Buscar

MSETarifacao (2)

Prévia do material em texto

Máquinas e Sistemas Elétricos
Prof. Rogério Souza de Lacerda
Tarifação
Classes de consumo
As classes de consumo são as diversas classes aplicadas a cada tipo de consumidor,
conforme a Resolução Normativa ANEEL n. 414/2010.
As classes com suas respectivas subclasses são definidas como se segue:
Residencial
• Residencial baixa renda; 
• Residencial baixa renda Indígena; 
• Residencial baixa renda benefício de prestação continuada da assistência 
social; 
• Residencial baixa renda multifamiliar. 
Industrial
Comercial
• Serviços de transporte, exceto tração elétrica; 
• Serviços de comunicações e telecomunicações; 
• Associação e entidades filantrópicas; 
• Templos religiosos; 
• Administração condominial: iluminação e instalações de uso comum de 
prédio ou conjunto de edificações; 
• Iluminação em rodovias: solicitada por quem detenha concessão ou 
autorização para administração em rodovias; 
• Semáforos, radares e câmeras de monitoramento de trânsito, solicitados por 
quem detenha concessão ou autorização para controle de trânsito; 
Rural
• agropecuária rural; 
• instalações elétricas de poços de captação de água 
• serviço de bombeamento de água destinada à atividade de irrigação. 
• agropecuária urbana: 
• residencial rural; 
http://www.aneel.gov.br/cedoc/ren2010414.pdf
• cooperativa de eletrificação rural; 
• agroindustrial; 
• serviço público de irrigação rural; 
• escola agrotécnica: estabelecimento de ensino direcionado à agropecuária; 
• agricultura. 
Poder Público
• Iluminação Pública; 
• Serviço Público: 
• tração elétrica; 
• água, esgoto e saneamento; 
• Consumo Próprio. 
Postos Tarifários
Os postos tarifários são definidos para permitir a contratação e o faturamento da energia e
da demanda de potência diferenciada ao longo do dia, conforme as diversas modalidades
tarifárias. A regulamentação consta na Resolução Normativa ANEEL - REN nº 414/2010:
Horário de ponta refere-se ao período composto por 3 (três) horas diárias consecutivas
definidas pela distribuidora considerando a curva de carga de seu sistema elétrico,
aprovado pela ANEEL para toda a área de concessão, com exceção feita aos sábados,
domingos, e feriados nacionais. 
• Horário fora de ponta refere-se ao período composto pelo conjunto das horas
diárias consecutivas e complementares àquelas definidas no horário de ponta e
intermediário (no caso da Tarifa Branca). 
• O horário intermediário refere-se ao período de uma hora anterior e posterior ao
horário de ponta, aplicado exclusivamente as unidades tarifárias pertencentes à
tarifa branca. Neste caso, 
Existe também o horário reservado aplicado ao consumidor irrigante, período do dia,
normalmente na madrugada, em que a carga destinada à irrigação ou aquicultura recebe
um desconto na tarifa de acordo com a região em que se localiza e o grupo tarifário a que
pertence. Esta regulamentação está na REN nº 414/2010, art. 107, 108 e 109;
Para concessionária AES Eletropaulo são considerados os períodos:
Horário de ponta: 17 h e 30 min até 20 h 30 min
Horário fora de ponta: 20 h e 30 min até 17 h e 30 min
Horário intermediário: 16 h e 30 min até 17 h e 30 min e 20 h e 30 min até 21 h e 30 min
http://www.aneel.gov.br/cedoc/ren2010414.pdf
http://www.aneel.gov.br/cedoc/ren2010414.pdf
Período capacitivo e período indutivo
I – o período de 6 (seis) horas consecutivas, compreendido, a critério da distribuidora,
entre 23h 30min e 6h 30min, apenas os fatores de potência “fT ” inferiores a 0,92
capacitivo para unidades consumidoras conectadas em níveis de tensão inferiores a 69
kV ou inferiores a 1 capacitivo para as demais unidades consumidoras, verificados em
cada intervalo de 1 (uma) hora “T”; e
II – o período diário complementar ao definido no inciso I, apenas os fatores de potência
“fT ” inferiores a 0,92 indutivo para unidades consumidoras conectadas em níveis de
tensão inferiores a 69 kV ou inferiores a 0,95 indutivo para as demais unidades
consumidoras, verificados em cada intervalo de 1 (uma) hora “T”.
§ 2 o O período de 6 (seis) horas, definido no inciso I do § 1 o , deve ser informado pela
distribuidora aos respectivos consumidores com antecedência mínima de 1 (um) ciclo
completo de faturamento.
