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FARMACOGNOSIA APLICADA E FITOTERAPIA - SDE3850 Bárbara Rocha GRUPOS DE METABÓLITOS SECUNDÁRIOS SINERGISMO As interações sinérgicas, por sua vez, são observadas quando o efeito produzido por uma combinação de substâncias é superior ao que se poderia esperar com base na contribuição individual de seus componentes. A combinação de substâncias com efeito sinérgico pode aumentar a biodisponibilidade de substâncias ativas e/ou reduzir as doses destas ÁCIDOS GRAXOS Características dos Ácidos Graxos mais comuns: Acíclicos, saturados ou não, monocarboxilados, cadeia normal e número par de carbonos PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS São ácidos carboxílicos de cadeia longa (geralmente mais de 10 carbonos) ; Possuem alto PF; Podem ou não ter dupla ligação ; Geralmente não apresentam ramificações. REPRESENTAÇÃO DOS ÁCIDOS GRAXOS. 14:0 mirístico, 16:1 (9c) palmitoleíco, 18:2 (9c:12c)linoleico 20:4 (5c,8c,11c,14c) Araquidônico ÁCIDOS GRAXOS (como a gordura vegetal hidrogenada, ou a margarina, que são óleos com pouquíssimas insaturações ou duplas ligações.) DERIVADOS DE ÁCIDOS GRAXOS Ceras: Ester de um ácido graxo a um álcool graxo Função Revestimento foliar: para evitar perda de H2O DERIVADOS DE ÁCIDOS GRAXOS Sabões: Podem ser sais de ácido graxo, de cadeia longa , normalmente sem ramificação, com ou sem dupla, com uma base (NaOH/ KOH) DERIVADOS DE ÁCIDOS GRAXOS Ceramidas: Amida formada da união de um ácido graxo com amina. DERIVADOS DE ÁCIDOS GRAXOS TAG: Formado a partir de 3 ácidos graxos + glicerol. Reserva energética: vegetais (sementes) e animais (tecido adiposo e fígado) DERIVADOS DE ÁCIDOS GRAXOS Fosfolipídios: Ac fosfórico e um conjunto nitrogenado além do AG Constituição da Membrana celular BIOSSÍNTESE DOS METABÓLITOS SECUNDÁRIOS CARACTERIZAÇÃO DOS POLICETÍDEOS.Policetídeos DERIVADOS DE ÁCIDOS GRAXOSGlicolípideos: Diacilglicerois ligados a açúcares. DERIVADOS DE ÁCIDOS GRAXOS Lectina: Diacilglicerol que possuem um fosfato ligado a um AA (geralmente serina). DERIVADOS DE ÁCIDOS GRAXOS Esteroides Estrutura base: 4 anéis (3 de 6 membros e 1 de 5 membros) Éster de um ácido graxo a esteroide. EICOSANÓIDES (PROSTAGLANDINAS, TROMBOXANAS E LEUCOTRIENOS) AG ofelínicos, de cadeia longa, que apresentam atividade fisiológica e farmacológica. Atuam como segundo mensageiro modulando ação de respostas metabólicas. QUINONAS INTRODUÇÃO São compostos orgânicos que podem ser considerados como produtos da oxidação de fenóis; Por isso, a redução de quinonas pode originar os correspondentes fenóis. Principal característica: presença de dois grupos carbonílicos que formam um sistema conjugado com pelo menos duas ligações duplas C-C. Apenas algumas podem ser classificadas como substâncias com caráter aromático (nafto, antra e fenantraquinona) Apresentam-se como substâncias cristalinas de cor amarela a vermelha, ocasionalmente pode ser azul, verde ou mesmo preta. As reações de oxi-redução que ocorrem devido a alta reatividade química são responsáveis pelo papel importante de carreadores de elétrons nos processos metabólitos das células. TERMINOLOGIA E CLASSIFICAÇÃO Unidade quinoide (1,4 dicetociclohexa-2,5 dieno ou 1,2-dicetociclohexa-3,5- dieno) ocorre com relativa abundância em substâncias de origem biológica. Rubia tinctorum L (Rubiaceae) Presença de alizarina, antraquinona Usada no antigo Egito, Pérsia e Índia como material corante e na dieta alimentar. Conospermum incurvum Lindl. (Proteaceae) Presença de naftoquinona trimérica conocurvona- Atividade inibidora da replicação do vírus HIV Importância CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS Formas reduzidas e oxidadas de antraquinona Antraquinonas também conhecido como antranóides, derivados antracênicos ou derivados hidroxiantracênicos. Os derivados contidos nas plantas secas apresentam-se geralmente