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DP Contabilidade de Custos

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UNIVERSIDADE PAULISTA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO – ICSC 
CURSOS DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE DISCIPLINA (DP)
ANÁLISE DE CUSTOS
Trabalho Integrado de Ciências Contábeis
SÃO PAULO
2021
TIAGO MIRANDA SILVA – RA: T459338
ANÁLISE DE CUSTOS
A disciplina pendente, apresentada como exigência para a conclusão do curso, da disciplina do 6/7º semestre, do curso de Ciências Contábeis da UNIP - Universidade Paulista, sob orientação do orientador Maurício Narciso.
SÃO PAULO
2021
“Os resultados provêm do aproveitamento das oportunidades e não da solução dos problemas. A solução de problemas só restaura a normalidade.
As oportunidades significam explorar novos caminhos”.
 Peter Ferdinand Drucker.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO	5
2. CUSTEIO PADRÃO	6
2.1. Conceito	6
2.2. Tipos de Padrão	7
2.3. Utilização do Custo Padrão	8
3. ANÁLISE DAS VARIAÇÕES DO CUSTEIO PADRÃO.................................................8
4. CUSTEIO ABC	......12
4.1. Vantagens	14
4.2. Desvantagens	15
5. RKW	16
6. EXERCÍCIOS	17
CONSIDERAÇÕES FINAIS	22
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA	23
1. INTRODUÇÃO
Neste trabalho abordaremos os conteúdos disponibilizados no conteúdo programático do curso de Ciências Contábeis. A realização do trabalho para o cumprimento da DP que será feita em duas etapas P1 e P2.
A principal distinção existente no uso do custeio por absorção é entre custos e despesas. A separação é importante porque as despesas são jogadas imediatamente contra o resultado do período, enquanto que apenas os custos relativos aos produtos vendidos terão o mesmo tratamento. Já os custos relativos aos produtos em e laboração e aos produtos acabados que não tenham sido vendidos são ativados nos estoques destes produtos.
Na legislação tributária brasileira do imposto de renda, esse método é o recomendado, sendo vetado o chamado método direto ou variável (vide contabilidade tributária). Nessa especialização, contudo, deve-se sempre fazer ressalvas: apesar do nome, muitos gastos potenciais não fazem parte do Custo de Absorção para fins tributários, simplesmente porque não são reconhecidos tributariamente como encargos: o imposto de renda do exercício, por exemplo, é um gasto em potencial que não será rateado pelo CIF (Custo Indireto de Fabricação), nem classificado como despesa operacional.
A principal distinção existente no uso do custei o por absorção é entre custos e despesas. A separação é importante porque as despesas são joga das imediatamente contra o resultado do período, enquanto que apenas os custos relativos aos produtos vendidos terão o mesmo tratamento. Já os custos relativos aos produtos em e laboração e aos produtos acabados que não tenham sido vendidos são ativados nos estoques destes produtos.
2. 
CUSTEIO PADRÃO
O custo padrão baseia-se em referências determina das a partir da análise das condições “normais” de produção, considerando um bom desempenho de mão-de-obra, uso de matéria-prima, máquinas e equipamentos, e outros fatores de produção. Entenda como condições normais de produção as que são consideradas desejáveis, mas não fictícias ou inatingíveis.
O custo-padrão é menciona do quando se trata de custos de produção. No entanto, sistemas de custo-padrão podem ser utilizados nas áreas: administrativa, de distribuição, e outros departamentos. A análise de custos permite constatar desvios ocorridos, identificando possíveis irregularidades e ineficiências na utilização de recursos.
O custo-padrão é determinado quantificando o consumo e utilização de matéria prima, mão-de-obra, custos indiretos de fabricação e demais recursos necessários para a elaboração de uma unidade. Essa de terminação requer a utilização de medidas técnicas de produção, definidas com base nos processos. Aos padrões de consumo deve ser atribuído o valor monetário correspondente. 
