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Máquinas e Sistemas Elétricos Prof. Rogério Souza de Lacerda Tarifação Classes de consumo As classes de consumo são as diversas classes aplicadas a cada tipo de consumidor, conforme a Resolução Normativa ANEEL n. 414/2010. As classes com suas respectivas subclasses são definidas como se segue: Residencial • Residencial baixa renda; • Residencial baixa renda Indígena; • Residencial baixa renda benefício de prestação continuada da assistência social; • Residencial baixa renda multifamiliar. Industrial Comercial • Serviços de transporte, exceto tração elétrica; • Serviços de comunicações e telecomunicações; • Associação e entidades filantrópicas; • Templos religiosos; • Administração condominial: iluminação e instalações de uso comum de prédio ou conjunto de edificações; • Iluminação em rodovias: solicitada por quem detenha concessão ou autorização para administração em rodovias; • Semáforos, radares e câmeras de monitoramento de trânsito, solicitados por quem detenha concessão ou autorização para controle de trânsito; Rural • agropecuária rural; • instalações elétricas de poços de captação de água • serviço de bombeamento de água destinada à atividade de irrigação. • agropecuária urbana: • residencial rural; http://www.aneel.gov.br/cedoc/ren2010414.pdf • cooperativa de eletrificação rural; • agroindustrial; • serviço público de irrigação rural; • escola agrotécnica: estabelecimento de ensino direcionado à agropecuária; • agricultura. Poder Público • Iluminação Pública; • Serviço Público: • tração elétrica; • água, esgoto e saneamento; • Consumo Próprio. Postos Tarifários Os postos tarifários são definidos para permitir a contratação e o faturamento da energia e da demanda de potência diferenciada ao longo do dia, conforme as diversas modalidades tarifárias. A regulamentação consta na Resolução Normativa ANEEL - REN nº 414/2010: Horário de ponta refere-se ao período composto por 3 (três) horas diárias consecutivas definidas pela distribuidora considerando a curva de carga de seu sistema elétrico, aprovado pela ANEEL para toda a área de concessão, com exceção feita aos sábados, domingos, e feriados nacionais. • Horário fora de ponta refere-se ao período composto pelo conjunto das horas diárias consecutivas e complementares àquelas definidas no horário de ponta e intermediário (no caso da Tarifa Branca). • O horário intermediário refere-se ao período de uma hora anterior e posterior ao horário de ponta, aplicado exclusivamente as unidades tarifárias pertencentes à tarifa branca. Neste caso, Existe também o horário reservado aplicado ao consumidor irrigante, período do dia, normalmente na madrugada, em que a carga destinada à irrigação ou aquicultura recebe um desconto na tarifa de acordo com a região em que se localiza e o grupo tarifário a que pertence. Esta regulamentação está na REN nº 414/2010, art. 107, 108 e 109; Para concessionária AES Eletropaulo são considerados os períodos: Horário de ponta: 17 h e 30 min até 20 h 30 min Horário fora de ponta: 20 h e 30 min até 17 h e 30 min Horário intermediário: 16 h e 30 min até 17 h e 30 min e 20 h e 30 min até 21 h e 30 min http://www.aneel.gov.br/cedoc/ren2010414.pdf http://www.aneel.gov.br/cedoc/ren2010414.pdf Período capacitivo e período indutivo I – o período de 6 (seis) horas consecutivas, compreendido, a critério da distribuidora, entre 23h 30min e 6h 30min, apenas os fatores de potência “fT ” inferiores a 0,92 capacitivo para unidades consumidoras conectadas em níveis de tensão inferiores a 69 kV ou inferiores a 1 capacitivo para as demais unidades consumidoras, verificados em cada intervalo de 1 (uma) hora “T”; e II – o período diário complementar ao definido no inciso I, apenas os fatores de potência “fT ” inferiores a 0,92 indutivo para unidades consumidoras conectadas em níveis de tensão inferiores a 69 kV ou inferiores a 0,95 indutivo para as demais unidades consumidoras, verificados em cada intervalo de 1 (uma) hora “T”. § 2 o O período de 6 (seis) horas, definido no inciso I do § 1 o , deve ser informado pela distribuidora aos respectivos consumidores com antecedência mínima de 1 (um) ciclo