em um estado mais oxidado do que as substâncias desse grupo presentes originalmente em plantas frescas. São os primeiros derivados que se formam nas plantas; Normalmente se encontram ligados a açucares formando glicosídeos. Inter-relação entre as formas reduzidas e oxidadas dos derivados antracênicos NUMERAÇÃO DOS COMPOSTOS ANTRACÊNICOS: ATENÇÃO A CONTAGEM DOS CARBONOS: VARIAÇÕES ESTRUTURAIS E OCORRÊNCIA NA FORMA DE HETEROSÍDEOS São característicos grupos hidroxilas em C-1 e C-8, bem como o grupamento cetônico em C-9 e C-10. Grupamentos metílicos, metoxila e carbonila podem estar presente em C-3 (R1) e um grupo hidroxila ou metoxila em C-6(R2). Geralmente apresentam-se como O-glicosídeos, normalmente no C-1, C-8 e C-6. Podem ocorer C- glicosídeos, geralmente a ligação ocorre no C-10. BIOGÊNESE As quinonas de plantas superiores são sintetizadas através de várias rotas metabólicas; As antraquinona podem ser formamadas via ácido chiquímico e acetado ou totalmente acetato. proveniente da desaminação do ac glu tâmico quanto do ciclo do ácido cítrico Proveniente do acetato POLICETÍDEOS: SUBSTÂNCIAS AROMÁTICAS (COM ANEL BENZÊNICO) RELAÇÃO ESTRUTURA X ATIVIDADE Presença de glicosídeos: Forma de transporte e de maior potência farmacológica. Porém pela reduzida solubilidade são menos absorvidos do a forma livre. Presença de antronas e diantronas são até 10 x mais ativas que as formas oxidadas. Sendo liberada no intestino grosso após hidrólise do glicosídeo. Assim os glicosídeos de antronas são os mais potentes enquanto que glicosídeos de antraquinona só tem ação em doses altas Presença de OH em C-1 e C-8: essencial para ação laxativa TERPENOS CARACTERÍSTICAS São encontradas abundantemente nas plantas superiores, alguns fungos e organismos marinhos; São encontrados nos insetos e em suas secreções de defesa; São consideradas proteínas cuja estrutura pode ser dividida em unidades isoprénicas (C5H8)n, por isso também são chamados de isoprenóides; Os terpenos oxigenados são denominados terpenóides. Hidrocarbonetos, múltiplos de 5. CARACTERÍSTICAS Armazenados nas folhas, flores, frutos, caules e raízes de muitas plantas, e em glândulas odoríferas de animais, os terpenos são responsáveis por grande parte dos cheiros exalados pelos campos e florestas por ser um dos principais constituintes dos óleos essenciais das plantas. As plantas ricas em óleos voláteis são as angiospermas dicotiledôneas, como aquelas das famílias Astaraceae, Apiaceae, Lamiaceae, Lauraceae, Myrtaceae, Myristicaceae, Piperaceae, Rutaceae, entre outras. Todos os órgãos vegetais podem acumular os óleos voláteis, sua composição pode variar de acordo com sua localização. Um exemplo disso é a canela, óleo da casca é rico em aldeído cinâmico, enquanto o óleo de suas folhas são ricos em eugenol e nas raízes em cânfora. Além dos óleos voláteis obtidos de diferentes órgãos de uma mesma planta poderem apresentar composição química , caracteres físico-químicos e odores distintos, óleos voláteis extraído do mesmo órgão de uma mesma espécie vegetal, podem ter composição química distinta de acordo com a época de coleta, condições climáticas e de solo. ÓLEO ESSENCIAL BIOSSÍNTESE Via do mevalonato ==== formação da unidade básica IPP (Isopentenilpirofosfato) Importânte: enzima IPP (preniltransferase) Acetil CoA Acetoacetil CoA CLASSIFICAÇÃO CLASSIFICAÇÃO Monoterpeno C10 Sesquiterpeno C15 Diterpeno C20 Sesterpeno C25 Triterpeno C30 Tetraterpeno / Carotenóides C40 MONOTERPENOS Os monoterpenos são bem conhecidos como constituintes da essência volátil de flores e óleos essenciais extraídos de plantas medicinais e ervas aromáticas, justificando sua importância para a indústria de perfumes e aromatizantes (odor). SESQUITERPENOS Têm ampla distribuição na natureza; Formam a mais extensa classe de terpenóides; São terpenos formados por 15 carbonos, ou seja 3 unidades isopreno e sua