Para concessionária AES Eletropaulo são considerados os períodos:
Período capacitivo: 0 h e 30 min até 6 h 30 min
Período indutivo: 6 h e 30 min até 0 h e 30 min
http://2.bp.blogspot.com/-x5fIrlJmNvU/TfZKKTyMYII/AAAAAAAAAB8/hpjtSHgryjw/s1600/horario+capacitivo+indutivo+bt.jpg
Modalidades tarifárias
As modalidades tarifárias são um conjunto de tarifas aplicáveis às componentes de
consumo de energia elétrica e demanda de potência ativas, considerando as seguintes
modalidades:
• Azul: aplicada às unidades consumidoras do grupo A, caracterizada por tarifas
diferenciadas de consumo de energia elétrica e de demanda de potência, de
acordo com as horas de utilização do dia; 
• Verde: modalidade tarifária horária verde: aplicada às unidades consumidoras do
grupo A, caracterizada por tarifas diferenciadas de consumo de energia elétrica, de
acordo com as horas de utilização do dia, assim como de uma única tarifa de
demanda de potência; 
• Convencional Binômia: aplicada às unidades consumidoras do grupo A
caracterizada por tarifas de consumo de energia elétrica e demanda de potência,
independentemente das horas de utilização do dia. Esta modalidade será extinta a
partir da revisão tarifária da distribuidora; 
• Convencional Monômia: aplicada às unidades consumidoras do grupo B,
caracterizada por tarifas de consumo de energia elétrica, independentemente das
horas de utilização do dia; e 
• Branca: aplicada às unidades consumidoras do grupo B, exceto para o subgrupo
B4 e para as subclasses Baixa Renda do subgrupo B1, caracterizada por tarifas
diferenciadas de consumo de energia elétrica, de acordo com as horas de
utilização do dia. 
Modalidade Tarifária - Tarifa Azul
Horários Do dia Faturamento
Ponta - 3 horas
(17h30 às 20h30)
Consumo -ponta
Demanda - ponta
Fora de ponta
(21h restantes)
Consumo fora de ponta
Demanda fora de ponta
Modalidade Tarifária - Tarifa Verde
Horários Do dia Faturamento
Ponta - 3 horas
(17h30 às 20h30)
consumo - ponta
Fora de ponta
(21h restantes)
consumo fora de ponta
todo o dia (24 horas) Demanda única
Subgrupo tarifário Modalidade tarifária
Convencional Azul Verde
A1 Impedido Compulsório Impedido
A2
A3
A3a Disponível Disponível Disponível
A4
AS < 300 kW ≥ 30 kW ≥ 30 kW
Tarifa Branca 
A Tarifa Branca é uma nova opção de tarifa que sinaliza aos consumidores a variação do
valor da energia conforme o dia e o horário do consumo. Ela é oferecida para as
instalações em baixa tensão (127, 220, 380 ou 440 Volts).
Com a Tarifa Branca, o consumidor passa a ter possibilidade de pagar valores diferentes
em função da hora e do dia da semana.
Se o consumidor adotar hábitos que priorizem o uso da energia fora do período de ponta,
diminuindo fortemente o consumo na ponta e no intermediário, a opção pela Tarifa Branca
oferece a oportunidade de reduzir o valor pago pela energia consumida.
Nos dias úteis, o valor Tarifa Branca varia em três horários: ponta, intermediário e fora de
ponta. Na ponta e no intermediário, a energia é mais cara. Fora de ponta, é mais barata.
Nos feriados nacionais e nos finais de semana, o valor é sempre fora de ponta.
Os períodos horários de ponta, intermediário e fora ponta são homologados pela ANEEL
nas revisões tarifárias periódicas de cada distriubidora, que ocorrem em média a cada
quatro anos.
http://www.aneel.gov.br/visualizar_texto.cfm?idtxt=1693
A opção pela modalidade tarifária Branca poderá ser exercida por todos os titulares de
unidades atendidas em baixa tensão, exceto aquelas classificadas como iluminação
pública ou que façam uso do sistema de pré-pagamento.
Bandeiras Tarifárias
É o sistema que sinaliza aos consumidores os custosreais da geração de energia
elétrica. O funcionamento é simples: as cores das bandeiras (verde, amarela ou
vermelha) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de
geração de eletricidade. Com as bandeiras, a conta de luz fica mais transparente e o
consumidor tem a melhor informação para usar a energia elétrica de forma mais
consciente.
A partir de 2015, as contas de energia passaram a trazer uma novidade: o sistema de
Bandeiras Tarifárias.