completo de faturamento. Para concessionária AES Eletropaulo são considerados os períodos: Período capacitivo: 0 h e 30 min até 6 h 30 min Período indutivo: 6 h e 30 min até 0 h e 30 min http://2.bp.blogspot.com/-x5fIrlJmNvU/TfZKKTyMYII/AAAAAAAAAB8/hpjtSHgryjw/s1600/horario+capacitivo+indutivo+bt.jpg Modalidades tarifárias As modalidades tarifárias são um conjunto de tarifas aplicáveis às componentes de consumo de energia elétrica e demanda de potência ativas, considerando as seguintes modalidades: • Azul: aplicada às unidades consumidoras do grupo A, caracterizada por tarifas diferenciadas de consumo de energia elétrica e de demanda de potência, de acordo com as horas de utilização do dia; • Verde: modalidade tarifária horária verde: aplicada às unidades consumidoras do grupo A, caracterizada por tarifas diferenciadas de consumo de energia elétrica, de acordo com as horas de utilização do dia, assim como de uma única tarifa de demanda de potência; • Convencional Binômia: aplicada às unidades consumidoras do grupo A caracterizada por tarifas de consumo de energia elétrica e demanda de potência, independentemente das horas de utilização do dia. Esta modalidade será extinta a partir da revisão tarifária da distribuidora; • Convencional Monômia: aplicada às unidades consumidoras do grupo B, caracterizada por tarifas de consumo de energia elétrica, independentemente das horas de utilização do dia; e • Branca: aplicada às unidades consumidoras do grupo B, exceto para o subgrupo B4 e para as subclasses Baixa Renda do subgrupo B1, caracterizada por tarifas diferenciadas de consumo de energia elétrica, de acordo com as horas de utilização do dia. Modalidade Tarifária - Tarifa Azul Horários Do dia Faturamento Ponta - 3 horas (17h30 às 20h30) Consumo -ponta Demanda - ponta Fora de ponta (21h restantes) Consumo fora de ponta Demanda fora de ponta Modalidade Tarifária - Tarifa Verde Horários Do dia Faturamento Ponta - 3 horas (17h30 às 20h30) consumo - ponta Fora de ponta (21h restantes) consumo fora de ponta todo o dia (24 horas) Demanda única Subgrupo tarifário Modalidade tarifária Convencional Azul Verde A1 Impedido Compulsório Impedido A2 A3 A3a Disponível Disponível Disponível A4 AS < 300 kW ≥ 30 kW ≥ 30 kW Tarifa Branca A Tarifa Branca é uma nova opção de tarifa que sinaliza aos consumidores a variação do valor da energia conforme o dia e o horário do consumo. Ela é oferecida para as instalações em baixa tensão (127, 220, 380 ou 440 Volts). Com a Tarifa Branca, o consumidor passa a ter possibilidade de pagar valores diferentes em função da hora e do dia da semana. Se o consumidor adotar hábitos que priorizem o uso da energia fora do período de ponta, diminuindo fortemente o consumo na ponta e no intermediário, a opção pela Tarifa Branca oferece a oportunidade de reduzir o valor pago pela energia consumida. Nos dias úteis, o valor Tarifa Branca varia em três horários: ponta, intermediário e fora de ponta. Na ponta e no intermediário, a energia é mais cara. Fora de ponta, é mais barata. Nos feriados nacionais e nos finais de semana, o valor é sempre fora de ponta. Os períodos horários de ponta, intermediário e fora ponta são homologados pela ANEEL nas revisões tarifárias periódicas de cada distriubidora, que ocorrem em média a cada quatro anos. http://www.aneel.gov.br/visualizar_texto.cfm?idtxt=1693 A opção pela modalidade tarifária Branca poderá ser exercida por todos os titulares de unidades atendidas em baixa tensão, exceto aquelas classificadas como iluminação pública ou que façam uso do sistema de pré-pagamento. Bandeiras Tarifárias É o sistema que sinaliza aos consumidores os custosreais da geração de energia elétrica. O funcionamento é simples: as cores das bandeiras (verde, amarela ou vermelha) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração de eletricidade. Com as bandeiras, a conta de luz fica mais transparente e o consumidor tem a melhor informação para usar a energia elétrica de forma mais consciente. A partir de 2015, as contas de energia passaram a trazer uma novidade: o sistema de Bandeiras Tarifárias. O sistema possui três bandeiras: verde, amarela e vermelha - as mesmas cores dos semáforos – e indicam se a energia custa mais ou menos, em função das condições de geração de eletricidade: Bandeira verde: condições favoráveis de geração de energia. A tarifa não sofre nenhum acréscimo; Bandeira amarela: condições de geração menos favoráveis. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,015 para cada quilowatt-hora (kWh) consumidos; Bandeira vermelha - Patamar 1: condições mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,030 para cada quilowatt-hora kWh consumido. Bandeira vermelha - Patamar 2: condições ainda mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,045 para cada quilowatt-hora kWh consumido. O sistema de bandeiras é aplicado por todas as concessionárias conectadas ao Sistema Interligado Nacional - SIN, conforme figura abaixo. A partir de 1º de julho de 2015, o sistema de bandeiras passou a ser aplicado também pelas permissionárias de distribuição de energia. *A partir de 1º de maio de 2015, o sistema de bandeiras começou a ser aplicado aos consumidores atendidos pela Amazonas Energia, pois conforme Despacho nº 1.365/2015, a distribuidora passou a fazer parte do SIN. http://www.aneel.gov.br/cedoc/dsp20151365.pdf http://www.aneel.gov.br/cedoc/dsp20151365.pdf Fatura de energia elétrica https://www.aeseletropaulo.com.br/para-seu-negocio/informacoes/conteudo/entenda-sua- conta https://www.aeseletropaulo.com.br/para-seu-negocio/informacoes/conteudo/entenda-sua-conta https://www.aeseletropaulo.com.br/para-seu-negocio/informacoes/conteudo/entenda-sua-conta http://www2.elektro.com.br/tutorial_flash/tut_grupoA.html http://www2.elektro.com.br/tutorial_flash/tut_grupoA.html Bandeiras tarifárias – Janeiro/2015 a Abril/2016 Janeiro e fevereiro/2015 Março a agosto/2015 Setembro/2015 a janeiro/2016 Fevereiro/ 2016 Março/ 2016 Abril/2016 R$ a cada 100 kWh 3,00 5,50 4,50 3,00 Patamar 1 1,50 Sem cobrança http://www.aneel.gov.br/sala-de-imprensa-exibicao/-/asset_publisher/XGPXSqdMFHrE/ content/bandeira-tarifaria-de-abril-e-verde/656877?inheritRedirect=false ICMS O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS incidente sobre o fornecimento de energia elétrica foi instituído, no âmbito do Estado de São Paulo, pela Lei Estadual nº 6.374, de 1/3/89. À AES Eletropaulo, na qualidade de contribuinte legal e substituto tributário do referido imposto, dentro de sua área de concessão, cabe apenas a tarefa de recolher ao erário Estadual as quantias cobradas nas Notas Fiscais/Conta de Energia Elétrica dos consumidores. O ICMS é um imposto calculado "por dentro", conforme prevê o artigo 33 do Conv. ICM66/88: o montante do imposto integra sua própria base de cálculo, constituindo o destaque mera indicação para fins de controle?. Tal dispositivo refletido na lei estadual não é inovação, pois o próprio CTN - Código Tributário Nacional, na redação dada pelo artigo 1º do Ato Complementar nº 27, de 08.12.66, já definia dessa forma o cálculo do ICM, em seu artigo 53, parágrafo 4º. Para operacionalizar o cálculo conforme disposto no artigo nº 33, é adotada a fórmula a seguir fornecida pelo DNAEE - Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica, definida pelo CONFAZ - Conselho de Política Fazendária. Fórmula = I.C.M.S. = Fornecimento x [1/(1 - Alíquota)] - 1 Portanto, no cálculo da energia, como no de qualquer produto, o valor do ICMS faz parte do valor da operação, que é a base de cálculo. O valor do ICMS pode ser encontrado no link abaixo: http://www.abradee.com.br/financeiro/mapas-aliquotas-icms/industrial COSIP http://www.abradee.com.br/financeiro/mapas-aliquotas-icms/industrial http://www.aneel.gov.br/sala-de-imprensa-exibicao/-/asset_publisher/XGPXSqdMFHrE/content/bandeira-tarifaria-de-abril-e-verde/656877?inheritRedirect=false http://www.aneel.gov.br/sala-de-imprensa-exibicao/-/asset_publisher/XGPXSqdMFHrE/content/bandeira-tarifaria-de-abril-e-verde/656877?inheritRedirect=false Contribuição para custeio do serviço de iluminação pública, convênio celebrado entre as Prefeituras e a AES Eletropaulo, com objetivo de promover a arrecadação da contribuição, nas contas de energia elétrica, nos termos das leis municipais de cada Prefeitura, A AES Eletropaulo, é apenas um meio facilitador