2.1. Conceito
São um custo predeterminado para a produção de uma unidade, ou de um determinado número de unidades do produto, durante um determinado período no futuro próximo. É o planejamento do custo do produto, conforme as condições de operação correntes e/ou previstas. Baseia-se nas condições normais ou ideais de eficiência e volume, especialmente com respeito aos Gastos Indiretos de Produção. Os Materiais e a Mão-de-obra baseiam-se nas condições correntes, equilibradas pelo nível de eficiência desejado, com reservas para as alterações de preços e taxas. Um custo-padrão, como a expressão implica, consiste em duas partes: um padrão e um custo.
O padrão é o método cuidadosamente predeterminado, ou forma de medir a execução de uma tarefa, isto é, fazer móvel ou montar um computador. As medições quantitativas e qualitativas e os métodos de engenharia traduzem-se em custos, a fim de se atingir um custo-padrão. Deve-se pensar em um padrão em termos de itens específicos, tais como quilos de materiais, horas de mão-de-obra exigidas e horas de capacidade de fábrica a empregar.
Esses padrões físicos, que formam a base de cálculo de um custo-padrão, devem ser fixados com a maior precisão. Na realidade, em muitas situações, nunca se modifica um padrão, exceto quando ocorrem mudanças nos métodos de operação ou nos produtos.	Somente se modificará a parte monetária, quando flutuarem as taxas de mão-de-obra ou os preços de materiais e outros.
2.2. Tipos de Padrão
Normalmente, o custo-padrão é dividido em dois tipos: padrão ideal e padrão corrente.
· Padrão Ideal: Seria um custo desenvolvido em laboratório, com base em estudos minuciosos de tempos e movimentos, com o trabalhador mais bem qualificado para executar aquela tarefa. As perdas de matéria-prima admitidas seriam somente aquelas impossíveis de serem eliminadas.
· Padrão Corrente: é um padrão para um de termina do período, para certas condições e para determina das circunstâncias, unindo aspectos teóricos e práticos. Toma o lugar de um custo real e se endereça para os livros de contas e, mesmo, talvez, para os demonstrativos financeiros. Quaisquer variações entre custos reais e padrão são encaradas como lucros ou perdas, devidos a eficiências ou ineficiências relativas. Revisa-se tal padrão, para refletir a modificação de métodos e de preços. A maioria das empresas adota o padrão corrente e não o básico.
2.3. Utilização do Custo Padrão
O custo-padrão pode ser utilizado para diversas metas ou objetivos. O principal objetivo dos padrões é o controle dos custos, o que eles são e o que deveriam ser. Os objetivos mais importantes do custo-padrão são:
A. Determinar o custo correto, ou o esperado;
B. Definir responsabilidades e obter comprometimento dos responsáveis por cada atividade padronizada;
C. Avaliar o desempenho e a eficácia operacional. Podemos identificar outros aspectos importantes do custo-padrão, como:
· a) O custo padrão não elimina o Real – a implantação do custo padrão pressupõe um bom sistema de Custo Real (Absorção ou Variável). Após a análise das variações do Custo Real, comparando-se com um custo-padrão, identificam-se as causas das variações e, por meio delas, é possível corrigir os rumos atuais;
· b) Formação de preços de venda: É uma das melhores utilizações do custo-padrão. Apesar de, teoricamente, ser o mercado que dá o preço de venda dos produtos, ele deve ser, inicialmente, calculado em cima de condições de custo das empresas. Como elemento inicial para formação de preços de venda, devemos utilizar o custo-padrão, pois ele traz todos os elementos necessários para parametrizar um preço de venda ideal.
3 . ANÁLISE DAS VARIAÇÕES DO CUSTEIO PADRÃO
Controlar significa conhecer a realidade, compará-la com o que de veria ser, tomar conhecimento rápido das divergências e suas origens e tomar atitudes para sua correção. Pode-se dizer que uma empresa tem controle sobre seus custos e despesas quando conhece os que estão sendo incorridos, verifica-se estão dentro do que era esperado, analisa asdivergências e toma medidas para correção de tais desvios.