O sistema possui três bandeiras: verde, amarela e vermelha - as mesmas cores dos 
semáforos – e indicam se a energia custa mais ou menos, em função das condições de 
geração de eletricidade:
Bandeira verde: condições favoráveis de geração de energia. A tarifa não sofre 
nenhum acréscimo;
Bandeira amarela: condições de geração menos favoráveis. A tarifa sofre acréscimo 
de R$ 0,015 para cada quilowatt-hora (kWh) consumidos;
Bandeira vermelha - Patamar 1: condições mais custosas de geração. A tarifa sofre 
acréscimo de R$ 0,030 para cada quilowatt-hora kWh consumido.
Bandeira vermelha - Patamar 2: condições ainda mais custosas de geração. A tarifa 
sofre acréscimo de R$ 0,045 para cada quilowatt-hora kWh consumido.
O sistema de bandeiras é aplicado por todas as concessionárias conectadas ao Sistema 
Interligado Nacional - SIN, conforme figura abaixo. A partir de 1º de julho de 2015, o 
sistema de bandeiras passou a ser aplicado também pelas permissionárias de distribuição
de energia.
*A partir de 1º de maio de 2015, o sistema de bandeiras começou a ser aplicado aos 
consumidores atendidos pela Amazonas Energia, pois conforme Despacho nº 
1.365/2015, a distribuidora passou a fazer parte do SIN.
http://www.aneel.gov.br/cedoc/dsp20151365.pdf
http://www.aneel.gov.br/cedoc/dsp20151365.pdf
Fatura de energia elétrica
https://www.aeseletropaulo.com.br/para-seu-negocio/informacoes/conteudo/entenda-sua-
conta
https://www.aeseletropaulo.com.br/para-seu-negocio/informacoes/conteudo/entenda-sua-conta
https://www.aeseletropaulo.com.br/para-seu-negocio/informacoes/conteudo/entenda-sua-conta
http://www2.elektro.com.br/tutorial_flash/tut_grupoA.html
http://www2.elektro.com.br/tutorial_flash/tut_grupoA.html
Bandeiras tarifárias – Janeiro/2015 a Abril/2016
Janeiro e
fevereiro/2015
Março a
agosto/2015
Setembro/2015 a
janeiro/2016
Fevereiro/
2016
Março/
2016
Abril/2016
R$ a cada 100 kWh
3,00 5,50 4,50
3,00
Patamar 1
1,50
Sem
cobrança
http://www.aneel.gov.br/sala-de-imprensa-exibicao/-/asset_publisher/XGPXSqdMFHrE/
content/bandeira-tarifaria-de-abril-e-verde/656877?inheritRedirect=false
ICMS
O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS incidente sobre o 
fornecimento de energia elétrica foi instituído, no âmbito do Estado de São Paulo, pela Lei
Estadual nº 6.374, de 1/3/89. À AES Eletropaulo, na qualidade de contribuinte legal e 
substituto tributário do referido imposto, dentro de sua área de concessão, cabe apenas a 
tarefa de recolher ao erário Estadual as quantias cobradas nas Notas Fiscais/Conta de 
Energia Elétrica dos consumidores. 
O ICMS é um imposto calculado "por dentro", conforme prevê o artigo 33 do Conv. 
ICM66/88: 
o montante do imposto integra sua própria base de cálculo, constituindo o destaque mera 
indicação para fins de controle?. Tal dispositivo refletido na lei estadual não é inovação, 
pois o próprio CTN - Código Tributário Nacional, na redação dada pelo artigo 1º do Ato 
Complementar nº 27, de 08.12.66, já definia dessa forma o cálculo do ICM, em seu artigo 
53, parágrafo 4º. Para operacionalizar o cálculo conforme disposto no artigo nº 33, é 
adotada a fórmula a seguir fornecida pelo DNAEE - Departamento Nacional de Águas e 
Energia Elétrica, definida pelo CONFAZ - Conselho de Política Fazendária.
Fórmula = I.C.M.S. = Fornecimento x [1/(1 - Alíquota)] - 1
Portanto, no cálculo da energia, como no de qualquer produto, o valor do ICMS faz parte 
do valor da operação, que é a base de cálculo.
O valor do ICMS pode ser encontrado no link abaixo:
http://www.abradee.com.br/financeiro/mapas-aliquotas-icms/industrial
COSIP
http://www.abradee.com.br/financeiro/mapas-aliquotas-icms/industrial
http://www.aneel.gov.br/sala-de-imprensa-exibicao/-/asset_publisher/XGPXSqdMFHrE/content/bandeira-tarifaria-de-abril-e-verde/656877?inheritRedirect=false
http://www.aneel.gov.br/sala-de-imprensa-exibicao/-/asset_publisher/XGPXSqdMFHrE/content/bandeira-tarifaria-de-abril-e-verde/656877?inheritRedirect=false
Contribuição para custeio do serviço de iluminação pública, convênio celebrado entre as
Prefeituras e a AES Eletropaulo, com objetivo de promover a arrecadação da contribuição,
nas contas de energia elétrica, nos termos das leis municipais de cada Prefeitura, A AES
Eletropaulo, é apenas um meio facilitador de arrecadação da contribuição. O valor
faturado será repassado integralmente às respectivas Prefeituras. A Cosip será a principal
fonte de recursos para a ampliação dos pontos de iluminação pública, aumento do
potencial de Iluminação já instalado, manutenção e pagamento do consumo da
Iluminação Pública.
