Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
01. Explique os principais motivos da vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil no ano de 1808. O refúgio no Brasil foi uma manobra do príncipe regente, D. João, para garantir que Portugal continuasse independente quando foi ameaçado de invasão por Napoleão Bonaparte,pois não aderiu ao bloqueio continental devido à longa aliança política e comercial com os ingleses Em 22 de outubro de 1807, o príncipe regente D. João e o rei da Inglaterra Jorge III (1738-1820) assinaram uma convenção secreta que transferia a sede monárquica de Portugal para o Brasil. 02-O período monárquico no Brasil costuma ser dividido em três momentos distintos: Primeiro Reinado (1822-1831); Regências (1831 1840) e Segundo Reinado (1840-1889). Liste as principais características de cada período de forma sintética. Primeiro Reinado ● Estabelecia a monarquia como forma de governo e a transmissão do poder como hereditária. ● Estabelecia o funcionamento de quatro poderes: o executivo, legislativo, judiciário e o moderador. Esse último representava os poderes ilimitados do imperador. ● Estabelecia o voto indireto e censitário no Brasil. Apenas poderiam votar os homens livres, com mais de 25 anos, que possuíssem renda mínima de 100 mil réis. ● O imperador foi estabelecido como figura inviolável. ● O catolicismo foi escolhido como religião oficial do país. ● Garantidas algumas liberdades individuais, como a liberdade de credo, por exemplo. https://www.todamateria.com.br/bloqueio-continental/ Regências Abre-se uma época de grande disputa de poder e instabilidade política que dão origem a uma série conflitos: ● Cabanagem, na Província do Grão-Pará (1835 – 1840); ● Guerra dos Farrapos (ou Revolução Farroupilha), na Província de São Pedro do Rio Grande do Sul (1835 – 1845); ● Revolta dos Malês, Província da Bahia (1835); ● Sabinada, na Província da Bahia (1837 – 1838); ● Balaiada, na Província do Maranhão (1838 – 1841). O Período Regencial contou com as seguinte regências: ● Regência Trina Provisória (Abril a Julho de 1831) ● Regência Trina Permanente (1831 a 1834) ● Regência Una do Padre Feijó (1835 – 1837) ● Regência Una de Araújo Lima (1837 – 1840) Nessa altura, havia três grupos políticos defendendo cada qual uma posição distinta de governo: Liberais moderados (também conhecidos como chimangos): defendiam o centralismo político da monarquia constitucional; Liberais exaltados (apelidados de farroupilhas): defendem a federalização do governo, com mais poderes para as províncias e o fim do Poder Moderador. Restauradores (ou caramurus): eram a favor do regresso de D. Pedo I. Após a morte deste, em 1834, vários membros entraram para o partido dos liberais moderados. https://www.todamateria.com.br/cabanagem/ https://www.todamateria.com.br/guerra-dos-farrapos/ https://www.todamateria.com.br/revolta-dos-males/ https://www.todamateria.com.br/sabinada/ https://www.todamateria.com.br/balaiada/ Em 1831 foi criada a Guarda Nacional para contrabalançar o poder que o Exército tinha no governo. Este corpo armado seria integrado por cidadãos que tivessem direito a voto, ou seja, a elite brasileira desempenharia um importante papel na política brasileira. O Ato Adicional foi um conjunto de propostas de caráter liberal introduzidos na Constituição de 1824. Entre essas medidas podemos destacar a criação de Assembleias Legislativas Provinciais Segundo Reinado ● A coroação de D. Pedro II ocorreu por meio do Golpe da Maioridade, em 1840. ● Os dois partidos que controlavam a política brasileira eram o Partido Liberal e o Partido Conservador. ● O sistema político brasileiro ficou conhecido como “parlamentarismo às avessas”. ● Na economia, o café estabeleceu-se como nosso principal produto, e, entre 1840 e 1860, aconteceu um período de prosperidade conhecido como Era Mauá. ● A abolição da escravatura foi resultado de uma intensa mobilização popular e política aliada com a resistência realizada pelos escravos. Concretizou-se com a assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888. ● A Guerra do Paraguai foi um divisor de águas na história do Segundo Reinado. Nesse conflito, o Brasil envolveu-se em uma luta contra o Paraguai entre 1864-1870. ● Os militares foram o grupo de maior envolvimento com a Proclamação da República no Brasil. A proclamação de fato foi realizada por José do Patrocínio em 15 de novembro de 1889. 