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TCC O Desenho Infantil como possível diagnóstico para a dificuldade de aprendizagem

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM 
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
AVM FACULDADE INTEGRADA 
 
 
 
 
 
O desenho infantil 
como possível diagnostico para dificuldade de aprendizagem 
 
 
 
 
Por: Andressa Medeiros 
 
 
 
 
Orientador(a): Fabiane Muniz 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
2017 
 
 
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM 
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
AVM FACULDADE INTEGRADA 
 
 
 
 
 
 
 
O desenho infantil como possível diagnóstico para dificuldade 
de aprendizagem 
 
 
 
 
 
 
Apresentação de monografia à AVM Faculdade 
Integrada – Universidade Candido Mendes como 
requisito parcial para obtenção do grau de 
especialista em Psicopedagogia institucional 
 
Por: Andressa Medeiros 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agradeço aos meus pais, Anderson 
Medeiros e Claudia Regina. Agradeço 
ao meu noivo Leonam Augusto. E 
todas as crianças que desenham. 
Agradeço a Deus por toda 
aprendizagem adquirida ao longo da 
minha jornada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho à minha família. 
Aos meus pais Anderson Medeiros e Claudia Regina, 
pelo apoio que me foi dado ao longo desta caminhada acadêmica. 
Essa vitória não é só minha, é nossa! 
 
 
Epigrafe 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“A fala da criança talvez não demonstre tudo o que ela sente, 
mas no desenho essa emoção pode estar mais clara, sendo 
possível perceber como ela constrói sua aprendizagem.” 
 (Stephânia Silveira Pereira Faria ) 
 
 
 
 
 
 
 
METODOLOGIA 
 
O presente trabalho tem como objetivo geral analisar os desenhos infantis 
feitos livremente ou com praticas pedagógicas pela criança. Com a finalidade 
de pesquisar sua iconografia e procurar chegar próximo ao problema 
enfrentado pela criança, na qual dificulta sua aprendizagem. Uma vez que o 
diagnostico for constatado, os educadores terão subsídios para amenizar o 
problema. O trabalho conta com ampla pesquisa, bibliografia adequada, e 
estudo de desenhos livres, feitos por crianças. A Pesquisa foi fundamentada a 
partir das autoras Nicole Bedard, Dinah Campos, Stephânia Faria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo 
 
O trabalho psicopedagogico conta com auxilio de praticas de ensino e 
educação como atividades lúdicas e desenhos livres. Estas atividade são 
elaboradas conforme idade e maturidade da criança. O presente trabalho 
escolheu os métodos de desenvolvimento com desenho para a criação de suas 
atividades que auxiliam o profissional na descoberta de possíveis diagnósticos 
a respeito da dificuldades de aprendizagem na escola. Com o embasamento 
teórico é feito uso de questões históricas que tratam o desenho e sua 
iconografia como parte da evolução humana, e que participa de diversas 
culturas, como algo crucial para o desenvolvimento cultural e social, mostrando 
o quanto o ser humano tem uma ligação patológica com o desenho e o 
desenvolvimento que esta escrita permite com o cognitivo. 
A partir deste estudo, será avaliado o desenvolvimento da criança a partir de 
seus desenhos. E a interpretação de seus signos será avaliada. Procurando 
diagnosticar a base do problema, e trazer soluções didáticas que auxiliem na 
melhora da criança. Como jogos, brincadeiras e atividades. 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO 10 
 
CAPÍTULO I - O psicopedagogo e a intervenção psicodedagogica 12 
 
1.1 A história 12 
1.2 Psicopedagogia 13 
1.3 O Psicopedagogo 14 
1.4 Diagnóstico 15 
1.5 Intervenção escolar 16 
1.6 Como o psicopedagogo trabalha 18 
 
 
CAPÍTULO II - A historia do desenho 21 
2.1 A interpretação do desenho 23 
 
CAPÍTULO III - O desenho infantil como possível diagnostico para dificuldade 
de aprendizagens 26 
3.1 A interpretação 28 
3.2 Manual de interpretação 29 
3.3 Símbolos 31 
3.3 Sobre a avaliação 33 
 
CAPÍTULO IV - Estudo de caso 34 
CONCLUSÃO 38 
BIBLIOGRAFIA 40 
WEBGRAFIA 41 
ANEXOS 42 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 9
INTRODUÇÃO 
 
O presente trabalho tem como objetivo principal, o estudo sobre a 
possibilidade do uso de desenhos infantis, para auxilio no diagnostico de uma 
criança que está sobre os cuidados de um psicopedagogo. O trabalho consiste 
na defesa desta indagação mediante um estudo que retrata o ser humano 
como um ser necessitado de entretenimento ativo, neste caso a necessidade 
de retratar seu estado emocional e psico através de desenhos livres. 
A hipótese é que o ser humano tem a capacidade de retratar o seu estado 
emocional através do desenho desde a pré-história. E este fato histórico, 
auxilia no estudo contemporâneo, de que os desenhos infantis possam ter 
marcas do estado cognitivo e psico da criança. 
Neste caso o trabalho pretende estudar os desenhos infantis através de 
bases de estudos que avalie os traços, cores, personagens entre outras 
iconografias, que são bases para auxilio de interpretação sobre a 
personalidade da criança e de seu estado emocional. Através deste estudo é 
possível um diagnostico a respeito de alguma dificuldade que a criança esteja 
passando e que de alguma forma, afeta seu estado educacional de 
aprendizagens. Desta maneira procurar entender qual o estado emocional da 
criança através da leitura do desenho e através do mesmo tentar co-relacionar 
com suas dificuldades enfrentadas. Fazendo relação entre ambas, para 
procurar um melhor método de tratamento adequado. 
O Trabalho começa deixando claro o que é psicopedagogia. E suas 
referencias a respeito do desenho e de como o profissional de psicopedagogia 
age com este método. 
O segundo capitulo fala sobre a historia do desenho, onde é traçado de 
maneira concisa uma linha do tempo a respeito do aparecimento do desenho 
desde a pré-história, e como o mesmo chegou até o contemporâneo fazendo 
parte de trabalhos psicopedagogicos. O terceiro capitulo é dedicado a 
interpretação do desenho relatando como o desenho ficou característico de 
crianças, e tornou-se auxilio para diagnósticos. O ultimo capitulo, é também 
dedicado a trazer de forma clara, alguns traçados a respeito do desenho da 
 
 
8 10
criança, como cor, características, e formações iconográficas, que auxiliam no 
trabalho do profissional para diagnosticar o problema. 
 