fórmula molecular é C15H24. Alguns sesquiterpenos estão presentes em diversos óleos essenciais . Lactonas sesquiterpênicas são quimicamentedistinta dos outros membros do grupo . DITERPENOS As resinas ácidas apresentadas por coníferas e leguminosas, os hormônios giberelinas, fitoalexinas, e metabólitos secundários farmacologicamente importantes (como Taxol®,quimioterápico, e forscolina, usada no tratamento de glaucoma) são exemplos de diterpenos. Não são voláteis Raramente combina-se com açúcares para formar glicosídeos. TRITERPENOS Os triterpenos são sintetizados a partir da condensação cauda-cauda de duas unidades de sesquiterpeno (pela extremidade fosfato). Triterpenos livres também ocorrem em certas resinas e outros possuem atividades biológicas importantes. Ainda são precursores de fitoesteróis, como o estigmasterol, o α- e o β-sitosterol. Os fitoesteróis possuem 28 ou 29 átomos de carbono, ao contrário daqueles esteróides animais, com 27. Outros triterpenos e fitoesteróis, quando ligados a pequenas cadeias de açúcar (oses), são denominados saponinas, e possuem ações biológicas interessantes, além da propriedade espumante de alguns. Alguns fitoesteróis podem ainda originar alcalóides esteroidais, como aqueles presentes em espécies do gênero Solanum (Solanaceae), como o tomate e a jurubeba. Triterpenos ainda podem originar heterosídeos cardiotônicos, uma classe especial de substância empregada na medicina, como a digoxina, empregada no tratamento de insuficiência cardíaca congestiva. Finalmente, triterpenos em animais ainda podem originar ácidos biliares e vitamina D, além dos hormônios esteroidais. Importância Econômica: Industrias ( alimento, cosmética e farmacêutica) Avaliação da qualidade da matéria prima: Testes organoléptico Controle da identidade e da pureza, densidade e outros Métodos cromatográficos de análise IMPORTÂNCIA SAPONINA CARACTERÍSTICAS Glicosídeos de esteroides ou terpenos policíclico; Por isso possuem propriedade de redução de tensão superficial da água e suas ações detergentes e emulsificantes. Característica lipofílica Característica hidrofílica Triterpeno ou esteroide (aglicona ou sapogenina) Açúcares Anfipática CARACTERÍSTICAS Possuem elevada massa molecular (600 a 2000); Ocorrem em misturas complexas devido a presença concomitante de estruturas com um número variado de açúcares ou ainda devido á presença de diversas agliconas; Cadeia de açúcares pode ser linear ou ramificada (dificuldade na elucidação estrutural e isolamento); Interesse farmacêutico: adjuvante em formulações, componentes ativos em drogas vegetais ou ainda como matéria prima para síntese de esteroides. PROPRIEDADES GERAIS Em solução aquosa formam espuma persistente e abundante; Espuma estável a ação de ácidos minerais diluídos, diferenciando-a daquela dos sabões comuns; Sabor amargo e acre; São tóxicas para alguns insetos; Elevada solubilidade em água; Ação sobre membranas (ex: ação hemolítica- desorganização das membranas das células sanguíneas); Complexação com esteroides: por isso apresentam ação antifúngica e hipocolesterolemiante. Nem sempre presentes em todas a saponinas TERMOLOGIA E CLASSIFICAÇÃO 1- DE ACORDO COM A AGLICONA (SAPOGENINA) Saponina Esteroidais (núcleo esteroidal/ C-27/ Sistema tetracíclico) Menor abundância 1- DE ACORDO COM A AGLICONA (SAPOGENINA) Saponina triterpênica (Possuem esqueleto com 30 C, num sistema pentacíclico) Mais abundante TERMOLOGIA E CLASSIFICAÇÃO SAPONINAS TRITERPÊNICAS TETRACÍCLICAS 2- Pelo caráter ácido, básico ou neutro: Ácido: pode ser devido à presença de um grupamento carboxila na aglicona (geralmente em C- 30) ou na cadeia de açúcares (por exemplo, ácidos glicurônico e galacturônico), ou ambos. TERMOLOGIA E CLASSIFICAÇÃO 2- Pelo caráter ácido, básico ou neutro: Básico: decorre da presença de nitrogênio, em geral sob forma de uma amina secundária ou terciária, como nos glicosídeos