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das A Gabarito utoatividades AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Prof. Rafael Martelli 3UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES A U T O M A Ç Ã O I N D U S T R I A L GABARITO DAS AUTOATIVIDADES DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL UNIDADE 1 TÓPICO 1 Ao final deste tópico, caro(a) acadêmico(a), você vai aprofundar seus conhecimentos adquiridos, respondendo às questões a seguir: 1 Quais são os elementos de um modelo de sistema dinâmico? R.: Os elementos de um modelo de sistema dinâmico compreendem elementos externos e internos. Os elementos externos são divididos em fontes, ruído e carga. Fontes têm como função alterar de maneira planejada o desempenho do processo. Os elementos internos são divididos em armazenadores, dissipadores e conversores. 2 Qual é o objetivo do controle dinâmico? R.: O controle dinâmico tem por objetivo estabelecer o comportamento estático e dinâmico dos sistemas físicos, tornando-o mais obediente aos operadores e mais imune às perturbações dentro de certos limites. Utiliza sempre medidas de variáveis internas e/ou de saída do sistema, num esquema de realimentação ou feedback em torno do sistema original. Este é um conceito de incalculável poder tecnológico para o aperfeiçoamento de inúmeros processos, seja em velocidade e precisão, seja em custo. 3 Quais são os princípios fundamentais da técnica do controle dinâmico? R.: Os princípios fundamentais são realimentação e a retroalimentação. A realimentação pode ser positiva e negativa; a negativa é aquela em que, pelo menos numa faixa de frequências, o erro da saída do processo em relação ao seu valor ideal passa por uma inversão intencional de sinal algébrico, antes de ser aplicada a entrada. É sob essa forma que a realimentação serve para controle. Quando o valor ideal é fixo, o controle é dito regulador; quando é um sinal qualquer fornecido ao sistema, tem-se um servomecanismo, ou servocontrole. 4 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD A U T O M A Ç Ã O I N D U S T R I A L A realimentação positiva também e muito útil, mas para realizar osciladores, não para fins de controle dinâmico. A pré-alimentação, alimentação avante, feedfoward ou controle por antecipação: consiste em injetar na entrada do processo um sinal proporcional a alguma perturbação externa relevante, com polaridade tal que ajude a reduzir os efeitos da perturbação. A ação da alimentação avante se antecipa e reduz os efeitos da perturbação. 4 Quais os campos onde se pode aplicar a Teoria de Controle? R.: Por se tratar de uma modelagem matemática e da análise da resposta de um sistema dinâmico, pode ser usada em fenômenos físicos, tais como, mecânicos, elétricos, pneumáticos, térmicos e hidráulicos, bem como em processos não físicos, como, por exemplo, o estudo de sistemas econômicos e biológicos. 5 Defina rede lógica. R.: O controle lógico realiza-se por meio de circuitos (elétricos, hidráulicos, pneumáticos etc.) em que as variáveis são binárias (valor 0 ou 1); esses circuitos são chamados, geralmente, de redes lógicas. As redes lógicas podem ser combinatórias e sequenciais. Redes lógicas combinatórias são redes sem memórias nem temporizações. Ao projetá-las, basta a álgebra booleana para descrever, analisar e simplificar as redes, e com algumas técnicas de “organização do raciocínio” ou de “registro padronizado e compacto”, tais como a Tabela de Verdade e o Diagrama de Reles. Redes lógicas sequenciais são as redes com memórias, temporizações e entradas em instantes aleatórios. TÓPICO 2 Ao final deste tópico, caro(a) acadêmico(a), aprofunde seus conhecimentos adquiridos, respondendo às questões a seguir: 1 Defina o que é rede de informação e rede de controle. R.: O primeiro passo ao se conceber uma solução qualquer de automação é desenhar a arquitetura do sistema, organizando seus elementos vitais: remotas de aquisição de dados, PLCs, instrumentos, sistema de supervisão etc. em torno de redes de comunicação de dados apropriadas. Uma das arquiteturas mais praticadas é a que define duas hierarquias de redes: uma rede de informação e uma rede de controle. Rede de informação: o nível mais alto dentro de uma arquitetura é representado pela rede de informação. Em grandes corporações é natural a 5UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES A U T O M A Ç Ã O I N D U S T R I A L escolha de um backbone de grande capacidade para interligação dos sistemas de ERP (Enterprise Resource Planning), Supply Chain (gerenciamento da cadeia de suprimentos) e EPS (Enterprise Production Systems). Este backbone pode ser representado pela rede ATM ou GigaEthernet ou mesmo por uma Ethernet 100-BaseT, utilizando como meio de transmissão cabo par trançado nível 5. Rede de controle: interliga os sistemas industriais de nível 2 ou sistemas SCADA aos sistemas de nível 1 representados por CLPs e remotas de aquisição de dados. Também alguns equipamentos de nível 3, como sistemas PIMS e MES, podem estar ligados a este barramento. Até dois anos atrás o padrão mais utilizado era o Ethernet 10Base-T. Hoje o padrão mais recomendado é o Ethernet 100Base-T. Quase todos os grandes fabricantes de equipamentos de automação já possuem este padrão implementado. 