Segundo Martins (2003) distingue três conceitos para o custo-padrão:
“O custo-padrão ideal, o custo padrão corrente e o custo- padrão estimado.
O custo-padrão ideal corresponde ao custo que seria conseguido com o uso
dos melhores recursos possíveis, sem nenhuma parada por qualquer
motivo. Seria uma meta da empresa a longo prazo e não a fixada para o
próximo período. O custo-padrão corrente é o valor que a empresa fixa
como meta para o próximo período para um determinado produto ou
serviço, levando em conta as deficiências existentes na empresa. É um
valor que a empresa considera difícil de ser alcançado, mas não impossível,
sendo uma meta de curto e médio prazo. O custo-padrão estimado é o que
normalmente a empresa deverá obter, partindo da hipótese de que a média
do passado é um número válido e introduzindo apenas algumas modificações esperadas.”
Segundo Leone (1997):
“O objetivo principal é estabelecer uma medida planejada que será usada
para compará-los com os custos reais ou históricos, coma finalidade de
revelar desvios que serão analisados e corrigidos, mantendo, as sim, o
desempenho operacional dentro dos rumos previamente estabelecidos.”
Um dos motivos mais relevantes para analisar as variações de custos, ou seja, a existência de diferenças entre os custos padrão e real, é a busca de informações que expliquem a existência de tais diferenças. As variações de custos se dividem em variações de custos diretos e variações de custos indiretos.
Nas variações dos custos diretos, são comuns variações de materiais diretos e variações de mão-de-obra direta. A variação de materiais diretos pode existir devido à variação da quantidade ou do preço dos materiais.
Na análise das variações dos custos indiretos considera-se, primeiramente, a diferença entre o volume determinado para o cálculo do padrão e o volume real de produção, pois esta diferença provoca alteração nos custos unitários devido à existência dos custos indiretos fixos. As variações dos custos indiretos se dividem em variação de volume, variação de eficiência e variação de custo. A variação de volume é a diferença entre o custo indireto padrão ao nível padrão do volume de produção e o custo indireto que seria padrão no nível real. É de vida a os custos fixos e origina-se na produção real diferente, em quantidade, do volume padrão. A variação de eficiência é a diferença entre o custo indireto que seria padrão ao nível real e o custo indireto padrão ao nível real ajustado pela ineficiência. Deriva de um uso diferente de insumos ou fatores de produção daquele que seria desejável pelo padrão para determinada quantidade produzida. A variação de custo é a diferença entre o custo indireto que seria padrão a o nível real e o custo indireto real. É representada pelo comportamento dos custos indiretos, acima ou abaixo do que deveriam, considerando o volume real de produção.
As variações de custos por si próprias não chegam a revelar problemas nem oportunidades, porém, quando significativas, atuam como indicadores de desvios que podem ameaçar a continuidade da empresa ou pelo menos comprometer a sua eficácia.
Para Martins (2003), algumas vezes as causas das variações são fáceis de serem localizadas; outras vezes, o tempo despendido em sua pesquisa pode ser muito grande. É aconselhável que a empresa determine um valor a baixo do qual não se esforçará para localizar a razão das variações. O importante é que se utilize um critério que não faça a empresa gastar mais na procura das razões das variações do que já gastou ao incorrer.
Como foi mencionada anteriormente, a união das vantagens oferecidas pelo Custeio baseado em atividades com os conceitos do Custeio-Padrão constitui-se uma ferramenta bastante útil para o gerenciamento do s custos empresariais. Em outras palavras, adaptando as técnicas de análise de variações para o sistema ABC através do controle e análise dos custos das atividades cria-se uma forma de se ter um controle mais detalhado sobre o processo produtivo, possibilitando conhecer e identificar deficiências na empresa.