Lei municipal de São Paulo 13479/02 Ofício 257/12 de 27/11/12
O valor do COSIP pode ser encontrado no link abaixo:
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/financas/legislacao/index.php?p=3163
ECE
Contribuição para custeio do serviço de iluminação pública, convênio celebrado entre as 
Prefeituras e a AES Eletropaulo, com objetivo de promover a arrecadação da contribuição,
nas contas de energia elétrica, nos termos das leis municipais de cada Prefeitura, A AES 
Eletropaulo, é apenas um meio facilitador de arrecadação da contribuição. O valor 
faturado será repassado integralmente às respectivas Prefeituras. A Cosip será a principal
fonte de recursos para a ampliação dos pontos de ECE - O ECE é uma espécie de seguro
para as termelétricas contratadas pela CBEE - Comercializadora Brasileira de Energia 
Elétrica, que será cobrado em todas as classes de consumidores, exceto àqueles 
cadastrados como Baixa Renda.
Este seguro, oficialmente chamado de ENCARGO, foi instituído nas contas de energia 
elétrica pela resolução nº 71, de 07/02/2002, editada pela ANEEL.
Forma de Cálculo: ECE = Consumo em kWh X R$ 0,0035.
PIS/PASEP e COFINS
Tratam-se de tributos que são exigidos das pessoas jurídicas pelo Governo Federal por
meio de lei e destinam-se a assegurar recursos para o desenvolvimento de atividades
voltadas a seguridade social.
PIS => Programa de Integração Social
COFINS => Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
Por determinação da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, tais tributos estavam
embutidos na tarifa de energia elétrica e tinham alíquotas fixas de 0,65% para o PIS e
3,00% para a COFINS que eram ajustadas quando dos reajustes periódicos das tarifas.
Na vigência desse regime, denominado como “regime cumulativo”, tais alíquotas eram
aplicadas sobre o total da receita bruta auferida, entretanto, a partir da edição das Leis nº
10.637/2002, 10.833/2003 e 10.865/2004, o PIS e a COFINS tiveram suas alíquotas
alteradas para 1,65% e 7,6%, respectivamente, passando a ser apurados de forma “não
cumulativa”, ou seja, as novas alíquotas passaram a incidir sobre uma base de cálculo
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/financas/legislacao/index.php?p=3163
líquida que significa dizer: total da receita bruta deduzidos os custos permitidos por lei.
As alterações introduzidas por essas novas legislações implicaram em retirar da tarifa de
energia elétrica o PIS e a COFINS, e ambos passaram a ser informados de forma
individualizada nas contas de energia elétrica – procedimento determinado pela Nota
Técnica nº 115/2005-SFF/SER/ANELL de 18/04/05, homologada pela Resolução
Homologatória nº 227 de 18/10/05 – "Tarifas de Fornecimento de Energia Elétrica
Aplicáveis a Consumidores Finais” e podem variar de um mês para o outro.
Tarifas aplicadas a clientesem Alta e Média Tensão de fornecimento - Grupo A da AES
Eletropaulo
MODALIDADE
TARIFÁRIA
SUBGRUPOS
A4 (2,3 a 25kV) AS (Subterrâneo)
Tarifa de uso do
Sistema
de Distribuição
(TUSD)
Tarifa
Energia
(TE)
Tarifa de uso do
Sistema
de Distribuição
(TUSD)
Tarifa de
Energia
(TE)
Demanda
(R$/kW)
Energia
(R$/kW
h)
Energia
(R$/kWh)
Demanda
(R$/kW)
Energia
(R$/kW
h)
Energia
(R$/kWh)
TARIFA HORÁRIA AZUL
PONTA 12,82 0,05815 0,32356 26,25 0,07303 0,32356
FORA PONTA 8,01 0,05815 0,21497 16,39 0,07303 0,21497
ULTRAPASSAGEM DE 
DEMANDA PONTA
25,64 - - 52,50 - -
ULTRAPASSAGEM DE 
DEMANDA FORA 
PONTA
16,02 - - 32,78 - -
ENERGIA REATIVA 
EXCEDENTE
- - 0,22402 - - 0,22402
TARIFA HORÁRIA VERDE
PONTA
8,01
0,36894 0,32356
16,39
0,70932 0,32356
FORA PONTA 0,05815 0,21497 0,07303 0,21497
ULTRAPASSAGEM DE 
DEMANDA
16,02 - - 32,78 - -
ENERGIA REATIVA 
EXCEDENTE
- - 0,22402 - - 0,22402
TARIFA CONVENCIONAL BINÔMIA
INTEGRAL - - - - - -
ULTRAPASSAGEM DE 
DEMANDA
- - - - - -
ENERGIA REATIVA 
EXCEDENTE
- - 0,22402 - - 0,22402
UFER: Unidade de faturamento de energia reativa
DMCR: Demanda máxima corrigida
TUSD: Tarifa de uso do sistema de distribuição
Faturamento do Consumo: 
Fatura-se o valor total de consumo verificado em um período aproximado de 30 dias.