2 Descreva com suas próprias palavras os níveis e as atividades principais da pirâmide de automação. R.: A automação industrial é realizada por várias funções e pode ser representada através de uma pirâmide. Este modelo hierárquico estratifica os sistemas de manufatura em níveis: Nível 0 – Instrumentação: Dispositivos de campo, sensores e atuadores. Nível 1 - Controladores: PLCs, Remotas de sistemas digitais de controle distribuídos (SDCDs). Nível 2 – Supervisão: Sistemas de supervisão e aquisição de dados (SCADA), interface homem máquina (IHM) e otimizadores de processo dentro do conceito de APC (Advanced Process Control). Nível 3 – Gestão da produção: Sistemas MES (Manufacturing Execution System), PIMS (Process Information Management System), APS (Advanced Planning and Scheduling), LIMS (Lab Information System), sistemas de manutenção (Maintenance Management System), Sistema de Gestão de Ativos (Asset Management System) etc. Nível 4 – Sistemas Integrados de Gestão Empresarial (ERP - Enterprise Resource Planning). Nível 5 – Data Warehousing corporativos, um sistema de computação utilizado para armazenar informações relativas às atividades de uma organização em bancos de dados e sistemas EIS (Executive Information Systems), que tem como objetivo principal dar suporte à tomada de decisão. O nível 1 tem por função conectar os CLPs e as estações de controle e o nível 0 faz a interface entre os controladores e aos dados dos equipamentos componentes do processo. Cada um dos níveis tem requisitos diferentes para a instalação da rede e por isso existe uma infinidade de redes que podem atuar em cada uma das camadas da pirâmide. 6 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD A U T O M A Ç Ã O I N D U S T R I A L No nível 2 é necessário interligar as estações de operação a estações de cálculo, banco de dados para que seja possível realizar funções de supervisão, armazenamento e tratamento das informações do processo. A partir do nível 3 ou acima é onde são utilizados os softwares gerenciais e corporativos, interligados usando intranet e acesso à internet, permitindo a comunicação entre todos os departamentos da empresa envolvidos no gerenciamento industrial. Por isso é necessário conhecer o tipo de aplicação que o usuário final está procurando para assim utilizar uma tecnologia que seja compatível e que possa oferecer um melhor desempenho e, consequentemente, menos falhas no sistema. 3 Quais são as principais funções do MES? R.: MES (Manufacturing Execution System) ou Sistema de Execução da Manufatura foi criado em 1990 por Bruce Richardson, da Advance Manufacturing Research (AMR). Controla todo o fluxo produtivo, incluindo estoques de matérias-primas, produtos em processamento e disponibilidade de máquinas. Atravésdo MES podem ser calculados os indicadores-chave de desempenho (Key Performance Indicators - KPI), que contribuem para a melhoria do desempenho da planta local. Um sistema MES coleta e acumula informações do realizado no chão de fábrica e as realimenta para o sistema de planejamento. O MES cumpre dois papéis: um é o de controlar a produção, ou seja, considera o que foi efetivamente produzido e como foi produzido e permite comparações com o que estava planejado para, em caso de não coincidência, permitir o disparo de ações corretivas. O outro papel é de liberar as ordens de produção, tendo a preocupação de detalhar a decisão de programação da produção definida pelo MRP (Manufacturing Resources Planning), ou seja, garantir que o plano definido pelo MRP seja cumprido. Com isso, é possível saber exatamente a capacidade do chão de fábrica dentro de um determinado horizonte de planejamento. 4 Quais são os benefícios gerados pela implantação de um sistema PIMS? R.: PIMS são sistemas que adquirem dados de processo de diversas fontes, os armazenam num banco de dados históricos e os disponibilizam através de diversas formas de representação. A implantação de um PIMS facilita a implantação de outros módulos de software, como reconciliador de dados, sistema especialista, MES. A principal função de um PIMS é concentrar a massa de dados e permitir transformar dados em informação e esta informação em conhecimento. 7UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES A U T O M A Ç Ã O I N D U S T R I A L Os benefícios gerados pela implantação de um sistema PIMS são muitos, entre eles destacam-se: • centralização dos dados de processo, já que os sistemas PIMS centralizam toda a informação em uma única base de dados; • democratização da informação, já que o sistema permite que todos os usuários tenham acesso aos dados da planta instantaneamente; • visualização do processo produtivo em tempo real, seja através de gráficos de tendências, relatórios, telas sinóticas, aplicações Web etc.; • maior interatividade com os dados do processo, permitindo realizar cálculos, estudos estatísticos e lógica de eventos utilizando os dados do processo; • histórico de dados, capaz de armazenar até 15 anos de dados de processo graças à eficiência de seu algoritmo de compressão; • receita de processo, que permite identificar e armazenar os dados correspondentes ao melhor resultado obtido na produção, para que estes sirvam como referência para as interações futuras. TÓPICO 3 Ao final deste tópico, caro(a) acadêmico(a), você poderá aprofundar seus conhecimentos adquiridos, respondendo às questões a seguir: 1 Defina quais são as características das máquinas-ferramentas. R.: Entre algumas características das máquinas-ferramentas podemos mencionar: • uma máquina convencional depende da habilidade do operador; • para chegar à dimensão final, há uma necessidade constante de medir a peça; • necessidade de intervenção do operador para troca e “pre-set” de ferramenta; • necessidade de ajuste da matéria-prima; • tempo de corte; • definições de rotações e avanços; • repetibilidade e tolerâncias; • lead-time. 2 Explique como é controlada uma máquina-ferramenta. R.: Uma máquina-ferramenta pode ser controlada por meio de um programa conhecido como Controle Numérico, ou NC. O Controle Numérico (CN) e sua definição mais simples, é que todas as informações geométricas e 8 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD A U T O M A Ç Ã O I N D U S T R I A L dimensionais contidas em uma peça, conhecida por meio de desenhos e cotas (números), seriam entendidas e processadas pela máquina CNC, possibilitando a automação da operação. 3 Quais são os componentes de um CNC? R.: Um sistema CNC consiste de três componentes básicos: Programa de instruções, unidade de controle da máquina (MCU – Machine Control Unit) e equipamento (processo). • PROGRAMA DE INSTRUÇÕES: são instruções detalhadas, passo a passo, das ações e diretivas que o equipamento de processo (máquina) deve exercer sobre o produto. Nas máquinas-ferramentas, o objetivo do programa é orientar a ferramenta de corte em relação à mesa de trabalho. Neste caso, o programa de instrução é chamado de partprogram, que é criado por um código composto por letras e números (G code). • MCU: eletrônica (hardware / software) microprocessada, baseado em PC, que converte cada instrução em uma atividade mecânica na máquina. Hoje, com o avanço da tecnologia, quando nos referimos a uma MCU, estamos nos referindo a um CNC. • SISTEMA DE COORDENADAS: as direções dos eixos seguem a “regra da mão direita”, e o eixo Z é sempre aquele que conduz a ferramenta em direção à peça, e paralelo ao eixo árvore. 4 Explique como é o programa de um CNC. R.: Quase todos os controles de CNCs atualmente usam um único formato de endereço de palavra para se programar. Através deste formato de endereço de palavra, queremos dizer que o programa CNC é feito sobre sentenças de comandos. Cada comando é composto de palavras CNC e cada qual tem seu endereço de letras e valores numéricos. O endereço de letra (X, Y, Z etc.) diz ao controle o tipo de palavra e o valor numérico diz ao controle o valor da palavra. Usado como palavras e sentenças no idioma português, palavras em um comando CNC dizem às máquinas CNCs o que é que desejamos fazer com este bloco de comando. O controle lerá primeiro, interpretará e executará o primeiro comando no programa. Só então irá para o próximo comando. Leia, interprete, execute. Então seguirá para o próximo comando e assim sucessivamente. Novamente, note a semelhança a dar qualquer conjunto de instrução passo a passo. Os programas são compostos de comandos e comandos são compostos de palavras. Cada palavra tem um endereço de letra e um valor numérico. O endereço de letra diz para o controle o tipo de palavra. Os fabricantes de controle CNC variam com respeito a como eles determinam os nomes das 9UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES A U T O M A Ç Ã O I N D U S T R I A L palavras (letra e direção) e os significados delas. No