A análise convencional utiliza o volume de produção como base para alocação de todos os custos a os produtos. Mesmo isso sendo aceitável para relatórios financeiros, deve-se considerar o custeio dos produtos e a análise das variações como duas funções distintas de um sistema de custos. Assim, como o volume de produção não é sempre o melhor direcionador, o sistema pode não apresentar a verdadeira realidade da produção. Isto conduz a uma inadequada análise das variações, levando os gerentes a conclusões equivocadas. No entanto, essas deficiências são minimizadas quando a análise de variações passa a ser aplicada no custeio baseado em atividades.
No ABC, a escolha de direcionadores adequados para cada uma das atividades conduz a uma análise de variações com informações confiáveis e o fato dessa análise ser feita nas atividades desempenha das na empresa mostra quais os setores que estão apresentando maiores problemas, direcionando para essas áreas maiores atenções por parte dos gerentes. A análise de variações no sistema ABC será discutida com maiores detalhes no item seguinte.
A padronização dos custos das atividades visando-se ter uma previsibilidade de como eles provavelmente irão se comportar no período caso as variáveis envolvidas no processo ocorram dentro das condições normais de trabalho, é uma medida interessante para uma boa gestão da empresa através dos custos industriais. Ao final de cada período, os custos reais são comparados com os valores padronizados de forma a verificar se as atividades se encontram dentro do esperado. A ocorrência de variações significativas entre os custos padrão e real pode indicar prováveis deficiências dentro da empresa.
Os conceitos discutidos nos itens anteriores foram aplicados em uma indústria de autopeças com o objetivo de verificar os benefícios da análise de variações de custos das atividades e a qualidade das informações que podem ser geradas para o processo de decisões gerenciais. Devido à necessidade de preservação das informações da empresa, os dados apresentados não correspondem aos valores reais. A análise se limitou a um determinado posto de trabalho, que realiza operações de usinagem de desbaste em buchas fundidas de ferro fundido nodular, usadas como matéria-prima para produção de anéis de vedação de motores de combustão interna. A atividade usinagem de desbaste e corte de anéis é composto pelas operações de torneamento interno, torneamento externo e corte da bucha em anéis.
Antes de prosseguirmos é oportuna uma descrição do sistema de custos utilizado pela empresa. No ambiente atual a alocação dos custos dos departamentos de produção é feita através de centros de custos. Ao final do período tudo o que foi gasto é somado e dividido pelo volume de produção para se conhecer o custo unitário. Os gastos dos departamentos de apoio, como Qualidade e Recursos Humanos, são apropriados aos departamentos produtivos por meio de rateios. A análise de variações empregada se limita à comparação entre os custos reais e os custos orçados, sendo o conceito do custo-padrão pouco empregado. As informações acima descrevem uma estrutura de custos tradicional, útil apenas para alocação dos custos aos produtos e controle dos gastos, para que estes não excedam os orçamentos previstos. É adequada para fins contábeis, mas fornece pouca informação para fins gerenciais. A análise de variações de custos no sistema ABC apresentada a seguir aparece com a finalidade de fazer desta uma ferramenta útil para a tomada de decisão e para controle dos processos através dos custos.
Utilizando técnicas de racionalização do trabalho e levando em consideração algumas deficiências da empresa, foi realizado um estudo sobre a atividade com a finalidade de obter o consumo dos recursos em condições normais de trabalho.
4. CUSTEIO ABC
Sistema de custeio ABC permite melhor visualização dos custos através da análise das atividades executadas dentro da empresae suas respectivas relações com os objetos de custos. Nele, os custos tornam-se visíveis e passam a serem alvos de programas para sua redução e de aperfeiçoamento de processos, auxiliando, assim, as organizações a tornarem-se mais lucrativas e eficientes.
Com seu poder de assinalar as causas que levam ao surgimento dos custos, o ABC permite aos gerentes uma atuação mais seletiva e eficaz sobre o comportamento dos custos da organização.