 
 
11
CAPÍTULO I 
O psicopedagogo e a intervenção psicopedagógica 
 
 
A história 
 
No século XVIII, o conceito de aprendizagem e suas dificuldades não 
existiam, essas questões eram conhecidas como doenças mentais. 
O primeiro centro de Psicopedagogia do mundo surgiu na década de 1920, 
ligado ao pensamento psicanalítico de Lacan1. Em Paris seu surgimento foi em 
1946. 
Estes centros surgiram com intuito de reeducar as crianças que estavam 
fora de um comportamento considerado adequado na época. Essa prática de 
reeducação, consistia em identificar e tratar dificuldades de aprendizagem. 
Esses centros possuíam uma ampla colaboração de profissionais, como 
psicólogos, psicanalistas, pedagogos, psicomotricidade, etc. 
A argentina foi a maior influenciadora da Psicopedagogia no Brasil. A 
psicopedagogia chegou ao Brasil, na década de 70, momento em que os 
países latinos contavam com governos ditatoriais. Por isso a Psicopedagogia 
chegou de maneira clandestina. Suas dificuldades de aprendizagem nesta 
época eram associadas a uma disfunção neurológica denominada de disfunção 
cerebral mínima que virou moda neste período, servindo para camuflar 
problemas sociopedagógicos. 
Nos anos 80, começa a se falar a respeito do “problema de aprendizagem 
escolar”, que passou a ser chamado de “problema de ensinagem”. 
Na década de 90, surgiram os cursos de especializaçãoem Lato Sensu, 
nos estados brasileiros. 
 Hoje a Psicopedagogia é uma formação de especialização e ainda não é 
uma profissão regulamentada. 
Hoje contamos com a Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp), 
que é responsável pela organização de eventos, encontros e congressos que 
retratam a trajetória da psicopedagógia até os dias de hoje. A Associação visa 
 
1 Jacques Lacan_ psicanalista_ foi um dos grandes interpretes de Freud e deu nascimento à uma 
corrente psicanalítica: o lacanismo. 
 
 
12
como principal objetivo, tornar conhecido o campo de atuação de um 
psicopedagogo. 
 
Psicopedagogia 
 
Ao estudar sobre aprendizagem, percebemos que ela inicia-se ainda no 
ventre, os estímulos auditivos e sensoriais são considerados um processo de 
aprendizagem. A aprendizagem é uma estimulação do ambiente sobre o 
indivíduo, onde, diante de uma situação ou mudança de comportamento é 
possível receber uma interferência de vários fatores, como intelectual, 
psicomotor, físico, social e emocional. 
Ao nascer o indivíduo faz parte de uma instituição social, neste caso a 
família. Ao longo da vida, começa a fazer parte de outras instituições, nesta 
fase vai se construindo conhecimentos, praticas, valores, e crenças. 
Desta forma, a rede de conhecimentos vai ampliando, e cada vez mas é 
necessário inserir a psicopedagogia para estudar como ocorrem as relações 
interpessoais nestes ambientes. 
A Psicopedagogia surge com a necessidade de buscar soluções para 
problemas de aprendizagem, um ato de aprender e ensinar. Um trabalho feito 
com conhecimentos interdisciplinar e o corpo teórico pedagógico, cujo trabalho 
procura ensino e aprendizagem dos campos de aspecto cognitivo, afetivo, 
social. 
Vejamos algumas referencias sofre a definição do objeto de estudo sobre 
a psicopedagogia. 
O objeto central de estudo da psicopedagogia se estrutura em 
torno do processo de aprendizagem humana: seus padrões 
evolutivos normais e atípicos, bem como a influência do meio 
( familia, escola, sociedade) no seu desenvolvimento. 
(Kiguel,1981 apud apostila AVM) 
 
A psicopedagogia estuda o ato de aprender e ensinar, 
levando sempre em conta as realidades interna e externa da 
aprendizagem, tomadas em conjunto. E, mais procurando 
estudar a construção do conhecimento em toda sua 
complexidade, procurando colocar em pé de igualdade os 
aspectos cognitivos, afetivos e sociais que lhe são implícitos. 
( Neves,1991 apud apostila AVM) 
 
A psicopedagogia, que inicialmente foi uma ação subsidiaria 
da medicina e da psicologia, perfilou-se como um 
conhecimento independente e complementar, possuida de um 
 
 
13
objeto de estudo, o processo de aprendizagem, e de recursos 
diagnósticos, corretores e preventivos próprios. (Visca, 
1987apud apostila AVM) 
 
A Psicopedagogia é formada por outras áreas de conhecimentos, como: 
Psicologia, psicanálise, lingüística, fonoaudióloga, medicina e pedagogia. A 
psicopedagogia trata os problemas da aprendizagem, e quais são os 
problemas que levam os alunos a dificuldade de aprender. Neste caso, o 
psicopedagogo estuda as características da aprendizagem humana: Como se 
aprende, como evolui, as alterações, etc... procurando reconhecer, tratar e/ou 
prevenir. A psicopedagogia, estuda o processo biológico, com situações 
afetivas e cognitivas, que são alteradas pelas condições socioculturais do 
sujeito e do seu meio. É importante pensar nos problemas sociais, e como o 
mesmo pode interferir nos problemas escolares. 
 
O Psicopedagogo 
 
Este profissional procura compreender as informações, muitas vezes 
implícitas, sobre os motivos que levam as pessoas a obterem resultados 
insuficientes ao esforço aplicado. O psicopedagogo pode ser clínico, onde o 
trabalho é elaborado em uma clinica ou psicopedagogo institucional pode atuar 
em instituições como empresas e organizações. Assim como o ambiente 
familiar e escolar. 
O tratamento está relacionado a construção do conhecimento, e não 
chegar logo ao produto final, sem uma breve pesquisa. É importante a 
utilização de dramatizações, jogos, leituras, diálogos, desenhos, projetos.... 
Dessa forma o profissional está apto para orientar os pais, professores e 
auxiliar na mediação do processo. O psicopedagogo desenvolve atividades que 
estimulam o cognitivo, afetivo e o social. E contribui para a construção da 
autonomia, durante as sessões. O psicopedagogo utiliza recursos como jogos, 
livros, computadores com a finalidade de descobrir, qual o estilo de 
aprendizagem do paciente. Como por exemplo: Ritmos, motivações, hábitos 
adquiridos. Com estas informações, o profissional tem a função de auxiliar o 
indivíduo que não aprende, a se encontrar nesse processo, alem de ajudá-lo a 
desenvolver habilidades. 
 
 
14
Cabe ao psicopedagogo intervir junto á família das crianças, como por 
exemplo com uma ficha de anaminese ( anexo 1). Desta forma estará 
recebendo conhecimentos sobre as informações da vida orgânica, cognitiva, 
emocional e social do individuo. 
Acredita-se que o trabalho psicopedagogico quando encontra uma parceria 
com a escola e a família, possui efeitos positivos para minimizar as dificuldades 
que estão presentes no contexto escolar. 
 
Diagnóstico 
 
Para diagnosticar o problema o psicopedagogo estuda o processo de 
aprendizagem do individuo visando entender a origem da dificuldade 
apresentada. Neste processo esta incluso, entrevistas iniciais, com 
responsáveis pela criança ou adolescente. A criança ou o jovem pode se 
expressar através de cartas e textos ou desenhos. 
O propósito do diagnóstico é investigar o processo de aprendizagem do 
indivíduo e seu modo de aprender, suas competências e limitações, 
procurando assim entender as dificuldades e os distúrbios de aprendizagem 
apresentado. Podendo precisar de auxílio de outros profissionais, como o 
neurologista, psicólogo e fonoaudiólogo para aprofundar o estudo. 
O acompanhamento psicopedagogico parte das questões estudadas no 
diagnostico. Através da atividades, é possível buscar entender os problemas e 
vencê-los, para que o aprendiz possa obter autonomia e sucesso. 
Durante o acompanhamento são estabelecidos contato com a equipe 
escolar e responsáveis, visando uma melhor integração entre escola-familia. 
O procedimento padrão para iniciar a coleta de dados são: 
� Entrevista inicial com o responsável. 
Com objetivo de colher os primeiros dados sobre a família e a dificuldade da 
criança. 
� Anamnese 
Levantamento de dados sobre a historia de vida. 
� Análise do material escolar 
Que implica em verificar a metodologia utilizada em sala de aula 
� Avaliação comportamental e pedagógica e relatório escolar 
 