de arrecadação da contribuição. O valor faturado será repassado integralmente às respectivas Prefeituras. A Cosip será a principal fonte de recursos para a ampliação dos pontos de iluminação pública, aumento do potencial de Iluminação já instalado, manutenção e pagamento do consumo da Iluminação Pública. Lei municipal de São Paulo 13479/02 Ofício 257/12 de 27/11/12 O valor do COSIP pode ser encontrado no link abaixo: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/financas/legislacao/index.php?p=3163 ECE Contribuição para custeio do serviço de iluminação pública, convênio celebrado entre as Prefeituras e a AES Eletropaulo, com objetivo de promover a arrecadação da contribuição, nas contas de energia elétrica, nos termos das leis municipais de cada Prefeitura, A AES Eletropaulo, é apenas um meio facilitador de arrecadação da contribuição. O valor faturado será repassado integralmente às respectivas Prefeituras. A Cosip será a principal fonte de recursos para a ampliação dos pontos de ECE - O ECE é uma espécie de seguro para as termelétricas contratadas pela CBEE - Comercializadora Brasileira de Energia Elétrica, que será cobrado em todas as classes de consumidores, exceto àqueles cadastrados como Baixa Renda. Este seguro, oficialmente chamado de ENCARGO, foi instituído nas contas de energia elétrica pela resolução nº 71, de 07/02/2002, editada pela ANEEL. Forma de Cálculo: ECE = Consumo em kWh X R$ 0,0035. PIS/PASEP e COFINS Tratam-se de tributos que são exigidos das pessoas jurídicas pelo Governo Federal por meio de lei e destinam-se a assegurar recursos para o desenvolvimento de atividades voltadas a seguridade social. PIS => Programa de Integração Social COFINS => Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social Por determinação da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, tais tributos estavam embutidos na tarifa de energia elétrica e tinham alíquotas fixas de 0,65% para o PIS e 3,00% para a COFINS que eram ajustadas quando dos reajustes periódicos das tarifas. Na vigência desse regime, denominado como “regime cumulativo”, tais alíquotas eram aplicadas sobre o total da receita bruta auferida, entretanto, a partir da edição das Leis nº 10.637/2002, 10.833/2003 e 10.865/2004, o PIS e a COFINS tiveram suas alíquotas alteradas para 1,65% e 7,6%, respectivamente, passando a ser apurados de forma “não cumulativa”, ou seja, as novas alíquotas passaram a incidir sobre uma base de cálculo http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/financas/legislacao/index.php?p=3163 líquida que significa dizer: total da receita bruta deduzidos os custos permitidos por lei. As alterações introduzidas por essas novas legislações implicaram em retirar da tarifa de energia elétrica o PIS e a COFINS, e ambos passaram a ser informados de forma individualizada nas contas de energia elétrica – procedimento determinado pela Nota Técnica nº 115/2005-SFF/SER/ANELL de 18/04/05, homologada pela Resolução Homologatória nº 227 de 18/10/05 – "Tarifas de Fornecimento de Energia Elétrica Aplicáveis a Consumidores Finais” e podem variar de um mês para o outro. Tarifas aplicadas a clientesem Alta e Média Tensão de fornecimento - Grupo A da AES Eletropaulo MODALIDADE TARIFÁRIA SUBGRUPOS A4 (2,3 a 25kV) AS (Subterrâneo) Tarifa de uso do Sistema de Distribuição (TUSD) Tarifa Energia (TE) Tarifa de uso do Sistema de Distribuição (TUSD) Tarifa de Energia (TE) Demanda (R$/kW) Energia (R$/kW h) Energia (R$/kWh) Demanda (R$/kW) Energia (R$/kW h) Energia (R$/kWh) TARIFA HORÁRIA AZUL PONTA 12,82 0,05815 0,32356 26,25 0,07303 0,32356 FORA PONTA 8,01 0,05815 0,21497 16,39 0,07303 0,21497 ULTRAPASSAGEM DE DEMANDA PONTA 25,64 - - 52,50 - - ULTRAPASSAGEM DE DEMANDA FORA PONTA 16,02 - - 32,78 - - ENERGIA REATIVA EXCEDENTE - - 0,22402 - - 0,22402 TARIFA HORÁRIA VERDE PONTA 8,01 0,36894 0,32356 16,39 0,70932 0,32356 FORA PONTA 0,05815 0,21497 0,07303 0,21497 ULTRAPASSAGEM DE DEMANDA 16,02 - - 32,78 - - ENERGIA REATIVA EXCEDENTE - - 0,22402 - - 0,22402 TARIFA CONVENCIONAL BINÔMIA INTEGRAL - - - - - - ULTRAPASSAGEM DE DEMANDA - - - - - - ENERGIA REATIVA EXCEDENTE - - 0,22402 - - 0,22402 UFER: Unidade de faturamento de