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PERÍODO REGENCIAL PROF. JEOVÁ CANHETE 01 - (UniCESUMAR PR/2020) Entre os reinados de D. Pedro I e D. Pedro II, há um dos momentos mais dinâmicos da história do Brasil, que é a fase das regências. Assinale a alternativa que apresenta corretamente um fato histórico ocorrido durante o Período Regencial (1831-1840). a) Cabanagem: revolta popular que, com o apoio das elites de Belém, lutou contra o governo central para conquistar a independência do estado do Pará. b) Lei do Ventre Livre: dispositivo legal de tendência abolicionista que declarava livre os filhos de escravos nascidos em território brasileiro. c) Guerra dos Emboabas: rivalidades entre bandeirantes paulistas e nordestinos que resultaram em confrontos armados em torno da disputa por áreas de mineração. d) Guerra do Paraguai: conflitos bélicos entre Paraguai, Brasil, Argentina e Uruguai motivados por interesses políticos e econômicos dos envolvidos. e) Lei Euzébio de Queiroz: visava à proibição da chegada de navios carregados com escravos africanos em portos brasileiros. 02 - (ESPM RS/2019) No conturbado mundo político, distinguiam-se três tendências principais: os liberais exaltados, ou farroupilhas; os restauradores, ou caramurus; os liberais moderados, ou chimangos. O cenário político descrito no enunciado deve ser relacionado com: a) as vésperas da Independência do Brasil. b) o Primeiro Reinado. c) o Período Regencial. d) o Segundo Reinado. e) a República Velha. 03 - (UFU MG/2019) “[...] foi o mais notável movimento popular do Brasil. O único em que as camadas mais inferiores da população conseguiram ocupar o poder de toda uma província com certa estabilidade. [...] primeira insurreição popular que passou da simples agitação para uma tomada efetiva de poder.” PRADO JÚNIOR, Caio. Evolução Política do Brasil e outros estudos. São Paulo: Brasiliense, 1975. p. 69. (Adaptado) A citação acima diz respeito à Cabanagem, uma das principais revoltas ocorridas no chamado Período Regencial Brasileiro. Acerca desse movimento, é correto afirmar que a) ocorreu na cidade de Salvador, em 1835, com significativa participação de africanos escravizados de origem muçulmana. O levante durou menos de 24 horas e foi duramente reprimido. Os revoltosos sobreviventes foram mortos, presos ou degradados. b) ocorreu no Maranhão entre os anos de 1838 e 1841 e foi liderado por homens pobres (com apoio de escravos, de vaqueiros e mesmo de alguns fazendeiros) que enfrentaram grandes proprietários de terra, comerciantes e autoridades políticas. c) ocorreu na província da Bahia entre os anos de 1837 e 1838. Seu objetivo era, dentre outros, a criação de uma república de caráter transitório até que Dom Pedro II alcançasse a maioridade. d) ocorreu na província do Grão-Pará, entre 1835 e 1840, em decorrência da exploração sofrida pelos trabalhadores submetidos a um regime de trabalho de semiescravidão. Esses foram violentamente reprimidos e aproximadamente 30 mil pessoas morreram assassinadas por tropas imperiais e em incêndios. 04 - (ENEM/2019) A Regência iria enfrentar uma série de rebeliões nas províncias, marcadas pela reação das elites locais contra o centralismo monárquico levado a efeito pelos interesses dos setores ligados ao café da Corte, como a Cabanagem, no Pará, a Balaiada, no Maranhão, e a Sabinada, na Bahia. Mas, de todas elas, a Revolução Farroupilha era aquela que mais preocuparia, não só pela sua longa duração como pela sua situação fronteiriça da província do Rio Grande, tradicionalmente a garantidora dos limites e dos interesses antes lusitanos e agora nacionais do Prata. PESAVENTO, S. J. Farrapos com a faca na bota. In: FIGUEIREDO, L. História do Brasil para ocupados. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2013. A característica regional que levou uma das revoltas citadas a ser mais preocupante para o governo central era a a) autonomia bélica local. b) coesão ideológica radical. c) liderança política situacionista. d) produção econômica exportadora. e) localização geográfica estratégica. 05 - (FM Petrópolis RJ/2019) Considere o texto da historiadora Maria de Fátima Gouvêa sobre o período das regências no Brasil (1831-1840). O Ato Adicional de 1834 transformou os Conselhos Gerais das Províncias em assembleias legislativas provinciais, tendo ainda ampliado o número de representantes provinciais reunidos no âmbito do legislativo provincial, ficando essas assembleias encarregadas de auxiliar os presidentes de província na gestão administrativa sob sua jurisdição. GOUVÊA, M. F. O império das pro- víncias. Rio de Janeiro, 1822-1889. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008, p. 19. A medida descrita pelo texto possui, explicitamente, um perfil a) autoritário e absolutista b) federalista e regressista c) descentralizador e progressista d) democrático e socialista e) centralizador e liberal 06 - (USF SP/2018) A carta de despedida de D. Pedro I é um dos documentos que assinalam o triunfo do Partido Brasileiro sobre o Partido Português e a passagem do Primeiro Reinado ao Período Regencial. Em 1834, foi promulgado um Ato Adicional à Constituição, que tentava conciliar os interesses das facções políticas. Esse período conturbado de nossa história, caracterizado por lutas entre restauradores, exaltados e moderados, assim como pelas rebeliões provinciais que colocaram em risco a integridade territorial e política do país, encerrou-se em 1840, com o golpe da maioridade e o início do Segundo Reinado. COSTA, Luís César Amad & MELLO, Leonel Itaussu de Almeida. História do Brasil. São Paulo: Scipione, 2007, p.169. (Adaptado). Ao ler o texto, percebemos que surge, após o Primeiro Reinado, uma nova fase para a história política brasileira. Durante essa fase ou período, a) ocorreu a manutenção do Conselho de Estado, órgão que assessorava o imperador no exercício do poder Moderador. b) a Revolução Farroupilha, que apresentava caráter separatista e republicano, foi motivada pelo descontentamento com a política tributária aplicada à província, entre outros fatores. c) o Golpe da Maioridade, desfechado pelo Partido Conservador, trouxe harmonia política às próximas quatro décadas, evitando confrontos ideológicos entre os partidos da época. d) o Brasil experimentou pela primeira vez o sistema parlamentarista, que ficou conhecido como “parlamentarismo às avessas”, visto que o Primeiro-Ministro tinha poderes reduzidos. e) foi marcado por grandes conflitos externos, como foi o caso da Guerra do Paraguai, que, ao seu final, elevou o prestígio do exército brasileiro no contexto da política nacional. 07 - (PUC SP/2018) Considere os fragmentos abaixo. “Lei de 18 de Agosto de 1831” "Cria as Guardas Nacionais e extingue os corpos de milícias, guardas municipais e ordenanças. [...]” Disponível em: http://www2.camara.leg.br/legin/fed /lei_sn/1824-1899/ lei-37497-18-agosto-1831-56430 publicacaooriginal-88297-pl.html (texto adaptado) “De tão conservadora, e atuante, ela criou uma tradição, estendendo a sua atuação até a Primeira República, sobretudo nas áreas rurais do país.” http://www2.camara.leg.br/legin/fed SCHWARCZ, Lilia e STARLING, Heloisa. Brasil: uma biografia. São Paulo: Cia Das Letras, 2015, p. 24 8 . Assinale a alternativa que situa CORRETAMENTE a criação da Guarda Nacional e as razões de sua permanência até a Primeira República. a) Em meio às disputas entre Moderados, Exaltados e Restauradores no Rio de Janeiro pelo governo central da Regência, e da ocorrência de revoltas nas províncias, a Guarda Nacional foi constituída pelas elites locais como força repressiva confiável, tornando- se uma das bases do poder local até a chamada