início o programador CNC deve se referenciar pelo manual do fabricante do controle para determinar como deve ser o significado e o endereço de cada palavra. Aqui está uma lista breve de algumas do tipo de palavras e as especificações de endereços de letra mais comuns. O - Número de Programa (usado para identificação de programa) N - Número de Sucessão (usado para identificação de linha) G - Função Preparatória (veja a seguir) X - Eixo X. Y - Eixo Y. Z - Eixo Z. R – Raio. F - Taxa de avanço. S - Rotação do fuso. H - Compensação de comprimento da ferramenta. D - Compensação de raio da ferramenta. T – Ferramenta. M - Função miscelânea. UNIDADE 2 TÓPICO 1 Ao final deste tópico, caro(a) acadêmico(a), você poderá aprofundar seus conhecimentos adquiridos, respondendo às questões a seguir: 1 Enumere os subsistemas das FMSs. R.: • Sistema de Armazenamento e Processamento de Material - equipamentos automatizados ou robotizados que fornecem e gerenciam material. • Sistema de Processamento - grupo de máquinas com comando numérico (CN) ou comando numérico computadorizado (CNC). • Sistema de Controle Computadorizado - realiza o controle operacional do conjunto. 2 O contrário de uma produção em massa pode ser a produção: a) ( ) em série; b) (x) exclusiva; 10 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD A U T O M A Ç Ã O I N D U S T R I A L c) ( ) com intervalos; d) ( ) em lote. 3 A manufatura se tornou flexível com a presença de: a) ( ) robô; b) ( ) computador; c) (x) CNC; d) ( ) controle programável. TÓPICO 2 Ao final deste tópico, você poderá aprofundar seus conhecimentos adquiridos, resolvendo as questões a seguir: 1 Liste as principais partes de um equipamento constituído por CLP com unidade de processamento de 16E e 16s. R.: Entradas Botoeiras Contato (NA) Botoeiras Contato (NF) Chave Fim de curso (NA) - FC Sensor ótico (NA) Saídas Bobina de ContatoresLâmpada Piloto Válvula Solenoide Sirene 2 O que deve ser considerado na escolha de sensores do tipo capacitivo e do tipo indutivo? R.: Os sensores de proximidade capacitivos são bastante semelhantes aos indutivos. Distinguem-se, no entanto, de os sensores capacitivos produzirem um campo eletrostático, em vez de um campo eletromagnético. Além disso, os sensores capacitivos podem detectar objetos metálicos e não metálicos, nomeadamente papel, vidro, plástico, tecido, entre outros. Os sensores capacitivos são formados por dois eletrodos concêntricos de metal, ou seja, um condensador que se encontra ligado a um circuito oscilador. Quando um objeto entra no campo eletrostático, formado pelos eletrodos, a capacidade é alterada e o oscilador, monitorizado por um circuito de disparo, ao chegar a uma determinada amplitude faz com que a saída mude de estado. 11UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES A U T O M A Ç Ã O I N D U S T R I A L Quando o objeto sai do campo, a amplitude do oscilador decresce, e o sensor comuta para o seu estado Off. Os sensores indutivos usam correntes induzidas por campos magnéticos com o objetivo de detectar objetos metálicos por perto. Os sensores indutivos utilizam uma bobina (indutância) para gerar um campo magnético de alta frequência. Os sensores de proximidade indutivos respondem à presença de um objeto metálico quando este está na área de atuação do sensor. O ponto em que o sensor indutivo reconhece o objeto metálico é denominado de ponto de operação e o ponto em que o sensor deixa de reconhecer o objeto é denominado de ponto de desoperação. 3 No depósito de um supermercado queremos separar automaticamente, na esteira transportadora, papel higiênico de garrafas de água. Que sensor utilizar e por quê? R.: Deve ser utilizado o sensor capacitivo devido a que este tipo de sensor funciona bem com materiais isolantes, como plásticos (garrafas de água). Assim mesmo, as variações de capacitância desses sensores são extremamente pequenas. TÓPICO 3 Ao final deste tópico, caro(a) acadêmico(a), você poderá aprofundar seus conhecimentos adquiridos, resolvendo as questões a seguir: 1 Qual a característica de um sistema de manufatura? R.: De um modo geral, um sistema de manufatura (SM) é uma coleção de dispositivos físicos, computadores e pessoas, que de forma cooperativa realizam algum processo de manufatura. A complexidade de um sistema de manufatura varia desde simples máquinas e ferramentas operadas manualmente até sofisticados sistemas de manufatura integrada por computador (CIM-Computer Integrated Manufacturing). 