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1 Acadêmicos: Francisca Patrícia Araújo, Francisca da S. de Souza, Joecy Marinho Ferreira, Marcos dos Santos Moraes 2 Tutor Externo: Marcos Paulo Duque Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Licenciatura em Pedagogia (PED2975/5) – Seminário V – 01/12/2020. A IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA PEDAGÓGICA COMPARTILHADA ENTRE ESCOLA E FAMÍLIA Francisca Patrícia Araújo¹ Francisca da Silva de Souza¹ Joecy Marinho Ferreira1 Marcos dos Santos Moraes1 Marcos Paulo Duque² RESUMO Este trabalho tem como objetivo trazer breves reflexões, a fim de se buscar uma maior compreensão sobre o tema a importância das práticas compartilhadas entre escola e família, considerando que o processo de aprendizagem de qualquer aluno depende essencialmente da postura mediadora e incentivadora, desenvolvida durante a prática pedagógica em sala de aula e no âmbito familiar. Esta pesquisa tem como questões norteadoras, como a parceria escola/professor/família pode contribuir para o desenvolvimento da autonomia no aprendizado escolar? Nesse sentido, os objetivos específicos terão como base, abordar o conceito de escola, identificar o papel dos pais no processo de ensino aprendizagem e refletir sobre a prática docente e suas ações no contexto educacional. O tema há ser abordado no decorrer deste trabalho tem como base pesquisa documental, bibliográfica e qualitativa, sendo que se faz necessário a busca de autores e de suas obras reconhecidas que venham tratar de maneira clara e objetiva a importância da parceria entre escola – professores e família para o desenvolvimento pleno e autônomo do discente. Palavras-chave: Escola. Práticas Pedagógicas. Família. 1 INTRODUÇÃO Este trabalho tem como base a necessidade de se buscar uma maior compreensão sobre o tema “A importância das prática pedagógica compartilhada entre escola e família”, considerando que qualquer aluno independente de sua faixa etária escolar precisa de uma postura mediadora e incentivadora tanto em sala de aula, quanto o apoio no âmbito familiar. Diante disso, percebemos que não há uma única maneira de aprender e de ensinar, pois o conhecimento se adquire de forma intencional ou naturalmente, mais a diferença entre essas duas formas de aprender é que, aqueles que aprendem de forma intencional, querem de fato estar aptos para contribuir com o seu mundo ao redor, enquanto o que se aprende naturalmente detém para si mesmo. 2 Não há como negar que o papel da família influencia de forma avassaladora, pois quando se descuida do desenvolvimento escolar de seus filhos, estes apresentam queda acentuada nos resultados obtidos dos boletins bimestrais, ou seja, na aprendizagem dos alunos, que são refletidos no dia-a-dia em suas vidas, sejam eles, contexto geral, pais, alunos e ou escola. No entanto, quando acontece a parceria compartilhada entre escola e família, ambas as instituições com a dedicação necessária, o diálogo constante e o auxilio mútuo e a busca permanente em ações educativas adequadas para um ensino aprendizagem de qualidade se obtém o sucesso escolar. Esta pesquisa tem como questões norteadoras, como a parceria escola/professor/família pode contribuir para o desenvolvimento da autonomia no aprendizado escolar? E em que a escolha prática pedagógica há ser trabalhada pode influenciar no ensino aprendizagem do alunado? O tema há ser abordado no decorrer deste trabalho tem como base pesquisa documental, bibliográfica e qualitativa, sendo que se faz necessário a busca de autores e de suas obras reconhecidas que venham tratar de maneira clara e objetiva a importância da parceria entre escola – professores e família para o desenvolvimento pleno e autônomo do discente. 