 
15
Estudar a conduta do aluno e seu relacionamento com colegas. 
Inicialmente são três entrevistas com a família, A entrevista inicial, que 
retrata o motivo da consulta, onde se esclarece sobre o trabalho 
psicopedagógico e o contrato periodicidade, valores, faltas e etc. 
No segundo encontro será para a realização da anamnese, para colher 
dados significativos sobre a história de vida. 
No primeiro contato com a criança é realizado o enquadramento e inícia-se o 
processo para investigar o que está envolvido no processo de aprendizagem. 
 Nos encontros seguintes serão aplicadas as provas projetivas 
psicopedagógicas e operatórias (piagetianas), avaliação pedagógica, análise 
do material escolar e outros testes complementares necessárias de acordo 
com a queixa e observações. 
As Provas Projetivas Psicopedagógicas, procura avaliar através de 
produções criativas dos desenhos os vínculos que o sujeito estabelece com a 
escola, a família e consigo mesmo. Quando desenha, o sujeito retrata 
conteúdos presentes no inconsciente, ou seja, a realidade como ele a vê, o que 
permitirá uma leitura psicopedagógica sobre o que está impedindo a 
aprendizagem. O psicopedagogo devera estaratento aos fatores de aspectos 
cognitivos, afetivos e motores, buscando correlacionar com o desenho e 
verificando se há vínculos de manifesto das relações do sujeito. 
 
Intervenção Escolar 
 
O psicopedagogo que trabalha com a intervenção escolar tem como objetivo 
desenvolver a organização, a partir de recursos para que o educativo seja mais 
eficiente. O consultor escolar tem em vista dar suporte a escola, professores e 
pais para desenvolver novas habilidades, percepções e entendimentos. Com 
isso o consultor é definido pelo seu relacionamento interpessoal em caráter 
profissional; exame de necessidade educacional; decisões e implementações 
de medidas necessárias a sua solução. Exame e utilização de percepções, 
conhecimentos e habilidades dos que implementarão as medidas. A interação, 
trocas de experiências e convivências auxilia na participação de toda a 
comunidade escolar. 
 
 
16
O psicopedagogo que trabalha na escola é capaz de auxiliar a instituição nas 
seguintes modalidades: 
 
• Diagnostico escolar 
• Identidade da escola 
• Reprogramação curricular 
• Analise de conteúdo 
• Dialogo entre escola e família 
 
Para seguir estas etapas o profissional deverá perceber qual o método utilizado 
pela escola para o processo educacional e assim qual o planejamento didatico-
pedagogico. Identificando qual a identidade da escola, o que ela visa com a 
sua filosofia. A partir destas observações o psicopedagogo poderá auxiliar a 
escola em uma reprogramação curricular, analisando seus conteúdos, para 
uma nova abordagem didática. E melhorar o dialogo entre escola-familia. 
O profissional que trabalha na escola é responsável pela aprendizagem do 
aluno e sua inserção no mundo assim como é responsável pelo papel do 
mediador, que muitas vezes é um professor ou psicopedagogo que atua em 
sala de aula. 
O psicopedagogo realiza o planejamento educacional assim como um 
assessoramento pedagógico com planos educacionais e organizações. É 
importante a inserção de novas modalidades para obter resultados eficientes. 
Observar os conflitos intensos que podem estar causando transtornos, como a 
situação cognitiva, afetiva, funcional e cultural. 
Pode-se analisar o comportamento da criança a partir de atividades propostas 
e treinamento, para assim avaliar seu ‘problema’ ou não de aprendizagem. 
Este trabalho por exemplo é feito para avaliar o desenho da criança que pode 
ser inserido dentro de uma atividade proposta pelo profissional. 
O profissional pode pontuar como o professor vai ensinar, e trazer 
questionamentos reflexivos “como fazer” e “ para que” fazer, auxiliando o 
professor a pensar sobre sua pratica e saber lidar com elas, ampliando 
possibilidades, ensinamentos e reflexões. 
 
 
 
17
 
Como o psicopedagogo trabalha 
 
Cada Profissional tem seus métodos avaliativos para observar e diagnosticar o 
que afeta o individuo. Para um apoio pedagógico de trabalho, o psicopedagogo 
estuda algumas características da aprendizagem humana, tais como: 
 
• Como se aprende 
• Como se evolui 
• Fatores condicionantes 
• Alteração durante o processo 
• Condições socioculturais 
• Situação afetiva e cognitiva 
 
Neste caso, o profissional deve estar atento ao interesse do aluno por 
determinados assuntos, e fazer uso de jogos e tecnologia para estimular o 
interesse e logo auxiliar na aprendizagem positiva. Perceber se o aluno possui 
uma aprendizagem diferenciada dependendo do assunto ou situação. Se ele 
evolui com alguns métodos de ensino. Se há fatores que melhoram ou 
dificultam a aprendizagem. Se for preciso o profissional deve estar preparado 
para realizar mudanças nas dinâmicas. É relevante perceber qual a relação do 
individuo com o meio em que vive. E suas relações afetivas e cognitivas. 
O psicopedagogo pode atuar também no processo preventivo, neste caso 
preocupa-se especialmente com a escola, com a instituição e com o professor. 
Estudando o grupo social escolar. Na forma preventiva pode -se recorrer a 
varias estratégias para se ocupar dos problemas que podem surgir. Desta 
forma pode desempenhar uma pratica docente, que envolve a preparação de 
profissionais da educação, ou atuando dentro da própria escola. Neste caso 
participar das dinâmicas das relações da comunidade educativa a fim de 
favorecer a integração e troca, promovendo metodologias de acordo com as 
características da escola e do individuo. Com objetivo de diminuir a freqüência 
dos problemas de aprendizagem e/ou amenizar o problema existente desta 
forma algumas ferramentas de pesquisa são: 
 
 
18
 
• Abordar questões didático-metodologicas 
• Formação e orientação do professor 
• Aconselhamento aos pais 
• Planos de diagnostico 
• Planos e intervenção 
 
Por exemplo, em casos de transtornos diagnosticados é importante avaliar o 
método de ensino, pois um método não adequado pode interferir no processo 
de aprendizagem. 
É importante perceber o nível de desenvolvimento cognitivo do sujeito, pois 
este fator afeta a aprendizagem do aluno. 
Uma das observações a serem feitas a respeito das mudanças de 
comportamento do individuo são as experiências construídas por fatores, 
emocionais, relacionais, neurológicos e ambientais. Neste caso e entre outros, 
pode se desenvolver planejamentos pedagógicos para as mudanças e 
adaptações, enfrentadas pelo aluno. 
O trabalho executado na escola, precisa de uma equipe para formar um apoio 
a educação dos alunos. Algumas vezes as crianças possuem dificuldades na 
escola, o profissional de Psicopedagogia pode auxiliar nesta dificuldade, 
identificando a causa do problema e procurando uma maneira de resolver-lo. 
(Teorias e intervenções psicopedagogicas. AVM) 
O profissional pode atuar no planejamento junto com a escola e professores, 
e/ou com trabalho de auxilio com o diagnostico da criança. Neste caso, cada 
psicopedagogo pode criar atividades educativas para as crianças na escola, 
para uma percepção de problemas enfrentados, incluindo atividades de 
desenvolvimento com o lápis e papel, no desenvolvimento de desenhos. Ao 
desenhar a criança “externaliza aquilo que faz parte da vida, seja real ou 
imaginário” (PEREIRA; SILVA, 2011, p. 95 apud Stephânia Silveira Pereira 
Faria) 
 
 
 
 
 
19
O presente trabalho procura desenvolver como diagnosticar a dificuldade de 
aprendizagem existente na criança, a partir do desenho infantil. Para isso o 
psicopedagogo pode orientar os pais, como proceder com o tratamento de 
maneira eficaz. Vejamos algumas orientações que podem ser dadas aos 
responsáveis, segundo orientações da professora Tatiana Comiotto. 
 