2 Defina como deve ser estruturada uma arquitetura de controle. R.: Uma arquitetura de controle deve ser capaz de descrever tanto a estrutura do sistema como os relacionamentos entre as entradas e as saídas, de forma completa e não ambígua. Ela deve descrever os componentes do sistema e fornecer a funcionalidade ou serviços que cada componente oferece. A partir de uma arquitetura bem definida é possível o desenvolvimento de sistemas, onde os componentes são completamente independentes. Isto faz com que a 12 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD A U T O M A Ç Ã O I N D U S T R I A L mudança de um componente ou mesmo a sua substituição seja feita de forma transparente, sem afetar o resto do sistema. Dois modelos de arquitetura têm sido estudados para serem utilizados em controle de sistema de manufatura: o controle heterárquico e o controle hierárquico. 3 Quais são as qualidades para a utilização das Redes de Petri na automação industrial? R.: As redes de Petri são uma ferramenta de modelagem gráfica e matemática, aplicável a muitos sistemas. Como ferramenta gráfica, as redes de Petri podem ser usadas como auxílio na comunicação visual, similar a diagramas de bloco e fluxogramas. Além disto, fichas são usadas para simular as atividades dinâmicas e concorrentes dos sistemas. Como ferramenta matemática, é possível determinar equações de estado, equações algébricas e outros modelos matemáticos dirigindo o comportamento dos sistemas. O interesse na aplicação de redes de Petri é crescente e abrange diversas áreas, onde se sobressaem aquelas relacionadas com sistemas computacionais, tais como: sistemas de manufatura, protocolos de comunicação, bancos de dados, desenvolvimento de software, sistemas distribuídos de computadores, sistemas administrativos. Uma rede de Petri (RdP) é um tipo particular de grafo orientado junto com um estado inicial chamado marcação inicial. O grafo de uma RdP é constituído de dois tipos de nós: lugares e transições, aonde os arcos vão de um lugar para uma transição ou de uma transição para um lugar. Na representação gráfica, lugares são círculos e transições são barras ou retângulos. Os arcos são rotulados com seus pesos (inteiros positivos), onde um arco com peso k pode ser interpretado como um conjunto de k arcos paralelos. Uma marcação (estado) atribui para cada lugar um inteiro não negativo. Se uma marcação atribui a um lugar p um k não negativo, diz-se que p está marcado com k fichas. Graficamente, colocam-se k pontos (fichas) no lugar p. Uma marcação é denotada por M, um vetor com m elementos, onde m é o número total de lugares. O p-ésimo componente de M, M(p) é o número de fichas no lugar p. 13UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES A U T O M A Ç Ã O I N D U S T R I A L UNIDADE 3 TÓPICO 1 Ao final deste tópico, caro(a) acadêmico(a), você poderá aprofundar seus conhecimentos adquiridos, respondendo às questões a seguir: 1 Cite os principais diagramas de bloco para representar os processos industriais. R.: • Blocos em cascatas. • Blocos com ramo de alimentação. • Bloco em cascatas com ramo de alimentação. • Blocos em paralelo. 2 Qual o objetivo de utilizar diagramas de fluxo de processo? R.: São usados para documentar processos em gestão da produção. E possibilitam documentar o fluxo e as diversas atividades, empregando símbolos diferentes para as diversas atividades. O objetivo do diagrama de Fluxo de processo (Process Flow Diagram, PFD OU Flow Sheet) reside em mostrar os principais equipamentos através de símbolos de uso comum, normatizados ou especiais. Tanto o fluxograma índice como o fluxograma de processo devem mostrar as operações do processo industrial, do início até o fim, e devem incluir os equipamentos principais e as tubulações de interligação dos mesmos. 3 Explique os principais programas utilizados para um projeto de automação. R.: • Linguagem Lader Uma das primeiras técnicas de programação dos CLPs foi chamada de linguagem “de reles” ou lader (que quer dizer em escada ou cascata). Essa técnica mantém regras e símbolos tradicionais do projeto de quadros de comando. Assim, o diagrama lader parte de duas linhas verticais, também chamadas de barras de alimentação. Cada representação de causalidade é feita por uma linha horizontal. Esta linha, por sua vez, é formada por pelo menos um elemento controlado (bobina de relé) e um conjunto de condições para o controle desse elemento (rede de contatos). 