Faturamento da Demanda:
Aplicado ao maior valor entre as seguintes demandas:
Demanda Contratada
Valor contratado pelo consumidor, correspondente à máxima carga a ser solicitada do 
sistema, no intervalo de 15 minutos.
Demanda Registrada
Máximo valor da potência integralizada (média), no intervalo de 15 minutos consecutivos, 
verificado no período de faturamento.
TUSD: Tarifa de uso do sistema de distribuição
TE: Tarifa de energia
Fator de carga: razão entre a demanda média e a demanda máxima da
unidade consumidora ocorridas no mesmo intervalo de tempo
especificado.
O fator de potência é a razão entre a energia elétrica ativa e a raiz quadrada da soma dos
quadrados das energias elétrica ativa e reativa, consumidas num mesmo período de
tempo
As distorções harmônicas são fenômenos associados com deformações nas formas de
onda das
tensões e correntes em relação à onda senoidal da freqüência fundamental.
O desequilíbrio de tensão é o fenômeno associado a alterações dos padrões trifásicos do
sistema
de distribuição.
A flutuação de tensão é uma variação aleatória, repetitiva ou esporádica, do valor eficaz
da tensão.
A determinação da qualidade da tensão de um barramento do sistema de distribuição
quanto à
flutuação de tensão tem por objetivo avaliar o incômodo provocado pelo efeito da
cintilação luminosa
no consumidor final, que tenha seus pontos de iluminação alimentados em baixa tensão.
Variações de tensão de curta duração são desvios significativos no valor eficaz da tensão
em
curtos intervalos de tempo.
Demanda
Média das potências elétricas ativas ou reativas solicitadas ao sistema elétrico pela
parcela da carga
instalada em operação na unidade consumidora durante um intervalo de tempo
especificado,
expressas em quilowatts (kW) e quilo-volt-ampère-reativo (kvar), respectivamente.
Demanda contratada
Demanda de potência ativa a ser obrigatória e continuamente disponibilizada pela 
distribuidora no
ponto de conexão conforme valor e período de vigência fixados no contrato e que deverá 
ser
integralmente paga, seja ou não utilizada durante o período de faturamento, expressa em 
quilowatts
(kW).
Demanda de ultrapassagem
Parcela da demanda medida que excede o valor da demanda contratada, expressa em 
quilowatts
(kW).
Demanda medida
Maior demanda de potência ativa, verificada por medição, integralizada no intervalo de 15 
(quinze)
minutos durante o período de faturamento, expressa em quilowatts (kW).
Horário de ponta ou Período de ponta (P)
Período definido pela distribuidora e aprovado pela ANEEL para toda sua área de 
concessão
considerando a curva de carga de seu sistema elétrico e composto por 3 (três) horas 
diárias
consecutivas, exceção feita aos sábados, domingos, terça-feira de carnaval, sexta-feira 
da Paixão,
“Corpus Christi” e feriados definidos por lei federal.
Horário fora de ponta ou Período fora de ponta (F)
Período composto pelo conjunto das horas diárias consecutivas e complementares 
àquelas definidas
no horário de ponta.
Baixa tensão de distribuição (BT)
Tensão entre fases cujo valor eficaz é igual ou inferior a 1 kV.
Média tensão de distribuição (MT)
Tensão entre fases cujo valor eficaz é superior a 1 kV e inferior a 69 kV.
Tarifa de uso do sistema de distribuição (TUSD)
Tarifa estabelecida pela ANEEL, destinada ao pagamento pelo uso do sistema de
distribuição em
determinado ponto de conexão ao sistema, formada por componentes específicos, cuja
conceituação
e respectivos critérios de reajuste e revisão estão definidos em regulamento especifico da
ANEEL.