República Oligárquica. b) Para garantir a ordem e conter as revoltas dos Restauradorespartidários do retorno de D. Pedro I, a Guarda Nacional foi constituída para enfrentar as Guardas Municipais formadas por portugueses aliados aos proprietários rurais, o que garantiu um instrumento de repressão eficiente até a Primeira República. c) Com o objetivo de substituir as Ordenanças de origem portuguesa, responsáveis pela guarda pessoal do imperador, a Guarda Nacional foi criada de acordo com o modelo francês das milícias de cidadãos, e eram forças responsáveis por proteger pessoalmente os regentes e, posteriormente, os presidentes da República. d) De acordo com os interesses dos Moderados, Exaltados e Restauradores, aliados durante todo o Período Regencial para garantir a unidade territorial do país, a Guarda Nacional foi criada para apoiar o Exército na tarefa de garantir a segurança das fronteiras, o que explica a sua atuação durante a República da Espada. 08 - (UNITAU SP/2018) Analisada como mais um movimento regional, típico do período regencial do Império do Brasil, a Cabanagem foi um movimento social que ocorreu em Belém do Pará, em 1835, e deixou mais de 30 mil mortos e uma população local que só voltou a crescer significativamente em 1860. No entanto, os cabanos e suas lideranças vislumbravam outras perspectivas políticas e sociais. Eles se autodenominavam "patriotas", mas ser patriota não era necessariamente sinônimo de ser brasileiro. RICCI, M. Cabanagem, cidadania e identidade revolucionária. Tempo, vol. 11, n. 22, Niterói, 2007. Adaptado. Sobre o movimento da Cabanagem e sobre a identificação de seus protagonistas como patriotas, é CORRETO afirmar: a) O movimento era comandado por proprietários de terra portugueses, que não reconheciam a independência do Brasil, por isso se denominavam “patriotas”. b) O movimento matou mestiços, índios e africanos pobres ou escravos, mas dizimou, principalmente, os grandes proprietários de terra, denominados “patriotas”. c) A má administração portuguesa, de caráter colonialista, despertou o motim dos pequenos proprietários de terra e dos escravos, que se denominaram “patriotas”. d) Os cabanos, ao longo do movimento, se denominavam “patriotas”, porque criaram um sentimento comum de identidade entre povos de etnias e de culturas diferentes. e) O motim era liderado pela população pobre que migrou para a capitania, após 1831, e era contra o governo Imperial, por isso denominavam-se “patriotas”. 09 - (ESPM RJ/2018) A imagem e os nomes de José Antônio de Souza Neto e Domingos de Almeida devem ser relacionados ao seguinte movimento: a) a Revolução Pernambucana de 1817; b) a Confederação do Equador; c) a Cabanagem; d) a Farroupilha; e) a Revolução Federalista. 10 - (Fac. Direito de São Bernardo do Campo SP/2018) LEI Nº 4 DE 10 DE JUNHO DE 1835. [...] A Regência Permanente em Nome do Imperador o Senhor D. Pedro Segundo faz saber a todos os súditos do Império que a Assembleia Geral Legislativa Decretou, e Ela Sancionou a Lei seguinte: Art. 1º Serão punidos com a pena de morte os escravos ou escravas, que matarem por qualquer maneira que seja, propinarem veneno, ferirem gravemente ou fizerem outra qualquer grave ofensa física a seu senhor, a sua mulher, a descendentes ou ascendentes [...]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil _03/leis/ lim/LIM4.htm - Texto adaptado. O conteúdo dessa lei sugere que o contexto do Período Regencial no Brasil foi marcado por a) uma relativa tranquilidade, sobretudo nas relações entre os senhores e seus escravos, já que as leis garantiam punições severas aos escravos que se insurgissem contra os seus senhores, o que desmobilizava os seus movimentos. b) muitos movimentos de escravos, que questionavam a ordem por meio de ações individuais violentas, motins organizados e rebeliões armadas, o que levou a classe dominante a tornar as punições mais severas. c) uma intensa disputa entre deputados abolicionistas e escravistas, resultando em leis ora mais severas, ora mais brandas em relação aos negros escravizados, até a concessão da liberdade às crianças nascidas de pais escravos. d) muitas ações governamentais de caráter social que buscavam salvaguardar a ordem por meio de leis que se dirigiam especificamente às várias categorias de cidadãos na cidade e no campo, incluindo os escravos. 