04. A abolição da escravatura no Brasil não constituiu um ato isolado, fruto apenas da benevolência da Princesa Isabel. Ela foi a culminância de todo um processo em que se envolveram várias forças sociais e econômicas. Explique os fatores que levaram ao processo de abolição da escravatura, bem como as leis abolicionistas. A abolição da escravatura no Brasil aconteceu por meio da: ● Resistência realizada pelos próprios escravos ao longo do século XIX; ● Adesão de parte da nossa sociedade à causa por meio de associações abolicionistas; ● Mobilização política dos defensores do abolicionismo. Além disso, havia a questão dos novos padrões civilizacionais que estavam surgindo e que condenavam a prática do trabalho escravo. Isso colocava o Brasil numa posição vexatória, internacionalmente, uma vez que no continente americano o país foi o último a abolir a escravidão. Essa questão, porém, é apenas secundária, e o processo de abolição só foi possível por conta da luta dos escravos. Resistência realizada pelos próprios escravos ao longo do século XIX; ● Lei do Ventre Livre (1871): determinava que todo filho de escravo nascido após 1871 seria considerado livre, cabendo ao dono do escravo dar sua liberdade com oito anos de idade (recebendo indenização), ou aos 21 anos de idade (sem receber indenização). ● Lei dos Sexagenários (1885): concedia alforria aos escravos que possuíssem idade superior a 60 anos. Os escravos alforriados ficavam obrigados por lei a prestar “serviços indenizatórios” durante três anos. Cabanagem (1835 – 1840) - Pará No Pará, uma minoria branca, composta de pequenos comerciantes portugueses, franceses e ingleses estava concentrada em Belém, por onde fluía uma pequena produção de tabaco, borracha, cacau e arroz. A maioria da população era formada por indígenas, escravizados e dependentes. Com uma tropa com negros e indígenas em sua base, a Cabanagem atacou e conquistou Belém, estendendo-se até o interior. Os revoltosos declararam a Independência do Pará, mas não apresentaram nenhuma saída efetiva para o estado. Os ataques concentravam-se aos estrangeiros e aos maçons e defendiam a Igreja Católica, D. Pedro II, o Pará e a liberdade, embora não tenham abolido a escravidão, mesmo com muitos africanos entre os cabanos rebeldes. A rebelião foi vencida pelas tropas legalistas. Sabinada (1837 – 1838) – Bahia O nome atribuído à revolta, Sabinada, remete ao nome de seu principal líder, Sabino Barroso, um jornalista e professor da Escola de Medicina de Salvador. Ocorrida em Salvador, na Bahia, a revolta tinha uma boa base de apoio, especialmente entre as classes médias e comerciantes de Salvador, que já apresentavam ideias federalistas e republicanas. O movimento separou os escravos entre nacionais – nascidos no Brasil – e estrangeiros – nascidos na África – e buscou comprometimento em relação aos escravos. Caso a revolta tivesse sucesso e a tomada do poder se concretizasse, os escravizados nacionais que tivessem pegado em armas seriam libertados. Mas, as forças governamentais logo recuperaram a cidade de Salvador, numa luta violenta que gerou aproximadamente 1800 mortes. Balaiada (1838 – 1840) – Maranhão A Balaiada foi uma revolta ocorrida no Maranhão, iniciada por conta de disputas entre as elites locais. Em uma área ao sul do Maranhão, com pequenos produtores de algodão e criadores de gado. Os revoltosostiveram como líderes Raimundo Gomes e Francisco dos Anjos Ferreira, um vendedor de balaios. É de seu ofício que vem o nome de