• Considerar a expressão artística da criança como um registro de sua 
personalidade em formação. 
• Compreender que, enquanto trabalha, a criança está adquirindo 
experiências importantes para seu desenvolvimento. 
• Sensibilizar a criança em suas relações com o ambiente 
• Apreciar o esforço da criança, quando esta consegue transmitir sua 
própria experiência. 
• Compreender que as proporções “erradas” exprimem, frequentemente, 
uma experiência. 
• Aprende que as percepções da criança, a respeito de sua arte, são 
diferentes das percepções dos adultos. 
• Apreciar os trabalhos artísticos da criança de acordo com seus próprios 
méritos 
• Colocar à disposição da criança, um local apropriado, onde possa 
trabalhar. 
• Ensinar a criança a respeitar as manifestações de arte dos outros. 
• Encorajar a criança a expressar-se por si mesma. 
• Na colaboração com as crianças em tarefas criadoras, estimular a 
tolerância e o respeito para com o trabalho alheio. 
• Deixar que a criança desenvolva sua própria técnica, mediante a 
experiência 
 
 
 
 
 
 
 
20
CAPÍTULO II 
A história do desenho 
 
A historia do desenho se inicia junto com a historia do homem. Conforme as 
experiências dos homens pré-históricos tomaram tendência, seus hábitos 
tornaram se imagens registradasnas cavernas, o que hoje chamamos de 
pinturas rupestres, na verdade foi uma maneira encontrada pelo homem de 
expressar seus hábitos diários, e de eternizá-los. O desenho pré-histórico veio 
como uma comunicação, que auxilia no desenvolvimento da linguagem escrita 
e falada, pois ao que indica estudos historiográficos, a expressão por meio das 
pinturas facilitou a comunicação dos povos. 
Com o tempo o desenho passou a se tornar relevante para linguagem escrita, e 
visual. Os desenhos já tiveram presente como representação em templos 
sagrados, tumbas e deuses mitológicos, passaram de séculos em séculos, 
deixando seu legado na historia. 
O desenho deixou marcas no Egito, onde é usado para decorar tumbas e 
templos. Possuindo significados relevantes, como por exemplo se alguém retira 
os desenhos de sua tumba, o mesmo é condenado após a morte. 
Mesopotâmicos, Chineses e Americanos desenvolveram diferentes 
iconografias com diversos significados, caracterizando seus povos. Assim 
como na antiguidade, gregos e romanos utilizavam o desenho para 
representação de seus deuses, e o império romano ganha expansão da 
representação cartográfica de rotas comerciais. 
O desenho, a imagens, a iconografia, a representação e todas estas 
morfologias da palavra desenho, foram marcadas em diferentes superfícies, 
como paredes de cavernas, blocos de barro, blocos de argila, couro, tecidos, 
folhas de palmeiras, pedras, ossos de baleia, papiro, bambu, etc. Ao que indica 
o papel foi inventado pelos chineses há cerca do ano VI a.C, neste caso o 
papel de seda branco desenvolvido para o desenho e a escrita. O papel sofreu 
mudanças e alterações, no entanto mantém sua técnica de extração de 
vegetais, prensagem e secagem. Assim como a superfície para demarcar o 
desenho teve suas variações. Os apetrechos também. Vejamos que começou 
com os dedos, madeira, osso em formato de cunha, penas, carvão até chegar 
 
 
21
em 1884 com a invenção da caneta que se tornou o principal utensílio para a 
construção de desenhos. 
Dentro desta evolução de artifícios para a construção do desenho, o próprio 
desenho evoluiu. No Japão, os samurais se dedicavam as artes, e fazia muito 
uso da caneta nanquim, criada pelos chineses para a elaboração de desenhos 
relacionados a natureza. O desenho também foi representante da religião. No 
renascimento, o desenho presente nas pinturas retrata a realidade, ganhando 
formas com luz, sombras, proporções, e cores, que foram adaptadas pelos 
pintores para enfatizar a realidade. Logo mais tarde foi necessário a 
representação de projeções de maquinas, e durante a revolução industrial, teve 
tendência o desenho industrial. Por volta do século XIX, o desenho teve sua 
estréia em quadrinhos.Caricaturas e charges tomaram tendências, após a 
Primeira e a Segunda Guerra Mundial, com objetivo de fazer criticas ao sistema 
e dando inicio as animações. Os desenhos evoluíram e hoje temos cartuns, 
charges, caricaturas, animes, mangas, grafite, desenho artístico. O desenho 
evolui também sua estrutura passam de cavernas, argilas, e penas,e hoje 
ganharam dimensões em 3D, computadores, softwares, Entre Outras. 
Após esta longa jornada de evolução entre rabiscos, pinturas, desenhos, 
iconografia, imagem, entre representação e historia o desenho está marcado 
como algo que representa a vida e a historia da humanidade, estando 
presentes em tantos momentos históricos, e sendo utilizado como meio de 
representação social, e que muitas vezes representação emocional dos povos. 
O que hoje é um auxilio para os estudiosos da mente, que defende a 
necessidade do ser humano de registrar suas tensões sociais, seus hábitos e 
relevâncias de vida, através da imagem. Esta relação afeta o mundo 
contemporâneo, que faz uso da relação entre homem e desenho para 
diagnostico da realidade do individuo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22
A interpretação do desenho 
 
No final do século XIX, iniciou-se o interesse pelo desenho infantil, Isso ocorreu 
devido a influencia de Rousseau2 de não considerar a criança como adulto em 
miniatura. O desenho tornou-se parte das etapas de desenvolvimento da 
criança e aos poucos introduzido em tratamentos psicanalíticos, depois de ser 
utilizado pela psicologia experimental. 
No século XX, o desenho infantil se tornou fonte de pesquisa para a psicologia 
infantil e atualmente continua sendo fonte para pesquisas nas áreas de 
educação, pedagogia, e psicologia. O desenho tem a capacidade de retratar o 
que esta na mente da criança, e seu estado emocional. Por isso o desenho 
infantil tem sido uma ferramenta de estudo, pois é um meio de entender o 
desenvolvimento da criança. 
Através do desenho é possível que a criança indique conhecimentos, emoções, 
imaginação, memórias, desenvolvimento, seu estado físico, e cultural, também 
podem aparecer. Através do desenho é possível a criança retratar suas 
dificuldades em relação a escola e família. Pensemos que a criança desenha 
para contar uma historia que quer ser contada. Se a criança não desenha, 
talvez é porque não quer que sua historia seja contata. E desta forma é preciso 
saber o que tem por trás desta historia que a criança não quer contar. 
(AMANCIO, 2006) 
A questão levantada nesta pesquisa, está sendo estudada e pesquisada por 
muitos psicopedagogos, que acreditam no potencial do desenho, e de como ele 
pode ser uma fonte de informações a respeito da criança e um auxilio para os 
psicopedagogos. Referentes a este fato faço uso das palavras de Stephânia 
Silveira Pereira Faria, que diz: 
 
A fala da criança talvez não demonstre tudo o que ela sente, 
mas no desenho essa emoção pode estar mais clara, sendo 
possível perceber como ela constrói sua aprendizagem. 
Assim, o trabalho objetiva explorar e estudar os desenhos 
infantis, a fim de indicarem possíveis causas que possam estar 
dificultando a aprendizagem das crianças, facilitando o 
trabalho psicopedagógico junto a elas. 
 