11 - (ACAFE SC/2018) A criação de gado se generalizou, na região, assim como a transformação da carne bovina em charque (carne-seca). O charque era um produto vital...” Fonte: FAUSTO, Boris. História do Brasil. 5ª. Edição. São Paulo: Ed- itora da Universidade de São Pau- lo, 1997. Página 168. Pode-se afirmar que as questões envolvendo o charque resultaram num conflito ocorrido no período regencial que chegou até o início do Segundo Reinado no Brasil. Nesse sentido, é correto afirmar: a) As questões envolvendo o charque foi um dos motivos da Guerra dos Farrapos, iniciada no Rio Grande do Sul. b) Esse conflito ocorreu na região mineradora, entre os produtores nordestinos e gaúchos, e ficou conhecido como Guerra dos Emboabas. c) A produção de charque em Mato Grosso, área de intensa pecuária no Segundo Reinado, ocasionou um conflito entre produtores locais e estancieiros oriundos do Rio http://www.planalto.gov.br/ccivil Grande do Sul. A solução foi a divisão de Mato Grosso, criando-se o estado de Mato Grosso do Sul. d) Após este conflito, o Imperador D. Pedro II autorizou a importação de charque do Uruguai e da Argentina, já que as charqueadas da região sudeste foram extintas. O charque platino entrava no Brasil com baixas taxas alfandegárias. 12 - (UniCESUMAR PR/2018) Considere o texto abaixo. As principais determinações do Ato Adicional que permitiram a aplicação da expressão “experiência republicana” foram as que estabeleciam a criação de uma Regência Una, cujo titular deveria ser escolhido por meio de eleições diretas para um mandato de quatro anos, e a que extinguiu o Conselho de Estado. Além delas, outra determinação aproximava-se dos dispositivos da Constituição norte-americana. Era a que criava as Assembleias Legislativas Provinciais. (In: TEIXEIRA, Francisco M. P. Brasil, História e Sociedade. São Paulo: Ática, 2001, p. 33) Com base no texto, é correto afirmar que o Ato Adicional, ao conceder autonomia administrativa e legislativa às províncias, a) estabelecia um sistema de organização do poder formalmente semelhante ao da federação existente nos Estados Unidos. b) ampliava as liberdades civis e o direito à grande propriedade da terra a todo cidadão assim como nos Estados Unidos. c) limitava as funções das Assembleias Legislativas Provinciais nos âmbitos político e judiciário, como nos Estados Unidos. d) fortalecia a autoridade política e administrativa do poder central semelhante ao estabelecido na Constituição norte-americana. e) instituía um regime político de concentração de poder como o estabelecido nos Estados autônomos norte-americanos. 13 - (UFGD MS/2018) De acordo com o historiador Paulo Pereira de Castro, o período regencial brasileiro (1831- 1840) teria sido uma “experiência republicana”. Sobre esse contexto, assinale a alternativa correta. a) Foi um momento marcado por uma relativa estabilidade econômica, na qual a população detinha uma maior participação política, de acordo com o Ato Adicional de 1834. b) Um período em que, embora conturbado politicamente, foram aprovadas algumas medidas de caráter liberal, devido à pressão exercida pela Inglaterra, tais como a reformulação do Código de Processo Criminal, que proibia o tráfico de africanos escravizados. c) Expressa um momento em que o país adotou o sistema republicano de governo, liderado apenas por brasileiros. Tal fato provocou protestos por parte dos monarquistas em quase todas as províncias, nas chamadas rebeliõesdo período regencial. d) Período de relativa descentralização política, conferindo certa autonomia às províncias, fato evidenciado pela reformulação do Código de Processo Criminal e a instituição do Ato Adicional de 1834. e) Período em que eclodiram diversos levantes nas províncias, protestando contra medidas que visavam ao fortalecimento do poder central, tais como a reformulação do Código de Processo Criminal e a instituição do Ato Adicional. 