Tarifa de uso do sistema de transmissão (TUST)
Tarifa estabelecida pela ANEEL, na forma TUST RB , relativa ao uso de instalações da
Rede Básica, e
TUST FR , referente ao uso de instalações de fronteira com a Rede Básica.
Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no
Sistema Elétrico Nacional – PRODIST
Módulo 1 – Introdução
O PRODIST disciplina o relacionamento entre os agentes setoriais no que se refere aos
sistemas elétricos de distribuição, que incluem todas as redes e linhas de distribuição de
energia elétrica em tensão inferior a 230 kV, seja em baixa tensão (BT), média tensão 
(MT)
ou alta tensão (AT).
2.6
Afundamento momentâneo de tensão:
Evento em que o valor eficaz da tensão do sistema se reduz, momentaneamente, para 
valores
abaixo de 90% e acima de 10% da tensão nominal de operação, durante intervalo 
superior ou
igual a um ciclo e inferior ou igual a 3 (três) segundos.
2.7
Afundamento temporário de tensão:
Evento em que o valor eficaz da tensão do sistema se reduz, momentaneamente, para 
valores
abaixo de 90% e acima de 10% da tensão nominal de operação, durante intervalo 
superior a 3
(três) segundos e inferior a 3 (três) minutos.
2.17 Alta tensão de distribuição (AT):
Tensão entre fases cujo valor eficaz é igual ou superior a 69 kV e inferior a 230 kV, ou
instalações em tensão igual ou superior a 230 kV quando especificamente definidas pela
ANEEL.
2.25 Autoprodutor:
Pessoa física ou jurídica ou empresas reunidas em consórcio que recebam concessão ou
autorização para produzir energia elétrica destinada ao seu uso exclusivo, podendo, 
mediante
autorização da ANEEL, comercializar seus excedentes de energia.
2.26 Baixa tensão de distribuição (BT):
Tensão entre fases cujo valor eficaz é igual ou inferior a 1 kV.
2.59 Comissionamento:
Ato de submeter equipamentos, instalações e sistemas a testes e ensaios especificados, 
antes
de sua entrada em operação.
2.78 Consumidor:
Pessoa física ou jurídica, ou comunhão de fato ou de direito, legalmente representada, 
que
solicite o fornecimento de energia elétrica e/ou o uso do sistema elétrico à distribuidora e
assume a responsabilidade pelo pagamento das faturas e pelas demais obrigações 
fixadas em
normas e regulamentos da ANEEL, assim vinculando-se aos contratos de fornecimento, 
de uso
e de conexão ou de adesão.
2.79 Consumidor cativo:
Consumidor ao qual só é permitido comprar energia da distribuidora detentora da 
concessão ou
permissão na área onde se localizam as instalações do acessante, e, por isso, não 
participa do
mercado livre e é atendido sob condições reguladas. O mesmo que consumidor não livre, 
não
optante ou regulado.
2.80 Consumidor especial.
Aquele que, segundo o disposto no artigo 26 da Lei no 9.427, de 26 de dezembro de 
1996, opte
pela compra de energia elétrica junto a empreendimentos geradores ali definidos.
2.82 Consumidor livre:
Aquele que tenha exercido a opção de compra de energia elétrica na modalidade de 
contratação
livre, conforme disposto nos artigos 15 e 16 da Lei no 9.074, de 7 de julho de 1995;
Lei no 9.074, de 7 dejulho de 1995
Art. 15. Respeitados os contratos de fornecimento vigentes, a prorrogação das atuais e as novas 
concessões serão feitas sem exclusividade de fornecimento de energia elétrica a consumidores com carga 
igual ou maior que 10.000 kW, atendidos em tensão igual ou superior a 69 kV, que podem optar por 
contratar seu fornecimento, no todo ou em parte, com produtor independente de energia elétrica.
§ 8o  Os consumidores que exercerem a opção prevista neste artigo e no art. 16 desta Lei poderão retornar 
à condição de consumidor atendido mediante tarifa regulada, garantida a continuidade da prestação dos 
serviços, nos termos da lei e da regulamentação, desde que informem à concessionária, à permissionária 
ou à autorizada de distribuição local, com antecedência mínima de 5 (cinco) anos.
Art. 16. É de livre escolha dos novos consumidores, cuja carga seja igual ou maior que 3.000 kW, atendidos 
em qualquer tensão, o fornecedor com quem contratará sua compra de energia elétrica.
2.109 Demanda contratada:
Demanda de potência ativa a ser obrigatória e continuamente disponibilizada pela distribuidora
no ponto de conexão, conforme valor e período de vigência fixados no contrato e que deverá ser 
integralmente paga, seja ou não utilizada durante o período de faturamento, expressa em
quilowatts (kW).
