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Cuidados de Enfermagem nos distúrbios do esôfago

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Jhoniffer Matricardi – Cuidados de Enfermagem 
 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM AOS 
DISTÚRBIOS DO ESÔFAGO 
 
DEFININDO O ESÔFAGO 
 
 tubo 
muscular 
revestido por 
mucosa que se 
estende da base da 
faringe até cerca 
de 4 cm abaixo do 
diafragma; 
 Função de 
transporte de 
alimentos da boca para o estômago 
facilitada pelos esfíncteres esofágicos 
superior e inferior. 
TIPOS DE DISTÚRBIOS 
 Disfagia - dificuldade em 
deglutir; 
 Acalasia - peristalse ausente ou 
ineficaz da porção distal do esôfago; 
 Espasmo difuso – distúrbio 
motor do esôfago; 
 Hérnia de hiato – a abertura no 
diafragma para passagem do esôfago se 
dilata e parte da porção superior do 
estômago se desloca para dentro da 
parte inferior do tórax; 
 Perfuração – causada por feridas 
penetrantes, armas de fogo, colisão 
automobilística, lesão química ou 
punção inadvertida; 
 Corpos estranhos – nem todo 
corpo estranho causa problema ao 
passar pelo esôfago, porém dentaduras, 
espinha de peixe e outros podem 
lesionar ou obstruir; 
 Queimaduras químicas – podem 
ser causadas por medicamentos não 
dissolvidos no esôfago; 
 Refluxo gastroesofágico – atinge 
crianças e adultos podendo ter relação 
com distúrbios do esfíncter ou de 
motilidade; 
 Esôfago de Barret – condição 
causada por refluxo gastroesofágico não 
tratado; 
 Câncer de Esôfago – possuí 
relação com diversos fatores e pode levar 
a obstrução parcial ou completa. 
 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
O objetivo deve ser melhorar as 
condições nutricionais e físicas do 
paciente para que tenha condições de 
realizar o tratamento (cirúrgico, 
radioterápico ou quimioterápico). 
 Junto a nutrição estabelecer 
dieta hipercalórica e hiperproteica 
liquida ou pastosa (caso o paciente 
consiga deglutir); 
 A refeição deve seguir uma 
sequência de prioridades: oral, enteral e 
parenteral; 
 Em caso de nutrição enteral ou 
parenteral deve ser estabelecido a forma 
de administração correta para cada caso 
(sonda nasogástrica, sonda nasoentérica 
ou cateter venoso); 
 Estado nutricional deve ser 
avaliado constantemente; 
 Em caso de tratamento cirúrgico, 
orientar o paciente quanto a 
funcionalidade dos equipamentos; 
 No pós-operatório, colocar o 
paciente em posição de Fowler baixa e 
mais adiante em Fowler para evitar 
refluxo; 
 Avaliar regurgitação, dispneia, 
temperatura e sinais sugestivos de 
pneumonia por aspiração (comum em 
pós-operatório de procedimentos 
esofágicos); 
 Em caso de tratamento com 
enxerto, avaliar a cada 1 hora até 
completar 12 horas; 
 No pós-cirúrgico de anastomose, 
se a sonda sofrer deslocamento não deve 
ser removida pelo enfermeiro e o médico 
deve ser comunicado; 
 Sonda nasogástrica é removida 
de 5-7 dias após a cirúrgia e deve se 
realizar esofagografia para avaliar; 
 A reintrodução alimentar deve 
ser feita inicialmente com pequenos 
goles de água, depois pequenas 
quantidades de alimentos pastosos. 
Quando o paciente conseguir ingerir 
quantidades suficientes a alimentação 
parenteral pode ser removida; 
 Orientar a realização de uma 
mastigação eficaz para auxiliar na 
passagem do alimento pelo esôfago; 
 Após alimentação, o paciente 
deve ficar ereto por cerca de 2 horas para 
Jhoniffer Matricardi – Cuidados de Enfermagem 
 
favorecer a peristalse do trato 
gastrointestinal; 
 Em caso de dificuldade na 
deglutição da saliva no pós-operatório 
deve ser realizada aspiração oral ou 
posicionar um chumaço do canto da 
boca para direcionar a saliva para uma 
cuba rim; 
 Orientar o paciente a evitar a 
ingestão de bebidas alcoólicas, 
corrosivas, irritantes, quentes, geladas, 
café, salicitados e o fumo, pois irritam a 
mucosa esofágica e aumentam a 
inflamação; 
 Evitar alimentação 2 horas antes 
de dormir, pois o sono diminui a 
peristalse e fazendo com que o alimento 
fique mais tempo no estômago, podendo 
levar a leves refluxos; 
 Incentivar a deambulação pós-
prandial, pois acelera a digestão; 
 Mensurar o balanço 
hidroeletrolítico em caso prejuízo na 
oferta hídrica; 
 Supervisionar e registrar as 
eliminações; 
 Ao receber alta, o paciente e 
família devem ser orientados quanto a 
nutrição, medidas para evitar 
complicações e apoio físico e emocional. 
 
REFERÊNCIAS 
 
SMELTZER, S. C.; BARE, B. G. (Org.) Brunner & 
Suddarth Tratado de Enfermagem Médico-
cirúrgica. 10ª ed. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara 
Koogan, 2005. 
SILVA, C. R. L.; FIGUEIREDO, N. M. A.; 
MACHADO, W. C. A. O cliente clínico e seu 
sistema gastrintestinal. In: FIGUEIREDO, N. M. 
A. (Org.). Ensinando a Cuidar de Clientes em 
Situações Clínicas e Cirúrgicas. 1ª ed. São 
Caetano do Sul, SP: Difusão Enfermagem, 2003.

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