14 - (IFMT/2018) No século XIX, durante o período das regências, de 1831 a 1840, ocorreram inúmeras revoltas nas províncias brasileiras. As crises econômica, social e política foram os motivos de tantas revoltas, sobre as quais se pode afirmar que: a) a maior parte da população das cidades e do campo levava uma vida próspera, mas almejava mudanças na carga tributária, considerada elevada. b) a elite brasileira esteve à frente das rebeliões contra os governos regenciais, tendo como principal reivindicação a fragmentação territorial do Brasil para a formação de novas repúblicas. c) o bom desempenho econômico brasileiro nessa fase fez com que as províncias almejassem maior repasse dos recursos para suas localidades, contestando as decisões dos governos regenciais. d) as rebeliões nas províncias ocorreram em virtude da não aceitação do rompimento dos laços coloniais com Portugal, desde 1822. e) as revoltas regenciais tiveram razões socioeconômicas e políticas, algumas delas: a Cabanagem (1835-1840), no Pará; a Revolução Farroupilha (1835-1845), no Rio Grande do Sul; a Sabinada (1831-1833), na Bahia; e a Balaiada (1838-1841), no Maranhão. 15 - (ESPCEX/2018) Em 1834, numa tentativa de harmonizar as diversas forças em conflito no País, grupos políticos, como o dos moderados, promoveram uma reforma na Constituição do Império, mediante a promulgação do Ato Adicional. Observe os enunciados abaixo. I. Criação do Conselho de Estado. II. Criação das Assembleias Legislativas provinciais. III. A regência deixava de ser trina para se tornar una. IV. Fundação do Clube da Maioridade. Assinale a opção em as afirmativas estão relacionadas ao Ato Adicional. a) I e II b) II e IV c) II e III d) I e IV e) III e IV 16 - (Mackenzie SP/2017) “(...) no segundo ano do governo de Araújo Lima aumentaram as disputas políticas no Congresso. (...) por lá os ânimos estavam divididos. A saída veio rápida, e inesperada, a despeito de não ser de todo inusitada. O único consenso possível foi antecipar a maioridade política do menino Pedro, que na época contava apenas catorze anos. (...). Por isso preparou-se um golpe, o golpe da maioridade, e o maior ritual público que o Brasil já conheceu”. Lilia M. Schwarcz e Heloísa M. Starling. Brasil: Uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 266 Assinale a alternativa correta que contenha o contexto em que ocorreu o golpe a que o texto se refere. a) A antecipação da maioridade do imperador demonstrou a incapacidade política das elites brasileiras, reunidas no partido conservador, em gerenciar o país; daí a necessidade de recorrer à figura de D. Pedro, ainda menino, para solucionar o problema. b) O golpe da maioridade foi a resposta dos Conservadores às reformas promovidas pelos Liberais, o que reforçou o clima de instabilidade política vivida no país e acentuou a crise política, só superada, por sua vez, com a proclamação da República. c) Diante das várias rebeliões regenciais, dos projetos republicanos e da radicalização da situação, reforçou-se uma saída simbólica, sustentada em um regime monárquico de governo, em que só o monarca poderia garantir a unidade nacional. d) Diante das pressões políticas, da crise econômica e das insatisfações sociais, a maioridade de D. Pedro foi a saída encontrada pela família imperial, à revelia do Congresso, para se manter a unidade nacional e o poder das elites agrárias nacionais. e) Venerado pelas camadas populares, D. Pedro II usou de sua popularidade para angariar apoio à sua ascensão ao poder, mesmo que, para isso, tenha mergulhado o país em uma instabilidade política que só seria superada com a Lei Áurea. 