptor de glutamato. Anestésico local RECEPTORES LIGADOS A QUINASE: • Medeiam as ações de uma ampla variedade de mediadores proteicos, incluindo fatores de crescimento e citocinas, bem como hormônios. • A primeira etapa que ocorre após a ligação do agonista consiste em dimerização, que resulta em autofosforilação do domínio intracelular de cada receptor. A seguir as proteínas com domínio SH2 ligam ao receptor fosforilado, sendo elas próprias fosforiladas. Assim a cascata de quinases Ras/Raf/Map-quinases é ativada, desencadeando eventos celulares como divisão, crescimento e diferenciação celular. • Para que a célula comece a funcionar vai ter que haver a síntese proteica. • Não vai haver porta. • Ocorre em horas. Contém: • Uma alça transmembrana • Domínio de ligação extracelular, que é onde o fármaco vai se ligar. • Domínio de ligação intracelular: se liga a quinase que vai desencadear a cascata de fosforilação. Normalmente sofrem dimerização para desencadear os efeitos dentro da célula, ou são encontrados como dímeros estáveis. Agonista se liga ao receptor altera a sua conformação para que ele possa se dimerizar com outro receptor após formar o dímero as duas estruturas do domínio intracelular que tem o resíduo de tirosina quinase acabam se aproximando, fazendo com o que o resíduo sofra uma autofosforilação cria um sítio de ligação para uma outra proteína quinase de domínio SH, a proteína GRB2 se acopla ao resíduo de quinase fosforilado e também se fosforila ativa a RAS, presente na membrana celular. (Pode sofrer alguma mutação gênica) Ativa a outra molécula através da troca de GDP por GTP Ativação da primeira proteína quinase- RAF Fosforila RAF Ativa as próximas, até chegar na MAP quinase. Que depois vai ativar alguns fatores de transcrição, que vão gerar a divisão celular RECEPTOR NUCLEAR: • Fazem parte de uma família de 48 receptores solúveis que podem detectar lipídeos e sinais hormonais. • Não estão inseridos na membrana • Estão no citoplasma ou no núcleo celular. • Classe 1: Normalmente formam homodímeros e estão presente no citoplasma. (Respondem a sinais endócrinos) • Classe 2: Heterodímeros presentes no núcleo celular. • Tempo de resposta de horas ou dias, pois dependem de uma cascata de eventos. • Domínio N: se liga ao coativador. • Dedo de zinco: resíduos conservados de cisteina ligados por dois átomos de zinco na sua porção central que envolvem o DNA ativando a transcrição gênica. Quando o hormônio chega à membrana celular atravessa ela. Encontra o receptor no citoplasma formando o complexo Complexo se dimeriza com outro receptor Atravessa o poro da membrana nuclear para se ligar ao DNA No DNA, os dedos de zinco envolvem uma região chamada de elementos responsivos ao hormônio que é onde vai ativar a transcrição genica. RNA mensageiro vai para o citoplasma. Ribossomo produz a proteína que vai alterar a função celular. RECEPTOR DE PROTEÍNA G: São proteínas transmembranas (pois atravessam a membrana plasmática), além de atravessarem ela 7 vezes. Proteínas ligadoras de nucleotídeos de guanosina (GTP e GDP) EX: Omeprazol Possuem 4 alças extracelulares. • E1: Alça aminaterminal • Segmentos de interação com um ligante. 4 alças citoplasmáticas: • C4:carboxiterminal. • C3: Interação com a proteína G Composta de 3 subunidades: • Alfa, beta e gama. Alfa: Normalmente fica sozinha • Possui um domínio que se liga ao GDP, GTP e um domínio GTPase. Beta e gama: Normalmente ficam juntas. Podem existir em dois estados: Inativo: Subunidade alfa ligada ao GDP • As três subunidades estão juntas. Ativo: Subunidade alfa se liga ao GTP • Pode promover a ativação do efetor. Passo a Passo: 1. Na ausência do ligante, a proteína G fica na sua forma inativa, com suas 3 subunidades unidas, sendo a alfa ligada a GDP. 2. Ao interagir coma subunidade alfa, a proteína G fica na sua forma ativa, trocando a GDP pela GTP, e vai haver a dissociação das subunidades. 3. Após a ligação da subunidade alfa ao GTP e sua dissociação da beta-gama, a subunidade alfa vai se ligar a uma enzima efetora na membrana plasmática. 4. Após a ligação com a enzima efetora namembrana plasmática, esta vai ter sua atividade catalítica alterada. 5. Após um certo tempo de ativação, a subunidade alfa hidrolisa o GTP ligado a ela devido a sua atividade GTpásica intrínseca, o que o transforma novamente em GDP, voltando a compor o trímero. 6. O ligante permanece ligado no receptor, e essa persistência leva a ativação de uma quinase (GRK), a qual leva a fosforilação ao receptor acoplado a proteína G. 7. A fosforilação do receptor faz com que outras proteínas, como a Beta-arrestina, se ligue a ele e o dessensibilize e-ou leve a sua internalização para que a sinalização cesse. Tolerância farmacológica: • Um dos mecanismos reside na diminuição dos números de receptores diante da persistência de um agonista. • Taquifilaxia: Pouco mais aguda, acontece com uma ou duas doses. ADENILATO CICLASE (AC) • É uma proteína transmembrana, uma enzima, que atravessa a membrana plasmática 12 vezes. • Catalisa a transformação do ATP em AMPc • É ativada pela proteína Gs e inibida pela Gi. Tipos de proteína G: • Gs: Estimulatória • Gi: Inibitória • Gq: Estimulatória • G0: Estimulatória INTERAÇÃO FÁRMACO X RECEPTOR: Afinidade: Tendência do fármaco de se ligar nos receptores. Eficácia: Tendência de um fármaco, uma vez ligado, ativar o receptor. Antagonistas: Possuem eficácia zero, no entanto, não quer dizer que não exercem sua função. Agonistas parciais: Fármacos que apresentam níveis de eficácia intermediários, ou seja, que desencadeiam resposta tecidual menor que 100%. Agonistas plenos: Eficácia é suficiente para desencadear uma resposta tecidual máxima.
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