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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _º VARA CÍVEL DO FORO DA COMARCA DE ___ PEDRO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do CIRG n.º, inscrita no CPF/MF sob nº _ endereço eletrônico, residente e domiciliado na Rua x n. x, bairro x, CEP x, nesta Capital, por intermédio de seu advogado que esta subscreve (instrumento de mandato incluso), vem respeitosamente, perante Vossa Excelência com fulcro nos art. 300 e 3002 propor: AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO c/c TUTELA DE URGENCIA Em face de MARCOS, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG/SP n., inscrita no CPF/MF sob nº, endereço eletrônico, residente e domiciliado na Rua n., bairro, CEP, nesta Capital, pelos fatos e direito a seguir expostos: I. PRELIMINARMENTE I.I DA JUSTIÇA GRATUITA: O requerente trata-se de pessoa pobre no sentido amplo da palavra e sua única fonte de renda é utilizada para sustentar seu lar e sua família, não possuindo condições financeiras de arcar com as custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo do seu sustento e família. Pleiteia-se os benefícios da Justiça Gratuita, assegurados pela Constituição Federal, artigo 5º, LXXXIV e pelo Código de Processo pelo, em seu artigo 98 e seguintes. II. DOS FATOS: O consignante celebrou contrato de compra e venda com o consignado cujo objeto contratual incidiu sobre uma máquina de cortar grama, ajustando-se o valor de R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais). Para formalização do negócio, ficou ainda acordado entre os contraentes que a forma de pagamento dar-se-ia por meio da emissão do cheque de n. 007, da Agência n. 507, do Banco X, emitido pelo consignante para pagamento da dívida. Esse cheque era pós-datado para ser depositado em 30 (trinta) dias. No entanto, o consignante ficou desempregado e, decorrido o prazo convencionado, o consignado efetuou a apresentação do cheque o qual foi devolvido por insuficiências de fundo. Mesmo após reapresentá-lo, o cheque não foi compensado pelo mesmo motivo, ou seja, insuficiência de fundo, acarretando o nome do consignante nos cadastros de inadimplentes. Depois de dez meses, o consignante conseguiu um novo emprego e deseja quitar o débito, mas o consignado permanece inerte e, mesmo com a posse do cheque, não demonstra interesse em cobrar a dívida. O consignante não logrou êxito em localizar o paradeiro do consignado, e esse fato inviabilizou não somente o contato pela via postal, mas também a quitação do débito. Considerados todos esses obstáculos que impedem o consignante de saldar sua dívida, ele deseja cumprir com sua obrigação e, por isso, quer consignar a referida quantia, devidamente atualizada, em juízo. Uma vez que o consignante não sabe o paradeiro do consignado, não depositou o valor devido em banco oficial, conforme preleciona o art. 539, § 1º, do CPC. Caso realizasse o depósito e enviasse carta com aviso de recebimento, esta iria retornar sem a localização do consignado, obrigando o consignante a propor esta demanda. Assim, para evitar morosidade no cumprimento da obrigação e aumento dos encargos, optou-se por propor diretamente a demanda o que não é vedado por lei. III. DO DIREITO II.I DA AÇÃO EM CONSIGNAÇÃO A ação de consignação é meio idôneo para quitar o débito do consignante, porque tem previsão legal quando o credor estiver em lugar incerto, conforme dispõe o art. 335, inc. III, do CC. Além disso, a doutrina também explicita que esse instituto jurídico é meio hábil para permitir ao devedor desonerar-se da obrigação assumida, desvencilhando-se do credor. Sabe-se por fim que a jurisprudência também caminha no sentido de permitir ao devedor exonerar-se da obrigação, consignando o valor devido em juízo. O art. 335, inciso III, do Código Civil: “Art. 335. A consignação tem lugar: .... III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil” Note-se, Excelência, que o artigo supraindicado demonstra de forma cristalina que o consignante pode exonerar-se da obrigação em dinheiro, se o credor residir em lugar incerto. Conforme demonstram os documentos em anexo, o consignante não obteve êxito em localizar o consignado. Impõe-se, portanto, o ajuizamento de presente ação. Ademais, a consignação também é considerada meio hábil para retirar o nome do devedor do rol de inadimplentes dos órgãos de restrição de crédito. Uma vez que o consignante irá depositar o débito devidamente corrigido a dívida extinguiu-se não havendo motivo para a permanência de seu nome dos órgãos restritivos de crédito. II.II DA TUTELA DE URGENCIA: O art. 300 do CPC dispõe que a tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. Sendo assim, o artigo aplica-se ao caso do consignante, porque ele depositará a quantia devida com juros e correção monetária não havendo motivo para que seu nome permaneça com restrição. Sabe-se, portanto, que a demora da sentença, mesmo julgado procedente o pedido do consignante, não impedirá que ele continue sofrendo os reflexos da restrição, pois não terá crédito no mercado. Por esse motivo, o consignante pleiteia a retirada de seu nome dos cadastros de restrição de crédito como medida legítima, visto que não haverá mais débito, evidenciando o seu direito e indicando o perigo de dano caso não seja concedida a tutela. IV. DOS PEDIDOS Diante exposto, requer: A) Que seja julgada procedente a presente ação; B) Requer o depósito da quantia devida, no prazo de 05 (cinco) dias contados do deferimento, nos termos do art. 542, inc. I, do CPC C) Antecipação dos efeitos da tutela de urgência, a fim de retirar o nome do consignante do rol de inadimplentes dos cadastros de inadimplentes, segundo dispõe o art. 300 do CPC. D) Requer a Vossa Excelência que se digne de citar o consignado por meio de edital, nos termos do art. 256, inciso II, do CPC, para que o consignado levante a quantia depositada em juízo ou ofereça resposta E) Que seja a parte condenada ao pagamento de custas e honorários advocatícios. F) Que seja designada a audiência de consignação conforme previsto no art. 319, inciso VII do CPC. G) Protesta provar o alegado por todos os meios admitidos em direito, inclusive pela oitiva da parte contrária, oitiva de testemunhas, juntadas de documentos, elaboração de perícias e tudo o mais que se fizer necessário para o deslinde da causa. H) Que seja concedida as benesses da justiça gratuita. Dá-se a causa o valor de R$1.200,00 (mil e duzentos reais). Nestes termos, pede e espera deferimento. Local, data, mês e ano. ADVOGADO OAB
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