nitrogenados esteroidais. Possuem nitrogênio no anel F e são conhecidos dois tipos de estruturas: espirosolano (quando o nitrogênio é secundário) e solanidano (quando o nitrogênio é terciário). Nos compostos com núcleo solanidano, o nitrogênio pertence aos dois anéis E e F, simultaneamente, sendo também conhecidos como indolizidinas TERMOLOGIA E CLASSIFICAÇÃO 2- Pelo caráter ácido, básico ou neutro: Neutras: a aglicona é formada por um esqueleto de 27 carbonos dispostos num sistema tetracíclico. Ausência dos grupos funcionais anteriores Essas saponinas apresentam duas estruturas básicas comuns: o espirostano (16,22:22,26- diepóxi-colestano) e o furostano (16,22-epóxi- colestano). TERMOLOGIA E CLASSIFICAÇÃO 3- Quanto ao número de cadeias de açúcares ligadas na aglicona: A)Monodesmosídicas: Saponinas monodesmosídicas possuem uma cadeia de açúcares em C-3. B) Bidesmosídicas: Possuem duas cadeias de açúcares, a maioria com ligação éter na hidroxila em C-3 e a outra com ligação éster. TERMOLOGIA E CLASSIFICAÇÃO Essa diferenciação é importante já que, frequentemente, as saponinas bidesmosídicas não apresentam as atividades biológicas relatadas para as saponinas monodesmosídicas. TERMOLOGIA E CLASSIFICAÇÃO 3- Quanto ao número de cadeias de açúcares ligadas na aglicona: A)Monodesmosídicas: B)Bidesmosídicas BIOSSÍNTESE A partir do óxido de esqualeno (C30= TRITERPENO), a rota biossintética se divide para a formação das saponinas esteroidais e triterpênicas: BIOSSÍNTESE As saponinas triterpênicas, mais comumente encontradas na natureza e geralmente com 30 átomos de carbono, no processo de ciclização do óxido de esqualeno, adquirem uma conformação cadeira- cadeira- cadeira- barco e, conforme o arranjo, vai dar origem aos triterpenos tetracíclicos ou pentacíclicos. Por outro lado, nas saponinas esteroidais neutras, que apresentam geralmente 27 átomos de carbono, o óxido de esqualeno cicliza na conformação cadeira- barco- cadeira- barco, que após uma série de rearranjos Protostanos Damaranos Triterpenos Tetracíclicos C30 Triterpenos Pentacíclico C30 Esteroides C27 Cardenolídeos Alcaloides Esteroidais Cicloartanos Colestanos cucurbitano CARDIOTÔNICO INTRODUÇÃO São compostos caracterizados pela ação altamente específica, homogênea e potente que exercem sobre o músculo cardíaco, normalmente presentes em medicamentos de escolha na insuficiência cardíaca. Eles aumentam o tônus, a excitabilidade e a contratilidade dos músculoscardíacos. No reino Vegetal, os glicosídeos cardiotônicos são restritos às Angiospermas, indicando que existem algumas caracterizas especiais no metabolismo esteroidal das plantas com flores. As distribuições desses compostos ocorrem em uma dezena de gêneros, distribuídos em uma dezena de famílias. Todos os órgãos das plantas podem conter estas substâncias, sendo que na maioria das vezes em uma concentração inferior a 1%. A ação terapêutica depende da estrutura da aglicona e do tipo e número de unidades de açúcar ligado. Tabela 1 - Principais glicosídeos cardiotônicos e suas origens. CARACTERISTICAS QUIMICAS DOS CARDIOTÔNICOS Os glicosídeos cardioativos esqueleto carbônico de são substâncias esteroidais com um característico 17 átomos, conhecido como ciclopentano-per- hidrofenantreno, unidades de açúcares a ele ligadas e um anel lactônico. O esteroide é formado por 3 anéis de seis carbonos ligados entre si e estes anéis são ligados a um anel de cinco carbonos. Cada ciclo de seis carbonos é classificado como A, B, C e o de cinco carbono como D CARACTERISTICAS QUIMICAS DOS CARDIOTÔNICOS A estrutura química dos glicosídeos cardioativos é constituída de 3 partes fundamentais; um núcleo esteroidal; um Anel lactônico e um Resíduos de açúcar CARACTERISTICAS QUIMICAS DOS CARDIOTÔNICOS Esta molécula também muitas vezes é dividia em duas regiões distintas, uma parte esteroide, chamada de aglicana ou genina e uma