 
2 Jean-Jacques Rousseau, filósofo, teórico político, escritor e compositor autodidata suíço. 
Um dos principais filósofos do iluminismo e um precursor do romantismo. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Su%C3%AD%C3%A7a
https://pt.wikipedia.org/wiki/Iluminismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Romantismo
 
 
23
Vejamos que o desenho infantil tem um potencial muito forte para se tornar um 
instrumento de apoio no trabalho psicopedagogico, dando suporte para as 
possíveis causas que estão provocando dificuldade de aprendizagem na 
criança. Com a interpretação do mesmo, é possível perceber o 
desenvolvimento do individuo, em diversas especialidades. Vejamos: 
Psicologia é um instrumento de diagnostico de problemas psíquicos. 
Pedagogia é um instrumento de comunicação, adaptação e de construção de 
vínculos. 
Psicanálise é um instrumento de acessibilidade do inconsciente. 
Psicopedagogia é um instrumento de diagnostico de problemas de 
aprendizagem. 
A partir das questões já apresentadas aqui, vejamos como fazer uso do 
desenho para finalidade dos diagnósticos. Para dar inicio discutiremos, afinal o 
que é desenho? Genilza Alves da Silva trouxe em seu trabalho, alguns autores 
que procuram definir o desenho como : 
 
“O conjunto das atividades humanas que desembocam na criação e fabricação 
concreta, em diversos materiais, de um mundo figurativo, de um mundo de 
figuras” (Moreira,2002 p. 102 apud Genilza) 
 
“o desenho é qualquer representação gráfica, colorida ou não de formas” ( 
Sans, 2002, p.19 apud Genilza) 
 
“Representação de formas sobre uma superfície, por meio de linhas, pontos e 
manchas ou ainda é a arte e a técnica de representar, com lápis, pincel, etc. 
um tema real ou imaginário expressando a forma”( Ferreira,2011, p.305 apud 
Genilza) 
 
Assim, para Moreira (2002), Sans (2002) e Ferreira 
(2011), o desenho é uma ação que tem por finalidade a 
representação, uma ação dinâmica, não sendoum fazer 
imediato, muito pelo contrário o desenho é um processo 
que envolve todas as potencialidades do desenhista tais 
como as cognitivas, as físicas e as emocionais, de 
acordo com Moreira (2002). (MELLO, Genilza) 
 
 
 
24
Vejamos que o desenho possui esta capacidade de fazer o uso das potencias 
humanas como cognitivas, afetivas e emocionais, sendo uma ferramenta de 
muita importância para o suporte de estudo desde psicologia, pedagogia, 
Psicopedagogia e psicanálise. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25
CAPÍTULO III 
O desenho infantil como possível diagnóstico para 
dificuldade de aprendizagens 
 
Em 1887, na Bolonha, Ricci foi o primeiro a estudar o desenho e seus estágios 
de evolução da figura humana, com ênfase nos aspectos estéticos e na 
evolução da cor. 
Em 1949, foi numerado um numero considerável de autores que estudaram o 
desenho infantil. Entre eles há objetivos diversos, no entanto é comum afirmar 
que a maior porcentagem foi para estudo de questões psicológicas.entre eles 
alguns objetivos: 
 
As fases do desenvolvimento, métodos do exame e 
medida da inteligência, motricidade, traço e uso da 
mão, noção do espaço, função da percepção visual, 
papel da forma, verbalização perigrafica, objeto da 
reprodução, expressão, caráter,tipos, jogo, 
psicopatologia, etc. ( CAMPOS, dinah) 
 
Atualmente o desenho é uma representação particular de como a criança 
percebe e compreende o mundo. O inconsciente muitas vezes se manifesta 
nos aspectos simbólicos do desenho. Por exemplo, crianças que estejam 
passando por alguma dificuldade, e estão emocionalmente perturbadas, 
acabam não retratando as imagens da figura humana na proporção de suas 
aptidões intelectuais. Vejamos que o que é projetado na imagem são aspectos 
psicológicos afetados. 
Sobre o profissional e o desenho. Pode-se aplicar a didática do desenho livre 
com a criança, é importante e interessante saber deixá-la livre para escolha do 
papel e lápis. 
 
É aconselhável ter disponíveis lápis de ponta fina, media 
e grossa. O fato de que a pessoa escolha um lápis ou 
outro já nos proporcionara algumas indicações sobre o 
seu caráter. (BEDARD, Nicole) 
 
 
 
 
26
As folhas também devem ser disponibilizadas livremente, para sabermos como 
a criança se situa no seu ambiente. 
Se escolher um formato pequeno, estará indicando uma 
certa capacidade de introversão e de concentração. É 
uma criança que não procura ocupar todo o lugar 
disponível, talvez por falta de confiança em si mesmo ou 
simplesmente porque suas necessidades são limitadas, 
fáceis de satisfazer... 
...Um desenho realizado numa folha de formato médio, 
mostrará uma criança adaptável e flexível. É uma criança 
que sabe ocupar seu lugar no grupo, ao mesmo tempo 
respeitando os demais. 
...A criança que escolhe o papel grande, acredita ser 
capaz de realizar coisas grandes. É agradável a ela se 
ver rodeada pelos demais e não desfruta em absoluto da 
solidão. (BEDARD, Nicole.) 
 
Antes do profissional começar a análise do desenho, é importante 
compreender que cada fase da criança o desenho tem potencial diferenciados. 
E vão mudando conforme o amadurecimento físico e emocional. E este fato 
conta na hora da analise e do diagnóstico. Então vejamos: 
 
De 0 á 3 anos: 
 É a fase que nos traz poucas informações. Sem controle motor. A criança 
desenha sem intenção, sem controle e de forma desordenada. 
 
De 3 á 6 anos: 
Tenta desenhar conforme sua realidade e percepção, o desenho já possui 
intenção. No entanto pode desenhar figuras humanas incompletas. 
 
De 6 á 10 anos: 
A criança é capaz de usar o lápis e seus “erros” podem ser interpretados a 
partir de um sentido emocional 
 
A partir de 10 anos: 
Os desenhos mostram o emocional da criança. Os desenhos já começam a 
expressar uma impressão de profundidade e distância, e a criança dá bastante 
atenção aos detalhes e se torna exigente. 
 
 
 
27
Existe uma distinção a respeito da analise e da interpretação. A análise esta 
relacionada diretamente com enfoque técnico e racional e se fundamenta em 
bases solidamente comprovadas. A interpretação é justamente o resultado 
deste processo. 
 
A interpretação 
 
O primeiro passo para a interpretação das imagens desenhadas, é uma 
avaliação continuada da criança. Não se diagnostica um ser, por um único 
desenho.Vejamos que é importante também perceber a dimensão espacial do 
desenho. 
Formas grandes, por exemplo pode indicar segurança, existência, 
ocupação de lugar, existencial, pode ser uma forma de chamar a atenção de 
mostrar que existe. 
Formas pequenas, podem ser para marcar a necessidade de se sentir 
menor, que se conformam com pouco espaço, podem ser crianças 
tranqüilas.Algumas destas características podem ser melhor associadas as 
cores utilizadas. 
Cores fortes, podem indicar uma criança exigente, que procura chamar 
atenção. 
Cores fracas, podem indicar um comportamento social adequado. 
É relevante antes de começar a interpretar os signos, fazer uma 
interpretação básica dos traços simples, que podem transmitir um ser com 
duvidas, rebelde, ou pacifico. Uma percepção que pode ser analisada a partir 
de traços, contínuos, manchados etc. 
A respeito das formas, o parecer que é uma interpretação universal, pois 
há semelhanças entre psicológicos, filosóficos, e religiosos. 
As cores são interpretadas de maneiras positivas ou negativas. O estilo do 
desenho e suas cores podem indicar as interpretações. 
Depois destes podemos finalmente fazer uma associação com as imagens 
rabiscadas, como casa, chaminé, janela, pessoas, sol, lua, estrelas, chuva, 
nuvem... etc.... 
 