revolta maranhense. Enquanto Ferreira tinha uma motivação pessoal ao entrar na revolta – vingar sua filha violentada por um capitão da polícia, Cosme, um outro líder, aparece à frente de três mil escravos fugidos que se juntaram à Balaiada. Os revoltosos saudaram a Igreja Católica, a Constituição e D. Pedro II e não apresentavam grandes preocupações sociais ou econômicas. Logo foram derrotados, em meados de 1840, pelas tropas do governo. O líder Cosme foi enforcado em 1842 enquanto a anistia aos revoltosos esteve condicionada à reescravização dos negros rebeldes. Revolta do Malês (1835) - Bahia A Revolta do Malês foi organizada por muçulmanos de origem Iorubá – nagôs – que viviam na Bahia. Durou menos de um dia, mas é uma importante revolta que demonstra a organização entre os sujeitos escravizados no período. Com a maioria da população de origem africana, esta era uma questão latente na Bahia. Escravos e libertos urbanos circulavam pela cidade e dividiam os trabalhos diários – e às vezes até as moradias – formando laços de sociabilidade e solidariedade, que facilitam as ações políticas. Os trabalhadores urbanos mais alguns escravos de engenho decidiram se rebelar com a intenção de formar uma Bahia Malê, que seria controlada por africanos, tendo à frente representantes muçulmanos. Mesmo intencionando a tomada de poder, logo a revolta foi controlada. Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos (1835 – 1845) A Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos foi a mais longa e duradoura das revoltas do período regencial, deflagrada por conta de aumentos de impostos. Mas, em 20 de setembro de 1835 foi proclamada a República Rio-Grandense, tendo como líder Bento Gonçalves que governou a província em 1837. Com o comando de Giuseppe Garibaldi proclamaram em Santa Catarina a República Juliana. A revolta ultrapassou o período regencial e só foi finalizada no segundo reinado. 05. Cite as principais atividades econômicas do Brasil no período do Império (o que se produzia/era explorado). A economia nacional era praticamente toda baseada na exportação de matérias-primas. Havia, anteriormente, falta de verba e as cidades eram quase totalmente autossuficientes, ou seja, o mercado interno era pequeno e as fazendas e vilas se dedicavam quase que exclusivamente à criação de animais e à produção de alimentos. 06-Caracterize o processo de migração para o Brasil durante o período do império A imigração propriamente dita verificou-se a partir de 1808, vésperas da independência, quando instalou-se um permanente fluxo de europeus para o Brasil, que se acentuou com a fundação da colônia de Nova Friburgo, na província do Rio de Janeiro, em 1818, e a de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, em 1824. Dois mil suíços e mil alemães radicaram-se no Brasil nessa época, incentivados pela abertura dos portos às nações amigas. Outras tentativas de assentar irlandeses e alemães, especialmente no Nordeste, fracassaram completamente. Apesar de autorizada a concessão de terras a estrangeiros, o latifúndio impedia a implantação da pequena propriedade rural e a escravidão obstaculizava o trabalho livre assalariado. Na caracterização do processo de imigração no Brasil encontram-se três períodos que correspondem respectivamente ao auge, ao declínio e à extinção da escravidão. 07. Cite os principais fatores que levaram à crise e queda do 2º Reinado (Império). No caso podemos afirmar que os principais fatores que levaram à crise do Império no Brasil foram o fato das constantes rebeliões populares; a falta de apoio da igreja católica bem como a pressão da elite local para uma forma de governo baseada no republicanismo. Isso porque o país passava por várias crises no tempo do império tendo em vista que a população pagava altas taxas de impostos mas muitas vezes passava muitas necessidades. Assim, tal perspectiva culminou em várias revoltas tanto da população como das elites locais.
Compartilhar