14 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD A U T O M A Ç Ã O I N D U S T R I A L É uma linguagem de programação gráfica, em forma de diagrama, que por ser de fácil criação e interpretação e representar ligações físicas entre componentes eletrônicos (sensores e atuadores), acaba sendo bastante utilizada em ambiente industrial. Em um diagrama LADER simples, podemos encontrar três tipos de elementos básicos: contato, bobina e memória. • Linguagem de Blocos de Função (Functions Blocks – FB) É um meio de programação que permite especificar algoritmos ou conjuntos de ações aplicados aos dados de entrada. Blocos de função são ideais para realizar algoritmos PID (Proporcional, Integrativo e Derivativo), contadores, filtros e lógica booleana. • Linguagem Sequential Flow Chart (SFC) É um método de programação aceito pela maioria dos CLPs, que tem estreita relação com a Rede de Petri. Esta linguagemé composta de Passos, Transições, Arcos Qualificados e Expressões Booleanas, e graficamente é desenhada na vertical. Cada passo representa um estado particular do sistema que está sendo descrito, e se desenha como um retângulo. Cada transição, por sua vez, é subordinada a uma condição que, uma vez satisfeita, desativa o passo anterior e ativa o passo posterior. TÓPICO 2 Ao final deste tópico, caro(a) acadêmico(a), você poderá aprofundar seus conhecimentos adquiridos, resolvendo as questões a seguir: 1 Explique com suas próprias palavras o que entende por falha num processo de automação industrial. R.: Qualquer componente pode estar sujeito a algum defeito, e desta forma qualquer correspondência entre estímulos e respostas deixa de existir. Falhas são eventos que ocorrem de maneira aleatória. Suas consequências podem ser analisadas deterministicamente, já suas consequências “em média” requerem tratamento ou simulação de caráter estatístico. Aumentar a confiabilidade de um sistema, ou seja, reduzir sua probabilidade de falha, pode ser realizado empregando componentes de melhor qualidade ou introduzindo componentes redundantes. Redundância significa duplicar ou triplicar sensores e atuadores e reunir os seus sinais de saída em um sinal único, por intermédio de operadores lógicos AND, OR ou XOR. Esses operadores lógicos são escolhidos AND, quando se trata de falhas redutoras de segurança, ou OR, quando se trata de falhas redutoras de causalidade. 15UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES A U T O M A Ç Ã O I N D U S T R I A L 2 Enumere e descreva algumas possíveis e importantes falhas que podem ocorrer numa mesa rotativa para solda de acessórios em guidões de bicicleta, que têm seis posições sucessivas de parada, designadas por intermédio do índice i= 1 a 6. Em cada parada três robôs que operam sobre os guidões que estão à sua frente, nas outras três posições em torno da mesa há um resfriador de peças e um operador que coloca e retira guidões da mesa. O Robô R2 coloca nos guidões os suportes para o freio dianteiro e as guias para a barra de freio; o robô R3 solda os suportes com solda grossa; o robô R4 solda as guias com solda fina. Quando o operador prende um guidão na mesa, um sensor tipo microswitch é acionado e um sinal é transmitido a um receptor no solo (G). A rotação da mesa decorre da ação de um motor de pistão hidráulico que movimenta a mesa até a posição seguinte de trabalho; portanto, a mesa gira a 360º/6, de cada vez. A energização desse motor deve ocorrer após todos os robôs terem informado o fim de suas tarefas e após o operador ter colocado um novo guidão na mesa. A desenergização do motor e a parada da mesa decorrem de um sensor P, que acusa a presença à sua frente de qualquer das seis ranhuras de um pequeno disco que gira junto com a mesa. O resfriamento R é operado continuamente. Os robôs Ri têm tempos de operação Ti aproximadamente iguais entre si, mas o comando da mesa decorre de sinais de “operação terminada” oriunda dos Ri. O sistema global é ligado pelo botão LS e desligado pelo DS. FIGURA 112 – MESA GIRATÓRIA 16 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD A U T O M A Ç Ã O I N D U S T R I A L FONTE: Moraes e Castrucci (2007) R.: Por imperfeição mecânica da peça, o robô R2 não consegue terminar sua tarefa. A detecção pode ser feita pelo esgotamento de um intervalo de tempo TR, maior que o máximo esperado na operação do robô; precisa de um temporizador TR e uma rede tipo watchdog. A ação corretora do problema seria marcar a peça a tinta, para que se destine ao refugo, e interromper a operação de R2. Um robô tem parada por defeito interno, detectado internamente. O sinal do detector de falha do robô dispara um pequeno tempo de espera e determina uma repetição da operação do robô; caso falhe, o processo deve ser paralisado, e deve soar um alarme sonoro para chamar a manutenção. Falha do ventilador. Não está prevista no sistema de um bom sensor para esta falha. 