2.110 Demanda de ultrapassagem:
Parcela da demanda medida que excede o valor da demanda contratada, expressa em
quilowatts (kW).
2.111 Demanda faturável:
Valor da demanda de potência ativa, identificado de acordo com os critérios estabelecidos e
considerado para fins de faturamento, com aplicação da respectiva tarifa, expressa em
quilowatts (kW).
2.113 Demanda medida:
Maior demanda de potência ativa, verificada por medição, integralizada no intervalo de 15
(quinze) minutos durante o período de faturamento, expressa em quilowatts (kW).
2.147 Elevação momentânea de tensão:
Evento em que o valor eficaz da tensão do sistema se eleva, momentaneamente, para valores
acima de 110% da tensão nominal de operação, durante intervalo superior ou igual a um ciclo e
inferior ou igual a 3 (três) segundos.
2.148 Elevação temporária de tensão:
Evento em que o valor eficaz da tensão do sistema se eleva, momentaneamente, para valores
acima de 110% da tensão nominal de operação, durante intervalo superior a 3 (três) segundos e
inferior a 3 (três) minutos.
2.168 Estrutura tarifária:
Conjunto de tarifas aplicáveis às componentes de consumo de energia elétrica e/ou demanda de
potência ativas de acordo com a modalidade de fornecimento.
2.169 Estrutura tarifária convencional:
Estrutura caracterizada pela aplicação de tarifas de consumo de energia elétrica e/ou demanda
de potência independentemente das horas de utilização do dia e dos períodos do ano.
2.170 Estrutura tarifária horosazonal:
Estrutura caracterizada pela aplicação de tarifas diferenciadas de consumo de energia elétrica e
de demanda de potência de acordo com as horas de utilização do dia e dos períodos do ano,
conforme especificação a seguir:
a) Tarifa Azul: modalidade estruturada para aplicação de tarifas diferenciadas de consumo
de energia elétrica de acordo com as horas de utilização do dia e os períodos do ano,
bem como de tarifas diferenciadas de demanda de potência de acordo com as horas de
utilização do dia; e
b) Tarifa Verde: modalidade estruturada para aplicação de tarifas diferenciadas de consumo
de energia elétrica de acordo com as horas de utilização do dia e os períodos do ano,
bem como de uma única tarifa de demanda de potência.
2.181 Fator de carga:
Razão entre a demanda média e a demanda máxima da unidade consumidora ocorridas no
mesmo intervalo de tempo especificado.
2.182 Fator de demanda:
Razão entre a demanda máxima em um intervalo de tempo especificado e a carga instalada na
unidade consumidora.
2.199 Grupo A:
Grupamento composto de unidades consumidoras com fornecimento em tensão igual ou
superior a 2,3 kV, ou, ainda, atendidas em tensão inferior a 2,3 kV a partir de sistema
subterrâneo de distribuição e faturadas neste Grupo nos termos definidos para opção do
consumidor, caracterizado pela estruturação tarifária binômia e subdividido nos seguintes
subgrupos:
a)
b)
c)
d)
e)
f)
Subgrupo A1 - tensão de fornecimento igual ou superior a 230 kV.
Subgrupo A2 - tensão de fornecimento de 88 kV a 138 kV.
Subgrupo A3 - tensão de fornecimento de 69 kV.
Subgrupo A3a - tensão de fornecimento de 30 kV a 44 kV.
Subgrupo A4 - tensão de fornecimento de 2,3 kV a 25 kV.
Subgrupo AS - tensão de fornecimento inferior a 2,3 kV, atendidas a partir de sistema
subterrâneo de distribuição.
2.200 Grupo B:
Grupo B: grupamento composto de unidades consumidoras com fornecimento em tensão inferior
a 2,3 kV, caracterizado pela tarifa monômia e subdividido nos seguintes subgrupos:
a) subgrupo B1 – residencial;
b) subgrupo B2 – rural;
c) subgrupo B3 – demais classes; e
d) subgrupo B4 – Iluminação Pública.
2.201 Horário de ponta ou Período de ponta (P):
Período definido pela distribuidora e aprovado pela ANEEL para toda sua área de concessão
considerando a curva de carga de seu sistema elétrico e composto por 3 (três) horas diárias
consecutivas, exceção feita aos sábados, domingos, terça-feira de carnaval, sexta-feira da
Paixão, “Corpus Christi” e feriados definidos por lei federal.
2.202 Horário fora de ponta ou Período fora de ponta (F):
Período composto pelo conjunto das horas diárias consecutivas e complementares àquelas
definidas no horário de ponta.
2.226 Interrupção temporária de tensão:
Toda interrupção do sistema elétrico superior a 3 (três) segundos e inferior a 3 (três) minutos.
