Buscar

Resumo do Filme O caso dos irmãos Naves

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

O Caso dos Irmãos Naves. Direção: Luís Sérgio Person. Produção de Glauco Mirko Laurelli e Luis Sérgio Person. Local: Brasil Distribuidora: MC Filmes. 1967. Acessado em: https://www.youtube.com/watch?v=30qOGj8cASM
Baseado em fatos reais, o filme acontece em 1937, na cidade de Araguari, interior de Minas Gerais. Os irmãos Sebastião José Naves e Joaquim Rosa Naves são sócios no ramo de comércio de cereais do primo Benedito Pereira Caetano.
Benedito, numa constante queda dos preços, foi obrigado a vender toda a sua safra de arroz na tentativa de cumprir com todas as suas obrigações. Porém, a quantia conseguida (cerca de 90 contos de réis) não foi suficiente para quitar todas as suas dividas e com medo, Benedito foge levando todo o dinheiro. Ao saber disso, os irmãos Naves decidem comunicar o fato a polícia, que inicia as investigações.
Após a chegada de um novo delegado a cidade, o Chico Vieira, os irmãos Naves são presos e torturados com a hipótese de que eles teriam assassinado Benedito para ficar com o dinheiro.
Durante meses, Chico Vieira submete os irmãos Naves a tortura para que confessem que haviam matado Benedito e escondido o dinheiro para resgatá-lo depois. Além das torturas diárias eles eram alojados em celas subterrâneas imundas e úmidas, privados de água, comida, visitas e até mesmo da luz do sol. Joaquim e Sebastião foram levados a um campo aberto e ficaram amarrados numa árvore com seus corpos cheios de mel para serem atacados por abelhas e formigas. 
Como o delegado não conseguiu a confissão dos irmãos, o mesmo ordena que as esposas e a mãe dos Naves também sofram torturas.
Após ser colocada em liberdade vigiada, Dona Ana, mãe de Joaquim e Sebastião procura um advogado a fim de defender os filhos.
Os irmãos passaram por dois julgamentos. No primeiro, ocorrido em 1938, começa a surgir a verdade, através dos depoimentos de outros presos que também testemunhavam as atrocidades sofridas por eles. Neste, o júri votou - por seis votos favoráveis e um contra - pela absolvição de Sebastião e Joaquim. Realizou-se então no mesmo ano um novo julgamento no qual confirmou-se o voto, por seis a um, da inocência dos réus.
Porém, o Tribunal de Justiça, mediante a ausência de soberania do júri no tribunal pelo regime ditatorial da Constituição de 1937, alterou o resultado do julgamento condenando, por 6 votos a 1, os irmãos Naves a 25 anos de prisão.
Após os anos cumpridos em regime fechado, por bom comportamento os irmãos foram colocados em liberdade condicional.
Em 1948 Joaquim Naves morre por causa de uma doença acometida pelas torturas que sofreu. E com isso, Sebastião tenta provar a sua inocência.
Somente em 1952 Benedito reaparece numa cidade vizinha dizendo que não sabia do ocorrido (Mas durante esse tempo Benedito passou a se chamar José Alves Gomes).
Em 1953, os irmãos Naves foram inocentados oficialmente de toda e qualquer acusação do crime, mas, somente em 1960, Sebastião e seu advogado conseguiram processar o Estado e garantir a indenização devida à sua família e aos descendentes legais de seu irmão.