O ABC determina que as atividades reduzem os recursos da empresa, agregando-as em centros de custos por atividades. Em seguida, e para cada um desses centros de atividades, atribui custos aos produtos baseado em seu consumo de recursos. Com isso, é possível se determinar quais são os produtos menos custeados e quais são os mais custeados, possibilitando uma melhoria nas decisões gerenciais. O ABC permite ainda que se façam ações para o melhoramento contínuo das tarefas de redução dos custos, como a melhora dos serviços, avaliação das iniciativas de qualidade, corte de desperdícios, aprimoramento dos processos de negócio da empresa, entre outros.
No sistema de custeio ABC a atribuição dos custos indiretos são feitos em dois estágios. No primeiro estágio, denominado de “custeio das atividades”, os custos são direcionados as atividades. No segundo estágio, denominado de “custeio dos objetos”, os custos das atividades são atribuídos aos produtos, serviços e clientes.
Assim como os demais sistemas de custeio, ele também tem suas restrições, e entre elas a de não ser aceito pelo fisco.
Pelas suas próprias características, o ABC tem como fortes candidatas a sua implantação as organizações que utilizam grande quantidade de custos indiretos no seu processo produtivo e que tenham significativa diversificação em produtos, processos de produção e clientes.
Embora suficientemente simples, o sistema de custeio ABC, tem contribuído para melhorar sensivelmente a tradicional metodologia de análise de custos. Seu objetivo é rastrear as atividades mais relevantes, para que se identifiquem as mais diversas rotas de consumo dos recursos da empresa. Por meio dessa análise de atividades, busca-se planejar e realizar o uso eficiente e eficaz dos recursos da empresa. A atribuição de custos as atividades são feitas de uma forma criteriosa de acordo as seguintes prioridades:
· Alocação direta: isto se faz quando há uma identificação clara, direta e objetiva de certos itens de custos com certas atividades;
· Rastreamento: é uma alocação com base na identificação da relação, causa e efeito, entre a ocorrência da atividade e a geração de custos. Essa relação é expressa através de direcionadores de custos de primeiro estágio, também conhecidos como direcionadores de custos e recursos;
· Rateio: o rateio é realizado quando não há a possibilidade de utilizar nem a alocação direta, nem o rastreamento.
A medida que as empresas utilizam tecnologia de produção mais avançadas os custos indiretos de fabricação aumentam e o valor da mão-de-obra direta diminui. Assim a distribuição dos custos indiretos proporcionalmente a mão-de-obra direta conduz a um custeio incorreto dos produtos. Nesse intenso movimento de mudanças o processo de gestão empresarial passa por novos desafios e os gestores, necessariamente, passam a trabalhar com novos modelos de decisão e esses novos modelos de decisão demandam novas informações. Não podemos esquecer que a informação é a matéria-prima do processo de tomada de decisões.
Para melhor entendimento apresentamos as vantagens e desvantagens da aplicação do método de custeio ABC.
4.1. Vantagens
· Informações gerenciais relativamente mais fidedignas por meio da redução do rateio;
· Adequa-se mais facilmente as empresas de serviços, pela dificuldade de definição do que seja custos, gastos e despesas nessas entidades;
· Menor necessidade de rateios arbitrários;
· Atende aos Princípios Fundamentais de Contabilidade;
· Obriga a implantação, permanência e revisão de controles internos;
· Proporciona melhor visualização dos fluxos dos processos;
· Identifica, de forma mais transparente, onde os itens em estudo estão consumindo mais recursos;
· Identifica o custo de cada atividade em relação aos custos totais da entidade
· Pode ser empregado em diversos tipos de empresas;
· Pode, ou não, ser um sistema paralelo ao sistema de contabilidade;
· Pode fornecer subsídios para gestão econômica, custo de oportunidade e custo de reposição;
· Possibilita a eliminação ou redução das atividades que não agregam valor ao produto.