parte glicosídica ligada à genina pela hidroxila β do carbono 3 CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS DOS CARDIOTÔNICOS A aglicona ou genina dos glicosídeos cardioativos possuem uma característica diferente dados esteroides endógenos. Estas moléculas apresentam uma ligação cis- entre os anéis A-B e C-D, e uma ligação trans - entre os anéis B- C, conferindo ao núcleo esteroidal uma forma de U . CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS DOS CARDIOTÔNICOS CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS DOS CARDIOTÔNICOS Todas as geninas apresentam duas hidroxilas, uma hidroxila secundária no carbono 3β e uma OH terciária no carbono 14β, um hidrogênio ou uma hidroxila no em C-5 e uma metila em C-13 Ligado a estrutura das geninas, completando estas moléculas, temos a presença de um ciclo cardiotônico α, β insaturado na posição C-17 (anel lactônico), como o símbolo R ligado ao C-17. De acordo com a formação do anel lactônico e seu tamanho, os glicosídeos cardioativos podem ser classificados em dois grupos: Os Cardenolídeos e os Bufadienolídeos CARACTERISTICAS QUIMICAS DOS CARDIOTÔNICOS CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS DOS CARDIOTÔNICOS • A porção glicosídica dos cardiotônicos são ligados as geninas no carbono 3 β • São geralmente formados por dois ou quatro oligossacarídeos, unidos por ligação β (1 → 4), sendo esses açúcares muito específicos (desoxihexoses). • Quando há glicose, se situam no extremo da molécula. RESUMINDO: ESTRUTURA X ATIVIDADE CARACTERÍSTICAS FÍSICO- QUÍMICA define a • Solubilidade média em água- depende do número de OH no açúcar- FARMACOCINÉTICA. • Insolúveis em solventes orgânicos apolares (benzeno, éter). • Heterosídeos são pouco solúveis em clorofórmio e solúveis em água. • Geninas livres são insolúveis em água e solúveis em álcool e clorofórmio. • O anel lactona confere sabor amargo e instabilidade em meio básico (se hidrolisam facilmente em meio básico e o anel se abre) BIOSSÍNTESE Na via do mevalonato são formados os isoprenos ou terpenos (óleos voláteis, saponinas e heterosídeos cardiotônicos). BIOSSÍNTESE Na via do mevalonato são formados os isoprenos ou terpenos (óleos voláteis, saponinas e heterosídeos cardiotônicos). A partir do cicloartenol origina-se a genina esteroidal dos cardiotônicos e acredita-se que estas substâncias são formadas a partir da condesação de um derivado da série do pregnano (20-cetopregnano) que é funcionalizado (5–pregnan-3,14,21-triol-20-ona) e uma unidade dicarbonada (acetato) ou tricarbonada (propionato), EMPREGO FARMACOLÓGICO Os agentes cardiotônicos são compostos caracterizados pela ação altamente específica, homogênea e potente que exercem sobre o músculo cardíaco, sendo medicamentos no tratamento de doenças cardiovasculares. Dentre aos diversos processos patológicos envolvendo o coração, temos a Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) e a Fibrilação Atrial (FA). MECANISMO DEAÇÃO Atualmente, o mecanismo de ação mais aceito propõe que os glicosídeos cardiotônicos se liguem especificamente e com alta afinidade aos barorreceptores localizados na membrana da célula miocárdica. Estes barorreceptores integram a subunidade alfa de uma ATPase Na+\K+, e uma vez ocupados provocamparalisiada bomba Na+\K+. A inibição da bomba de sódio e potássio causa aumento dos níveis intracelulares de íons de Na+, que por sua vez modulam a atividade de um carregador de membrana envolvidos nas trocas de íons de Cá++ por íons Na+, promovendo considerável elevação dos níveis intracelulares de Cá++ por influxo ou pela mobilização dos reservatórios sarcoplasmaticos. O aumento da concentração iônica nas proximidades das microfibrilas antagoniza a ação da troponina, possibilitando a formação do complexoactina-miosina induzindo a contração miocárdicaATP-dependente X
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