 
 
 
28
Manual de interpretação 
 
Posição do desenho 
Na parte superior do papel, pode ser sobre o intelecto, a imaginação, a 
curiosidade e o desejo de descobrir coisas novas. 
 A parte inferior do papel pod ser sobre as necessidades físicas e materiais que 
pode ter a criança. 
O lado esquerdo pode indicar pensamentos sobre o passado, enquanto o lado 
direito, o futuro. Se o desenho se situa no centro do papel, pode estar 
representando o momento atual. 
 
Dimensões do desenho 
Os desenhos com formas grandes podem estar indicando segurança, enquanto 
os de formas pequenas parecem ser feitas por crianças que normalmente 
precisam de pouco espaço para se expressar. Podem também sugerir uma 
criança reflexiva, ou com falta de confiança. 
 
Traços do desenho 
Os traços contínuos, sem interrupções, aparentam ser de uma pessoa dócil, 
enquanto o apagado ou falhado, pode revelar uma criança um pouco insegura 
e impulsiva. 
 
A pressão do desenho 
 Uma boa pressão indica entusiasmo e vontade. Quanto mais forte seja o 
desenho, mais agressividade existirá, enquanto as mais superficiais 
demonstram falta de vontade ou fadiga física. 
 
As cores do desenho 
 O vermelho representa a vida, o ardor, o ativo; o amarelo, a curiosidade e 
alegria de viver; o laranja, necessidade de contato social e público, 
impaciência; o azul, a paz e a tranquilidade; o verde, certa maturidade, 
sensibilidade e intuição; o negro representa o inconsciente; o marrom, 
a segurança e planejamento. É necessário acrescentar que o desenho de uma 
só cor, pode denotar preguiça ou falta de motivação. 
 
Faço uso das palavras de Nicole Bedard, para fazermos um manual simples e 
conciso, a respeito da interpretação do desenho. 
 
https://br.guiainfantil.com/dialogo-na-familia/320-comunicacao-entre-pais-e-filhos.html
https://br.guiainfantil.com/seguranca-carro/58-seguranca-no-carro-dos-bebes-y-das-criancas.html
 
 
29
Vermelho 
Representa o sangue, a vida, ardor, algo “ ativo”. 
Pode referir-se a uma criança de espírito desportivo ou que esteja passando 
por um momento agressivo. 
Amarelo 
Representa o conhecimento, a curiosidade, e alegria de viver. 
Pode representar uma criança expressiva, generosa, extrovertida,otimista e 
ambiciosa. 
Laranja 
Representa uma necessidade de contato social e publico. 
Pode representar uma criança que deseja as coisas rápido, gosta de jogos em 
grupo pois tende a liderar. Pode representar uma pessoa impaciente. 
Azul 
Representa a paz, harmonia e tranqüilidade. 
Pode representar uma criança introvertida, com seu próprio ritmo. 
Verde 
Representa a natureza. 
Pode representar a curiosidade, o conhecimento, o bem estar. Maturidade. 
Preto 
Representa o inconsciente, o que não vemos. 
Pode representar auto-confiança. Fácil adaptação 
Rosa 
Representava o feminino. 
Pode representar suavidade e ternura. 
Marrom 
Representa terra, estrutura e planificação 
Pode representar apreciação de segurança 
Cinza 
Representa desconhecido 
Pode representar período de transição. 
Branco 
Geralmente é usado o branco do papel, é uma cor considerada transparente 
quando o fator é o lápis. 
 
 
 
30
Símbolos 
Casa 
Deve-se observar a orientação espacial, Cores, Janelas, Chaminés, se há 
fechadura ou puxador, se a casa é grande ou pequena, pois o tamanho da 
casa pode retratar sobre o contato da criança com o ambiente. 
Sol e Lua 
O sol tem representatividade masculina e a lua tem representatividade 
feminina. 
Nuvens 
São indícios de crianças sensíveis ao ambiente paterno e social. 
Árvore 
É importante analisar o tronco, altura, raízes e os ramos e folhagens. Cada um 
diz sobre a energia, saúde e comportamento da criança. 
Flores 
Retrata a vontade de que a criança tem em agradar. Em grande quantidade 
tem a necessidade de atrair a atenção dos pais. 
Montanha 
Pode representar estabilidade que encontrou ou que pretende encontrar. Pode 
representar sonhos. 
Animais 
Pode representar a necessidade da criança de comunicar-se com uma 
determinada necessidade, como por exemplo de ser compreendida pelos 
adultos. 
Veículos 
Pode representar atitude social em relação aos demais. 
Barcos 
Representa adaptação a circunstancias imprevistas. 
Figura Humana 
Retrata a criança e as pessoas a sua volta. É importante observar o rosto e os 
membros. 
Olhos 
Se representado só com um traço pode revelar a falta de aceitação do meio, 
que fecha os olhos para não ver. Quando os olhos são omitidos é imaturidade 
afetiva, problema patológico, egocentrismo. Olhos sem pupilas pode ser 
 
 
31
aspecto de agressividade. Se forem pretos pode ser conflito, agressividade, 
recusa do meio. 
Boca 
Refere-se as tendências de satisfação, como dar e receber. Boca grande pode 
significar ambição, boca com traço reto pode ser introversão. Boca redonda, 
agressividade. Dentes na boca, agressividade oral. 
Cabeça 
É parte do corpo onde se localiza o eu. A cabeça é considerada como o centro 
do poder intelectual, social e do controle dos impulsos na cabeça. Cabeça 
exagerada, egocentrismo, narcisismo, fantasia maior que a capacidade de 
realização. 
Sobrancelhas 
Traço em linha reta, personalidade forte, decidida e teimosa. Sobrancelha 
levantada, livre expressão, arrogância, desdém e duvida. Traços finos fina 
sensibilidade. 
Nariz 
Essencialmente, possuidor de simbolismo sexual. 
Orelha 
Omissão é comum. Ênfase, resistência a autoridade. Muito grande, 
sensibilidade a criticas e desejo de aprovação social. 
Pescoço 
Constitui uma zona de conflito entre o controle emocional e os impulsos 
corporais. 
Braços 
Adaptação social e relação com o meio, quando omitido pode ser rompimento 
com o mundo exterior. 
Mãos 
Quando ausente, significa falta de confiança, mãos no bolso pode ser 
personalidade delinqüente. Mãos maiores que o restante do corpo, pode ser 
ambição. 
Pernas 
Junto com os pés são fontes de conflitos e dificuldades. 
Pés 
Indicam a segurança geral do individuo, em caminhar no meio ambiente. 
 
