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Sondagem SPT

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VIRTUALAB – SUMÁRIO TEÓRICO 
SONDAGENS – SPT 
 
Para realização de qualquer obra de construção civil é necessário ter o mínimo de 
conhecimentos sobre a mecânica dos solos. A estabilidade da construção é garantida através do 
mecanismo de transferência dos carregamentos (que compreende o peso da estrutura e as 
cargas acidentais e de ocupação) para o maciço do solo do local. Esta transferência, identificada 
comumente por interação solo e da estrutura, requer a adoção de elementos de fundação 
adequados para cada caso (ANTUNES; TAROZZO, 1998). 
A fundação é um dos principais elementos da construção, portanto é primordial ter 
conhecimento da tipologia do solo e do seu comportamento. A escolha do tipo de fundação, 
seja ela rasa ou profunda, depende de parâmetros importantes que são obtidos através da 
realização de sondagens. Schnaid e Odebrecht (2012) afirma que, no Brasil, cerca de 0,2% a 0,5% 
do custo total de obras convencionais é voltado para realização de sondagens de 
reconhecimento do subsolo. Sendo assim, a investigação geotécnica não pode ser negligenciada 
devido seu impacto no ciclo de vida de uma edificação. 
Existem diversos tipos de sondagens no Brasil, sendo cada uma projetada para cada tipo 
de solo e obtenção de parâmetro específico. O SPT – Standard Penetration Test é o mais popular 
e possui baixo custo e complexidade. O ensaio é padronizado através da NBR 6484 – Solo – 
Sondagens de simples reconhecimento com SPT – Método de ensaio (ABNT, 2001). 
Para realizar o ensaio de SPT, alguns materiais são necessários, como uma torre com 
roldana, tubos de revestimento para o solo, trado concha, trado helicoidal, trépano, 
amostrador-padrão, piquete, martelo de 65 kg e recipientes para amostra. 
A partir da determinação da locação de cada furo no terreno, o mesmo deve ser locado 
com um piquete. A sondagem inicia cavando um furo, com ajuda de um trado concha, até um 1 
metro de profundidade em relação a superfície. As superfícies do furo devem ser revestidas 
para garantir estabilidade e devem estar sempre a uma distância, de no mínimo, 50 cm do fundo 
do furo. A partir do segundo metro de perfuração, intercaladas com as cravações do ensaio, 
deve-se utilizar um trado helicoidal. Caso seja necessário, pode-se realizar a operação de 
perfuração usando-se circulação de água quando o trado helicoidal não avançar mais de 50 mm 
em 10 minutos de operação. 
No primeiro metro escavado, deve-se recolher parte do solo pelo trado-concha. A cada 
metro, a partir do primeiro, devem ser colhidas amostras do solo por meio do amostrador-
padrão. As amostras colhidas pelo amostrador padrão a cada metro, devem ser recolhidas do 
amostrador-padrão para análise da granulometria, plasticidade, cor e outros parâmetros. 
 A torre com roldana e o martelo devem ser posicionados centrados ao furo, conforme 
figura 2. O amostrador padrão é acoplado aos equipamentos de cravação e deve descer 
livremente no furo até ser apoiado suavemente no fundo. Após o posicionamento, apoia-se a 
cabeça de bater e realiza-se uma marcação com giz, em três segmentos de 15 cm, totalizando 
45cm. Em seguida, o martelo é apoiado suavemente na cabeça de bater. Observar caso ocorra 
alguma possível penetração no solo durante esse procedimento. Caso não ocorra, a cravação é 
iniciada. A penetração dos 45 cm é realizada através de impactos sucessivos do martelo caindo 
livremente de uma altura de 75 cm. O número de golpes necessários para cravação de cada 15 
cm do amostrador padrão é anotado. Nem sempre ocorre a penetração exata aos 45 cm. Na 
prática, é registrado o número de golpes empregados para uma cravação imediatamente 
superior a 15 cm. O registro de cravações é expresso em frações, nos três segmentos de 15 cm. 
 
Figura 2 –Torre com roldana e martelo posicionados 
Fonte: LUCENA (2018). 
A cravação com amostrador-padrão deve ser interrompida em três situações: quando 
em qualquer dos três segmentos de 15 cm ultrapasse 30 golpes, quando um total de 50 golpes 
foi aplicado durante toda a cravação ou quando não houver um avanço no amostra-padrão após 
5 golpes sucessivos. Deve-se observar também o nível do lençol freático quando houver 
presença de água ou solo muito molhado. 
O índice de penetração N é expresso pela soma do número de golpes realizados no 
segundo e no terceiro segmento, ou seja, nos últimos 30 cm dos 45 cm totais. A partir do índice 
N pode-se analisar qual o tipo de solo analisado, conforme a tabela 1. 
 
Tabela 1 – Índice de resistência à penetração 
Fonte: NBR 6484 (ABNT, 2001). 
Referências 
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6484 - Solo – Sondagens de simples 
reconhecimento com SPT – Método de ensaio. Rio de Janeiro, 2001. 
ANTUNES, W. R.; TAROZZO, H. Execução de fundações profundas. In: HACHICH,W. et al. 
Fundações: teoria e prática. 2. ed. São Paulo: Pini, 1998. p. 345-348. 
LUCENA, T. S. Análise geoestatística da estimativa de resistência estática a partir de ensaios SPT. 
Natal, 2018. 
SCHNAID, F.; ODEBRECHT, E. Ensaios de campo e suas aplicações à engenharia de fundações - 
2. ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2012.

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