2 FAMÍLIA E ESCOLA: UM OBJETIVO EM COMUM É indiscutível que, tanto família quanto escola enfrenta profundas transformações e ambas as instituições necessitam acompanhar essas tais mudanças de forma conjunta, facilitando o aprendizado dentro e fora do âmbito escolar e ajudando uns aos outros na busca de um objetivo comum, o desenvolvimento intelectual e pleno dos alunos. Levando em consideração que cada um desempenha um papel muito importante e fundamental na sociedade, é preciso, portanto, que a família, seja ela a composição que tenha, cumpra os seus deveres, e que a escola faça valer sua proposta pedagógica como meta, para que ambos possam atingir seus objetivos pretendidos na formação de crianças e jovens adolescentes e adultos. O ideal, e primeiro passo para que isso aconteça, é estabelecer regras que fortalecerão essa parceria, permitindo que a aprendizagem dos filhos e alunos se efetive claramente através de seus desempenhos em casa e que: A escola hoje deve possuir um caráter formador, aprimorando valores e atitudes, desenvolvendo desde a educação infantil, o sentido da observação, despertando a curiosidade intelectual das crianças, capacitando-as a serem capazes de buscar informações, onde quer que elas estejam a fim de utilizá-las no seu cotidiano (KREFTA, 2011). A formação adequada de professores é de suma importância, pois é através dessa que o professor torna-se capaz de exercer sua profissão com eficiência. Não sendo diferente das outras 3 áreas da educação, a formação de docentes para o ensino infantil é fundamental, pois essa serve de base para a formação dos alunos. No entanto, o interesse para formar profissionais aptos e capazes de ensinar na educação infantil é pensado a partir dos anos 90, quando é promulgada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96), na qual afirma em seu artigo 62: A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para exercício do magistério na Educação Infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade normal. Ao se tratar de escola, estamos em um âmbito mais aprofundado, pois para além de transmitir o conhecimento acumulado, este processo deve acontecer de forma organizada de modo que, todas as ações realizadas pela escola e seus profissionais devem ser pensadas, refletidas, discutidas e planejadas, pois todas as ações devem ter intencionalidade e finalidade. Advogamos o princípio segundo o qual a escola, independentemente da faixa estaria que atenda, cumpra a função de transmitir conhecimentos, isto é, de ensinar como lócus privilegiado de socialização para além das esferas cotidianas e dos limites inerentes à cultura do senso comum. (MARTINS, 2009, p.94) Diante disso, a proposição do diálogo é fundamental, pois a comunicação proporciona uma troca de saberes mais consolidados e eficazes, contribuindo assim, para uma elaboração do conhecimento e uma maior interatividade nesse processo, por tanto quem oferece o ensino tem que estar preparado para aceitar as mudanças na capacidade de se expressar e a postura da criticidade desenvolvida naquele que aprende. 2.1 Qual é o papel da família no contexto educacional? A família caracteriza-se como a primeira instituição social que irá promover o desenvolvimento individual das pessoas; é a primeira formação. Ela é considerada a base de tudo, extremamente necessária para a evolução do ser humano, sendo nesse meio em que a criança terá seus primeiros contatos com os sujeitos que contribuirão para sua formação pessoal. De acordo com Giddens (2012, p. 242), “uma família é um grupo de pessoas ligadas diretamente por conexões de parentesco, cujos membros adultos assumem responsabilidades por cuidar das crianças. Os laços de parentesco são conexões entre os indivíduos estabelecidas seja pelo casamento ou pelas linhas de 4 descendência que conectam parentes de sangue (mães, pais, filhos etc.)”