 
32
 
Sobre a avaliação 
 
Para um bom diagnostico, é importante obter-se de vários desenhos pelas 
crianças durante um determinado tempo. Um único desenho não é o suficiente 
para um diagnóstico concreto! A principio um único desenho, não trata de uma 
realidade absoluta sobre o estado da criança. É preciso aprofundar este 
estudo, para não errar e dar um diagnostico equivocado! 
Perceber o que esta sendo transmitido pela criança a partir dos seus desenhos! 
Entender o comportamento, temperamento, caráter, a personalidade e suas 
necessidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33
CAPÍTULO IV 
Estudo de caso 
 
Criança: E.S 
Idade: 9 anos 
Dificuldade: Falta de concentração, agressividade infantil, inconstância. 
Histórico: Criança carinhosa, bom rendimento escolar, no entanto possui 
dificuldade de concentração, é uma criança inconstante, indecisa, iniciou um 
processo de agressividade oral e física com familiares e amigos. Foi relatada 
que a mudança na criança começou após o processo de divorcio dos pais. 
 
Descrição do desenho 1: 
Uma menina, vestido triangular, pés para o mesmo lado, olhos redondos com 
traços em volta, nariz em meia lua para baixo, cabelos enrolados em volta da 
cabeça, listras pelo vestido e braços que estão rente ao corpo. 
Um menino, vestindo bermuda e camisa, listras nas roupas, braços com flexão 
no cotovelo. Olhos pretos e redondos, traços a redor dos olhos. Cabelo curto, 
compactado na cor preta.Ambos com sorriso triangular com dentes. 
 Não há uma composição bem elaborada, os personagens estão soltos, em um 
cenário não acabado. Coração com rostos, nariz, boca e sardas.Há nuvens 
com e sem presença de rostos. Há a assinatura da criança. 
 
Avaliação: Desenho 1 ( anexo 2) 
Cor _ A cor predominante é o preto, que esta relacionado ao sentimento de 
morte, ódio e negatividade, no entanto como está representado sozinho está 
relacionado ao medo e a tristeza. 
Olhos_ Os olhos estão representados sem pupila, significa que a criança 
recusa a enfrentar a realidade, e que podem ter aspectos de agressividade. 
Sentindo que o mundo está fechado para ele com uma certa discriminação. Os 
olhos em negrito tem a relação inter-social, de conflitos e agressões , recusa do 
meio. 
Boca _ Quando seguido de dentes, significa agressividade oral. Quando em 
negrito, Agressão oral, problemas de fato, inter-relação social. 
 
 
34
 
Diagnóstico: Os traços fortes e negros, assim como as características da 
boca, olhos e dentes, fazem supor que a criança está passando por um 
momento de agressividade infantil forte. Assim como foi relatado pelos pais da 
criança, que a menor tem demonstrado inúmeras vezes uma agressividade 
forte, com familiares e amigos. As agressões começaram oralmente até a 
chegar no nível físico. Um possível diagnóstico é que a agressividade, pode 
também influenciar na falta de concentração. A criança esta passando por uma 
fase de isolamento, está se sentindo isolada, com dificuldade de encarar o 
meio, e a convivência com os demais, está triste e com medo. 
 
Tratamento: Diante de uma analise em base do diagnostico da criança, foi 
sugerido aos pais, algumas mudanças. Como: 
 
Criar um quadro de rotina 
Capaz de auxiliar a criança na sua percepção de integração com o meio, e dar 
regras quanto aonde e quando pode fazer algo. A criação da rotina ajuda na 
inconstância da criança, e a impor limites. 
 
Fazer um esporte, sugiro luta. 
Auxilia a criança a trabalhar o físico e a mente, e auxilia a controlar o 
sentimento de raiva. Com um esporte a criança aprende a controlar as 
emoções, e que tem hora e lugar para determinadas atitudes. 
 
Atividade de confiança 
 
Objetivo: Trabalhar a expressividade e cultivar a falar a verdade, com isso o 
sentimento de integração com meio, estará mais presente, deixando de lado o 
sentimento de medo e tristeza. 
Atividade: o responsável irá junto a criança criar uma lata, caixa, algum 
recipiente. Através de artesanato irá confeccionar o mesmo. Dentro deixara 
diversos papeis pequenos junto a lápis, ou caneta.Será explicado a criança 
que toda vez que ela estiver triste, com medo, ou qualquer sentimento ela 
 
 
35
poderá escrever e colocar lá dentro! A regra desta brincadeira e colocar seus 
sentimentos para fora, isso não acarretará em castigos e punições. 
A criança foi encaminhada ao neurologista, onde foi medicada. A criança 
continuou com o tratamento com desenhos, jogos, esportes, e atividades 
lúdicas. 
 
Criança: E.S 
Idade: 11 anos 
Relatório: Após um período de adaptação, tratamento, e cuidados temos um 
novo desenho da criança. 
 
Descrição desenho 2: 
Sol e arvore localizada no canto esquerdo da folha. Arvore com tronco e 
folhagem arredondada. Pássaros com pequenos traços espalhados, montanha 
no canto direito. Nuvens finas, do meio para o canto direito da folha. 
As cores usadas foram: verde, marrom, amarelo, azul e preto. A criança utilizou 
as cores da natureza no desenho. A cor que chamou mais atenção é o azul, 
que também foi utilizado no branco do papel. 
 
Avaliação: Desenho 2 ( anexo 3) 
Montanhas 
Representa a estabilidade que a criança encontrou ou quer encontrar. Sonhos 
e metas a serem alcançados. Quando desenhada a direita da pagina, trata-se 
de uma estabilidade que a criança quer conseguir. 
Nuvens 
Sensibilidade ao ambiente paterno, ou social. 
Arvores 
Representam o lugar que a criança ocupa socialmente. Copa arredondadas 
representa sentimentos desde a fadiga, alegria, confusão e despreocupação. 
Sol 
A esquerda do papel, representa o passado, e uma mãe independente, raios 
fortes podem ser a representação de mãe controladora. 
 
 
 
 
36
Azul 
O azul representa a tranqüilidade, harmonia e paz, uma cor enfatizada na 
nuvem e no fundo do papel. 
 
Diagnóstico: Neste segundo momento a criança parece estar passando por 
uma fase normal da adolescência, talvez estivesse passando por dificuldades 
de socialização de maneira positiva ou negativa. Pode estar passando por uma 
carência por uma falta paterna, assim como problemas com uma mãe 
controladora. Não há indícios de problema de aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37
 
CONCLUSÃO 
 
Podemos concluir que o trabalho do psicopedagogo é amplo. Pode ser 
realizado em escolas e instituições empresariais. Quando o ambiente é escolar 
o mesmo conta com a cooperação de professores, e equipe pedagógica para 
entender a filosofia e a metodologia da escola. O psicopedagogo pode interferir 
na escola, com o trabalho de intervenção escolar, orientando sobre possíveis 
métodos de aprendizagens. Pode interferir no método preventivo, ou não. 
Quando o psicopedagogo realiza trabalhos particulares com crianças fora do 
ambiente escolar, ele deve fazer uma ficha para entender melhor a relação da 
criança com família, pais, e professores. E a partir de uma analise inicial é 
possível começar o tratamento. 
O indicado é iniciar um tratamento com jogos, didática construtiva, arte-
educação etc.. 
Pais e professores podem colaborar com a didática proposta pelo 
psicopedagogo. 
O método de diagnostico proposto nesta pesquisa é o desenho livre. Através 
dele o profissional tem subsídios para uma analise a respeito das emoções, e 
da vida da criança. 
No estudo de caso, podemos perceber o quanto o desenho da criança, retratou 
seu estado emocional, e sua relação social com os demais. 
A partir desta analise, foi possível trabalhar os problemas da criança com 
conversas com os pais, trabalhos de didática, arte terapia, e arte-educação. 
Devido à agressividade infantil, o profissional não pode tratar sozinho e 
encaminhou para um neurologista, que continuou o tratamento com 
medicamentos. Após um tempo de tratamento, estudo, e analise. A criança já 
está olhando para o externo de uma maneira mais amistosa. Suas ambições e 
sonhos, retratam uma idade de pensamentos férteis e com mais centralidade 
em suas atitudes. 
Vimos com este trabalho que o desenho é uma parte importante do ser 
humano, ele vem desde os primórdios históricos, até os dias atuais retratando 
 