17 - (Mackenzie SP/2017) “... esses males, nós os temos suportado em comum com as outras Províncias da União Brasileira (...). Para que lançássemos mãos das armas foi preciso a concorrência de outras causas (...) que nos dizem respeito(...) e que nos trouxeram íntima convicção da impossibilidade de avançarmos na carreira da Civilização e prosperidade sujeitos a um governo que há formado o projeto iníquo de nos submeter à mais abjeta escravidão(...). O trecho do Manifesto Farroupilha de 1838, referia-se ao a) fortalecimento do poder central nas mãos da elite latifundiária, ligados ao setor exportador, impedindo assim a participação política das camadas médias urbanas, sobretudo dos militares. b) estabelecimento de tarifas alfandegárias favoráveis aos interesses dos estanceiros gaúchos e charqueadores e maior autonomia aos governos provinciais. c) desejo de um governo federalista capaz de limitar o anseio e efetiva participação das classes populares e ampliar o poder dos grandes proprietários de escravos junto ao governo. d) anseio autonomista das diversas províncias do país e eliminação do regime de produção escravista, vigente também no sul do país, para tentar dinamizar o mercado consumidor nacional. e) repúdio à política centralizadora do governo imperial, assim como às demais rebeliões populares que assolavam o país, defendendo reformas sociais e a adesão a um regime unitarista. 18 - (IFMG/2017) Leia o texto: “A riqueza é a pedra angular da ordem social; é ao mesmo tempo a garantia e veículo das virtudes públicas e privadas. Não queremos com isso dizer que a pobreza seja um vício e a riqueza uma virtude; mas é certo que a condição da pobreza é uma situação de impotência, e perigosa tentação de fazer mal; e que a riqueza pelo contrário é uma potencia real e uma facilidade para fazer bem”. Jornal da Sociedade Promotora de Instrução Pública. Ouro Preto, 21 de janeiro de 1833 (adaptado). O trecho do jornal ouro-pretano procura defender uma doutrina político-social amplamente discutida no Império do Brasil. Assinale a alternativa que corresponde a essa doutrina: a) Democracia b) Liberalismo c) República d) Socialismo 19 - (FATEC SP/2017) Leia o texto. Em abril de 1831, Dom Pedro I abdicou ao trono do Brasil em favor de seu filho, Dom Pedro de Alcântara que tinha, então, cinco anos de idade. Uma Regência foi criada para governar até que Dom Pedro II, como ficaria conhecido, atingisse a maioridade e pudesse ser coroado. Durante o Período Regencial, a política brasileira foi marcada a) pela intensificação da política expansionista do regente Feijó, que acentuou os conflitos internacionais no Cone Sul (Guerras da Cisplatina e do Paraguai), e pelo aumento progressivo da dívida externa brasileira. b) pela fragmentação do Império, marcada pela perda de territórios fronteiriços (Província Cisplatina, Amazônia Colombiana) nos combates com as tropas de Simón Bolívar e José de San Martín. c) pelo pacto federativo, conduzido pelo jovem imperador, que favoreceu as demandas dos regionalistas, concedendo autonomia administrativa às províncias. d) pela promulgação da primeira Constituição do Império, que sofreu forte resistência das elites regionais por seu caráter centralizador, pela criação do poder Moderador e pela extensão do direito de voto aos analfabetos. e) pela criação das Assembleias Legislativas Provinciais e pela eclosão de rebeliões em diversas províncias, sendo algumas de caráter popular (como a Cabanagem) e outras comandadas pelas elites regionais (caso da Guerra dos Farrapos). 