2.238 Média tensão de distribuição (MT):
Tensão entre fases cujo valor eficaz é superior a 1 kV e inferior a 69 kV.
2.248 Microgeração distribuída:
Central geradora de energia elétrica, com potência instalada menor ou igual a 75 kW e que
utilize cogeração qualificada, conforme regulamentação da ANEEL, ou fontes renováveis de
energia elétrica, conectada na rede de distribuição por meio de instalações de unidades
consumidoras.
2.250 Minigeração distribuída:
Central geradora de energia elétrica, com potência instalada superior a 75 kW e menor ou igual
a 3 MW para fontes hídricas ou menor ou igual a 5 MW para cogeração qualificada, conforme
regulamentação da ANEEL, ou para as demais fontes renováveis de energia elétrica, conectada
na rede de distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras.
2.252 Montante de uso do sistema de distribuição (MUSD):
Potência ativa média calculada em intervalos de 15 (quinze) minutos, injetada ou requerida pelo
sistema elétrico de distribuição pela geração ou carga, em kW.
2.253 Montante de uso contratado (MUSD contratado):
Potência ativa contratada pelo acessante junto à distribuidora, para uso em suas instalações de
utilização de energia elétrica.
2.293 Período seco (S):
Período de 7 (sete) ciclos de faturamentos consecutivos, cujas datas de leitura se situem entre
os meses de maio e novembro.
2.294 Período úmido (U):
Período de 5 (cinco) ciclos de faturamento consecutivos, cujas datas de leitura se situem entre
os meses de dezembro de um ano e abril do ano seguinte.
2.343 Regime permanente:
Intervalo de tempo da leitura de tensão, onde não ocorrem distúrbios elétricos capazes de
invalidar a leitura, definido como sendo de 10 (dez) minutos.
2.368 Sistema de distribuição de alta tensão (SDAT):
Conjunto de linhas e subestações que conectam as barras da rede básica ou de centrais
geradoras às subestações de distribuição em tensões típicas iguais ou superiores a 69 kV e
inferiores a 230 kV, ou instalações em tensão igual ou superior a 230 kV quando
especificamente definidas pela ANEEL.
2.369 Sistema de distribuição de baixa tensão (SDBT):
Conjunto de linhas de distribuição e de equipamentos associados em tensões nominais
inferiores ou iguais a 1 kV.
2.370 Sistema de distribuição de média tensão (SDMT):
Conjunto de linhas de distribuição e de equipamentos associados em tensões típicas superiores
a 1 kV e inferiores a 69 kV, namaioria das vezes com função primordial de atendimento a
unidades consumidoras, podendo conter geração distribuída.
2.391 Tarifa de energia:
Tarifa de energia elétrica calculada pela ANEEL, aplicável no faturamento mensal.
2.392 Tarifa binômia:
Conjunto de tarifas de fornecimento constituído por preços aplicáveis ao consumo de energia
elétrica ativa e à demanda faturável.
2.394 Tarifa de ultrapassagem:
Tarifa aplicável sobre a diferença positiva entre a demanda medida e a contratada, quando
exceder os limites estabelecidos.
2.397 Tarifa monômia:
Tarifa de fornecimento de energia elétrica constituída por preços aplicáveis unicamente ao
consumo de energia elétrica ativa.
2.429 Unidade consumidora atendida em alta tensão:
Unidade consumidora atendida em tensão nominal igual ou superior a 69 kV.
2.430 Unidade consumidora atendida em média tensão:
Unidade consumidora atendida em tensão nominal maior que 1 kV e menor que 69 kV.
2.431 Unidade consumidora atendida em baixa tensão:
Unidade consumidora atendida com tensão nominal igual ou inferior a 1 kV.
2.436 Valor mínimo faturável:
Valor referente ao custo de disponibilidade do sistema elétrico, aplicável ao faturamento 
de
unidades consumidoras do grupo “B”, de acordo com os limites fixados por tipo de 
ligação.
Módulo 3 Seção 3.3
	Tarifação
	Classes de consumo
	Residencial
	Industrial
	Comercial
	Rural
	Poder Público
	Postos Tarifários
	Período capacitivo e período indutivo
	Modalidades tarifárias
	Tarifa Branca
	Os períodos horários de ponta, intermediário e fora ponta são homologados pela ANEEL nas revisões tarifárias periódicas de cada distriubidora, que ocorrem em média a cada quatro anos.
	A opção pela modalidade tarifária Branca poderá ser exercida por todos os titulares de unidades atendidas em baixa tensão, exceto aquelas classificadas como iluminação pública ou que façam uso do sistema de pré-pagamento.
	Bandeiras Tarifárias
	Fatura de energia elétrica

Continue navegando

Outros materiais