energia reativa DMCR: Demanda máxima corrigida TUSD: Tarifa de uso do sistema de distribuição Faturamento do Consumo: Fatura-se o valor total de consumo verificado em um período aproximado de 30 dias. Faturamento da Demanda: Aplicado ao maior valor entre as seguintes demandas: Demanda Contratada Valor contratado pelo consumidor, correspondente à máxima carga a ser solicitada do sistema, no intervalo de 15 minutos. Demanda Registrada Máximo valor da potência integralizada (média), no intervalo de 15 minutos consecutivos, verificado no período de faturamento. TUSD: Tarifa de uso do sistema de distribuição TE: Tarifa de energia Fator de carga: razão entre a demanda média e a demanda máxima da unidade consumidora ocorridas no mesmo intervalo de tempo especificado. O fator de potência é a razão entre a energia elétrica ativa e a raiz quadrada da soma dos quadrados das energias elétrica ativa e reativa, consumidas num mesmo período de tempo As distorções harmônicas são fenômenos associados com deformações nas formas de onda das tensões e correntes em relação à onda senoidal da freqüência fundamental. O desequilíbrio de tensão é o fenômeno associado a alterações dos padrões trifásicos do sistema de distribuição. A flutuação de tensão é uma variação aleatória, repetitiva ou esporádica, do valor eficaz da tensão. A determinação da qualidade da tensão de um barramento do sistema de distribuição quanto à flutuação de tensão tem por objetivo avaliar o incômodo provocado pelo efeito da cintilação luminosa no consumidor final, que tenha seus pontos de iluminação alimentados em baixa tensão. Variações de tensão de curta duração são desvios significativos no valor eficaz da tensão em curtos intervalos de tempo. Demanda Média das potências elétricas ativas ou reativas solicitadas ao sistema elétrico pela parcela da carga instalada em operação na unidade consumidora durante um intervalo de tempo especificado, expressas em quilowatts (kW) e quilo-volt-ampère-reativo (kvar), respectivamente. Demanda contratada Demanda de potência ativa a ser obrigatória e continuamente disponibilizada pela distribuidora no ponto de conexão conforme valor e período de vigência fixados no contrato e que deverá ser integralmente paga, seja ou não utilizada durante o período de faturamento, expressa em quilowatts (kW). Demanda de ultrapassagem Parcela da demanda medida que excede o valor da demanda contratada, expressa em quilowatts (kW). Demanda medida Maior demanda de potência ativa, verificada por medição, integralizada no intervalo de 15 (quinze) minutos durante o período de faturamento, expressa em quilowatts (kW). Horário de ponta ou Período de ponta (P) Período definido pela distribuidora e aprovado pela ANEEL para toda sua área de concessão considerando a curva de carga de seu sistema elétrico e composto por 3 (três) horas diárias consecutivas, exceção feita aos sábados, domingos, terça-feira de carnaval, sexta-feira da Paixão, “Corpus Christi” e feriados definidos por lei federal. Horário fora de ponta ou Período fora de ponta (F) Período composto pelo conjunto das horas diárias consecutivas e complementares àquelas definidas no horário de ponta. Baixa tensão de distribuição (BT) Tensão entre fases cujo valor eficaz é igual ou inferior a 1 kV. Média tensão de distribuição (MT) Tensão entre fases cujo valor eficaz é superior a 1 kV e inferior a 69 kV. Tarifa de uso do sistema de distribuição (TUSD) Tarifa estabelecida pela ANEEL, destinada ao pagamento pelo uso do sistema de distribuição em determinado ponto de conexão ao sistema, formada por componentes específicos, cuja conceituação e respectivos critérios de reajuste e revisão estão definidos em regulamento especifico da ANEEL. Tarifa de uso do sistema de transmissão (TUST) Tarifa estabelecida pela ANEEL, na forma TUST RB , relativa ao uso de instalações da Rede Básica, e TUST FR , referente ao uso de instalações de fronteira com a Rede Básica. Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional – PRODIST Módulo 1 – Introdução O PRODIST disciplina o relacionamento entre os agentes setoriais no que se refere aos sistemas elétricos de distribuição, que incluem todas as redes e linhas de distribuição de energia elétrica em tensão inferior a 230 kV, seja em baixa tensão (BT), média tensão (MT) ou alta tensão (AT). 