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PEÇA 10 - UMC / PRÁTICA SIMULADA 8º SEMESTRE

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _º VARA CÍVEL DO 
FORO DA COMARCA DE ___ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 PEDRO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do CIRG 
n.º, inscrita no CPF/MF sob nº _ endereço eletrônico, residente e domiciliado na Rua 
x n. x, bairro x, CEP x, nesta Capital, por intermédio de seu advogado que esta 
subscreve (instrumento de mandato incluso), vem respeitosamente, perante Vossa 
Excelência com fulcro nos art. 300 e 3002 propor: 
 
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO c/c TUTELA DE URGENCIA 
Em face de MARCOS, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG/SP n., 
inscrita no CPF/MF sob nº, endereço eletrônico, residente e domiciliado na Rua n., 
bairro, CEP, nesta Capital, pelos fatos e direito a seguir expostos: 
 
I. PRELIMINARMENTE 
 
I.I DA JUSTIÇA GRATUITA: 
O requerente trata-se de pessoa pobre no sentido amplo da palavra e sua única fonte 
de renda é utilizada para sustentar seu lar e sua família, não possuindo condições 
financeiras de arcar com as custas processuais e honorários advocatícios, sem 
prejuízo do seu sustento e família. 
Pleiteia-se os benefícios da Justiça Gratuita, assegurados pela Constituição Federal, 
artigo 5º, LXXXIV e pelo Código de Processo pelo, em seu artigo 98 e seguintes. 
 
 
 
 
 
II. DOS FATOS: 
O consignante celebrou contrato de compra e venda com o consignado cujo objeto 
contratual incidiu sobre uma máquina de cortar grama, ajustando-se o valor de R$ 
1.200,00 (mil e duzentos reais). Para formalização do negócio, ficou ainda 
acordado entre os contraentes que a forma de pagamento dar-se-ia por meio da 
emissão do cheque de n. 007, da Agência n. 507, do Banco X, emitido pelo 
consignante para pagamento da dívida. Esse cheque era pós-datado para ser 
depositado em 30 (trinta) dias. 
No entanto, o consignante ficou desempregado e, decorrido o prazo 
convencionado, o consignado efetuou a apresentação do cheque o qual foi 
devolvido por insuficiências de fundo. Mesmo após reapresentá-lo, o cheque não 
foi compensado pelo mesmo motivo, ou seja, insuficiência de fundo, acarretando 
o nome do consignante nos cadastros de inadimplentes. 
Depois de dez meses, o consignante conseguiu um novo emprego e deseja quitar 
o débito, mas o consignado permanece inerte e, mesmo com a posse do cheque, 
não demonstra interesse em cobrar a dívida. O consignante não logrou êxito em 
localizar o paradeiro do consignado, e esse fato inviabilizou não somente o contato 
pela via postal, mas também a quitação do débito. Considerados todos esses 
obstáculos que impedem o consignante de saldar sua dívida, ele deseja cumprir 
com sua obrigação e, por isso, quer consignar a referida quantia, devidamente 
atualizada, em juízo. 
Uma vez que o consignante não sabe o paradeiro do consignado, não depositou o 
valor devido em banco oficial, conforme preleciona o art. 539, § 1º, do CPC. Caso 
realizasse o depósito e enviasse carta com aviso de recebimento, esta iria retornar 
sem a localização do consignado, obrigando o consignante a propor esta 
demanda. Assim, para evitar morosidade no cumprimento da obrigação e aumento 
dos encargos, optou-se por propor diretamente a demanda o que não é vedado 
por lei. 
 
III. DO DIREITO 
II.I DA AÇÃO EM CONSIGNAÇÃO 
A ação de consignação é meio idôneo para quitar o débito do consignante, porque 
tem previsão legal quando o credor estiver em lugar incerto, conforme dispõe o art. 
335, inc. III, do CC. 
Além disso, a doutrina também explicita que esse instituto jurídico é meio hábil 
para permitir ao devedor desonerar-se da obrigação assumida, desvencilhando-se 
do credor. Sabe-se por fim que a jurisprudência também caminha no sentido de 
permitir ao devedor exonerar-se da obrigação, consignando o valor devido em 
juízo. O art. 335, inciso III, do Código Civil: 
“Art. 335. A consignação tem lugar: 
.... 
III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, 
declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso 
perigoso ou difícil” 
Note-se, Excelência, que o artigo supraindicado demonstra de forma cristalina que 
o consignante pode exonerar-se da obrigação em dinheiro, se o credor residir em 
lugar incerto. Conforme demonstram os documentos em anexo, o consignante não 
obteve êxito em localizar o consignado. Impõe-se, portanto, o ajuizamento de 
presente ação. 
Ademais, a consignação também é considerada meio hábil para retirar o nome do 
devedor do rol de inadimplentes dos órgãos de restrição de crédito. Uma vez que 
o consignante irá depositar o débito devidamente corrigido a dívida extinguiu-se 
não havendo motivo para a permanência de seu nome dos órgãos restritivos de 
crédito. 
 
II.II DA TUTELA DE URGENCIA: 
O art. 300 do CPC dispõe que a tutela de urgência será concedida quando houver 
elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco 
ao resultado útil do processo. 
Sendo assim, o artigo aplica-se ao caso do consignante, porque ele depositará a 
quantia devida com juros e correção monetária não havendo motivo para que seu 
nome permaneça com restrição. 
Sabe-se, portanto, que a demora da sentença, mesmo julgado procedente o 
pedido do consignante, não impedirá que ele continue sofrendo os reflexos da 
restrição, pois não terá crédito no mercado. 
Por esse motivo, o consignante pleiteia a retirada de seu nome dos cadastros de 
restrição de crédito como medida legítima, visto que não haverá mais débito, 
evidenciando o seu direito e indicando o perigo de dano caso não seja concedida 
a tutela. 
IV. DOS PEDIDOS 
 
 Diante exposto, requer: 
 
A) Que seja julgada procedente a presente ação; 
 
B) Requer o depósito da quantia devida, no prazo de 05 (cinco) dias 
contados do deferimento, nos termos do art. 542, inc. I, do CPC 
 
C) Antecipação dos efeitos da tutela de urgência, a fim de retirar o nome do 
consignante do rol de inadimplentes dos cadastros de inadimplentes, 
segundo dispõe o art. 300 do CPC. 
 
D) Requer a Vossa Excelência que se digne de citar o consignado por meio 
de edital, nos termos do art. 256, inciso II, do CPC, para que o 
consignado levante a quantia depositada em juízo ou ofereça resposta 
 
E) Que seja a parte condenada ao pagamento de custas e honorários 
advocatícios. 
 
F) Que seja designada a audiência de consignação conforme previsto no 
art. 319, inciso VII do CPC. 
 
G) Protesta provar o alegado por todos os meios admitidos em direito, 
inclusive pela oitiva da parte contrária, oitiva de testemunhas, juntadas 
de documentos, elaboração de perícias e tudo o mais que se fizer 
necessário para o deslinde da causa. 
H) Que seja concedida as benesses da justiça gratuita. 
 
Dá-se a causa o valor de R$1.200,00 (mil e duzentos reais). 
 
 
Nestes termos, pede e espera deferimento. 
 
 
 
Local, data, mês e ano. 
 
 
ADVOGADO 
OAB

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