4.2. Desvantagens
· Gastos elevados para implantação;
· Alto nível de controles internos a serem implantados e avaliados;
· Necessidade de revisão constante;
· Consideram-se muitos dados;
· Informações de difícil extração;
· Dificuldade de envolvimento e comprometimento dos empregados da empresa;
· Necessidade de reorganização da empresa antes de sua implantação;
· Dificuldade na integração das informações entre departamentos;
· Falta de pessoal competente, qualificado e experiente para implantação e acompanhamento;
· Necessidade de formulação de procedimentos padrões;
· Não é aceito pelo Fisco;
· Maior preocupação em gerar informações estratégicas do que em usa-las.
O sistema de custeio ABC apresenta diversas vantagens que devem ser cuidadosamente analisadas pelas empresas, com o sentido de serem tirados proveitos de suas informações, colocando a entidade em uma posição privilegiada. Contudo a necessidade imposta pelo mercado, os custos de implantação e acompanhamento, o recurso humano necessário, os produtos envolvidos, as necessidades dos gestores, etc., devem ser analisados para que se dimensionem as vantagens e desvantagens para cada instituição.
Não se pretendeu ser finalista nos estudos sobre vantagens e desvantagens do ABC, visto que em cada entidade pode-se numerar outros pontos. O que deve ocorrer é manter-se sempre pronto para as mudanças mercadológicas e estar sempre preparados para reorganizar o sistema de custeio ABC de maneira harmônica com cada momento da economia.
Os estoques iniciais e os custos de produção acabada no período já são conhecidos. Os estoques já vêm do ano anterior e estavam no ativo do balanço patrimonial anterior. Os custos da produção acabada foram calculados no orçamento anterior de CPA.
5. RKW
Custeio RKW (Reichskuratoriun fur Wirtschaftlichtkeit) é um processo de fixação de preço do produto com base na alocação dos custos fixos e variáveis, somados a eles também as despesas que a empresa apresenta. Surgiu na Alemanha ao redor de 1900. Este sistema de custeio foi utilizado antes da determinação atual da legislação fiscal (custo de absorção) brasileira, e sua principal vantagem era de que em qualquer aumento de um item (custo ou despesa) seria possível calcular o seu efeito no preço final do produto. No sistema RKW além dos custos são apropriadas as despesas aos produtos.
O sistema é simples; distribuem-se aos produtos os custos diretos e indiretos, pelo custeio de absorção, e as despesas de vendas, administrativas, financeiras, etc. Com isso a empresa chega ao total gasto na produção e venda dos produtos, considerando os gastos antes, durante e depois da produção. Neste sistema os custos e despesas são primeiramente atribuídos aos setores/departamentos de produção e em seguida alocados nos produtos. Como ferramenta de gerenciamento de custo, este custeio serve como base para fixar o preço de venda do produto, uma vez que, calculados os custos e as despesas, basta adicionar a margem de lucro que a empresa espera alcançar. Com a evolução da importância do estudo de custos de produção, atualmente tem sido pouco utilizado, porém qualquer critério de fixação de preços de venda com base em custo de produção e despesa terá algo a ver com o sistema RKW.
Distribuição dos custos deve representar da melhor forma possível o uso dos recursos. Como os custos são os valores dos insumos utilizados, a distribuição dos custos deve respeitar o consumo daqueles insumos pelos centros. Assim o centro que usou um certo recurso deve arcar comos custos correspondentes. Da mesma maneira, um centro que utilizou com maior intensidade um recurso compartilhado com outros centros deve ficar com uma parcela maior dos custos referentes àqueles insumos.
Na quarta etapa, denominada distribuição secundária, ocorre a distribuição dos custos dos centros indiretos para os diretos. Para que ocorra uma distribuição mais precisa, é necessário usar critérios que condizem com a efetiva utilização dos centros indiretos pelos outros.
A quinta e última etapa do processo de implantação consiste em distribuir os custos aos produtos. Para se conseguir uma distribuição adequada é preciso utilizar uma unidade de medida do trabalho do centro direto, o qual deve demonstrar o quanto de esforço utilizou-se para a fabricação de determinado produto. É necessariamente importante que a unidade de trabalho demonstre da melhor forma possível a parcela do trabalho do centro dedicada a cada produto.