3 Quais são as redundâncias num processo de automação industrial? R.: • Redundância de fonte de alimentação. • Redundância de CPU. • Redundância de CPU utilizando módulos de E/S em rede profíbus DP. TÓPICO 3 Ao final deste tópico, caro(a) acadêmico(a), você poderá aprofundar seus conhecimentos adquiridos, resolvendo as questões a seguir: 1 Explique as fases do projeto de automação. R.: Definição do Escopo Nesta fase é definido o escopo do projeto, objetivos, responsáveis, previsão de orçamento, dentre outros. O resultado das definições deve estar presente no Termo de Abertura do Projeto. Atividades Pertinentes: • Identificação dos objetivos do cliente ou de seus integradores participantes. • Escolha e dimensionamento dos equipamentos, hardware e software dos sistemas utilizados. • Análise das possíveis topologias a serem aplicadas para as redes, interfaces e controladores programáveis. • Quantificação dos recursos humanos necessários, de engenharia e administração. • Elaboração da proposta técnica e comercial. 17UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES A U T O M A Ç Ã O I N D U S T R I A L Especificação Funcional O foco do gerenciamento do projeto nesta fase é validar todos os requisitos do projeto, prazos, escopo, tecnologia, qualidade esperada, premissas, dentre outros. O principal documento gerencial desta fase é o Plano do Projeto. Nele estarão contidos os planos de escopo, prazo, custo, qualidade, RH, comunicação, risco e aquisições. Se o projeto envolve um processo industrial de risco, o plano de escopo e o plano de qualidade devem ser elaborados com bastante critério. Geralmente existem normas de engenharia e/ou governamentais que limitam ou estabelecem critérios mínimos para os sistemas de automação. Um exemplo é o controle duplo por senhas para alteração de parâmetros de mistura na fabricação de medicamentos. Atividades Pertinentes: • Levantamentos de dados do processo objeto da automação. • Confecção do documento referente à definição completa da especificação técnica da automação, bem como dos encargos e das atribuições das partes contratantes e contratadas. • Análise da documentação técnica: diagramas de fluxo, P&I, matrizes causa efeito etc. • Detalhamento das variáveis de entrada e saída dos controladores lógicos programáveis e da planta (Lista I/O). • Definição do sistema supervisório, das telas a serem desenvolvidas nas interfaces homem-máquina. • Reuniões com os técnicos de operação, manutenção, engenharia e administração da empresa contratante para a finalização do documento “caderno de encargos”. Desenvolvimento Execução do projeto. Nesta fase, a equipe técnica está totalmente envolvida nas atividades do projeto. Os Relatórios de Andamento e os Relatórios de Status do Projeto são fundamentais, pois além de indicarem onde o projeto se encontra, mostram para onde está caminhando. Mudanças de escopo certamente ocorrerão. O controle de mudanças de escopo e o plano de comunicação devem ser suficientemente adequados e serem seguidos com rigor, para garantir a informação e o entendimento das partes interessadas com relação aos impactos das mudanças. A cada mudança o plano da qualidade deverá ser revisto principalmente se for alterada uma tecnologia ou algum item de segurança operacional da planta. Atividades Pertinentes: • Desenvolvimento do modelo da planta automatizada e de outros eventos em Redes de Petri. • Projeto de Painéis: consiste na elaboração dos documentos e desenhos para fabricação e montagem dos painéis do controlador. 18 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD A U T O M A Ç Ã O I N D U S T R I A L • Programação do Controlador Lógico Programável: pode ser executada a partir de diagramas lógicos ou do descritivo funcional, ou a partir de diagramas de rele. • Sistemas Supervisórios e Telas Sinóticas: consiste no detalhamento gráfico da parte estática da tela. • Projeto das Redes de Automação e dos Bancos de Dados; Análise e dimensionamentodas redes no tocante aos seus desempenhos e estruturação do banco de dados. • Documentação/Manuais do Sistema Supervisão: Documento que descreve os procedimentos para utilização do software aplicativo na supervisão e na operação da planta. Testes Compreendem os testes de plataforma, testes de aceitação em fábrica (TAF) e os testes de ac no cliente (TAC). Atenção especial deve ser dada a esta fase. O controle do escopo e da qualidade deve ser rigoroso. O Relatório de Testes deve evidenciar que os requisitos do sistema foram verificados e testados. O sistema somente poderá ser liberado para implantação após resolução de pendências. Todas as partes interessadas devem ser comunicadas e se dedicarem para sanar quaisquer pendências. Uma vez liberado para a implantação, considera-se o sistema até este ponto como validado e atendendo aos requisitos do projeto, ou seja, estabelece-se a linha de base do sistema. Implantação Relatório de Qualificação da Instalação, que deve demonstrar e formalizar que a