2.6 Afundamento momentâneo de tensão: Evento em que o valor eficaz da tensão do sistema se reduz, momentaneamente, para valores abaixo de 90% e acima de 10% da tensão nominal de operação, durante intervalo superior ou igual a um ciclo e inferior ou igual a 3 (três) segundos. 2.7 Afundamento temporário de tensão: Evento em que o valor eficaz da tensão do sistema se reduz, momentaneamente, para valores abaixo de 90% e acima de 10% da tensão nominal de operação, durante intervalo superior a 3 (três) segundos e inferior a 3 (três) minutos. 2.17 Alta tensão de distribuição (AT): Tensão entre fases cujo valor eficaz é igual ou superior a 69 kV e inferior a 230 kV, ou instalações em tensão igual ou superior a 230 kV quando especificamente definidas pela ANEEL. 2.25 Autoprodutor: Pessoa física ou jurídica ou empresas reunidas em consórcio que recebam concessão ou autorização para produzir energia elétrica destinada ao seu uso exclusivo, podendo, mediante autorização da ANEEL, comercializar seus excedentes de energia. 2.26 Baixa tensão de distribuição (BT): Tensão entre fases cujo valor eficaz é igual ou inferior a 1 kV. 2.59 Comissionamento: Ato de submeter equipamentos, instalações e sistemas a testes e ensaios especificados, antes de sua entrada em operação. 2.78 Consumidor: Pessoa física ou jurídica, ou comunhão de fato ou de direito, legalmente representada, que solicite o fornecimento de energia elétrica e/ou o uso do sistema elétrico à distribuidora e assume a responsabilidade pelo pagamento das faturas e pelas demais obrigações fixadas em normas e regulamentos da ANEEL, assim vinculando-se aos contratos de fornecimento, de uso e de conexão ou de adesão. 2.79 Consumidor cativo: Consumidor ao qual só é permitido comprar energia da distribuidora detentora da concessão ou permissão na área onde se localizam as instalações do acessante, e, por isso, não participa do mercado livre e é atendido sob condições reguladas. O mesmo que consumidor não livre, não optante ou regulado. 2.80 Consumidor especial. Aquele que, segundo o disposto no artigo 26 da Lei no 9.427, de 26 de dezembro de 1996, opte pela compra de energia elétrica junto a empreendimentos geradores ali definidos. 2.82 Consumidor livre: Aquele que tenha exercido a opção de compra de energia elétrica na modalidade de contratação livre, conforme disposto nos artigos 15 e 16 da Lei no 9.074, de 7 de julho de 1995; Lei no 9.074, de 7 dejulho de 1995 Art. 15. Respeitados os contratos de fornecimento vigentes, a prorrogação das atuais e as novas concessões serão feitas sem exclusividade de fornecimento de energia elétrica a consumidores com carga igual ou maior que 10.000 kW, atendidos em tensão igual ou superior a 69 kV, que podem optar por contratar seu fornecimento, no todo ou em parte, com produtor independente de energia elétrica. § 8o Os consumidores que exercerem a opção prevista neste artigo e no art. 16 desta Lei poderão retornar à condição de consumidor atendido mediante tarifa regulada, garantida a continuidade da prestação dos serviços, nos termos da lei e da regulamentação, desde que informem à concessionária, à permissionária ou à autorizada de distribuição local, com antecedência mínima de 5 (cinco) anos. Art. 16. É de livre escolha dos novos consumidores, cuja carga seja igual ou maior que 3.000 kW, atendidos em qualquer tensão, o fornecedor com quem contratará sua compra de energia elétrica. 2.109 Demanda contratada: Demanda de potência ativa a ser obrigatória e continuamente disponibilizada pela distribuidora no ponto de conexão, conforme valor e período de vigência fixados no contrato e que deverá ser integralmente paga, seja ou não utilizada durante o período de faturamento, expressa em quilowatts (kW). 2.110 Demanda de ultrapassagem: Parcela da demanda medida que excede o valor da demanda contratada, expressa em quilowatts (kW). 2.111 Demanda faturável: Valor da demanda de potência ativa, identificado de acordo com os critérios estabelecidos e considerado para fins de faturamento, com aplicação da respectiva tarifa, expressa em quilowatts (kW). 