. Os pais são responsáveis pelo progressode seus filhos, por acompanhá-los na vida escolar e para entender como funciona todo o âmbito escolar no qual seu filho está inserido; sendo assim, esse fator de participação proporciona melhoria no processo de ensino-aprendizagem do aluno. Segundo uma das teorias de Dessen e Polonia (2007, p. 22), a família e a escola surgem como duas instituições essenciais para desencadear os processos evolutivos das pessoas, atuando como propulsoras ou inibidoras do seu crescimento físico, intelectual, emocional e social. Na escola, os conteúdos curriculares asseguram a instrução e a apreensão de conhecimentos, havendo uma preocupação central com o processo ensino-aprendizagem. Já na família os objetivos, conteúdos e métodos se diferenciam, fomentando o processo de socialização, a proteção, as condições básicas de sobrevivência e o desenvolvimento de seus membros no plano social, cognitivo e afetivo. Dessa forma, as instituições família e escola são necessárias para a formação do indivíduo em sua totalidade por meio do processo de ensino-aprendizagem. Sua ação ocorre de forma interligada na formação dos indivíduos, cada qual com suas funções; elas têm o mesmo intuito: formar indivíduos para a vivência em sociedade. O que se percebe é a necessidade de cooperação entre ambas, pois as duas contribuem no processo de formação do cidadão. Por isso é grande “a importância de um lugar em que os filhos e estudantes possam se sentir seguros e confiantes no seu próprio potencial, e a escola pode ser este ambiente quando estiver bem estruturada e apoiada pela família” (Fernandes, 2014, p. 12). Fonte: https://www.soescola.com https://www.soescola.com 5 3 MATERIAIS E MÉTODOS Considerando o propósito deste artigo, a metodologia utilizada foi a documental envolvendo a Lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional (9394/96), com fonte bibliográfica e qualitativa com algumas teorias de autores como Krefta (2011), Martins (2009), sendo que a pesquisa foi realizada em materiais da internet, sites, livros que fundamentaram e embasaram este trabalho, no qual ficou evidente que a família e a escola precisam buscar sempre um ambiente saudável para a criança, estimulando a sua educação e aprendizagem, pois a qualidade da educação infantil depende cada vez mais da parceria entre família e escola. Ambas precisam trabalhar juntas, contribuindo para preparar um futuro cidadão que respeite o equilíbrio ecológico do planeta, para recriar a paz; para reduzir a violência; preparar em conjunto família/escola, os sujeitos/alunos para viveram num mundo em transformação, e que será bem diferente do atual quando eles concluírem a etapa escolar. Diante disso, o ensino-aprendizagem fluiria com mais intensidade, e isso só acontece se houver essa interação: escola/família/aluno. Nesse contexto, Santos (2014, p. 22), expõe que: Quando se pensa em educação, primeiramente são enfatizadas propostas educacionais voltadas para uma educação séria, responsável e com propósitos voltados à participação da família, pois sabe-se que por melhor que seja uma escola e por mais preparados que sejam sua equipe pedagógica, haverão falhas. Devido a isso é necessário à participação efetiva e constante da família no processo de aprendizagem da criança. É indiscutível que, participar é estar presente em todos os eventos realizados na escola, cobrar seus direitos sim, mais também ter a consciência de cumprir com o seu dever para com a escola e a criança, participando ativamente e contribuindo com opiniões coerentes quando necessário e até nas decisões do que é melhor para a escola. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Diante dos materiais coletados, descobrimos que são imensos os desafios que a escola, docentes e pais enfrentam é extremamente difícil, pois não é fácil ensinar e principalmente, no âmbito da sala de aula, sendo necessário bem mais que conhecimentos científicos para ser um educador, é preciso se importar com o indivíduo em um todo, ser um motivador em meios há tantas dificuldades, mas o papel do professor é esse, despertar o desejo no aluno pelo conhecimento, é mostrar a esse aluno o quanto ele é capaz, mesmo quando ele considere que o conhecimento do outro seja sempre maior que o dele e o papel dos pais é estarem sempre dispostos há contribuírem 6 da melhor forma possível, incentivando e auxiliando os seus filhos em casa, para que os alunos sejam construtores, idealizadores do próprio saber. 