6. EXERCÍCIOS
1) A Nossa Fábrica de Produtos conseguiu produzir 8 mil unidades do objeto mono e, no mesmo período, vendeu 6 mil unidades dele, a vista, pelo preço total de R$ 60.000,00. As outras informações relativas às operações do período são as seguintes:
· Materiais diretos R$ 2,00 por unidade;
· Mão-de-obra direta R$ 1,00 por unidade;
· Custos indiretos de fabricação R$ 40.000,00 total;
· Custos indiretos de fabricação fixos, correspondentes a 60% dos CIFs;
· Despesas fixas de venda e de administração R$ 10.000,00;
· A empresa não possuía estoque inicial de produtos;
· Tanto a fabricação como a venda está isenta de tributação.
Com os dados acima alinhados, se a empresa utilizar o Custeio por absorção, o valor do Lucro Bruto apurado no período será de:
a) R$ 12.000,00
b) R$ 18.000,00
c) R$ 30.000,00
d) R$ 42.000,00
e) R$ 48.000,00
RESPOSTA:
Produção - 8.000 UNIDADES; Venda - 6.000 UNIDADES;
Método do Custeio por Absorção:
Todos os custos fixos e variáveis entram no cálculo da produção do período.
1 – Calcular o CPP – CUSTO DA PRODUÇÃO DO PERÍODO
CPP = MATERIAL DIRETO + MAO DE OBRA DIRETA + CUSTOS INDIRETO
CPP UNT = 2,00 + 1,00 + 5,00 (40,000 DIVIDIDO POR 8.000 UNIDADES).
2) A empresa “TRÊS IRMÃOS LTDA”, produz armários residenciais que são comercializados na cidade de SÃO PAULO. Em abril de 2012, a empresa apresentou a seguinte planilha de gastos:
· Salários da Administração $10.000
· Salário dos 20 funcionários da produção $8.300
· Publicidade e propaganda $600
· Depreciação das máquinas da fábrica $500
· Aluguel do prédio da fábrica $800
· Material de escritório consumido (papel, clipes e etc) $100
· Salário do supervisor de produção $1.100
· Energia elétrica da fábrica $400
· Gastos com limpeza da fábrica $150
· Matéria-prima consumida $16.000
· Despesas de entrega para os lojistas $500
· Comissões de vendedores $2.000
· IPTU da fábrica $200
· Despesas financeiras $1.000
TOTAL DOS GASTOS $41.650
Informações adicionais:
A empresa produz 2 tipos de armários: standard e luxo. No mês foram produzidos 30 standard, 20 luxos.
A empresa vendeu 27 standard á $800,00 cada, 19 luxos a $1500,00 cada. Os impostos incidentes sobre as vendas são de 18% sobre o faturamento.
Com base nas informações acima, pede-se:
1- Organizar um quadro:
a) Apropriando os custos diretos aos 2 produtos fabricados pela empresa. Considerar que 60% da matéria-prima total utilizada foram destinadas à produção de armários luxo, e 40% no standard. No caso da mão-de-obra direta, sabe-se que 12 funcionários se dedicam, exclusivamente, à produção de armários luxo, e o restante ao standard. Os trabalhadores têm os mesmos salários.
b) Apropriando os Custos Indiretos de Fabricação, proporcionalmente à matéria- prima utilizada na fabricação dos 2 produtos.
c) Apurando o custo total de produção de cada produto, bem como o custo unitário de fabricação de cada produto.
2- Calcular o resultado da empresa no período, demonstrando:
a) A receita Bruta de Vendas;
b) O custo das Mercadorias Vendidas;
c) O Lucro Líquido do mês;
d) Valor do Estoque Final;
e) A margem de lucro (se houver).
RESPOSTA
Antes de qualquer coisa, é necessário separar os custos das despesas.