2.113 Demanda medida: Maior demanda de potência ativa, verificada por medição, integralizada no intervalo de 15 (quinze) minutos durante o período de faturamento, expressa em quilowatts (kW). 2.147 Elevação momentânea de tensão: Evento em que o valor eficaz da tensão do sistema se eleva, momentaneamente, para valores acima de 110% da tensão nominal de operação, durante intervalo superior ou igual a um ciclo e inferior ou igual a 3 (três) segundos. 2.148 Elevação temporária de tensão: Evento em que o valor eficaz da tensão do sistema se eleva, momentaneamente, para valores acima de 110% da tensão nominal de operação, durante intervalo superior a 3 (três) segundos e inferior a 3 (três) minutos. 2.168 Estrutura tarifária: Conjunto de tarifas aplicáveis às componentes de consumo de energia elétrica e/ou demanda de potência ativas de acordo com a modalidade de fornecimento. 2.169 Estrutura tarifária convencional: Estrutura caracterizada pela aplicação de tarifas de consumo de energia elétrica e/ou demanda de potência independentemente das horas de utilização do dia e dos períodos do ano. 2.170 Estrutura tarifária horosazonal: Estrutura caracterizada pela aplicação de tarifas diferenciadas de consumo de energia elétrica e de demanda de potência de acordo com as horas de utilização do dia e dos períodos do ano, conforme especificação a seguir: a) Tarifa Azul: modalidade estruturada para aplicação de tarifas diferenciadas de consumo de energia elétrica de acordo com as horas de utilização do dia e os períodos do ano, bem como de tarifas diferenciadas de demanda de potência de acordo com as horas de utilização do dia; e b) Tarifa Verde: modalidade estruturada para aplicação de tarifas diferenciadas de consumo de energia elétrica de acordo com as horas de utilização do dia e os períodos do ano, bem como de uma única tarifa de demanda de potência. 2.181 Fator de carga: Razão entre a demanda média e a demanda máxima da unidade consumidora ocorridas no mesmo intervalo de tempo especificado. 2.182 Fator de demanda: Razão entre a demanda máxima em um intervalo de tempo especificado e a carga instalada na unidade consumidora. 2.199 Grupo A: Grupamento composto de unidades consumidoras com fornecimento em tensão igual ou superior a 2,3 kV, ou, ainda, atendidas em tensão inferior a 2,3 kV a partir de sistema subterrâneo de distribuição e faturadas neste Grupo nos termos definidos para opção do consumidor, caracterizado pela estruturação tarifária binômia e subdividido nos seguintes subgrupos: a) b) c) d) e) f) Subgrupo A1 - tensão de fornecimento igual ou superior a 230 kV. Subgrupo A2 - tensão de fornecimento de 88 kV a 138 kV. Subgrupo A3 - tensão de fornecimento de 69 kV. Subgrupo A3a - tensão de fornecimento de 30 kV a 44 kV. Subgrupo A4 - tensão de fornecimento de 2,3 kV a 25 kV. Subgrupo AS - tensão de fornecimento inferior a 2,3 kV, atendidas a partir de sistema subterrâneo de distribuição. 2.200 Grupo B: Grupo B: grupamento composto de unidades consumidoras com fornecimento em tensão inferior a 2,3 kV, caracterizado pela tarifa monômia e subdividido nos seguintes subgrupos: a) subgrupo B1 – residencial; b) subgrupo B2 – rural; c) subgrupo B3 – demais classes; e d) subgrupo B4 – Iluminação Pública. 2.201 Horário de ponta ou Período de ponta (P): Período definido pela distribuidora e aprovado pela ANEEL para toda sua área de concessão considerando a curva de carga de seu sistema elétrico e composto por 3 (três) horas diárias consecutivas, exceção feita aos sábados, domingos, terça-feira de carnaval, sexta-feira da Paixão, “Corpus Christi” e feriados definidos por lei federal. 2.202 Horário fora de ponta ou Período fora de ponta (F): Período composto pelo conjunto das horas diárias consecutivas e complementares àquelas definidas no horário de ponta. 2.226 Interrupção temporária de tensão: Toda interrupção do sistema elétrico superior a 3 (três) segundos e inferior a 3 (três) minutos. 