20 - (FGV/2017) Sobre a regência do paulista Diogo Antônio Feijó, entre 1835 e1837, é correto afirmar que a) o regente conseguiu vencer a eleição devido ao apoio recebido dos produtores de algodão do Nordeste, classe emergente nos anos 1830, o que possibilitou o combate às rebeliões regenciais e o início do processo de centralização político-administrativa. b) o apoio inicial que Feijó recebeu de todas as forças políticas do Império foi, progressivamente, sendo corroído porque o regente eleito mostrou simpatia pelo projeto político da Balaiada, que defendia uma Monarquia baseada no voto universal. c) a opção de Feijó em negociar com os farroupilhas e com a liderança popular da Cabanagem provocou forte reação dos grupos mais conservadores, especialmente do Partido Conservador, que organizaram a queda de Feijó por meio de um golpe de Estado. d) o isolamento político do regente Feijó, que provocou a sua renúncia do mandato, relacionou-se com a sua incapacidade de conter as rebeliões que se espalhavam por várias províncias do Império e com a vitória eleitoral do grupo regressista. e) as condições econômicas brasileiras foram se deteriorando durante a década de 1830 e provocaram um forte desgaste da regência de Feijó, que renunciou ao cargo depois de um acordo para uma reforma constitucional. 21 - (Unievangélica GO/2017) Leia o texto a seguir. É ela um dos mais, se não o mais notável movimento popular do Brasil. É o único em que as camadas mais inferiores da população conseguem ocupar o poder de toda uma província com certa estabilidade. Apesar de sua desorientação, apesar da falta de continuidade que o caracteriza, fica-lhe contudo a glória de ter sido a primeira insurreição popular que passou de simples agitação para uma tomada efetiva do poder. PRADO JÚNIOR, Caio. Evolução Política do Brasil e Outros Estudos. São Paulo: Brasiliense, 1975. p. 69. A descrição realizada pelo historiador Caio Prado Júnior corresponde às características da revolta ocorrida no Período Regencial conhecida como a) Sabinada, ocorrida na Bahia, e que contava com forte presença das camadas médias. b) Cabanagem, ocorrida no Pará, onde a população reivindicava o direito de escolher seus governantes. c) Balaiada, ocorrida no Maranhão, surgida a partir do confronto entre os seguidores de duas facções políticas. d) Farroupilha, ocorrida no Rio Grande do Sul, sendo a mais longa das revoltas regenciais. 22 - (UEM PR/2017) Sobre o período regencial brasileiro (1831-1840), é correto afirmar que: 01. Os regentes tinham as atribuições do poder executivo, mas não as do Poder Moderador, que eram exclusivas do imperador. 02. Ao longo do período regencial, ocorreram diversas rebeliões contra a ordem vigente, tais como a Cabanagem, a Balaiada, a Revolta dos Malês e a Revolução Farroupilha. 04. O Ato Adicional de 1834 modificou a Constituição de 1824 com o objetivo de acabar com a autonomia das províncias e dissolver as Assembleias Provinciais. 08. Em 1831 foi formada a guarda nacional que tinha como missão garantir a segurança dos municípios e as fronteiras do país. 16. Durante o período regencial foi assinado o Convênio de Taubaté, para a construção da estrada de ferro entre Rio de Janeiro e São Paulo. 23 - (UFJF MG/2017) Leia atentamente o texto abaixo e em seguida responda: “O Ato Adicional de 1834 reformou a constituição em sentido descentralizante. Criou as assembleias provinciais, concedendo mais poder às províncias, e aboliu o Conselho de Estado. À maior descentralização seguiu-se um recrudescimento dos conflitos e revoltas provinciais. Nunca houve período mais conturbado na história do Brasil.” CARVALHO, J. M.. D. Pedro II: ser ou não ser. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 36. As revoltas ocorridas durante o período regencial expressavam um grande descontentamento com o projeto centralizado de Estado, liderado pelas elites enraizadas na Corte. Sobre as revoltas regenciais é CORRETO afirmar que: a) os revoltosos eram formados, exclusivamente, por grandes proprietários de terra que disputavam entre si o direito de maior representatividade e projeção no cenário nacional. b) em sua maioria, as revoltas regenciais ameaçavam a unidade do Império por meio de reinvindicações que poderiam levar à fragmentação do território em pequenas repúblicas. c) índios e africanos foram os grupos sociais que representaram maior resistência aos movimentos revoltosos, lutando ao lado do governo imperial. d) a luta contra a escravidão era uma reivindicação comum a todas as revoltas que ocorreram no período, representando o início das manifestações abolicionistas no país. e) o sucesso dos conflitos armados contribuiu para que as províncias alcançassem maior autonomia administrativa e suas elites pudessem implementar projetos políticos baseados no federalismo. 24 - (IFBA/2017) “Queremos Pedro II, Ainda que não idade. A nação dispensa a Lei E viva a maioridade”. As ações pela antecipação da maioridade, expresso na quadrinha popular do século XIX, confirma a esperança de superação da crise vigente durante o Período Regencial. Dentre os fatos constitutivos desta crise,podemos destacar como principais: a) Este ato significou a diminuição das atribuições de D. Pedro II, e uma tentativa de solucionar a crise social e econômica que atingia as províncias do norte do país. b) A proposta da antecipação da maioridade do imperador foi apresentada pelos liberais para solucionar a crise política vivida pelo país. c) O golpe da maioridade foi uma manobra dos conservadores para antecipar a maioridade de D. Pedro, o qual assume o poder aos 17 anos. d) O golpe da maioridade ocorre no momento em que os problemas sociais que marcaram o período regencial: fome, seca e estagnação das culturas tradicionais tinham sido totalmente superados. e) A medida foi apresentada no momento em que a revoltas regenciais foram reprimidas pelos governos locais com ajuda do governo central. TEXTO: 1 - Comum à questão: 25 (Disponível em: <http://xicosa.blogfolha.uol.com.br/ files/2014/02/AngeliIdeologia.gif>. Acesso em: 20 abr. 2016.) 25 - (UEL PR/2017) Sob o ponto de vista das ideias, foram diversas as correntes políticas que atuaram no período regencial no Brasil (1831-1840). Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, os integrantes e suas posições político- ideológicas. a) Os cabanos situavam-se na região norte do país, eram administradores das províncias, corporações do exército local e elite dos comerciantes portugueses; defendiam o retorno da família imperial. b) Os farroupilhas eram pequenos proprietários rurais e comerciantes, representavam o setor mais conservador do grupo dos chimangos; postulavam o retorno da monarquia com a imposição de medidas centralizadoras. c) Os liberais exaltados eram proprietários rurais, integrantes do exército e classe média urbana, que defendiam a descentralização do poder imperial e a autonomia das províncias. d) Os liberais moderados, ou chimangos, eram comerciantes portugueses, aristocratas e integrantes da alta patente do exército, que defendiam a volta do ex-imperador e a autonomia das províncias. e) Os restauradores, ou caramurus, eram membros do setor rural abolicionista e intelectuais da classe média; defendiam as reformas socioeconômicas que visavam à expulsão do ex-imperador. GABARITO: 1) Gab: A 2) Gab: C 3) Gab: D 4) Gab: E 5) Gab: C 6) Gab: B 7) Gab: A 8) Gab: D 9) Gab: D 10) Gab: B 11) Gab: A 12) Gab: A 13) Gab: D 14) Gab: E 15) Gab: C 16) Gab: C 17) Gab: B 18) Gab: B 19) Gab: E 20) Gab: D 21) Gab: B 22) Gab: 11 23) Gab: B 24) Gab: B 25) Gab: C
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