5 CONCLUSÃO Envolver as famílias sem misturar a responsabilidade não é tarefa simples, é importante ter como pilares o diálogo, o respeito mútuo, a confiança, a união na troca de idéias, além disso, buscar diversas formas para promover a harmonia entre família e escola, uma pauta que deve fazer parte de qualquer trabalho educativo que tem por foco a formação de um indivíduo. Portanto, é necessária a participação efetiva dos pais no processo de ensino-aprendizagem dos seus filhos, pois o conhecimento é alcançado em sua plenitude quando ambas as instituições andam e trabalham juntas, com participação da família nas questões escolares, proporcionando uma relação harmoniosa entre escola e família, sendo fator de mudança da realidade social para despertar maior interesse dos indivíduos em relação à participação nas questões sociais, culturais, políticas e econômicas da sociedade na qual estão inseridos, com o intuito da busca por uma sociedade melhor. Assim, ambas as instituições, escola e família de forma conjunta, devem tomar a iniciativa para fortalecer e aproximar pais/alunos/escola por meio de reuniões, palestras que possuam em seu conteúdo informações interessantes tanto para os pais como para os filhos; atividades que apresentem o que os estudantes realizam todos os dias em seus respectivos setores, entrega de boletins para o acompanhamento do progresso do aluno mensalmente – trazer profissionais especializados para interagir com a família e outras atividades que são importantes para a construção de valores que podem ser adotadas por parte da escola, e principalmente contribuir de forma significativa com o sucesso escolar. Pode-se concluir que a prática pedagógica compartilhada de maneira dialógica, intencional entre família e escola é importante e sua sinergia é fundamental para a construção do conhecimento dos indivíduos para a vivência em sociedade. Assim, o tema remete à necessidade de novas leituras e novos estudos, procurando sempre formas de realizar esse diálogo, visto que essa parceria feita com responsabilidade e respeito mútuo é essencial para a inserção na sociedade. REFERÊNCIAS BRASIL, LDB. Lei 9394/96. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em <www.mec.gov.br>. Acesso em 17. Novembro. 2020. http://www.mec.gov.br 7 DESSEN, Maria Auxiliadora; POLONIA, Ana da Costa. A família e a escola como contextos de desenvolvimento humano. Paideia, p. 21-32, 2007. FERNANDES, Alexsandra de Cássia Oliveira Galvão. A família na vida escolar. João Pessoa: UEPB, 2014. KREFTA, Silvana. Metodologia de Ensino e Educação Infantil: Algumas Considerações Sobre a Trajetória da Escola Infantil no Brasil. 2011. GIDDENS, Anthony. Sociologia. 6ª ed. Porto Alegre: Penso, 2012. MARTINS, Lígia Márcia. O Ensino e o Desenvolvimento da Criança de Zero a Três Anos. In: ARCE, Alessandra; MARTINS, Lígia Márcia (Orgs). Ensinando aos pequenos de zero a três anos. Campinas – SP: Editora Alínea, 2009, p. 93 a 121. SANTOS, C. A influência do vínculo afetivo na prática pedagógica da Educação Especial. 2014. 61 f. Monografia (Especialização em Educação: Métodos e Técnicas de Ensino). Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Medianeira, 2014. SILVA, Cristiane Rosana da. A importância da parceria da família e a escola na educação infantil. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04,Ed. 07, Vol. 09, pp. 86-95. Julho de 2019. ISSN: 2448-0959. Link de Acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/familia-e-a-escola, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/educacao/familia-e-a-escola. Acesso em 10. Novembro. 2020. WIECZORKIEVICZ, Alessandra Krauss; BAADE, Joel Haroldo. Família e escola como instituições sociais fundamentais no processo de socialização e preparação para a vivência em sociedade. Educação Pública, v. 20, nº 20, 2 de junho de 2020. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/20/19/familia-e-escola-como-instituicoes-sociais fundamentais-no-processo-de-socializacao-e-preparacao-para-a-vivencia-em-sociedade Acesso em: 21. Novembro. 2020. https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/familia-e-a-escola, https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/20/19/familia-e-escola-como-instituicoes-sociais 8 9
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