instalação (hardware e software) e seus respectivos testes estão de acordo com o especificado, não representando riscos para a operação do sistema. Relatório de Desempenho e Validação do Sistema, que deverá demonstrar que o sistema instalado está conforme o planejado e atende a todos os requisitos do projeto. Relatório de Qualificação Operacional, evidenciando todas as informações necessárias para a operação do sistema, foi passado para a equipe de operação do cliente. Entrega e aceite final O Termo de Encerramento é o principal documento desta fase. Ele deve incluir os itens contratuais e os relativos à validação das entregas. O Plano de Manutenção da Validação do Sistema é outro documento importante. Seu objetivo é instruir a equipe interna do cliente para a verificação contínua do estado de validação do sistema, com foco no escopo e na qualidade. O enfoque deve ser proativo, prevenindo falhas e delimitando o horizonte de validação (para o caso de expansões, upgrades, dentre outros). 2 Como é estimado o esforço e prazo de um projeto de automação? 19UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES A U T O M A Ç Ã O I N D U S T R I A L R.: Existe uma série de técnicas para estimar o esforço ao longo do tempo de desenvolvimento de um projeto, como ser: • Estimativa do esforço. • Estimativa de Putnam. • Constructive Cost Model (COCOMO). • Análise de Pontos por Função. • Pontos de Particularidade. • Personal Software Process (PSP) Todas estas técnicas têm como atributo em comum que o escopo do projeto deve ser estabelecido previamente e as métricas de software utilizam os históricos de aferições passadas como base para realizar as estimativas. O termo métrica de software refere-se à mensuração dos indicadores quantitativos do tamanho e complexidade de um sistema. Estes indicadores são, por sua vez, utilizados para correlatar contra os desempenhos observados no passado a fim de derivar previsões de desempenho futuro. Após desenvolver uma estimativa do volume de trabalho a ser feito, é necessário estimar as pessoas que irão se envolver. De um modo geral, se deve estimar a relação tempo/pessoal, sem esquecer que todas as pessoas deverão receber treinamento adequado e "aprender" todo o projeto desde seu início até a fase atual. A estimativa do esforço é a técnica mais comum para se levantar os custos de qualquer projeto de desenvolvimento de engenharia. Um número de pessoas- dia, pessoas-mês ou pessoas-ano é aplicado à solução de cada tarefa do projeto. Um custo em dólares é associado a cada unidade de esforço e um custo estimado será derivado. Como a técnica LOC (linhas de código) ou FP (pontos por função), a estimativa de esforço inicia-se com um delineamento das funções do software obtidas a partir do escopo do projeto. Uma série de tarefas de engenharia de software - análise de requisitos, projeto, codificação e teste - deve ser executada para cada função. 3 Cite alguns custos que devem ser considerados na implantação da automação. R.: Calcular de maneira antecipada todo e qualquer custo que esteja associado ao sistema, tais como: construção, instalação, operação e manutenção. O custo da construção envolve principalmente a quantidade de pessoas que serão necessárias para o desenvolvimento do projeto, como: diretores, consultores e programadores, membros da auditoria, do controle de qualidade ou da equipe de operações. O custo de instalação do sistema pode ser efetuado por conta do próprio usuário através de CD-ROMs. Porém, em caso de sistemas grandes, o processo de instalação é mais complexo e envolve outros fatores, tais como: custo de treinamento do usuário, custo de conversão de banco de 20 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD A U T O M A Ç Ã O I N D U S T R I A L dados, custo de instalação do fornecedor, custo da aprovação legal, custo do processamento paralelo, custo da equipe de desenvolvimento durante a instalação. O custo operacional entra em ação após a instalação do sistema. Haverá um custo para o usuário manter sua operação. Contudo, isso também deve representar uma área em que seu novo sistema economizará dinheiro, pois ele presumivelmente será mais barato que o atual sistema. Os custos operacionais mais comuns são: custos de hardware e de suprimentos, custos de software, custo de pessoal, custo de manutenção e custo de recursos. O custo de falhas, ou manutenção, como podemos imaginar, diz respeito às diversas formas de erros que podem tornar o sistema completamente indisponível até que este erro seja corrigido, enquanto que em outros casos o sistema continua funcionando, porém uma ou mais de suas saídas podem estar incorretas.
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