Os custos são:
· Salário dos 20 funcionários da produção $8.300
· Depreciação das máquinas da fábrica $500
· Aluguel do prédio da fábrica $800
· Salário do supervisor de produção $1.100
· Energia elétrica da fábrica $400
· Gastos com limpeza da fábrica $150
· Matéria-prima consumida $16.000
· IPTU da fábrica $200
TOTAL DOS CUSTOS $27.450
As despesas são:
· Salários da Administração $10.000
· Publicidade e propaganda $600
· Material de escritório consumido $100
· Despesas de entrega para os lojistas $500
· Comissões de vendedores $2.000
· Despesas financeiras $1.000
TOTAL DAS DESPESAS $14.200
Enquanto as despesas são reservadas para serem apropriadas diretamente na Demonstração do Resultado do período, os custos, por sua vez, devem ser minuciosamente identificados aos produtos fabricados.
· Standard Luxo TOTAL
· Salário produção $3.320 e $4.980 e $8.300
· Depreciação $200 e $300 e $500
· Aluguel $320 e $480 e $800
· Salário supervisor $440 e $660 e $1.100
· Energia $160 e $240 e $400
· Limpeza $60 e $90 e $150
· Matéria-prima $6.400 e $9.600 e $16.000
· IPTU da fábrica $80 e $120 e $200
TOTAL DOS CUSTOS $11.080 e $16.370 e $27.450
Quantidade produzida: 30 e 20
Custo Unitário $369,4 e $818,5.
Demonstrativo de apuração do Resultado:
Receita Bruta de Vendas $50.100
27unid. X $800
19unid. X $1.500
(-) Impostos sobre vendas (18%) ($9.018)
= Resultado Líquido $41.082
(-) Custo das Mercadorias Vendidas ($25.525,3) 27unid. X $369,4 e 19unid. X $818,5= Lucro Bruto $15.556,7
(-) Despesas do mês ($14.200)
= Lucro Líquido $1.356,7
O valor do estoque final é de $1.926,7 
3 unid. X 369,4 = $1.108,2
1 unid. X 818,5 = $818,5
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A formação de preço dos produtos e serviços, se da no processo de condições de muitas variáveis diferentes, de acordo com a condição do mercado, na aceitação dos produtos e serviços.
Os custos evidenciam e afetam os preços dos produtos e serviços em situações do mercado de aceitação deste, levando em conta a concorrência do mercado em que se encontra o produto e serviços, assim os preços podem ser fixados com base nos custos, com base no mercado ou uma combinação entre ambos. Os processos de custeamento é que nos leva a uma adequação de um menor custo para o produto e serviços para a sua formação de preço.
A Contabilidade de Custos desenvolveu-se a partir da Revolução Industrial, com o surgimento das máquinas e da produção em grande escala. Nos dias atuais com a competição tornando-se globalizada, as empresas estão correndo em busca de inovações tecnológicas que garantam a elevação do nível da qualidade dos produtos.
A Contabilidade de Custos visa maximizar o resultado da empresa, dando ênfase a total satisfação do cliente. “A ciência contábil é uma ciência dividida em diversas especialidades. A Contabilidade de Custos, refere-se a uma parte da Contabilidade, sendo impossível separá-la”. A Contabilidade de Custos centra sua atenção no estudo da composição e no cálculo dos custos, também observa o resultado dos centros ou dos agentes do processo produtivos.
Um bom exemplo é o livro de Hilário Franco, "contabilidade industrial", que ilustra os LANÇAMENTOS CONTÁBEIS necessários para o acompanhamento, na forma de PARTIDAS DOBRADAS, desde a aquisição dos fatores de produção à evidenciação do custo dos produtos fabricados e vendidos, passando pela valoração dos estoques de insumos, materiais e produtos.
REFERÊNCIAS
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2003.
LEONE. G.G. Curso de Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas, 1997.
WERNKE, Rodney. Análise de custos e preços de venda: ênfase em aplicações e casos nacionais. São Paulo: Saraiva, 2005
IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos e FARIA, Ana Cristina de. Introdução à teoria da contabilidade: para o nível de graduação. 5. ed. 2. reimpr. São Paulo:
Atlas, 2009
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