2.238 Média tensão de distribuição (MT): Tensão entre fases cujo valor eficaz é superior a 1 kV e inferior a 69 kV. 2.248 Microgeração distribuída: Central geradora de energia elétrica, com potência instalada menor ou igual a 75 kW e que utilize cogeração qualificada, conforme regulamentação da ANEEL, ou fontes renováveis de energia elétrica, conectada na rede de distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras. 2.250 Minigeração distribuída: Central geradora de energia elétrica, com potência instalada superior a 75 kW e menor ou igual a 3 MW para fontes hídricas ou menor ou igual a 5 MW para cogeração qualificada, conforme regulamentação da ANEEL, ou para as demais fontes renováveis de energia elétrica, conectada na rede de distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras. 2.252 Montante de uso do sistema de distribuição (MUSD): Potência ativa média calculada em intervalos de 15 (quinze) minutos, injetada ou requerida pelo sistema elétrico de distribuição pela geração ou carga, em kW. 2.253 Montante de uso contratado (MUSD contratado): Potência ativa contratada pelo acessante junto à distribuidora, para uso em suas instalações de utilização de energia elétrica. 2.293 Período seco (S): Período de 7 (sete) ciclos de faturamentos consecutivos, cujas datas de leitura se situem entre os meses de maio e novembro. 2.294 Período úmido (U): Período de 5 (cinco) ciclos de faturamento consecutivos, cujas datas de leitura se situem entre os meses de dezembro de um ano e abril do ano seguinte. 2.343 Regime permanente: Intervalo de tempo da leitura de tensão, onde não ocorrem distúrbios elétricos capazes de invalidar a leitura, definido como sendo de 10 (dez) minutos. 2.368 Sistema de distribuição de alta tensão (SDAT): Conjunto de linhas e subestações que conectam as barras da rede básica ou de centrais geradoras às subestações de distribuição em tensões típicas iguais ou superiores a 69 kV e inferiores a 230 kV, ou instalações em tensão igual ou superior a 230 kV quando especificamente definidas pela ANEEL. 2.369 Sistema de distribuição de baixa tensão (SDBT): Conjunto de linhas de distribuição e de equipamentos associados em tensões nominais inferiores ou iguais a 1 kV. 2.370 Sistema de distribuição de média tensão (SDMT): Conjunto de linhas de distribuição e de equipamentos associados em tensões típicas superiores a 1 kV e inferiores a 69 kV, namaioria das vezes com função primordial de atendimento a unidades consumidoras, podendo conter geração distribuída. 2.391 Tarifa de energia: Tarifa de energia elétrica calculada pela ANEEL, aplicável no faturamento mensal. 2.392 Tarifa binômia: Conjunto de tarifas de fornecimento constituído por preços aplicáveis ao consumo de energia elétrica ativa e à demanda faturável. 2.394 Tarifa de ultrapassagem: Tarifa aplicável sobre a diferença positiva entre a demanda medida e a contratada, quando exceder os limites estabelecidos. 2.397 Tarifa monômia: Tarifa de fornecimento de energia elétrica constituída por preços aplicáveis unicamente ao consumo de energia elétrica ativa. 2.429 Unidade consumidora atendida em alta tensão: Unidade consumidora atendida em tensão nominal igual ou superior a 69 kV. 2.430 Unidade consumidora atendida em média tensão: Unidade consumidora atendida em tensão nominal maior que 1 kV e menor que 69 kV. 2.431 Unidade consumidora atendida em baixa tensão: Unidade consumidora atendida com tensão nominal igual ou inferior a 1 kV. 2.436 Valor mínimo faturável: Valor referente ao custo de disponibilidade do sistema elétrico, aplicável ao faturamento de unidades consumidoras do grupo “B”, de acordo com os limites fixados por tipo de ligação. Módulo 3 Seção 3.3 Tarifação Classes de consumo Residencial Industrial Comercial Rural Poder Público Postos Tarifários Período capacitivo e período indutivo Modalidades tarifárias Tarifa Branca Os períodos horários de ponta, intermediário e fora ponta são homologados pela ANEEL nas revisões tarifárias periódicas de cada distriubidora, que ocorrem em média a cada quatro anos. A opção pela modalidade tarifária Branca poderá ser exercida por todos os titulares de unidades atendidas em baixa tensão, exceto aquelas classificadas como iluminação pública ou que façam uso do sistema de pré-pagamento. Bandeiras Tarifárias Fatura de energia elétrica
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