 
38
o subconsciente das pessoas. E hoje podemos fazer uso desta relação para 
analises, diagnósticos e tratamentos de Psicopedagogia. 
Dentro dos parâmetros estabelecidos por alguns autores, sobre a iconografia 
das imagens, podemos fazer uso destas descrições iconográficas para auxiliar 
na leitura do desenho infantil. Através deste estudo de caso, podemos perceber 
como a leitura dos desenhos são importantes para analises e diagnósticos. 
A partir deste estudo, outros profissionais podem usar como base, a 
interpretação iconográfica das imagens para auxiliar em seus processos de 
estudo, e tratamento psicopedagogico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39
 
BIBLIOGRAFIA 
 
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investigação psicopedagogico. Universidade Candido Mendes. 2006. 
 
ARAUJO, Vanúbia Dantas. A linguagem na perspectiva psicopedagógica: o desenho 
como instrumento de comunicação. Universidade Federal da Paraíba (UFPB) 
 
BEDARD, Nicole, como interpretar os desenhos das crianças. 1º edição, São Paulo, 
SP. Editora Isis, 2013. 
 
CAMPOS, Dinah Martins de Souza. O teste do desenho como instrumento de 
diagnostico da personalidade. Editora Vozes Petrópolis, RJ. 2014. 
 
FARIA, Stephânia Silveira Pereira, O DESENHO INFANTIL COMO 
INSTRUMENTO IMPORTANTE PARA O TRABALHO PSICOPEDAGÓGICO 
INSTITUCIONAL. Curso de Pós Graduação em Psicopedagogia Institucional. Polo de 
Anápolis, GO 
 
MELLO, Genilza Alves da Silva. A IMPORTÂNCIA PEDAGÓGICA E 
PSICOPEDAGÓGICA DO DESENHO NO PROCESSO ENSINO 
APRENDIZAGEM. 
 
Teorias e intervenções psicopedagogicas. AVM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40
WEBGRAFIA 
 
 
http://pointdaarte.webnode.com.br/news/historia-do-desenho/ 
http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/rousseau-307428.shtml 
http://pedagogiastephania.blogspot.com.br/2014/11/o-desenho-infantil-como-
instrumento.html 
http://www.seduc.mt.gov.br/Paginas/A-Interven%C3%A7%C3%A3o-do-
Psicopedagogo-do-Ambiente-Escolar.aspx 
 
http://www.avm.edu.br/docpdf/monografias_publicadas/T205038.pdf 
 
http://www.joinville.udesc.br/portal/professores/tatiana/materiais/Desenho.pdf 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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http://www.seduc.mt.gov.br/Paginas/A-Interven%C3%A7%C3%A3o-do-Psicopedagogo-do-Ambiente-Escolar.aspx
http://www.avm.edu.br/docpdf/monografias_publicadas/T205038.pdf
http://www.joinville.udesc.br/portal/professores/tatiana/materiais/Desenho.pdf
 
 
41
 
ANEXOS 
Índice de anexos 
 
Anexo 1 >> Ficha de anamnese 
Anexo 2 >> Desenho 1 
Anexo 3 >> Desenho 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42
 
ANEXO 1 
ENTREVISTA DE ANAMINESE 
 
1.DADOS DA CRIANÇA: 
Nome: 
Idade: 
Local e data de nascimento: 
Residência: Própria( ) Alugada( ) 
 
2.DADOS DOS FAMILIARES: 
Nome do pai: 
Grau de instrução: 
Profissão: 
Idade: Naturalidade: 
 
Nome da Mãe: 
Grau de instrução: 
Profissão: 
Idade: Naturalidade: 
 
*OUTROS FILHOS: 
Nome: 
Idade: Escolaridade: 
 
Nome: 
Idade: Escolaridade: 
 
Nome: 
Idade: Escolaridade: 
 
3.QUEIXA INICIAL: 
• Você acha que o paciente apresenta alguma dificuldade para aprender na escola? 
Qual? 
• Desde quando percebeu esse problema? 
• Já procuraram especialistas? Quais? 
• O paciente está fazendo algum tipo de tratamento médico? 
( )psicólogo ( ) Psiquiatra ( )Neurologista ( ) Pediatra ( ) outros, quais? 
4. GESTAÇÃO:• Quais as condições de saúde da mãe durante a gravidez? 
 
 
43
• Levou alguma queda ou susto forte? 
• Quais as condições emocionais da mãe durante a gravidez? 
• O paciente nasceu com quantos meses? 
• Com quantos quilos? 
• Comprimento ao nascer? 
• Qual tipo de parto? ( ) Normal ( ) Cesariana 
• Teve algum problema após o pato? Qual? 
5.SAÚDE: 
• A criança sofreu algum acidente?Qual? ( ) sim ( ) não 
• Submeteu-se a alguma cirurgia?Qual? ( ) sim ( ) não 
• Possui alergias? ( ) sim ( ) não 
• Tem bronquite ou asma? ( ) sim ( ) não 
• Apresenta problema de visão? Qual? ( ) sim ( ) não 
• Apresenta algum problema de audição? Qual? ( ) sim ( ) não 
• Apresenta dor de cabeça? ( ) sim ( ) não 
• Já desmaiou alguma vez? ( ) sim ( ) não 
• Quando? 
• Como foi? 
• Teve ou tem convulsões? ( ) sim ( ) não 
• Alguém da família apresenta algum problema de : 
( ) desmaios ( ) convulsões ( ) ataques 
• Quem? 
6.ALIMENTAÇÃO: 
• O paciente foi amamentado? ( ) sim ( ) não 
• Até quando? 
• Alimenta-se bem? Como é seu apetite? 
7. SONO: 
• Possui sono: ( )tranqüilo ( )inquieto ( ) agitado ( ) refere pesadelos 
( ) Acorda varias vezes. 
• Qual o horário de dormir? 
• Dorme sozinho ou com alguém? 
8.DESENVOLVIMENTO: 
• Andou com que idade? 
• Deixou da usar fraldas com que idade? 
• É lento para realizar alguma atividade? Qual? 
 
 
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• Como o relacionamento da criança com os pais? 
( ) tranqüila ( ) agressiva ( )amorosa ( )muito quieta ( ) fechada ( )passiva 
( ) medrosa ( ) desligada. 
• Quais as medidas usadas para disciplinar o paciente? 
• Como reage quando é contrariado? 
• Quais as atividades preferidas? 
• Descreva o dia-a-dia do paciente desde quando acorda até a hora de dormir: 
• O paciente gosta de ir à escola? ( ) sim ( ) não 
• Já repetiu a séria alguma vez? ( ) sim ( ) não 
• Qual ou quais? 
• Gosta de estudar? ( ) sim ( ) não 
• Tem horário para estudar? ( ) sim ( ) não .Qual? 
• Os pais ajudam o pacienta nas atividades escolares? ( ) sim ( ) não 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Anexo 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ANEXO 3

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